Portugal tem "um padrão atípico" de perturbações psiquiátricas na população
Números nacionais perto do registado nos EUA, o país com a maior taxa do mundo. Um quinto da população sofre de doença mental. (...)

Portugal tem "um padrão atípico" de perturbações psiquiátricas na população
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-11-15 | Jornal Público
SUMÁRIO: Números nacionais perto do registado nos EUA, o país com a maior taxa do mundo. Um quinto da população sofre de doença mental.
TEXTO: Dois em cada dez portugueses sofrem de perturbações psiquiátricas e o país revela "um padrão atípico, em termos europeus", de prevalência destas doenças, com números que se aproximam dos dos Estados Unidos, o país com a maior taxa de população com doenças mentais no mundo. As conclusões são do primeiro estudo que faz o retrato da saúde mental em Portugal e que se insere na iniciativa mundial dos estudos epidemiológicos da Organização Mundial de Saúde (OMS), coordenada pela universidade norte-americana de Harvard e que envolve outros 23 países. Os seus autores descrevem-na como a "maior base de dados do mundo" na área, com mais de 100 mil pessoas entrevistadas. O estudo português, cujos resultados preliminares tinham já sido apresentados em Março mas sem incluírem a comparação com todo o universo dos países observados, revelou que 22, 9 por cento dos 3849 entrevistados sofrem de perturbações psiquiátricas, aproximando-se dos 26, 3 por cento dos EUA. Países do Sul da Europa com os quais Portugal normalmente se compara têm taxas bem mais baixas - Espanha fica-se pelos 9, 2 por cento e Itália pelos 8, 2 por cento - e mesmo os países nórdicos, onde a prevalência destas doenças é elevada, estão abaixo dos números nacionais. Segundo o coordenador do estudo português, Caldas de Almeida, no topo dos problemas estão as perturbações de ansiedade, com 16, 5 por cento, as perturbações depressivas, com 7, 9 por cento, as perturbações de controlo dos impulsos (3, 5) e as perturbações relacionadas com o álcool (1, 6). Os mais afectados são as mulheres e os jovens dos 18 aos 24 anos e, dentro destes dois grupos, especialmente aqueles que estejam separados, viúvos e divorciados ou tenham níveis de literacia baixos e médios. Ao nível do acesso aos serviços de saúde, o estudo constatou que existem "coisas boas e más". Segundo Caldas de Almeida, "os cuidados primários e de clínica geral têm uma acessibilidade muito boa em termos europeus, enquanto os serviços especializados já não têm uma performance tão boa", disse em declarações à agência Lusa. Para além de medir a prevalência das doenças mentais, o estudo também tem como objectivo medir "o impacto destas doenças na produtividade de um país, em termos de incapacidade, de faltas ao trabalho e de doenças físicas". Impactos económicosOs dias de baixa por doença são a principal razão de perda de capital humano para a economia de um país e são sobretudo motivados pelas doenças associadas à dor, revela um estudo de investigadores de Barcelona em 24 países, Portugal incluído. Doenças como artroses, dores cervicais e dores de costas representam 21, 5 por cento dos pedidos anuais de baixa, seguidas de enxaquecas, doenças cardiovasculares e depressão. Das 60 mil pessoas entrevistadas no estudo, 12 por cento tinham estado pelo menos um dia de baixa no mês anterior.
REFERÊNCIAS:
Entidades EUA OMS
Príncipe William vai casar-se na Primavera
O príncipe William, segundo na linha de sucessão ao trono de Inglaterra a seguir ao seu pai, Carlos, vai casar-se no próximo ano com a sua namorada Kate Middleton. (...)

Príncipe William vai casar-se na Primavera
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.25
DATA: 2010-11-16 | Jornal Público
SUMÁRIO: O príncipe William, segundo na linha de sucessão ao trono de Inglaterra a seguir ao seu pai, Carlos, vai casar-se no próximo ano com a sua namorada Kate Middleton.
