Hoje é dia de ficar mais pobre para quem vive do rendimento mínimo
É uma espécie de assembleia. As pessoas sentadas nas cadeiras encostadas às paredes formam um rectângulo. Nenhuma cadeira sobressai. Quem nelas se senta está aflito com o decreto-lei que hoje entra em vigor e que altera as regras de acesso às prestações sociais não contributivas e traz outras mudanças ao Rendimento Social de Inserção (RSI), introduzidas no quadro do Plano de Estabilidade e Crescimento. (PEC) Alguns temem ficar na rua. (...)

Hoje é dia de ficar mais pobre para quem vive do rendimento mínimo
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.136
DATA: 2010-08-01 | Jornal Público
SUMÁRIO: É uma espécie de assembleia. As pessoas sentadas nas cadeiras encostadas às paredes formam um rectângulo. Nenhuma cadeira sobressai. Quem nelas se senta está aflito com o decreto-lei que hoje entra em vigor e que altera as regras de acesso às prestações sociais não contributivas e traz outras mudanças ao Rendimento Social de Inserção (RSI), introduzidas no quadro do Plano de Estabilidade e Crescimento. (PEC) Alguns temem ficar na rua.
TEXTO: Estamos no velho edifício da Qualificar para Incluir (QPI), uma associação de solidariedade social que acompanha mais de 400 beneficiários no Porto, distrito líder nesta matéria - concentra 126. 793 beneficiários, de um total de 395. 341 (números de Junho). Duas mudanças, sobretudo, preocupam os presentes: muitas famílias vão ver a prestação fixa baixar; e acaba o apoio complementar, que podia ir até 1137. 12 euros anuais. Fátima, cabelos brancos, penteados para trás, toma a palavra. Tem 62 anos, fibromialgia, osteoporose; e um filho bipolar. Recebia 189, 52 euros e o filho outros 189, 52. Este mês, lá em casa, entram 322, 18 euros em vez de 379, 04 de RSI. É que, com a nova lei, o rapaz tem de ficar colado à mãe, já que não tem autonomia financeira e vive com ela. E os adultos, que até agora tinham direito a 189, 52 euros como o titular do processo, passam a receber 132. O decreto-lei que harmoniza as condições de acesso toma por referência o complemento solidário para idosos, a mais recente prestação social de combate à pobreza. E isso tem implicações no conceito de agregado, nos rendimentos considerados e na definição de uma capitação entre as estipuladas pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE). Processos vão ser revistosAgora, conta tudo. Inclusive a casa que serve de morada à família, uma bolsa de estudo atribuída a um filho menor ou um apoio em espécie, como a habitação social. E, no RSI, terminam o subsídio de gravidez, o subsídio para o primeiro ano de vida, a majoração a partir do terceiro filho. Amanhã, os serviços de Norte a Sul começam a rever os processos. A mulher ergue a voz: "Já devo 300 euros na mercearia. Já vendi tudo o que havia de bom em casa. Pedir emprego tenho pedido, mas quem me dá? Peço um emprego de telefonista e dizem-me que 38 anos é o limite e que é preciso carta de condução. Uma carta para telefonar?" Pior será em Janeiro. Como foi aprovado a um ano, até lá Fátima ainda receberá 89 euros por mês de apoio complementar para medicação. Depois, não o poderá renovar. Está revoltada: "Diminuem os apoios e aumentam a luz, tudo. Como é que se pode pagar o que se deve se não se tem onde ir buscar. " Sandra, uma rapariga morena, de cabelos compridos, castanhos, também não sabe: "Gasto 90 euros por mês na farmácia com o meu filho epiléptico e com a minha filha asmática. " De repente, as vozes atropelam-se nesta sala assombrada por doenças. Cidália Queirós, directora da QPI, propõe: "Vamos escrever a história de cada um e mandar para o primeiro-ministro. " E Sandra interrompe-a: "Mas é para o José Sócrates, não é para o Paulo Portas [líder do PP]. Esse é contra o RSI. " As vozes tornam a atropelar-se e a socióloga tenta repor a ordem: "O que acho é que cada um deve explicar a sua situação de forma muito clara. "A estigmatizaçãoAlguns estão a esforçar-se para (re) entrar num mercado de trabalho que sentem repeli-los, sobretudo em distritos como o Porto, onde a desindustrialização dói. Joaquina, uma mulher elegante de 37 anos, oferece-se como exemplo. Começou a trabalhar aos 15 anos em fábricas que já fecharam. "Sou beneficiária de RSI há cinco anos. Tenho vergonha. Muita gente pensa que por ser beneficiária de RSI sou malandra, mal-educada, porca. " Faz em adulta o que a vida não lhe permitiu fazer quando era menor. Tem aproveitado para se escolarizar, para se profissionalizar. Fez um curso de técnicas de instalação de hardware que lhe deu equivalência ao 9. º ano e está a fazer um curso de instalação e reparação de redes que lhe dará equivalência ao 12. º. "Estou a lutar, mas é difícil quando me querem tirar o tapete!"
