Juízes da Relação vão decidir reabertura do julgamento da Casa Pia
A decisão pertence agora ao Tribunal da Relação. Se os desembargadores que apreciarem os recursos do processo da Casa Pia assim o entenderem, os juízes que julgaram o caso ao longo de seis anos, voltarão à sala de audiências para reabrir o julgamento mas apenas quanto a uma questão específica que levou à condenação de Carlos Cruz, explicou ao PÚBLICO o advogado da Casa Pia e das vítimas, Miguel Matias. (...)

Juízes da Relação vão decidir reabertura do julgamento da Casa Pia
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-11-09 | Jornal Público
SUMÁRIO: A decisão pertence agora ao Tribunal da Relação. Se os desembargadores que apreciarem os recursos do processo da Casa Pia assim o entenderem, os juízes que julgaram o caso ao longo de seis anos, voltarão à sala de audiências para reabrir o julgamento mas apenas quanto a uma questão específica que levou à condenação de Carlos Cruz, explicou ao PÚBLICO o advogado da Casa Pia e das vítimas, Miguel Matias.
TEXTO: Um erro cometido pelo tribunal e detectado pelo advogado de Carlos Cruz, Ricardo Sá Fernandes, poderá levar à reabertura da audiência para que os magistrados comuniquem ao arguido uma alteração de facto relativa a um dos crimes pelos quais foi condenado, o de abuso sexual a um ex-aluno da instituição, na casa de Elvas, indicada como um dos locais onde terão ocorrido abusos sexuais dos menores casapianos. Segundo o acórdão, esse crime verificou-se num dia indeterminado. Sucede que Cruz estava acusado da prática deste crime a um sábado. O colectivo de juízes não aceitou a alteração não substancial dos factos (relativa a mudança de datas ou de horas) pedida pelo Ministério Público para mudar a ocorrência do crime para uma data não determinada. O arguido foi assim impedido de exercer o seu direito de defesa relativamente ao que foi condenado numa opena de três anos. O pedido de alteração dos factos feito pelo procurador que representou o MP no julgamento resultou da prova produzida durante as audiências julgamento em que o advogado do ex apresentador, Ricardo Sá Fernandes, conseguiu contrariar a acusação de que o seu cliente teria estado em Elvas aos sábados. No entanto, o colectivo de juízes deu como provado que "em dia indeterminado do último trimestre do ano de 2000", o arguido Carlos Silvino levou menores, alunos da Casa Pia, entre os quais um com 14 anos de idade, à casa de Elvas, para que o mesmo aí fosse sujeito a práticas sexuais por parte de Carlos Cruz. Depois de os juízes comunicarem a alteração a Cruz, será fixado um prazo de 10 dias para que possa exercer a sua defesa, no fim do qual os magistrados decidirão. A pena relativa a este crime, poderá ser reduzida, mas também aumentada, consoante o entendimento dos magistrados. Carlos Cruz foi ainda condenado por mais dois crimes, uma pena total de sete anos de prisão por quatro crimes de abusos sexuais. Apesar de ainda não ter sido notificado do recurso do Ministério Público, o advogado de Cruz já garantiu que o procurador João Aibéo concorda com a Defesa. Texto corrigido às14h57
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave crime tribunal prisão sexual abuso
Julgamento da Casa Pia pode ser repetido
Um erro detectado pelo Ministério Público e pela defesa do ex-apresentador Carlos Cruz na sentença do processo Casa Pia pode obrigar à repetição parcial do julgamento, que durou quase seis anos. (...)

Julgamento da Casa Pia pode ser repetido
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-11-09 | Jornal Público
SUMÁRIO: Um erro detectado pelo Ministério Público e pela defesa do ex-apresentador Carlos Cruz na sentença do processo Casa Pia pode obrigar à repetição parcial do julgamento, que durou quase seis anos.
