Cabo Verde escolhe Presidente em eleições que deixam marcas no PAICV
Os cabo-verdianos estão a escolher o seu novo Presidente da República, mas é provável a necessidade de uma segunda volta. A eleição deixará marcas no partido governamental, o PAICV (Partido Africano da Independência de Cabo Verde), que, apesar da maioria absoluta de Fevereiro, não está unido. A vitória não é um dado adquirido para o seu candidato oficial, Manuel Inocêncio de Sousa. (...)

Cabo Verde escolhe Presidente em eleições que deixam marcas no PAICV
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 3 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-08-07 | Jornal Público
SUMÁRIO: Os cabo-verdianos estão a escolher o seu novo Presidente da República, mas é provável a necessidade de uma segunda volta. A eleição deixará marcas no partido governamental, o PAICV (Partido Africano da Independência de Cabo Verde), que, apesar da maioria absoluta de Fevereiro, não está unido. A vitória não é um dado adquirido para o seu candidato oficial, Manuel Inocêncio de Sousa.
TEXTO: A sucessão de Pedro Pires, chefe de Estado na última década, é disputada por Inocêncio Sousa e Aristides Lima, ambos do partido da independência, e por Jorge Carlos Fonseca, que tem o apoio do MpD (Movimento para a Democracia), maior força da oposição. Joaquim Jaime Monteiro, também da família do PAICV, é o quarto candidato, sem possibilidades de vencer. Pedro Seabra, do Instituto Português de Relações Internacionais e Segurança, considera que a candidatura de Jorge Carlos Fonseca “tem de ser tomada em conta”, também devido às divisões no seio do PAICV. Mas, em seu entender, a eleição deve decidir-se entre Aristides Lima e Inocêncio de Sousa, até porque Carlos Veiga, líder do MpD, que seria o melhor candidato da oposição, não concorre. “Todos os sinais indicam que a decisão será entre os dois. Inocêncio de Sousa tem contra si o facto de não ser uma figura muito conhecida, mas tem consigo a máquina do PAICV e o primeiro-ministro, José Maria Neves. Lima não tendo a máquina por trás tem um maior reconhecimento”, disse ao PÚBLICO o investigador, que vê na existência de quatro candidatos uma “prova da saúde da democracia”. José Vicente Lopes, jornalista e escritor cabo-verdiano, acredita que haverá uma segunda volta, e que Aristides Lima, deputado e presidente da Assembleia Nacional nos últimos dez anos, é “o único que [nela] parece ter presença garantida”, apesar do apoio oficial do partido governamental a Inocêncio, o favorito do líder. Duas correntesA divisão no seio do antigo partido único é, nota José Vicente Lopes, a expressão de duas correntes no seu interior: a ala renovadora, encabeçada por José Maria Neves, e a “velha guarda” de Pedro Pires, que prefere Lima, tal antigos rivais do actual chefe do Governo. Jorge Carlos Fonseca, que fez uma campanha centrada nos riscos de concentração do poder nas mãos do PAICV, explorou essa divisão e foi claro na afirmação de que a disputa entre Inocêncio e Lima se tornou num “confronto” entre Neves e Pires. Sinal claro das divergências no PAICV é o apoio público a Lima declarado por Felisberto Vieira, ministro do Desenvolvimento Social e Família, ou por Júlio Correia, primeiro vice-presidente do Parlamento. O tom, aliás, “tornou-se mais agressivo”, com o assassino de Amílcar Cabral a ser trazido à discussão, no que alguns consideraram uma “tentativa de baixar o nível da campanha”, diz Pedro Seabra. Lima, que se apresenta como o “candidato da cidadania”, orientou o seu percurso dos últimos anos tendo em mente a chefia do Estado e o dossier presidencial que foi mal gerido pelo PAICG, considera José Vicente Lopes. “As ambições pessoais dos candidatos acabaram por se sobrepor à estratégia do partido. Se o PAICV estivesse unido em torno de um candidato estas eleições seriam favas contadas”, afirma. Preterida pela direcção partidária, a candidatura do ex-presidente do Parlamento “não estava nas contas” de José Maria Neves, cuja “voz de comando deixou de ser ouvida”, afirma o jornalista. Para ele, do ponto de vista político, a declaração feita em Fevereiro pelo primeiro-ministro ao PÚBLICO, de que este é o seu último mandato na chefia do Governo, foi um erro. “A pior coisa que pode haver em política é um líder a prazo”, afirma. Independentemente da escolha dos cabo-verdianos, o nome do Presidente não interfere à partida com a estabilidade governativa – o PAICV reforçou em Fevereiro a sua maioria absoluta e tem 38 deputados contra 32 do MpD e dois da UCID (União Cabo-Verdiana Independente e Democrática).
