Acusação pede 25 anos de prisão para Omar Kadhr
A acusação pediu 25 anos suplementares de prisão para um jovem canadiano, Omar Khadr, detido nos últimos oito anos na prisão de Guantánamo, e que em tribunal militar se declarou culpado de crimes de guerra e da morte de um norte-americano no Afeganistão, em 2002, quando tinha 15 anos. (...)

Acusação pede 25 anos de prisão para Omar Kadhr
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-10-31 | Jornal Público
SUMÁRIO: A acusação pediu 25 anos suplementares de prisão para um jovem canadiano, Omar Khadr, detido nos últimos oito anos na prisão de Guantánamo, e que em tribunal militar se declarou culpado de crimes de guerra e da morte de um norte-americano no Afeganistão, em 2002, quando tinha 15 anos.
TEXTO: “A vossa condenação enviará uma mensagem à Al-Qaeda e a todos os que têm como objectivo matar americanos e semear o caos no mundo”, disse o procurador Jeffrey Groharing, citado pelas agências noticiosas. O julgamento do filho de um colaborador próximo de Bin-Laden decorreu nos últimos dias na base norte-americana em Cuba e o júri retirou-se ontem à tarde para deliberar, depois de ter ouvido as alegações finais: o procurador apelou a “não menos de 25 anos de prisão suplementares”, a defesa pediu dez, incluindo os oito já passados na cadeia. Khadr cumprirá a menor de duas penas — ou a decidida pelo júri, ou a prevista num acordo que assinou no início da semana passada, de que os sete jurados militares, três dos quais mulheres, não têm conhecimento. Segundo a imprensa, o acordo prevê mais oito anos de prisão, um em Guantánamo e os outros no Canadá. O procurador alegou que a prisão perpétua é a pena máxima para cada um dos cinco crimes de que Khadr é acusado — da morte do sargento enfermeiro Christopher Speer, 28 anos, contra o qual lançou uma granada, a conspiração, apoio ao terrorismo e espionagem. Mas pediu 25 anos, tendo em conta as atenuantes. O advogado de defesa, tenente-coronel Jon Jackson, invocou a idade de Kadr à época e a “influência do pai”. “Foi uma criança com um mau pai”, disse, segundo a agência AP. Uma carta enviada ao tribunal por um responsável das Nações Unidas pediu a absolvição, atendendo ao facto de se tratar de uma “criança-soldado”.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave morte filho tribunal prisão criança mulheres
Adolescente de Guantánamo condenado a 40 anos de prisão
O júri do tribunal militar em que foi julgado o jovem canadiano Omar Khadr, acusado entre outras coisas de ter morto um soldado americano em batalha no Afeganistão, quando tinha 15 anos, condenou-o a 40 anos de prisão. Mas Khadr, que desde então está em Guantánamo, não terá de cumprir esta pena, devido a um acordo judicial. (...)

Adolescente de Guantánamo condenado a 40 anos de prisão
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-11-01 | Jornal Público
SUMÁRIO: O júri do tribunal militar em que foi julgado o jovem canadiano Omar Khadr, acusado entre outras coisas de ter morto um soldado americano em batalha no Afeganistão, quando tinha 15 anos, condenou-o a 40 anos de prisão. Mas Khadr, que desde então está em Guantánamo, não terá de cumprir esta pena, devido a um acordo judicial.
TEXTO: A acusação tinha pedido apenas 25 anos de prisão, enquanto a defesa deste tribunal — que não é exactamente um tribunal normal, é um tribunal de excepção — tinha pedido dez anos. Khadr, que passou oito anos preso, desde que foi capturado, (hoje tem 24 anos), deu-se como culpado de todas as acusações que lhe são feitas e assinou um acordo com a acusação na semana passada, de que os sete jurados militares, três dos quais mulheres, não tinham conhecimento. Este levá-lo-ia a cumprir a menor de duas penas: ou a decidida pelo júri, ou a prevista no acordo. Segundo a imprensa, o acordo prevê nunca mais que outros oito anos de prisão, um em Guantánamo e os outros no Canadá — embora a sua transferência para o país dependa da vontade do Governo de Otava. Khadr é a primeira pessoa desde a Segunda Guerra Mundial a ser julgada num tribunal de crimes de guerra por crimes cometidos enquanto adolescente.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave guerra tribunal prisão adolescente mulheres
Mais de 50 mortos no ataque a igreja católica em Bagdad
O número de mortos no sequestro e resgate de reféns numa igreja católica em Bagdad, no domingo à tarde, subiu para cima de 50, mas ainda não está apurado com rigor. (...)