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave filha lei filho mulher social estudo espécie pobreza rapariga vergonha
Incêndios na Rússia já causaram 30 mortes
Os incêndios na Rússia, que se intensificaram durante este fim-de-semana, já causaram pelo menos 30 mortes e devastaram mais de 100 mil hectares. (...)

Incêndios na Rússia já causaram 30 mortes
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-08-01 | Jornal Público
SUMÁRIO: Os incêndios na Rússia, que se intensificaram durante este fim-de-semana, já causaram pelo menos 30 mortes e devastaram mais de 100 mil hectares.
TEXTO: Dezenas de milhares de bombeiros, apoiados por aviões e o Exército, estão a tentar conter as chamas que já se alastraram à zona mais oriental do país. Os números oficiais referiam este sábado que 28 pessoas morreram na sequência dos incêndios, mas esta manhã foram anunciadas mais duas mortes na região de Nijni Novgorod, a cerca de 440 quilómetros de Moscovo, uma das mais afectadas pelos fogos que ainda se encontram activos. “Debaixo dos escombros de casas destruídas pelo fogo na cidade de Vekhnaia Vereia os bombeiros descobriram mais dois corpos”, o que aumenta o número de mortos nesta localidade para dez, dois homens e oito mulheres, anunciou o Ministério para as Situações de Emergência, citado pela AFP. A situação continua “difícil” na parte central da Rússia e na parte mais oriental do país, adiantaram os serviços florestais em Khabarovsk, já perto da fronteira com a China. Em pouco mais de 24 horas a área devastada passou de 31 mil hectares para cerca de cem mil, e as chamam atingiram sobretudo a península de Kamtchatka, no extremo Nordeste do país. Segundo o Ministério para as Situações de Emergência, foram mobilizados 240 mil homens, 25 mil veículos e 226 aviões para combater os fogos. Milhares de pessoas tiveram de ser retiradas para locais mais seguros. “É uma verdadeira catástrofe natural, que só acontece uma vez em cada 30 ou 40 anos”, disse o Presidente Dmitri Medvedev.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave homens mulheres
Kuwait: Demasiado pequenos e demasiado ricos para tamanha tragédia
Tanques, muitos tanques, a fazer barulho como muitos tanques juntos fazem. Setecentos tanques são muitos tanques. Cem mil soldados são muitos soldados. Avançam pelo deserto e depressa alcançam a cidade que é já ali. Junto ao mar, avistam as torres de quase 200 metros de altura que é preciso ocupar. Mais a leste, o palácio do emir que devem cercar e invadir. Disparos. Gritos. Luzes brilhantes. Explosões. Ainda é de noite. Há quem continue a dormir. Quem acorda julga que o mundo enlouqueceu e grita. Gente morta nas ruas. Gente que não entende o que se passa. Gente que foge e gente que leva às mãos à cabeça. (...)

