Projecto do BE propõe mais formação para pescadores e renovação da frota pesqueira
Renovar a frota pesqueira e investir no sector da construção naval são outras das medidas. (...)

Projecto do BE propõe mais formação para pescadores e renovação da frota pesqueira
MINORIA(S): Animais Pontuação: 14 | Sentimento 0.5
DATA: 2017-06-02 | Jornal Público
SUMÁRIO: Renovar a frota pesqueira e investir no sector da construção naval são outras das medidas.
TEXTO: Depois de ter conversado com pescadores em Portimão, o Bloco de Esquerda apresentou um projecto de resolução no qual propõe uma aposta na formação dos profissionais do sector, a renovação da frota pesqueira, e investimento na construção naval. O partido também entende que deve ser promovida uma ligação entre quem trabalha no mar e quem faz investigação sobre ele. O anúncio foi feito pela própria coordenadora do partido, Catarina Martins, nesta sexta-feira, primeiro dia das jornadas parlamentares que decorrem no Algarve. A bloquista começou por considerar que “os pescadores sempre foram muito maltratados” em Portugal e que “o país não pode abandonar os sectores primários”. Aliás, o BE aproveitou o tema para tecer mais críticas à direita, que acusou de ter uma “posição preguiçosa” em relação ao sector e de nada fazer pela modernização das pescas. Com o projecto de resolução, o BE pretende “proteger quem vive da pesca”, mas também “proteger o ambiente”. Porque ser pescador é uma “profissão de risco e mal paga”, Catarina Martins defende que se deve apostar na formação dos pescadores e garantir a ligação entre quem trabalha no mar e quem investiga sobre este – tendo em conta questões ambientais, questões como as das quotas, entre outras. A deputada sublinhou ser também necessário renovar a frota pesqueira, para que os pescadores não continuem a “trabalhar sem condições”, e investir no sector da construção naval. No projecto de resolução, que recomenda ao Governo que tome medidas de apoio à pesca e à gestão sustentável dos recursos marítimos nacionais, pode ler-se ainda, entre muitas outras propostas, que deve ser criado um balcão único ou similar para pedidos de registo, processamento e alteração de documentação para as embarcações e que se deve rever, em baixa, os custos das taxas e emolumentos aplicados ao sector das pescas, particularmente às pequenas embarcações.
REFERÊNCIAS:
Partidos BE
É o fim do abate de animais errantes por motivos de sobrelotação
Parlamento aprovou por unanimidade o fim dos abates como forma de controlo da população (...)

É o fim do abate de animais errantes por motivos de sobrelotação
MINORIA(S): Animais Pontuação: 14 | Sentimento -0.12
DATA: 2019-11-15 | Jornal Público
SUMÁRIO: Parlamento aprovou por unanimidade o fim dos abates como forma de controlo da população
TEXTO: O parlamento aprovou esta quinta-feira, por unanimidade, em votação final global, o fim do abate de animais errantes como forma de controlo da população, que passa a ser permitida apenas por motivos de "saúde ou comportamento". O texto final resulta de um processo iniciado há cerca de um ano a partir de uma iniciativa legislativa de cidadãos e de um projecto do PCP para a criação de uma rede de centros de recolha oficial de animais. No final da votação, o deputado do PAN, André Silva, aplaudiu de pé a alteração, tal como alguns cidadãos que se encontravam a assistir à sessão nas galerias. "É proibido o abate ou occisão de animais por motivos de sobrepopulação, de sobrelotação, de incapacidade económica ou outra que impeça a normal detenção pelo seu detentor, em Centros de Recolha Oficial de Animais, excepto por motivos que se prendam com o seu estado de saúde ou comportamento", prevê o diploma aprovado. O "abate ou a eutanásia" de animais, nos casos em que for permitida, deve "ser realizada por médico veterinário" devendo "a morte ser imediata, indolor e respeitando a dignidade do animal". A lei, que entra em vigor 30 dias após a publicação, dá um prazo de dois anos para que os Centros de Recolha Oficial de Animais estejam aptos a cumprir a proibição do abate de animais. Segundo o diploma, os animais acolhidos nestes centros e que não sejam reclamados no prazo de 15 dias "presumem-se abandonados e são obrigatoriamente esterilizados e encaminhados para a adopção". A lei prevê ainda que o Estado "assegura a integração de preocupações com o bem-estar animal no âmbito da Educação Ambiental desde o 1. º Ciclo do Ensino Básico" e, em conjunto com o movimento associativo e as organizações não-governamentais de ambiente e de protecção animal "dinamiza anualmente" campanhas contra o abandono.
REFERÊNCIAS:
Partidos PAN PCP
Fóssil com 500 milhões de anos pode ajudar a esclarecer o mistério dos primeiros animais
Estranha criatura marinha, semelhante a uma esponja, teria cerca de 50 centímetros e alguns pequenos espinhos. (...)

Fóssil com 500 milhões de anos pode ajudar a esclarecer o mistério dos primeiros animais
MINORIA(S): Animais Pontuação: 14 | Sentimento 0.175
DATA: 2018-06-21 | Jornal Público
SUMÁRIO: Estranha criatura marinha, semelhante a uma esponja, teria cerca de 50 centímetros e alguns pequenos espinhos.
