A25: sobe para seis número de mortos dos acidentes de há uma semana
Um dos feridos dos acidentes de há uma semana na A25, em Sever do Vouga, que se encontrava hospitalizado nos cuidados intensivos dos Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC), morreu esta manhã, elevando para seis o número de vítimas mortais dos sinistros. (...)

A25: sobe para seis número de mortos dos acidentes de há uma semana
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-08-30 | Jornal Público
SUMÁRIO: Um dos feridos dos acidentes de há uma semana na A25, em Sever do Vouga, que se encontrava hospitalizado nos cuidados intensivos dos Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC), morreu esta manhã, elevando para seis o número de vítimas mortais dos sinistros.
TEXTO: O homem de 49 anos, professor em Viseu, manteve sempre o prognóstico reservado desde que deu entrada nos HUC, após o acidente, ocorrido há uma semana. Na mesma unidade hospitalar mantêm-se internadas duas mulheres no serviço de Neurocirurgia. O seu estado evolui de forma favorável, de acordo com fonte dos HUC ouvida pela Lusa. Quanto à criança de cinco anos que se encontra no Hospital Pediátrico de Coimbra, a mesma fonte indicou que está a “recuperar bem” no serviço de Ortopedia daquela unidade, para onde foi transferida no fim-de-semana, após uma cirurgia maxilo-facial e a um membro, disse fonte hospitalar. No Hospital de Santa Maria, em Lisboa, mantinha-se internada na última sexta-feira uma mulher com queimaduras em 25 por cento do corpo. Há exactamente uma semana, dois acidentes graves ocorreram na A25, junto ao nó de Talhadas, em Sever do Vouga. Dos sinistros resultaram seis mortos e 72 feridos e a destruição de várias viaturas. Um primeiro balanço dava conta de seis vítimas mortais no dia em que ocorreram os dois acidentes, mas o Instituto de Medicina Legal corrigiu o número, indicando que ali só tinham dado entrado os corpos de cinco pessoas. Esta manhã, a A25 voltou a ser palco de um outro acidente, quando duas viaturas colidiram entre Guarda e Vilar Formoso. O acidente causou a morte a um dos ocupantes e provocou ferimentos graves noutro.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave morte mulher homem criança mulheres corpo
Eslováquia: homem armado matou seis pessoas em Bratislava
Um homem armado matou a tiro seis pessoas esta manhã na capital da Eslováquia, Bratislava, e deixou pelo menos outras 14 feridas. (...)

Eslováquia: homem armado matou seis pessoas em Bratislava
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento -0.2
DATA: 2010-08-30 | Jornal Público
SUMÁRIO: Um homem armado matou a tiro seis pessoas esta manhã na capital da Eslováquia, Bratislava, e deixou pelo menos outras 14 feridas.
TEXTO: "Houve um tiroteio pelas 10h00 [hora local, 9h00 em Portugal]", foi confirmado pela porta-voz do Serviço Nacional de Emergências, Dominika Sulkova. "Infelizmente seis das pessoas alvejadas não sobreviveram ao ataque, quatro mulheres e dois homens", avançou. O bairro onde o ataque ocorreu - Devinska Nova Ves - foi fechado pela polícia que, até ao momento, não avançou mais informações sobre o incidente além da confirmação do número de vítimas. Foi marcada uma conferência de imprensa para as 13h30. A Eslováquia, país da União Europeia, registou alguns incidentes de ataques a tiro envolvendo grupos ciminosos na década de 1990. Notícia corrigida às 14h00
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave homens ataque mulheres
Niqab: Um véu entre islão e república
O debate sobre a interdição do véu integral islâmico em França entra, ?na próxima semana, na sua fase crucial. A polémica é acompanhada de perto na Bélgica, Espanha, Itália e Alemanha. Esta discussão não é religiosa? - é de cidadania, diz Malek Chabel, tradutor do Corão. As palavras ?"burqa" e "niqab" não existem no livro sagrado dos muçulmanos. E "hijab" desapareceu do dicionário de árabe moderno. (...)

