Senado pôs fim ao tabu gay no Exército dos EUA
O Congresso dos Estados Unidos votou a abolição da lei que proíbe aos soldados norte-americanos assumirem a sua homossexualidade, uma vitória para o Presidente Barack Obama, que tinha prometido o fim da política discriminatória. (...)

Senado pôs fim ao tabu gay no Exército dos EUA
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 Homossexuais Pontuação: 16 | Sentimento 0.416
DATA: 2010-12-20 | Jornal Público
SUMÁRIO: O Congresso dos Estados Unidos votou a abolição da lei que proíbe aos soldados norte-americanos assumirem a sua homossexualidade, uma vitória para o Presidente Barack Obama, que tinha prometido o fim da política discriminatória.
TEXTO: “Ao pôr fim [à política] Don’t Ask, Don’t Tell a nossa nação vai deixar de ter negado o contributo de milhares de americanos patrióticos obrigados a deixar o Exército, apesar de anos de desempenho exemplar, porque por acaso eram gays. E muitos milhares deixarão de ter de viver uma mentira para servirem o país que amam”, disse o Presidente num comunicado. No Senado, 65 eleitos votaram a favor do fim da política; 31 contra. Os líderes democratas queriam votar a mudança antes do fim da sessão legislativa, já que em Janeiro os republicanos vão controlar a Câmara dos Representantes e aumentar a sua força no Senado – e muitos são contra a alteração. Os homossexuais estavam proibidos de servir no Exército até 1993, quando o Presidente Bill Clinton introduziu a política Don’t Ask, Don’t Tell, permitindo-lhes alistarem-se desde que mantivessem em segredo a sua orientação sexual. Ao longo de 17 anos, mais de 13 mil homens e mulheres foram exonerados ao abrigo desta política. Segundo as estatísticas do Departamento da Defesa, 2001 foi o ano em que se verificaram mais expulsões (1227). Os números começaram a diminuir assim que os Estados Unidos invadiram o Afeganistão, no fim desse ano, e em 2009 foram expulsos 428 soldados gay. Esta regra foi várias vezes atacada em tribunal. Em Setembro, uma juíza de um tribunal federal da Califórnia considerou-a inconstitucional. Obama quer promulgar a lei já na próxima semana, disse o porta-voz da Casa Branca. Mas o secretário da Defesa avisou que a política actual vai vigorar por algum tempo. Robert Gates preveniu que a Administração vai trabalhar com “precaução, mas resolução” para concretizar as novas disposições que vão permitir aos homossexuais servir abertamente no Exército. Depois da assinatura de Obama, o Presidente deverá ainda, com Gates e com o chefe do Estado Maior Interarmas, o almirante Mike Mullen, “certificar” por escrito que a aplicação das novas regras não comprometerá “o nível de preparação das forças armadas, a coesão das unidades e o recrutamento”, explicou Gates. Depois, os regulamentos do Exército terão de ser alterados e será pedido aos chefes das unidades que preparem os militares para as mudanças. Uma maioria de 70 por cento dos soldados diz-se pronto para a mudança e de acordo com ela, segundo um inquérito realizado pelo Pentágono. Mas em algumas unidades de combate, nomeadamente dos Marines, a proporção é inversa: 60 por cento vê com maus olhos o fim do tabu gay.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave homens lei tribunal sexual mulheres gay
Uniões gays: "O Brasil acordou mais livre e mais democrático"
Há o Brasil da rua e o Brasil de casa. No Brasil da rua, gay até pode ser ídolo. Mas no Brasil de casa, pode ser chamado "veado" e levar pancada. "É muito frequente um pai dizer: "Prefiro ter um filho morto do que um filho veado"", resume a cientista social Sílvia Ramos, 56 anos, mostrando gráficos de um estudo feito em 2006: mais de metade dos gays sofreram agressão verbal ou física e mais de metade dos transsexuais sofreram violência física. (...)

Uniões gays: "O Brasil acordou mais livre e mais democrático"
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 Homossexuais Pontuação: 16 | Sentimento 0.222
DATA: 2011-05-11 | Jornal Público
SUMÁRIO: Há o Brasil da rua e o Brasil de casa. No Brasil da rua, gay até pode ser ídolo. Mas no Brasil de casa, pode ser chamado "veado" e levar pancada. "É muito frequente um pai dizer: "Prefiro ter um filho morto do que um filho veado"", resume a cientista social Sílvia Ramos, 56 anos, mostrando gráficos de um estudo feito em 2006: mais de metade dos gays sofreram agressão verbal ou física e mais de metade dos transsexuais sofreram violência física.