TEXTO: Uma equipa de cientistas descobriu, na China, um fóssil de uma estranha criatura marinha que terá 500 milhões de anos e que pertence a um misterioso grupo de animais que os cientistas têm dúvidas onde encaixar na “árvore da vida”. A investigação foi publicada na revista científica Proceedings of the Royal Society B, da Royal Society de Londres. A criatura pertence ao grupo dos Chancelloriidae, animais fósseis que fazem lembrar esponjas do período Câmbrico (há cerca de 500 milhões de anos), em forma de tubo, que terão sido extintos rapidamente. No entanto, a semelhança com esponjas não é consensual entre cientistas. A nova descoberta, por uma equipa de cientistas das universidades de Leicester e Oxford, no Reino Unido, e Yunnan, na China, junta novos indícios que podem ajudar a resolver o mistério dos Chancelloriidae. A nova espécie, a que os investigadores deram o nome de Allonnia nuda, foi descoberta na China e teria cerca de 50 centímetros e alguns pequenos espinhos. Também dá indicações sobre o padrão de crescimento, pois tem ligações claras às esponjas modernas. Ainda que seja cedo para dizer que o mistério dos Chancelloriidae esteja resolvido a descoberta evidencia o papel central dos fósseis idênticos a esponjas no debate sobre a mais antiga evolução animal. “Os fósseis Chancelloriidae foram descobertos há quase um século mas resistiram às tentativas de os colocarem na árvore da vida. Consideramos que o padrão de crescimento corporal suporta uma ligação com esponjas, dando força a uma hipótese antiga. Não achamos que o caso esteja encerrado mas esperamos que os nossos resultados inspirem novas investigações sobre a natureza dos primeiros animais”, disse Thomas Harvey, da Universidade de Leicester e um dos autores do trabalho.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave espécie animal
Ílhavo aposta numa nova navegação orientada pelo circo contemporâneo
Festival Leme arranca na quinta-feira e prolonga-se até domingo. Primeira edição inclui mais de uma dezena de espectáculos, formações e encontros de reflexão. (...)

Ílhavo aposta numa nova navegação orientada pelo circo contemporâneo
MINORIA(S): Animais Pontuação: 14 | Sentimento 0.151
DATA: 2018-11-30 | Jornal Público
SUMÁRIO: Festival Leme arranca na quinta-feira e prolonga-se até domingo. Primeira edição inclui mais de uma dezena de espectáculos, formações e encontros de reflexão.
TEXTO: A proposta é completamente nova em Ílhavo, mas tem tudo para dar certo e afirmar-se a nível nacional, perspectivam os programadores culturais do município. Ao longo de quatro dias – de quinta-feira até domingo –, vários espaços culturais, assim como alguns locais não convencionais, vão ser tomados por uma arte ainda pouco explorada por estes lados. O festival Leme propõe mais de uma dezena de espectáculos, para além de acções de formação e conversas. Nesta que é a sua edição de arranque – no ano passado, apenas foi promovida uma programação de lançamento do evento –, o festival também irá andar “de mar em mar”, assim se chama a proposta de levar os espectáculos até às escolas. E a “navegar” com "cinco espectáculos itinerantes, de curta duração, que vão ao encontro das pessoas em locais tão variados como o hall da câmara municipal, uma oficina ou um mercado”, desvenda Luís Ferreira, programador dos espaços culturais de Ílhavo (23 Milhas). Os espectáculos Amigoo, do Mumusic Circus, Sentinel, da companhia Circ Bover, Señor Stets Lonely Orkestar, pelo artista Señor Stets, OVVIO, pelo Kolektiv Lapso Cirk/David & Tomas, e Driften, de Petri Dish, são outros destaques do festival que irá repartir-se entre Ílhavo, Vista Alegre e Gafanha da Nazaré. Apresentações que querem ajudar a criar novas dinâmicas e novos públicos, no âmbito de uma aposta que o município quer assumir com afinco. Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. Luís Ferreira não tem dúvidas de que há várias oportunidades que estão a surgir à volta do circo contemporâneo, e que Ílhavo pode (e quer) agarrar. “Primeiro porque há um novo desígnio para o circo contemporâneo a nível nacional; e na Europa Central e do Norte é uma disciplina com bastante tradição e que funciona de uma forma muito empática com o público”, destaca. A estes ingredientes, junta-se o facto de “Ílhavo ter tantos espaços culturais”, condição de excelência para fazer “um espectáculo de Inverno, que rompe com a sazonalidade dos festivais de rua”. No fundo, o que se pretende é que Ílhavo esteja “ao leme” da promoção e do crescimento desta disciplina artística, que nos últimos anos tem encontrado em Famalicão o terreno mais fértil para prosperar. Daí que, além de apresentar um conjunto de espectáculos e formações, o festival apoie a criação. “Todos os anos iremos seleccionar um criador para fazer uma residência artística”, anuncia Luís Ferreira, especificando que, neste ano de arranque, a escolha recaiu sobre Ana Jordão. “Ela esteve a trabalhar com dois músicos ilhavenses e irá apresentar um espectáculo no Navio-Museu Santo André”: Chama do Mar terá apresentações na quinta-feira (21h30) e de sexta até domingo (19h). “E depois do festival queremos que eles tenham a possibilidade de correr o mundo com esta criação que trabalha muito o referencial do mar”, acrescenta o programador do 23 Milhas.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave circo
Na terra dos filhos do vento também se semeiam fotografias e livros
É afamada pelos cavalos velozes, pelas terras férteis e pela festa rija no São Martinho. Mas a Golegã tem muito mais para descobrir ao longo do ano. (...)

