Doentes operados em clínica privada de Lagoa mantêm prognóstico "muito reservado"
Os quatro doentes que correm risco de cegueira na sequência de uma intervenção oftalmológica numa clínica em Lagoa (Algarve) continuavam ao início da manhã de hoje sob prognóstico "muito reservado", disse fonte do Centro Hospitalar de Lisboa Central. (...)

Doentes operados em clínica privada de Lagoa mantêm prognóstico "muito reservado"
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.1
DATA: 2010-08-07 | Jornal Público
SUMÁRIO: Os quatro doentes que correm risco de cegueira na sequência de uma intervenção oftalmológica numa clínica em Lagoa (Algarve) continuavam ao início da manhã de hoje sob prognóstico "muito reservado", disse fonte do Centro Hospitalar de Lisboa Central.
TEXTO: Os quatro doentes - dois homens e duas mulheres - foram operados na clínica I-QMed, em Lagoa, e posteriormente transferidos para o Hospital dos Capuchos, que integra o Centro Hospitalar de Lisboa Central. Três destes doentes foram submetidos a uma intervenção de correcção de cataratas e uma das mulheres a uma cirurgia para colocação de lentes, segundo informação prestada na sexta-feira à Lusa por Manuel de Brito, da administração do Centro Hospitalar de Lisboa Central. Segundo a equipa clínica do Hospital dos Capuchos, que já contactou o médico da clínica de Lagoa, os doentes foram afectados por uma infecção pós-cirúrgica, mas a Inspecção-Geral das Actividades em Saúde está ainda a investigar as causas. Também na sexta-feira, a Ordem dos Médicos anunciou que vai abrir um inquérito e um processo disciplinar ao médico oftalmologista que operou os quatro doentes. Em declarações à agência Lusa, o bastonário da ordem dos Médicos, Pedro Nunes, adiantou ainda que a instituição está disponível para colaborar com todas as outras entidades na investigação a este caso. O responsável adiantou ao "Correio da Manhã" que o médico holandês está registado na Ordem dos Médicos e que, segundo a lei europeia, tem todo o direito de exercer a actividade que exerce em Portugal. A clínica não estava licenciada nem registada junto das autoridades de saúde.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave homens lei mulheres
Venda de fármacos para crianças hiperactivas continua a aumentar
João, Maria, José, tanto faz. São só miúdos irrequietos ou serão hiperactivos? São só muito distraídos ou têm um défice de atenção? Resolve-se com paciência e tempo ou é preciso também a ajuda de um químico? Há cada vez mais crianças com o diagnóstico de Perturbação de Hiperactividade com Défice de Atenção (PHDA) e, por isso, cada vez mais crianças são medicadas com psicoestimulantes, como a conhecida Ritalina. (...)

Venda de fármacos para crianças hiperactivas continua a aumentar
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-08-08 | Jornal Público
SUMÁRIO: João, Maria, José, tanto faz. São só miúdos irrequietos ou serão hiperactivos? São só muito distraídos ou têm um défice de atenção? Resolve-se com paciência e tempo ou é preciso também a ajuda de um químico? Há cada vez mais crianças com o diagnóstico de Perturbação de Hiperactividade com Défice de Atenção (PHDA) e, por isso, cada vez mais crianças são medicadas com psicoestimulantes, como a conhecida Ritalina.