TEXTO: Estamos no centro do Rio de Janeiro, no gabinete de pesquisa da Universidade Cândido Mendes onde Sílvia é investigadora, e ela tem boas razões para crer que esta "esquizofrenia" do Brasil agora pode diminuir. Porque na quinta-feira, dia 5, o Supremo Tribunal Federal reconheceu, por unanimidade, a união estável entre casais do mesmo sexo como entidade familiar. Uma decisão histórica que fará com que as regras das relações estáveis entre homens e mulheres sejam aplicadas aos casais homossexuais, suprindo assim um longo vazio legislativo. Ao concluir a votação, o presidente do Supremo, Cezar Peluso, desafiou mesmo os deputados da nação: "O Poder Legislativo, a partir de hoje, tem de se expor e regulamentar as situações em que a aplicação da decisão seja justificada. Há, portanto, uma convocação em relação ao Poder Legislativo para que assuma essa tarefa que até agora não se sentiu muito propenso a exercer". Desde 1995 que uma proposta para reconhecimento dos direitos de casais gay estava à espera no Congresso. E nada aconteceu, apesar dos homossexuais serem "demonizados" por pastores, agredidos por skinheads e por vezes mortos - no país do samba e do Carnaval, todas as grandes cidades têm casos de travestis brutalmente assassinados. A mentira"O Brasil é uma grande mentira", diz o escritor João Silvério Trevisan, 66 anos, pioneiro dos direitos gays, ao telefone, de São Paulo. "O Carnaval é um símbolo clássico do que é o Brasil: o país da máscara. A bissexualidade é um exemplo: uma falsa bissexualidade, sobretudo de homens que se escondem atrás de casamentos. Isto tem a ver com o jeitinho brasileiro. É um país que se move por factos consumados, não por projectos políticos. Por isso, digo que há muito tempo não tinha orgulho assim do Brasil. "Como teve com a decisão do Supremo. "O que os nossos intelectuais de esquerda não fazem, os ministros do Supremo fizeram. Deram uma aula não só para o Congresso como para a nossa intelectualidade chamada progressista. "Os (des)encontros entre activismo gay e esquerda vêm da ditadura, nos anos 70. Trevisan viveu nos Estados Unidos, "em exílio voluntário entre 1973 e 1975, porque o clima aqui estava irrespirável", e lá contactou com os movimentos cívicos. "Quando voltei decidi iniciar um movimento pelos homossexuais. É a pré-história da coisa. " Fundou a organização SOMOS e o jornal O Lampião da Esquina, que a censura acusou de atentado à moral. "Fomos fichados na polícia. Éramos vistos pela ditadura como parte da esquerda. Nós éramos parte da esquerda, mas a esquerda não era parte da gente! Era muito machista, muito ortodoxa, achava que rompíamos a unidade da luta proletária. As lutas feministas, dos negros, dos homossexuais eram vistas como menores. "Ponta-de-lançaE depois, já em plena democracia, os direitos dos homossexuais não se tornaram prioritários. "Temos uma bancada evangélica e católica no Congresso que envia constantes recados de que não passaremos por eles. Não acham que tenhamos direitos. Negros e mulheres, tudo bem, homossexuais não. Apesar de dizerem que não aceitam o pecado mas aceitam o pecador, já tivemos no Brasil um grupo evagélico, Moses, para tratamento de homossexuais, que eram internados supostamente de forma voluntária. "Quando o Conselho Federal de Psicólogos proibiu os clínicos de tratarem a homossexualidade como doença, psicólogos evangélicos chegaram a mover processos, lembra este activista. E há muitos exemplos da "dedicação obsessiva com que a bancada religiosa reproduz os sermões das igrejas". "É incorrecto dizer que a situação se deve exclusivamente a essa bancada. Faz parte do movimento de direita e conservador que continua a existir no Brasil. Temos muitos partidos de direita. Mas a bancada religiosa no Congresso será a ponta-de-lança. "
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave direitos homens tribunal doença sexo mulheres gay
Um casamento gay por dia no primeiro ano da nova lei
A palavra passa. Que cartório? Que restaurante? Há noivos à procura de sítios para casar sem risco de ter empregados a rir. A nova lei que prevê o casamento entre pessoas do mesmo sexo faz um ano dia 5 de Junho. (...)

Um casamento gay por dia no primeiro ano da nova lei
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 Homossexuais Pontuação: 16 | Sentimento 0.267
DATA: 2011-06-04 | Jornal Público
SUMÁRIO: A palavra passa. Que cartório? Que restaurante? Há noivos à procura de sítios para casar sem risco de ter empregados a rir. A nova lei que prevê o casamento entre pessoas do mesmo sexo faz um ano dia 5 de Junho.
