Acórdão da Casa Pia começou a ser entregue aos advogados
O acórdão do processo Casa Pia já foi depositado na secretaria da oitava vara do Campus da Justiça, em Lisboa, e começou a ser entregue aos advogados, dez dias depois de conhecida a sentença aplicada aos arguidos. (...)

Acórdão da Casa Pia começou a ser entregue aos advogados
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-09-13 | Jornal Público
SUMÁRIO: O acórdão do processo Casa Pia já foi depositado na secretaria da oitava vara do Campus da Justiça, em Lisboa, e começou a ser entregue aos advogados, dez dias depois de conhecida a sentença aplicada aos arguidos.
TEXTO: Miguel Matias, que representa as vítimas de abuso sexual na Casa Pia, e a advogada Olga Garcia, defensora de Jorge Ritto, foram os primeiros a receber o acórdão. Os dois advogados disseram aos jornalistas, à saída do tribunal, que deverão demorar cerca de uma semana a ler o documento, com mais de duas mil páginas. O colectivo de juízes que julgou este caso tinha previsto a entrega do acórdão na passada quarta-feira, mas problemas informáticos impediram que o documento fosse disponibilizados aos advogados. A juíza presidente do colectivo, Ana Peres, tinha já informado, através do Conselho Superior da Magistratura, que "surgiu um problema informático aquando da impressão e gravação do acórdão para suporte digital", o que impediu que o documento fosse depositado na secretaria judicial como estava previsto. No passado dia 3, a juíza Ana Peres informou que o acórdão estaria acessível no dia 8, após ter resumido a decisão do colectivo e anunciado a condenação de seis arguidos e a absolvição da única arguida. A pena maior foi atribuída a Carlos Silvino, com o ex-funcionário da Casa Pia a ser condenado a 18 anos de prisão. O antigo apresentador de televisão Carlos Cruz foi condenado a sete anos de prisão, o diplomata aposentado Jorge Ritto a seis anos e oito meses e o ex-provedor-adjunto da Casa Pia Manuel Abrantes a cinco anos e nove meses. Ao médico Ferreira Diniz foi decidida uma pena de sete anos de prisão e ao advogado Hugo Marçal a de seis anos e meio. Gertrudes Nunes, dona de uma casa em Elvas onde alegadamente ocorreram abusos sexuais com alunos casapianos, foi absolvida.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave tribunal prisão sexual abuso
Viver no interior não é uma missão impossível
Não se assustam com o fecho de escolas, centros de saúde e fábricas. Os casais que trocaram o apartamento na cidade por uma casa no campo têm outros trunfos: são qualificados, empreendedores e não dispensam as novas tecnologias. Lamentam a falta de transportes mas agradecem as estradas sem trânsito. Fomos saber o que os levou a remar contra a maré. (...)

Viver no interior não é uma missão impossível
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento -0.66
DATA: 2010-09-13 | Jornal Público
SUMÁRIO: Não se assustam com o fecho de escolas, centros de saúde e fábricas. Os casais que trocaram o apartamento na cidade por uma casa no campo têm outros trunfos: são qualificados, empreendedores e não dispensam as novas tecnologias. Lamentam a falta de transportes mas agradecem as estradas sem trânsito. Fomos saber o que os levou a remar contra a maré.
