Fisco e sustentabilidade
Se olharmos para o supermercado, a acção anti-sustentabilidade (e, muitas vezes, antieconomia nacional) do Estado é ainda mais evidente. (...)

Fisco e sustentabilidade
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2014-05-20 | Jornal Público
SUMÁRIO: Se olharmos para o supermercado, a acção anti-sustentabilidade (e, muitas vezes, antieconomia nacional) do Estado é ainda mais evidente.
TEXTO: Grande parte dos meus amigos rapidamente se viram para o Estado como garantia de defesa dos interesses colectivos, por oposição à prevalência dos interesses privados que tenderiam a destruir tudo. Um dia destes começou a incomodar-me a ideia de que o preço da portagem é igual para todos. Na verdade, nada impediria, hoje, um preço variável em função do tempo de entrada e saída no troço da auto-estrada, sobrecarregando os aceleras (independentemente das violações do código da estrada) e beneficiando a condução sustentável. Se olharmos para o supermercado, a acção anti-sustentabilidade (e, muitas vezes, antieconomia nacional) do Estado é ainda mais evidente. Por exemplo, o Estado continua a dar carta de alforria, escandalosa, aos produtos lácteos, sem que se consiga perceber porquê. Se há produção insustentável é a produção animal intensiva, que inclui grande parte da produção de leite. Note-se que a roda dos alimentos construída pela Universidade de Harvard, ao contrário da construída pelos serviços de agricultura dos Estados Unidos, excluiu os lacticínios da dieta saudável. O consumo de leite por adultos é uma moda relativamente recente, de meados do século XX. José da Silva Picão, no fim do século XIX, princípios do século XX, refere as sopas de leite ocasionais na dieta dos ratinhos beirões que vinham para as ceifas do Alentejo (não o diz, mas provavelmente leite de cabra ou ovelha), e ainda mais ocasionalmente também nas ganharias, há referências de um consumo relativamente elevado de leite pelos adultos nas brandas das serras do Noroeste, quando o gado subia a passar o Verão nas pastagens mais frescas e há outras referências, aqui e ali, a um consumo pontual de leite, por adultos. Esse consumo seria tão pouco vulgar que Camilo Castelo Branco o achou digno de nota: “Em seguida ao apresigo veio o caldo: era de leite. Caldo de leite, meus amigos, que derrancais o paladar e o estômago com pastéis de ostra e croquets de carne revelha e civets de lebre pútrida, e vol-au-vents de marisco! Não sabeis o que é este sadio, e talvez primeiro alimento de Abraão, de Jacob, de Matusalém e de Sara, minhas senhoras, de Sara, que tomava caldo de leite e tinha filhos na idade em que Vossas Excelências têm bisnetos! Cada tigela de caldo era um lago de leite, em que eles formavam a modo de ilhetas, pirâmides de broa, que comiam e revezavam, e eu também deliciosamente. ”Há neste parágrafo apenas uma imprecisão de Camilo: se Abraão e Sara, em adultos, consumissem leite, seria com certeza leite de ovelha e cabra, como acontecia na generalidade de Portugal, com excepção das serras do Norte e Centro, solares da maioria das nossas raças autóctones de vacas e onde se produziam as vitelas de trabalho para o resto do país, de que Alturas do Barroso, cenário da descrição de Camilo, é um exemplo perfeito. Posso perceber que o leite branco, em especial o leite fresco, ou mesmo um iogurte simples, tenha uma taxa de IVA de 6%, mas a que título um queijo, um iogurte XPTO, uma manteiga, um leite com chocolate e muitos outros lacticínios têm uma taxa de 6% quando um frasco de azeitonas paga 23% de IVA?Ou a que título umas ervilhas congeladas, que todos os dias consomem energia desde que são colhidas até que são comidas, paga 6% de IVA, mas uma lata de ervilhas, que depois de produzida não consome mais energia, paga 23% de IVA?O Estado como garante de sustentabilidade?Sim, pode ser, mas há muito caminho a fazer antes que se possa dizer sempre que defende melhor os interesses colectivos que uma economia liberal.
REFERÊNCIAS:
Depois das inundações, Balcãs enfrentam risco de doenças e minas
As piores cheias em 120 anos na região já afectaram mais de 1,6 milhões de pessoas. (...)

Depois das inundações, Balcãs enfrentam risco de doenças e minas
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2014-05-20 | Jornal Público
SUMÁRIO: As piores cheias em 120 anos na região já afectaram mais de 1,6 milhões de pessoas.