TEXTO: “O príncipe de Gales está encantado por anunciar o pedido de casamento do príncipe William à menina Catherine Middleton. O casamento vai realizar-se na Primavera de 2011 em Londres”, soube-se num comunicado divulgado a partir de Clarence House, a residência real da capital britânica onde funciona o secretariado de Carlos e dos seus dois filhos, William e Harry. William, filho mais velho da princesa Diana, e Kate Middleton, ambos com 28 anos, “ficaram noivos em Outubro durante as suas férias no Quénia”, explica ainda o comunicado. O príncipe “informou a rainha e outros membros próximos da sua família e pediu também permissão ao pai da menina Middleton”. Kate Middleton, filha de um ex-piloto e de uma antiga assistente de bordo, conheceu William na universidade, em 2001. Só em 2003 começaram a namorar, uma relação assumida publicamente no ano seguinte. Sabe-se que a avó de William, a rainha Isabel II aprova o casamento com Kate Middleton. William é hoje o membro mais popular da família real britânica, privilégio que durante muito tempo coube à sua mãe. O filho mais velho de Diana vai casar 30 anos depois do casamento repleto de glamour de Carlos e Diana na catedral de St. Paul. Diana Spencer tinha então 20 anos. "Não penso que William vá querer repetir o desventurado casamento dos pais e por isso julgo que é pouco provável que o casamento aconteça em St. Paul", diz Peter Hunt, correspondente real da BBC. "Suspeito que o casamento vá acontecer na Abadia de Westminster onde, claro, a avó, a rainha, casou em 1947. "Margaret Holder, especialista em assuntos da casa real, disse à emissora pública britânica que este vai ser "um casamento muito, muito bem-sucedido". "Penso que trará bem a monarquia para o século XXI. A Kate é muito moderna, muito relevante", afirmou ainda. O primeiro-ministro, David Cameron, disse que o anúncio marca "um grande dia para o nosso país" e desejou felicidades ao casal. O chefe do Governo soube do casamento através de um telefonema feito a partir do Palácio de Buckingham durante um conselho de ministros e diz que a notícia levou todos os ministros "a baterem na mesa" em celebração. O líder dos trabalhistas, Ed Miliband, afirmou por seu turno que "todo o país lhes deseja toda a felicidade". Notícia corrigida às 16h52
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave filha filho rainha princesa casamento
Governo Civil de Lisboa autorizou duas manifestações durante Cimeira da NATO
O Governo Civil de Lisboa autorizou a realização de mais duas manifestações, uma concentração, uma vigília e uma outra iniciativa para os dois dias da Cimeira da NATO, que decorre na sexta-feira e no sábado na FIL, no Parque das Nações. (...)

Governo Civil de Lisboa autorizou duas manifestações durante Cimeira da NATO
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-11-18 | Jornal Público
SUMÁRIO: O Governo Civil de Lisboa autorizou a realização de mais duas manifestações, uma concentração, uma vigília e uma outra iniciativa para os dois dias da Cimeira da NATO, que decorre na sexta-feira e no sábado na FIL, no Parque das Nações.
TEXTO: O pedido de autorização obrigatório para a realização de manifestações ou concentrações na via pública tem de ser feito com 48 horas de antecedência. Na véspera do arranque da Cimeira da NATO, o Governo Civil de Lisboa já tem a lista de todas as iniciativas autorizadas. O primeiro evento é já hoje e é da responsabilidade do Bloco de Esquerda, que às 21h30 realiza uma sessão pública no Largo de Camões. No sábado, a primeira manifestação está marcada para as 10h00 com início no Campo Grande. Pedida pela Federação das Colectividades do Distrito de Lisboa, a manifestação deverá terminar por volta das 12h00 na Praça da Figueira. Às 15h00, o Marquês de Pombal serve para receber os participantes da segunda manifestação do dia, que termina nos Restauradores. Esta é uma iniciativa da responsabilidade da “Campanha Paz sim! NATO não!”. A campanha envolve mais de uma centena de organizações, entre as quais associações de estudantes, sindicatos, como a CGTP, partidos políticos, como o PCP e os Verdes, o Conselho Português para a Paz e Cooperação, a Escola de Mulheres - Oficina de Teatro e a Associação de Solidariedade com o País Basco, entre outros. Ainda no sábado, a partir das 10h00, a “Campanha Paz sim! NATO não!” organiza na Praça da Figueira actividades desportivas e culturais. No mesmo dia, o Consejo Geográfico de España y la Diáspora del Partido del Progreso organiza uma concentração em frente à Assembleia da República, com início marcado para as 15h00. No entanto, esta entidade viu negado o pedido de desfile pela cidade, “por falta de informações sobre o percurso e as horas a que o pretendiam fazer”, disse à Lusa fonte do Governo Civil de Lisboa. Ao final do dia, é a vez de o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Hoteleira, Turismo, Restaurantes e Similares do Sul realizar uma concentração no Cais do Sodré entre as 17h30 e as duas da manhã. No entanto, quando a Cimeira da NATO começar, na sexta-feira à tarde, já os guardas prisionais deverão estar a meio do seu primeiro dia de protestos - autorizados para todo o dia de sexta-feira e sábado. O Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional é responsável pela primeira iniciativa marcada: uma reunião/vigília que começa às 10h30 de sexta-feira e termina às 00h30, recomeçando no sábado à mesma hora. A razão do protesto prende-se com questões relacionadas com a carreira dos guardas prisionais.