Kuwait: Demasiado pequenos e demasiado ricos para tamanha tragédia
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.041
DATA: 2010-08-02 | Jornal Público
SUMÁRIO: Tanques, muitos tanques, a fazer barulho como muitos tanques juntos fazem. Setecentos tanques são muitos tanques. Cem mil soldados são muitos soldados. Avançam pelo deserto e depressa alcançam a cidade que é já ali. Junto ao mar, avistam as torres de quase 200 metros de altura que é preciso ocupar. Mais a leste, o palácio do emir que devem cercar e invadir. Disparos. Gritos. Luzes brilhantes. Explosões. Ainda é de noite. Há quem continue a dormir. Quem acorda julga que o mundo enlouqueceu e grita. Gente morta nas ruas. Gente que não entende o que se passa. Gente que foge e gente que leva às mãos à cabeça.
TEXTO: "Na madrugada de dia 2 de Agosto de 1990, o Exército de Saddam Hussein invadiu o Kuwait. . . "A sala está completamente escura e é no escuro que a narração começa, em inglês. Depois acendem-se maquetas que a seguir se apagam para que outras se iluminem. As primeiras horas, o primeiro dia, os dias e os meses seguintes. O emir Sheikh Jaber al-Sabah fugiu. A maioria dos soldados também. Ficou a "resistência heróica" e houve noites em que kuwaitianos subiram aos telhados para gritar "Allah-u-Akbar!" (Alá é Grande) e então os "iraquianos enfurecidos" entraram nas casas e "mataram e violaram". Está tudo lá: invasão e ocupação do Kuwait em miniatura. As casas, as pessoas, os telhados, os iraquianos de arma em punho. A banda sonora não deixa nada de fora, nem o choro, nem os bombardeamentos, nem os gritos de "Allah-u-Akbar!""Agora posso emocionar-me", diz Reem, e Sara acena como que a dizer que o aviso da amiga também se lhe aplica. Reem e Sara são as nossas guias no museu House of National Memorial do Kuwait. Adolescentes com ar de meninas, riem muito e por vezes parecem agitadas, falam mais depressa e repetem informações. É difícil perceber se estão nervosas por se estarem a estrear como guias ou porque ainda lhes é difícil atravessar a sala que reconstitui uma guerra que acabou antes de elas nascerem. Depois da invasão veio a ocupação, que se prolongou como se nunca fosse acabar. A seguir vieram os bombardeamentos dos Aliados e os iraquianos incendiaram poços de petróleo e destruíram o que ainda não tinham pilhado. No museu diz-se que os poços eram 734. Eram mais de 600. Muitos, em qualquer dos casos. Sara: "Os meus pais diziam que o Kuwait esteve no escuro durante oito meses. Depois vim cá e vi as fotografias. "OK, é isto. " Percebi o que era viver no escuro. "Este é também um museu de homenagens aos resistentes que não sobreviveram e a todos os que vieram ajudar. Na operação Tempestade do Deserto participaram 34 países e todos têm direito ao seu pedaço de parede. Há uma foto do Presidente Bush pai no encontro em que disse ao emir Sabah: "A próxima vez que nos encontrarmos será no Kuwait libertado". Reem: "Adoro esta frase. "Incubadoras com NenucosA guerra é inimiga da verdade. No museu que Khalaf al-Enezy abriu em 1997, apresentam-se como informações factos comprovados e outros desmentidos, como os bebés arrancados das incubadoras pelos soldados de Saddam. Incubadoras com bebés Nenucos. "Esta parte impressiona-me muito", diz Reem. Reem e Sara fazem ambas 18 anos em Agosto. Passaram o mês de Julho como voluntárias na House of National Memorial, entre três dezenas de jovens. Preparar as comemorações que hoje assinalam os 20 anos da invasão foi a principal tarefa: organizar uma cerimónia com discursos, fazer convites, manter os jornalistas informados. Nada que se compare com o que se vive na cidade a cada 26 de Fevereiro, Dia da Libertação. "Nessa altura é que têm de vir cá. Há fogo-de-artifício e festa por todo o lado. Ficamos loucos", garante Sara. Reem e Sara decidiram passar o último Verão antes da universidade no museu fundado por Khalaf al-Enezy. "Nós nascemos logo a seguir, quando os nossos pais ainda tinham tudo muito fresco. Os meus irmãos mais novos conhecem os factos, mas provavelmente vão ter uma relação diferente com os acontecimentos", diz Sara. Hoje há 2, 7 milhões de habitantes no Kuwait, mas kuwaitianos são pouco mais de um milhão, 45 por cento da população. Há 20 anos, os kuwaitianos eram 600 mil. Mil morreram. Metade fugiu do país e todos foram de alguma forma afectados pelo conflito. Reem: "A minha mãe era rebelde. Cuspiu num soldado iraquiano. Insultava o Saddam à frente deles. O meu pai era militar e foi para a Arábia Saudita. Voltou com os outros, em Fevereiro. "
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave guerra
Criança encontrada morta em lagoa das Cabanas de Golfe
Uma criança de nove anos foi ontem encontrada morta na lagoa das Cabanas de Golfe, em Barcarena, Oeiras, informou ontem à noite fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro de Lisboa (CDOS). (...)