Mais de 50 mortos no ataque a igreja católica em Bagdad
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.099
DATA: 2010-11-01 | Jornal Público
SUMÁRIO: O número de mortos no sequestro e resgate de reféns numa igreja católica em Bagdad, no domingo à tarde, subiu para cima de 50, mas ainda não está apurado com rigor.
TEXTO: No seu último balanço, o ministério do Interior quantificou em 52 o número de crentes e elementos das forças segurança mortos e referiu que seis atacantes foram abatidos num ataque já reivindicado pela Al-Qaeda. No total os mortos seriam 58. Os feridos são, segundo a mesma fonte, 67. O Ministério do Interior não especificou o número de fiéis católicos e operacionais mortos - "não distinguimos entre membros das forças de segurança e civis, são todos iraquianos", disse Kamal -, mas uma fonte episcopal citada pela AFP quantifica em 42 o número de crentes que morreram, entre os quais dois padres. A agência escreveu que foram também mortos sete membros dos serviços de segurança e cinco assaltantes, o que elevaria o número total de vítimas mortais para 54. O sequestro, ocorrido na Igreja Siríaca Católica de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, Sayidat al-Najat, é já um dos mais devastadores cometidos contra cristãos em território iraquiano. O ataque foi reivindicado por um grupo muito próximo da Al-Qaeda, que exigiu a libertação dos seus elementos detidos no Egipto, segundo o Site, o centro norte-americano de vigilância de sites islamistas. Um responsável do Ministério do Interior do Iraque adiantou à agência AFP, sob condição de anonimato, quando o número de reféns mortos estava quantificado em 37, que cinco deles eram mulheres e sete crianças, e que ficaram feridas 56 outras pessoas, entre elas dez mulheres e oito menores. As informações sobre o número de fiéis que se encontravam no interior da igreja também tem variado entre as escassas dezenas, inicialmente, e mais de uma centena, segundo os dados mais recentes. O bispo caldeu de Bagdad, Shlimoune Wardouni, disse à AFP que os atacantes reclamavam a “libertação de terroristas no Iraque e no Egipto”. Por sua vez, a televisão Al-Baghdadiya, citada pela Reuters, informou ter recebido um telefonema de um homem que se identificou como um dos atacantes e que o grupo reclamava a libertação de todos os prisioneiros da Al-Qaeda nos dois países. Os atacantes, disse, pertenciam ao Estado Islâmico do Iraque, organização da órbita da Al-Qaeda. Já esta madrugada, a AFP noticiou que a Al-Qaeda reivindicava o ataque, e que ameaçava também os cristãos no Egipto. Fonte do Ministério do Interior indicou que os atacantes entraram no templo depois de terem morto dois guardas que protegiam a Bolsa de Bagdad, situada nas imediações. Terá sido por não terem conseguido entrar nesse edifício que, face à chegada de forças de segurança, se dirigiram à igreja, acrescentou. O resgate foi executado por forças iraquianas, mas algumas fontes referem a participação americana. O Papa Bento XVI condenou a "violência absurda" e a "ferocidade" contra as "pessoas sem defesa" no Iraque. "Rezo pelas vítimas desta violência absurda, cada vez mais feroz, que atinge pessoas sem defesa, reunidas na casa de Deus, que é um lugar de amor e de reconciliação", disse. "Face aos atrozes episódios de violência qie continuam a atingir as populações do Médio Oriente quero renovar o meu apelo à paz", acrescentou. Actualizado às 16h10
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave violência ataque homem mulheres morto
Autoridades iranianas dão ordem para executar Ashtiani nas próximas horas
A execução por apedrejamento de Sakineh Ashtiani, a mulher condenada no Irão pelos crimes de adultério e, depois, cumplicidade em homicídio, deve realizar-se nas próximas horas, até à manhã de amanhã, denuncia hoje o Comité Internacional contra a Lapidação. (...)

Autoridades iranianas dão ordem para executar Ashtiani nas próximas horas
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento -0.1
DATA: 2010-11-02 | Jornal Público
SUMÁRIO: A execução por apedrejamento de Sakineh Ashtiani, a mulher condenada no Irão pelos crimes de adultério e, depois, cumplicidade em homicídio, deve realizar-se nas próximas horas, até à manhã de amanhã, denuncia hoje o Comité Internacional contra a Lapidação.
