Cardiologista demitido por assédio sexual a doentes
O Tribunal Central Administrativo Sul (TCAS) indeferiu na passada semana o recurso de um médico do Hospital Santa Marta, em Lisboa, que havia sido condenado à pena de demissão após ter sido dado como provado ser autor de assédio sexual a várias doentes. (...)

Cardiologista demitido por assédio sexual a doentes
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.5
DATA: 2010-10-06 | Jornal Público
SUMÁRIO: O Tribunal Central Administrativo Sul (TCAS) indeferiu na passada semana o recurso de um médico do Hospital Santa Marta, em Lisboa, que havia sido condenado à pena de demissão após ter sido dado como provado ser autor de assédio sexual a várias doentes.
TEXTO: Os crimes de que o médico (assistente hospitalar graduado de cirurgia vascular há mais de 35 anos) é acusado terão ocorrido ao longo dos anos de 2006 e 2008, havendo registo de duas participações por abuso sexual e comportamento abusivo. Em Junho desse último ano a Inspecção-Geral das Actividades em Saúde abriu um processo disciplinar que, mais tarde, haveria de culminar com a pena de demissão. Antes, no entanto, o médico em causa ainda haveria de deduzir um incidente de suspeição relativo à instrutora do processo. Durante os 17 meses que se passaram entre a primeira sentença e a respectiva confirmação, o médico manteve-se em actividade no mesmo hospital. Esse período de tempo, durante o qual nada de anormal terá ocorrido, serviu mesmo para fundamentar o recurso apresentado ao TCAS. O cirurgião, nunca negando as acusações que lhe foram endereçadas, disse que permaneceu ao serviço sem que daí tivessem advindo quaisquer prejuízos, quer para o hospital quer para os doentes. No recurso apresentado pediu ainda para que lhe fosse aplicada a pena de aposentação compulsiva e não a de demissão. Este pedido acabaria por ser rejeitado pelo Ministério da Saúde, que considerou que o dano causado às vítimas, assim como a humilhação (conforme vem explicito no acórdão do TCAS), resultou em prejuízos relevantes para o interesse público. Esta argumentação serviu ainda para diminuir a argumentação de que o médico estaria, na sequência do processo, a ser seriamente afectado em termos económicos. No acórdão há citações de práticas sexuais e de conversas em que são queixosas quatro doentes e uma enfermeira. "A manutenção em funções do A. [conforme é identificado o clínico], médico, num hospital público, a observar e a tratar de doentes, poderá permitir a perpetuação das consultas de que foi acusado, em outros doentes ou colegas", refere ainda o documento, que é assinado por três juízes. O médico em causa terá apalpado os seios das doentes, beijado algumas na boca, mandado despir outras apenas com o intuito de as ver e ter um pretexto para entabular conversas libidinosas e mexido no órgão sexual de pelo menos mais uma. Os magistrados consideram ainda que a argumentação sobre a perda de proventos financeiros, invocada pelo médico para suspender a pena, não pode ser considerada. "Não resulta dos autos que fique com uma grave carência económica e impossibilitado de subsistir economicamente, não sendo dada procedência a esta providência. Diferentemente aufere rendimentos e também presta medicina num consultório", diz o acórdão.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave sexual abuso
Dez anos para revolucionar o tratamento do cancro
A cerimónia de inauguração do novo Centro de Investigação Champalimaud foi ao mesmo tempo solene e descontraída e a ciência foi a convidada de honra. (...)

Dez anos para revolucionar o tratamento do cancro
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-10-06 | Jornal Público
SUMÁRIO: A cerimónia de inauguração do novo Centro de Investigação Champalimaud foi ao mesmo tempo solene e descontraída e a ciência foi a convidada de honra.