Criança encontrada morta em lagoa das Cabanas de Golfe
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento -0.2
DATA: 2010-08-03 | Jornal Público
SUMÁRIO: Uma criança de nove anos foi ontem encontrada morta na lagoa das Cabanas de Golfe, em Barcarena, Oeiras, informou ontem à noite fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro de Lisboa (CDOS).
TEXTO: A mesma fonte disse que o corpo foi encontrado pelos mergulhadores dos bombeiros de Paço de Arcos, por volta das 21h00, desconhecendo-se quais as causas da sua morte. Outra fonte policial contactada pela Lusa adiantou que se tratava de uma “rapariga”, integrada num “grupo de crianças que foi para o lago e que, no regresso, se apercebeu de que faltava uma amiga”. O alerta do desaparecimento, disse esta fonte, foi dado por dois colegas, que, quando voltaram ao local, “só encontraram os chinelos a boiar”.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave morte corpo rapariga desaparecimento
Bastonário dos advogados defende procurador-geral da República
O bastonário da Ordem dos Advogados, António Marinho Pinto, partilha com o procurador-geral da República a necessidade de “autonomia e não de independência” do Ministério Público, culpando o poder político pela actual situação. (...)

Bastonário dos advogados defende procurador-geral da República
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.050
DATA: 2010-08-03 | Jornal Público
SUMÁRIO: O bastonário da Ordem dos Advogados, António Marinho Pinto, partilha com o procurador-geral da República a necessidade de “autonomia e não de independência” do Ministério Público, culpando o poder político pela actual situação.
TEXTO: “Concordo inteiramente [com o procurador-geral da República]. Sendo ele a figura máxima do Ministério Público [MP] não tem poderes nenhuns. É necessário dotá-lo dos poderes necessários para que o MP cumpra a sua função constitucional”, disse Marinho Pinto em declarações à agência Lusa. O bastonário considera que os magistrados do MP “actuam como se fossem juízes, são totalmente independentes, cada um faz o que quer e não é responsável perante ninguém”. Contudo, para o advogado, “o MP não pode ser independente”. “O Ministério Público deve ser responsável e hierarquizado, ou seja, os procuradores menos qualificados devem prestar contas aos mais qualificados e no vértice da pirâmide está o procurador-geral da República (PGR)”, afirma. Porém, acrescenta, isso não acontece “porque actuam contra o PGR, impulsionados pelo sindicato, por micro poderes internos, como se o procurador-geral fosse o representante do patrão que é o Estado”. E, para Marinho Pinto, o poder político contribuiu para esta situação, dando ao MP poderes que não são necessários e que transformam os procuradores quase em magistrados judiciais. Assim, defende, “está na altura de o poder político dar os poderes que lhe compete: uma magistratura de representação do Estado que não é independente e que tem de prestar contas hierarquicamente”. Se o MP fosse hierarquizado, os procuradores “tinham que cumprir ordens, metas, prazos e objectivos e eram responsabilizados por isso”, sustenta o bastonário dos advogados. Mas, para isso que isso aconteça - defende - são necessárias “alterações à Constituição”. Quanto à polémica que está a envolver o inquérito do caso Freeport, Marinho Pinto diz que “é só mais um que vem demonstrar a total degenerescência moral em que se encontra a magistratura do Ministério Público”. Em entrevista escrita ao “Diário de Notícias”, o procurador-geral