Na terra dos filhos do vento também se semeiam fotografias e livros
MINORIA(S): Animais Pontuação: 14 | Sentimento 0.0
DATA: 2018-11-30 | Jornal Público
SUMÁRIO: É afamada pelos cavalos velozes, pelas terras férteis e pela festa rija no São Martinho. Mas a Golegã tem muito mais para descobrir ao longo do ano.
TEXTO: Das mãos do senhor Guerreiro saem notas de trompete. Depois de uns fados sussurrados ao balcão, dá mais um golo na água-pé, clareia a garganta e lança-se num conto popular. “Dentro de uma corrida de toiros, depois das cortesias feitas, os artistas tudo recolhe. Passado um momento, há um bandarilheiro que sai com um ferro na mão para dar ao cavaleiro. ” Para “todos os toques que pertencem à corrida”, saem-lhe do volteio dos dedos sons semelhantes aos da corneta, do trompete e até um paso doble para gáudio dos poucos que resistem na taberna à hora do jantar. Com os anos vincados em torno do sorriso fácil, Guerreiro ainda se lembra dos tempos em que a feira na Golegã se repartia em dois momentos. Na primeira semana, acorriam ao arneiro do Largo do Marquês de Pombal todos os criadores de animais da região. O cavalo já ocupava lugar de destaque, com as principais coudelarias nacionais a virem à vila apresentar os mais belos exemplares lusitanos. Mas nas franjas tudo se vendia: porcos, galinhas, ovelhas, bovinos. Na semana seguinte, enchia-se o terreiro com bancas de samarras, mantas, botas, boinas e tudo o que mais fosse necessário para enfrentar o Inverno que se avizinhava. “Chamávamos-lhe a remonta”, contava, momentos antes, Fernando Ribeiro à entrada da loja de capotes, jaquetas e blusões. “Fazíamos aquilo em barracas nossas”, recorda. “Depois tínhamos de desmontar e voltar a montar tudo noutro sítio, onde era a feira mensal. Estávamos cá todo o mês. ”Actualmente, concentram-se em dez dias três feiras num evento só: a Feira de São Martinho, instituída em 1571, a Feira Nacional do Cavalo, criada em 1972, e a Feira Internacional do Cavalo Lusitano, lançada em 1999. O resultado é uma festa rija, onde cavalos, peões, charretes e bicicletas convivem em pé de igualdade pelas ruas num trote omnipresente. E em que cada rés-do-chão, garagem, armazém ou terreno abandonado se transforma em loja, taberna, bar, restaurante, discoteca. “Nem consigo fazer uma estimativa. Estamos a falar de mais de 200%”, compara Luís Godinho, apontando os lugares que costumam estar vazios ao longo de todo o ano. O espaço onde Fernando Ribeiro expõe agora os casacos tradicionais que confecciona na Venda do Pinheiro é um deles. Há 51 anos que não falha uma feira, mas assim que esta termina segue para outras paragens. O mesmo acontece com quase tudo o resto. “Em qualquer lado próximo da feira se aproveita para fazer negócio. Nestes dias, fazem o dobro ou o triplo do dinheiro que fariam se [o espaço] estivesse alugado todo o ano. ”Luís Godinho, 30 anos, filho da terra onde escolheu ficar, guia-nos pelas artérias principais do centro histórico, numa das noites mais calmas do certame que terminou no domingo passado. “A Golegã está na moda”, defende, para dizer que há cerca de 15 anos se tornou cool vir à feira ribatejana. As estimativas apontam para meio milhão de visitantes, com enchentes aos fins-de-semana. E isso reflecte-se nos preços praticados durante os dias da feira, nas casas entretanto adquiridas por cavaleiros e empresários para terem alojamento durante o período do evento e no número de negócios que acorre à vila. “Este é o único bar [temporário] que é de uma pessoa aqui da Golegã, dono do restaurante Rédea Curta”, aponta Luís, técnico de gestão na Santa Casa da Misericórdia da Golegã. Um pouco por todo o lado, anuncia-se a venda de água-pé, apenas autorizada durante os dias da feira. Há até quem ainda mantenha produções caseiras e abra a adega aos amigos enquanto a prosa descer pelas cubas de inox. Outrora feita com as lavagens dos lagares onde se pisavam as uvas, a água-pé é hoje produzida com doses separadas de água e vinho novo, que devem entrar uma única vez na cuba para que as borras criem a “mãe” no fundo e a “flor” (ou véu) por cima, vão-nos contando entre um golo e outro. Só assim fica o líquido com este sabor leve, límpido, e gás a fervilhar no copo, sem outros aditivos. No bar FM, no entanto, é a cerveja que tem mais saída e o abafado a maior fama. “É feito e engarrafado pela adega cooperativa em exclusividade para o bar e estamos agora a tentar tratar dos licenciamentos para registar a marca”, conta José Madeira, irmão do proprietário. “Só estou aqui de férias, a ajudá-lo. ” Fundado pelos avós de José em 1953, o FM é talvez o bar mais antigo da Golegã e um dos poucos que mantém a porta aberta durante o ano inteiro. Traje típico, castiço, não lhe faltam o Zé Povinho, os touros e os cavalos na decoração. A localização privilegiada – num dos cruzamentos principais, de frente para o arneiro – torna-o paragem obrigatória. É um formigueiro incessante de entra-e-sai-e-fica-à-porta a ver a feira passar. É ali que decorrem as provas principais, ao centro do largo, com as casetas das coudelarias em redor e os cavaleiros, vestidos a preceito, a passear ao longo da manga. Desfilam os marialvas, as amazonas, as charretes e as carroças. Param as famílias, os aficionados, muitos estrangeiros, os miúdos que