TEXTO: A organização sustenta ter recebido informações ontem – ainda não confirmadas por outra fonte – de que as autoridades judiciais em Teerão emitiram já a ordem para a prisão de Tabriz, onde Ashtiani está detida há cinco anos, para avançar com a execução. Ainda segundo o Comité, o tribunal encarregue do caso conclui a investigação com o parecer de que “de acordo com as provas apresentadas, a culpa [da arguida] foi demonstrada”. Sakineh Ashtiani, de 43 anos e mãe de dois filhos, foi condenada originalmente em 2006 por adultério, tendo então sido submetida a 99 chicotadas. Dois anos mais tarde, um outro tribunal, durante a análise de um outro caso, sentenciou-a à lapidação, com a arguida a manter desde sempre a sua inocência. Depois de os primeiros protestos contra a sua condenação terem eclodido a nível internacional, em Julho deste ano, o regime de Teerão anunciou que a sentença foi pronunciada não pelo crime de adultério mas pelo de homicídio, sustentando que Ashtiani foi cúmplice na morte do marido. A lei iraniana prevê o adultério como “um crime contra Deus”, penalizado com 100 chicotadas para aqueles – homens e mulheres – que o tenham praticado sem estarem casados e com a lapidação para os casados. O adultério deve ser provado em tribunal através de confissão do arguido ou testemunho de pelo menos quatro homens ou três homens e duas mulheres. Mas o Comité Internacional contra a Lapidação desmente a versão dada pelo regime de Teerão, sublinhando que Ashtiani nunca foi acusada e julgada por homicídio. E convocou para esta tarde manifestações em defesa da condenada em frente à embaixada iraniana em Paris e junto à sede do Parlamento Europeu, em Bruxelas.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave crime morte homens lei homicídio tribunal prisão mulheres adultério
Vida pessoal de Berlusconi pode pôr em risco a "segurança nacional"
O primeiro-ministro italiano foi chamado a uma comissão parlamentar para “clarificar” os procedimentos de segurança nas suas residências, depois de membros dos serviços secretos terem dito ao comité que o estilo de vida e as relações de Silvio Berlusconi com acompanhantes põem em risco a segurança nacional. (...)

Vida pessoal de Berlusconi pode pôr em risco a "segurança nacional"
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-11-05 | Jornal Público
SUMÁRIO: O primeiro-ministro italiano foi chamado a uma comissão parlamentar para “clarificar” os procedimentos de segurança nas suas residências, depois de membros dos serviços secretos terem dito ao comité que o estilo de vida e as relações de Silvio Berlusconi com acompanhantes põem em risco a segurança nacional.
TEXTO: Berlusconi terá mentido à polícia de Milão, afirmando que a dançarina Karima Ruby Keyek, então com 18 anos, era neta do Presidente egípcio, Hosni Mubarak, para assim a livrar de acusações de roubo. Outras notícias da semana passada na imprensa italiana alegam que primeiro-ministro pagou a uma prostituta chamada Nadia Macri dez mil euros. Macri já foi ouvida por procuradores no âmbito de uma investigação judicial. As duas jovens terão participado em festas nas casas de Berlusconi na Sardenha e em Milão. Os jornais italianos dizem que nessas mesmas festas houve raparigas de 17 e 18 anos a participarem em orgias. O ex-primeiro-ministro do centro-esquerda Massimo D’Alema, que dirige o comité de segurança do Parlamento, afirmou compreender a situação da polícia, “farta” de escoltar mulheres para as casas do líder da direita italiana. “Os serviços secretos têm a cargo a segurança do primeiro-ministro e queremos regressar a este tema. Consideramos que é correcto ouvir o que o primeiro-ministro tem a dizer sobre o assunto”, disse D’Alema, para explicar ter convocado Berlusconi. A oposição considera que os alegados hábitos de Berlusconi o deixam demasiado exposto: “Existe a suspeita de que Berlusconi possa ser chantageado e isso é um problema para a segurança nacional”, disse Luigi De Magistris, deputado da Itália dos Valores, o partido do ex-juiz Antonio Di Pietro. A juntar às consequências dos novos escândalos, Berlusconi enfrenta uma rebelião cada vez mais forte liderada pelo ex-aliado Gianfranco Fini, presidente da Câmara dos Deputados e co-fundador do seu partido, o Povo da Liberdade. Como habitualmente, o Cavaliere respondeu tentando demonstrar em público a sua força e apelando directamente aos italianos, desta feita na reunião da direcção nacional do PdL. Máfia, inveja e ódio“Vou ficar apesar dos ataques diários sem fundamento contra mim, e vou ficar enquanto os italianos me apoiarem”, afirmou, antes de sugerir que a máfia pode estar por trás dos “boatos”. “Ninguém pode excluir que algumas das coisas