TEXTO: Na história de Linda Serrão os nomes em causa são Bernardo, Rodrigo e Eduardo. Os três filhos com diagnóstico de PHDA levaram-na a criar a Associação Portuguesa da Criança Hiperactiva, que reúne mais de 100 associados. Tantas vezes foi contado nos jornais e revistas o caso dos três rapazes medicados que, no entretanto, eles cresceram. Hoje, Linda Serrão olha para a família e nota que os rapazes se fizeram quase homens e "são eles que decidem se precisam ou não da medicação". Para trás ficam muitos dias de desespero. "Foi um inferno", reforça Linda, notando que os pais também acabam por ficar dependentes da "preciosa medicação". Desde a introdução no mercado, as vendas dos psicofármacos usados para tratar PHDA aumentam de ano para ano em Portugal. E, todos os anos, encontramos no gráfico de vendas do metilfenidato (princípio activo da Ritalina, Rubifen e Concerta) a mesma curva: uma quebra acentuada no Verão (quando muitos especialistas aconselham uma pausa na medicação) e um disparo significativo no início do ano lectivo. Em 2009, segundo dados da consultora IMS Health, foi assim: de 4491 unidades em Agosto, as vendas dispararam para 13. 206 em Setembro. Apesar deste salto na ordem dos 200 por cento, os valores máximos desse ano surgem em Novembro, com mais de 17 mil embalagens vendidas. No total, de Maio de 2009 a Abril de 2010, venderam-se nas farmácias portuguesas 157 mil embalagens de medicamentos com metilfenidato e a despesa com estes fármacos totalizou mais de 3, 6 milhões de euros. Dois anos antes tinham sido 116 mil as embalagens vendidas, o que aponta para uma subida, desde essa altura, da ordem dos 35 por cento. Nota-se que é na hora de regressar aos bancos da escola que o fármaco é mais reclamado. E é também aí que o problema costuma ser detectado. A criança, que era apenas muito distraída e irrequieta, passa a ser motivo de preocupação quando esses traços têm consequências nos resultados escolares. E, geralmente, entra-se no consultório do pediatra. 100 mil crianças afectadas"Dizem-se muitas asneiras sobre isto tudo", avisa o neuropediatra Nuno Lobo Antunes. O especialista, que dirige o Cadin (Centro de Apoio ao Desenvolvimento Infantil, em Cascais), considera que ainda estamos perante um subdiagnóstico do problema. Sem que exista um estudo nacional, as estimativas apontam para uma percentagem de crianças afectadas, entre os seis e os 12 anos, situada entre um e sete por cento. Ou seja, podem chegar aos 100 mil casos. Mas, mais importante ainda, o médico explica que o diagnóstico de uma PHDA é comportamental - não existe um marcador biológico. Ou seja, não é nada que possa ser detectado numa análise ao sangue ou, por exemplo, numa TAC (Tomografia Axial Computadorizada). É, resume, um "defeito invisível". O diagnóstico é conseguido após análises e testes feitos por especialistas de várias áreas e, como sempre na medicina, a avaliação acontece caso a caso. Nuno Lobo Antunes nota que é preciso perceber, por exemplo, se a criança tem dificuldade de concentração em matérias que exigem esforço mental (não se deve ter em conta um programa de televisão preferido ou um jogo de consola) e se não existem outros factores que possam justificar este resultado. Por outro lado, o neuropediatra explica que, apesar de a hiperactividade e a impulsividade associada ser o factor mais incomodativo, há muitas crianças medicadas com metilfenidato para o défice de atenção que nem sequer revelam sinais de hiperactividade. Pensa-se mesmo que o quadro sem a perturbante impulsividade afecta mais as raparigas, que são diagnosticadas quatro anos mais tarde do que eles. Até lá passam por meninas sonhadoras, com a cabeça na lua.
REFERÊNCIAS:
Mais queixas contra menores por violência sexual
À Polícia Judiciária estão a chegar cada vez mais casos em que os agressores são menores de 16 anos, o que já obrigou a um reforço de meios. (...)

Mais queixas contra menores por violência sexual
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.5
DATA: 2010-08-09 | Jornal Público
SUMÁRIO: À Polícia Judiciária estão a chegar cada vez mais casos em que os agressores são menores de 16 anos, o que já obrigou a um reforço de meios.