TEXTO: Na grande esplanada que se abre entre os dois edifícios principais do complexo da Fundação Champalimaud foi montado um palco. Detrás do pódio, projectado num grande ecrã de vídeo, a imagem de António Champalimaud olha sorridente para as centenas de convidados aqui reunidos. Debaixo de um toldo instalado para a ocasião, políticos, membros do Governo, cientistas, médicos, personalidades várias nacionais e internacionais conversam enquanto aguardam que o Presidente da República acabe a visita às instalações, feita em pequena comitiva. Muitos homens de fato escuro e gravata, muitas mulheres elegantemente vestidas, mas também alguns jovens de indumentária mais informal (talvez os mais jovens investigadores do futuro centro). Olhando para a esquerda, vê-se o edifício onde trabalharão cientistas e médicos em duas áreas, o cancro e as neurociências. A investigação do cancro privilegiará a aplicação clínica dos resultados - o Centro do Cancro inclui aliás um hospital de dia - enquanto a das neurociências será mais virada para a investigação básica. Ambas coabitarão aqui mais do que imbricadas, com cientistas e médicos a partilharem equipamentos e recursos. A interligação entre o hospital e a investigação também será muito próxima, numa abordagem considerada única no mundo. À direita, há mais duas estruturas: o edifício que albergará não só a própria fundação, mas também um restaurante, um auditório e uma área de exposições (abertos ao público, como acontece com mais de 50 por cento do espaço agora inaugurado). Já mais junto ao rio, um anfiteatro ao ar livre, também acessível a todos. Escrito com marcadorFinalmente, está tudo a postos. Os convidados sentam-se. De repente soa a música, acompanhada no ecrã por uma rápida sucessão de imagens que mostram, em poucos segundos, como o novo Centro Champalimaud de Investigação surgiu na zona ribeirinha de Pedrouços, em Lisboa, ao longo de 723 dias, culminando na cerimónia que teve ontem lugar, integrada nas comemorações do centenário da República. O ecrã abre-se ao meio e aparecem em primeiro plano duas altas colunas de betão e um espelho de água. A água parece fluir para o rio, onde uma réplica de uma caravela flutua tranquilamente com as suas velas içadas. Leonor Beleza, presidente da fundação, levanta-se e, pegando num marcador gigante que alguém lhe dá, dirige-se para uma das colunas, sobe para um pequeno escadote e escreve: "Este centro foi inaugurado por Sua Excelência o Presidente da República, Prof. Doutor Aníbal Cavaco Silva. (Aqui, pede outro marcador, acabou-se a tinta do primeiro). 5 de Outubro de 2010". E assina o seu nome por baixo desta versão pós-moderna da proverbial placa comemorativa. Ouve-se o Ave Maria e é a vez do cardeal patriarca de Lisboa, José Policarpo, proceder à bênção do edifício, completa com leitura de um excerto dos evangelhos por Leonor Beleza (alguém ao nosso lado diz baixinho: "Parece uma missa!). No fim, ámen e sinais da cruz dos convidados em pé (com excepções). Seguem-se discursos oficiais, onde Leonor Beleza realça em particular que este espaço está destinado "ao contacto intenso entre a ciência e o público" e onde Maria Luísa Champalimaud (sem dúvida a pessoa mais bem vestida da assistência), filha de António Champalimaud, declara, com visível emoção, ser o seu voto "que deste centro saiam resultados para o bem da Humanidade". "A beleza é terapêutica"
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Partidos LIVRE
Terceira viatura terá causado acidente
O acidente que esta manhã causou quatro mortos e dez feridos ligeiros terá sido provocado pelo despiste de uma terceira viatura, cujos ocupantes não sofreram qualquer ferimento. O Itinerário Principal n.º 4 (IP 4) deverá reabrir antes das 14h00. (...)

Terceira viatura terá causado acidente
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-10-09 | Jornal Público
SUMÁRIO: O acidente que esta manhã causou quatro mortos e dez feridos ligeiros terá sido provocado pelo despiste de uma terceira viatura, cujos ocupantes não sofreram qualquer ferimento. O Itinerário Principal n.º 4 (IP 4) deverá reabrir antes das 14h00.