Niqab: Um véu entre islão e república
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-08-30 | Jornal Público
SUMÁRIO: O debate sobre a interdição do véu integral islâmico em França entra, ?na próxima semana, na sua fase crucial. A polémica é acompanhada de perto na Bélgica, Espanha, Itália e Alemanha. Esta discussão não é religiosa? - é de cidadania, diz Malek Chabel, tradutor do Corão. As palavras ?"burqa" e "niqab" não existem no livro sagrado dos muçulmanos. E "hijab" desapareceu do dicionário de árabe moderno.
TEXTO: 1. A polémicaNa próxima semana, a rentrée política francesa promete amalgamar em 48 horas o debate sobre a interdição legal do véu integral islâmico - o niqab -, o fim do Ramadão e o aniversário dos atentados da Al-Qaeda em Nova Iorque. "Não é nada bom", resume M"hammed Henniche, responsável de um conselho muçulmano que reúne trinta mesquitas em Seine-Saint-Denis, na periferia norte de Paris, no coração da França islâmica. "Chegámos aqui depois de um ano rico em ataques políticos aos muçulmanos franceses", acusa Henniche, contando pelos dedos as várias "ofensivas". "Começou em Junho de 2009, com a abertura da missão parlamentar sobre o véu. Depois foi o debate sobre a identidade nacional, que foi o que se viu. Depois discutiu-se os minaretes por causa do referendo na Suíça. A seguir começaram a falar da poligamia. Agora é a ameaça de retirar a nacionalidade aos de origem estrangeira. Às vezes pensamos: será que fazem de propósito?"A coincidência incendiária de agenda entre política francesa, calendário islâmico e efeméride terrorista escancara, afinal, toda a complexidade de um debate que vai muito além do véu muçulmano: o lugar da religião num Estado laico, o lugar da mulher no islão, o lugar dos muçulmanos em França, o lugar do islão na Europa. A reboque, e por se tratar de França, surge o mal-estar adicional da Argélia, "uma guerra e uma descolonização que continuam por resolver, com consequências terríveis até hoje", como sintetiza o poeta e ensaísta de origem tunisina Abdelwahab Meddeb. Cerca de cinco milhões de muçulmanos entre 64 milhões de franceses fazem de França o país com a maior população islâmica da Europa e tornaram o islão na segunda maior religião do país, depois do catolicismo. A polémica sobre a interdição do véu integral feminino, ou niqab, motivou a abertura de uma missão da Assembleia Nacional, que realizou dezenas de audiências, algumas ao rubro e no limite da agressão física entre participantes e deputados. O relatório da missão, com alterações ao sabor das discussões no seio dos maiores partidos, foi votado em Conselho de Ministros em Maio e aprovado pela Assembleia Nacional em Julho, que ignorou uma derrota de percurso: o Conselho de Estado chumbou o projecto de lei. Catorze meses depois, o processo atinge agora a fase crucial de discussão na câmara alta do parlamento francês. Se for aprovada, a lei de interdição geral do niqab terá provavelmente que enfrentar o Conselho Constitucional e as instâncias de justiça europeia, conforme prometem as organizações de defesa de direitos humanos. O Presidente da República francês, Nicolas Sarkozy, lançou a discussão sobre a interdição do niqab ao declarar, num discurso em Junho de 2009, que "o véu integral não será bem-vindo em França". O debate é acompanhado de perto em países como a Bélgica, a Espanha, a Itália e a Alemanha, onde interdições totais ou parciais do véu islâmico ao nível federal ou regional foram aprovadas nos últimos meses. A polémica é também seguida a levante - e não apenas pelos integristas. O niqab foi recentemente proibido em universidades do Egipto e da Síria. Segundo o Ministério do Interior francês, o niqab é usado por "cerca de duas mil mulheres" em França, ou seja, três por cada cem mil habitantes, embora outras fontes citem um número ainda menor, de não mais que 600 mulheres. Noventa por cento dos casos recenseados pelo Ministério do Interior têm menos de 40 anos e um quarto são "novas convertidas". As muçulmanas que cobrem totalmente o rosto vivem, sobretudo, nas grandes cidades e periferias de Paris, Lyon e Marselha, segundo o mesmo estudo oficial.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave direitos guerra lei humanos mulher estudo mulheres
Universidade de Verão do PSD arranca hoje em Castelo de Vide
Uma centena de "jotas" juntam-se a partir de hoje em Castelo de Vide, para mais uma Universidade de Verão do PSD, iniciativa que volta a marcar a “rentrée” oficial do partido. (...)