TEXTO: Os países dos Balcãs ainda não podem baixar a guarda – o tempo melhorou e foram erguidos muitos diques, mas as previsões dizem que as inundações, as piores em 120 anos na região, vão durar pelo menos mais uma semana e podem piorar nalgumas zonas. Entretanto, e a par do risco de doenças infecciosas, as autoridades avisam que mais de 100 mil minas espalhadas pela Bósnia-Herzegovina terão sido deslocadas pelas chuvas e por centenas de desabamentos de terra. Os peritos em desminagem estimam que existam mais de 120 minas espalhadas pela Bósnia, legado de uma guerra que acabou em 1995, matou 100 mil pessoas e deslocou mais de um milhão. O Centro de Acção de Minas (BHMAC) do país já pediu ajuda internacional para o envio de equipamento e monitorização de imagens satélite que permitam seguir o movimento das minas. “Houve vários relatos de minas que apareceram à superfície e os desabamentos moveram campos de minas inteiros e as marcas que os assinalavam”, disse à Reuters o chefe do BHMAC, Sasa Obradovic. “Não podemos dizer exactamente o que aconteceu com os campos de minas”, disse à CNN o Presidente bósnio, Bakir Izetbegovic. “O sistema dos campos de minas estava sob controlo e os sinais de aviso agora desapareceram. ”Entre a Bósnia, a Sérvia e a Croácia, só as inundações afectaram mais de 1, 6 milhões de pessoas e fizeram 50 mortos. Em Belgrado, a capital sérvia, quilómetros e quilómetros de diques foram erguidos com sacos de areia por milhares de voluntários. A maior ameaça é a subida das águas do rio Sava – já chegaram aos 6, 3 metros, uma altura inédita –, que aqui desagua no Danúbio. O presidente da câmara de Belgrado, que esta terça-feira inspeccionou os diques com 7, 3 metros entretanto construídos, assegura que “a capital está pronta”. “Estamos a acompanhar a situação junto à entrada do Danúbio, na Sérvia. Se for precisamos, vamos intervir rapidamente. ”Com as tréguas dadas pela chuva, as autoridades também já iniciaram os trabalhos de limpeza e desinfecção das zonas afectadas. “É preciso lançar operações de limpeza para evitar as epidemias, temos de gerir toneladas e toneladas de cadáveres de animais”, descreveu o primeiro-ministro sérvio, Aleksandar Vucic. As autoridades bósnias lançaram apelos semelhantes e pediram às pessoas para beberem apenas água mineral. Com as temperaturas a chegarem aos 22 graus, a decomposição dos animais vai ser acelerada. A Bósnia, que não tem unidades de incineração móveis disponíveis, já fez um pedido internacional de ajuda também para esta tarefa.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave guerra ajuda
Baleias e golfinhos apenas sentem o sabor salgado
Mutações genéticas levaram a alterações nas papilas gustativas dos cetáceos, que perderam quatro dos cincos gostos primários. (...)

Baleias e golfinhos apenas sentem o sabor salgado
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2014-05-21 | Jornal Público
SUMÁRIO: Mutações genéticas levaram a alterações nas papilas gustativas dos cetáceos, que perderam quatro dos cincos gostos primários.
TEXTO: Ao sentirem o gosto dos alimentos, as papilas gustativas protegem-nos de ingerir substâncias tóxicas. Isso também acontece com os animais. No entanto, as baleias e os golfinhos não sentem os cinco gostos primários. Num estudo publicado na revista Genome Biology and Evolution, revela-se que mutações genéticas num antepassado dos cetáceos levaram ao desaparecimento de quatro dos cinco gostos primários. Assim, os cetáceos são o primeiro grupo de animais que se sabe ter perdido a sensibilidade ao doce, ao amargo, ao azedo e ao umami. Os seus receptores nas papilas gustativas apenas detectam o salgado. “As baleias representam o primeiro grupo de animais aos quais falta quatro dos cinco gostos primários, provavelmente devido a um ambiente marinho com concentrações elevadas de sódio, a um comportamento alimentar em que engolem as presas inteiras e à transição de uma dieta à base de plantas para uma dieta de carne no antepassado das baleias”, refere o artigo científico. A equipa de investigadores, liderada pelo zoologista Huabin Zhao, da Universidade de Wuhan (China), descobriu esta alteração nos cetáceos ao analisar o genoma de 11 espécies de baleias e golfinhos, mais concretamente os genes responsáveis pela produção de receptores (proteínas) nas papilas gustativas. A capacidade de detectar sabores é essencial à sobrevivência, permitindo compreender quando a comida é potencialmente perigosa e, no caso dos cetáceos, as conclusões são surpreendentes. “A perda do sabor amargo é uma surpresa completa, porque as toxinas naturais têm tipicamente um sabor amargo”, disse Huabin Zhao, citado numa notícia da revista Science. Segundo o estudo, a perda dos quatro sabores ocorreu depois de o antepassado comum dos cetáceos se ter tornado completamente aquático há 53 milhões de anos (as baleias descendem de animais terrestres que foram para o mar) e antes de o grupo se ter divido em baleias com dentes e baleias com barba, há 36 milhões de anos. Mas o gosto salgado manteve-se, uma vez que desempenha uma função fundamental: ajuda a regular a pressão arterial e os níveis de sódio no organismo. “Mostrámos que os genes que codificam os receptores de gosto do doce, do umami, do amargo e do azedo são pseudogenes [iguais a genes normais, mas que não originam o fabrico de proteínas], enquanto os genes para os receptores do salgado ficaram conservados ao longo da evolução em baleias com dentes e em baleias com barbas”, refere o artigo científico. Texto editado por Teresa Firmino