TEXTO: Está confirmado que o choque mortal, em Vila Real, foi causado por uma terceira viatura, conforme já admitira ao PÚBLICO o comandante dos Bombeiros da Cruz Branca, Álvaro Ribeiro. Segundo declarações de um responsável da GNR, à RTP, essa viatura, que seguia no sentido Vila Real – Amarante, despistou-se ao ultrapassar o autocarro da Câmara Municipal de Vila Real, e terá embatido no Skoda que circulava em sentido contrário, causando o choque frontal deste com o autocarro que transportava a equipa de futebol juvenil do Abambres Sport Clube. Do choque resultou a morte dos quatro ocupantes do Skoda – dois homens e duas mulheres -, e ferimentos leves em dez passageiros do autocarro. Após a recolha de indícios indispensáveis ao esclarecimento do acidente, pela GNR, neste momento, as viaturas estão a ser retiradas do local, seguindo-se a limpeza do piso. A expectativa é que o IP 4 possa reabrir antes das 14h00.
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Entidades GNR
Mineiros regressam à realidade depois da salvação
Um por um, hora a hora, num processo metódico que terminou hoje ao início da madrugada, os 33 novos heróis do Chile abandonaram a húmida e insalubre prisão de granito a 700 metros de profundidade onde sobreviveram nos últimos 69 dias. (...)

Mineiros regressam à realidade depois da salvação
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-10-14 | Jornal Público
SUMÁRIO: Um por um, hora a hora, num processo metódico que terminou hoje ao início da madrugada, os 33 novos heróis do Chile abandonaram a húmida e insalubre prisão de granito a 700 metros de profundidade onde sobreviveram nos últimos 69 dias.
TEXTO: Uma cápsula metálica com o formato de um míssil e a largura de uma roda de bicicleta, a Fénix, mergulhou mais de 40 vezes até ao interior da terra para trazer de volta à superfície os 33 mineiros soterrados na mina de ouro e cobre de San José durante dois meses. Sãos e salvos, barbeados, sorridentes, numa espantosa condição física e impressionante estado de espírito, tendo em conta o pesadelo que viveram. O dia 5 de Agosto foi a última vez que viram a paisagem do deserto de Atacama, o impressionante cenário de uma saga absolutamente inédita que prendeu as atenções de todo o mundo. Nunca na história alguém resistiu tanto tempo em situação tão extrema. Os homens ficaram presos quando um muro de sustentação ruiu, atirando 700 toneladas de rocha para cima da galeria onde trabalhavam. O regresso à superfície não estava isento de riscos: a ascensão das profundezas sombrias e escaldantes da mina implicava um esforço de descompressão e um reajustamento térmico que podia deixar qualquer um em choque. À chegada, os homens foram submetidos a um exame médico preliminar num hospital de campanha. Nenhum deles exibiu sintomas preocupantes, informou o ministro da Saúde chileno, Jaime Manalich. Mas estão sob observação, internados no hospital da cidade de Copiapó por pelo menos 48 horas. O pior, avisaram todos os especialistas, está para vir. Stress pós-traumático, pesadelos, alucinações, irritabilidade, depressão, os técnicos de saúde mental enumeraram uma série de maleitas que podem pairar no seu futuro. Inevitavelmente, alertavam, a euforia esmorecerá, e é possível que no seu lugar surja o desespero. A normalidade, diziam, é um conceito que estes homens não deverão voltar a conhecer. Pela televisão, o Chile e o resto do mundo puderam ver os homens escapar do seu involuntário cativeiro - pálidos, gratos e felizes. Florencio Avalos, o primeiro a escapar, fora o narrador dos vídeos que transformaram os mineiros numa sensação mundial. "Acabou. Acabou finalmente", balbuciou. O sindicalista que veio em segundo, Mário Sepúlveda, foi o mais efusivo: saltou da Fénix carregado com uma saca de pedras, que imediatamente começou a distribuir pelas equipas envolvidas no resgate. "Estive com Deus e o diabo. Agarrei-me à melhor mão", contou. Juan Ilanes Palma levantou os braços ao céu; Mário Gomez, o mais velho do grupo, ajoelhou-se a rezar - um gesto repetido por tantos outros companheiros, Alex Vega, Omar Reygadas, Esteban Rojas. . . As mulheres e filhos abraçavam-nos por segundos, sob o olhar emocionado dos dirigentes políticos e do pessoal técnico. O sucesso e alegria do dia do salvamento esconderam temporariamente a realidade bem menos efusiva que os espera. Os mineiros soterrados juntaram-se numa acção judicial contra o Governo chileno, ao qual pedem responsabilidades pelas frágeis condições de segurança na mina, cuja laboração fora suspensa por duas vezes na sequência de outros acidentes. "Não nos tratem como artistas, tratem-nos como mineiros", pediu Sepúlveda, que não esperou nem um minuto para exigir reformas na regulação e supervisão da indústria e nas condições de trabalho dos mineiros. "Estou contente por ter chegado este momento, mas este país deve entender que são precisas mudanças no mundo laboral", declarou. Os seus colegas, que conseguiram escapar da mina no dia do desastre, enfrentam um futuro tão ou mais incerto do que o dele. Impedidos de trabalhar há mais de dois meses, estes mineiros não terão acesso às indemnizações que garantem a subsistência financeira dos 33 mineiros soterrados.