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave concentração social
Onda de desmaios inexplicáveis em escolas de Angola
Mais de 800 estudantes angolanos, a maioria adolescentes, já sucumbiram numa inexplicável onda de desmaios que atingiu escolas da capital, Luanda, e das províncias do Namibe, Huíla, Cabinda, Cunene e Caxito. O Ministério do Interior constituiu uma comissão de investigação para apurar as causas dos desmaios, que têm sido atribuídos à inalação de uma substância tóxica desconhecida. (...)

Onda de desmaios inexplicáveis em escolas de Angola
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 3 | Sentimento -0.05
DATA: 2011-08-09 | Jornal Público
SUMÁRIO: Mais de 800 estudantes angolanos, a maioria adolescentes, já sucumbiram numa inexplicável onda de desmaios que atingiu escolas da capital, Luanda, e das províncias do Namibe, Huíla, Cabinda, Cunene e Caxito. O Ministério do Interior constituiu uma comissão de investigação para apurar as causas dos desmaios, que têm sido atribuídos à inalação de uma substância tóxica desconhecida.
TEXTO: Os alunos que desmaiaram descreveram sintomas comuns de tosse e dores de garganta, inflamações oculares e falta de ar. Os primeiros casos reportam-se a Abril, mas, nas últimas semanas, a situação piorou. Professores e pessoal administrativo também foram internados com os mesmos sintomas. O vice-comissário da Polícia Nacional, Paulo de Almeida, garantiu ao diário queniano Daily Nation que testes efectuados "não confirmam a presença de nenhuma substância tóxica. Todos os resultados deram negativo", referiu. O director do hospital psiquiátrico de Luanda, Rui Pires, que integra a comissão de investigação, disse ao mesmo jornal que a nenhum dos jovens internados na sequência dos desmaios tinha sido diagnosticado com "nenhum tipo de síndroma", sugerindo que os casos poderiam ser de índole psicológica. Em Julho, um jovem de 19 anos foi detido e acusado de lançar um tipo de gás pimenta para uma escola do município do Cazenga. O Comité para a Protecção dos Jornalistas, sedeado em Nova Iorque, denunciou o comportamento das autoridades angolanas, que detiveram e interrogaram durante 23 horas um jornalista da Rádio Ecclesia que fez uma reportagem sobre casos de desmaios numa escola de Luanda onde dá aulas de Inglês. Segundo aquela organização, Adão Tiago foi detido na sala de aula em frente aos seus alunos, por quatro polícias sem mandado de captura.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave escola
"As pessoas estão zangadas, infelizes e frustradas"
A criminologista Suzella Palmer é especialista em gangs, crime e juventude na Universidade de Bedfordshire. Fez pesquisa intensa sobre o crime juvenil na comunidade negra e participou num documentário sobre gangs para a BBC em 2009. Conhece de perto a realidade das ruas. (...)

"As pessoas estão zangadas, infelizes e frustradas"
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 3 | Sentimento -0.6
DATA: 2011-08-11 | Jornal Público
SUMÁRIO: A criminologista Suzella Palmer é especialista em gangs, crime e juventude na Universidade de Bedfordshire. Fez pesquisa intensa sobre o crime juvenil na comunidade negra e participou num documentário sobre gangs para a BBC em 2009. Conhece de perto a realidade das ruas.