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave ajuda carne estudo alimentos desaparecimento
O Inverno deixou uma prenda aos arqueólogos numa praia de Esposende
Vestígios do naufrágio de dois navios, um holandês do século XV ou XVI e outro da época romana, foram encontrados na praia de Belinho. (...)

O Inverno deixou uma prenda aos arqueólogos numa praia de Esposende
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2014-05-21 | Jornal Público
SUMÁRIO: Vestígios do naufrágio de dois navios, um holandês do século XV ou XVI e outro da época romana, foram encontrados na praia de Belinho.
TEXTO: Os efeitos do mar na costa de Esposende não são apenas um problema ambiental. A fúria destruidora do Inverno deste ano deixou a descoberto, na praia de Belinho, vestígios arqueológicos correspondentes a dois naufrágios. Os achados, que esta quarta-feira serão apresentados pela autarquia, são partes da carga e do casco de um navio holandês, do século XV ou XVI, e de ânforas de um navio romano, correspondendo, neste caso, ao segundo naufrágio desta época descoberto neste concelho. Os destroços foram descobertos por quatro pessoas durante o Inverno, quando as notícias relatavam o efeito destruidor das grandes tempestades nas praias deste e de outros concelhos. Em Belinho, a norte da cidade de Esposende, em troca do areal que roubou, o mar deixou uma oferenda preciosa aos arqueólogos e historiadores: mais de 900 fragmentos da época romana, peças de madeira do navio holandês e, no caso deste, dezenas de pratos de esmola em latão, duas centenas de pratos de baixela em estanho, pelouros (balas) de vários calibres, entre outras peças, misturadas com pedra vulcânica usada para lastro desta embarcação. Entre os achados, encontram-se peças conhecidas como pratos de Nuremberga ou dinanderies, por também serem produzidos e importados de Dinant, na Bélgica. São peças importantes não pela sua raridade – foram muito usados nas igrejas portuguesas e existem, aliás, em várias colecções museológicas – mas pelo trabalho decorativo. No Museu das Terras de Basto existe aliás um prato destes, praticamente igual a um dos que foi agora encontrado em Esposende, representando Adão, Eva e a inevitável serpente. Outro tem gravado o encontro de São Jorge com o Dragão e não falta, nesta colecção arrojada pelo mar, um S. Cristóvão, padroeiro dos viajantes. Tal invocação de nada valeu aos que seguiam naquele barco. Naufragaram numa zona difícil da costa, com rochedos submersos famosos, como os Cavalos de Fão, um perigo para navegadores mais distraídos ou atirados para perto da praia por alguma tempestade. O mesmo poderá ter acontecido à embarcação da época romana que, pela carga, viria da Bética, província no Sul da península bem servida, já na altura, pelo porto de Cádis. Desfez-se por ali, no final do século I, deixando no fundo do mar uma carga de ânforas cuja forma indica a zona em que foram produzidas. Mais provas na costa atlânticaEste naufrágio romano é o segundo já descoberto em Esposende. Há uma década, em Marinhas, mais a sul, outros achados da Bética tinham sido encontrados mas, então, foram pouco valorizados. Só nos últimos anos, uma equipa envolvendo os arqueólogos municipais Ana Paula Brochado e Ivone Magalhães, o investigador Rui Morais da Universidade do Minho, o consultor Carlos Alberto Brochado de Almeida, arqueólogo jubilado da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, a catedrática em geologia Helena Granja, e um especialista em química da Universidade do Minho, César Oliveira, apoiados por investigadores espanhóis, conseguiram revelar a importância daquelas ânforas do início do século I, em plena era de Augusto. O historiador Allan John Parker escreveu uma grande obra sobre os naufrágios em época romana, mas listou apenas acidentes no Mediterrâneo, omitindo por completo a navegação no Atlântico. Tal lacuna começa a ser preenchida, acredita Rui Morais, para quem estes dois naufrágios “vêm contrariar essa tendência historiográfica, mostrando que houve um comércio permanente na fachada atlântica”. Que, aliás, remonta já aos finais da Idade do Bronze, insiste. O académico salienta que já se conhecia um número considerável de produtos de importação ao longo da costa, em castros e cidades de época romana, o que pressupõe um comércio marítimo, fluvial, em grande escala, dado