TEXTO: A mudança de António Manuel Venda de Lisboa para Montemor-o-Novo foi obra de Cupido. Foi atrás da Catarina, que já tinha trocado a capital pelo interior do Alentejo. Ana Berliner e o marido, António Monteiro, conheceram-se em Figueira de Castelo Rodrigo, na Guarda, e também acabaram por ficar a viver por lá, longe de Lisboa, onde nasceram. Trocaram as voltas ao êxodo rural e garantem que compensa. Interior é, para eles, sinónimo de qualidade de vida. O tronco da azinheira deitado ao chão no terreno ao lado de casa é uma das portas de ligação de António Venda com o resto do mundo. Só ali, em cima do tronco, consegue apanhar rede de telemóvel no sítio onde mora. É de lá que o jornalista e escritor de 42 anos combina entrevistas e planeia negócios. A Internet também ajuda. António dirige uma revista em Lisboa, mas fá-lo online, a cem quilómetros de distância do escritório, a uma hora de caminho. Vai lá pelo menos uma vez por semana, sem pressas, sem horários. É assim desde que deixou a cidade rumo ao Alentejo, em 2003. Três anos antes, Catarina tinha-se mudado para Montemor, onde abriu uma livraria. A aposta na cidade tinha tudo para dar certo. "Está a uma hora de tudo: da praia, de Lisboa e de Espanha. Além disso, tem uma actividade cultural engraçada", explica Catarina, de 36 anos, que antes morava em Carcavelos e trabalhava em publicidade. Agora trabalha no Centro Coreográfico de Rui Horta, o conhecido coreógrafo que também escolheu a cidade para se instalar. Mais barato e mais seguroPor causa da livraria e porque tem raízes familiares em Montemor, o processo de integração foi fácil para Catarina. Com António, não foi bem assim. "Ainda hoje, vamos na rua e ela cumprimenta 20 pessoas, enquanto eu cumprimento uma", diz o jornalista. Mas os filhos do casal estão perfeitamente integrados. Os três nasceram no hospital de Évora, a meia hora de distância. "É como viver em Cascais e ir ter o filho a Lisboa", brinca Catarina. Os dois mais velhos vão este ano para a escola em Montemor. "O miúdo vai para o futebol e a rapariga escolheu equitação, em vez do ballet", diz o pai. Não faltam distracções para as crianças no concelho. "Pagamos só três euros por mês pela ginástica", conta Catarina. Ambos concordam que é mais barato viver em Montemor, sobretudo para criar os filhos. E há mais segurança do que nas grandes cidades. "O mais velho vai agora para o primeiro ano. Dentro de pouco tempo já poderá ir sozinho a pé para a biblioteca, ou para a Oficina da Criança, onde tem várias actividades gratuitas", diz a mãe. As despesas do dia-a-dia é que nem por isso são menores. "Temos supermercados como em Lisboa e as mercearias praticam preços altos. Já tivemos uma horta mas está em stand by". Na vida do casal não há bem o "antes e depois" de Lisboa. Há mais o "antes e depois" dos filhos. "Antes, íamos várias vezes jantar a Lisboa, ao cinema, ao teatro. Como vamos contra o trânsito, é rápido. Agora, vamos menos. Mas se estivéssemos em Lisboa também já não saíamos tanto", admite Catarina. Mesmo assim, não dispensam algumas fugidas à capital ao fim-de-semana, para mostrar a cidade às crianças. "Acabamos por ver Lisboa de outra maneira. Vivemos a cidade como turistas". Admitem regressar um dia à capital? António diz que não. Catarina não tem nada contra, mas prefere o sossego do monte alentejano. "O que me aflige mais em Lisboa", explica, "é sair de casa sem respirar ar puro. Saímos de casa para a garagem, vamos no carro com o ar condicionado, entramos no parque de estacionamento e subimos para o escritório. Nem dá para perceber se está frio ou calor". Mas admite ter saudades dos restaurantes japoneses ou indianos, que ainda não chegaram a Montemor. Onde também não se pode encomendar uma pizza. "Não há take away, ou quando há tem de ser bem pago". Seduzida pela paisagem
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave escola filho ajuda criança rapariga
Manoel de Oliveira destaca originalidade de Chabrol
O cineasta Manoel de Oliveira lamentou hoje a morte do realizador francês Claude Chabrol, aos 80 anos, em Paris, sublinhando que “a verdadeira originalidade está na personalidade de cada artista”. (...)

Manoel de Oliveira destaca originalidade de Chabrol
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-09-13 | Jornal Público
SUMÁRIO: O cineasta Manoel de Oliveira lamentou hoje a morte do realizador francês Claude Chabrol, aos 80 anos, em Paris, sublinhando que “a verdadeira originalidade está na personalidade de cada artista”.