Universidade de Verão do PSD arranca hoje em Castelo de Vide
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-08-31 | Jornal Público
SUMÁRIO: Uma centena de "jotas" juntam-se a partir de hoje em Castelo de Vide, para mais uma Universidade de Verão do PSD, iniciativa que volta a marcar a “rentrée” oficial do partido.
TEXTO: Com as aulas este ano a cargos de ‘professores’ como o presidente do Tribunal de Contas, que irá falar sobre corrupção, ou o antigo líder do PSD Marcelo Rebelo de Sousa, a semana irá terminar no domingo com o discurso do líder social-democrata, Pedro Passos Coelho. Esta intervenção “marcará a linha orientadora do partido nos próximos meses”, disse o secretário-geral do PSD, Miguel Relvas. Já hoje, caberá a Miguel Relvas dar o ‘pontapé de saída’, com uma intervenção na abertura da Universidade de Verão. Defendendo que é Portugal que não está condenado a ser um dos países mais atrasados da Europa, Miguel Relvas irá apostar num “discurso de esperança”. Ao longo da semana, além das ‘aulas’ do presidente do Tribunal de Contas e de Marcelo Rebelo de Sousa, outros ‘professores’ passarão por Castelo de Vide, como o padre Lino Maia, presidente da Confederação Nacional das Instituições Particulares de Solidariedade Social, Carlos Pimenta, ex-ministro do ambiente do PSD, e o presidente do conselho de administração da Vodafone António Carrapatoso, entre outros. A Universidade de verão do PSD conta todos os anos com cem jovens alunos. Na presente edição, têm uma média de idades de 23 anos, sendo que 40 por cento são mulheres.
REFERÊNCIAS:
Ministro da Defesa menciona possível cedência de partes de Jerusalém
O ministro israelita da Defesa, Ehud Barak, afirmou que Israel estaria disposto a entregar partes de Jerusalém no âmbito das conversações de paz com palestinianos que são hoje lançadas em Washington, em declarações hoje publicadas pelo diário "Ha'aretz". (...)

Ministro da Defesa menciona possível cedência de partes de Jerusalém
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-09-01 | Jornal Público
SUMÁRIO: O ministro israelita da Defesa, Ehud Barak, afirmou que Israel estaria disposto a entregar partes de Jerusalém no âmbito das conversações de paz com palestinianos que são hoje lançadas em Washington, em declarações hoje publicadas pelo diário "Ha'aretz".
TEXTO: Os comentários de Ehud Barak sobre a partição de Jerusalém, no coração do conflito, foram vistos como um sinal da disposição do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, em dividir a cidade num acordo final com os palestinianos. Mas um responsável da comitiva de Netanyahu veio negar esta intenção. “A posição do primeiro-ministro é de que Jerusalém é um dos assuntos centrais na mesa de negociações”, disse um adido do primeiro-ministro, citado pela agência francesa de notícias AFP. “A nossa posição é de que Jerusalém irá manter-se a capital não dividida de Israel. ”Em declarações públicas, Netanyahu tem sempre resistido a qualquer ideia de cedência da parte Oriental, árabe, de Jerusalém, que Israel capturou no final da guerra de 1967. Barak, que se tinha reunido com o primeiro-ministro antes da partida de Netanyahu para Washington, falou de uma ideia diferente: “Jerusalém Ocidental e os 12 bairros judaicos onde vivem 200 mil residentes [israelitas] serão nossos”, disse Barak ao diário israelita "Ha’aretz". “Os bairros árabes em que vivem quase 250 mil palestinianos vão ser deles”. Os palestinianos exigem o controlo de Jerusalém Oriental, onde querem ter a sua capital. Barak falou ainda de um “regime especial” na Cidade Velha, onde se junta a Mesquita de Al-Aqsa, a terceira mais sagrada do islão, e o Muro Ocidental, vestígio dos dois templos antigos do judaísmo e local de oração privilegiado para judeus. Nas declarações ao "Ha'aretz", o ministro teve um tom de optimismo pouco habitual em relação às conversações de paz, nota ainda o jornal. As conversações de paz iniciam-se sob a sombra do atentado ontem, reivindicado pelo Hamas, em que morreram quatro habitantes de um colonato judaico numa auto-estrada na Cisjordânia, atingidos a tiro. Tratava-se de dois homens e duas mulheres, uma das quais estava grávida. Notícia actualizada às 15h10
REFERÊNCIAS:
Religiões Judaísmo
Ataque mata quatro israelitas perto de Hebron
Quatro israelitas foram mortos num ataque a uma estrada usada por palestinianos e por colonos perto de Hebron, na Cisjordânia. O Hamas reivindicou a acção. (...)