o elevado custo do seu transporte por via terrestre, mas explica que faltava encontrar vestígios relacionados com naufrágios, que demonstrassem que chegavam a esta parte da península pelo mar. “Encontrar provas é uma situação muito rara na costa Atlântica, e Esposende tem-nos brindado com estes achados”, congratula-se este arqueólogo que, para além de ânforas Haltern 70, um tipo de ânforas de fundo em bico e semelhantes a muitas que se encontram por toda a costa, Galiza acima, e até na Grã-Bretanha, identificou, nessa primeira descoberta, um novo tipo de vasilhame. A essas novas ânforas, de fundo plano, chamou-lhes Rui Morais urceus. Graças ao trabalho de análise de química orgânica de César Oliveira, percebeu-se que traziam vinho adocicado com mel. As outras transportavam outros tipos de vinho e uma conserva de azeitonas em vinho cozido, conhecido como defrutum. O destino provável desta mercadoria, tal como a que transportava o segundo navio romano agora descoberto – em cujas ânforas se detectou conservas de peixe e outros preparados piscícolas – seria Bracara, a Augusta, cidade fundada no século I a. C. pelo imperador que morreu no ano 14, ou seja, há precisamente, dois milénios.
REFERÊNCIAS:
A Apple não quer este jogo de plantação e tráfico de cannabis na sua loja
A aplicação esteve em primeiro lugar na App Store e dois dias depois foi retirada pela Apple. (...)

A Apple não quer este jogo de plantação e tráfico de cannabis na sua loja
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento -0.4
DATA: 2014-05-22 | Jornal Público
SUMÁRIO: A aplicação esteve em primeiro lugar na App Store e dois dias depois foi retirada pela Apple.
TEXTO: Apenas duas semanas depois de ter sido lançada na App Store da Apple americana, a aplicação para o jogo Weed Firm não sobreviveu à polémica e foi retirada. O jogo, que se desenvolve em torno da plantação de cannabis e da venda de erva, chegou a estar no primeiro lugar na loja. Weed Firm (não confundir com Weed Farm) não resultou para a Manitoba Games, a criadora do jogo gratuito para iPhone, iPad e iPod. Lançado a 5 de Maio, chegou ao topo da App Store na segunda-feira e dois dias depois ficou indisponível. No Weed Firm, o jogador é convidado a aprender a plantar cannabis e outras variedades de erva e a aumentar o número de clientes do seu produto, até se tornar o maior traficante da cidade. A descrição é da própria Manitoba Games, que promete ainda muita interacção com polícias, gangsters, bailarinas exóticas e, claro, muita droga. Mas antes de se jogar fica o alerta: é preciso ter pelo menos 17 anos para poder descarregar a aplicação do jogo e saber que se vai lidar com álcool, tabaco e uso de drogas, mesmo que em formato de realidade virtual. Este não é o único jogo do género no mercado mas questões como o tráfico de droga e violência entre personagens pode ter levado à decisão da Apple, alimentada por críticas de associações de pais e outras entidades preocupadas com a influência que teria em jovens. A empresa não fez ainda qualquer comentário oficial sobre a retirada do Weed Firm mas, segundo a página no Facebook do jogo, a Apple alegou violação de regras da empresa e influência para actividades ilegais. Há dois dias, a Manitoba Games agradecia aos utilizadores do jogo pelo número um na tabela da Apple: “Chegámos ao número 1 na App Store nos Estados Unidos na categoria de Jogos e depois na de Todas as Categorias. Deixamos a nossa humildade e agradecimento a todos por o tornarem possível”. Esta quarta-feira, a página da Manitoba Games mostrava outro estado de espírito. “Esta foi inteiramente uma decisão da Apple, não nossa. Pensamos que o problema foi que o jogo era demasiado bom e chegou ao primeiro lugar em Todas as Categorias, uma vez que há, certamente, um grande número de aplicações baseadas em erva ainda disponíveis, bem como jogos que promovem outras chamadas ‘actividades ilegais’, como matar pessoas, destruir carros e atirar pássaros a edifícios. ”A criadora de Weed Firm garante que não vai desistir, apesar de admitirem que a versão possa vir a ser censurada no sentido de responder às exigências da Apple e ser lançada uma nova aplicação sob outro nome. A Manitoba Games sublinha que nunca teve a intenção de ver crianças a usarem o seu jogo e que os “adultos deveriam poder escolher o que quiserem desde que não magoem ninguém”. “Se deixarmos hipócritas determinarem que conteúdo é adequado para nós, brevemente estaremos todos a ver os Teletubbies [série para bebés] em vez de Breaking Bad [Ruptura Total]”, série televisiva sobre um professor de química que descobre que tem cancro e resolve dedicar-se ao fabrico e tráfico de drogas para deixar dinheiro à família.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave violência violação género
Lobo Xavier: “Se o PS recupera Sócrates, é altura de voltar à política”
Antigo dirigente centrista participou esta sexta-feira em almoço da Aliança Portugal. (...)