TEXTO: O número de queixas relativas a agressões sexuais cometidas por menores está a aumentar e a preocupar os responsáveis da Polícia Judiciária (PJ). As participações deste tipo de crimes praticados por adolescentes são cada vez mais frequentes na directoria de Lisboa da PJ, diz o seu responsável, José Braz, em declarações ao PÚBLICO. A grande maioria das situações verifica-se "no contexto familiar", por vezes vitimizando crianças mais novas, esclarece. Braz afirma que o aumento das denúncias de agressões sexuais por parte de menores é notório na área da Grande Lisboa, salientando que o aumento de queixas não significa que haja mais casos mas sim uma maior visibilidade do problema. Essa visibilidade é evidente nas estatísticas da Justiça relativas aos dois últimos anos, que registam um aumento considerável tanto de vítimas como de agressores com idade inferior a 18 anos nos crimes contra a liberdade e a autodeterminação sexual. Os dados de 2009 provenientes de "polícias e entidades de apoio à investigação" revelam que o número de jovens com menos de 16 anos suspeitos de praticarem este tipo de crimes - que incluem, entre outros, a violação e o abuso sexual de criança - foi de 69, contra 44 em 2008. O número de vítimas menores de 16 anos também aumentou de 173, em 2008, para 282, no ano seguinte. No que respeita especificamente ao crime de violação, há registo de seis casos de adolescentes em 2008, aumentando para nove no ano seguinte. Entre os exemplos relatados na comunicação social encontra-se o de um rapaz de 14 anos, suspeito de ter violado uma mulher de 20, que foi detido pela GNR no interior da Escola D. Pedro II, na Moita, em Março deste ano. As mesmas estatísticas indicam ainda que no ano passado havia 15 rapazes com menos de 16 anos internados em centros educativos por crimes de natureza sexual, incluindo, pela primeira vez, três casos de adolescentes envolvidos em pornografia de menores. E que 80 jovens entre os 16 e os 18 anos cumpriam pena de prisão efectiva, sete dos quais por violação. Em Outubro de 2008, três rapazes de um bairro da Amadora, de 16 e de 15 anos, surpreenderam uma jovem de 26 anos no seu local de trabalho, uma papelaria, na Reboleira. Ameaçada com uma arma de fogo, foi arrastada para a casa de banho e violada. Ali ficou trancada, até a socorrerem. Os rapazes foram acusados dos crimes de roubo agravado, sequestro e violação. Apenas o de 16 anos ficou em prisão preventiva. Francisco Allen Gomes, médico psiquiatra e um dos fundadores da Sociedade Portuguesa de Sexologia Clínica (SPSC), apresenta reservas quanto à explicação - considerada redutora - do fenómeno da prática da violência sexual pela influência da Internet e das novas tecnologias. "Não acredito no valor contagioso da pornografia", diz. Contextos de violênciaA conhecida pedopsiquiatra Teresa Ferreira, em várias intervenções públicas, alertou por diversas vezes para o perigo do consumo de conteúdos eróticos ou pornográficos por crianças muito novas e sem maturidade. E chamava a atenção para os efeitos desastrosos que tal poderia ter. Na opinião de Allen Gomes, a agressão sexual cometida por adolescentes é um problema que surge habitualmente noutros "contextos de violência e de exclusão social". Famílias desagregadas, consumo de álcool e promiscuidade são, no entender de Allen Gomes, ingredientes que criam um "caldo" que gera comportamentos de violência, entre os quais o da violência sexual, às vezes até em grupo. A ideia de que quem foi vítima de abuso se tornará abusador também é relativizada por este psiquiatra. "É um factor de risco mas não determinante", considera.
REFERÊNCIAS:
Entidades GNR PJ
Polícia Municipal começou a patrulhar ruas de Ponta Delgada
A primeira Polícia Municipal dos Açores, formalmente criada em Fevereiro de 2009, iniciou hoje a patrulha das ruas da cidade de Ponta Delgada. (...)

Polícia Municipal começou a patrulhar ruas de Ponta Delgada
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-08-09 | Jornal Público
SUMÁRIO: A primeira Polícia Municipal dos Açores, formalmente criada em Fevereiro de 2009, iniciou hoje a patrulha das ruas da cidade de Ponta Delgada.
TEXTO: Comandada pelo sociólogo Alberto Peixoto, a Polícia Municipal de Ponta Delgada iniciou a actividade com um corpo de 28 agentes - 20 homens e oito mulheres - e a sua acção visa sobretudo intensificar o “policiamento de proximidade e a aposta na prevenção”. Segundo a presidente do município, Berta Cabral, a entrada em funções da nova polícia pretende “contribuir para a manutenção da tranquilidade pública e para a protecção das comunidades locais”. Nos seus primeiros dias de acção, a Polícia Municipal de Ponta Delgada vai actuar em conjunto com a PSP, estando-lhe reservadas intervenções nas áreas do trânsito, estacionamento, segurança de estruturas municipais e fiscalização e protecção ambiental, explicou a autarca. No lançamento da nova polícia, o município de Ponta Delgada investiu cerca de 750 mil euros, aplicados na adaptação de instalações, aquisição de viaturas, armamento, equipamentos de fardamento. O processo destinado à criação da primeira polícia municipal dos Açores arrancou em 2002, mas a formação dos seus primeiros 28 agentes, escolhidos entre 197 candidatos, só começou em Março deste ano. “Ruas mais tranquilas e disciplinadas, vidas mais protegidas, propriedade privada mais acautelada e propriedade pública mais preservada” é o que Berta Cabral pretende conseguir através da acção da Polícia Municipal de Ponta Delgada.