TEXTO: Um erro detectado pelo Ministério Público (MP) e pela defesa do ex-apresentador Carlos Cruz no acórdão do processo Casa Pia pode obrigar à repetição parcial do julgamento, que durou quase seis anos. O problema está relacionado com o facto de o colectivo de juízes que julgou o caso ter condenado Carlos Cruz por um crime de abuso sexual de um menor na chamada casa de Elvas, o qual terá ocorrido, segundo a sentença, num dia indeterminado. Acontece que o ex-apresentador estava acusado de ter cometido este e outros crimes similiares que não foram dados como provados aos sábados e o colectivo não aceitou a alteração não substancial dos factos que o MP pediu, no sentido de modificar os abusos para uma data não determinada. Logo, o arguido sai prejudicado no seu direito de defesa e o acórdão pode ser declarado nulo nesta parte. O pedido de alteração não substancial dos factos, feito pelo procurador que acompanhou o caso, resultou da prova produzida durante o julgamento, grande parte feita pela defesa de Carlos Cruz, que conseguiu mostrar, através de registos telefónicos, da Via Verde e de outros documentos, que dificilmente Cruz teria estado em Elvas aos sábados, como sustentava a acusação. Contudo, e apesar de não terem mudado a acusação, os juízes da 8. ª Vara Criminal de Lisboa deram como provado na sentença que, "em dia indeterminado do último trimestre do ano de 2000", o arguido Carlos Silvino levou menores, alunos da Casa Pia, entre os quais um com 14 anos de idade, à casa de Elvas, para que o mesmo aí fosse sujeito a práticas sexuais por parte de Carlos Cruz. Este crime valeu ao ex-apresentador uma pena de três anos de prisão, tendo Cruz sido condenado a uma pena única de sete anos de prisão, que resultou do cúmulo com outros dois abusos dados como provados pelo colectivo, crimes alegadamente ocorridos num prédio da Avenida das Forças Armadas, em Lisboa. Ricardo Sá Fernandes, um dos advogados de Carlos Cruz, afirmou ao PÚBLICO que este é um erro gravíssimo que pode implicar a repetição parcial do julgamento, pedida aliás pelo próprio MP. "Isto é o mesmo que um cirurgião deixar uma compressa dentro de um paciente", argumenta o advogado. "O acórdão vai ter que ser anulado nesta parte e vão ter que ser ouvidas novamente as testemunhas e produzida novamente a prova", acredita Sá Fernandes. E completa: "A única alternativa é o Tribunal da Relação absolver Carlos Cruz por este crime. "Mais nulidadesSá Fernandes antevê que esta nulidade do acórdão relativa a Elvas tenha implicações relativamente aos arguidos Hugo Marçal e Carlos Silvino, que foram condenados por lenocínio (incentivo da prostituição) relativamente aos factos alegadamente ocorridos na casa de Elvas. Esta não é, contudo, a única nulidade invocada relativamente à sentença. Também o advogado do ex-provedor da Casa Pia Manuel Abrantes pede que parte do acórdão seja anulado, devido a uma situação parecida. "Em causa estava uma parte da acusação em que se referia que certos factos tenham ocorrido na parte da tarde. Mas, sem que se tenha feito qualquer alteração da acusação, os juízes deram como provados os factos, mas dizem que poderão ter ocorrido a qualquer hora do dia", considera o advogado do ex-provedor, Paulo Sá e Cunha. Todos os arguidos, com excepção da única absolvida no caso, Gertrudes Nunes, recorreram da sentença da Casa Pia, que os condenou a penas de prisão que variaram entre os cinco anos e os noves meses (Manuel Abrantes) e os 18 anos (Carlos Silvino). Notícia actualizada às 07h25 de 9 de Novembro
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave crime tribunal prisão prostituição sexual abuso
Casa Pia: Advogado de Carlos Silvino “estranha” posição do MP e alerta para “estratégia de intoxicação”
O advogado de Carlos Silvino considerou hoje “muito estranho” que o Ministério Público reconheça no recurso ao acórdão do julgamento do processo Casa Pia a existência de uma nulidade na parte relativa à casa de Elvas, onde ocorreram abusos sexuais de menores. (...)

Casa Pia: Advogado de Carlos Silvino “estranha” posição do MP e alerta para “estratégia de intoxicação”
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento -0.05
DATA: 2010-11-10 | Jornal Público
SUMÁRIO: O advogado de Carlos Silvino considerou hoje “muito estranho” que o Ministério Público reconheça no recurso ao acórdão do julgamento do processo Casa Pia a existência de uma nulidade na parte relativa à casa de Elvas, onde ocorreram abusos sexuais de menores.