TEXTO: Namorava há 15 anos. Horrorizava-o a ideia de ter um homofóbico a celebrar o seu casamento. Sonhara tanto com aquele momento. Tudo tinha de ser perfeito. No dia da promulgação da lei que prevê o casamento entre pessoas do mesmo sexo, João Paulo encontrou uma simpática vizinha na garagem. "Agora, já o posso casar. " Não percebeu o que ela queria dizer com aquilo. "O que faz?", perguntou-lhe. Ela sorriu: "Casamentos. " Ele alegrou-se: "A sério? Qual é o seu cartório?"A vizinha de João Paulo trabalha no Porto. O distrito ocupa o segundo lugar na tabela de casamentos entre pessoas do mesmo sexo - apenas Lisboa o ultrapassa. Desde que a lei entrou em vigor, a 5 de Junho do ano passado, registaram-se 380 no território nacional - a que se juntam outros 30 nos consulados portugueses no estrangeiro. O responsável pelo portal Portugal Gay não correu para o cartório. Casou a 4 de Outubro. Queria uma festa a sério. E teve-a. Recebeu 150 convidados numa quinta. Só numa marcha ou num arraial do "orgulho" se teria visto tantos activistas LGBT - Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgéneros. Até corria uma piada: "Se caísse uma bomba, morria 90 por cento do activismo". Há quem telefone a João Paulo a pedir-lhe conselhos sobre "sítios para casar". O momento é "demasiado importante" para ser presidido por um conservador ou um notário de "cara fechada". E ele orienta muita gente para a mulher que o casou, a vizinha que se tornou sua amiga. O escritor Eduardo Pitta chegou a irritar-se numa conservatória. Entrou a 28 de Junho, 21 dias depois do primeiro casamento - o de Teresa e de Helena, o casal que durante anos se batera por aquele direito. Quando tentou marcar a cerimónia para dali a um mês, disseram-lhe que lhes ligariam dentro de duas ou três semanas para acertar o dia. "Para quê um prazo tão dilatado?" Tanta coisa para organizar! Levantou a voz. A funcionária foi substituída por outra. A nova funcionária irradiava simpatia. Poderia casar quando quisesse. Se lhe apetecesse, até poderia casar de imediato. Preferia adiar para o mês seguinte? Quando muito, ligar-lhe-iam para fazer algum ligeiro acerto de hora. Não há queixas formais. Talvez tudo esteja a correr melhor do que se temia. Neste primeiro ano, Eduardo Pitta participou em quatro casamentos. "Vi que as conservadoras estavam alinhadas com o espírito da coisa. No nosso, houve convidados que levaram champanhe para o registo. A conservadora achou graça. "Nem só esta parte suscita inquietação. Cláudia Sousa anda a ver restaurantes e quintas para o seu casamento, que se há-de celebrar no próximo ano. A mecânica de aviação, de 31 anos, não quer correr o risco de ser servida por quem a ridicularize ou ridicularize os seus convidados - não quer empregados de mesa a entrar na cozinha a rir. Já teve uma experiência desagradável. Num espaço, perguntaram-lhe: "Não é para si, pois não?". Noutro, aconteceu o oposto. "Foram extremamente simpáticos. Convidaram-nos para ir conhecer as pessoas que lá trabalham e provar o menu de degustação. " Igual a EspanhaOs primeiros números do Ministério da Justiça levantam um pouco o véu sobre esta nova realidade. As mulheres casaram menos - protagonizaram três em cada dez enlaces. O litoral mais urbanizado pesa mais - Lisboa, Porto, Setúbal. Um casamento por dia é muito ou pouco? "Em Espanha, houve milhares logo no início, mas também havia milhares de pessoas a protestar. Em Portugal houve centenas de casamentos e havia centenas a protestar", avalia João Paulo. Espanha abriu caminho - admite casamentos gays desde Julho de 2005. Nos primeiros seis meses, contou 1275, o que significa um por cento do total registado no país. Em 2006, 4574. A estatística disponível não permite uma comparação exacta. Entre 1 de Janeiro e 31 de Dezembro de 2010, Portugal registou 30. 286 casamentos - 277 entre pessoas do mesmo sexo, o que também dá um por cento.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave lei mulher sexo mulheres casamento gay lgbt
Sammy Jo de Nova Iorque para o Arraial Pride em Lisboa
O Terreiro do Paço teve mais um dia de festa com o Arraial Pride. Com tendas variadas e muita música pela noite dentro. António Costa marcou presença. (...)