REFERÊNCIAS:
Entidades PSP
Portugueses preferem lipoaspirações e Botox a aumentos mamários
A Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica e Estética divulgou dados sobre os procedimentos realizados em 2009. (...)

Portugueses preferem lipoaspirações e Botox a aumentos mamários
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-08-13 | Jornal Público
SUMÁRIO: A Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica e Estética divulgou dados sobre os procedimentos realizados em 2009.
TEXTO: Os números divulgados esta semana pela Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica e Estética (ISAPS) colocam Portugal no 23. º lugar numa tabela referente a todos os procedimentos de cirurgia plástica e estética (cirúrgicos e não-cirúrgicos) em mais de 80 países. Os portugueses parecem também seguir a tendência internacional, que mostra que actualmente há mais procura de soluções estéticas não cirúrgicas do que cirúrgicas. A ISAPS revela que em 2009, no nosso país, foram realizados um total de 128 mil intervenções estéticas, cirúrgicas e não cirúrgicas. De acordo com a ISAPS, fundada há 40 anos nas Nações Unidas em Nova Iorque, os dados revelados no relatório ISAPS Biennal Global Survey(TM) representam 75 por cento dos procedimentos realizados em 2009. São, garantem, "os primeiros dados fiáveis e internacionais sobre a cirurgia plástica, que foram obtidos e analisados por especialistas independentes da área da estatística". O levantamento foi obtido com as respostas de cirurgiões plásticos a um inquérito de duas páginas e, nota a sociedade: "Embora os intervalos de confiança mudem de acordo com o procedimento e com o país (. . . ), o total geral do inquérito deste trabalho tem uma margem de erro de 4, 24 por cento a um nível de confiança de 95 por cento. " Victor Fernandes, presidente do Colégio de Especialidade de Cirurgia Plástica, reconhece o mérito científico da ISAPS e até admite a tendência de mercado retratada mas é demolidor na avaliação deste levantamento estatístico detalhado sobre Portugal. "É impossível chegar a esses números. Isto é uma fraude", acusa, explicando que "infelizmente, não há registo destes procedimentos no país" muitas vezes realizados em instalações que apenas têm ambulatório (a chamada out-patient surgery). O cirurgião plástico mostra-se ainda mais indignado com a revelação de dados sobre os procedimentos não cirúrgicos, como o Botox e os peeling químicos que muitas vezes não são realizados por cirurgiões. O colega José Carlos Parreira, representante português da ISAPS e membro da Sociedade Portuguesa de Cirurgia Plástica e Estética, também se mostra surpreendido com o detalhe dos números apresentados. "Não sei como foram recolhidos estes dados, se foi uma extrapolação, concordo que não será válida. É muito difícil saber o que se passa em cada país", reconhece, admitindo ter participado no trabalho fornecendo, por exemplo, o número de cirurgiões plásticos em Portugal (cerca de 200). Esta sociedade internacional conta já com 25 membros portugueses. Apesar das dúvidas, Victor Fernandes não desmente o retrato traçado. "Há um aumento progressivo da procura da cirurgia estética em Portugal e, nos procedimentos cirúrgicos, as liposaspirações estarão no topo da lista, seguidas pelo aumento mamário", confirma, associando esta tendência ao facto de as lipoaspirações serem procuradas por homens e mulheres (ao contrário do aumento mamário) e ao aumento de distúrbios alimentares na sociedade. E se Victor Fernandes refere que não sente o impacto das novas técnicas de liposaspiração não-invasiva, o cirurgião José Apleton, com mais de 12 mil doentes operados ao logo da carreira, tem uma experiência diferente. "Faço mais aumentos mamários do que lipoaspirações nas mulheres", constata, recordando que há cerca de 25 anos a "moda" era a redução mamária. E o que os homens procuram mais? "Também fazem liposaspirações e abdominoplastias, mas a maior parte são rinoplastias", afirma. Sobre a popular injecção com a toxina botulimica José Apleton comenta apenas que não faz este procedimento por receio de eventuais malefícios. O ranking
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave homens mulheres
Gabriel Abrantes e Daniel Schmidt recebem Leopardo de Ouro em Locarno
"A History of Mutual Respect" venceu na secção de curtas-metragens. O Palmarés do festival é anunciado esta noite. (...)

