Aprovado diploma para permitir que homossexuais possam dar sangue
O Parlamento aprovou hoje um diploma do Bloco de Esquerda que visa que os homossexuais e os bissexuais possam dar sangue, com os votos favoráveis de todas as bancadas e a abstenção do CDS-PP. (...)

Aprovado diploma para permitir que homossexuais possam dar sangue
MINORIA(S): Homossexuais Pontuação: 16 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-04-09 | Jornal Público
SUMÁRIO: O Parlamento aprovou hoje um diploma do Bloco de Esquerda que visa que os homossexuais e os bissexuais possam dar sangue, com os votos favoráveis de todas as bancadas e a abstenção do CDS-PP.
TEXTO: O deputado do CDS-PP João Rebelo votou a favor. Na bancada dos democratas cristãos, a deputada Teresa Caeiro e o deputado João Almeida anunciaram a apresentação de declarações de voto, e o vice-presidente do grupo, José Manuel Rodrigues, anunciou a entrega de uma declaração em nome da direcção da bancada. Na bancada do PS, a deputada independente Teresa Venda optou pela abstenção. O diploma, apresentado pelo BE, recomenda ao Governo a “adopção de medidas que visem combater a actual discriminação dos homossexuais e bissexuais nos serviços de recolha de sangue”.
REFERÊNCIAS:
Partidos PS BE
Governo pondera debater adopção por casais gay mas não a curto prazo
O ministro dos Assuntos Parlamentares admitiu hoje a existência no futuro de debates sobre a adopção de crianças por casais homossexuais, mas afastou a possibilidade de evoluções nesse domínio a curto prazo. (...)

Governo pondera debater adopção por casais gay mas não a curto prazo
MINORIA(S): Homossexuais Pontuação: 16 | Sentimento 0.208
DATA: 2010-04-09 | Jornal Público
SUMÁRIO: O ministro dos Assuntos Parlamentares admitiu hoje a existência no futuro de debates sobre a adopção de crianças por casais homossexuais, mas afastou a possibilidade de evoluções nesse domínio a curto prazo.
TEXTO: “No futuro, todos os debates em torno da adopção poderão vir a ter lugar, mas não é certamente esta a ocasião para alterar a posição que nesta matéria desde o início tomámos”, afirmou Jorge Lacão à agência Lusa. De acordo com o ministro dos Assuntos Parlamentares, a posição do Governo sobre o impedimento da adopção por parte de casais homossexuais “ficou clara”, já que sempre se salientou que “a matéria do casamento civil era uma e a matéria da adopção era outra completamente distinta”. “Enquanto o casamento civil se deve realizar na perspectiva da realização dos direitos das pessoas adultas, a questão da adopção é um instituto que se concretiza na defesa dos interesses superiores das crianças. São duas perspectivas diferentes”, sustentou o membro do Governo. Jorge Lacão referiu-se depois ao facto de o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo estar previsto no programa do Governo. “O compromisso que o PS estabeleceu com o eleitorado foi claro e inequívoco no sentido da legalização do casamento civil entre pessoas do mesmo sexo. Foi esse o contrato que estabelecemos com os eleitores e foi esse o contrato que honrámos”, acrescentou.
REFERÊNCIAS:
Partidos PS
“Número dois” do Vaticano relaciona pedofilia com a homossexualidade
É a homossexualidade e não o celibato dos padres que o secretário de Estado do Vaticano, cardeal Tarcisio Bertone, relaciona com a pedofilia e com os casos de abusos no seio da Igreja Católica. (...)

“Número dois” do Vaticano relaciona pedofilia com a homossexualidade
MINORIA(S): Homossexuais Pontuação: 16 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-04-13 | Jornal Público
SUMÁRIO: É a homossexualidade e não o celibato dos padres que o secretário de Estado do Vaticano, cardeal Tarcisio Bertone, relaciona com a pedofilia e com os casos de abusos no seio da Igreja Católica.