Lobo Xavier: “Se o PS recupera Sócrates, é altura de voltar à política”
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DATA: 2014-05-23 | Jornal Público
SUMÁRIO: Antigo dirigente centrista participou esta sexta-feira em almoço da Aliança Portugal.
TEXTO: António Lobo Xavier, antigo dirigente do CDS, fez um duro ataque a José Sócrates, dizendo que a reabilitação do ex-primeiro-ministro socialista faz com que ele próprio regresse à vida política. O ex-líder parlamentar dos centristas, que é comentador televisivo e está afastado da política há alguns anos, foi o convidado de um almoço da campanha Aliança Portugal, em Penafiel. Os alvos do discurso foram o PS e José Sócrates, porque “não se pode jogar com a memória das pessoas”. E isso foi o que o fez “sair de casa”. É que “o engenheiro Sócrates não é apenas uma pessoa que apostou na falta de solvabilidade do país”. “É também o seu estilo como político, como governante”, apontou, referindo ainda a forma como digiriu o Estado, “o modo como se ligou às empresas” e “a sua indiferença perante os meios”. E concluiu: “Se o PS acha que é altura de recuperar a figura de Sócrates, então é altura de voltar à política activa, porque não podia estar satisfeito com a classe [política]. ”O comentador televisivo começou o discurso com uma inconfidência: “Fui eu que pedi para vir à campanha. ” Não só por “amizade sincera e companheirismo” por Paulo Rangel e Nuno Melo, mas também por considerar que é preciso “desmontar” o “embuste” dos socialistas. “Estão a dizer que havia outro caminho, de não aumentar os impostos (…) e mais grave do que isso nada de consolidação orçamental e rigor aparece nas suas propostas. Esse embuste, essa falsificação, de um partido que é europeu, negando a realidade, falando em viragens que estão longe mesmo nos PS europeus. Esse engano tem de ser desmontado”, defendeu Lobo Xavier. E concluiu, com um lapso, ao trocar o nome da coligação para estas europeias com outra antiga aliança: “Estão a dizer o contrário da Aliança Democrática, da Aliança Portugal. ”O antigo dirigente centrista sublinhou a importância da consolidação orçamental, lembrando que é o próprio ex-ministro das Finanças Teixeira dos Santos que o diz num artigo de opinião publicado na semana passada. “Com todas as críticas que faz, o que o doutor Teixeira dos Santos diz é que nada teria sido possível sem consolidação orçamental. Essa é outra das razões por que aqui estou. É que este Governo, com os seus defeitos, com os seus erros, assumiu uma trajectória de controlo. Nenhum político tem o instinto de aumentar impostos e cortar despesas”, afirmou. O número um da lista qualificou as declarações do ex-primeiro-ministro em Lisboa, onde participou num almoço da campanha do PS, como “política rasteira”. “Não teve uma palavra sobre europeias, para Portugal ou que pudesse melhorar a vida dos portugueses”, reagiu Paulo Rangel. “Um discurso de política rasteira, de política pequena que nos faz regressar àquele tempo de crispação. ”Momentos antes já Nuno Melo, o candidato indicado pelo CDS para quarto lugar, aproveitou para responder a José Sócrates, por ter afirmado que não tem “medo” da direita. “O país tem medo de Sócrates. Não é por ser um animal feroz. Nunca o considerei. É por ter feito o mal que fez ao país”, afirmou Nuno Melo.