Gabriel Abrantes e Daniel Schmidt recebem Leopardo de Ouro em Locarno
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.3
DATA: 2010-08-15 | Jornal Público
SUMÁRIO: "A History of Mutual Respect" venceu na secção de curtas-metragens. O Palmarés do festival é anunciado esta noite.
TEXTO: Gabriel Abrantes e Daniel Schmidt vão receber esta noite em Locarno, por "A History of Mutual Respect", o Leopardo de Ouro para a melhor curta-metragem na secção Pardi di domani (Leopardos de Amanhã), confirmou Abrantes ao Ípsilon. Dedicada a novos talentos, a secção incluiu curtas de realizadores que nunca realizaram uma longa-metragem e em anteriores edições exibiu os primeiros filmes de Fatih Akin, Paul Thomas Anderson, Laurent Cantet, François Ozon. . . . "A History of Mutual Respect" já tinha vencido o ultimo IndieLisboa. Na altura, escrevemos sobre este filme rodado "numa utopia artificial - Brasília - e na eloquência do natural: as cataratas de Iguaçu. É nesse cenário 'herzoguiano' que se revela a natureza de dois rapazes de raça brança fascinados, dizem eles, pela pureza da mestiçagem - na pele de uma rapariga de Iguaçu. A coisa acaba próxima da escravidão, num palacete lisboeta. "
REFERÊNCIAS:
Educação: Norte encerra mais escolas do que o resto do país
Na região Norte do país vão encerrar mais escolas do 1.º ciclo do que no resto do país. Lamego é o concelho que vai fechar as portas de mais estabelecimentos, 21 no total, segundo dados que o Ministério da Educação revelou ontem à noite sobre o reordenamento escolar. (...)

Educação: Norte encerra mais escolas do que o resto do país
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.5
DATA: 2010-08-19 | Jornal Público
SUMÁRIO: Na região Norte do país vão encerrar mais escolas do 1.º ciclo do que no resto do país. Lamego é o concelho que vai fechar as portas de mais estabelecimentos, 21 no total, segundo dados que o Ministério da Educação revelou ontem à noite sobre o reordenamento escolar.
TEXTO: O Ministério da Educação divulgou ontem, nas páginas das várias Direcções Regionais de Educação, as listas das escolas do 1. º ciclo, que incluem turmas do 1. º ao 4. º anos, que vão encerrar a partir deste ano lectivo, ao abrigo do reordenamento da rede escolar. Das 701 escolas do 1. º ciclo que já não vão abrir este ano lectivo, 384 estão localizadas no Norte do país, 152 no Centro e 121 na região de Lisboa e Vale do Tejo. No Alentejo, vão encerrar 32 estabelecimentos de 1. º ciclo e no Algarve 12. Lamego é concelho onde vão encerrar mais escolas do 1. º ciclo, 21 no total, seguido pelo de Chaves (18), Penafiel (16), Ponte de Lima (15), Paredes (14), Felgueiras, Paços de Ferreira e Peso da Régua, todas com 13 escolas fechadas. Ainda no Norte, no concelho de Sabrosa vão fechar 12 estabelecimentos e no de Resende 11 escolas, o mesmo número do concelho de Valpaços. A região Centro é a segunda onde vão encerrar mais escolas do 1. º ciclo a partir deste ano lectivo, sendo Pombal o concelho mais afectado, com nove estabelecimentos a fechar as portas. Também nos concelhos de Montemor-o-Velho, Mortágua e Anadia já não vão abrir oito escolas. Mealhada (sete), Gouveia (sete) e Mangualde (seis) estão igualmente entre os concelhos que mais escolas fecham nesta região. Na região de Lisboa e Vale do Tejo, os concelhos de Caldas da Rainha e Santarém são os que fecham mais escolas de 1. º ciclo (10 cada um), seguindo-se os de Sintra e Rio Maior (nove em cada). Em Torres Novas e em Óbidos oito escolas, em cada, vão fechar as portas e em Mafra e Tomar são sete as escolas que este ano lectivo já não vão abrir em cada um dos concelhos. No Alentejo, das 32 escolas que vão fechar portas, cinco estão no concelho de Odemira e quatro no de Santiago do Cacém. No Algarve, a região onde vão fechar menos escolas do 1. º ciclo, Loulé é o concelho mais afectado, encerrando quatro estabelecimentos. O Ministério da Educação anunciou no início de Junho um reordenamento da rede escolar, designadamente o encerramento de cerca de 500 escolas do 1. º ciclo com menos de 21 alunos e a agregação de unidades de gestão (agrupamentos e escolas não agrupadas). No entanto, em Julho, a tutela somou mais 200 escolas do que inicialmente previu a esta lista, encerrando ao todo 701 já este ano lectivo. Destas, as oito escolas do concelho de Murça vão continuar “em funcionamento até à conclusão do centro escolar”, previsto para Dezembro. Os alunos destas escolas, número não indicado pela tutela, serão transferidos para “centros escolares ou escolas dotadas de melhores condições de ensino e de aprendizagem”. Durante o mandato da ex-ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, já tinham sido encerradas cerca de 2500 escolas do 1. º ciclo do ensino básico de reduzida dimensão. “Com esta reorganização, as escolas do 1. º ciclo com menos de 20 alunos, na sua esmagadora maioria escolas de sala única, onde o professor ensina ao mesmo tempo, e na mesma sala, alunos do 1. º ao 4. º anos, passam a ser uma excepção, prosseguindo o objectivo de garantir, a todos os alunos, igualdade de oportunidades no acesso a espaços educativos de qualidade”, sublinha o gabinete da actual ministra, Isabel Alçada. Quanto ao processo de agregação de unidades orgânicas, resultaram 84 novas unidades, com uma média de 1700 estudantes cada.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave educação rainha igualdade
Um centro médico para tratar feridas escondidas
Noura é uma médica de clínica geral que escolheu trabalhar num hospital com objectivos particulares. "Gostei do que eles fazem e fiquei. Gosto muito do meu trabalho, especialmente quando vejo resultados num paciente. Conseguimos tratar muitas pessoas, deixá-las psicológica e fisicamente bem. Depois, se têm novos problemas, podem voltar, continuamos a acompanhá-las. A maioria precisa de antidepressivos, mas a terapia é mais benéfica", diz Noura. (...)

Um centro médico para tratar feridas escondidas
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento -0.08
DATA: 2010-08-19 | Jornal Público
SUMÁRIO: Noura é uma médica de clínica geral que escolheu trabalhar num hospital com objectivos particulares. "Gostei do que eles fazem e fiquei. Gosto muito do meu trabalho, especialmente quando vejo resultados num paciente. Conseguimos tratar muitas pessoas, deixá-las psicológica e fisicamente bem. Depois, se têm novos problemas, podem voltar, continuamos a acompanhá-las. A maioria precisa de antidepressivos, mas a terapia é mais benéfica", diz Noura.
TEXTO: O Iraque vive há mais de 30 anos em guerras, interrompidas por 12 anos de sanções e revoltas esmagadas. Três décadas de loucura ininterrupta. Há iraquianos que perderam orelhas, por tentarem desertar, há iraquianas que perderam os filhos e os maridos. Há os que perderam pernas e empregos e esperanças. Outros perderam o juízo. Há muitas feridas e nem todas estão à mostra, que as feridas profundas gostam de se esconder. Em Kirkuk, no Centro para as Vítimas de Tortura, tortura quer dizer violência mental, que pode ser acompanhada de violência física. Faz sentido, a definição adoptada na Convenção da ONU contra a Tortura fala de "qualquer acto pelo qual dor severa ou sofrimento, físico ou mental, é intencionalmente provocado numa pessoa". De fora, ficam os sofrimentos "fruto de sanções legais", e isso também faz sentido. Se há coisa que tem faltado no Iraque é legalidade. Ainda é muito cedo. É de manhã que vêm mais pacientes ao Centro para as Vítimas de Tortura de Kirkuk, mas é demasiado cedo e as consultas nem começaram. Por esta hora, nas vilas e aldeias da província já andam as equipas móveis que também vão às prisões. Este centro é só para mulheres e crianças. Há outro na cidade só para homens. Na sala de espera já há gente a querer entrar. Há uma mulher à espera com duas crianças pequenas, um filho e uma filha. Vai entrar num dos consultórios onde uma médica a vai ouvir e fazer um primeiro historial, acompanhado de algumas informações sobre o seu estado físico - mede-lhe a tensão arterial, por exemplo. O miúdo é tímido e esconde-se atrás da mãe. Depois lá se ri. A mãe fala pouco e devagar, a filha está meio sentada meio em pé, encostada à mãe. Desaparecem todos atrás da porta do consultório. Não sabemos o nome desta mulher, nem o que ela tem para contar à médica, uma das Evin, há três médicas chamadas Evin a trabalhar aqui. Sabemos outros nomes, de mulheres que não estão aqui nesta manhã. Awja, por exemplo, que também veio com