Ataque mata quatro israelitas perto de Hebron
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.1
DATA: 2010-09-01 | Jornal Público
SUMÁRIO: Quatro israelitas foram mortos num ataque a uma estrada usada por palestinianos e por colonos perto de Hebron, na Cisjordânia. O Hamas reivindicou a acção.
TEXTO: O ataque ocorreu mesmo em véspera das conversações de paz israelo-palestinianas numa iniciativa norte-americana de alto nível que se segue à interrupção das conversações durante 20 meses. O ministro israelita da Defesa, Ehud Barak, afirmou que o incidente foi “grave e difícil”. As vítimas, que moravam no colonato judaico a sul de Hebron, eram dois homens e duas mulheres, uma delas grávida. A possibilidade de acções violentas tinha já sido evocada pela secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, quando anunciou o encontro em Washington, e tanto israelitas como palestinianos tinham também mencionado esta possibilidade. O Hamas reivindicou o ataque, levado a cabo pelas suas Brigadas Ezzedine Al-Qassam. O movimento islamista, que controla a Faixa de Gaza, declarou-se contra estas negociações de paz com Israel. Mas um porta-voz do movimento, Osama Hamdan, afirmou à estação de televisão Al-Jazira que o ataque era uma reposta aos “crimes de Israel” e não uma tentativa de boicotar as conversações de paz. “Não achamos que haja necessidade de sabotar estas negociações, porque Netanyahu já o fez. ”As conversações de paz iniciam-se na quinta-feira, em Washington, depois de um jantar, amanhã, com Netanyahu, o líder da Autoridade Palestiniana Mahmoud Abbas, o rei Abdullah da Jordânia, o Presidente egípcio, Hosni Mubarak, e o enviado do Quarteto internacional, Tony Blair, que são recebidos na Casa Branca pelo Presidente, Barack Obama. As últimas acções violentas na Cisjordânia ocorreram perto de Hebron ou da auto-estrada 60, a mesma do ataque de hoje. Em Junho, um agente policial israelita foi morto e dois outros ficaram feridos num ataque a tiro fora de Hebron, e em Maio dois israelitas ficaram feridos por estilhaços de vidros quebrados por balas noutra secção da mesma auto-estrada. Notícia actualizada às 20h20
REFERÊNCIAS:
Entidades EUA
Blair diz que Brown foi o "desastre" político que ele previu mas não conseguiu evitar
Uma outra parceria, não menos inédita, está agora no poder em Londres e dois irmãos disputam entre si o trono dos trabalhistas, mas é ainda o jogo de forças entre os dois titãs políticos da última década e meia que continua a fascinar os britânicos. Tony Blair, remetido ao silêncio durante três anos, provou-o ontem ao levantar finalmente a cortina sobre a sua relação "quase impossível" com Gordon Brown - um político "brilhante" a quem faltava "inteligência emocional" e que foi na chefia do Governo "o desastre" que o seu sucessor diz ter previsto. (...)