só vêm para a feira dos bares e os cavalos que estacionam por momentos porque quem vem na sela já não tem mãos a medir para tanto copo. Todos partilham o mesmo novelo de ruas. E ainda resistem dois bares onde os cavalos também entram. A festa, dizíamos, é rija. E a noite tem fama de acabar já o sol rasga o horizonte ao som dos cascos no alcatrão. Este ano, no entanto, a câmara municipal proibiu, pela primeira vez, a circulação de cavalos no recinto entre as 2h e as 7h. O objectivo, afirma o autarca José Veiga Maltez, é “preservar essa verdade da feira sem deixá-la ser desvirtuada por uma invasão de modismos passageiros ou de atitudes que, às vezes, podem ser um pouco excessivas”. Houve manifestações contra e a favor e a discussão era tema de muitas conversas. A maioria dos goleganenses que fomos ouvindo parecia ser a favor das regras, acusando os cavaleiros forasteiros pela maioria dos desacatos de outros anos. A feira é querida pela população. Pela tradição, pela agitação, pelos negócios. Mas a maioria “não tem muita ligação ao cavalo”. Só quem tinha “o pai campino ou cavaleiro é que depois seguia a pisada”, conta Luís. “Eu, por exemplo, nunca andei a cavalo”, confessa. “Gosto dos animais, mas não ligo. E não sou caso único, acho eu. ” Actualmente, todas as escolas do ensino básico do concelho têm aulas de equitação entre o leque de actividades de enriquecimento curricular oferecidas para começar “a incutir isto a esta geração”. Mas no tempo de Luís não havia. E ele sempre preferiu os desportos colectivos, confessa. Ou ir dar mergulhos ao Tejo. “Roubávamos as bicicletas às mães e aos pais e fazíamos essas trafulhices, íamos muitas vezes tomar banho ao rio, na altura em que se podia mergulhar à vontade. Agora é a poluição que vemos constantemente na zona de Abrantes. ”A relação da Golegã à criação de cavalos é, contudo, muito antiga. Diziam os romanos que os potros nascidos na região eram “filhos do vento”, porque “andavam muito rápido e eram muito fortes”, recorda o guia municipal António Condeço. Durante as últimas invasões francesas, conta, as tropas de Napoleão passaram pela Golegã com o intuito de tomar os cavalos da região para fortalecer o efectivo antes do ataque a Lisboa. Mas “os ingleses tinham mandado recolhê-los” e, como represália, parte da vila foi destruída. José Veiga Maltez, autarca da Golegã, proprietário da Quinta do Salvador e presidente da Associação Nacional do Turismo Equestre, acrescenta outras características à raça lusitana: “É um cavalo dócil, nobre e generoso”, com “boa cabeça e facilidade de aprendizagem”. Os aluviões periódicos do rio Tejo nesta zona de planície tornam os solos extremamente férteis, atraindo, ao longo dos séculos, grandes proprietários, que aqui estabeleceram quintas agrícolas com criação de equídeos e de gado bovino. Na altura das cheias, aponta Luís Miguel Carvalhal, o prado onde agora pastam, plácidos, alguns cavalos costuma ficar “todo alagado”. Mais tarde, mostra-nos fotografias: um espelho de água longo, onde apenas as copas nuas das árvores emergem para denunciar o trajecto do rio Almonda, um afluente do Tejo. “Para além da reposição de partículas, é o melhor insecticida de solo que temos, porque todos os produtos que se possam utilizar acabam por ser lavados, as pragas e doenças reduzem bastante e, depois, como ribatejano, isto faz parte do nosso ADN. Ano sem cheia não é muito bom. ”Estamos na Quinta da Brôa, cuja Coudelaria Veiga é uma das mais importantes na criação do Puro-Sangue Lusitano. Segundo o engenheiro agrónomo da quinta, “cerca de 70% dos cavalos desta raça existentes no mundo inteiro vêm de cavalos aqui da casa”. “Se formos ver a genealogia vamos encontrar, mais atrás ou mais à frente, um cavalo MV. ” Propriedade da família Veiga desde 1831, foi Manuel Tavares Veiga quem iniciou na quinta a purificação da raça, no início do século XX, realizando os estudos morfológicos e de funcionalidade que ainda hoje são seguidos, em parte, pela coudelaria. “Foi ele quem, no fundo, profissionalizou mais a questão do cavalo, porque antes era visto como um meio de locomoção ou de força de tracção e passou a ser um hobby, utilizado em actividades completamente diferentes daquelas que tinha até então. ”Aberta a visitas guiadas, é possível vir conhecer as histórias da quinta e da família, ficar alojado numa das antigas casas dos trabalhadores, espreitar a casa dos carros (onde estão expostas as antigas atrelagens utilizadas pela família), o novo picadeiro, o velho lagar de azeite, as cavalariças e os prados onde correm livres quase todos os cavalos da quinta. “No total, são uns 70 cavalos, tudo a campo. Só os que estão a ser ensinados é que recolhem à cavalariça. ” A “muda dos potros”, como lhe chamavam, decorria precisamente por alturas do São Martinho. Aos três anos de idade, os cavalos deixavam os pastos no início do Outono para virem ser apresentados a possíveis compradores e iniciarem, depois, o processo de ensino. “Hoje as coisas mudaram e já não há tanta apetência pelo potrinho, gostam mais de um cavalo já feito”, comparava, momentos antes, José Veiga Maltez. Mas a ligação da comercialização dos equídeos à feira de São Martinho manteve-se até aos dias de hoje. Há muito que a Golegã se apresenta como a “capital do cavalo” e esse