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Palavras-chave homens mulheres cativeiro
Laurence Golborne, ministro das Minas, o 34º herói
O ministro das Minas do Chile, Laurence Golborne, estava no Equador quando soube do desastre na mina centenária de San José, no deserto de Atacama. A princípio hesitou se deveria viajar para o local. (...)

Laurence Golborne, ministro das Minas, o 34º herói
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-10-14 | Jornal Público
SUMÁRIO: O ministro das Minas do Chile, Laurence Golborne, estava no Equador quando soube do desastre na mina centenária de San José, no deserto de Atacama. A princípio hesitou se deveria viajar para o local.
TEXTO: Inesperadamente, este engenheiro civil industrial de 49 anos, pai de seis filhos, agnóstico, que nunca teve militância política e que chegou ao Governo depois de uma carreira de gestor e empresário, deu por si a liderar o processo de resgate. "Se vejo que posso apanhar a bola e marcar um golo, não vou deixar de rematar à baliza", comparou. Golborne diz que não suportou o "nível de desespero horrível" dos familiares que não sabiam se os mineiros estavam vivos ou mortos debaixo da terra. Pediu poderes ao Presidente e obteve carta branca. Inteirou-se da complexidade técnica da operação, reuniu especialistas e maquinaria, aceitou responder pessoalmente pelo processo. Nas suas aparições soube gerir as expectativas, fazendo claros pontos de situação, falando com prudência, seriedade e optimismo. As mulheres e filhos dos 33 homens soterrados, e aqueles que se envolveram nos trabalhos de resgate, consideram-no parte da família. No Campo Esperança, enchem-no de beijos cada vez que o vêem. "Gosto quando as senhoras me vêm abraçar e beijar. Não me importo nada com isso", confessava ao diário El Mercúrio. A popularidade de Golborne, que era o ministro menos conhecido do Governo, disparou para uns impressionantes 87 por cento. O seu sucesso alimenta todo o tipo de especulações sobre um futuro político ainda mais triunfal: uma candidatura presidencial já é dada como inevitável.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave homens campo mulheres
Queixa contra PGR no Supremo distribuída ao conselheiro Maia Costa
O processo relativo à queixa crime apresentada contra o procurador-geral da República foi, hoje, distribuído no Supremo Tribunal de Justiça (STJ) ao juiz conselheiro Eduardo Maia Costa, da terceira secção criminal. (...)

Queixa contra PGR no Supremo distribuída ao conselheiro Maia Costa
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento -0.3
DATA: 2010-10-14 | Jornal Público
SUMÁRIO: O processo relativo à queixa crime apresentada contra o procurador-geral da República foi, hoje, distribuído no Supremo Tribunal de Justiça (STJ) ao juiz conselheiro Eduardo Maia Costa, da terceira secção criminal.