TEXTO: “Muitos psicólogos e psiquiatras demonstraram que não há relação entre o celibato dos padres e a pedofilia, mas muitos outros demonstraram, e disseram-me recentemente, que há uma relação entre homossexualidade e pedofilia”, afirmou Bertone. “É a verdade, é esse o problema”, garantiu o cardeal numa conferência de imprensa em Santiago do Chile. “Esta patologia toca todos os tipos de pessoas e os padres num grau menor, em termos percentuais”, afirmou ainda o cardeal, “número dois” do Vaticano. “O comportamento dos padres neste caso, o comportamento negativo, é muito sério, é escandaloso. ”No Chile, houve de imediato reacções indignadas: “Esta é a uma estratégia do Vaticano para fugir às suas próprias responsabilidades éticas e legais, fazendo esta ligação falsa e repugnante”, afirmou Rolando Jimenez, presidente do Movimento para a Integração e Libertação Homossexual, recusando a existência de quaisquer estudos sérios que sustentem o que diz Bertone. O secretário de Estado do Vaticano afirmou ainda que o Papa Bento XVI está a preparar “outras iniciativas” face aos escândalos de pedofilia, na sequência da divulgação de uma série dos procedimentos internos a adoptar pelas dioceses no caso de abusos, e que incluem a denúncia à justiça, no respeito pela “lei ordinária”. Entre o silêncio e a gaffe, como a do pregador do Vaticano que comparou as acusações contra ao Papa ao anti-semitismo, a Santa Sé tem sido acusada de não estar a responder adequadamente à crise aberta pela divulgação de centenas de denúncias de abusos sexuais com o envolvimento de religiosos em vários países europeus. “O Vaticano não se deu ainda conta até que ponto é grave a crise mediática”, disse recentemente à AFP o vaticanista do diário “Il Giornale”. “Será útil aos dirigentes da Santa Sé falarem um pouco com os jornalistas”, aconselhou em declarações ao "La Stampa" George Weigel, autor de uma biografia de João Paulo II.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave lei homossexual
Cavaco Silva vai fazer declaração sobre casamento gay
O Presidente da República, Cavaco Silva, vai fazer hoje "uma declaração sobre o diploma da Assembleia da República que permite o casamento entre pessoas do mesmo sexo". (...)

Cavaco Silva vai fazer declaração sobre casamento gay
MINORIA(S): Homossexuais Pontuação: 16 | Sentimento 0.416
DATA: 2010-05-17 | Jornal Público
SUMÁRIO: O Presidente da República, Cavaco Silva, vai fazer hoje "uma declaração sobre o diploma da Assembleia da República que permite o casamento entre pessoas do mesmo sexo".
TEXTO: Segundo um curto comunicado publicado hoje no sítio da Presidência da República na Internet, Cavaco Silva vai falar ao país "pelas 20h15, no Palácio de Belém", em Lisboa. De acordo com os prazos legais, o Presidente da República tem até amanhã para tomar uma decisão – ou veta ou promulga - sobre o diploma aprovado em Fevereiro pela Assembleia da República. Visita do PapaO protelamento da decisão tem sido interpretado como cautela, nomeadamente em relação à passagem do Papa Bento XVI pelo país. É que o Tribunal Constitucional já há muito se pronunciou – a pedido do próprio Cavaco Silva - sobre a legalidade da nova lei. Mas o Presidente pode vetar a alteração legislativa por razões políticas. Caso Cavaco Silva vete o casamento homossexual, a lei terá de regressar ao Parlamento, onde o mais provável seria uma nova aprovação pelo PS, BE, PCP e PEV. Notícia actualizada 12h08
REFERÊNCIAS:
Partidos PS PCP BE PEV
Cavaco dá "sim" a casamento gay para não desviar atenções da crise
O Presidente da República, Cavaco Silva, promulgou o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Contrariado, crítico e a pensar na crise financeira. (...)

Cavaco dá "sim" a casamento gay para não desviar atenções da crise
MINORIA(S): Homossexuais Pontuação: 16 | Sentimento 0.416
DATA: 2010-05-18 | Jornal Público
SUMÁRIO: O Presidente da República, Cavaco Silva, promulgou o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Contrariado, crítico e a pensar na crise financeira.