Blair diz que Brown foi o "desastre" político que ele previu mas não conseguiu evitar
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento -0.25
DATA: 2010-09-02 | Jornal Público
SUMÁRIO: Uma outra parceria, não menos inédita, está agora no poder em Londres e dois irmãos disputam entre si o trono dos trabalhistas, mas é ainda o jogo de forças entre os dois titãs políticos da última década e meia que continua a fascinar os britânicos. Tony Blair, remetido ao silêncio durante três anos, provou-o ontem ao levantar finalmente a cortina sobre a sua relação "quase impossível" com Gordon Brown - um político "brilhante" a quem faltava "inteligência emocional" e que foi na chefia do Governo "o desastre" que o seu sucessor diz ter previsto.
TEXTO: Há muito mais em Tony Blair - A Journey (Uma Viagem, um título mais modesto do que a versão pré-anunciada de Tony Blair - A Viagem) do que o ajustar de contas que ontem encheu as manchetes dos jornais e das televisões. Há o Iraque e a defesa de uma decisão que marcou o seu legado como primeiro-ministro; revelações como a de que bebia "perto do limite" e que isso o ajudava a lidar com o stress; revelações sobre os bastidores do poder e uma avaliação orgulhosa de um "grande governo reformista". Mas nada é tão forte como as palavras que dedica ao seu ex-ministro das Finanças e ao conflito surdo que mantiveram durante anos. "As memórias de Tony Blair fazem-me lembrar a extraordinária entrevista da princesa Diana ao [programa] Panorama. Confirmam que aquilo que foi noticiado sobre o que acontecia nos bastidores era apenas metade da história", escreveu no seu blogue o editor de política da BBC, Nick Robinson. Uma das histórias nunca contadas é a da suposta chantagem feita em Março de 2006, na "mais feia das reuniões" entre os dois: Blair conta que Brown terá ameaçado explorar o escândalo que na altura ensombrava o Governo (a troca de lugares na Câmara dos Lordes por doações ao Labour) se Blair não travasse a reforma do sistema de pensões - o que acabou por suceder. "Não vale a pena negar, nos últimos tempos as coisas foram extremamente difíceis", admitiu o ex-primeiro-ministro, na entrevista que a BBC fez coincidir com o lançamento das memórias. Brown era então um "tipo estranho", "por vezes enlouquecedor", que conspirava para conseguir o lugar que Blair prometera ceder-lhe. Só que era já claro que os dois "não estavam a trabalhar na mesma agenda" e que Brown funcionava como "travão" às reformas do Governo. Então por que nunca o demitiu? Blair tem duas respostas, uma estratégica a outra política: "Era melhor mantê-lo perto e controlado do que deixá-lo partir " e, por mais conflitos que houvesse, "a verdade é que, sempre que pensei substituí-lo, concluí que ele era o melhor para o lugar". A passagem de testemunho aconteceu em Junho de 2007 - "teria sido impossível evitá-la" - mas, no mais cru ataque ao seu sucessor, Blair disse ao Guardian ter sempre sabido que os três anos seguintes seriam "um desastre". Não só porque ao novo primeiro-ministro faltava a "inteligência emocional", mas também porque o "Labour só venceu enquanto foi New Labour" e Brown esqueceu-se disso. Sem remorsosMais emocional é o capítulo sobre guerra do Iraque. Um dia depois do fim das operações de combate americanas no país, Blair admite que falhou "ao não prever o papel da Al-Qaeda e do Irão" no período que se seguiu à invasão e admite a sua "angústia" em relação à perda de vidas humanas. Diz também "lamentar profundamente" o sofrimento das famílias dos militares mortos, mas acrescenta: "Não posso ter remorsos sobre a decisão de avançar para a guerra. " Insiste que, apesar de não terem sido encontradas armas químicas ou biológicas, Saddam Hussein "mantinha a intenção de as desenvolver" e, por isso, a invasão foi justificada. Blair também não escapa à polémica quando fala sobre o futuro do Labour. Nem no livro, nem nas duas entrevistas que gravou antes de partir para Washington, diz quem apoia na corrida à liderança. Mas deixa clara a sua preferência por David Miliband - o mais New Labour dos candidatos - quando critica os que, como Ed Miliband, tentam encostar o partido à esquerda. Numa das declarações que mais impacto terão na campanha, Blair avisa que se o Labour não quer perder as próximas eleições tem de manter-se como uma "força progressista" e voltar a ocupar o centro. Martin Kettle, o jornalista que o entrevistou para o Guardian, diz não ter a certeza de que Blair tenha estado, como ele alega, três anos longe da política britânica, mas que com este livro "ele está definitivamente de volta".