TEXTO: José Maria Martins falava à agência Lusa sobre notícia de que o recurso do Ministério Público (MP) concorda com a defesa de Carlos Cruz, que apontou uma nulidade na parte relativa a Elvas. Segundo Ricardo Sá Fernandes, advogado do apresentador de televisão, o tribunal, por “lapso” ou outras razões, não comunicou a Carlos Cruz que o crime de abuso sexual pelo qual estava acusado em Elvas afinal não foi praticado a um sábado à tarde, como diz a acusação, mas durante a semana, nos termos da sentença. “Esta alteração nunca foi comunicada a Carlos Cruz e efetivamente devia ter sido e, não tendo sido, isso gera a nulidade do acórdão, com obrigatoriedade de reabertura da audiência de julgamento”, para nova produção de prova, novas alegações e novo acórdão, disse Sá Fernandes. Na sequência daquela notícia e em resposta à Lusa, o MP informou hoje que o recurso que entrepôs ao acórdão suscitou “várias questões”, as quais são “suscetíveis de implicar o agravamento”, quer das penas parcelares, quer da pena única, aplicada a Carlos Cruz. “A Procuradoria Geral da República informa que, para além da matéria noticiada, e apenas no que ao referido arguido diz respeito, o MP suscitou várias questões, as quais, a procederem, são suscetíveis de implicar o agravamento, quer das penas parcelares, quer da pena única que, nos termos do Acórdão recorrido, lhe foram aplicadas”, lê-se na resposta da PGR enviada à Lusa. José Maria Martins disse não ter sido ainda notificado da posição assumida pelo MP no recurso, mas que, “de qualquer maneira”, o que foi divulgado nos media resulta de “uma estratégia de intoxicação da opinião pública por parte da defesa de Carlos Cruz”. O advogado do ex-motorista casapiano Carlos Silvino observou também que os outros arguidos suscitaram questões nos recursos que a terem provimento implicam não apenas uma alteração parcial do acórdão, mas a sua nulidade. “De qualquer forma, a posição da defesa de Carlos Cruz foi apenas para manipular a opinião pública”, acusou José Maria Martins, acrescentando que, na eventualidade de o julgamento ser reaberto, isso seria o “descalabro total” para a credibilidade da justiça. José Maria Martins reiterou que o processo Casa Pia é cada vez mais um “processo politico”, que o poder político foi “mexendo na legislação para proteger os amigos” e que isso “levou, inclusivamente, à absolvição de Gertrudes Nunes”, dona da casa de Elvas onde a acusação indica ter havido abuso sexual de menores casapianos. O julgamento do processo Casa Pia relativo a abusos sexuais de menores da instituição terminou, ao fim de quase seis anos, com um acórdão que condenou seis dos sete arguidos a penas de prisão e ao pagamento de indemnizações. Carlos Cruz foi condenado a sete anos de prisão; igual pena foi aplicada ao médico João Ferreira Diniz; o embaixador Jorge Ritto foi condenado a seis anos e oito meses; Hugo Marçal a seis anos e dois meses; Carlos Silvino foi condenado 18 anos de prisão efetiva; e Manuel Abrantes, ex-provedor adjunto da Casa Pia, a cinco anos e nove meses. Gertrudes Nunes, dona da casa de Elvas, foi absolvida do crime de lenocínio.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave crime tribunal prisão sexual abuso
Recurso do MP pode agravar penas aplicadas aos arguidos da Casa Pia
O Ministério Público (MP) informou hoje que o recurso que interpôs do acórdão do processo Casa Pia suscitou "várias questões”, as quais são “susceptíveis de implicar o agravamento” das penas aplicadas aos arguidos. (...)

Recurso do MP pode agravar penas aplicadas aos arguidos da Casa Pia
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-11-10 | Jornal Público
SUMÁRIO: O Ministério Público (MP) informou hoje que o recurso que interpôs do acórdão do processo Casa Pia suscitou "várias questões”, as quais são “susceptíveis de implicar o agravamento” das penas aplicadas aos arguidos.
TEXTO: O esclarecimento foi prestado hoje pela Procuradoria-Geral da República em resposta a uma pergunta da agência Lusa, na sequência da afirmação, na segunda-feira, do advogado de Carlos Cruz de que existe um “grande grau de probabilidade” de o julgamento da Casa Pia ser reaberto, depois de o recurso do MP concordar que o acórdão é nulo numa parte relativa à casa de Elvas. Segundo a PGR, esta informação "corresponde, tão só, a parte” do que no recurso foi alegado pelo MP", salientando que, “além da matéria noticiada”, o MP suscitou várias questões, as quais, “a procederem, são susceptíveis de implicar o agravamento, quer das penas parcelares, quer da pena única" que no acórdão foram aplicadas aos arguidos. A PGR refere que o recurso interposto pelo MP "não foi, ainda, notificado, formalmente, a qualquer" dos advogados dos restantes sujeitos processuais, mas que "não obstante, a defesa do arguido Carlos Cruz entendeu, publicamente, prestar declarações acerca do conteúdo" do recurso do MP, ao qual "teve acesso por consulta do processo". Em declarações na segunda-feira à agência Lusa, Ricardo Sá Fernandes explicou que a defesa de Carlos Cruz e o MP convergem num ponto, que é “indiscutível”: o tribunal, por “lapso” ou outras razões, não comunicou ao apresentador de televisão que o crime de abuso pelo qual estava acusado em Elvas afinal não foi praticado a um sábado à tarde, como diz a acusação, mas durante a semana, nos termos da sentença. “Ora, esta alteração nunca foi comunicada ao Carlos Cruz e efectivamente devia ter sido. Não tendo sido, isso gera a nulidade do acórdão, com obrigatoriedade de reabertura da audiência” de julgamento, afirmou Sá Fernandes, acrescentado existir um “grande grau de probabilidade” de a fase de julgamento ser reaberta para nova produção de prova, novas alegações e novo acórdão. Nas suas palavras, o “lapso” ocorrido é como o do “cirurgião que deixa uma compressa dentro da pessoa que foi operada”, pelo que “só há uma maneira de resolver, que é reabrir”, neste caso a audiência de julgamento. “É um erro gravíssimo, mas que pode acontecer”, sustentou, alegando que o erro tem de ser reparado pelo tribunal, através de nova produção de prova em julgamento. Ricardo Sá Fernandes antevê ainda que a nulidade da parte do acórdão relativa a Elvas tenha implicações relativamente aos arguidos Hugo Marçal (advogado) e Carlos Silvino (ex-motorista da Casa Pia), que foram condenados por lenocínio (incentivo da prostituição) relativamente aos factos alegadamente ocorridos na casa de Elvas. A notícia de que o recurso do MP reconhecia a existência daquela nulidade foi avançada na segunda-feira pela SIC. O julgamento do processo Casa Pia relativo a abusos sexuais de menores da instituição terminou, ao fim de quase seis anos, com um acórdão que condenou seis dos sete arguidos a penas de prisão e ao pagamento de indemnizações. Carlos Cruz foi condenado a sete anos de prisão; igual pena foi aplicada ao médico João Ferreira Diniz; o embaixador Jorge Ritto foi condenado a seis anos e oito meses; Hugo Marçal a seis anos e dois meses; Carlos Silvino foi condenado 18 anos de prisão efectiva; e Manuel Abrantes, ex-provedor adjunto da Casa Pia, a cinco anos e nove meses. Gertrudes Nunes, dona da casa de Elvas, foi absolvida do crime de lenocínio.
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Palavras-chave crime tribunal prisão prostituição abuso
Mais de metade dos cibernautas usa redes sociais pelo menos uma vez por semana
Actividades como enviar e receber e-mails e procurar notícias continuam a ser as mais frequentes na Internet. Mas as redes sociais têm ganho popularidade e 51 por cento dos utilizadores de Internet em Portugal já vão pelo menos uma vez por semana a sites como o Facebook ou o Hi5. Quase um terço fá-lo todos os dias. E, dos que têm um perfil numa rede social, 72 por cento consideram estes sites “essenciais para a manutenção dos laços pessoais”. (...)

Mais de metade dos cibernautas usa redes sociais pelo menos uma vez por semana
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.016
DATA: 2010-11-10 | Jornal Público
SUMÁRIO: Actividades como enviar e receber e-mails e procurar notícias continuam a ser as mais frequentes na Internet. Mas as redes sociais têm ganho popularidade e 51 por cento dos utilizadores de Internet em Portugal já vão pelo menos uma vez por semana a sites como o Facebook ou o Hi5. Quase um terço fá-lo todos os dias. E, dos que têm um perfil numa rede social, 72 por cento consideram estes sites “essenciais para a manutenção dos laços pessoais”.
TEXTO: Os números são do relatório A utilização da Internet em Portugal, que é publicado hoje e foi elaborado pelo Lisbon Internet Network Institute (que agrega várias instituições de investigação), com o apoio da UMIC – Agência para a Sociedade do Conhecimento. O estudo revela que a larga maioria adere a sites como o Facebook para manter contacto com pessoas que “estão longe” e para fortalecer laços já existentes. Sem surpresas, são os mais jovens que têm uma rede mais alargada de contactos online, observa o investigador responsável pelo estudo, Gustavo Cardoso, do Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa. Bem acima de qualquer outra faixa etária, metade dos utilizadores entre os 15 e os 34 anos afirma ter mais de 100 “amigos” online. “No início da década – nota Cardoso –, quando se pedia a uma pessoa para definir a sua rede de relações na vida em geral, este número estava em metade”. No caso dos jovens, as redes sociais “vieram duplicar a extensão dos relacionamentos”. Como no resto da utilização da Internet, o género influencia a postura nas redes sociais. Embora a diferença não seja muito acentuada, são as mulheres que partilham mais informação pessoal: estão à frente no que diz respeito a publicar o nome, idade, fotografias pessoais, data de nascimento e localidade (os homens divulgam mais os interesses pessoais). Elas, porém, parecem ser mais cautelosas a escolher as pessoas com quem se relacionam: só 18 por cento das mulheres disse ter uma lista de contactos composta na maioria por pessoas que não conhece pessoalmente. No caso dos homens, este número sobe para os 25 por cento. “A cultura de relacionamento fora das redes sociais tende a reflectir-se lá dentro”, explica Gustavo Cardoso, frisando que, do ponto de vista de comportamentos, “as redes sociais não são espaços novos” e que “homens e mulheres têm comportamentos diferentes face a quem não conhecem”. É também mais frequente entre os homens a ideia de que é importante que os políticos tenham presença na Web social: 69 por cento dos homens (contra 58 por cento das mulheres) consideraram “importante para a democracia que as figuras do Governo tenham um perfil nas redes sociais”. Este conceito é também mais popular entre os mais velhos. A faixa etária entre os 25 e os 34 anos foi a que menos mostrou interesse na existência de perfis dos políticos, logo seguida dos jovens entre os 15 e os 24. As pessoas com mais de 54 anos revelaram-se as mais adeptas da ideia. 41 por cento descarregam sem autorizaçãoUm em cada três utilizadores admite descarregar música sem autorização dos detentores dos direitos de autor e 22 por cento faz o mesmo em relação a filmes. Em terceiro lugar na lista está o download de software. Seguem-se as séries de televisão e, por fim, os livros e revistas. Ao todo, 41 por cento reconhecem incorrer neste tipo de prática. De longe, a justificação mais frequente – dada por 71 por cento dos inquiridos – é o simples facto de ser gratuito. Mas um em cada cinco sublinham que não fazem uso comercial do conteúdo descarregado e há quem aponte como outra razão a possibilidade de acesso imediato. Por outro lado, cerca de 14 por cento dizem que pretendem experimentar antes de comprar (um dos argumentos frequentes de quem defende a livre partilha de ficheiros sugere precisamente que esta prática acaba por fomentar a compra). Há também quem justifique o download com o facto de o conteúdo ainda não estar legalmente disponível em Portugal. São os mais jovens e os homens aqueles que mais descarregam. Maioria não faz transacções
REFERÊNCIAS:
Partidos LIVRE
Defesa de Cruz aponta novo erro para nulidade do acórdão
Não é só por causa do erro relativo a um crime de que Carlos Cruz é acusado de ter cometido na Casa de Elvas que o julgamento da Casa Pia pode ser reaberto. No recurso que interpôs para apreciação do Tribunal da Relação, Ricardo Sá Fernandes, advogado do ex-apresentador televisivo, considera que também no que respeita ao prédio da avenida das Forças Armadas, apontado como outro dos locais onde terão ocorrido abusos de menores casapianos, foram detectadas irregularidades que podem suscitar nulidades. (...)

Defesa de Cruz aponta novo erro para nulidade do acórdão
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.136
DATA: 2010-11-10 | Jornal Público
SUMÁRIO: Não é só por causa do erro relativo a um crime de que Carlos Cruz é acusado de ter cometido na Casa de Elvas que o julgamento da Casa Pia pode ser reaberto. No recurso que interpôs para apreciação do Tribunal da Relação, Ricardo Sá Fernandes, advogado do ex-apresentador televisivo, considera que também no que respeita ao prédio da avenida das Forças Armadas, apontado como outro dos locais onde terão ocorrido abusos de menores casapianos, foram detectadas irregularidades que podem suscitar nulidades.
TEXTO: Segundo a acusação, Carlos Cruz contactou o arguido principal do processo, Carlos Silvino, para que lhe levasse dois menores da Casa Pia “a fim de os sujeitar à prática de actos sexuais consigo”, pedido que voltou a formular cerca de dois meses depois relativamente a outro menor. A defesa de Cruz procurou, no entanto, sempre demonstrar que ele não conhecia Silvino nem nunca o teria contactado, tendo para isso recorrido, por exemplo, à comparação dos registos de chamadas telefónicas de um e de outro. O que o tribunal considerou provado foi que Silvino levou os menores àquela morada para serem alvo de abuso sexual por Carlos Cruz “por contacto não concretamente apurado”, nota Sá Fernandes no recurso. Ao ser condenado com base numa circunstância diferente da que constava na acusação, admitindo-se que a ligação entre Silvino e Cruz se deu “por contacto não concretamente apurado”, o acórdão “é igualmente nulo”, defende o advogado. “É inconstitucional” e violador das garantias de defesa, não ter sido comunicado ao arguido a alteração do dia em que supostamente teria sido cometido o crime, defende Sá Fernandes. No seu entender, o acórdão faz uma “errónea apreciação da prova”, nota, salientando a “completa inconsistência” dos depoimentos dos menores. Para uma apreciação objectiva do processo é necessário, segundo Sá Fernandes, que se conclua no sentido de que os relatos dos ex alunos da Casa Pia “não são plausíveis nem verosímeis, havendo uma baixíssima probabilidade de terem relatado a verdade”O advogado refere ainda que a interpretação do princípio da livre convicção do juiz “é geradora de uma decisão arbitrária que fica submetida ao preconceito de quem julga”, realçando a natureza excessiva da pena aplicada a Carlos Cruz de sete anos de cadeia. O recurso inclui ainda dois pareceres de peritos do Instituto de Medicina Legal, que referem que a observação de um dos queixosos não permite confirmar que foram vítimas de abuso no período considerado na acusação, nem pelos arguidos no processo. Hoje também, pronunciando-se acerca da informação divulgada pela Procuradoria-Geral da República, segundo a qual as questões suscitadas no recurso interposto pelo Ministério Público poderão implicar o agravamento “quer das penas parcelares, quer da pena única” aplicada a Carlos Cruz, o advogado de Carlos Silvino, José Maria Martins, considerou que as notícias divulgadas sobre o assunto resultam de uma “estratégia de intoxicação da opinião pública por parte da defesa de Carlos Cruz”.
REFERÊNCIAS:
Partidos LIVRE
Carnificina de Bagdad pode levar a êxodo de cristãos
Bassam Youssef já decidiu: vai pedir asilo aos EUA tão depressa quanto possível. Não pensava deixar o país, mas depois de ter escapado à carnificina de domingo, numa igreja de Bagdad, que provocou a morte de pelo menos 58 pessoas, 46 das quais fiéis católicos, tomou a decisão de fazer as malas e seguir o caminho de dezenas de milhares de outros crentes - abandonar o Iraque. (...)

Carnificina de Bagdad pode levar a êxodo de cristãos
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-11-10 | Jornal Público
SUMÁRIO: Bassam Youssef já decidiu: vai pedir asilo aos EUA tão depressa quanto possível. Não pensava deixar o país, mas depois de ter escapado à carnificina de domingo, numa igreja de Bagdad, que provocou a morte de pelo menos 58 pessoas, 46 das quais fiéis católicos, tomou a decisão de fazer as malas e seguir o caminho de dezenas de milhares de outros crentes - abandonar o Iraque.
TEXTO: "Agora está decidido, parto. Vou fazer um pedido de asilo aos Estados Unidos o mais depressa possível. Não nos querem neste país que é o meu", disse à AFP este jovem de 21 anos, empregado numa empresa de telemóveis, que anteontem se dirigiu à Igreja Siríaca Católica de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, Sayidat al-Najat, para a missa de domingo. "Um quarto de hora após o início da missa, ouvimos explosões e tiros, depois os terroristas entraram", contou. Bassam disse que um padre foi abatido quando tentava parlamentar com os assaltantes e que o mesmo aconteceu a outro, que fazia o sermão. "Foi o pânico. Os terroristas lançaram uma granada sobre sete pessoas que tentavam escapar. "Fonte da polícia que pediu o anonimato disse à Reuters que os assaltantes, armados de Kalachnikov, granadas e coletes com explosivos, "estavam misturados entre crianças" e que a maior parte das mortes do mais sangrento ataque dos últimos anos contra cristãos foi provocada pelo confronto entre forças de segurança e assaltantes, membros do Estado Islâmico do Iraque, grupo ligado à Al-Qaeda. Os dados divulgados ontem à tarde pelo Ministério do Interior referiam a morte de 46 crentes, na maioria mulheres e crianças, sete membros das forças de segurança e cinco assaltantes. Os feridos serão cerca de 60, duas dezenas dos quais em estado grave. A entrada das forças de segurança na igreja mereceu reparos. O advogado e deputado cristão Younadam Kana disse que por causa da "falta de profissionalismo, e pela apressada acção, muitos inocentes morreram". Mas o Governo defendeu-se, dizendo que não tinha escolha. "Era impossível esperar - os terroristas planeavam matar um elevado número dos nossos irmãos", reagiu o ministro da Defesa, Abdul-Qadr al-Obeidi, citado pela BBC. Os atacantes reivindicavam a libertação dos detidos da Al-Qaeda no Iraque e Egipto e de muçulmanos alegadamente aprisionados em mosteiros pela Igreja Copta do Egipto. Um dos aspectos mal esclarecidos da operação é o envolvimento norte-americano. "Fui libertado por americanos, eles chegaram em primeiro lugar", disse um jovem de 18 anos citado pela AFP. Mas um porta-voz das forças iraquianas, Samir al-Shouaili, afirmou que "nenhum americano" participou na acção. O comando dos EUA disse ter ajudado, mas apenas com conselheiros. No final de Agosto terminou oficialmente a missão de combate norte-americana no Iraque, mas o uso da força está previsto se as autoridades locais pedirem ajuda. Campo de batalhaO interior da igreja do Perpétuo Socorro assemelhava-se ontem, segundo a AFP, a um campo de batalha: o frontão com a frase "Glória a Deus no céu e paz na terra" crivado de balas, um baixo relevo da Virgem danificado por estilhaços, o chão e as paredes com vestígios de sangue e carne. O correspondente da BBC em Badgad dizia que, ao contrário de informações iniciais, que davam conta de uma anterior tentativa para entrar na Bolsa de Bagdad, o verdadeiro objectivo do grupo seria a igreja, referida nas mensagens em que a acção foi reivindicada como "antro sujo de idolatria". O ataque está a ser visto com preocupação pelos cristãos. Desde a invasão de 2003, muitas igrejas foram atacadas e centenas de fiéis mortos. Os cristãos iraquianos, calculados em 800 mil há sete anos, serão hoje apenas 550 mil, segundo a AFP. Os católicos siríacos diminuíram de 60. 000 para 20. 000. O Papa Bento XVI condenou a "violência absurda" e a "ferocidade" contra "pessoas sem defesa". "Rezo pelas vítimas desta violência absurda, cada vez mais feroz, que atinge pessoas sem defesa, reunidas na casa de Deus", disse.
REFERÊNCIAS:
Entidades EUA
Sindicato fala de "perseguição" com contornos "nazis" aos trabalhadores dos impostos
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos (STI) acusou o director-geral de não respeitar a greve que está a decorrer no sector, falando de uma "perseguição" com contornos "nazis". O visado já considerou as acusações "falsas" e "gravíssimas". (...)

Sindicato fala de "perseguição" com contornos "nazis" aos trabalhadores dos impostos
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-11-12 | Jornal Público
SUMÁRIO: O presidente do Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos (STI) acusou o director-geral de não respeitar a greve que está a decorrer no sector, falando de uma "perseguição" com contornos "nazis". O visado já considerou as acusações "falsas" e "gravíssimas".
TEXTO: O presidente do STI, Hélder Ferreira, disse à TSF que o director-geral dos Impostos, Azevedo Pereira, autorizou a abertura de repartições com apenas um funcionário, acrescentando ter conhecimento de que alguns serviços receberam um "fax do director-geral" a "mandar abrir serviços com mulheres da limpeza e trabalhadores auxiliares". "Nunca vi nada assim. Há marcações de reuniões com as chefias e estas são pressionadas para não aderirem às greves. Inclusivamente há pressões para abrir serviços de finanças, que só vão abrir em termos estatísticos, no caso de única e simplesmente haver um funcionário", afirmou Hélder Ferreira. Em reacção, Azevedo Pereira, citado pela mesma rádio, considerou já as acusações "falsas" e "gravíssimas", referindo que o presidente do STI pretende "lançar um estigma sobre a Direcção-Geral dos Impostos". A greve dos funcionários dos impostos tem afectado um distrito por dia, estando a paralisação hoje marcada para o distrito de Lisboa.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave mulheres
Sondagem dá sete pontos de vantagem ao PSD sobre o PS
O Partido Socialista voltou a cair nas intenções de voto. O PS perdeu 5,3 pontos em relação ao mês passado, ficando-se agora pelos 30 por cento, seguindo um sentido contrário ao do PSD, que subiu para 36,9 por cento, de acordo com um estudo realizado pela Eurosondagem para a Rádio Renascença, Expresso e SIC. (...)

Sondagem dá sete pontos de vantagem ao PSD sobre o PS
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-11-12 | Jornal Público
SUMÁRIO: O Partido Socialista voltou a cair nas intenções de voto. O PS perdeu 5,3 pontos em relação ao mês passado, ficando-se agora pelos 30 por cento, seguindo um sentido contrário ao do PSD, que subiu para 36,9 por cento, de acordo com um estudo realizado pela Eurosondagem para a Rádio Renascença, Expresso e SIC.