TEXTO: Como lê os motins em Inglaterra?Não aprovo a violência, os incêndios, os roubos, mas percebo e há razões muito importantes por detrás do que se está a passar. Precisamos de olhar para as causas. Acho que isto é uma chamada de atenção para toda a sociedade britânica. Que tipo de chamada de atenção?As pessoas estão zangadas, infelizes, frustradas. Estamos a atravessar problemas económicos, mas comparando com outros países ainda somos um país próspero. Muitas das nossas crianças estão zangadas e infelizes com muitas coisas e precisamos de ter tempo para as ouvir, coisa que não temos feito. Há a ideia de que isto é mais sobre telemóveis e televisões plasma do que propriamente um protesto. Acho que é um protesto contra o facto de não estarem a ser ouvidos. É interessante que os assaltos sejam feitos por miúdos que saem à rua e agarram em qualquer coisa: telemóveis, bebidas, qualquer loja. É quase uma reacção à prosperidade do país a que estes jovens não têm acesso. Quando se olha para as multinacionais, vê-se que direccionam as suas campanhas de marketing para os jovens. E eles sentem uma enorme pressão para consumir, só que não têm oportunidade de ganhar o dinheiro de forma legítima para o fazer. E isso é um problema. Depois os cortes todos que afectam os benefícios sociais, as propinas e a falta de oportunidades de trabalho não deixam os jovens na posição de serem os consumidores que são pressionados a ser. E isso gera frustração. Também há questões que têm a ver com respeito. Eu sinto e vejo que os jovens são totalmente desrespeitados pela sociedade. Quando olhamos, por exemplo, para a justiça criminal, os jovens estão a ser criminalizados a um ritmo acelerado. Aquilo que temos de perceber é que é normal que os jovens se rebelem e se envolvam em comportamentos anti-sociais. Há muitas coisas que os jovens fazem hoje que são feitas há milénios, mas hoje eles são criminalizados. Estou a pensar, há 30 anos podia ser estridente em público falar alto, mas hoje os jovens são criminalizados por isso. Claro que não se trata de ignorar o facto, mas faz-se através de orientação e apoio, e se os vamos punir então que não seja através do sistema criminal - porque aí sentem-se criminosos. Colocam-lhes rótulos, tratam-nos como criminosos e eles começam a agir como se fossem. Da sua experiência, como é que um protesto que começou pequeno comparado com as proporções que atingiu agora, cresce e se alastra?Pelo sentido de injustiça partilhado por muita gente e por diversas razões. Alguns porque não têm acesso ao mercado de trabalho, alguns porque não têm acesso ao ensino superior, outros pela forma como são tratados pela polícia - em particular os negros e as minorias étnicas. Há uma longa história de problemas da polícia com os negros neste país. Ou seja, é um sentimento de injustiça, mas a forma como cada um sente e é afectado por elas é diferente. Tudo começou com o protesto contra a polícia (pela morte de Mark Duggan) e as pessoas, brancos e negros, sentem-se frustradas com a polícia e com a Comissão Independente de Queixas contra a Polícia. Nunca aconteceu um polícia ser punido apropriadamente por ter morto um civil - e isso gera descontentamento com mais uma morte às mãos da polícia. A psicologia explica o comportamento em grupo: individualmente, podemos não agir com violência, mas se outras pessoas no grupo o fazem é quase como se sentíssemos que também o podemos fazer - deixamos de nos ver como indíviduos para passar a vermo-nos como parte de um grupo.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave morte violência morto
Cabo Verde elege próximo Presidente
Manuel Inocêncio Sousa ou Jorge Carlos Fonseca. Um dos dois é hoje eleito Presidente da República de Cabo Verde, na segunda volta das eleições, sucedendo a Pedro Pires. A disputa tem desfecho incerto, em muito por causa das divisões no PAICV (Partido Africano da Independência de Cabo Verde), no Governo. (...)

Cabo Verde elege próximo Presidente
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 3 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-08-21 | Jornal Público
SUMÁRIO: Manuel Inocêncio Sousa ou Jorge Carlos Fonseca. Um dos dois é hoje eleito Presidente da República de Cabo Verde, na segunda volta das eleições, sucedendo a Pedro Pires. A disputa tem desfecho incerto, em muito por causa das divisões no PAICV (Partido Africano da Independência de Cabo Verde), no Governo.