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave guerra ataque princesa chantagem
O que mudou na Casa Pia oito anos após o escândalo
Depois do impacto das notícias e do sentimento negativo vieram as mudanças e hoje já quase nem se pensa no caso de pedofilia. Quem vestia a camisola continua a vesti-la. (...)

O que mudou na Casa Pia oito anos após o escândalo
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-09-02 | Jornal Público
SUMÁRIO: Depois do impacto das notícias e do sentimento negativo vieram as mudanças e hoje já quase nem se pensa no caso de pedofilia. Quem vestia a camisola continua a vesti-la.
TEXTO: Foi em Novembro de 2002 que se falou pela primeira vez do caso Casa Pia. O processo converteu-se num dos mais mediáticos de sempre em Portugal e com um impacto profundo, tanto em quem fazia da instituição o seu dia-a-dia como na sociedade em geral. O tempo passou e a Casa Pia de Lisboa sofreu mudanças, tornando-se "outra" e um sítio "mais bem preparado", como afirma a antiga presidente da instituição, Joaquina Madeira. A reestruturação, que passou por múltiplos aspectos, desde a redução do número de alunos internos, à formação de educadores, ou até à aposta em diferentes métodos pedagógicos, deu um novo fôlego à casa. Hoje, os alunos olham para tudo o que se passou de forma distante, o sentimento negativo foi passando e já quase não se pensa no caso que há oito anos encheu as capas dos jornais. A instituição alterou, corrigiu, mas o espírito parece nunca ter mudado. "As pessoas que vestiam a camisola da Casa Pia de Lisboa continuam a vesti-la, e é isso que importa", sintetiza um dos alunos. Cristina Fanqueiro, nova directora, tem nas suas mãos "uma casa nova", um projecto que está a ser "consolidado", mas que mantém os ideais de sempre. A sua antecessora, Maria Joaquina Madeira, explicou ao PÚBLICO os principais pontos das mudanças introduzidas na instituição desde que foi conhecido o caso de pedofilia. Desmassificação - equipas mais curtas e disponíveisA instituição decidiu que não teria tantos jovens nos seus equipamentos para ter equipas mais disponíveis e mais preparadas para os acompanhar. Hoje há três crianças por educador e estão, por isso, criadas as melhores condições para existir uma relação de proximidade. Foi uma decisão política relativamente ao modelo da casa. Acabamos por ter menos capacidade de resposta, mas a que temos é muito qualificada. Em quatro anos e meio, integramos na comunidade, em situação de autonomia ou em situação familiar, cerca de 400 jovens. Menos tempo de acolhimentoAntes as crianças chegavam à instituição e ficavam 10 ou 12 anos. Hoje, quando a criança chega (seja através do tribunal ou da comissão), a preocupação é, desde logo, preparar a sua saída. Quando cheguei, em 2006, a média de tempo de internamento era oito anos, hoje estamos em cinco e queremos reduzir para metade. Criação de unidades residenciais de tipo familiarExistiam alguns lares com cerca de 30 crianças e apenas três monitores. A prioridade era inseri-los na comunidade e, neste momento, estão todos integrados. Existe uma média de 12 crianças por lar, e cada sede tem quatro educadores. Este rácio de três crianças por profissional (mais um auxiliar durante as noites, um psicólogo e um assistente social) permite um acompanhamento individual que antes não era possível. Formação específica para os educadoresTodos os profissionais têm tido, ao longo do tempo, formação para a função que desempenham. Houve qualificação das equipas e reorganização das mesmas. Ao mesmo tempo tem sido realizado um trabalho com os funcionários, no sentido de os ouvir, incentivando a sua participação, para que a autopunição que sentiram, durante anos, seja completamente superada. Mais apartamentos de autonomizaçãoA ideia tem como objectivo criar um período de adaptação para que os jovens não sejam "largados" na comunidade sem qualquer tipo de preparação. Os seis apartamentos são destinados a jovens a partir dos 15 anos e esta é uma forma destes rapazes e raparigas fazerem um treino de competências para a sua autonomia. São 22 os jovens que, neste momento, usufruem deste equipamento. Sistema de informação e orientação profissional
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave tribunal comunidade social criança
Dois feridos em explosão num lar de idosas em Coimbra
Duas pessoas sofreram queimaduras ligeiras numa explosão ocorrida hoje num lar de idosas em Coimbra. Na origem do incidente terá estado uma fuga de gás. (...)