REFERÊNCIAS:
La décima é uma realidade
Atlético estava em vantagem nos instantes finais da partida, mas Ramos forçou o prolongamento e aí o Real Madrid garantiu o título de campeão europeu. (...)

La décima é uma realidade
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2014-05-25 | Jornal Público
SUMÁRIO: Atlético estava em vantagem nos instantes finais da partida, mas Ramos forçou o prolongamento e aí o Real Madrid garantiu o título de campeão europeu.
TEXTO: O Real Madrid voltou a ser campeão europeu, 12 anos depois da última final. O tão almejado décimo troféu dos merengues na Liga dos Campeões é uma realidade, mas só se concretizou após muito sofrimento. Numa final imprópria para corações mais frágeis, a equipa de Carlo Ancelotti impôs-se no prolongamento por 4-1. O Atlético de Madrid sofreu uma acentuada quebra física no tempo extra, que o Real Madrid aproveitou para construir um resultado demasiado penalizador para os colchoneros. Com todo o realismo, os adeptos pediam à equipa de Diego Simeone que lhes desse algo impossível: o título de campeã europeia. Depois de vencer, de forma improvável, o campeonato espanhol, o Atlético de Madrid disputava a final da Liga dos Campeões e tentava fechar com chave de ouro uma temporada a todos os títulos memorável. Godín encheu de esperança os corações dos adeptos, mas, na fase decisiva, os colchoneros pagaram a factura do esforço físico exigido por uma época tão longa e da falta de pedigree. O Real Madrid, mais habituado a estas andanças, manteve-se vivo na final de forma quase milagrosa, com um golo de Sergio Ramos no período de compensação, a levar o jogo para prolongamento. E aí as diferenças ficaram bem vincadas. A taça, já se sabia, ia para Madrid. Na primeira vez na história em que duas equipas da mesma cidade se defrontaram na final, o Real Madrid juntou um décimo troféu à galeria, 12 anos depois da última final em que tinha marcado presença. Para o Atlético, a presença em Lisboa significou a segunda final da história, 40 anos depois de ter perdido para o Bayern Munique (1-1 e 4-0 na finalíssima). Apesar de terem ido buscar inspiração a Luis Aragonés, os colchoneros não conseguiram superar esse trauma. As contas com a história continuam por acertar. Os dois treinadores tinham surpresas reservadas para a partida. A maior delas foi Diego Costa, titular pelo Atlético de Madrid após dias de incerteza relativamente ao seu estado físico. Do lado dos merengues confirmou-se a baixa do internacional português Pepe. Já Benzema jogou de início, enquanto no meio-campo foi Khedira o escolhido para ocupar o posto do castigado Xabi Alonso. Mas a surpresa, no Atlético de Madrid, não chegou a durar dez minutos. Diego Costa voltou a sentir dores e teve de sair – o avançado foi à Sérvia antes da final, para fazer um tratamento com placenta de cavalo, mas as piores previsões confirmaram-se. Tal como tinha acontecido no derradeiro jogo do campeonato espanhol, em Camp Nou frente ao Barcelona, o Atlético ficava precocemente privado de Diego Costa. Na Catalunha isso serviu para galvanizar a equipa rumo ao objectivo do título de campeã. E em Lisboa, que efeito teria? A resposta não tardaria a ser dada. O Atlético cerrou fileiras e, tirando partido de uma má primeira parte do Real Madrid, chegou ao intervalo em vantagem. Godín, de cabeça, fez o 1-0 num lance em que Casillas se precipitou a sair da baliza: viu a bola sobrevoá-lo e já não conseguiu evitar o golo. A vantagem do Atlético ao intervalo justificava-se. E os primeiros minutos do segundo tempo reforçaram essa impressão: o Real Madrid, com o pensamento febril centrado apenas na “décima”, tentava fazer as coisas demasiado depressa mas pouco saía bem. A equipa de Carlo Ancelotti encostava os colchoneros à área defensiva, mas na hora de rematar à baliza de Courtois faltava o instinto matador que se pede ao melhor ataque desta edição da Champions. Mas tudo mudou no tempo de compensação. Quando a pressão do Real Madrid era mais intensa do que nunca, Sergio Ramos surgiu salvador na área do Atlético, a cabecear para o 1-1 e garantindo o prolongamento. O abalo emocional sofrido pelos colchoneros teve igual magnitude ao reforço psicológico de que beneficiaram os merengues. E na meia hora que se seguiu o Real Madrid marcou mais três golos. Gareth Bale (até aí simplesmente desastrado), Marcelo (a colocar um ponto final na esperança do Atlético) e Cristiano Ronaldo (de penálti, a ampliar para 17 o recorde de golos numa edição da Champions) restabeleceram a hierarquia. O Real Madrid tem finalmente a “décima”, que perseguia de forma tão febril e pela qual investiu ao longo dos anos milhões sem fim. Uma história escrita em Lisboa.