pergaminho espelha-se um pouco por toda a vila. Não faltam alusões ao tema em muitos dos restaurantes, lojas e unidades de alojamento. Junto ao arneiro da feira, fica o complexo hípico da Lusitanus, com picadeiros cobertos, boxes e um programa de estágios de equitação, onde se situa a sede da Associação Nacional do Turismo Equestre. E à saída do miolo urbano está localizado o Centro de Alto Rendimento Hippos. Ao longo do ano, decorrem na Golegã várias competições desportivas ligadas às diferentes disciplinas de equitação e há mais dois eventos destinados ao grande público: a ExpoÉgua, em Maio, e o Olé Golegã, em Setembro. Na 3 Pereira, loja de peças de artesanato pintadas à mão, localizada bem no centro da vila, pinta-se “qualquer motivo, qualquer tamanho, qualquer cor”. Mas, como Cesaltina “costuma dizer”: “Tudo o que tiver um cavalo, vende-se”. Mantém uma prateleira com louças às florzinhas, mas são os cavalos que mais saem. Só o focinho desenhado num azulejo, de corpo inteiro ou de perfil, com um cavaleiro de chapéu ou o São Martinho sobre a cela, mais uma colecção com os ferros de todas as coudelarias. “Temos de trabalhar sempre para o cavalo porque quem entra aqui vem à procura disso. ”Concelho pequeno, com o passo ensaiado é fácil conjugar o mundo do cavalo e das coudelarias com longos passeios junto aos rios e campos agrícolas e uma visita a alguns museus da Golegã. Passe pela Igreja Matriz, edificada no século XVI, com um pórtico ao estilo manuelino desenhado por Diogo Boitaca, o arquitecto responsável pela construção do Mosteiro dos Jerónimos. E continue caminho até à Casa-Estúdio Carlos Relvas, reaberta no início de Outubro, após mais de um ano de obras de reabilitação. Abastado proprietário agrícola e fidalgo da Casa Real, nascido na Golegã em 1838, Carlos Relvas cedo “vai apaixonar-se por uma nova arte, uma nova ciência que estava a aparecer: a fotografia”. Sobre os escombros de um primeiro estúdio, mais modesto, vai erguer o edifício que agora temos à nossa frente, “com todas as tecnologias e meios mais avançados da época para a arte da fotografia”. Nenhum pormenor foi deixado ao acaso e a “invenção” foi premiada com a Medalha de Ouro, atribuída pela Sociedade Francesa de Fotografia na Grande Exposição Internacional de 1889, em Paris (a mesma em que foi inaugurada a Torre Eiffel). “Houve um lorde inglês que visitou a casa na altura e disse que era o estúdio de fotografia mais maravilhoso que já tinha visto, mas que ficava perdido algures no meio de Portugal, numa terra que ninguém sabia onde era”, conta António Condeço. Ainda estamos cá fora, atentos à decoração exterior. Sobre a porta principal, os bustos de Niépce, inventor da fotografia, e de Daguerre, autor da primeira patente para um processo fotográfico, o daguerreótipo. Acolá, um anjo sobre um globo rodeia-se de todos os materiais fotográficos da época: a “caixa” fotográfica, os pratos, os líquidos, as lâminas de vidro. “Parece que está a dizer: Bem-vindos ao templo da fotografia. ”O interior divide-se por dois pisos: no rés-do-chão ficavam os laboratórios e a sala de visitas, e no primeiro andar o escritório e o estúdio propriamente dito, fechado por paredes de ferro e vidro e dezenas de cortinas. “Todos os panos são cabulados, permitindo ao fotógrafo colocar a luz do dia em qualquer parte da sala”, indica o guia. Muitas peças estão actualmente numa exposição dedicada a Carlos Relvas no Museu Nacional de Arte Contemporânea do Chiado, em Lisboa, mas é possível ver algumas câmaras, aparelhos de esteroscopia, os móveis utilizados para a composição dos retratos e o “antepassado do Photoshop”, repleto dos pincéis com que “tapavam borbulhas e cicatrizes, escureciam cabelos e engrossavam bigodes”. Ao longo das salas, estão ainda expostas diversos prémios e muitas imagens feitas pelo “photographe amateur” Carlos Relvas, considerado um dos pioneiros da fotografia nacional. Ao longo dos anos, retratou tanto reis como mendigos, fez fotografia de paisagem, natureza morta e cenas da vida quotidiana do Portugal de Oitocentos, num espólio que conta com mais de 12 mil imagens. Além da fotografia, “era também muito conhecido pelas touradas”, refere António Condeço já no final da visita. No outro lado da estrada, onde hoje se ergue o Hotel Lusitano, ficava a antiga praça de touros particular de Carlos Relvas. Segundo a tradição oral, “este túnel passaria por baixo da estrada e daria directamente para a arena”. Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. No Equuspolis, cuja fachada segue o perfil de dois cavalos, procura-se contar a relação histórica da Golegã ao lusitano e aos touros e, no andar superior, expõe-se todo o espólio de esculturas, desenhos e pinturas doado por Martins Correia. Mas o museu, de luzes apagadas quando chegamos e sem a instalação em 3D numa das salas porque na recepção não sabiam pô-la a funcionar, parece já ter conhecido melhores dias. Já no edifício da biblioteca, se gostar de máquinas de escrever, o espólio do museu municipal a elas dedicado vale uma visita. O acervo pertence ao coleccionador Artur Azinhais, do concelho vizinho da Barquinha, e integra cerca de 380 máquinas de escrever antigas, todas mecânicas. Durante a visita guiada, Lurdes Guerreiro vai apontando os modelos de destaque. Como a