da República considera que é “preciso que, sem hesitações, se reconheça que o Sindicato dos Magistrados do Ministério Público é um mero lobby de interesses pessoais que pretende actuar como um pequeno partido político” e que o poder político deve esclarecer esta questão de “forma inequívoca”. Para Pinto Monteiro, “é absolutamente necessário que o poder político (seja qual for o governo e sejam quais forem as oposições) decida se pretende um Ministério Público autónomo, mas com uma hierarquia a funcionar, ou se prefere o actual simulacro de hierarquia”. No actual modelo, Pinto Monteiro afirma que o PGR “tem os poderes da Rainha de Inglaterra e os procuradores gerais distritais são atacados sempre que pretendem impor a hierarquia”.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave rainha
Sindicato dos Magistrados está a analisar “serenamente” declarações de Pinto Monteiro
O Sindicato dos Magistrados do Ministério Público (SMMP) está a analisar “serenamente” as declarações do procurador-geral da República (PGR) que acusou o organismo de ser “um mero lobby de interesses pessoais”. (...)

Sindicato dos Magistrados está a analisar “serenamente” declarações de Pinto Monteiro
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-08-03 | Jornal Público
SUMÁRIO: O Sindicato dos Magistrados do Ministério Público (SMMP) está a analisar “serenamente” as declarações do procurador-geral da República (PGR) que acusou o organismo de ser “um mero lobby de interesses pessoais”.
TEXTO: “O SMMP está a analisar serenamente as declarações do PGR e oportunamente tomará uma posição a propósito”, disse hoje à lusa fonte da estrutura sindical. Em entrevista escrita ao “Diário de Notícias”, Pinto Monteiro considera que é “preciso que, sem hesitações, se reconheça que o Sindicato dos Magistrados do Ministério Público é um mero lobby de interesses pessoais que pretende actuar como um pequeno partido político” e que o poder político deve esclarecer esta questão de “forma inequívoca”. Para Pinto Monteiro “é absolutamente necessário que o poder político (seja qual for o governo e sejam quais forem as oposições) decida se pretende um Ministério Público autónomo, mas com uma hierarquia a funcionar, ou se prefere o actual simulacro de hierarquia”. No actual modelo, Pinto Monteiro afirma que o PGR “tem os poderes da Rainha de Inglaterra e os procuradores gerais distritais são atacados sempre que pretendem impor a hierarquia”. A agência Lusa contactou o ministro da Justiça, Alberto Martins, que não quis comentar as declarações do PGR.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave rainha
Pinto Monteiro “nunca conheceu um despacho igual” ao do caso Freeport
O procurador-geral da República admitiu que nunca conheceu um despacho igual ao redigido pelos procuradores responsáveis pelo processo Freeport. Em entrevista ao “Diário de Notícias”, Pinto Monteiro afirma que “não há nenhuma explicação credível para não ter sido ouvido quem quer que seja” durante os seis anos em que o caso se “arrastou”. (...)

Pinto Monteiro “nunca conheceu um despacho igual” ao do caso Freeport
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-08-03 | Jornal Público
SUMÁRIO: O procurador-geral da República admitiu que nunca conheceu um despacho igual ao redigido pelos procuradores responsáveis pelo processo Freeport. Em entrevista ao “Diário de Notícias”, Pinto Monteiro afirma que “não há nenhuma explicação credível para não ter sido ouvido quem quer que seja” durante os seis anos em que o caso se “arrastou”.