TEXTO: Em declarações à Agência Lusa, Manoel de Oliveira, que chegou a conhecer pessoalmente Chabrol, definiu-o como “um grande realizador”. Figura destacada do movimento da Nouvelle Vague, na década de 1950, em França, Claude Chabrol realizou, entre outros, no início da carreira, “Le Beau Serge”, “Les Cousins”, “À Double Tour”, e, mais recentemente, “A Comédia do Poder” e “A Rapariga cortada em dois”. Sobre o trabalho desenvolvido dentro deste movimento de realizadores franceses, Manoel de Oliveira comentou que “tudo no cinema é novo”, e deu o exemplo do que aconteceu também em Itália e noutros países europeus. “São designações que não submetem os realizadores”, considerou o decano do cinema português, que passou recentemente pelo Festival de Cinema de Veneza para apresentar a curta-metragem “Painéis de São Vicente de Fora, visão poética” (2009), sobre pintura portuguesa antiga. “Os realizadores acabam por se afirmar, como Chabrol, como independentes. Já não pertencem à Nouvelle Vague ou a outra coisa qualquer. Pertencem a eles próprios”, resumiu o cineasta de 101 anos. Para Manoel de Oliveira, “a verdadeira originalidade está na personalidade de cada artista, realizador ou escritor”, reiterou
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave rapariga
Crise não está a afectar as inscrições no ensino privado
As famílias portuguesas continuam a procurar os estabelecimentos de ensino particular, apesar da crise e da redução dos benefícios fiscais com a educação. (...)

Crise não está a afectar as inscrições no ensino privado
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DATA: 2010-09-13 | Jornal Público
SUMÁRIO: As famílias portuguesas continuam a procurar os estabelecimentos de ensino particular, apesar da crise e da redução dos benefícios fiscais com a educação.
TEXTO: Os colégios têm tido mais desistências do que em anos anteriores, mas as listas de espera compensam o número de alunos perdidos, especialmente nas principais cidades do país. Apenas algumas instituições do interior têm tido mais dificuldades em manter os estudantes. A Associação de Estabelecimentos de Ensino Particular e Cooperativo (AEEPC) ainda não reuniu os dados definitivos relativamente às inscrições nos colégios privados nacionais, mas as inscrições dos últimos meses permitem perceber uma manutenção do número de estudantes que vão frequentar estes estabelecimentos de ensino neste ano lectivo. "A procura tem sido normal, especialmente nos centros urbanos", avança Rodrigo Queirós e Melo, director executivo da AEEPC. A tendência observada nos estabelecimentos de ensino privado do ensino básico e secundário é também confirmada no ensino superior, onde o número de inscritos para o próximo ano lectivo é semelhante ao registado nos últimos dois anos, informa a Associação Portuguesa de Ensino Superior Privado. Mais desistênciasEste ano lectivo tem aumentado, no entanto, o número de desistências nos externatos, estando a observar-se um fenómeno de mobilidade entre escolas incomum. "Quase no início do ano lectivo, ainda há estudantes a sair e a entrar, o que era impensável há alguns anos", admite Margarida Marrucho, directora do colégio do Sagrado Coração de Maria, em Lisboa. "Uns estudantes vão para as escolas públicas, outros optam por diferentes colégios privados. Apesar disso, não verificámos uma diminuição de alunos, antes pelo contrário", continua a mesma responsável. No Sagrado Coração de Maria há, este ano, 1400 inscritos, mais 25 do que no ano passado, uma tendência comum às várias escolas privadas da Grande Lisboa e também do Porto, Coimbra e Braga. Por exemplo, o número de inscritos no colégio Bartolomeu Dias, na Póvoa de Santa Iria, cresceu 15 por cento face ao ano lectivo 2009/2010 e, em Braga, no colégio D. Diogo de Sousa, 1700 alunos preenchem todas as vagas do estabelecimento de ensino, deixando mais 400 interessados em lista de espera. Nas mesmas circunstâncias está o colégio Rainha Santa Isabel, em Coimbra, que tem, tal como nos últimos anos, todas as vagas preenchidas e deixou ainda muitos pedidos por atender. Mesmo quando surgem dificuldades, as listas de espera acabam por ajudar as escolas a manter o nível de inscrições, explica Rodrigo Queirós e Melo: "Mesmo que haja desistências, essas acabam sempre por ser compensadas, porque há listas de espera muito extensas. "A AEEPC reconhece, todavia, a existência de algumas dificuldades em colégios de pequena dimensão, especialmente do 1º ciclo. Esta realidade sucede em particular no interior do centro e Norte e algumas zonas da margem sul do Tejo, mas em proporções que não põem em causa o futuro das instituições.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave rainha
Defesa dos arguidos conseguiu abalar relatos de vítimas em centenas de crimes
Depoimentos de seis jovens foram fundamentais para condenar Carlos Cruz, Jorge Ritto, Ferreira Diniz, Hugo Marçal e Manuel Abrantes. Por vezes relatos não superaram a dúvida razoável. (...)