Dois feridos em explosão num lar de idosas em Coimbra
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-09-03 | Jornal Público
SUMÁRIO: Duas pessoas sofreram queimaduras ligeiras numa explosão ocorrida hoje num lar de idosas em Coimbra. Na origem do incidente terá estado uma fuga de gás.
TEXTO: A explosão da botija de gás, a que se sucedeu um pequeno foco de incêndio numa cozinha da instituição, causou ferimentos ligeiros em duas mulheres, de 64 e 86 anos, que foram transportadas para os Hospitais da Universidade de Coimbra, adiantou fonte dos bombeiros voluntários locais. O acidente deu-se ao princípio da manhã no “Recolhimento do Paço do Conde”, situado na Rua Adelino Veiga, na baixa da cidade. Uma utente da instituição, Maria de Lurdes Leal, explicou que o rebentamento provocou alguns estragos numa pequena cozinha, tendo destruído uma janela. “Ouvi um estrondo, foi um susto”, adiantou. De acordo com a utente, o lar acolhe perto de dez idosas, destina-se a “viúvas e outras senhoras sem família” e funciona num antigo palácio com vários séculos de existência.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave mulheres
Hugo Marçal considera que já está condenado e anuncia que vai recorrer
Hugo Marçal afirmou hoje, depois de voltar do intervalo de almoço da leitura do acórdão do processo Casa Pia, que considera já estar condenado, anunciando que vai recorrer da decisão do tribunal. (...)

Hugo Marçal considera que já está condenado e anuncia que vai recorrer
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-09-03 | Jornal Público
SUMÁRIO: Hugo Marçal afirmou hoje, depois de voltar do intervalo de almoço da leitura do acórdão do processo Casa Pia, que considera já estar condenado, anunciando que vai recorrer da decisão do tribunal.
TEXTO: O arguido disse que "as provas não foram apreciadas de forma conveniente" e insistiu que não percebe como é que o colectivo de juízes chegou a estas conclusões. "Houve falta de rigor", acusou, explicando que vai reunir com a sua advogada para "pensar numa estratégia de intervenção" e "lutar para que se descubra a verdade". Todos os arguidos do processo da Casa Pia podem vir a ser condenados hoje, dado que o tribunal já considerou provado que cometeram ou favoreceram abusos sexuais com ex-alunos da instituição. A leitura do acórdão, que será feita de forma resumida, é retomada esta tarde com a fundamentação do processo principal, prevendo-se que esta demore duas horas. Já foram dados como provados pelo menos 19 crimes. O tribunal considerou como provados actos sexuais praticados por Carlos Silvino, Manuel Abrantes, Jorge Ritto, Carlos Cruz, Ferreira Diniz e Hugo Marçal com menores da Casa Pia. Os juízes deram também como provado que Gertrudes Nunes tinha conhecimento de que a sua casa de Elvas era utilizada para a prática dos abusos. Em relação ao arguido Hugo Marçal, que está pronunciado por lenocínio (fomento à prostituição com fins lucrativos), o tribunal considerou provado que este providenciou uma casa em Elvas, pedida à arguida Gertrudes Nunes.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave tribunal prostituição