TEXTO: Numa entrevista por escrito publicada hoje no diário, Pinto Monteiro afirma que “na longa vida de magistrado, nunca conheceu um despacho igual, nem tem memória de alguém lho referir”, quando questionado se considerou normal que tenham sido redigidas 27 perguntas ao primeiro-ministro no âmbito do processo e que estas tenham ficado sem resposta, já que José Sócrates nunca chegou a ser ouvido. O procurador-geral sustenta que “não há nenhuma explicação credível para não ter sido ouvido quem quer que seja, a não ser que não existissem razões para isso ou os responsáveis pela investigação (por qualquer motivo desconhecido) não o quisessem fazer”. Pinto Monteiro defende que é “fundamental esclarecer tudo o que se tem passado desde a origem do processo”. Mais, o magistrado considera “absolutamente necessário” que o poder político “decida se pretende um Ministério Público autónomo” ou “o actual simulacro da hierarquia” em que o procurador-geral “tem os poderes da rainha de Inglaterra”. Defensor da definição de um modelo de justiça no país – “se um sistema em que o sindicato quer substituir as instituições ou um Ministério Público responsável” –, critica o Sindicato dos Magistrados do Ministério Público por ser “um mero lobby de interesses pessoais que pretende actuar como um pequeno partido político”.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave rainha
PSD: Pinto Monteiro deve “tirar consequências das suas declarações”
A vice-presidente do PSD Paula Teixeira da Cruz defendeu hoje que o procurador-geral da República deve “tirar as consequências das suas declarações e quem o propõe para efeitos de nomeação”, mas escusou-se a pedir directamente a sua demissão. (...)

PSD: Pinto Monteiro deve “tirar consequências das suas declarações”
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-08-03 | Jornal Público
SUMÁRIO: A vice-presidente do PSD Paula Teixeira da Cruz defendeu hoje que o procurador-geral da República deve “tirar as consequências das suas declarações e quem o propõe para efeitos de nomeação”, mas escusou-se a pedir directamente a sua demissão.
TEXTO: Paula Teixeira da Cruz sublinhou que os “poderes que o procurador-geral da República [PGR] tem são aqueles que já sabia que teria”. “Se o PGR não tinha de facto consciência das suas competências quando assumiu estas funções, se entende que não tem nenhuma capacidade de intervenção, então deve ser o PGR a tirar as consequências dessas suas declarações e quem o propõe para efeitos de nomeação”, afirmou. Questionada pela Lusa se esta afirmação implica um pedido de demissão do PGR, Paula Teixeira da Cruz negou, retorquindo que “é o PGR quem deve, em primeira linha, tirar consequências desse facto”. Em entrevista escrita publicada hoje no “Diário de Notícias”, Fernando Pinto Monteiro sustenta que “é absolutamente necessário que o poder político (seja qual for o governo e sejam quais forem as oposições) decida se pretende um Ministério Público autónomo, mas com uma hierarquia a funcionar, ou se prefere o actual simulacro de hierarquia”. No actual modelo, Pinto Monteiro afirma que o PGR “tem os poderes da Rainha de Inglaterra e os procuradores-gerais distritais são atacados sempre que pretendem impor a hierarquia”. Pinto Monteiro sustenta ainda ser “preciso que, sem hesitações, se reconheça que o Sindicato dos Magistrados do Ministério Público é um mero lobby de interesses pessoais que pretende actuar como um pequeno partido político” e que o poder político deve esclarecer esta questão de “forma inequívoca”. Para Paula Teixeira da Cruz, “sempre que há uma intervenção do PGR, ou das hierarquias que dependem directamente do PGR, a verdade é que nos temos deparado com situações muito pouco claras para a opinião pública”. Pelo que, acusa, o procurador-geral “não tem sabido utilizar as suas competências, e quando as utiliza, utiliza-as erroneamente”, o que “tem sido visível em alguns casos mediáticos”. A vice-presidente do PSD considerou também que o PGR tem “contribuído fortemente para a degradação da imagem da justiça em Portugal, o que é lamentável”. Também o eurodeputado social-democrata Paulo Rangel defendeu hoje, em declarações à Lusa, que os poderes do PGR da República não são “tão poucos como ele faz crer” e que é a sua actuação que “nem sempre tem estado ao nível das exigências”.