REFERÊNCIAS:
Tintim faz record mundial de 2,6 milhões em leilão
A venda deste sábado duplicou o valor do anterior record de 1,3 milhões também por uma prancha de Hergé (...)

Tintim faz record mundial de 2,6 milhões em leilão
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2014-05-25 | Jornal Público
SUMÁRIO: A venda deste sábado duplicou o valor do anterior record de 1,3 milhões também por uma prancha de Hergé
TEXTO: Não se sabe ainda quem foi o comprador, mas, depois de uma batalha de licitações de cerca de 15 minutos, um coleccionador norte-americano levou para casa a prancha original que detém o novo record mundial para venda de BD: 2, 6 milhões de euros, incluindo taxas (2, 1 milhões sem taxas), que estão a levar alguns especialistas a falar num novo nicho no mercado dos leilões. Assinada por Hergé em 1937 a prancha levada à praça em Paris pela francesa Artcurial é uma página dupla feita a tinta-da-china que viria a dar origem a capas de álbuns publicados entre 1937 e 1958. Veio duplicar o valor do anterior record de 1, 3 milhões que pertencia também a Tintin – pela venda, há exactamente dois anos, da prancha de 1932 que deu origem à capa de Tintin na América. Com um preço base de licitação de 700 mil euros e uma expectativa máxima de venda de 900 mil, a prancha vendida este sábado mostra Tintin e o seu cão, Milou, em 34 situações diferentes, cada uma ligada a um momento forte de um álbum. Tintin vestido de cowboy, de explorador, de armadura de cavaleiro, a cavalo, a caminhar no deserto, de avião, de carro, de piroga… Por entre essas imagens, uma aponta para uma história desconhecida: Tintin com um casaco de peles no meio de uma paisagem de neve – segundo especialistas em BD citados pelo diário francês Le Monde, não faz referência a qualquer história conhecida; apontará para a intenção não concretizada de Hérge de fazer Tintin viajar pelo Norte gelado…“Tintin está prestes a entrar nos museus”, disse Eric Leroy, o responsável de BD da Artcurial, citado pelo Le Monde. Explicando que esta “não foi, de todo, uma compra especulativa”, Leroy precisou que “este desenho vai tomar lugar no seio de uma colecção de belas peça de arte contemporânea de pintura, escultura e objectos”. No seu leilão a Artcurial inteiramente dedicado a Hergé, a Artcurial fez cinco milhões de euros com cerca de 500 lotes.
REFERÊNCIAS:
Casillas: "Ganhar a 'décima' é mais importante do que vencer um Mundial"
Reacções dos protagonistas da final da Liga dos Campeões. (...)

Casillas: "Ganhar a 'décima' é mais importante do que vencer um Mundial"
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.329
DATA: 2014-05-25 | Jornal Público
SUMÁRIO: Reacções dos protagonistas da final da Liga dos Campeões.