TEXTO: Compete agora a este magistrado decidir se o PGR cometeu o crime de denegação de justiça de que é acusado. A queixa foi apresentada pelo procurador geral adjunto Carlos Alberto dos Santos Monteiro que diz que Pinto Monteiro se recusou a dar sequência a um requerimento para avançar com um processo-crime contra o vice procurador geral, Mário Gomes Dias, pela alegada prática dos crimes de abuso de poder e de usurpação de funções. Santos Monteiro acusa também o secretário da procuradoria-geral, Carlos Sousa Mendes, por ter continuado a processar o vencimento a Gomes Dias ilegalmente, desviando “fundos do orçamento”. O conselheiro Maia Costa escreve habitualmente no blogue "Sine Die" onde, no passado dia 12 de Setembro, assinou um texto intitulado “Os poderes da rainha de Inglaterra” em que se referia ao PGR com ironia. “Já no final do seu reinado, súbita e inesperadamente, a rainha de Inglaterra queixa-se de falta de poderes”, afirmava acerca da polémica provocada pelas afirmações de Pinto Monteiro numa entrevista a um jornal diário, em que afirmava ter os mesmos poderes da Rainha de Inglaterra. “Há muitos súbditos que estranham esta atitude”, ironiza o conselheiro. “Acham que é tarde para o fazer e que, de qualquer forma, tendo obrigação de saber os poderes que tinha, não deveria ter aceitado a coroação”. E salienta : “Mas ela não desiste. Reuniu os seus cortesãos em conselho para deles obter o necessário aval (embora não deixe de ser humilhante para uma rainha ter de os consultar. . . )”. “O pior”, prossegue, “ é que não obteve o esperado apoio. Nesta primeira ronda (ela vai insistir) eles mostraram-se renitentes e não deixaram mesmo de lhe dar alguns "recados" (ao que nós chegámos. . . ). Vamos esperar pela segunda ronda, que promete. . . ”, escreve Maia Costa.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave crime rainha abuso
Doze figuras públicas recordam as escolas onde estudaram
Personalidades ligadas às artes, ao desporto, à moda ou à política recordam as escolas onde estudaram e trazem para o presente essas memórias. (...)

Doze figuras públicas recordam as escolas onde estudaram
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-10-15 | Jornal Público
SUMÁRIO: Personalidades ligadas às artes, ao desporto, à moda ou à política recordam as escolas onde estudaram e trazem para o presente essas memórias.
TEXTO: Paula Rego Pintora, 75 anos St. Julians School, Carcavelos Ranking: sem dadosOriunda de uma família ligada às culturas inglesa e francesa, Paula Rego estudou na St. Julian’s School, em Carcavelos. “Tudo o que me aconteceu mais tarde na vida começou naquela escola”, afirma a pintora, que se instalou definitivamente em Londres em 1976. Lembra-se de ter pintado muito enquanto frequentou a St. Julian’s e de dois professores, Miss Turnbull e Mr. Sarsfield, que a “prepararam para o futuro”, dando-lhe “uma mistura de disciplina e liberdade nas aulas de arte”. Tem saudades sim: dos rapazes. valter hugo mãe Escritor, 39 anosEscola Secundária José Régio, Vila do Conde Ranking do básico: 1104. º lugar Ranking do secundário: 271. º lugarvalter hugo mãe frequentou a secundária José Régio quando foi viver para Vila do Conde, em 1981. Parecia-lhe enorme, recorda. “Havia gente que não se misturava e locais precisos onde estavam uns e não podiam estar outros”. Destes tempos, não guarda boas recordações. “Detestei o liceu”, admite, explicando que a escola não apoiava os alunos com tendência para as letras. “Escrevia desalmadamente poemas, mas nenhum professor se apercebeu”. Apesar de não lhe ter trazido “nada de muito valioso”, tem saudades dos colegas e das brincadeiras nos intervalos. Camané Fadista, 43 anosEscola Secundária Sebastião e Silva, Oeiras Ranking do secundário: 64. º lugarFoi durante o secundário que Camané descobriu a sua vocação: o fado. Mas ninguém o sabia. “Na altura, a maioria dos meus amigos não se identificava com este tipo de música”, explica. A reacção de uma professora confortou-o na ideia de que devia manter em segredo a sua decisão de ser fadista. “Fui gozado por uma professora ao ter revelado que cantava fado”, conta Camané, que lançou recentemente o álbum “Do Amor e dos Dias”. Recorda “os