Sammy Jo de Nova Iorque para o Arraial Pride em Lisboa
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 Homossexuais Pontuação: 16 | Sentimento 0.136
DATA: 2011-06-26 | Jornal Público
SUMÁRIO: O Terreiro do Paço teve mais um dia de festa com o Arraial Pride. Com tendas variadas e muita música pela noite dentro. António Costa marcou presença.
TEXTO: Há uma tenda do clube Boys Just Wanna Have Fun, que tem uma equipa de râguebi composta maioritariamente por homossexuais; outra onde uma agência de viagens promove “férias pride” ao “melhor preço garantido”. E outra a que chamaram “arraialito” – um espaço com carpete cor-de-relva e pufes coloridos. Era nesta última que, esta tarde, um grupo de crianças ouvia histórias infantis lidas em voz alta. Como esta que acaba com uma canção: “Por quem me apaixonarei? Não sei, não sei. Pela Marta ou pelo André? Não sei, não sei. ” É o Arraial Pride, no Terreiro do Paço, em Lisboa. Há 15 anos que esta festa faz parte do programa oficial das Festas de Lisboa. E esta tarde o presidente da câmara municipal, António Costa, foi marcar presença. Disse que o arraial organizado com a Ilga – Intervenção Lésbica, Gay, Bissexual e Transgénero (LGBT) é “um marco importante”, porque “a diversidade enriquece uma cidade”. E, enquanto dizia isto, atrás de si, um grupo mais acalorado, com uma bandeira com as cores do arco-íris, símbolo do movimento LGBT, atirava-se ao rio Tejo. E nadava. A abertura do palco estava prevista para as 20h30. E a estrela é o DJ Sammy Jo, dos Scissor Sisters – que, segundo Paulo Côrte-Real, da direcção da Ilga, deve estar especialmente inspirado, tendo em conta que vem de Nova Iorque onde acaba de ser aprovada “a igualdade do casamento entre pessoas do mesmo sexo”. Mas durante a tarde não se falou só de celebração. Para Paulo Côrte-Real a tenda do “arraialito” tem um significado especial: dirigia-se às crianças, e são elas que estão no centro de algumas das reivindicações actuais da Ilga. Um ano depois da aprovação do casamento gay em Portugal – e com uma média de mais de um casamento por dia a celebrar-se no país –, “a parentalidade, da perfilhação à adopção, e a procriação medicamente assistida são uma prioridade”. Sem grande expectativa de que o Governo venha a incluir no seu programa a possibilidade de os casais de pessoas do mesmo sexo poderem adoptar, Côrte-Real diz que “não é possível ignorar as famílias que já existem”, como as que hoje visitavam o “arraialito”. E deu um exemplo: imagine-se um casal de duas mulheres; a mãe biológica morre, o papel da que sobrevive, na vida da criança, não é de todo reconhecido. “São os direitos das crianças que estão em causa”, diz Côrte-Real.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave direitos criança sexo igualdade mulheres casamento gay lgbt bissexual lésbica
ILGA considera "histórica" aprovação do casamento gay
A associação ILGA Portugal considerou hoje "histórica" a aprovação pelo Governo do casamento entre pessoas do mesmo sexo, mas lamentou que a proposta não contemple a adopção. (...)

ILGA considera "histórica" aprovação do casamento gay
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 Homossexuais Pontuação: 16 | Sentimento 0.208
DATA: 2009-12-17 | Jornal Público
SUMÁRIO: A associação ILGA Portugal considerou hoje "histórica" a aprovação pelo Governo do casamento entre pessoas do mesmo sexo, mas lamentou que a proposta não contemple a adopção.