Defesa dos arguidos conseguiu abalar relatos de vítimas em centenas de crimes
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-09-15 | Jornal Público
SUMÁRIO: Depoimentos de seis jovens foram fundamentais para condenar Carlos Cruz, Jorge Ritto, Ferreira Diniz, Hugo Marçal e Manuel Abrantes. Por vezes relatos não superaram a dúvida razoável.
TEXTO: Foram seis as vítimas cujos testemunhos foram fundamentais para as condenações do ex-apresentador Carlos Cruz, do antigo embaixador Jorge Ritto, do médico Ferreira Diniz, do advogado Hugo Marçal e do ex-provedor Manuel Abrantes. A maioria também terá sido abusada pelo ex-motorista da Casa Pia, Carlos Silvino. Mas, apesar de o tribunal ter considerado que, em grande parte dos casos, os menores estavam a dizer a verdade, noutras vezes, face ao cruzamento feito com a restante prova, não foi possível afastar a dúvida razoável, dando os factos como não-provados. Daí que dos 788 crimes que a acusação imputava aos sete arguidos do processo, só 141 tenham sido considerados provados. Um dos jovens, cujo testemunho foi fundamental para condenar Manuel Abrantes, não conseguiu afastar as dúvidas do que contou relativamente a abusos ocorridos em Elvas e que envolveriam Ferreira Diniz, Ritto e o ex-provedor da Casa Pia. Manuel Abrantes foi condenado por um crime de abuso sexual de menores que terá ocorrido num dia não concretamente apurado entre o fim de 1997 e Julho de 1999, numa altura em que a vítima teria 13 ou 14 anos, numa arrecadação situada na cave da Provedoria da Casa Pia. Mas o depoimento do jovem, ouvido durante 11 sessões do julgamento, não foi suficiente para provar abusos sexuais atribuídos a Manuel Abrantes, Ferreira Diniz e Jorge Ritto. Apenas foram provados dois abusos de menores alegadamente passados em Elvas, um atribuído a Carlos Cruz e outro a Hugo Marçal, mas com base noutros testemunhos. "O assistente diz que "sempre" que foi a Elvas estavam lá todos os arguidos, o que, atenta a normalidade das coisas, também não nos parece plausível que a disponibilidade profissional ou pessoal de cada um dos arguidos permitisse uma convergência" da forma referida, dizem os juízes. Pouco antes, contudo, o tribunal dissera ter ficado com a convicção de que a vítima tinha estado no interior da casa de Elvas. O facto de o jovem ter conseguido localizar uma despensa, que, como todas as portas da moradia, estava fechada, foi determinante para esta conclusão. "A localização da despensa foi um pormenor que criou convicção ao tribunal", lê-se no acórdão. Contudo, os magistrados assumem o valor contraditório dos elementos trazidos ao processo pelas defesas, nomeadamente, os registos telefónicos de Silvino, Manuel Abrantes e Carlos Cruz (condenado por um abuso em Elvas, mas com outra vítima). Por isso, acabam por concluir que "não foi produzida prova suficiente para o tribunal quanto a tais factos", pelo que aplicou o princípio in dubio pro reo, ou seja, a dúvida beneficia o arguido e justifica a absolvição. Comunicado de Carlos CruzEntretanto, ontem o Conselho Superior da Magistratura esteve reunido em plenário e, no fim, decidiu proferir um pequeno comunicado sobre o atraso na entrega do acórdão aos advogados das partes, que só anteontem tiveram acesso ao documento, após vários prazos falhados. Perante os problemas informáticos, o Conselho limita-se a dizer que "entendeu que a actuação dos Exmºs. Juízes que compuseram o tribunal colectivo que proferiu o acórdão em causa não justificava a tomada de qualquer medida". Também ontem Carlos Cruz emitiu um comunicado insistindo na inocência. Queixa-se que o tribunal alterou parcialmente a acusação, já que deslocou um abuso de sábado do último trimestre de 1999 para um qualquer dia desse mesmo período. "Mal vai o Estado de Direito quando se pode ser acusado de se ter cometido um crime num dia e se é condenado pela prática desse crime noutra data, sem que ao arguido seja dada qualquer possibilidade de defesa", afirma Carlos Cruz.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave crime tribunal sexual abuso
A primeira visita oficial de um Papa ao Reino Unido
O Cardeal Newman foi um dos maiores ingleses, não só do seu tempo, mas de todos os tempos. Como qualquer outro homem ou mulher de coragem e fé, acreditava apaixonadamente que devemos seguir a nossa consciência. Muitos, demasiados, morreram por essa mesma causa. No Reino Unido, entre mártires, contam-se tanto protestantes como católicos, como Thomas More, cujo julgamento teve lugar no Westminster Hall, onde o Papa fará um discurso para a sociedade civil. (...)