TEXTO: Declarações de alguns protagonistas da final da Liga dos Campeões, que o Real Madrid ganhou, depois de vencer o Atlético de Madrid, em Lisboa, por 4-1, após prolongamento. Carlo Ancelotti“Acreditámos que podíamos empatar até ao último momento. Lutámos muito e depois do golo [de Sergio Ramos] o jogo foi mais fácil. ”Sergio Ramos“Depois de tantos anos, merecemos saborear uma vitória destas. Fizemos história perante um adversário magnífico”Fábio Coentrão“É um momento muito especial na minha carreira. Um dia que nunca esquecerei. Não se ganha a Champions todos os anos. Ganhar a Champions é o sonho de cada jogador. Para mim, foi uma época perfeita, ganhámos a Champions e a Taça do Rei. ”Iker Casillas“A décima… é um número redondo, um número perfeito. Ganhar a 'décima' é mais importante do que vencer um Mundial. Foi muito sofrido, mas pelo número de oportunidades, penso que foi um triunfo justo. O Atlético de Madrid defendeu bem, mas no final conseguimos. [O golo sofrido?] Às vezes falhamos e outras vezes erramos e não me posso queixar. Felizmente, as pessoas recordar-se-ão que o Real ganhou a décima em Lisboa”Pepe“Ganhar da maneira que ganhámos foi bastante bonito. Fomos claramente superiores, eles tiveram a sorte de marcar de bola parada. Tivemos imensa dificuldade para marcar, mas marcámos e o jogo mudou completamente. ”Diego Simeone“Depois do empate, e da maneira que foi, obviamente que o Real ficou mais perto da vitória. Um golo no final determinava que equipa quebraria. Mas foi uma temporada extraordinária. ”Tiago“Demos tudo, mas não tínhamos mais forças. Estou orgulhoso desta equipa, mas é um momento muito triste. "Gabi“O prolongamento foi muito longo para nós. Acabaram-se as forças. Dominaram-nos e ganharam. Competimos até final. Estamos a competir como animais há um ano e estou orgulhoso. O Real Madrid preparou este jogo durante um mês. O empate foi um momento trágico. Esse golo [do empate] no final condicionou-nos muito. Psicologicamente, o golo foi muito duro. E eles aproveitaram o prolongamento. Parabéns ao Real Madrid. ”
REFERÊNCIAS:
Cidades Lisboa Madrid
Ordem aconselha médicos de família a recusarem fazer consultas de medicina do trabalho
Colégio da Especialidade de Medicina Geral e Familiar diz que Ministério da Saúde fez um diploma assente em “esperteza saloia”. (...)

Ordem aconselha médicos de família a recusarem fazer consultas de medicina do trabalho
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2014-05-28 | Jornal Público
SUMÁRIO: Colégio da Especialidade de Medicina Geral e Familiar diz que Ministério da Saúde fez um diploma assente em “esperteza saloia”.
TEXTO: Os médicos de família devem usar o dever de escusa se acharem que não estão aptos para fazer consultas de medicina do trabalho, aconselha o Colégio da Especialidade de Medicina Geral e Familiar da Ordem dos Médicos (OM). Num parecer que acaba de ser divulgado no site da OM, a direcção do colégio desta especialidade contesta a portaria publicada sexta-feira e que incumbe os médicos de família de fazerem consultas de medicina do trabalho no caso de grupos específicos de trabalhadores. A portaria, que entra em vigor no final de Junho, prevê a transferência, para os médicos de família, da competência de vigilância da saúde do trabalho no caso dos funcionários de microempresas (com menos de dez empregados) que não exerçam actividade de risco elevado, trabalhadores independentes, de serviços domésticos, trabalhadores agrícolas sazonais, pescadores de embarcações até 15 metros, entre outros. Discordando “da filosofia” do diploma, o colégio da OM aconselha os médicos de família “a usarem o dever de escusa se, em consciência, acharem não estar aptos e ou em condições para exercer os actos médicos, nos moldes exigidos pela referida portaria”. O Sindicato Independente dos Médicos já tinha avisado que ia recomendar este princípio do dever de escusa, sugerindo que os médicos se recusem a fazer consultas de medicina do trabalho, por não terem a formação necessária. O colégio da OM critica a actuação do Ministério da Saúde (MS) com grande veemência, por não ter ouvido a Ordem neste processo. Sustenta que o MS fez a portaria assente em “esperteza saloia, tentando atirar areia aos olhos da população, ao defender que os cuidados de saúde primários do trabalho são da competência” desta especialidade e não da medicina do trabalho. Defende ainda que a publicação deste diploma é “mais um ataque profundamente capcioso, destinado a destruir” a especialidade dos médicos de família que estão já “afogados em indicadores de duvidosa utilidade clínica […] com listas de utentes de dimensão desmesurada, impostas à força, com sistemas informáticos lentos, inadequados e disfuncionantes, que, em vez de facilitarem a sua prática clínica e a relação médico-paciente, só servem para as dificultar e levar à exaustão física e psíquica”. Respondendo à contestação a esta portaria que se tem avolumado nos últimos dias, o Ministério da Saúde garantiu terça-feira que o objectivo foi apenas o de “facilitar os procedimentos dos trabalhadores por conta própria, como as empregadas domésticas, que recorreram sempre ao seu médico de família para serem regularmente observados e as microempresas com meios económicos reduzidos para contratarem um serviço de medicina do trabalho". Assegurou também que não há "usurpações de funções, nem sequer aumento do número de consultas de medicina geral e familiar". "O que há é a formalização e regularização da situação de todos aqueles que sempre foram apenas ao seu médico de família ou aos centros de saúde para poderem aferir do seu estado de saúde", asseverou o ministério, que lembrou que esta possibilidade está prevista na lei desde 2009.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave lei ataque