primeiros namoros, os amigos e o convívio, o descobrir de muita música e ouvi-la em conjunto com eles e, claro, as grandes futeboladas”. Ana Maria Magalhães Escritora, 64 anosColégio do Sagrado Coração de Maria, Lisboa Ranking do básico: 33. º lugar Ranking do secundário: 3. º lugar“Era uma escola de ambiente agradável, mas de grande exigência”, frisa Ana Maria Magalhães, referindo-se ao Colégio do Sagrado Coração de Maria, em Lisboa. A co-autora da colecção Uma Aventura considera ter aprendido numa atmosfera de boa-disposição e, ao mesmo tempo, de exigência e estímulo. “As alunas eram motivadas a conseguir as melhores notas possíveis”. Então, apenas raparigas frequentavam o colégio. “Os rapazes não podiam sequer aproximar-se do portão”. Apesar da atenção que as professoras, algumas eram freiras, dedicavam às alunas, a relação era distanciada. “Nesse tempo, achávamos que assim é que estava bem”. Carlos Sousa Piloto de automobilismo de todo-o-terreno, 44 anosEB 2, 3 D. Nuno Álvares Pereira, Tomar Ranking do básico: 1006. º lugar“Um colégio interno é sempre uma escola com mais disciplina”, afirma Carlos Sousa. E o Colégio Nun’Álvares não é, segundo o piloto, excepção à regra. “Era uma escola muito rígida”, relembra, dizendo que os métodos de estudo eram muito rigorosos e a relação entre professores e alunos distanciada. “Vivia muito bem com a disciplina e a parte rigorosa não me incomodava”, sublinha. Os dias eram dedicados às aulas e ao estudo, mas havia algum espaço para a camaradagem e para as brincadeiras com colegas. Em 1984 passou a ser uma escola oficial.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave escola estudo
Piñera: "Fomos buscá-los ao fundo da mina como se fossem os nossos filhos"
Presidente do Chile recordou em Lisboa o resgate "que tocou o coração do mundo". Já voltaram para casa 31 mineiros. (...)

Piñera: "Fomos buscá-los ao fundo da mina como se fossem os nossos filhos"
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento -0.25
DATA: 2010-10-17 | Jornal Público
SUMÁRIO: Presidente do Chile recordou em Lisboa o resgate "que tocou o coração do mundo". Já voltaram para casa 31 mineiros.
TEXTO: No dia em que a maioria dos mineiros resgatados no Chile voltou para casa, o Presidente chileno, Sebastián Piñera, passou por Lisboa, a caminho de Londres. Recordou as horas que "tocaram o coração do mundo inteiro". E quando os jornalistas lhe perguntaram se a sua popularidade não foi também resgatada, respondeu que o Governo fez o que tinha de ser feito. "Fomos buscá-los ao fundo da mina como se fossem os nossos filhos. "Piñera chegou à Europa para uma visita oficial que passará pelo Reino Unido, Alemanha e França, mas na memória trouxe duas imagens: A cápsula Fénix a chegar pela primeira vez das profundezas e o regresso à superfície do mineiro Luis Urzúa, o último a ser resgatado, "um filho de um militante do PC que fez debaixo da mina o que era preciso fazer". Urzúa, cujo pai comunista foi assassinado pela ditadura de Pinochet, entregou o seu turno ao Presidente. "Eu disse-lhe que tinha sido um bom chefe", recordou Piñera. Antes de chegar à Europa, o Presidente chileno já tinha dito numa entrevista ao Times que "o Chile será recordado e reconhecido não por Pinochet, mas como um exemplo de unidade, liderança e coragem". Piñera considerou que o resgate dos mineiros foi "uma experiência inspiradora" e recordou que foi usada "a melhor tecnologia e, mais importante, as melhores equipas de homens". Sobre o que irá mudar no país, garantiu que foi já desenhada uma reforma da legislação laboral. "Nada pode assegurar que não venha a acontecer um acidente. Mas eu posso assegurar que nenhuma mina voltará a funcionar com as condições que tinha a mina de San José. "Ontem voltaram para casa mais 28 dos 33 mineiros resgatados na quarta-feira, depois de dois meses soterrados a mais de 600 metros de profundidade. Dois continuam internados, um devido a uma infecção na boca e outro por causa do seu estado recorrente de vertigens que o impede de se manter em equilíbrio e andar. Um dos que regressou, Victor Segovia, contou aos jornalistas que estava tão nervoso na altura do resgate que até se esqueceu no fundo da mina do diário