TEXTO: O mesmo barómetro volta a colocar o CDS-PP como o terceiro maior partido, com uma subida de 1, 3 pontos percentuais para os 9, 3 por cento nas intenções de voto. O Bloco de Esquerda fica muito próximo do CDS-PP, ao subir 1, 4 pontos para os 9, 2 por cento. A CDU regista uma subida de 0, 4 pontos percentuais para os 8, 8 por cento nas intenções de voto. No que diz respeito à popularidade, o Presidente da República, Cavaco Silva, foi o político que mais subiu, mantendo-se na liderança da tabela. O segundo mais popular é o líder comunista, Jerónimo de Sousa, seguido pelo bloquista Francisco Louçã e pelo popular Paulo Portas. Pela negativa destacaram-se os juízes, o Parlamento e o primeiro-ministro, José Sócrates, que viram a sua popularidade cair no último mês. Segue-se o Governo e o líder do PSD, Pedro Passos Coelho que, apesar de se manter à frente de José Sócrates, não está em linha com a subida do seu partido. Ficha técnicaO estudo da Eurosondagem foi realizado entre 4 e 9 de Novembro deste ano à população com mais de 18 anos residente em Portugal continental e que habita em lares com telefone fixo. A amostra foi estratificada por região e aleatória no que diz respeito ao sexo e à faixa etária, de onde resultou 51, 2 por cento de mulheres e 48, 8 por cento de homens com 18/30 anos (19, 5 por cento), 31/59 anos (49, 2) e 60 anos ou mais (31, 3). Ao todo foram validadas 1025 entrevistas telefónicas, com uma taxa de resposta de 79, 1 por cento. Presumiu-se que os 19, 1 por cento dos inquiridos que responderam "Não sabe/Não responde" vão abster-se. O erro máximo da amostra é de 3, 06 por cento, para um grau de probabilidade de 95, 0 por cento.
REFERÊNCIAS:
Políticas públicas passam ao lado do problema dos idosos
Os políticos portugueses "ainda não interiorizaram a gravidade do problema do envelhecimento demográfico". O aviso, directo e sem eufemismos, é do sociólogo Manuel Villaverde Cabral, para quem os apoios à natalidade são a melhor arma para combater o acelerado envelhecimento português, que fez com que, no ano passado, houvesse 118 idosos por cada 100 jovens. (...)

Políticas públicas passam ao lado do problema dos idosos
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-11-15 | Jornal Público
SUMÁRIO: Os políticos portugueses "ainda não interiorizaram a gravidade do problema do envelhecimento demográfico". O aviso, directo e sem eufemismos, é do sociólogo Manuel Villaverde Cabral, para quem os apoios à natalidade são a melhor arma para combater o acelerado envelhecimento português, que fez com que, no ano passado, houvesse 118 idosos por cada 100 jovens.
TEXTO: "O país está com uma taxa de fecundidade de 1, 32 crianças por mulher mas continua a correr atrás do prejuízo, sem fazer nada que antecipe o problema e o faça regredir", reforça o sociólogo, para lembrar que, por estes dias, "os cancros terminais, os problemas cardiovasculares e as doenças do foro neurológico dos dois últimos anos de vida das pessoas já representam metade da despesa no orçamento da Saúde". Antecipando a sua intervenção na conferência Envelhecimento nas Sociedades Contemporâneas: Desafios para a Investigação e Intervenção Social, que se realiza hoje no ISCTE - Instituto Universitário de Lisboa, Villaverde Cabral aponta o exemplo francês, cuja taxa de fecundidade subiu para os 2, 1 filhos por mulher em idade fértil, à força de "uma política de natalidade que contempla medidas como um reforço das creches e incentivos ao trabalho em part-time para as mulheres". Estabelecida que está a relação entre o montante das reformas e a longevidade dos idosos ("quanto mais alta a pensão, maior a longevidade"), o sociólogo do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa defende a introdução de um factor de equidade nas reformas. "As pensões mais altas devem baixar em benefício das mais baixas", sustenta. Para o psicólogo e investigador António Fonseca, outro dos oradores da conferência, "os idosos portugueses são estupidamente sedentários", um problema que se agudiza quanto menor for a escolaridade do idoso. Como entre os actuais idosos "a maior parte tem a escolaridade básica", o investigador não vislumbra que possam envelhecer de forma activa. "Até podem ter-se adaptado ao telemóvel e ao multibanco, mas, se formos ver quem é capaz de usar o computador ou ir à Internet preencher uma declaração de vida, ficamos apavorados com o resultado", sublinha.
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