TEXTO: Sim, mas muito contrariado e com a crise no pensamento. Estas palavras resumem a declaração de ontem de Cavaco Silva, quando anunciou que promulgava o diploma que permite o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo. O Presidente disse "sim" para evitar mais problemas "face à dramática situação em que o país se encontra", mas deixou fortes críticas aos partidos. E como o "sim" foi dado em nome da crise, para não acentuar as divisões entre os portugueses nem desviar "a atenção dos agentes políticos da resolução dos problemas que afectam gravemente a vida das pessoas", Cavaco Silva aproveitou a ocasião para dar uma alfinetada ao Governo. Lembrou que no discurso do Ano Novo tinha alertado que se poderia estar "a caminhar para uma situação explosiva", para dizer que há momentos "em que a ética da responsabilidade tem de ser colocada acima das convicções pessoais de cada um". Recordando que o Parlamento aprovou em Fevereiro "uma lei que permite o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo", o Presidente da República lamentou que "não tenha havido vontade política para alcançar um consenso partidário alargado sobre uma matéria de tão grande melindre, de modo a evitar clivagens desnecessárias na sociedade portuguesa". Este diploma teve origem numa proposta do Governo e foi aprovado pelo Parlamento em votação final global no dia 11 de Fevereiro com os votos favoráveis do PS, BE, PCP e PEV e contra do CDS-PP. No PSD houve liberdade de voto e seis deputados abstiveram-se, enquanto os restantes votaram contra a alteração da noção de casamento estabelecida no Código Civil. Crise e desafios"Face à grave crise que o país atravessa e aos complexos desafios que tem à sua frente, importa promover a união dos portugueses e não dividi-los, adoptar uma estratégia de compromisso e não de ruptura", acrescentou o Presidente, dando desde logo um sinal de que viria a promulgar a lei. Vieram então mais críticas aos partidos com assento parlamentar. Para Cavaco Silva, as forças políticas que aprovaram o diploma "não quiseram ponderar um princípio elementar da acção política numa sociedade plural": "O de escolherem, de entre várias soluções jurídicas, aquela que fosse susceptível de criar menos conflitualidade social ou aquela que pudesse ser aceite pelo maior número de cidadãos, fosse qual fosse a sua visão do mundo. " Considerou mesmo "que não teria sido difícil alcançar um compromisso" no Parlamento "se tivesse sido feito um esforço sério nesse sentido". Para Cavaco Silva, bastava ter olhado para as soluções jurídicas encontradas em países como a França, a Alemanha, a Dinamarca ou o Reino Unido, que "não são discriminatórias e respeitam a instituição do casamento enquanto união entre homem e mulher". Deixou assim claro que sua principal oposição ao diploma é ele considerar a união entre pessoas do mesmo sexo como "casamento civil". "Aliás, no mundo inteiro, só em sete países é designada por "casamento" a união entre pessoas do mesmo sexo. Dos 27 Estados da União Europeia, são apenas quatro aqueles que o fazem", recordou. Por isso, acrescentou não ser verdadeira a afirmação "de que a inexistência do casamento entre pessoas do mesmo sexo corresponde a um fenómeno residual no mundo contemporâneo, um resquício arcaico típico de sociedades culturalmente mais atrasadas". O Chefe de Estado recordou depois ter submetido o diploma à fiscalização preventiva do Tribunal Constitucional, tendo por este sido considerado não inconstitucional, mas que tal não o impedia de o vetar e devolver ao Parlamento. Não o faz depois ponderar os efeitos práticos de uma tal decisão e "ter em devida conta o superior interesse nacional, face à dramática situação em que o país se encontra". Não o faz também por ter indicações de que as forças políticas que o aprovaram o voltariam a fazer, o que o obrigaria a promulgar o diploma. E foi então que a crise, "os milhares de portugueses que não têm emprego, o agravamento das situações de pobreza, a situação que o país enfrenta devido ao elevado endividamento externo e outras dificuldades que temos de ultrapassar" chegaram à intervenção presidencial. "Os portugueses recordam-se, certamente, de que na minha mensagem de Ano Novo alertei para o momento muito difícil em que Portugal se encontra e disse mesmo que podíamos "caminhar para uma situação explosiva". E disse também que não é tempo de inventarmos desculpas para adiar a resolução dos problemas concretos dos portugueses", afirmou ainda, falando claramente para o Governo. Certo é que o Presidente decidiu promulgar a lei que permite o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo no dia em que se comemorou o do Dia Mundial contra a Homofobia, que tinha levado à rua, em Coimbra, cerca de três centenas de pessoas na primeira marcha