A primeira visita oficial de um Papa ao Reino Unido
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.25
DATA: 2010-09-16 | Jornal Público
SUMÁRIO: O Cardeal Newman foi um dos maiores ingleses, não só do seu tempo, mas de todos os tempos. Como qualquer outro homem ou mulher de coragem e fé, acreditava apaixonadamente que devemos seguir a nossa consciência. Muitos, demasiados, morreram por essa mesma causa. No Reino Unido, entre mártires, contam-se tanto protestantes como católicos, como Thomas More, cujo julgamento teve lugar no Westminster Hall, onde o Papa fará um discurso para a sociedade civil.
TEXTO: No final desta histórica visita ao Reino Unido, o Papa Bento XVI vai beatificar o Cardeal numa missa celebrada no Birmingham Park, onde o Cardeal costumava passar o seu tempo livre no tempo em que era um simples padre numa paróquia dessa grande cidade industrial. Será o ponto alto da primeira visita oficial de um Papa ao Reino Unido. O uso da palavra histórica para descrever a visita pode facilmente ser visto como um lugar-comum. Contudo, neste caso o seu uso justifica-se plenamente. É por isso que canais de televisão de todo o mundo vão acompanhar todos os momentos dos quatro dias que Sua Santidade vai passar no Reino Unido. Como Primeiro-Ministro Britânico, fico feliz pelo convite que os meus antecessores endereçaram ao Papa para visitar o meu país, e pelo facto de ele ter aceite tanto o convite do Governo, como o que recebeu de Sua Majestade, a Rainha. O Papa Bento XVI visita-nos na condição de Chefe de Estado e de líder de uma igreja com mais de seis milhões de fiéis no Reino Unido e quase 1200 milhões em todo o mundo. Como outras fés, a Igreja Católica promove uma mensagem de paz e justiça, e trabalhamos em conjunto na prossecução dessas causas. Apesar dos tempos difíceis que vivemos, garantimos verbas para a ajuda ao desenvolvimento internacional. A diminuição da pobreza é um dos grandes desafios do mundo actual. As condições assustadoras em que tanta gente vive actualmente, lado a lado com doenças e miséria, são uma afronta moral para todos nós que vivemos confortavelmente em países ricos. A Igreja Católica e as suas agências humanitárias estão na linha de frente na luta contra a pobreza no mundo. Trabalhamos com essas agências – através de organizações como o CAFOD (1), o SCIAF (2), o Trocaire (3) e a Caritas (4) – em África, na Ásia e na América Latina. Na África Subsariana, por exemplo, agências católicas e igrejas locais são as responsáveis por, aproximadamente, um quarto de toda a educação primária e dos serviços de saúde disponíveis, e ainda por serviços de apoio a portadores do vírus da Sida. A Santa Sé é um parceiro na prossecução dos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio das Nações Unidas, que serão de novo discutidos, na próxima semana, em Nova Iorque e onde o Reino Unido estará representado pelo Vice Primeiro-Ministro, Nick Clegg. Da nossa parte, estamos inteiramente comprometidos com as metas da ONU de gastar 0, 7% do Rendimento Nacional Bruto até 2013 em ajuda ao desenvolvimento internacional. E queremos garantir que o dinheiro chega àqueles que mais necessitam. O desenvolvimento económico sustentável está intimamente ligado à estabilidade política e segurança. Um mundo em que existe uma grande diferença entre os ricos e os pobres é um mundo mais perigoso e menos seguro para todos nós. A Igreja Católica é também um parceiro importante na luta contra as alterações climáticas. Uma vez mais, serão os pobres que mais sofrerão se não agirmos para controlar o aquecimento global. Um acordo internacional para a redução das emissões de dióxido de carbono, por mais difícil que seja, é necessário mas não suficiente. Precisamos de desenvolver um novo paradigma de crescimento económico, definindo-o e procurando-o de forma a respeitar e preservar o meio ambiente.
REFERÊNCIAS:
Partidos LIVRE
Vinte por cento dos reclusos em Portugal são estrangeiros
Cerca de 20 por cento dos reclusos em Portugal são estrangeiros, a maioria oriundos de Cabo Verde, Brasil e Guiné-Bissau, segundo dados da Direcção-Geral dos Serviços Prisionais (DGSP). (...)

Vinte por cento dos reclusos em Portugal são estrangeiros
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-09-18 | Jornal Público
SUMÁRIO: Cerca de 20 por cento dos reclusos em Portugal são estrangeiros, a maioria oriundos de Cabo Verde, Brasil e Guiné-Bissau, segundo dados da Direcção-Geral dos Serviços Prisionais (DGSP).
TEXTO: Segundo as estatísticas da DGSP, referentes ao segundo trimestre de 2010, estão detidos nos estabelecimentos prisionais portugueses 2351 cidadãos estrangeiros, representando 20, 4 por cento da população prisional. A maioria dos reclusos estrangeiros são oriundos de Cabo Verde (727), seguindo-se Brasil (298), Guiné-Bissau (229), Angola (192) e Roménia (118). A quase totalidade dos reclusos estrangeiros são homens (2168) com mais de 21 anos. Apenas 183 são mulheres a cumprir penas em Portugal. As estatísticas da DGSP mostram também que a maioria dos presos estrangeiros está a cumprir uma pena de três a seis anos. As contas do organismo revelam também que um terço dos reclusos estrangeiros está em prisão preventiva. O número de cidadãos estrangeiros nas prisões portugueses não tem sofrido grandes alterações nos últimos anos, mostrando os dados que têm rondado os dois mil. Segundo a Direcção Geral dos Serviços Prisionais, o total de reclusos em Portugal é de 11. 535, dos quais 10. 923 são homens e 612 são mulheres. Em relação aos últimos quatro anos, foi em 2006 que os estabelecimentos prisionais albergaram o maior número de presos, 12. 636. A partir dessa data, tem-se mantido na casa dos 11 mil a população prisional.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave homens prisão mulheres
Portugal pode contar na ONU com a CPLP e alguns amigos estratégicos
Na eleição dos membros não-permanentes do Conselho de Segurança, Portugal enfrenta a Alemanha e o Canadá. (...)

Portugal pode contar na ONU com a CPLP e alguns amigos estratégicos
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-09-18 | Jornal Público
SUMÁRIO: Na eleição dos membros não-permanentes do Conselho de Segurança, Portugal enfrenta a Alemanha e o Canadá.
TEXTO: Os argumentos não são muito diferentes da campanha de 1996, embora a realidade internacional tenha mudado profundamente. As possibilidades são, mais ou menos, as mesmas. Na próxima semana, Portugal jogará as últimas cartadas ao mais alto nível. Aquele que depende de um telefonema entre primeiros-ministros ou presidentes que se conhecem bem ou entre chefes da diplomacia que já travaram muitas batalhas juntos. A eleição dos membros não-permanentes do Conselho de Segurança da ONU para o biénio 2011-2012 é a 12 de Outubro. Portugal candidata-se pelo chamado Grupo Ocidental contra dois pesos pesados: a Alemanha e o Canadá. São três países para dois lugares. Alguém terá de ficar de fora. São precisos pelo menos 128 votos (dois terços) dos 192 países da Assembleia Geral numa eleição a duas voltas. Aritmeticamente, Portugal aposta em que o voto dos Estados Unidos conta exactamente o mesmo que o da mais pequena das ilhas do Pacífico. Ou o de um improvável e ignorado país das Caraíbas. "Olhe, eu sou o segundo primeiro-ministro de Portugal", disse alguém ao primeiro-ministro português, há já algum tempo. "Sou primeiro-ministro e sou português. Chamo-me Ralph Gonsalves". E o seu país é a República de S. Vicente e Granadinas. Pequena ilha do Atlântico onde se fala inglês e onde ainda reina Sua Majestade, a rainha Isabel II, mas isso pouco importa. Gonsalves, com "s", envolveu-se com tal empenho na campanha portuguesa que pode garantir um bom punhado de votos nas Caraíbas, a ponto de os alemães protestarem por excesso de zelo e de os canadianos deixarem de estar tão confiantes na sua tradicional capacidade para obter apoios na Caricom (Comunidade das Caraíbas). O Governo português também fez a sua parte. As ilhas estão num processo de extensão da sua plataforma continental. Portugal tem uma vasta expertise na matéria, que pôs à sua disposição. O trabalho passou por um seminário em Lisboa. Alemanha baralha contasA candidatura portuguesa tem a vantagem de ter sido apresentada em 2000 (segundo Governo de António Guterres), logo depois do seu último mandato no Conselho de Segurança. O Canadá candidatou-se no ano seguinte. Não havia mais nenhuma candidatura do Grupo Ocidental para os dois lugares que lhe cabem. Tudo parecia relativamente fácil, exigindo apenas a habitual troca de favores (neste caso de votos) nos fóruns internacionais e nas negociações bilaterais. Até que, no Outono de 2006, a Alemanha resolveu inesperadamente interferir na corrida. Foi uma decisão pessoal de Angela Merkel que baralhou as contas de Lisboa e obrigou a uma mudança de estratégia. Desde então, foi preciso fazer campanha a sério, que se intensificou desde 2009. "Era preciso fazer a diferença. Não poderíamos competir no terreno deles", disse ao PÚBLICO uma fonte diplomática de Lisboa, directamente envolvida nas negociações. E o terreno "deles" é o de um país muito rico e muito poderoso, que se apresenta como o terceiro maior contribuinte para as Nações Unidas, com investimentos em todo o mundo e uma forte diplomacia. A candidatura do Canadá não tem um perfil muito diferente. A "diferença" portuguesa resume-se num argumento simples, idêntico ao que apoiou a candidatura anterior. "Somos um país de dimensão média que pode fazer a ponte entre os poderosos e os outros, entre continentes e entre culturas", diz a mesma fonte.
REFERÊNCIAS:
Entidades ONU
Nove mil protestam em Londres contra visita do Papa
Mais de nove mil pessoas estão a protagonizar um protesto contra a presença do Papa Bento XVI no Reino Unido, no dia que o líder católico se encontrou de manhã com o primeiro-ministro, David Cameron, e preside a uma vigília nocturna de oração em Hyde Park, Londres. (...)

Nove mil protestam em Londres contra visita do Papa
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-09-18 | Jornal Público
SUMÁRIO: Mais de nove mil pessoas estão a protagonizar um protesto contra a presença do Papa Bento XVI no Reino Unido, no dia que o líder católico se encontrou de manhã com o primeiro-ministro, David Cameron, e preside a uma vigília nocturna de oração em Hyde Park, Londres.
TEXTO: O número de contestatários, que se concentraram ao início da tarde junto do Hyde Park, foi avançado pelo diário britânico "Telegraph". O protesto foi convocado por diversos grupos que incluem vítimas de abusos sexuais por padres católicos, ateus, defensores do aborto e partidários da ordenação de mulheres. Os contestatários devem atravessar o centro de Londres, até à residência do chefe do Governo, em Downing Street, e Whitehall, a sede do Parlamento. A meio da tarde estão previstas intervenções do advogado dos direitos humanos Geoffrey Robertson, do cientista ateu Richard Dawkins e do actitivista dos direitos humanos Peter Tatchell. “Ele vai usar [a visita] para nos dizer como devemos viver e para interferir nas nossas leis. Nenhum outro chefe de Estado seria autorizado a fazê-lo”, justificam os organizadores do grupo Protest the Pope, no "site" criado para contestar a viagem do pontífice. A polícia prendeu ontem seis pessoas por suspeita de actos terroristas relacionados com a visita, mas o programa da deslocação não sofreu alterações. “O Papa e os seus colaboradores não estão preocupados com a segurança. Temos total confiança nas forças da polícia”, disse o porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi. Na vigília nocturna de oração em Hyde Park são esperados cerca de 80 mil fiéis católicos.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave aborto direitos humanos mulheres
Reportagem: "Ora agora, como é que eu tenho Internet para fazer a prova de recursos?"
Segurança Social notificou 885 mil beneficiários de prestações não contributivas para fazerem prova dos seus rendimentos até final de Outubro. Em Gaia, a fila começa de madrugada. (...)

Reportagem: "Ora agora, como é que eu tenho Internet para fazer a prova de recursos?"
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento -0.25
DATA: 2010-09-18 | Jornal Público
SUMÁRIO: Segurança Social notificou 885 mil beneficiários de prestações não contributivas para fazerem prova dos seus rendimentos até final de Outubro. Em Gaia, a fila começa de madrugada.
TEXTO: A fila vai longa à porta do Centro Distrital de Solidariedade e Segurança Social de Gaia. A mulher que a encabeça chegou às 6h40. Afluem pelas agruras do costume e pela necessidade de actualizarem o agregado e o rendimento para não perderem as prestações sociais não contributivas. Nem só no mais populoso concelho da área metropolitana do Porto por estes dias se amontoam pessoas sonolentas e entediadas. Até agora, 810 mil não beneficiários de Rendimento Social de Inserção (RSI) foram notificados para tratar deste assunto - 410 mil até ao final de Setembro, 400 mil até final de Outubro. Por esta altura, 75 mil beneficiários de RSI também já receberam a carta - uns têm até 15 de Outubro e outros até 31. Até às 9h, a hora em que as portas da Segurança Social se abrem, mais de 70 pessoas acomodar-se-ão umas atrás das outras, com papéis nas mãos e perguntas na cabeça. "Às segundas-feiras é pior", anuncia a quinta da fila. "Hoje é sexta-feira, muita gente já está a pensar no fim-de-semana. " Reflexo do Programa de Estabilidade e Crescimento: as regras de acesso às prestações não contributivas - subsídio social de desemprego, rendimento social de inserção, abono de família, subsídio social de parentalidade - mudaram a 1 de Agosto. Modificaram-se os rendimentos considerados, o conceito de agregado, a definição da capitação. E por isso é preciso passar a vida de cada um a pente fino. E tudo através da Internet. Oportunidade de negócioAna parece perdida a meio da fila. "Oh! Isso é tudo na Internet", avisa Júlia, a pessoa que a antecede. "Não pode ser!", reage a recém-divorciada, de repente convertida em pobre, mostrando uma carta que diz que "as provas são obrigatoriamente feitas" no site da Segurança Social e que quem já tem palavra-passe deve recorrer ao técnico que gere o seu processo de RSI em busca de esclarecimentos e de ajuda. "Fique se quiser, mas vão mandá-la embora", torna a outra, com um ar convivente. "Ainda ontem perguntei e disseram-me que não era com eles. " Ana franze a testa: "Ora agora, como é que eu tenho Internet?!"A info-exclusão multiplica impossíveis como o que a Ana enfrenta nesta manhã de 17 de Setembro. Como ela quantos?, pergunta quem a ouve engrossar a voz, indignada. Mas já há quem aqui tenha descoberto uma oportunidade de negócio. Na fila está pelo menos uma funcionária de uma empresa de contabilidade que presta este serviço por cinco euros. Em diversos bairros, florescem "voluntários" para o fazer a preços que oscilam entre os cinco e os 50 euros. "Nos serviços de atendimento será possível utilizar quiosques com acesso à Internet e apoio de colaboradores", informa o Instituto de Segurança Social (ISS), por email. "No âmbito do protocolo com o Instituto Português de Juventude, voluntários apoiarão na realização da prova de condição de recursos. " Alguns centros de atendimento estão a marcar as provas de rendimentos de quem foi notificado para as prestar até ao final de Outubro - esta é considerada a fase mais crítica; depois de Outubro ainda virão 73. 800 beneficiários de RSI e 400 mil não beneficiários. Os serviços poderão abrir ao sábado, como fizeram, por exemplo, quando arrancou o Complemento Solidário para Idosos, informa o ISS. E prevê-se que os beneficiários de RSI tenham "apoio dos [seus] técnicos de referência", através das parcerias já estabelecidas com instituições particulares de solidariedade social. Para já, a ausência de apoio confirmar-se-á mal a porta se abra e a distribuição de senhas se inicie. "Não é connosco, tem de ir à Internet", dirá a funcionária. Ana já terá partido - há-de pedir a um sobrinho que lhe trate da papelada pela Internet, como lhe exige o Estado. Uma rapariga, de cabelos aos caracóis, garante-lhe que ele conseguirá: só terá de seguir os passos; se tiver dúvidas, que ligue para o centro de contacto "via segurança social" e que as tire.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave exclusão mulher ajuda social desemprego rapariga