que têm acontecido sejam o resultado de vendettas do mundo do crime. ” Em seguida, Berlusconi disse resistir aos ataques “por amor à liberdade” e garantiu que o que está por trás das campanhas contra si é “a inveja e o ódio”. Quanto a Fini, Berlusconi disse-lhe que ou trabalha com o Governo ou deve preparar-se para eleições. O primeiro-ministro afirmou-se disponível para forjar um pacto de governação até 2013, quando acaba o seu mandato. Comentadores respeitados, como Sergio Romano, do Corriere della Sera, apelaram ao chefe do Governo para chegar a acordo com Fini e assim garantir alguma estabilidade política. As sondagens ainda dão ao PdL do primeiro-ministro 30 por cento das intenções de voto, mais cinco pontos do que ao Partido Democrático, que lidera a oposição de centro-esquerda. Mas como disse o analista Franco Pavoncello, citado pelo "Independent", Berlusconi “está a ficar cada vez mais fraco e fraco”.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave crime mulheres prostituta
Estoril Film Festival: o bigode de Paulo Branco em "Tournée"
Há uma razão muito especial para Mathieu Amalric ter vindo apresentar ao Estoril Film Festival “Tournée”, filme que lhe valeu o prémio de Melhor Realizador em Cannes 2010 e que deverá estrear em Portugal no início de 2011. É que esta história de um produtor caído em desgraça que regressa como empresário de um espectáculo de “new burlesque” americano em digressão por França foi escrita a pensar em... Paulo Branco. (...)

Estoril Film Festival: o bigode de Paulo Branco em "Tournée"
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-11-06 | Jornal Público
SUMÁRIO: Há uma razão muito especial para Mathieu Amalric ter vindo apresentar ao Estoril Film Festival “Tournée”, filme que lhe valeu o prémio de Melhor Realizador em Cannes 2010 e que deverá estrear em Portugal no início de 2011. É que esta história de um produtor caído em desgraça que regressa como empresário de um espectáculo de “new burlesque” americano em digressão por França foi escrita a pensar em... Paulo Branco.
TEXTO: Mathieu Amalric, que os espectadores recordam como o vilão do último James Bond, “007 Quantum of Solace”, como o jornalista paralisado Jean-Dominique Bauby em “O Escafandro e a Borboleta” ou como presença regular nos filmes de Arnaud Desplechin, conhece o produtor português há muito tempo. Trabalhou com ele quer como assistente de realização quer como actor em várias produções, e foi Branco que produziu a segunda longa de Amalric enquanto realizador, “O Estádio de Wimbledon”. Entre um café e vários cigarros num quarto do hotel Cascais Miragem, Amalric, entre nós para assistir à ante-estreia de “Tournée”, confirma que a personagem principal, Joachim Zand, foi inspirada por Paulo Branco e deveria, aliás, ser interpretada pelo produtor. “Originalmente, chamava-se Joaquim, à portuguesa – Joaquim Veloso, também por causa de Caetano Veloso e da ideia de velocidade. . . ” A génese de “Tournée” está num cruzamento de inspirações quase simultâneas: os textos da escritora francesa (e cortesã profissional) da Belle Époque Colette (autora de “Gigi” e “Chéri”); uma reportagem sobre o “new burlesque”, reinvenção contemporânea, feminina e feminista, dos espectáculos de vaudeville e music-hall; e o suicídio do produtor de cinema Humbert Balsan (recentemente ficcionado no filme de Mia Hansen-Løve “O Pai das Minhas Filhas”). “Quando o Humbert Balsan, que eu não conhecia particularmente bem, se suicidou, tive muito medo pelo Paulo. Ele era alguém que tentava fazer filmes livres e independentes. Pensei logo na produtora que o Gilles Sandoz, o Humbert e o Paulo haviam criado, os Filmes Piratas [que nunca descolou realmente]. . . “O Gilles tinha aberto falência, o Humbert suicidou-se e perguntei-me, como é que o Paulo vai continuar? Tinha fugido durante uns dias para trabalhar num hotel da Bretanha, telefonei ao Paulo para lhe dar um abraço e enquanto falávamos a história de “Tournée” nasceu num instante. Tudo iria correr bem, o Paulo ia parar, ia-se embora, mas voltava graças às mulheres do “new burlesque”, aos seus corpos, à sua generosidade, ao seu amor, alimentando-se da sua força. “Eu já tinha toda a história da digressão, que vinha de Colette, e a partir desse momento a personagem do produtor alimentou-se não apenas do Humbert ou do Paulo como também de outros nomes grandes da produção de cinema, como Jean-Pierre Rassam, Robert Evans, Claude Berri, e sobretudo das lendas que os rodeavam. Como por exemplo Berri a hipotecar a sua casa, o Paulo a jogar no casino. . . Não importava que fosse verdade ou mentira, o que importava é que essa lenda existia e isso permitia-me dar espessura e densidade à personagem. ”Amalric adianta, aliás, que era particularmente apropriado entregar a personagem do produtor a um produtor verdadeiro, já que as artistas de “new burlesque” que participam em “Tournée” - com nomes artísticos como Dirty Martini, Mimi Le Meaux ou Kitten on the Keys – não são actrizes profissionais e interpretam no filme as suas próprias “personas” artísticas. Branco aceitou o desafio e “ia muito bem durante os ensaios”, mas acabaria por desistir e Amalric assumiu o duplo papel de actor e realizador no seu próprio filme a três semanas da rodagem. Relutantemente, mas homenageando o produtor que quase foi actor através. . . do bigode que deixou crescer para interpretar a personagem de Joachim Zand. “Tournée” passa hoje às 22h00 no Centro de Congressos do Estoril e deverá chegar às salas portuguesas no início de 2011.
REFERÊNCIAS:
Casa Pia: Defesas invocam “vícios formais” para tentar impugnar condenações
Vícios formais e falta de fundamentação nas condenações de arguidos do processo Casa Pia estão entre os argumentos invocados nos recursos das defesas ouvidas pela Lusa, que pretendem impugnar a sentença. (...)

Casa Pia: Defesas invocam “vícios formais” para tentar impugnar condenações
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-11-06 | Jornal Público
SUMÁRIO: Vícios formais e falta de fundamentação nas condenações de arguidos do processo Casa Pia estão entre os argumentos invocados nos recursos das defesas ouvidas pela Lusa, que pretendem impugnar a sentença.
TEXTO: Os recursos das defesas foram entregues já fora do prazo de recurso sem multa, que terminou na terça-feira, cerca de dois meses depois da leitura do acórdão, que ocorreu a 03 de Setembro. O advogado Paulo Sá e Cunha, que defendeu o ex-provedor-adjunto da Casa Pia Manuel Abrantes, disse que o seu recurso foi entregue na quarta-feira, um dia depois do fim do prazo de entrega de recursos sem multa. “Fomos exaustivos, tocando em todas as matérias que são suscitadas na acusação, mas o recurso não incide só sobre isso”. Paulo Sá e Cunha indicou que, no recurso do acórdão, a defesa de Manuel Abrantes pede também que sejam apreciados três recursos pendentes: um relativo à legitimidade do Ministério Público em aceitar a queixa de um dos assistentes após seis meses da prática dos factos, outro sobre ter sido o tribunal de julgamento a validar actos do juiz Rui Teixeira na fase de instrução e um outro sobre a comunicação das alterações de factos. O ex-provedor-adjunto da Casa Pia Manuel Abrantes foi condenado a cinco anos e nove meses de prisão. A advogada que representa o médico Ferreira Diniz, Rute Serôdio, disse à Lusa que o recurso que entregou hoje no tribunal visa “demonstrar como foi mal julgada a prova”, defendendo “a impugnação de matérias de facto e de direito”. “Há vícios processuais que inquinam a sentença e o processo irá ser reapreciado”, afirmou, acrescentando que com o recurso da decisão final vão mais nove recursos interpostos durante o julgamento pela defesa de Ferreira Diniz. Ferreira Diniz foi condenado a sete anos de prisão por crimes de abuso sexual de menores. Sónia Cristóvão, a advogada de Hugo Marçal, condenado a seis anos e dois meses de prisão por crimes de abuso sexual e pornografia de menores, confirmou à Lusa que entregou hoje o recurso da decisão. “Estamos a falar da impugnação da matéria de facto. Há falta de credibilidade, no nosso entender, dos assistentes, e fizemos uma análise de documentos dos autos que demonstram a inocência do arguido”, afirmou. A advogada afirmou que identificou “vícios formais” no acórdão que levam a arguir “a nulidade da sentença, que tem fundamentação insuficiente”. A Lusa tentou contactar os representantes legais dos arguidos Carlos Silvino (condenado a 18 anos de prisão), Carlos Cruz (sete anos) e Jorge Ritto (seis anos e oito meses), mas não foi possível. Os recursos do acórdão final interpostos pelo advogado que representa a Casa Pia e as vítimas de abuso sexual e pelo Ministério Público foram entregues na passada terça feira, ainda dentro do prazo de recurso sem multa. A única arguida a ser absolvida das acusações que recaíam sobre si foi Gertrudes Nunes, dona de uma casa em Elvas onde os juízes deram como provado que ocorreram abusos sexuais de menores casapianos.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave tribunal prisão sexual abuso
Sá Carneiro: "Não foi a figura pacificadora em que o tentam transformar"
Foi um individualista, pugnou pelas suas ideias, resistiu às oposições internas e externas e dispôs-se a abdicar de tudo por amor. 30 anos depois da trágica morte de Francisco Sá Carneiro, o jornalista Miguel Pinheiro apresenta uma biografia do fundador do PSD. (...)

Sá Carneiro: "Não foi a figura pacificadora em que o tentam transformar"
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento -0.25
DATA: 2010-11-06 | Jornal Público
SUMÁRIO: Foi um individualista, pugnou pelas suas ideias, resistiu às oposições internas e externas e dispôs-se a abdicar de tudo por amor. 30 anos depois da trágica morte de Francisco Sá Carneiro, o jornalista Miguel Pinheiro apresenta uma biografia do fundador do PSD.
TEXTO: Provavelmente não há ninguém neste país com mais de 35 anos que não se recorde do dia em que Francisco Sá Carneiro morreu, a 4 de Dezembro de 1980, vítima de um atentado. O avião transportava também Snu Abecassis, Adelino Amaro da Costa e a mulher, Manuela, e António Patrício Gouveia. Foi um dia de comoção nacional. Miguel Pinheiro, então com seis anos, guarda algumas imagens vagas - os pais a correrem para a televisão, o país em estado de choque, pesaroso, com a morte trágica e abrupta do primeiro-ministro, então com 46 anos. Três décadas depois, Miguel Pinheiro, jornalista e director da revista Sábado, é o autor de uma biografia de Sá Carneiro, editada pela Esfera dos Livros, que será lançada na quinta-feira, na Fnac do Chiado, em Lisboa, com apresentação do historiador Rui Ramos. As pouco mais de 700 páginas de Sá Carneiro são o resultado de cinco anos de investigação que lhe forneceram informação suficiente para escrever mais um volume. Mas Pinheiro optou apenas por um, biografando o fundador do PSD com o "distanciamento" e a "frieza" necessários para expurgar quaisquer indícios hagiográficos. "Há um mito gigantesco à volta dele. Não seria justo escrever um livro que mostrasse uma imagem de pureza, que é irreal", disse ao P2. Mesmo as constantes premonições de Sá Carneiro sobre a sua morte (dizia saber que iria morrer cedo, de forma violenta) poderiam afigurar-se uma tentação, mas isso "seria muito fácil, bastava escrever tudo da frente para trás". O autor quis antes mostrar as regras do jogo político do período pós-25 de Abril, sem parcimónia, revelando "alguém que também errou muitas vezes e usou tácticas questionáveis". Subsistia, porém, um receio: que do vasto número de entrevistas que realizou (76, feitas a amigos, familiares, detractores e companheiros do PSD) surgisse uma "visão mitificada". Teve uma surpresa: "A maioria já consegue olhar com distanciamento, fazendo até a análise dos seus próprios erros e dos seus tacticismos. " As entrevistas foram um manancial valioso de informação, mas também a consulta de diversos arquivos, entre os quais o que Conceição Monteiro, antiga secretária de Sá Carneiro, ainda guarda, e aquele que ela doou ao historiador José Pacheco Pereira. Muitos documentos e registos áudio deste arquivo pessoal são neste livro publicados pela primeira vez. O acesso a esta documentação, mas também a audição de muitas horas de reuniões, a leitura de correspondência, as informações dadas pelos entrevistados ou as notas manuscritas de Sá Carneiro, permitiu a Pinheiro reproduzir uma série de diálogos, referenciados nas notas finais. Um dos mais marcantes aconteceu nos primeiros dias de Janeiro de 76, quando, à mesa do restaurante Tavares, em Lisboa, Natália Correia garantiu a Sá Carneiro que Snu Abecassis era "a mulher da sua vida":"- Natália, que tal é a nossa editora [Snu era a responsável pela Publicações D. Quixote]. Você conhece-a bem e. . . - É melhor não querer saber como ela é. É uma princesa nórdica que jaz adormecida num esquife de gelo à espera que venha o príncipe encantado dar-lhe o beijo de fogo. Esse príncipe encantado é você. Porque ela é a mulher da sua vida. Corra para ela! Telefone-lhe e convide-a. ""Ânsia de andar depressa"Em 1990, dez anos depois da morte de Sá Carneiro, Vasco Pulido Valente, que foi seu secretário de Estado adjunto e da Cultura no Governo AD, escreveu, num texto intitulado Sá Carneiro: os últimos anos (publicado na revista dominical do PÚBLICO), que o fundador do PSD "viveu (e vive) muito mais na imaginação do que na realidade".
REFERÊNCIAS:
Forças marroquinas entram à força num campo sarauí
O acampamento de protesto que nascera há um mês nos arredores da capital do Sara e onde estavam mais de 20 mil pessoas foi invadido por forças de segurança marroquinas. Há vários feridos, diz a AFP. (...)

Forças marroquinas entram à força num campo sarauí
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.5
DATA: 2010-11-08 | Jornal Público
SUMÁRIO: O acampamento de protesto que nascera há um mês nos arredores da capital do Sara e onde estavam mais de 20 mil pessoas foi invadido por forças de segurança marroquinas. Há vários feridos, diz a AFP.
TEXTO: Há tendas a arder e vozes que pedem através de megafones para que as mulheres e as crianças abandonem o local, descreve o “El País”. Segundo contaram sarauís ao “El País” e ao “El Mundo”, o Exército entrou às 6h00 no recinto e começou a lançar gás lacrimogéneo, a incendiar tendas e a forças pessoas a sair. “Atacaram-nos de madrugada. Não pudemos fazer nada. Perdemos a batalha”, disse ao “El Mundo” Sidi, um sarauí que estava no acampamento desde o segundo dia. Um jornalista da agência AFP diz ter visto vários feridos e ambulâncias que se dirigiam a El Aaiún. Segundo esta agência, as forças marroquinas usaram canhões de água contra os habitantes do acampamento. “Cremos que já há bastantes feridos, várias ambulâncias saíram do acampamento com sarauís e outros fugiram por estrada”, disseram outros sarauís ao "El Mundo". As ruas de El Aaiún “estão tomadas”, disse por seu turno Hassana Duihi, do Comité de Presos Sarauís. Este acampamento, que tinha já mais de sete mil tendas, nasceu há quatro semanas a 15 quilómetros da capital sarauí, El Aaiún. Foi montado por habitantes do Sara Ocidental que reivindicam melhores condições de vida, nomeadamente empregos e habitações. Domingo, as forças de segurança marroquinas bloquearam o acesso ao campo e, em protesto, jovens e adolescentes sarauís ergueram barricadas e queimaram pneus no centro de El Aaiún. As forças anti-motim desmantelaram as barricadas e seguiu-se uma hora de confrontos. Para além do bloqueio ao campo, foi cortada a rede de telemóveis, o que levou os activistas a acreditarem que o assalto ao acampamento estava iminente. A activista Aminatu Haidar tinha avisado nos últimos dias para a possibilidade de uma invasão à força deste campo, pedindo protecção para as pessoas que lá se encontravam. Haidar chegou ontem a Portugal e aqui ficará até quarta-feira, pretendendo agradecer aos activistas da causa sarauí que em Dezembro no ano passado se mobilizaram em torno da sua greve de fome em Lanzarote. Amanhã é homenageada na Universidade de Coimbra; quarta-feira na de Lisboa. O Sara Ocidental foi ocupado por Marrocos em 1975 e os sarauís lutam desde essa data pela autodeterminação. A região aguarda um referendo desde que a ONU criou uma missão para o realizar, em 1991. Notícia actualizada às 9h00
REFERÊNCIAS:
Entidades ONU
Papa consagra hoje a igreja do arquitecto de Deus
Devem concluir-se as obras da Sagrada Família de Barcelona? Há quem pense que não. Já em 1964, arquitectos e artistas como Le Corbusier, Miró e Tàpies contestavam, tal como dezenas de padres, a ideia da conclusão da obra de Gaudí. As polémicas à volta desta floresta de pedra continuam. Bento XVI preside hoje à dedicação do altar da nova basílica. (...)

Papa consagra hoje a igreja do arquitecto de Deus
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-11-08 | Jornal Público
SUMÁRIO: Devem concluir-se as obras da Sagrada Família de Barcelona? Há quem pense que não. Já em 1964, arquitectos e artistas como Le Corbusier, Miró e Tàpies contestavam, tal como dezenas de padres, a ideia da conclusão da obra de Gaudí. As polémicas à volta desta floresta de pedra continuam. Bento XVI preside hoje à dedicação do altar da nova basílica.
TEXTO: Na Sagrada Família de Barcelona encontramos o último grito tecnológico. Cento e vinte anos depois do início da sua construção, se Antoni Gaudí fosse vivo, talvez se espantasse: máquinas a fazer as suas maquetas! Máquinas e já não apenas gesso para dar forma aos seus rabiscos, cálculos e experiências sucessivas. Oito décadas depois da morte do arquitecto catalão, Josep Tallada, 61 anos, mostra os dois aparelhos de impressão de moldes. São como impressoras de papel. Mas, em vez de debitarem folhas impressas com tinta, largam maquetas. Tudo é feito a partir de um programa de computador que passa instruções à máquina. Em duas pequenas caixas onde se coloca um pó especial, o programa vai dizendo como deve nascer o relevo, a forma, a construção tridimensional. Dali, cria-se o modelo que irá servir para fazer a maqueta pretendida, à escala, no gabinete técnico. Ainda menino, Josep frequentava a paróquia como acólito. Aos 14 anos, propuseram-lhe ir trabalhar como ajudante para a oficina de moldes da Sagrada Família (nessa altura, podia exercer uma profissão com essa idade). Ali conheceu ainda pessoas que tinham trabalhado directamente com Gaudí, que morreu inesperadamente atropelado por um eléctrico, antes de terminar a catedral. Foi ficando. Há cinco anos, passou a ter a responsabilidade da oficina de moldes, onde trabalham 12 pessoas. Um dos trabalhadores faz um pequeno molde para uma maqueta. Na parede, uma placa atribui uma frase a Gaudí: “O trabalho é fruto da colaboração e esta só se pode fundamentar no amor. É por isso que é preciso afastar os que são fermento de ódio. ” Percebe-se que as duas impressoras de sólidos sejam a mais recente menina dos olhos de Josep Tallada. Mas elas, diz, são apenas uma ajuda, pois tudo continua a ser feito com os métodos de trabalho do arquitecto. Sejam os moldes, seja a reconstrução de maquetas. “Somos artesãos, investigamos a partir do que há, fazemos o que Gaudí desenhou e, se falta alguma peça importante, não se reconstrói. ” Ilegal, desnecessário e imoralO debate sobre o (des)respeito para com a obra de Gaudí continua a ser um dos mais importantes no que diz respeito à intervenção na Sagrada Família. Corre por blogues, pela imprensa, pela televisão. Há ano e meio, a historiadora e crítica de arte María del Mar Arnús escrevia no El País um “Alerta vermelho” em defesa de Gaudí. “O que se está a fazer na Sagrada Família é ilegal, insustentável, desnecessário e imoral. [. . . ] Sem um processo de trabalho definido, contrário ao estabelecido por Gaudí, e sem nenhum respeito pelo seu legado, as obras do templo deram lugar, ao largo destes anos, a uma contínua adulteração. ” No blogue El Fenómeno Gaudí, Luis Gueilburt defende que a única solução para resolver esses e outros problemas relacionados com a herança de Gaudí seria a criação de uma verdadeira fundação. O arquitecto David Mackay, da MBM Arquitectes (um dos ateliers que concebeu a Aldeia Olímpica de Barcelona), é um dos nomes mais importantes que se opõem à ideia de terminar as obras. E também fala do desrespeito pela herança gaudiniana. Já em 1964, Mackay assinara uma carta em que se manifestava contra a ideia de prosseguir as obras do templo. Com ele, estavam o arquitecto Le Corbusier, os artistas Antoni Tàpies e Joan Miró ou o escritor Camilo José Cela. E ainda padres e teólogos, expoentes da época na Igreja Católica na Catalunha. “Se considerarmos o edifício adicional como uma maqueta à escala real, já que segundo os arquitectos actuais se baseia no modelo de Gaudí, o templo teria de ser acabado sem o acrescento de símbolos ou outros elementos decorativos”, diz Mackay à Pública. Há pormenores introduzidos “que nada têm que ver com a mente criativa de Gaudí e o seu sentido táctil”.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave morte ajuda ilegal