TEXTO: "Trata-se de uma proposta histórica: o Estado português, após décadas de repressão e de silenciamento das relações entre pessoas do mesmo sexo, poderá finalmente vir a reconhecer a igual dignidade destas relações, através do seu igual acesso às figuras jurídicas que protegem já as relações entre pessoas de sexo diferente", refere a ILGA, em comunicado. A associação sublinha que é uma "medida particularmente urgente", tendo em conta que será "um momento histórico de reparação em que o próprio Estado rejeitará, de forma pedagógica, a actual discriminação de lésbicas e gays num aspecto tão fundamental como é a sua conjugalidade". O Governo aprovou hoje alterações ao Código Civil que permitem o casamento entre pessoas do mesmo sexo, mas que excluem, "clara e explicitamente", a possibilidade das mesmas se reflectirem em matéria de adopção. A ILGA lamenta que a proposta do Governo não contemple a parentalidade e chama a atenção para os projectos de lei do Bloco de Esquerda e do Partido Ecologista Os Verdes, que estendem a casais de pessoas do mesmo sexo a possibilidade de adopção. "É evidente que casamento e parentalidade são questões substancialmente distintas e que casamento não implica parentalidade, assim como parentalidade não implica casamento", refere a associação. No entanto, defende, todas as questões relativas à parentalidade devem ser analisadas "de forma séria e responsável". A adopção por casais de pessoas do mesmo sexo e o acesso à procriação medicamente assistida, vedado a casais de mulheres, são algumas das questões que a ILGA considera que devem ser revistas. A associação chama também a atenção para as muitas crianças que hoje, em Portugal, já são educadas por casais de lésbicas ou de gays e que só têm uma pessoa legalmente reconhecida como mãe ou pai. Reivindicando o fim das discriminações no acesso à parentalidade, a ILGA destaca a "importância histórica da igualdade no acesso ao casamento". A Associação ILGA apela à Assembleia da República para que aprove com "celeridade" a igualdade no acesso ao casamento, colocando "Portugal na linha da frente da luta pelos direitos fundamentais de todas as pessoas e num novo estádio da luta contra a discriminação". No final da reunião do Conselho de Ministros, o ministro da Presidência anunciou que a proposta de lei, que será enviada para a Assembleia da República, elimina as referências "que supõem tratar o casamento necessariamente como contrato entre pessoas de sexo diferente". Pedro Silva Pereira referiu ainda que "fica claro" na letra da lei que as alterações introduzidas "não têm nenhuma implicação no que diz respeito à abertura da possibilidade de adopção por parte de casais homossexuais".
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave direitos lei sexo igualdade mulheres casamento discriminação
Foto de casal gay na Rússia dá World Press Photo a fotógrafo dinamarquês
Imagem faz parte de um projecto maior de Mads Nissen, que quer mostrar ao mundo como é difícil ser gay num país como a Rússia. (...)

Foto de casal gay na Rússia dá World Press Photo a fotógrafo dinamarquês
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 Asiáticos Pontuação: 2 Homossexuais Pontuação: 16 | Sentimento 0.416
DATA: 2015-02-13 | Jornal Público
SUMÁRIO: Imagem faz parte de um projecto maior de Mads Nissen, que quer mostrar ao mundo como é difícil ser gay num país como a Rússia.
TEXTO: O fotógrafo dinamarquês Mads Nissen venceu a 58. ª edição do World Press Photo, o mais importante concurso de fotojornalismo do mundo, com o retrato de um momento de intimidade entre Jon e Alex, um casal homossexual. A imagem foi tirada em São Petersburgo, na Rússia. É como se estivéssemos ali com aquele casal. Naquele quarto, à luz média. A imagem íntima premiada pelo júri do World Press Photo faz parte de um projecto maior de Mads Nissen chamado Homofobia na Rússia, que quer mostrar ao mundo como pode ser muito difícil ser gay num país como a Rússia, onde as minorias sexuais são perseguidas. Mads Nissen, que trabalha para o diário dinamarquês Politiken, vê nesta fotografia, tirada em São Petersburgo, “a história moderna do Romeu e Julieta”: são duas pessoas que se amam mas que todos os dias têm de lutar por esse amor num país preconceituoso que não aceita a diferença. São duas pessoas que se amam entre quatro paredes e de cortinas fechadas. A fotografia de Mads Nissen venceu também o primeiro prémio da categoria de Temas Contemporâneos. “É um tempo histórico para esta imagem, a imagem