que tinha andado a escrever durante todos aqueles dias. Ainda houve tempo para pedir a um companheiro para lho trazer. "Escrever aquele livro salvou a minha vida. "Yonni Barrios, a quem chamam "o enfermeiro" por ter sido ele a vacinar todos os mineiros contra o tétano, tinha duas festas à sua espera. Na casa da mulher com quem ainda é casado, Marta Salinas, foi preparado um churrasco para comemorar, enquanto a companheira com quem vive há dois anos, Susana Valenzuela, recebeu-o com bandeiras, balões e faixas: "Este mineiro é meu" e "Amo-te meu Tarzan, bem-vindo a casa com a tua Jane". "Ainda é difícil festejar", disse Barrios à AFP, em voz baixa. "Muitas vezes perdi a esperança, mas tinha sempre uma razão para viver e ela era a minha razão", disse, voltando-se para Susana. O mineiro Ariel Ticona, de 29 anos, foi pai de uma menina e chamou-lhe Esperanza. Durante a festa que lhe prepararam, confessou aos jornalistas: "Aprendi a valorizar mais o tempo que dedico à família. "Apesar de terem regressado a casa, vários mineiros estão ainda bastante frágeis. O ministro da Saúde, Jaime Mañalich, disse ontem que alguns mostram sinais de desorientação. Por isso foi cancelada a celebração que chegou a estar prevista para hoje no acampamento Esperança, onde os familiares aguardaram pelo resgate. O psicólogo Alberto Iturra, que acompanhou os mineiros, disse que "não é boa ideia voltar à mina tão cedo". Também o ministro das Minas, Laurence Golborn, pediu um abrandamento do "assédio" aos mineiros, transformados em estrelas desde que saíram da cápsula Fénix. "Eles precisam de descanso, um tempo de adaptação, um tempo com as famílias. "
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave homens filho mulher assédio
Operação policial no Porto termina com 51 detenções e onze contra-ordenações
Uma operação policial “de grande envergadura” desenvolvida a noite passada pela PSP do Porto resultou na detenção de 51 pessoas e em onze contra-ordenações a estabelecimentos de diversão nocturna, anunciou hoje a Polícia. (...)

Operação policial no Porto termina com 51 detenções e onze contra-ordenações
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-10-17 | Jornal Público
SUMÁRIO: Uma operação policial “de grande envergadura” desenvolvida a noite passada pela PSP do Porto resultou na detenção de 51 pessoas e em onze contra-ordenações a estabelecimentos de diversão nocturna, anunciou hoje a Polícia.
TEXTO: A operação de prevenção e do combate à criminalidade decorreu entre as 19h00 de ontem e as 07h00 de hoje, tendo envolvido efectivos de todas as direcções do comando metropolitano, informou a PSP em comunicado. O resultado foram 51 indivíduos detidos, 33 dos quais por condução sob o efeito de álcool, um por tráfico de estupefacientes, seis por falta de habilitação legal para conduzir, três por desobediência, cinco por permanência ilegal em Portugal, dois por mandado de detenção e um por agressão a agente. No âmbito da fiscalização efectuada a vários estabelecimentos de diversão nocturna, a PSP diz terem ainda sido identificadas 27 mulheres por permanência ilegal em território nacional, das quais cinco foram detidas e as restantes notificadas para regularização da respectiva situação. Também detido foi um homem de 47 anos de idade, vendedor e residente em Gondomar, “em cumprimento de mandado de detenção por se encontrar evadido de estabelecimento prisional”. Da operação da PSP do Porto resultaram ainda onze autos de notícia por contra-ordenação “relativos a infracções relacionadas com a legislação que regula o funcionamento destes estabelecimentos”. Do balanço da operação constam também 173 infracções ao Código da Estrada e demais legislação rodoviária, com a identificação de 1018 condutores, 438 dos quais foram submetidos ao teste de alcoolemia. Foi ainda apreendida cocaína suficiente para cerca de 80 doses individuais, para além de três automóveis, duas máquinas de jogos de fortuna e azar e 27 CD de áudio. Segundo a PSP, os detidos relacionados com a condução sob o efeito de álcool e condução ilegal foram notificados para comparecerem junto da autoridade judiciária, enquanto os restantes detidos serão presentes junto dos respectivos tribunais.