os filhos. Tem dois rapazes e duas raparigas. Um dos rapazes trabalhava numa loja e desapareceu. Dias depois, a família encontrou o cadáver. Aconteceu o mesmo ao marido da filha que já é casada. Awja não tem marido, mas tem diabetes, hipertensão e uma depressão profunda. "Também tem uma situação social muito má. Queixa-se de tudo", conta Noura, a médica com ar de anjo e lenço de cores claras na cabeça. Noura começou a trabalhar neste centro em 2008. Os dois centros de Kirkuk, este e o que recebe os homens, abriram em 2005. Este é o primeiro espaço de reabilitação para vítimas de tortura no Norte do Iraque. Funciona numa casa de dois andares, com um pequeno jardim na entrada. É a casa mais agradável que se vê por aqui. É bonita, quase. Não há casas bonitas em Kirkuk, mas esta é. Ao lado há um muro que se prolonga e prolonga por muitos metros: é uma base militar norte-americana e por causa disso é muito difícil falar ao telemóvel nesta parte da cidade. Desde 2009 há dois centros como este a funcionar no Curdistão iraquiano, em Erbil e em Suleimanyah, as duas maiores cidades da região que começa aqui perto, um pouco mais a norte. "Agora, estamos a tentar abrir um novo centro em Halabja", a cidade curda onde num só dia de 1988 Saddam Hussein matou cinco mil pessoas num ataque químico. "A seguir, queremos abrir outro em Chamchamal, especializado em crianças", explica Noura, uma das médicas que nos acompanha na visita pelo centro.
REFERÊNCIAS:
Entidades ONU
Suspeito de incêndio em Castro Daire cumpria pena por fogo posto
O homem de 32 anos que é suspeito de ter ateado o incêndio de Castro Daire estava a cumprir pena de prisão em regime de dias livres. (...)

Suspeito de incêndio em Castro Daire cumpria pena por fogo posto
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-08-19 | Jornal Público
SUMÁRIO: O homem de 32 anos que é suspeito de ter ateado o incêndio de Castro Daire estava a cumprir pena de prisão em regime de dias livres.
TEXTO: Pedreiro de profissão, o suspeito tem antecedentes criminais pelo mesmo tipo de crime – tendo sido detido em 2005 pela PJ – e também por furto e condução sob o efeito de álcool. O homem, agora detido, trabalhava na construção civil e ao fim-de-semana recolhia ao Estabelecimento Prisional de Lamego, onde se encontrava a cumprir pena pelo crime de fogo posto. Na aldeia de Alva, afectada pelas chamas, as pessoas dizem ter passado a respirar de alívio depois de saberem que a Polícia Judiciária deteve o homem que terá ateado o incêndio que durante dias consumiu, durante vários dias, dezenas de hectares no concelho de Castro Daire. Os habitantes de Alva tinham receio que o suspeito de ter ateado o incêndio que lavrou vários dias em Castro Daire “se lembrasse de voltar a pôr fogo”. Marco Oliveira, filho do proprietário de um dos cafés da aldeia, contou à agência Lusa que “nunca ninguém o apanhou a deitar um fogo, mas toda a gente desconfiava e tinha medo dele”. Segundo Marco Oliveira, há uns anos, o presumível autor do incêndio teve mesmo de fugir para não ser apanhado pela população. “As pessoas andaram atrás dele depois do fogo que houve em Souto de Alva e que deixou um casal ferido num aviário”. No café da aldeia, a detenção do homem de 32 anos era tema de conversa de quem por lá passava. Uma mulher, que preferiu não ser identificada, afirmou que “ninguém reza bem daquele rapaz”. Uma opinião partilhada por mais dois jovens da freguesia, que defendem que toda a gente desconfiava dele, temendo “mais um incêndio sempre que ele passava”. “As pessoas iam logo atrás ver se ardia alguma coisa”, sublinharam. Por seu lado, as vizinhas do suspeito defendem que se trata “de um rapaz muito bem-educado e pacato”. “Sabemos que ele vive com uma rapariga de Braga, com quem tem uma criança, mas não é de armar brigas”, descreveu Idalina Rocha. Adelino Cardoso, irmão do presumível autor do incêndio, explicou que a família continua a acreditar na sua inocência. “Não acreditamos que fosse ele. Nem desta, nem da outra vez”. O irmão descreveu-o como “uma pessoa calma, que sempre saiu pouco à noite”. O presumível autor do incêndio foi presente ao tribunal de Castro Daire ao início da tarde de hoje, para ser ouvido em primeiro interrogatório judicial.