vencedora tem de ser estética, ter impacto e ter o potencial de se tornar um ícone. Esta foto é esteticamente poderosa e tem humanidade”, escreveu em comunicado a presidente do júri, Michele McNally, directora de fotografia e editora assistente do New York Times. Na Rússia, a comunidade LGBT [lésbicas, gays, bissexuais e transgéneros] é discriminada tanto social como legalmente, e é ainda vítima de ataques de ódio de grupos nacionalistas e religiosos. Há mais de 20 anos que a homossexualidade deixou de ser crime neste país, no entanto, as minorias sexuais vivem num clima de insegurança e de impunidade. “Hoje em dia, os terroristas usam imagens gráficas para propaganda. Temos de responder com alguma coisa mais subtil, intensa e que nos faça pensar. Estávamos à procura de uma imagem que fizesse a diferença amanhã e não apenas hoje”, escreve Pamela Chen, membro do júri e directora editorial do Instagram. “Esta é uma questão contemporânea, é a vida quotidiana, é notícia”, destaca ainda. Para a editora da Vogue Itália, Alessia Glaviano, a imagem premiada mostra como o amor pode ser a resposta no contexto actual do mundo. “É sobre o amor como um tema global, de uma forma que transcende a homossexualidade”, defendeu a jurada. “Manda uma mensagem forte ao mundo, não é só sobre a homossexualidade mas sobre a igualdade, sobre o género, sobre ser preto ou branco, sobre todas as questões relacionadas com minorias. ”Mads Nissen esteve dois anos na Rússia a desenvolver este projecto. Foi testemunha da violência que qualquer casal homossexual enfrenta em plena rua. O dinamarquês já tinha feito algo semelhante quando passou dois anos em Xangai a documentar as repercussões sociais e humanas do crescimento económico chinês. Os prémios, atribuídos pela fundação homónima com sede em Amesterdão desde 1955, distribuem-se por oito categorias em que são distinguidos os três primeiros prémios. À edição deste ano, foram submetidas 97. 912 imagens de 5692 fotógrafos de 131 países. No final, foram premiados 42 fotógrafos de 17 nacionalidades: Austrália, Bangladesh, Bélgica, China, Dinamarca, Eritreia, França, Alemanha, Irão, Irlanda, Itália, Polónia, Rússia, Suécia, Turquia, Reino Unido e Estados Unidos. O vencedor recebe 10 mil euros de prémio, além de uma máquina e um conjunto de lentes, e os distinguidos com os primeiros prémios em cada categoria recebem 1500 euros. A epidemia do ébola, o conflito na Ucrânia e a tragédia do MH17, cuja queda em Julho no Leste do país provocou 298 mortos, e a Guerra de Gaza foram alguns dos acontecimentos que marcaram 2014. Todos estes acontecimentos estão representados no prémio mas Donald Weber, fotógrafo canadiano que integrou o júri, diz que é importante que Mads Nissen tenha vencido “porque não faz falta ir à guerra para vencer o World Press Photo”. “Também há formas subtis de documentar assuntos completos, e a homofobia é um problema grave na Rússia. ”A categoria mais disputada é habitualmente a de notícias, na qual a organização do prémio divide entre locais e gerais. Este ano, o fotógrafo da AFP Bulent Kilic, que já tinha sido considerado fotógrafo do ano 2014 pela Time ou pelo Guardian, venceu o primeiro e o terceiro lugar na categoria individual de Spot News (Notícias locais) com imagens da Turquia. Na fotografia que valeu a Bulent Kilic o primeiro prémio vemos uma menina que ficou ferida no funeral de Berkin Elvan, o adolescente turco que morreu 269 dias depois de ter sido atingido na cabeça por uma granada de gás lacrimogéneo disparada pela polícia durante os protestos de Junho em Istambul. O funeral de Elvan tornou-se uma das maiores manifestações em Istambul contra o Governo de Erdogan.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave crime guerra violência comunidade adolescente social igualdade género chinês homossexual gay lgbt homofobia
Berlusconi: “É melhor gostar de raparigas bonitas do que ser gay”
O primeiro-ministro italiano, Sílvio Berlusconi, afirmou que “é melhor gostar de raparigas bonitas do que ser gay” e garantiu que o Governo se vai manter em funções até ao final do mandato. (...)

Berlusconi: “É melhor gostar de raparigas bonitas do que ser gay”
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 12 Homossexuais Pontuação: 16 | Sentimento 0.588
DATA: 2010-11-02 | Jornal Público
SUMÁRIO: O primeiro-ministro italiano, Sílvio Berlusconi, afirmou que “é melhor gostar de raparigas bonitas do que ser gay” e garantiu que o Governo se vai manter em funções até ao final do mandato.