REFERÊNCIAS:
Entidades PSP
Segundo Plano Nacional Contra o Tráfico de Seres Humanos é apresentado hoje para consulta pública
O II Plano Nacional Contra o Tráfico de Seres Humanos (PNCTSH), que tem como objectivo contribuir para a erradicação do fenómeno em Portugal, vai ser hoje apresentado publicamente para consulta pública. (...)

Segundo Plano Nacional Contra o Tráfico de Seres Humanos é apresentado hoje para consulta pública
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-10-18 | Jornal Público
SUMÁRIO: O II Plano Nacional Contra o Tráfico de Seres Humanos (PNCTSH), que tem como objectivo contribuir para a erradicação do fenómeno em Portugal, vai ser hoje apresentado publicamente para consulta pública.
TEXTO: Segundo uma nota da Presidência do Conselho de Ministros, o II PNCTSH constitui um “instrumento fundamental na afirmação dos direitos humanos e das liberdades individuais e tem como principal objectivo contribuir para a erradicação do tráfico de seres humanos em Portugal através do estabelecimento de um quadro integrado e multidisciplinar de políticas”. O II PNCTSH consolida as estratégias desenvolvidas no I Plano, que permitiu a criação de um centro de acolhimento e protecção e do Observatório Contra o Tráfico de Seres Humanos. “Continuar o combate aos estereótipos de género no âmbito da defesa dos direitos humanos” e “reflectir sobre as diferentes realidades que caracterizam o tráfico de seres humanos, nomeadamente no que se refere ao tráfico para fins de exploração sexual e para fins de exploração laboral, na perspectiva de país de destino, de trânsito e de origem”, são algumas das orientações estratégicas do II Plano. O documento, que vai entrar em consulta pública, privilegia também “a construção de um acervo de medidas operacionais nas diferentes áreas estratégicas”, designadamente “conhecer, sensibilizar, prevenir, formar, proteger, assistir, investigar criminalmente e cooperar internacionalmente”. De acordo com a Presidência do Conselho de Ministros, o I PNCTSH contribuiu de “forma assinalável para o despertar da opinião pública e do poder político para a realidade do tráfico de seres humanos”. Segundo a "United Nations Office on Drugs and Crime" (UNODC), mais de 2, 4 milhões de pessoas são vítimas de tráfico para fins comerciais. Um relatório elaborado no âmbito da Iniciativa Global Contra o Tráfico de Seres Humanos das Nações Unidas indica que a exploração sexual assume-se como a forma mais relatada de tráfico, com 79 por cento dos casos, registando o tráfico para fins de exploração laboral 18 por cento das situações identificadas. As mulheres e as crianças são as principais vítimas do tráfico. No âmbito do Dia Europeu de Combate ao Tráfico de Seres Humanos, que se assinala hoje, será também apresentada uma campanha nacional cujo anúncio publicitário tem origem no filme do realizador José Carlos Oliveira intitulado “Quero ser uma Estrela” e com um argumentado centrado no tráfico de seres humanos. O ministro da Administração Interna, Rui Pereira, e a secretária de Estado da Igualdade, Elza Pais, presidem à apresentação do II Plano Nacional Contra o Tráfico de Seres Humanos.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave crime direitos humanos igualdade género sexual mulheres