REFERÊNCIAS:
Partidos PSD
BE exige que PGR dê “explicações ao país”
A deputada do Bloco de Esquerda Helena Pinto exigiu hoje que o procurador-geral da República, Pinto Monteiro, “assuma as suas responsabilidades”, dê “explicações claras ao país” e não lave “as mãos como Pilatos”. (...)

BE exige que PGR dê “explicações ao país”
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-08-03 | Jornal Público
SUMÁRIO: A deputada do Bloco de Esquerda Helena Pinto exigiu hoje que o procurador-geral da República, Pinto Monteiro, “assuma as suas responsabilidades”, dê “explicações claras ao país” e não lave “as mãos como Pilatos”.
TEXTO: “Num momento de crise do Ministério Público, de descrédito da sua imagem, de alguns fracassos em algumas investigações, de conflitos entre os magistrados, é preciso um procurador geral da República que assuma as suas responsabilidades e não um procurador geral da República que lave as mãos como Pilatos”, afirmou Helena Pinto à Lusa. Em entrevista escrita publicada hoje pelo Diário de Notícias, o procurador-geral da República considerou que “é absolutamente necessário que o poder político (seja qual for o governo e sejam quais forem as oposições) decida se pretende um Ministério Público autónomo, mas com uma hierarquia a funcionar, ou se prefere o actual simulacro de hierarquia”. No actual modelo, Pinto Monteiro considera que o procurador “tem os poderes da Rainha de Inglaterra e os procuradores gerais distritais são atacados sempre que pretendem impor a hierarquia”. Questionada sobre os poderes do procurador, a deputada bloquista sublinhou que “a magistratura do Ministério Público é uma magistratura hierarquizada, que tem um topo, como emana da Constituição e é bem claro no estatuto do Ministério Público”. “A magistratura tem hierarquias, tem responsáveis, as orientações que são dadas, as ordens, as directivas devem ser pedidas por escrito. O que se pede nesta altura é que essa hierarquia assuma as suas responsabilidades”, argumentou. “Isso significa dar explicações claras ao país, explicações claras sobre o que se passa, e não simplesmente lavar as mãos como Pilatos ou invocar a Rainha de Inglaterra”, frisou. Pinto Monteiro afirmou ainda ao jornal que é “preciso que, sem hesitações, se reconheça que o Sindicato dos Magistrados do Ministério Público é um mero lobby de interesses pessoais que pretende actuar como um pequeno partido político” e que o poder político deve esclarecer esta questão de “forma inequívoca”. Sobre estas críticas ao Sindicato dos Magistrados do Ministério Público, Helena Pinto afirmou que “não vale a pena encontrar bodes expiatórios para evitar uma situação que é aquela em que os responsáveis têm que assumir as suas responsabilidades e têm que dar explicações”.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave rainha
Sudoeste, sol e sons diversos
Já tivemos Rock In Rio, OptimusAlive!, Super Bock Super Rock, Músicas do Mundo de Sines e Paredes de Coura. Falta o Sudoeste para completar o roteiro dos mais consolidados festivais de música do Verão português. Na Herdade da Casa Branca, perto da Zambujeira do Mar, está tudo a postos, sem grandes novidades, com o modelo sol, praia e música diversa a manter-se. (...)

Sudoeste, sol e sons diversos
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-08-04 | Jornal Público
SUMÁRIO: Já tivemos Rock In Rio, OptimusAlive!, Super Bock Super Rock, Músicas do Mundo de Sines e Paredes de Coura. Falta o Sudoeste para completar o roteiro dos mais consolidados festivais de música do Verão português. Na Herdade da Casa Branca, perto da Zambujeira do Mar, está tudo a postos, sem grandes novidades, com o modelo sol, praia e música diversa a manter-se.