TEXTO: A declaração surge quando a oposição pede a demissão de Berlusconi após a alegações de que ele teria ajudado uma jovem de 17 anos que esteve em festas na sua casa, pedindo à polícia que libertasse a rapariga, detida por suspeitas de furto. O primeiro-ministro italiano recusa-se a pedir desculpas e recusa ter tido algum comportamento menos próprio. “Como sempre, trabalho sem interrupção e se ocasionalmente vejo uma jovem bonita e a olho na cara, é melhor gostar de jovens bonitas do que ser gay”, afirmou Berlusconi num encontro da indústria de motociclistas em Milão. “Devem ficar completamente certos de que o Governo ainda tem uma maioria e tenciona governar até ao final do mandato”. Um dos líderes da oposição com popularidade crescente, Nichi Vendola, governador de Puglia, é homossexual. Os jornais italianos têm dado atenção ao caso “Ruby”, alcunha da jovem detida em Maio pela polícia por alegadamente ter roubado dinheiro a uma amiga. Soube-se depois que Ruby tinha estado presente em festas na villa de Berlusconi. O Gabinete do primeiro-ministro admite ter intercedido a favor de “Ruby” depois de saber da sua detenção, mas Berlusconi nega ter feito algo impróprio. “Verão no final que nada mais aconteceu sem ser um acto de solidariedade do primeiro-ministro, que eu me teria envergonhado de não fazer”. A jovem que entretanto fez 18 anos e que segundo a imprensa italiana se chamará Karima El Mahroug, afirmou à imprensa que recebeu 7 mil euros de Berlusconi depois de ir a duas festas, mas nega ter tido relações sexuais com o primeiro-ministro, de 74 anos.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave homossexual gay rapariga
Um casamento gay no aniversário de Fidel
O casamento da transexual Wendy Iriepa com o militante pelos direitos dos homossexuais Ignacio Estrada, ontem, em Havana, “não é nenhuma provocação, mas antes o início de uma nova fase contra a discriminação em Cuba”, garantiu o activista de 31 anos. (...)

Um casamento gay no aniversário de Fidel
MINORIA(S): Migrantes Pontuação: 2 Homossexuais Pontuação: 16 | Sentimento 0.416
DATA: 2011-08-14 | Jornal Público
SUMÁRIO: O casamento da transexual Wendy Iriepa com o militante pelos direitos dos homossexuais Ignacio Estrada, ontem, em Havana, “não é nenhuma provocação, mas antes o início de uma nova fase contra a discriminação em Cuba”, garantiu o activista de 31 anos.
TEXTO: E é também, acrescentou, uma prenda de aniversário para Fidel Castro, que ontem cumpriu 85 anos de idade – o histórico líder da revolução cubana penitenciou-se, recentemente, pelo tratamento dos homossexuais que nos anos 60 foram deportados para campos de trabalho obrigatório. Dezenas de dissidentes políticos cubanos reuniram-se ontem para celebrar aquele que foi considerado como o primeiro casamento gay na ilha, apesar de tecnicamente Wendy ter deixado a sua identidade masculina de Alexis há mais de quatro anos. Mariela Castro, a filha do Presidente Raul Castro que dirige o Centro de Educação Sexual de Cuba, onde o Estado financia operações de mudança de sexo, enviou felicitações ao casal. “Estou muito contente que Wendy se vá casar, não propriamente com um heterossexual como era o seu desejo, mas ainda assim com o amor da sua vida”, disse aos jornalistas. Para madrinha dos noivos foi escolhida a conhecida blogger e dissidente política Yoani Sanchez, que escreveu que o casamento de Wendy e Ignacio “projecta Cuba no terceiro milénio” e prometeu fazer a cobertura directa do enlace através do Twitter.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave filha educação sexo sexual casamento gay
Acusado de fazer piadas homofóbicas, Kevin Hart já não vai apresentar os Óscares
O humorista tinha considerado o convite “a oportunidade de uma vida”. Pediu desculpa à comunidade LGBT+ pelos comentários considerados homofóbicos, mas disse à Academia que não queria estar constantemente a voltar ao que disse há mais de oito anos. (...)

Acusado de fazer piadas homofóbicas, Kevin Hart já não vai apresentar os Óscares
MINORIA(S): Homossexuais Pontuação: 16 | Sentimento 0.0
DATA: 2018-12-31 | Jornal Público
SUMÁRIO: O humorista tinha considerado o convite “a oportunidade de uma vida”. Pediu desculpa à comunidade LGBT+ pelos comentários considerados homofóbicos, mas disse à Academia que não queria estar constantemente a voltar ao que disse há mais de oito anos.
TEXTO: Três dias depois de o comediante Kevin Hart ter sido escolhido para apresentar a 91. ª edição dos Óscares da Academia de Hollywood, que acontecerá a 25 de Fevereiro de 2019, o norte-americano anunciou nesta sexta-feira que já não o irá fazer. Em causa está uma série de tweets publicados entre 2009 e 2011 com piadas e comentários que têm sido considerados homofóbicos. Não se sabe ainda quem apresentará a cerimónia. “Recebi uma chamada da Academia em que me pediam para pedir desculpa pelos tweets ou então teriam de encontrar um novo apresentador. Escolhi passar e não fazer o pedido de desculpas. E a razão pelo qual não o faço é porque já falei nisto várias vezes, não é a primeira vez que isto acontece, já apontei o que estava certo e errado, já esclareci quem eu sou agora em comparação com quem fui outrora. Já o fiz. Não continuarei a ir ao passado”, explicou Kevin Hart no Instagram. Mais tarde, no Twitter, Hart esclareceu que não quer ser uma “distracção” na noite que deve ser celebrada pelos artistas – e pediu “sinceras desculpas” à comunidade LGBT+ pelas “palavras insensíveis” que proferiu no passado. Numa das publicações do Twitter datadas de 2011, Hart refere que se o seu filho chegasse a casa e quisesse brincar com uma casa de bonecas, partir-lhe-ia o brinquedo e dir-lhe-ia para parar porque era gay. Ainda assim, diz sentir-se grato pelo convite inicial – que tinha dito anteriormente ser “a oportunidade de uma vida”. Antes de confirmar que não iria apresentar a cerimónia, Kevin Hart publicara um outro vídeo no Instagram em que garantia que agora com quase 40 anos tinha aprendido e amadurecido. “Esforço-me todos os dias para espalhar optimismo todos os dias”. Um caso similar aconteceu em 2011: o comediante Eddie Murphy desistiu de apresentar a cerimónia de 2012 em solidariedade com o realizador Brett Ratner que fora obrigado a afastar-se da produção da cerimónia um dia antes por ter proferido um insulto homofóbico. Como tinha sido o produtor a convidá-lo, Murphy decidiu abandonar o projecto. Em 2017, na altura em que eclodiu o movimento de denúncia #MeToo, Brett Ratner foi acusado pela actriz canadiana Ellen Page de se ter comportado de forma “homofóbica e abusiva” consigo. Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. Kevin Hart seguir-se-ia ao anfitrião Jimmy Kimmel (nos dois anos anteriores), a Chris Rock (2005 e 2016), Neil Patrick Harris (2015), Ellen DeGeneres (2007 e 2014), Seth MacFarlane (2013), Billy Crystal (2012 e oito outras vezes), à dupla Anne Hathaway e James Franco (2011) e a Alec Baldwin (2010). Hart teria sido um dos poucos apresentadores negros no historial dos Óscares, que conta até agora com Chris Rock, Whoopi Goldberg e Sammy David Jr. Em 2015, a ausência de figuras não brancas na cerimónia levou à criação da hashtag #OscarsSoWhite (“Óscares tão brancos”), que pedia mais diversidade não só na gala mas também na indústria cinematográfica.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave filho comunidade gay lgbt
Nova Iorque quer ser a Meca dos casamentos gay
Chama-se “NYC I do” e é o mote da campanha que pretende, já esta semana, transformar a cidade de Nova Iorque na Meca dos casamentos homossexuais. A cidade quer oferecer o Central Park ou o observatório do Empire State Building como ex-libris para celebrações e luas-de-mel. (...)

Nova Iorque quer ser a Meca dos casamentos gay
MINORIA(S): Homossexuais Pontuação: 16 | Sentimento 0.251
DATA: 2011-07-25 | Jornal Público
SUMÁRIO: Chama-se “NYC I do” e é o mote da campanha que pretende, já esta semana, transformar a cidade de Nova Iorque na Meca dos casamentos homossexuais. A cidade quer oferecer o Central Park ou o observatório do Empire State Building como ex-libris para celebrações e luas-de-mel.
TEXTO: Segundo um estudo do senado de Nova Iorque, tornar-se a cidade modelo para os casamentos gay pode significar uma injecção de até cerca de 400 milhões de euros e animar o turismo da cidade. Prevê-se que Nova Iorque consiga fazer 66 mil casamentos, oriundos de vários locais dos Estados Unidos. E vaticina-se o crescimento de toda a indústria associada aos casamentos, como serviços de catering, maquilhadores, floristas, cabeleireiros e lojas de vestidos para noivas e fatos para noivos ou trajes de cerimónia para acompanhantes, entre outros serviços. Apesar de especialistas da indústria, citados pelo diário espanhol El Mundo, afirmarem que um casamento com direito a tudo, em Nova Iorque, possa oscilar entre os 10 mil e os 50 mil dólares. Nova Iorque aprovou há um mês a lei que reconhece o direito ao casamento homossexual, tornando-se no sexto estado norte-americano a reconhecer este direito a casais gay, depois do Connecticut, Iowa, Massachusetts, New Hampshire e Vermont. O turismo em Nova Iorque vale mais de 30 mil milhões de euros ao ano. Notícia actualizada às 11h51
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave lei estudo casamento homossexual gay