TEXTO: Na primeira volta, a 7 de Agosto, Jorge Carlos Fonseca, apoiado pelo MpD (Movimento para a Democracia), a maior força da oposição, obteve 37, 3 por cento contra 32 de Inocêncio Sousa, o candidato oficial do PAICV. Inocêncio enfrentou não só o seu adversário de hoje mas também Aristides Lima, ex-presidente da Assembleia Nacional e seu colega de partido. Favorito do Presidente da República cessante, Pedro Pires, apoiado por destacadas figuras do PAICV, Lima obteve 27, 4 por cento dos votos. Um quarto candidato, Joaquim Jaime Monteiro, ficou-se pelos dois por cento. Se as divisões da primeira volta forem postas de lado, e conseguir unificar o eleitorado que em Fevereiro reforçou a maioria absoluta do PAICV nas legislativas, Inocêncio, de 60 anos, nascido em São Vicente, será eleito, tornando-se o quarto Presidente do país, depois de Aristides Pereira, Mascarenhas Monteiro e Pedro Pires. Uma derrota deste candidato, escolhido pelo primeiro-ministro e líder do partido, José Maria Neves, terá consequências políticas e partidárias. A incerteza sobre a votação de hoje é maior porque Aristides Lima invocou a natureza “suprapartidária” da sua candidatura e escusou-se a dar indicação de voto em Inocêncio. “Não tenho direito nem a competência para dar a ninguém uma indicação de voto, pois não sou dono dos votos de ninguém”, disse numa mensagem aos apoiantes. A esperança de Jorge Carlos Fonseca, jurista de 60 anos, nascido também em S. Vicente, passa em parte pelo comportamento do eleitorado que há duas semanas votou em Lima. A UCID (União Cabo-verdiana Independente e Democrática), único dos pequenos partidos com representação parlamentar, que apoiou este candidato no dia 7, resolveu não dar indicação de voto. Mas não esconde que deseja, acima de tudo, a derrota do candidato do PAICV e o seu líder, António Monteiro, assumiu que vota em Fonseca.
REFERÊNCIAS:
Tempo Agosto Fevereiro
Candidato da oposição eleito Presidente de Cabo Verde
O jurista Jorge Carlos Fonseca é o novo Presidente da República de Cabo Verde e vai suceder a Pedro Pires. Nas eleições deste domingo, derrotou Manuel Inocêncio Sousa, o candidato oficial do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV), que governa o país com maioria absoluta. (...)

Candidato da oposição eleito Presidente de Cabo Verde
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 3 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-08-22 | Jornal Público
SUMÁRIO: O jurista Jorge Carlos Fonseca é o novo Presidente da República de Cabo Verde e vai suceder a Pedro Pires. Nas eleições deste domingo, derrotou Manuel Inocêncio Sousa, o candidato oficial do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV), que governa o país com maioria absoluta.
TEXTO: Os resultados provisórios quando faltava apurar os votos em 58 das 1108 mesas, atribuíam a "Zona", como Fonseca é conhecido no país, 54, 09 por cento, correspondentes a 97. 103 votos; contra 45, 91 por cento de Manuel Inocêncio, resultantes de 82. 414 votos. “Desenha-se uma vitória de Jorge Carlos Fonseca”, reconheceu a mandatária do candidato do PAICV, Cristina Fontes Lima, no primeiro comentário oficial. O vencedor tem 60 anos, nasceu em São Vicente e candidatou-se com o apoio do MpD (Movimento para a Democracia), o principal partido da oposição. Na primeira volta, a 7 de Agosto, obteve 37, 3 por cento contra 32 por cento de Inocêncio, que disputou as preferências do eleitorado do PAICV com Aristides Lima, ex-presidente da Assembleia Nacional. Lima, depois de ter sido preterido no apoio oficial do partido governamental, a que também pertence, avançou com uma candidatura autónoma e conseguiu 24, 7. Os resultados desta segunda volta indicam que o candidato oficial do PAICV, o preferido do líder do partido e primeiro-ministro, José Maria Neves - que é também um derrotado do processo e vai ter de governar em coabitação -, não conseguiu mobilizar todo o eleitorado que na primeira volta preferiu Lima. O quarto Presidente de Cabo Verde foi ministro dos Negócios Estrangeiros no início da década de 1990, após a instauração do multipartidarismo, e presidia ao Instituto Superior de Ciências Jurídicas e Sociais. Concorreu uma primeira vez à Presidência em 2001, quando Pedro Pires chegou ao Palácio Plateau, em que agora lhe sucede. Actualizada às 13h45
REFERÊNCIAS:
Tempo Agosto
Sindicato dos Jornalistas condena agressão na manifestação em Luanda
O Sindicato dos Jornalistas Angolanos (SJA) condenou hoje em Luanda o acto de agressão de que foram vítimas, no sábado, jornalistas que faziam a cobertura de uma manifestação organizada por um grupo de jovens contra o Presidente angolano. (...)