REFERÊNCIAS:
Entidades PJ
Lar de acolhimento de jovens encerrado em Estremoz por alegados "excessos e abusos"
O Lar Betânia, instituição de acolhimento de crianças e jovens em regime de internamento, vai encerrar temporariamente. (...)

Lar de acolhimento de jovens encerrado em Estremoz por alegados "excessos e abusos"
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento -0.1
DATA: 2010-08-20 | Jornal Público
SUMÁRIO: O Lar Betânia, instituição de acolhimento de crianças e jovens em regime de internamento, vai encerrar temporariamente.
TEXTO: De acordo com Paulo Cardoso, director-geral da instituição, "a suspensão da actividade teve por base decisões da Segurança Social". Em declarações à agência Lusa, o responsável pela instituição falou sobre "indícios de excessos e de alguns abusos por parte de ex-funcionários do lar". Contactado pelo PÚBLICO, Paulo Cardoso não quis precisar que tipo de "abusos e excessos" existiram, já que "há processos em tribunal". E considerou que esta situação terá contribuído para a suspensão do acordo com segurança social, que permitia a actividade do lar. "Reconhecemos que no passado existiram procedimentos e métodos de actuação menos adequados", confessou. Para além desta situação, Paulo Cardoso acrescenta que a instituição irá suspender a actividade "tendo por base a necessidade de reestruturar e requalificar a resposta". Esta será a forma encontrada para, "num futuro próximo, voltar a oferecer uma resposta de excelência na área de apoio social", concluiu. O lar de Estremoz, que acolhia jovens do sexo masculino (a partir dos três anos de idade), sobrevivia graças ao apoio de beneméritos e donativos das igrejas evangélicas, mas também devido ao acordo de cooperação com a Segurança Social (SS). A suspensão deste acordo determinou o encerramento temporário da instituição. Para Paulo Cardoso, era "evidente a necessidade de repensar e definir novas metodologias para a problemática da institucionalização das crianças e jovens em risco" e, portanto, o Lar Betânia "comunga da decisão da tomada (pela SS) no sentido de suspender para melhorar", esclareceu em declarações ao PÚBLICO. As dificuldades vividas pela instituição ("carências de estruturas" e edifícios "obsoletos") foram também reconhecidas pelo director. "Não possuíamos a qualidade que consideramos adequada", concluiu. O lar, "tutelado pela Segurança Social e pelas igrejas associadas da Convenção das Assembleias de Deus em Portugal", fica assim com a actividade suspensa, sendo obrigado a recolocar os 30 jovens que tinha a seu cargo. De acordo com Paulo Cardoso, "já foram retirados do lar 13 dos jovens, e está agendada a saída de mais dois". Na sequência do encerramento, 15 funcionários ficarão no desemprego. O PÚBLICO tentou, sem sucesso, um contacto com a Segurança Social em Estremoz. As explicações foram remetidas para a sede do instituto (Lisboa), onde, por motivo de férias, não foi possível obter respostas. Também a Câmara de Estremoz, parceira institucional do lar, não soube dar qualquer esclarecimento. PSP e GNR declararam não ter registo de queixas, ou não poder dar informações. Nascido em 1965, o Lar Betânia recebia apenas jovens do sexo masculino. Contudo, em 1985, foi alargada a sua esfera de acção, com a abertura de uma filial em Vendas Novas, destinada a raparigas. Paulo Cardoso garantiu que pretende "apresentar à Segurança Social um projecto de reestruturação que já está a ser trabalhado", uma vez que é essencial "reabilitar o equipamento social, para ter uma resposta adequada".
REFERÊNCIAS:
Entidades GNR PSP