Valentine, da Olivetti, a primeira máquina de plástico lançada no mercado, em 1969, vermelha por ter saído no Dia dos Namorados. Ou as Corona e as Groma, utilizadas pelos soldados alemães durante a Primeira e a Segunda Guerra Mundial, respectivamente. “Não temos nenhum exemplar com essa tecla, mas as Groma ficaram conhecidas por terem na tecla «três» o símbolo das secretas alemãs. Muitas foram destruídas depois da guerra e as que não foram tiveram de levar a tecla alterada. ”Ao longo das vitrines, desfilam modelos coloridos para as crianças, máquinas de índice, dos anos 1890, de ponteiro, como as Mignon, de 1905, exemplares da única marca portuguessa, Messa, encerrada em 1985. “A mais antiga que temos no museu é esta Remington, de 1895”, aponta Lurdes. Além das máquinas, a exposição integra posters antigos, postais e muitos acessórios, como uma colecção de fitas e correctores. No final, se tiver saudades ou quiser saber como era, existem exemplares disponíveis para poder “bater à máquina”. “Tive um senhor que se sentou ali, era bancário, e disse: 'Não vou escrever, vou só fazer o barulho das teclas para matar saudades'. ”
REFERÊNCIAS:
FPF exclui Desp. Aves da Liga Europa, clube queixa-se de "intransigência"
Federação diz que vencedor da Taça de Portugal "não reúne condições". A UEFA põe-se de lado e diz que divulga lista final em Junho. (...)

FPF exclui Desp. Aves da Liga Europa, clube queixa-se de "intransigência"
MINORIA(S): Animais Pontuação: 14 | Sentimento 0.0
DATA: 2018-05-28 | Jornal Público
SUMÁRIO: Federação diz que vencedor da Taça de Portugal "não reúne condições". A UEFA põe-se de lado e diz que divulga lista final em Junho.
TEXTO: A Federação Portuguesa de Futebol (FPF) confirmou nesta terça-feira a exclusão do Desportivo das Aves do lote de clubes portugueses licenciados para participar nas competições europeias na época 2018-19. Porém, o presidente do clube, Armando Silva, não se conforma e disse ao PÚBLICO que o caso está nas mãos do departamento jurídico, criticando a "intransigência" da FPF. Questionada pelo PÚBLICO, a UEFA põe-se à margem da polémica e limita-se a dizer que comunicará a lista dos clubes em prova no início de Junho. A FPF sustenta que o Desportivo das Aves "não reúne condições para ser indicado à UEFA por não ter participado no processo de licenciamento". Num comunicado divulgado esta tarde, a federação acrescenta que, neste cenário, Portugal será representado por FC Porto e Benfica (Liga dos Campeões) e Sporting, Sporting de Braga e Rio Ave (Liga Europa). "A FPF indicou os cinco clubes mais bem classificados da Liga", salienta. Para o presidente do Desp. Aves, Armando Silva, esta decisão não faz sentido. Salientando que o processo de licenciamento é de âmbito nacional, o mesmo responsável defende que "haveria tempo para corrigir o que fosse necessário corrigir", até porque a UEFA "só fecha este processo em Junho". O mesmo mês é referido pelo organismo que rege o futebol europeu que, em resposta a um email do PÚBLICO, se coloca cuidadosamente à margem da polémica, limitando-se a prestar uma informação genérica: a de que "a lista de clubes participantes nas competições da UEFA na próxima época 2018-19 será conhecida no início de Junho". Com esta decisão adversa ao Desp. Aves, saem a ganhar Sporting, Sp. Braga e Rio Ave: a equipa de Alvalade passa a ter acesso directo à fase de grupos da Liga Europa, em vez de jogar a terceira pré-eliminatória; os bracarenses evitam a segunda pré-eliminatória; e o emblema de Vila do Conde passa a ter direito a disputar um lugar na competição, começando pela segunda pré-eliminatória. Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. "Há aqui uma intransigência por parte da FPF que não se compreende", lamenta Armando Silva, acrescentando que entregou este dossier aos juristas do clube. "O Aves manifestou interesse no processo de licenciamento, admito que com erros ou de uma forma não totalmente correcta, mas ainda há tempo para corrigir as coisas", sustenta o dirigente. Contudo, o comunicado emitido pela FPF esta tarde mostra que o organismo que rege o futebol nacional não teve a mesma opinião. Para poderem participar em provas europeias, os clubes interessados ou qualificados têm de passar por um processo de licenciamento assente em critérios diversificados, desde logísticos a financeiros. Por exemplo, ter as contas em dia ou disponibilizar um estádio com as condições mínimas exigidas pela UEFA. Segundo a FPF, para a época 2018-19, houve 13 clubes portugueses a participarem nesse processo, que é gerido de forma autónoma por uma entidade denominada Órgão de Gestão de Licenciamento. Os interessados tinham até Dezembro de 2017 para darem início ao seu processo, liquidando na altura a respectiva taxa. Como o PÚBLICO noticiou, o Desportivo das Aves não cumpriu os prazos. Ainda assim, Armando Silva argumenta que o clube "tem todas as condições financeiras e o interesse em participar na Liga Europa", na qual teria acesso directo à fase de grupos, sem passar pelas pré-eliminatórias. Quanto ao estádio – um dos critérios fundamentais e que o Desp. Aves não cumpre – Armando Silva diz que essa questão seria "facilmente ultrapassada" com recurso a um estádio que preencha os requisitos, citando os de Guimarães, Braga e Porto (Boavista).
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave exclusão aves
Desportivo das Aves não pediu licenciamento para provas da UEFA dentro do prazo
Sporting terá assim porta aberta para a fase de grupos. O Rio Ave jogará a pré-eliminatória. (...)

Desportivo das Aves não pediu licenciamento para provas da UEFA dentro do prazo
MINORIA(S): Animais Pontuação: 14 | Sentimento 0.0
DATA: 2018-05-28 | Jornal Público
SUMÁRIO: Sporting terá assim porta aberta para a fase de grupos. O Rio Ave jogará a pré-eliminatória.
TEXTO: O Desportivo das Aves não requereu dentro do prazo o licenciamento para participar nas competições da UEFA na próxima época, ficando assim impedido de disputar a Liga Europa 2018-19. A vitória no domingo, diante do Sporting, na final da Taça de Portugal, era o passaporte da equipa avense para entrar directamente na fase de grupos daquela prova europeia, mas o pedido de licenciamento foi feito fora do prazo, junto da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), o que significa a exclusão da equipa. Este é um processo de âmbito nacional, cujos trâmites são assegurados por um órgão ligado à FPF, o OGL (Orgão de Gestão de Licenciamento), ao qual incumbe tratar das candidaturas. Só depois desse passo é que a questão transita para a esfera da UEFA e, talvez por isso, o site do organismo que rege o futebol europeu não tivesse nesta segunda-feira nota de qualquer impedimento legal de o Desp. Aves participar na Liga Europa da próxima época. À entrada para a Câmara Municipal de Santo Tirso, onde a comitiva avense foi recebida para uma cerimónia de condecoração, o presidente da SAD, Luiz Andrade, confirmou nesta segunda-feira o pior dos cenários. “Ganhámos dentro de campo a possibilidade de jogar na Liga Europa. O Aves é um clube pequeno e quando foi o momento da inscrição o Aves fez tudo para fazer o correcto. Agora vamos disputar a Supertaça com o FC Porto, que é uma grande equipa. O Aves não tem estrutura para jogar a Liga Europa este ano”, assumiu, em declarações à imprensa. Todos os clubes que tenham em vista uma participação europeia têm de requerer o referido licenciamento até Dezembro do ano anterior à época a licenciar, junto do OGL — Órgão de Gestão de Licenciamento. Acontece que o Desp. Aves não cumpriu essa formalidade, confirmou o PÚBLICO, que tentou também ouvir, sem sucesso, o presidente do clube, Armando Silva. Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. Neste cenário, o Sporting — finalista derrotado na Taça e terceiro classificado da I Liga — passará a ter acesso directo à fase de grupos da Liga Europa. E o Rio Ave, quinto classificado do campeonato, juntar-se-á ao Sp. Braga nas pré-eliminatórias da competição. “Somos a primeira vila em Portugal a conquistar a Taça de Portugal. Estou tremendamente feliz, o plantel está tremendamente feliz. Ir ou não à Liga Europa não nos afecta em nada”, acrescentou Luiz Andrade, destacando “um grande feito no qual ninguém acreditava” e prometendo um plantel “mais forte” para atacar a próxima época desportiva. com Nuno Sousa
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave exclusão campo aves
Palavras, expressões e algumas irritações: bichos
Qualquer pessoa de bom senso será contra os maus tratos em animais. Mas, à luz da maior parte dos defensores dos seus direitos, há uns animais mais animais que outros. (...)

Palavras, expressões e algumas irritações: bichos
MINORIA(S): Animais Pontuação: 14 | Sentimento 0.0
DATA: 2018-05-28 | Jornal Público
SUMÁRIO: Qualquer pessoa de bom senso será contra os maus tratos em animais. Mas, à luz da maior parte dos defensores dos seus direitos, há uns animais mais animais que outros.
TEXTO: “Os animais tornaram-se uma religião, apesar de vivermos num Estado laico”, ousou dizer Filipe Matos, docente de Coimbra e especialista em Código Civil, e ainda sugeriu que se está a consagrar na lei que “quem não gosta de animais é má pessoa”. Apoiado por outra professora, Mafalda Barbosa, ambos “não se conformam com aquilo que consideram ser uma ignominiosa equiparação legal dos bichos às pessoas e escreveram um livro a dizer isso mesmo”. Lê-se num dicionário online que “bicho” é uma “designação geral dada a qualquer animal”. Um dicionário impresso regista “animal” como um “ser vivo organizado, dotado de movimento próprio e de sensibilidade”. E acrescenta a frase: “O homem é um animal. ”Qualquer pessoa de bom senso será contra os maus tratos em animais. Mas, à luz da maior parte dos defensores dos seus direitos, há uns animais mais animais que outros. Em geral, os protegidos são os “fofinhos” cães e gatos (porque fazem companhia e são submissos) os touros (por causa das touradas) e os porcos (por causa das bifanas). Porque não se opõem à desratização e à desbaratização? E quem é que defende as moscas, os mosquitos, as aranhas, os sapos, os gafanhotos? E já pensaram, antes de comer um ovo estrelado, que poderia ter sido um adorável pintainho que foi roubado à mãe sem nunca ter habitado um ninho?Demagogia? Claro. Mas só para lembrar que quem não estiver confortável perto de alguns animais não tem de se sentir “má pessoa”, nem tem de ser obrigado a suportar os “bichos” e os seus donos. Normalmente, parecidos. Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. É difícil aceitar um mundo que reivindica a entrada de cães num restaurante, ao mesmo tempo que ali proíbe a presença de crianças (estabelecimentos child free). O dicionário regista ainda uma prática pouco recomendável, “matar o bicho”, ou seja, “quebrar o jejum, em especial bebendo aguardente ou outra bebida alcoólica”. A rubrica Palavras, expressões e algumas irritações encontra-se publicada no P2, caderno de domingo do PÚBLICO
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave direitos lei homem cães animal
Lince-ibérico encontrado morto em Espanha com 300 chumbos no corpo
"Marvel" foi encontrado junto a um rio. "Acontecimentos como este são dramáticos para o esforço" de Portugal e Espanha, lamenta biólogo. (...)

Lince-ibérico encontrado morto em Espanha com 300 chumbos no corpo
MINORIA(S): Animais Pontuação: 14 | Sentimento -0.2
DATA: 2018-12-31 | Jornal Público
SUMÁRIO: "Marvel" foi encontrado junto a um rio. "Acontecimentos como este são dramáticos para o esforço" de Portugal e Espanha, lamenta biólogo.
TEXTO: Um lince-ibérico foi encontrado morto esta sexta-feira em Córdoba, Espanha, cravejado por mais de 300 chumbos de caçadeira no corpo, denunciou Miguel Simón, director do Life Iberlince, um programa de conservação destes animais. Através do Twitter, Miguel Simón publicou uma imagem do cadáver do animal, que foi encontrado morto junto ao rio Guadalmellato, na província de Córdoba. Os pequenos pontos na radiografia divulgada por Simón correspondem aos chumbos. O lince, nascido em 2015, chama-se “Marvel” e era monitorizado pelo programa Life Iberlince. “Acontecimentos como este são dramáticos para o esforço de dois países [Espanha e Portugal] e 22 parceiros”, lamentou o biólogo no Twitter. A caça furtiva tem sido “escassa”, mas só em 2018 pelo menos 27 linces-ibéricos morreram atropelados em 2018 na Espanha, escreve o site da rádio Cadena SER, citando Luis Suárez, do programa de espécies da World Wildlife Fund. Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. O número de linces-ibéricos mortos em 2018 terá ultrapassado os 30, estima este ambientalista, mas a evolução da espécie é, “em geral”, “positiva” porque nasceram 125 crias, segundo dados provisórios do Ministério da Transição Ecológica. Com estes nascimentos, fontes do ministério citadas pela Cadena SER prevêem, "com muitas precauções", que o número total de linces-ibéricos em Espanha em 2018 será superior ao de 2017: 650, mais 50 do que no ano anterior.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave espécie corpo morto animal
Desp. Aves junta-se a Benfica e Sporting nos "oitavos"
Detentores do troféu não evitaram o prolongamento, que resolveram com três golos frente ao Cova da Piedade. (...)

Desp. Aves junta-se a Benfica e Sporting nos "oitavos"
MINORIA(S): Animais Pontuação: 14 | Sentimento 0.0
DATA: 2018-11-24 | Jornal Público
SUMÁRIO: Detentores do troféu não evitaram o prolongamento, que resolveram com três golos frente ao Cova da Piedade.
TEXTO: O Desp. Aves, detentor do troféu, qualificou-se este sábado para os oitavos-de-final da Taça de Portugal, ao vencer no reduto do Cova da Piedade, da II Liga, por 0-3, após prolongamento. Derley (97’ e 106’) e Rodrigues (105+1’) apontaram os golos do conjunto comandado por José Mota, que na época passada bateu o Sporting por 2-1 na final. O conjunto da Vila das Aves junta-se a Benfica (2-1 ao Arouca) e Sporting (4-1 no reduto do Lusitano de Vildemoinhos) nos “oitavos”, cujo sorteio está marcado para sexta-feira.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave aves