Sindicato dos Jornalistas condena agressão na manifestação em Luanda
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 3 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-09-05 | Jornal Público
SUMÁRIO: O Sindicato dos Jornalistas Angolanos (SJA) condenou hoje em Luanda o acto de agressão de que foram vítimas, no sábado, jornalistas que faziam a cobertura de uma manifestação organizada por um grupo de jovens contra o Presidente angolano.
TEXTO: Em declarações, a secretária-geral do SJA, Luísa Rogério, disse que o sindicato “observa com muita preocupação a situação”, considerando que “o cenário está cada vez mais perigoso para o exercício da profissão”. A manifestação realizada no sábado por um grupo de jovens com o objectivo de pedir a “destituição do Presidente José Eduardo dos Santos”, foi programada para ter lugar no Largo da Independência, mas o alegado rapto de um dos membros do grupo, horas antes do início do ato, levou à alteração do que estava previsto. Face à situação, os manifestantes resolveram dirigir-se ao Palácio da Presidência da República, tendo a iniciativa sido impedida pela polícia, o que gerou um tumulto. Na sequência, várias pessoas ficaram feridas, outras foram detidas e alguns jornalistas agredidos. Um comunicado da Polícia Nacional revelava a detenção de 24 pessoas, o ferimento de três agentes da polícia e de outros três manifestantes. A agressão física aos jornalistas, dois operadores de câmara da RTP África, e a destruição das câmaras, bem como do correspondente da Voz da América, também despojado dos seus equipamentos de trabalho, foi alegadamente praticada por cidadãos que se encontravam à civil e sem identificação, quando tentavam impedir os jornalistas de realizarem o seu trabalho. De acordo com Luísa Rogério, o SJA vai exigir explicações da polícia no sentido de se apurar quem são os protagonistas da referida acção. “Nós pedimos à Polícia Nacional protecção para o desempenho do nosso trabalho, porque era uma manifestação legal e os jornalistas estão lá apenas com o interesse de cobrir o ato”, disse Luísa Rogério, lamentando que os jornalistas sejam confundidos com os protagonistas da manifestação.
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Palavras-chave rapto
Coluna militar líbia chega ao Níger em provável negociação de refúgio para Khadafi
Uma numerosa coluna militar líbia entrou em território do Níger, tendo chegado ainda ontem, noite avançada, à cidade de Agadez, no mais recente sinal de capitulação das forças que se mantinham ainda leais ao regime do deposto Muammar Khadafi, mas também sugerindo que podem estar em curso negociações para dar refúgio ao coronel num país africano "amigo". (...)

Coluna militar líbia chega ao Níger em provável negociação de refúgio para Khadafi
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 3 | Sentimento -0.1
DATA: 2011-09-06 | Jornal Público
SUMÁRIO: Uma numerosa coluna militar líbia entrou em território do Níger, tendo chegado ainda ontem, noite avançada, à cidade de Agadez, no mais recente sinal de capitulação das forças que se mantinham ainda leais ao regime do deposto Muammar Khadafi, mas também sugerindo que podem estar em curso negociações para dar refúgio ao coronel num país africano "amigo".
TEXTO: O grupo, com uns 200 a 250 veículos armados, transporta na maioria guerrilheiros tuaregue que tinham sido recrutados por Khadafi, segundo foi reportado por fontes militares do Níger e confirmado por responsáveis franceses à agência noticiosa britânica Reuters. Um residente de Agadez, no norte do Níger, conta porém serem pouco mais de uma dezena de camiões com tropas líbias muito bem armadas, acompanhadas por alguns guerrilheiros tribais tuaregue. “Vi uma coluna impressionante e não habitual de muitas dezenas de veículos a entrar em Agadez, vindos de Arlit, uma cidade mineira perto da fronteira com a Argélia, e dirigir-se por estrada em direcção a Niamey”, relatou à agência francesa AFP uma testemunha militar local, sob anonimato, dando conta dos “rumores de que Muammar Khadafi ou um dos seus filhos, provavelmente Saif al-Islam, estarão na coluna”. Fonte militar francesa avalia que este movimento de tropas pode ser uma tentativa do coronel em negociar secretamente com as autoridades de Niamey um refúgio seguro naquele tradicional aliado do seu regime. O mesmo responsável indicou que a coluna militar líbia foi escoltada por soldados do Níger, sugerindo ainda que Khadafi poderá ainda juntar-se a ela numa rota em direcção ao Burkina Faso, país que lhe ofereceu asilo. Não há porém qualquer confirmação de que Khadafi esteja naquela coluna militar, ao mesmo tempo que o seu porta-voz, Moussa Ibrahim, continua a reiterar que o deposto líder líbio permanece no país natal e “com o ânimo elevado”. “[Khadafi] está num lugar na Líbia, ao qual não chegarão os grupos divisionistas”, afirmou em referência ao movimento rebelde que pôs fim aos 42 anos de Governo autocrático do coronel. Negociações para capitulação de Bani WalidHoras antes da entrada da coluna militar líbia no Níger, o canal de televisão Al-Jazira reportara que os rebeldes tinham finalmente conseguido firmar um acordo com representantes das forças leais a Khadafi na cidade de Bani Walid, um dos últimos quatro redutos do coronel na Líbia, a par da sua cidade natal, Sirte, e ainda Jufra e Sabha. Segundo a Al-Jazira, este acordo dá luz verde para as tropas da rebelião entrarem ainda hoje, e sem combates, em Bani Walid, cidade a 150 quilómetros para sul de Trípoli. Mas a Reuters cita líderes rebeldes pondo esta hipótese em dúvida e avaliando as negociações como não tendo sido sérias, uma vez que as forças pró-Khadafi continuaram a disparar enquanto as mesmas decorriamAinda assim, o líder do Conselho nacional de Transição, órgão político da rebelião e tido quase com consenso global na comunidade internacional como o governo provisório de facto na Líbia, insistiu hoje que as conversações para a rendição de todos os leais a Khadafi vão continuar até sábado, quando termina o ultimato dos rebeldes. Notícia actualizada às 10h10
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Palavras-chave comunidade
Dívida dos PALOP a Portugal está próxima de 1800 milhões de euros
A dívida dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) ao Estado português registou, no ano passado, o maior crescimento em 15 anos, aumentando para 2407 milhões de dólares (1764 milhões de euros, à taxa de câmbio actual) no final de 2010. (...)

Dívida dos PALOP a Portugal está próxima de 1800 milhões de euros
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 3 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-09-19 | Jornal Público
SUMÁRIO: A dívida dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) ao Estado português registou, no ano passado, o maior crescimento em 15 anos, aumentando para 2407 milhões de dólares (1764 milhões de euros, à taxa de câmbio actual) no final de 2010.
TEXTO: Face ao ano anterior, Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe somaram mais 201 milhões de euros em dívida a Portugal, ou seja, mais 12, 9%, mostram dados hoje revelados pelo Banco de Portugal (BdP) num documento sobre a evolução das economias nos PALOP e em Timor Leste. Já a dívida directa ao Estado caiu, no ano passado, 13 milhões de euros, uma tendência que já se verificou em 2009. Angola é, dos cinco países, aquele com a maior fatia da dívida, cerca de 60%, equivalente a 1056 milhões de euros. O aumento foi de 62 milhões de euros. Cabo Verde, o terceiro dos PALOP com maior percentagem de dívida a Portugal, foi o que registou o maior crescimento real, em 72 milhões de euros face a 2009, “um novo e significativo aumento” – nota o supervisor bancário no relatório – que fez o total da dívida subir para 196 milhões de euros. Moçambique é o segundo país com o maior valor total de dívida ao Estado português. De 2009 para 2010, registou um aumento de 65 milhões de euros. Este crescimento resulta da utilização de linhas de crédito acordadas em 2008 e 2009 para financiamento de projectos de investimento e infra-estruturas no país, explica o BdP. Guiné-Bissau não registou “qualquer desembolso ou amortização”, tendo-se observado apenas uma redução de sete milhões de euros graças à apreciação do dólar face ao euro. A dívida oficial de São Tomé e Príncipe aumentou em 12 milhões de euros, para 49 milhões de euros.
REFERÊNCIAS:
Entidades PALOP
Troy Davis executado nos EUA apesar dos pedidos de clemência
Troy Davis, de 42 anos, um afro-americano condenado por ter matado a tiro um polícia branco em 1989, foi executado nesta quarta-feira à noite, depois de os seus advogados terem feito uma última tentativa para o salvar perante o Supremo Tribunal dos Estados Unidos. (...)

Troy Davis executado nos EUA apesar dos pedidos de clemência
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 3 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-09-22 | Jornal Público
SUMÁRIO: Troy Davis, de 42 anos, um afro-americano condenado por ter matado a tiro um polícia branco em 1989, foi executado nesta quarta-feira à noite, depois de os seus advogados terem feito uma última tentativa para o salvar perante o Supremo Tribunal dos Estados Unidos.
TEXTO: A execução por injecção letal ocorreu às 23h08 locais (4h08 em Lisboa), 40 minutos depois de o Supremo Tribunal dos Estados Unidos ter recusado impedir o cumprimento da sentença de Davis, um homem cujo caso se tornou célebre por todo o mundo e levou a pedidos de clemência de várias organizações e personalidades, incluindo o Papa Bento XVI, o Nobel da Paz Desmond Tutu e o ex-Presidente dos EUA Jimmy Carter. “Que Deus tenha piedade da vossa alma. Não matei o vosso irmão, não estava armado, não fiz isto. Não tinha uma arma naquela noite, não sou o responsável”, foram as últimas palavras de Davis, dirigidas à família de Mark MacPhail, o polícia que terá supostamente assassinado em 1989, no parque de estacionamento de um Burger King em Savannah, Georgia, onde MacPhail, fora de serviço, ajudou um sem-abrigo que estava a ser atacado por dois homens, um deles Davis. Troy Davis dirigiu-se depois à sua família, pedindo apenas que rezassem pela sua alma, segundo um jornalista da Associated Press que assistiu à aplicação da pena de morte. O condenado esteve acompanhado até ao último minuto por um dos seus advogados, recusou a última refeição e não pediu tratamento especial, como, por exemplo, ter a presença de um padre ou ver a família. Nenhum familiar presenciou a execução. Horas antes, o silêncio espalhou-se entre os milhares de apoiantes de Davis assim que a decisão final do Supremo Tribunal se fez saber. Encontravam-se todos à porta da prisão onde estava o condenado, em Atlanta, Georgia. “Estou contente, aceitamos a decisão. Quero ter paz agora. Isto tinha de acabar”, disse, porém, Anneliese MacPhail, a mãe do polícia assassinado. Os advogados de Davis apresentaram um recurso no último minuto, durante a tarde de ontem, levando a um atraso de quatro horas na aplicação da injecção letal. Porém, o Supremo Tribunal do estado da Georgia recusou-se a ouvir o caso. “O apelo para suspender a execução de Troy Davis é rejeitado”, e assim decidiu-se numa linha o destino de um homem. O caso de Troy Davis foi apresentado pela defesa como o estereótipo do negro injustamente condenado pela morte de um branco, reabrindo o debate sobre a pena de morte nos Estados Unidos. Mesmo assim foi condenado em 1991. Desde então, sete das nove testemunhas alteraram as suas declarações, incluindo duas que testemunharam que foi o homem que estava com Davis a matar MacPhail. Uma disse que foi o próprio assassino a confessar-lhe o crime. A procuradoria, baseada num relatório de balística, sustém que existiam semelhanças suficientes entre os invólucros das balas encontrados no local do homicídio e outros encontrados numa zona de um outro tiroteio ocorrido antes para mostrar que poderiam pertencer à mesma arma. Davis terá disparado primeiro durante uma festa numa piscina no bairro de Cloverdale, Savannah, ferindo um homem na cara. Mais tarde, os tiros de Davis terão atingido fatalmente MacPhail à porta de um Burger King. Mas nenhuma arma foi encontrada nem existem provas de ADN conclusivas que liguem Davis à morte do polícia. Centenas de pessoas juntaram-se à porta da prisão de Jackson para pedir clemência, o que levou à implementação de uma forte presença policial, incluindo a polícia de intervenção. Os apoiantes entoavam: “Eles dizem pena de morte, nós dizemos nem pensar nisso!”, "Não em nosso nome" ou "Nós somos Troy Davis". Apoio incondicional a Troy Davis:Neste últimos dias, reuniram-se todos os esforços para tentar salvar o homem de 42 anos, que tinha apenas 20 quando ocorreu o crime . Apesar dos apelos do Vaticano, do Governo francês e alemão e das três petições assinadas por um milhão de pessoas, a execução foi levada a cabo. Troy Davis estava até disposto a submeter-se a um polígrafo para provar a sua inocência, que declarou desde o primeiro momento.
REFERÊNCIAS:
Entidades EUA
Governo concluiu negociações para vender o BPN ao BIC Portugal
O Ministério das Finanças e o BIC Portugal concluíram hoje as negociações envolvendo a passagem do BPN para o grupo de capitais angolanos, confirmou ao PÚBLICO Mira Amaral. (...)

Governo concluiu negociações para vender o BPN ao BIC Portugal
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 3 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-12-10 | Jornal Público
SUMÁRIO: O Ministério das Finanças e o BIC Portugal concluíram hoje as negociações envolvendo a passagem do BPN para o grupo de capitais angolanos, confirmou ao PÚBLICO Mira Amaral.
TEXTO: O presidente do BIC Portugal, detido por Américo Amorim e Isabel dos Santos, explicou que cabe ao Governo negociar com os trabalhadores as matérias relacionadas com dispensa de centenas de colaboradores e o fecho de balcões. O Governo terá até Março de 2012 de clarificar estas matérias, segundo o acordado, pois será nessa data que o BPN entra na esfera do BIC Portugal. Já Mira Amaral, que pagará ao Estado cerca de 40 milhões de euros pelo BPN, terá de informar as autoridades, até Dezembro do próximo ano, sobre as suas necessidades em matérias de trabalhadores e de agências, para além do que já foi negociado. O banco angolano ficará no mínimo com 750 trabalhadores, dos 1600 existentes, e com 150 balcões de uma rede comercial de 200. O acordo hoje finalizado prevê ainda que as Finanças negoceiem com Bruxelas os apoios financeiros públicos previstos no dossier da privatização e que se destinam a equilibrar as contas. As autoridades já admitiram que o BPN poderá necessitar de 500 milhões de euros para colocar a sua situação líquida positiva, valor que, no entanto, poderá ser inferior. Desde a nacionalização do BPN, em Novembro de 2008, o Estado já perdeu mais de dois mil milhões de euros, fora os empréstimos que a CGD tem canalizado para a instituição. A 31 de Julho deste ano o Governo anunciou que ia iniciar negociações com o Banco BIC para vender o BPN, processo que ficaria concluído até final do ano. Na base das divergências que têm estado a separar as duas partes (problemas que hoje foram sanados) estão diversas cláusulas, envolvendo a passagem do BPN para as mãos do BIC. Mira Amaral quis garantir que ao adquirir o BPN, não herdava responsabilidades assumidas no passado, cautelas que tiveram de ser vertidas para “o texto jurídico”.
REFERÊNCIAS:
Tempo Dezembro Julho Março Novembro