do género realizada na cidade (ver link). À hora a que o Presidente falava ao país, no horário nobre dos telejornais, nos jardins à frente do Palácio de Belém cerca de duas dezenas de artistas plásticos juntaram-se como forma de se manifestar a favor do casamento entre pessoas do mesmo sexo. Entre eles Vasco Araújo, João Pedro Vale e Ana Vidigal, todos do Movimento pela Igualdade. Saíram de casa para dar a cara pela sua causa. Decisão depois do PapaCavaco Silva esperou pelo penúltimo dia do prazo e pelo fim da visita do Papa para anunciar a sua decisão. Na passada quinta-feira, em Fátima, no encontro com as organizações da Pastoral Social, Bento XVI afirmou: "As iniciativas que visam tutelar os valores essenciais e primários da vida, desde a sua concepção, e da família, fundada sobre o matrimónio indissolúvel de um homem com uma mulher, ajudam a responder a alguns dos mais insidiosos e perigosos desafios que hoje se colocam ao bem comum. " O Papa recebeu fortes aplausos após esta declaração. Com a promulgação do diploma, este será agora publicado em Diário da República, após o que entrará em vigor. Ao promulgar sem vetar, o Presidente abdicou de usar plenamente os seus poderes constitucionais, limitando-se a reafirmar a sua discordância em relação ao diploma. Não é, aliás, a primeira vez que o Presidente comunica directamente com os cidadãos através da mensagem ao país, para expor as suas divergências em relação a um diploma que promulga. Foi o que se passou com a promulgação do Estatuto dos Açores. Depois da reaprovação do diploma pela Assembleia da República emo resposta ao seu veto político, Cavaco acabou por promulgá-lo, mostrando contudo de forma veemente o quanto o condenava. A verdade é que se Cavaco vetasse o diploma a Assembleia teria possibilidade de o reaprovar por maioria simples, após o que a lei seria enviada para o Presidente e este teria de assinar num prazo de oito dias. com Vítor Belanciano
REFERÊNCIAS:
Partidos PS PSD PCP BE PEV
Conferência Episcopal lamenta falta de alternativas ao casamento gay
O presidente da Conferência Episcopal Portuguesa sublinha que “a Igreja não tem atitudes discriminatórias contra ninguém” mas lamenta que o casamento homossexual tenha sido promulgado, defendendo que se deveria ter tentado encontrar outras soluções que permitissem legalizar a união entre pessoas do mesmo sexo, sem recorrer à figura jurídica do casamento. (...)

Conferência Episcopal lamenta falta de alternativas ao casamento gay
MINORIA(S): Homossexuais Pontuação: 16 | Sentimento 0.158
DATA: 2010-05-18 | Jornal Público
SUMÁRIO: O presidente da Conferência Episcopal Portuguesa sublinha que “a Igreja não tem atitudes discriminatórias contra ninguém” mas lamenta que o casamento homossexual tenha sido promulgado, defendendo que se deveria ter tentado encontrar outras soluções que permitissem legalizar a união entre pessoas do mesmo sexo, sem recorrer à figura jurídica do casamento.
TEXTO: “A Igreja não tem atitudes discriminatórias contra ninguém e está plenamente convencida de que a situação destas pessoas poderia ser resolvida de um modo diferente. Isto é, não equiparando ao estatuto da família”, afirmou o arcebispo Jorge Ortiga, numa reacção à promulgação do diploma que legaliza o casamento entre homossexuais pelo Presidente da República, Cavaco Silva, anunciada ontem oficialmente. Para o prelado, os casais do mesmo sexo “poderiam ficar com os seus direitos e com as suas obrigações salvaguardadas através de outro estatuto”. “Tal como se faz em muitos outros países da Europa. E países desenvolvidos”, acrescentou. Questionado sobre se a alternativa ao casamento poderia ser o registo civil das uniões homossexuais, o responsável pela Conferência Episcopal Portuguesa considerou que essa poderia ser “uma questão a estudar”. “Parece-nos que o estatuto de família é algo que tem um campo muito específico, com um enquadramento que lhe é próprio”, argumentou, frisando que a posição por si expressa tinha sido já referida pelo Papa Bento XVI, durante a visita a Portugal, na semana passada. Na passada quinta-feira, em Fátima, no encontro com as organizações da Pastoral Social, Bento XVI afirmou: "As iniciativas que visam tutelar os valores essenciais e primários da vida, desde a sua concepção, e da família, fundada sobre o matrimónio indissolúvel de um homem com uma mulher, ajudam a responder a alguns dos mais insidiosos e perigosos desafios que hoje se colocam ao bem comum. "Ontem à noite, poucos dias após a visita papal, Cavaco Silva anunciou a promulgação do diploma que previa a legalização do casamento homossexual, uma decisão que tomou muito contrariado e com a crise no pensamento. Segundo o Presidente, o seu "sim" pretendeu evitar mais problemas "face à dramática situação em que o país se encontra".
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave direitos campo mulher homem social sexo casamento homossexual
Arraial Pride regressa em Junho com casamentos "gay" como atracção principal
A iniciativa “Noiv@s do Arraial”, destinada a celebrar a legalização do casamento civil entre pessoas do mesmo sexo, é a principal novidade da 14.ª edição do Arraial Pride, que decorre a 26 de Junho em Lisboa. (...)

Arraial Pride regressa em Junho com casamentos "gay" como atracção principal
MINORIA(S): Homossexuais Pontuação: 16 | Sentimento 0.291
DATA: 2010-05-23 | Jornal Público
SUMÁRIO: A iniciativa “Noiv@s do Arraial”, destinada a celebrar a legalização do casamento civil entre pessoas do mesmo sexo, é a principal novidade da 14.ª edição do Arraial Pride, que decorre a 26 de Junho em Lisboa.
TEXTO: “Queres casar? Casa no arraial. Com ele, com ela, com o que tu quiseres. Oferecemos-te tudo para que te cases”, promete a Associação ILGA Portugal, que organiza o maior acontecimento LGBT (lésbico, gay, bissexual e transgénero) do país no âmbito das Festas de Lisboa. Também pela primeira vez, o evento conta com o patrocínio de uma companhia aérea (à semelhança do que já acontece há anos noutros países), o que reforça a integração do evento nos circuitos internacionais do género. Segundo um comunicado da ILGA, a festa, que decorre no Terreiro do Paço, é de acesso gratuito e é também “uma oportunidade para todas as famílias se divertirem”, já que haverá actividades para todas as idades que vão permitir “brincar, cantar, dançar, desenhar, aprender, pensar, filosofar, ver e ouvir histórias, correr e crescer”. A programação inclui speed dating, tango livre, performances e a segunda edição dos queer games, em que o público vai poder disputar a maratona das nazarenas e o arremesso da canasta (jogada com o traje regional das sete saias de Nazaré), o rali das divas Isadora Duncan, as olimpíadas do croché e da agulha e o duelo das manicures. Do cartaz fazem também parte actuações de DJ e vários concertos, como os das bandas BETTY, Post Hit e Chicks on Speed. No recinto, cujas portas abrem às 14h00 para se fecharem apenas de madrugada, estarão instaladas tendas de restauração e de associações e parceiros.
REFERÊNCIAS:
Partidos LIVRE
Lei do casamento homossexual publicada hoje
A lei que permite o casamento entre pessoas do mesmo sexo foi hoje publicada em Diário da República, dia em que o primeiro-ministro almoça, na residência oficial, pelas 13h, com representantes das associações de lésbicas, gays, bissexuais e transgéneros (LGBT). A lei entra em vigor dentro de cinco dias. (...)

Lei do casamento homossexual publicada hoje
MINORIA(S): Homossexuais Pontuação: 16 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-05-31 | Jornal Público
SUMÁRIO: A lei que permite o casamento entre pessoas do mesmo sexo foi hoje publicada em Diário da República, dia em que o primeiro-ministro almoça, na residência oficial, pelas 13h, com representantes das associações de lésbicas, gays, bissexuais e transgéneros (LGBT). A lei entra em vigor dentro de cinco dias.
TEXTO: O polémico diploma só foi promulgado pelo Presidente da República a 17 de Maio, no penúltimo dia do prazo e após o fim da visita do papa a Portugal. Depois de ter submetido o diploma à fiscalização preventiva do Tribunal Constitucional - que o considerou constitucional -, Cavaco Silva acabaria por promulgar o diploma no Dia Mundial contra a Homofobia. Este diploma teve origem numa proposta do Governo e foi aprovado pelo Parlamento, em votação final global, no dia 11 de Fevereiro, com os votos favoráveis de PS, BE, PCP e PEV e contra do CDS-PP. No PSD houve liberdade de voto e seis deputados abstiveram-se, enquanto os restantes votaram contra a alteração da noção de casamento estabelecida no Código Civil. O diploma retira do Código Civil a expressão "de sexo diferente" na definição de casamento. Notícia corrigida às 12h20
REFERÊNCIAS:
Partidos PS PSD PCP BE PEV
Segunda-feira já vai ser possível celebrar casamentos entre pessoas do mesmo sexo
Conservadores vão poder homologar uniões gays feitas por portugueses fora do país, mas não é claro que possam casar estrangeiros de países onde a lei ainda não o permite. (...)

Segunda-feira já vai ser possível celebrar casamentos entre pessoas do mesmo sexo
MINORIA(S): Homossexuais Pontuação: 16 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-06-01 | Jornal Público
SUMÁRIO: Conservadores vão poder homologar uniões gays feitas por portugueses fora do país, mas não é claro que possam casar estrangeiros de países onde a lei ainda não o permite.
TEXTO: Depende apenas da disponibilidade das conservatórias do registo civil. Na próxima segunda-feira já vai ser possível celebrar casamentos gays em Portugal e o único obstáculo só poderá vir da capacidade dos serviços para o concretizar no próprio dia. A Lei n. º 9/2010, que "permite o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo" foi ontem publicada no Diário da República. Como o texto do novo diploma legal não tem qualquer indicação quanto à data da sua entrada em vigor, a lei estipula que é válido a partir do quinto dia após a publicação, ou seja, já no próximo sábado. Os serviços estão fechados no fim-de-semana e logo na segunda-feira será, assim, possível dar início ao processo por parte daqueles que pretendam efectuar o casamento ao abrigo da nova lei, desde que ambos sejam cidadãos nacionais. Segundo informou ontem um conservador do registo civil contactado pelo PÚBLICO - que pediu para não ser identificado, já que não podem prestar declarações sem autorização -, nada impede que o casamento possa ser celebrado no próprio dia. Basta que os nubentes apresentem bilhete de identidade, ou cartão de cidadão válido e paguem a taxa legal em vigor para os casamentos, que é actualmente de 100 euros. A lei que obrigava a publicação de editais por um período mínimo de oito dias foi abolida em 2006, pelo que a única limitação poderá resultar da capacidade dos serviços para completar o processo no próprio dia, já que é necessário obter outros documentos. É precisamente o facto de ser necessário juntar as certidões de nascimento que faz com que, no caso de um dos nubentes ser estrangeiro, se torne difícil a concretização no próprio dia. Além da certidão de nascimento, é exigido também um certificado de capacidade matrimonial passado pelas autoridades do respectivo país. Acontece que grande parte dos países não emitem este tipo de documento - como é o caso do Brasil -, o que as autoridades portuguesas têm ultrapassado com uma declaração do nubente garantindo que não existe no seu país qualquer impedimento a que se case. E aqui surge uma das primeiras dúvidas quanto à aplicação prática da nova lei, já que na generalidade dos países (Brasil incluído) não é autorizado o casamento entre pessoas do mesmo sexo, logo o candidato não poderá subscrever aquela declaração. A questão não é, contudo, absolutamente clara e tudo parece depender, para já, da interpretação dos conservadores. Há casos de portugueses que conseguiram até agora casamento gay noutros países, como Espanha ou Holanda, e há também casos de cidadãs marroquinas que se têm casado em Portugal infringindo a lei do seu país que as impede de casar com não muçulmanos. O PÚBLICO procurou ontem saber se tinham sido emitidas instruções ou recomendações quanto à aplicação da nova lei. "Houve apenas necessidade de adaptar alguns pontos de formulários de suporte, meramente instrumentais", informou o Ministério da Justiça. As adaptações estavam já ontem feitas, tendo o ITIJ (Instituto de Tecnologias de Informação na Justiça) disso avisado todos os serviços. Trata-se no fundo de adaptações de âmbito gramatical introduzidas no Sistema Integrado de Registo e Identificação Civil (SIRIC), a aplicação informática onde são tramitados os processos. No formulário para o processo de casamento deixaram de aparecer as referências a "o nubente" e "a nubente", passando apenas a constar "nubente" em ambos os casos. Também na parte respeitante aos dados específicos, onde aparecia a referência "casamento" passaram a aparecer três campos/variantes: "Casamento heterossexual"; "Casamento entre pessoas do mesmo sexo masculino"; e "Casamento entre pessoas do mesmo sexo feminino".
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave lei sexo casamento gay
Aprovação do casamento gay torna Portugal “um exemplo internacional” no combate à discriminação, dizem Associações
Vários representantes de associações defensoras dos direitos lésbica, gay, bissexual e transgénero presentes num almoço hoje no Palácio de São Bento defenderam que o casamento entre pessoas do mesmo sexo torna Portugal “um exemplo internacional” no combate à discriminação. (...)

Aprovação do casamento gay torna Portugal “um exemplo internacional” no combate à discriminação, dizem Associações
MINORIA(S): Homossexuais Pontuação: 16 | Sentimento 0.208
DATA: 2010-06-01 | Jornal Público
SUMÁRIO: Vários representantes de associações defensoras dos direitos lésbica, gay, bissexual e transgénero presentes num almoço hoje no Palácio de São Bento defenderam que o casamento entre pessoas do mesmo sexo torna Portugal “um exemplo internacional” no combate à discriminação.
TEXTO: Para assinalar o dia em que foi publicada em Diário da República a lei que permite o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo, o primeiro-ministro, José Sócrates, promoveu um almoço na residência oficial. Na iniciativa estiveram presentes a secretária de Estado da Igualdade, Elza Pais, o deputado independente eleito pelo PS, e homossexual assumido, Miguel Vale de Almeida e representantes da ILGA, da Opus Gay, da Rede Ex-Aequo e da Associação de Mães e Pais pela Liberdade de Orientação Sexual (AMPLOS). A nível internacional, estiveram presentes Pedro Zerolo, antigo presidente da Federação Estatal de Lésbicas, Gay, Transexuais e Bissexuais de Espanha e membro do PSOE, e Evelyne Paradis, da ILGA Europa. Para o presidente da ILGA, Paulo Corte-Real, este dia “significa o início de um novo estádio de luta contra a discriminação, que vai exigir muitos passos adicionais e uma grande mobilização”, como a parentalidade. “Todas as lutas em relação à parentalidade, que já existem há muito tempo, naturalmente que continuam, temos vindo sempre a chamar à atenção para a necessidade de olhar para as crianças que já existem hoje em Portugal e já são criadas por casais de pessoas do mesmo sexo, sem terem a protecção de verem ambas as pessoas reconhecidas legalmente enquanto pais e enquanto mães”, sublinhou. Corte-Real sublinhou que esta lei coloca Portugal como “sexto país da Europa e oitavo do mundo” na igualdade de acesso ao casamento. Já Margarida Faria, presidente da AMPLOS, rejeitou que Portugal seja um país homofóbico, mas considerou-o conservador: “As pessoas não se dão conta do efeito negativo desse conservadorismo, porque as pessoas verbalizam coisas que ofendem muita gente, ofendem-me a mim como mãe, ofendem os nossos filhos, os nossos amigos, os nossos irmãos”. “Não imaginam quanto ofendem cidadãos que estão mesmo ao seu lado, cidadãos que estão neste processo a tentar ao máximo que isto se naturalize”, disse, apelando às novas gerações para uma mudança de atitude. Pedro Zerolo, por seu lado, manifestou o seu orgulho por poder desfrutar de “um dia histórico”: “Portugal entra pela porta grande no mapa da liberdade, da igualdade e da diversidade, graças ao trabalho das organizações LGBT, graças a uma maioria política de esquerda, de progresso, mas sobretudo graças à valentia do presidente Sócrates, é um presidente valente”. Evelyne Paradis, da ILGA Europa, apontou o dia como “um marco”, saudou a “coragem política” do Governo, mas disse esperar que este “seja apenas o primeiro passo na adopção de outras medidas que precisam de ser tomadas”. “O casamento é um passo crucial para a igualdade mas há mais a ser feito em termos de direitos parentais e os direitos dos transexuais, é uma discriminação diferente que precisa de ser abordada de forma específica”, apontou.
REFERÊNCIAS:
Partidos PS