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Partidos PCP
Pais devem ter liberdade para escolher a escola, defende Herbert J. Walberg
O sistema educativo sueco pode ser um bom exemplo para Portugal, defende Herbert J. Walberg, especialista em Economia da Educação, que tem feito parte de vários grupos de conselheiros da OCDE para a área da Educação. Walberg recorda que a Suécia adoptou o cheque ensino, permitindo que as famílias escolhessem a escola, e que esta é obrigada a receber qualquer aluno. (...)

Pais devem ter liberdade para escolher a escola, defende Herbert J. Walberg
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.4
DATA: 2010-11-18 | Jornal Público
SUMÁRIO: O sistema educativo sueco pode ser um bom exemplo para Portugal, defende Herbert J. Walberg, especialista em Economia da Educação, que tem feito parte de vários grupos de conselheiros da OCDE para a área da Educação. Walberg recorda que a Suécia adoptou o cheque ensino, permitindo que as famílias escolhessem a escola, e que esta é obrigada a receber qualquer aluno.
TEXTO: “É o único país com um sistema de vouchers e as escolas têm vindo a melhorar os seus resultados [quando comparados com os internacionais]”, explica o autor do livro Escolha da Escola: descobertas e conclusões, uma edição do Fórum para a Liberdade de Educação, com o apoio da embaixada dos EUA e da Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento. O lançamento é esta tarde, na Escola Secundária Rainha D. Amélia, em Lisboa. “Gostava de ter vouchers para todos”, diz em conferência de imprensa. E retoma o exemplo da Suécia. Foi em 1993 que o Governo ordenou às autoridades locais que financiassem, o equivalente a 85 por cento do custo por aluno das escolas públicas tradicionais, as escolas que os pais escolhessem. Portanto, as famílias deixaram de pagar propinas na maioria das escolas privadas. A par desta decisão, estabeleceu-se que as escolas eram obrigadas a admitir todos os alunos, independentemente do nível socioeconómico. Segundo Walberg, não se verificou o aumento da segregação, nem da concentração de crianças com necessidades educativas especiais em determinadas escolas. Foi criado um “mercado da educação” que, segundo Walberg, “conduziu a uma concorrência crescente, melhorou o desempenho dos alunos e aumentou a satisfação dos pais com as escolas dos filhos”. No livro, Walberg cita vários estudos que comprovam que os pais a quem são dados os cheque ensino, participam mais activamente na vida escolar dos filhos. Privatização do ensinoMas há outras alternativas para que as famílias possam ter liberdade de escolha, continua. O especialista defende que os Estados podem definir metas de aprendizagem e privatizar as escolas: “As escolas privadas fazem melhor do que o Estado”, declara. “A concorrência parece funcionar na educação”, diz, com base em investigação que tem sido feita nos EUA, onde há estados que apostaram nas charter schools, escolas com quem contratualizam que no espaço de cinco anos, os alunos têm de obter determinados resultados. Se esses não forem cumpridos, a escola fecha ou é mudado o seu corpo docente. Segundo um estudo comparado entre as escolas com este tipo de contrato e as escolas públicas norte-americanas, as primeiras têm um bom desempenho, sobretudo os alunos pobres e hispânicos. Walberg cita um outro estudo que revela que nos EUA, os professores do ensino público têm expectativas mais baixas do que os do ensino privado. Portanto, conclui, são muitos os dados que demonstram as mais valias das famílias poderem escolher a escola, dados que têm levado países como a Suécia, a Holanda, a República Checa ou o Chile a pôr em prática políticas de privatização na educação. Os pais “têm tanto direito a tomar as decisões importantes sobre a educação dos filhos como o direito a dar-lhes um nome, morada e a escolher a pessoa que trata deles quando adoecem”, termina.
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Entidades EUA
Proença Carvalho, Veiga Simão, Roberto Carneiro, Basílio Horta e Adriano Moreira na comissão de honra de Cavaco
O advogado Daniel Proença de Carvalho, os antigos ministros Veiga Simão, Roberto Carneiro e Basílio Horta e o ex-líder do CDS Adriano Moreira são alguns dos nomes que integram a comissão de honra da recandidatura de Cavaco Silva a Belém. (...)

Proença Carvalho, Veiga Simão, Roberto Carneiro, Basílio Horta e Adriano Moreira na comissão de honra de Cavaco
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-11-18 | Jornal Público
SUMÁRIO: O advogado Daniel Proença de Carvalho, os antigos ministros Veiga Simão, Roberto Carneiro e Basílio Horta e o ex-líder do CDS Adriano Moreira são alguns dos nomes que integram a comissão de honra da recandidatura de Cavaco Silva a Belém.
TEXTO: Segundo fonte da candidatura, integram ainda a comissão de honra de Cavaco Silva, que tal como há cinco anos é liderada pelo antigo Presidente da República Ramalho Eanes, a fadista Ana Moura, a directora da bienal ExperimentaDesign Guta Moura Guedes e a cantora Simone de Oliveira. Na semana passada tinham já sido anunciados alguns dos nomes que integram a comissão de honra da recandidatura de Cavaco Silva à Presidência da República, entre os quais se encontra o banqueiro António Horta Osório, o arquitecto Carrilho da Graça, o economista Daniel Bessa e o advogado José Miguel Júdice. Entretanto, Cavaco Silva irá apresentar o manifesto da sua candidatura no dia 29 de Novembro. Tal como há cinco anos, o documento será apresentado no Porto e deverá ter como local o mesmo escolhido em 2005, a Alfândega do Porto.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave cantora
Novo recorde na dívida dos hospitais do SNS às farmacêuticas
Dívida total aos laboratórios atingiu os 1034 milhões de euros em Outubro. Facturas por pagar com mais de 90 dias quase duplicaram. (...)

Novo recorde na dívida dos hospitais do SNS às farmacêuticas
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.136
DATA: 2010-11-18 | Jornal Público
SUMÁRIO: Dívida total aos laboratórios atingiu os 1034 milhões de euros em Outubro. Facturas por pagar com mais de 90 dias quase duplicaram.
TEXTO: A dívida acumulada dos hospitais públicos à indústria farmacêutica voltou a registar um novo recorde histórico: em Outubro atingiu os 1034 milhões de euros, o que representa um agravamento de 73, 4 por cento face a igual período de 2009. Só as facturas por pagar com mais de três meses chegam aos 733, 7 milhões de euros, ou seja, quase duplicaram no último ano. Os dados mensais divulgados pela Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica (Apifarma), a que o PÚBLICO teve acesso, revelam ainda que o prazo médio de pagamento (numa amostra de apenas 39 empresas) era de 382 dias no final de Outubro, o que traduz um acréscimo de quase 100 dias face aos 289 dias que se registavam em Novembro do ano passado. Num só mês (entre Setembro e Outubro), os débitos em atraso pela compra de medicamentos aumentaram 23 milhões de euros. Numa declaração por escrito ao PÚBLICO, Rui Ivo, director executivo da Apifarma, afirmou que "esta situação, que tem vindo a deteriorar-se desde Janeiro de 2009 sem qualquer sinal de inversão, começa a assumir carácter estrutural e será cada vez mais catastrófica para as empresas farmacêuticas que a suportam com cada vez mais dificuldade". Confrontado com esta informação, o Ministério da Saúde (MS) voltou ontem a recusar confirmar os números da Apifarma, sem revelar, contudo, qual é o montante global da dívida. O ministério limitou-se a remeter para os números já divulgados pela Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS) - que referem apenas os prazos médios de pagamento a todos os fornecedores, sem especificar a indústria farmacêutica e sem adiantar valores. Estes prazos eram de 71 dias nos hospitais do sector público administrativo (SPA) e de 163 dias nos hospitais com gestão empresarializada (EPE), em 30 de Junho último. De acordo com o último estudo mensal da Apifarma (com uma amostra de 55 empresas), os prazos médios de pagamento eram, em Outubro, de 395 dias nos hospitais SPA e de 372 dias, nos EPE. Mas o mais preocupante é o fenómeno do crescimento da dívida vencida (a mais de 90 dias), que disparou 92, 1 por cento entre Novembro de 2009 e Outubro último, atingindo 733, 7 milhões de euros. Há unidades, como o Centro Hospitalar das Caldas da Rainha e o Hospital do Litoral Alentejano, que demoram em média dois anos e meio a saldar os débitos, soube o PÚBLICO. Mas os Serviços de Saúde da Região Autónoma da Madeira lideram a lista, com um prazo médio de pagamento de 1040 dias. Em valor global, segundo apurou o PÚBLICO, a maior dívida acumulada é a do Centro Hospitalar de Lisboa Norte (que integra os hospitais de Santa Maria e o Pulido Valente), com 119, 5 milhões de euros. Seguem-se os centros hospitalares de Lisboa Central e de Lisboa Ocidental e o Hospital de S. João, no Porto, este último com uma dívida de 60, 4 milhões de euros. Os Serviços de Saúde da Região Autónoma da Madeira aparecem em sétimo lugar nesta lista, com 45, 7 milhões de euros por saldar. O hospital com débitos mais atrasados é o Amadora/Sintra, com 787 dias. Nos hospitais do sector público administrativo (SPA), o montante das dívidas é mais reduzido, mas os prazos de pagamento são mais elevados. O maior devedor é o Curry Cabral, em Lisboa, com um total superior a 16 milhões de euros. O Hospital de Braga, gerido em parceria público-privado (PPP), devia em Outubro 12, 3 milhões de euros.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave rainha estudo
Médicos “tarefeiros” nos hospitais custaram mais de 100 milhões de euros em 2008
A despesa com médicos contratados à tarefa nos hospitais públicos aumentou substancialmente em 2008, ultrapassando a barreira dos 100 milhões de euros, mais 20 milhões do que em 2007. No primeiro semestre de 2009, já depois de a tutela ter definido valores máximos por hora, os gastos abrandaram, mas continuam elevados (47 milhões de euros), adianta o Tribunal de Contas (TC), numa auditoria à contratação externa de serviços médicos nas unidades hospitalares do SNS. (...)

Médicos “tarefeiros” nos hospitais custaram mais de 100 milhões de euros em 2008
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.5
DATA: 2010-11-19 | Jornal Público
SUMÁRIO: A despesa com médicos contratados à tarefa nos hospitais públicos aumentou substancialmente em 2008, ultrapassando a barreira dos 100 milhões de euros, mais 20 milhões do que em 2007. No primeiro semestre de 2009, já depois de a tutela ter definido valores máximos por hora, os gastos abrandaram, mas continuam elevados (47 milhões de euros), adianta o Tribunal de Contas (TC), numa auditoria à contratação externa de serviços médicos nas unidades hospitalares do SNS.
TEXTO: Este valor representa já mais de dez por cento dos custos globais com pessoal nas 61 unidades hospitalares públicas (que suplantaram os 450 milhões de euros, no primeiro semestre de 2009). A contratação de "tarefeiros" cresceu nos últimos anos para colmatar a falta de médicos e assegurar o funcionamento dos serviços, sobretudo das urgências dos hospitais. Mas este reforço não contribuiu para uma melhoria dos indicadores: a produção diminuiu nos serviços de urgência no período analisado (1, 3 por cento), os custos unitários por doente socorrido aumentaram (5, 3 por cento) e as reclamações também, a crer nos resultados da auditoria do TC. Mesmo assim, os autores do relatório acabam por concluir, após uma análise detalhada às contas de quatro das 14 unidades avaliadas, que até fica mais barato contratar médicos à tarefa do que pagar horas extraordinárias a clínicos do quadro nas urgências. No período considerado, pelas contas do TC, a poupança seria de quase quatro milhões de euros só nestas unidades. Salvaguardando eventuais problemas de qualidade, recomendam, assim, que se pondere o recurso a esta modalidade de contratação em vez das horas extraordinárias. No final de 2008, a tutela estabeleceu preços/hora indicativos a pagar a médicos especialistas (máximo de 35 euros) e não-especialistas (27, 5 euros). Mesmo assim, o preço/hora médio nos Serviços de Urgência apurado na 14 unidades auditadas pelo TC disparou: de 33, 27 euros, em 2007, passou para 36, 99, em 2008, e para 38, 16, no ano passado, o que denota "uma incapacidade negocial por parte dos vários conselhos de administração". Os autores do relatório admitem, porém, que os valores máximos fixados não reflectem a escassez relativa de profissionais médicos: "A realidade não se compadece com decisões políticas acerca do preço da mão-de-obra médica". Foi na região do Algarve que o recurso a médicos contratados a empresas ou a título individual mais cresceu (mais 81, 2 por cento em 2008 face a 2007), seguindo-se o Alentejo (mais 31, 7 por cento) e a Região Centro (mais 30, 2 por cento). O valor/hora mais elevado era então praticado no Hospital do Litoral Alentejano (sede em Santiago do Cacém) e no Centro Hospitalar Oeste-Norte (Caldas da Rainha). Para além da "falta de rigor" detectada na contratação externa (ver caixa), o controlo da assiduidade dos médicos é "deficiente", defendem os auditores, notando que estes problemas potenciam a "subutilização dos recursos existentes". Os prestadores de serviços de saúde parecem padecer dos mesmos "problemas de improdutividade estrutural dos demais sectores de actividade", lamentam. E avançam com um exemplo, apesar de frisarem que não estão "a formular juízos de valor": em Espanha, uma consulta num centro de saúde está programada para demorar sete minutos, enquanto em Portugal estão previstos 15. Sobre o controlo da assiduidade, referem que, apesar de todas as unidades terem um sistema biométrico, na maior parte isto ainda é feito através do registo de presenças validado pelo chefe de equipa ou director de serviço. Vários conselhos de administração gerem de "forma incapaz" os hospitais, concluem. com João d'EspineyNotícia alterada às 10h00
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Palavras-chave rainha
"Ser médico oncologista, todos os dias, é muito difícil. Se pudesse, fugia"
Em Portugal surgem 37 mil novos casos por ano. Os oncologistas combatem-nos. Dão más notícias. Engolem lágrimas. E levam a angústia para casa. (...)

"Ser médico oncologista, todos os dias, é muito difícil. Se pudesse, fugia"
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento -0.65
DATA: 2010-11-21 | Jornal Público
SUMÁRIO: Em Portugal surgem 37 mil novos casos por ano. Os oncologistas combatem-nos. Dão más notícias. Engolem lágrimas. E levam a angústia para casa.
TEXTO: No Serviço de oncologia pediátrica do Instituto Português de Oncologia (IPO) do Porto, ele atravessa, primeiro, a "sala dos brinquedos" onde as crianças internadas jogam e brincam acompanhadas pelas mães e pelas educadoras e se deslocam presas a suportes de soro. Pára no quarto onde outros meninos e alguns adolescentes estão deitados a fazer tratamentos. Quimioterapia. Carecas, de máscara, com olheiras. Percorre os corredores onde alguns pais o cumprimentam a sorrir, aliviando, por segundos, o cansaço triste. Dirige-se para os quartos de isolamento onde estão os doentes em situação mais grave. Há 30 anos que Armando Pinto exerce medicina. Há 15 que trabalha em oncologia pediátrica. Dezenas de crianças passam, semanalmente, pelo serviço onde trabalha. Todos os dias, Armando Pinto sobe e desce as escadas do edifício, observa e encaminha crianças com cancro. Todos os anos há 150 novos casos de cancro em crianças, no Norte do país. A grande maioria são leucemias, tumores do sistema nervoso central e linfomas que atingem principalmente os rapazes. A estes, juntam-se 123, no Sul, que afectam crianças, desde que nascem aos 14 anos, dizem os dados do Registo Oncológico do Sul. No total, os chamados cancros pediátricos representam um por cento dos 37 mil novos casos de cancro que surgem, anualmente, em Portugal. A boa notícia é que, nas crianças que sofrem de leucemia - às quais é atribuída maior gravidade -, já há uma média de 70 por cento de sobrevivência, cinco anos depois do surgimento da doença, graças aos progressos registados, tanto no que respeita ao diagnóstico, como aos tratamentos. Do lado de lá da doença, estão os médicos oncologistas, a esperança dos doentes. No IPO do Porto, nos quartos, há bonecos pintados no tecto que brilham no escuro e iluminam a noite dos meninos internados. Ana Carolina, de cinco anos, tem uma cara zangada. Não come, não quer brincar, nem conversar. Só quer sair dali. Mas está presa a uma cadeira de rodas e a um balão de soro. À menina, com elásticos amarelos a apanhar as duas tranças, meias às riscas a balançar, impacientes, numa cadeira de rodas, custa-lhe caminhar. Diagnóstico: tumor no fígado. Uma dor na zona abdominal que foi aumentando, falta de apetite, prostração. A ecografia feita no hospital de Famalicão dissipou as dúvidas. Já fez quimioterapia, cirurgia. Segue-se mais quimioterapia. O cabelo não lhe caiu. "Foi em má altura" diz a mãe, à sua beira, grávida de quase cinco meses. Adélia Azevedo, 35 anos, escriturária. Em breve dará de mamar enquanto cuida de Ana Carolina e ainda da filha mais velha, com nove anos. Ana Carolina quer ir para casa. Tem medo de vomitar, que é o que acontece quando faz tratamento. São crianças como ela que, todas as manhãs, Armando Pinto recebe e acompanha. É um dos oito médicos do serviço de oncologia pediátrica. Todos os dias tem de tomar decisões difíceis em relação a tratamentos e a internamentos. E dá más notícias aos pais, mas também recebe alegrias de recuperações. Demasiadas emoções. Não é como alguns colegas que dizem que as preocupações ficam à porta de casa, no final do dia. Não. Ele leva-as para casa, assume. E, às vezes, tiram-lhe o sono. Inquietações que agora decidiu partilhar num livro, Vivências de um médico oncologista pediátrico, edições Afrontamento. Com uma dedicatória: "Às Mães que me deslumbram na minha vida profissional".
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Palavras-chave filha doença medo
Britânicos querem que William seja o próximo rei
A maioria dos britânicos prefere que o príncipe William, que anunciou esta semana o seu casamento em 2011 com Kate Middleton, seja o próximo rei do Reino Unido, saltando por cima do seu pai, o príncipe Carlos, o primeiro na linha de sucessão ao trono. (...)

Britânicos querem que William seja o próximo rei
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-11-21 | Jornal Público
SUMÁRIO: A maioria dos britânicos prefere que o príncipe William, que anunciou esta semana o seu casamento em 2011 com Kate Middleton, seja o próximo rei do Reino Unido, saltando por cima do seu pai, o príncipe Carlos, o primeiro na linha de sucessão ao trono.
TEXTO: Numa sondagem da ICM, para o tablóide “News of the World”, 55 por cento dos inquiridos disse que preferia que o filho primogénito de Carlos e Diana de Gales substituísse a Rainha Isabel quando esta morrer ou abdicar do trono. 35 por cento preferem que a coroa britânica passe para Carlos. Ainda segundo esta sondagem, 64 por cento dos britânicos preferem o casal William e Kate no trono e só apenas 19 por cento gostariam que este fosse ocupado por Carlos e Camilla. Kate será uma consorte melhor (57 por cento) do que Camilla (15 por cento). Para rematar, 72 por cento dos inquiridos consideram que o casamento entre William e Kate, previsto para a próxima Primavera ou Verão, reforçará a monarquia britânica. No “Sunday Times”, a sondagem do You Gov indica que 56 por cento dos britânicos considera que o príncipe William será um melhor rei do que o seu pai. Só 15 por cento preferem Carlos. E 44 por cento defendem que Carlos devia dar o lugar de sucessor ao trono britânico ao seu pai.
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Palavras-chave filho rainha casamento
Para mudar o mundo, "não há um único país, um único líder ou um único grupo de países"
O secretário-geral das Nações Unidas, que esteve em Lisboa para fechar, com a NATO e o Presidente afegão, o roteiro para a transição de poderes no Afeganistão, diz que é a voz da esperança, mas também do pragmatismo. "Juntos tenho a certeza que vamos conseguir", diz em entrevista exclusiva ao PÚBLICO. (...)

Para mudar o mundo, "não há um único país, um único líder ou um único grupo de países"
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento -0.03
DATA: 2010-11-22 | Jornal Público
SUMÁRIO: O secretário-geral das Nações Unidas, que esteve em Lisboa para fechar, com a NATO e o Presidente afegão, o roteiro para a transição de poderes no Afeganistão, diz que é a voz da esperança, mas também do pragmatismo. "Juntos tenho a certeza que vamos conseguir", diz em entrevista exclusiva ao PÚBLICO.
TEXTO: O secretário-geral das Nações Unidas, que esteve em Lisboa para fechar, com a NATO e o Presidente afegão, o roteiro para a transição de poderes no Afeganistão, diz que é a voz da esperança, mas também do pragmatismo. Unido, acredita Ban Ki-moon, o mundo vai conseguir uma transição de sucesso no Afeganistão e nos grandes desafios globais. "Juntos tenho a certeza que vamos conseguir", disse nesta entrevista exclusiva ao PÚBLICO, ontem em Lisboa, na manhã a seguir à cimeira da NATO que definiu que a partir de 2014 os afegãos começarão a ser responsáveis pela segurança no seu país. "Continuo a ocupar um lugar proeminente", diz o secretário-geral coreano. A comunidade internacional, porém, tem que o apoiar. Ban Ki-moon pode não ser o líder mais carismático do globo, como sublinham os seus críticos, mas não tem problema em dizer, energicamente, quais, na sua auto-avaliação, são os seus talentos. "Sou um homem sempre em movimento. " E é um secretário-geral a posicionar-se para uma eventual campanha para o segundo mandato em 2012. Uma volta ao mundo em 20 minutos. Para a ONU, qual foi o resultado mais relevante desta cimeira da NATO?A cimeira da NATO no Afeganistão definiu um caminho claro para a transição: em 2014, os afegãos e o seu governo terão mais responsabilidade e controlo para garantir a segurança e proteger a sua população, de modo a que os afegãos possam desenvolver a sua sociedade e torná-la mais próspera. Mas quero dizer que, apesar de ter sido adoptada uma estratégia de transição, isso não significa que o importante sejam os prazos. O importante é o estado das coisas, ou seja, sabermos quando e onde os afegãos vão ser capazes de garantir a sua própria segurança. Para a ONU, esta transição significa que a ONU se vai envolver mais em ajudar e facilitar o desenvolvimento social e económico do país. A ONU está no Afeganistão há 60 anos e continuaremos a estar envolvidos a longo prazo nas questões civis, a ajudar a integração política e o processo de reconciliação e desenvolvimento social e económico. 2014 é um timing realista?Em Lisboa, ouvimos e vimos um compromisso político muito forte dos líderes mundiais - não apenas dos Estados-membros da NATO, mas também dos seus parceiros e países doadores - de que vão apoiar esta transição. Com um forte compromisso da comunidade internacional em apoiar a população afegã, com o bom governo da liderança afegã (o Presidente Karzai) e com apoio adequado da comunidade internacional ao desenvolvimento social e económico, ou seja, com estes três elementos combinados, tenho a certeza que vamos conseguir. Foi isso que eu disse ontem juntamente com o secretário-geral da NATO, Rasmussen, e o Presidente Karzai. Fiquei muito comovido e encorajado por este claro roteiro de transição ter sido adoptado. Participei em todas as conferências internacionais anteriores, duas cimeiras da NATO e outras reuniões de alto nível, mas esta cimeira de Lisboa foi a mais histórica de todas, pois deu-nos um caminho muito mais claro para o futuro. Como vê o Afeganistao em 2020, cinco anos depois do início desta transição?Acredito que os afegãos vão ter mais liberdade e mais segurança, espero ver as mulheres mais envolvidas e a participar nas questões económicas, sociais e políticas, e tenho a certeza que haverá mais jovens a ter um papel na definição do seu futuro. A ONU vai continuar a trabalhar como um todo, e isto é uma questão estratégica para a ONU: ajudar o Afeganistão de um modo mais amplo e polivalente. Concorda que o processo de construção do Estado e das instituições democráticas falhou no Afeganistão?
REFERÊNCIAS:
Entidades ONU NATO