TEXTO: Na noite de hoje (a chamada "sessão de recepção ao campista"), só estará a funcionar um espaço com vários DJs - destaque para os 2ManyDjs - mas nos restantes dias funcionarão quatro espaços em simultâneo, com propostas muito diversificadas, do rock ao reggae, do fado às diversas tendências electrónicas. No total, serão cerca de setenta espectáculos, dos quais distinguimos vinte. Amanhã, quinta, destaque para a britânica M. I. A. (Palco TMN, 00h20), que virá apresentar o seu novo álbum, Maya, composto de sons urbanos (do dubstep ao baile funk) que tanto se dilui numa música festiva como em ambientes mais claustrofóbicos, num espectáculo de imagens interactivas e mensagens politizadas. Na mesma linha situa-se a jovem cantora americana Rye Rye (Palco Planeta Sudoeste, 21h10) e os britânicos The Very Best (Palco Planeta Sudoeste, 22h15). Os últimos lançaram no ano passado Warm Heart Of África, álbum de canções intercontinentais, inspirado pelo calor da África contemporânea, que tanto remete para M. I. A. como para os Vampire Weekend. Festa para adultosDa Colômbia poderá vir uma das grandes surpresas, os Bomba Estéreo (palco TMN, 21h15) mesclando cumbia - uma música da rua, à semelhança do kuduro - com sintetizadores, guitarras e a voz de Li Saumet. Da Áustria, eis os Kruder & Dorfmeister (groovebox, 23h45), expoentes dos climas urbanos e dos ritmos vaporosos (inspirados no dub, hip-hop ou funk) que nos anos 90 deram frutos. E dos EUA virão os Flaming Lips (Palco TMN, 22h35), conhecidos pelo rock de arranjos psicadélicos, pelos concertos barrocos e pelo líder idiossincrático Wayne Coyne. Em palco haverá serpentinas e bolas transparentes e gigantes com os músicos lá dentro, uma verdadeira festa de crianças para adultos. Na sexta, apesar de já não ser um novato em palcos portugueses e de o seu funk dançante já ter conhecido melhores dias, será sobre Jamiroquai (Palco TMN, 00h10) que se irão focar as atenções. De regresso está também o americano DJ Shadow (00h30), figura de culto do hip-hop mais progressista, que deverá arrastar muita gente ao espaço groovebox, o mesmo devendo acontecer com a sueca Lykke Li (Palco Planeta Sudoeste, 23h00), garantia de um espectáculo pop enérgico e tribalista, que passará por canções como Little bit ou Breaking it up, e originais novos. No sábado, a pradaria alentejana será iluminada pela pop colorida do inglês Mika (Palco TMN, 00h00), síntese da pop dos anos 60, da extravagância rock e da febre "disco" dos 70 e da pop dos 80, tudo isto fermentado numa pop-pastilha-elástica que acaba por transcender épocas. Antes haverá espaço para se fazerem ouvir os ingleses Friendly Fires (Palco Planeta Sudoeste, 22h00), garantia de um concerto movimentado à base de rock electrónico dançante. Quem se quiser deixar embalar pelos sons modernistas do dubstep, irmão mais novo do dub jamaicano, terá duas hipóteses: com o português DJ Ride (groovebox, 23h30) e também com o inglês Scuba (groovebox, 00h45), autor do excelente álbum deste ano, Triangulation. No dia de encerramento, domingo, haverá fado à hora de jantar com Carminho (Palco Planeta Sudoeste, 20h10) e reggae ao serão com os Wailers (sapo positive vibes, 00h15), mas será depois do jantar que se concentrarão as atenções: a essa hora assistiremos ao regresso dos Massive Attack (Palco TMN, 00h25), um dos grupos essenciais para se perceber a década de 90. Este ano lançaram álbum novo, Heligoland, com canções mais emocionais e directas do que no passado recente, e deverá ser sobre ele que incidirá o concerto. Com eles estará a voz de Martina Topley Bird (Palco Planeta Sudoeste, 19h00), que actuará a solo, horas antes.
REFERÊNCIAS: