Senhor da guerra do Uganda visto por 10 milhões num só dia
Uma campanha lançada por activistas norte-americanos a favor da captura do senhor da guerra ugandês Joseph Kony, e seu julgamento no Tribunal Penal Internacional, tornou-se viral na Internet com mais de 10 milhões de visionamentos em apenas 24 horas no YouTube. (...)

Senhor da guerra do Uganda visto por 10 milhões num só dia
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2012-03-08 | Jornal Público
SUMÁRIO: Uma campanha lançada por activistas norte-americanos a favor da captura do senhor da guerra ugandês Joseph Kony, e seu julgamento no Tribunal Penal Internacional, tornou-se viral na Internet com mais de 10 milhões de visionamentos em apenas 24 horas no YouTube.
TEXTO: O vídeo, com perto de meia hora e que já estava disponível no Vimeo há duas semanas, foi feito pela organização não governamental Invisible Children, cujos esforços visam ver Joseph Kony, líder do Exército de Resistência do Senhor (LRA), julgado por crimes contra a humanidade. Kony é acusado pelo TPI, desde 2005, por rapto sistemático de dezenas de milhares de crianças: os rapazes são transformados em soldados, as raparigas em escravas sexuais, executados uns e outros quando não obedecem, muitos mutilados, com os lábios cortados. Crê-se que as suas forças mataram dezenas de milhares de pessoas no Uganda, na República Democrática do Congo, no Sudão do Sul e na Republica Centro Africana. Os Estados Unidos classificaram o LRA como grupo terrorista, no pós-11 de Setembro, e em 2008 começaram a apoiar o exército do Uganda com equipas de treino e conselheiros tácticos para a missão de capturar Kony, o qual se crê estar escondido nas zonas de mato já fora do Uganda. Em Outubro passado, o Presidente norte-americano, Barack Obama, deu luz verde a uma unidade de 100 tropas de combate norte-americanas – na maioria membros das forças especiais, para trabalhar em cooperação com os líderes militares regionais das zonas fronteiriças do Uganda. O vídeo do Invisible Children espoletou ontem, data oficial de lançamento da campanha, uma atenção sem paralelo, tendo sido visto por dezenas de milhões de pessoas. As palavras Uganda e Kony ascenderam às dez mais repetidas no serviço de microblogging Twitter. Ao mesmo tempo, gerou também uma vaga de críticas ao próprio grupo de activistas, com acusações de que a Invisible Children gasta apenas 32% do dinheiro que obtém através de donativos (8, 6 milhões de dólares só no ano passado) em serviços prestados directamente às comunidades que ajuda. O restante, de acordo com as declarações financeiras da organização, vai para pagamento de salários, despesas de viagem e custos de produção de filmes – como o Kony2012 que agora se tornou viral. KONY 2012 from INVISIBLE CHILDREN on Vimeo.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave ajuda rapto
Human Rights Watch denuncia condenações sumárias após despejos forçados em Angola
Demolições têm-se sucedido desde o fim da guerra, para dar lugar a projectos imobiliários. (...)

Human Rights Watch denuncia condenações sumárias após despejos forçados em Angola
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento -0.15
DATA: 2013-02-27 | Jornal Público
SUMÁRIO: Demolições têm-se sucedido desde o fim da guerra, para dar lugar a projectos imobiliários.
TEXTO: Ficar sem casa, ser agredido, detido e condenado – foi o que aconteceu nas últimas semanas a dezenas de angolanos, vítimas de despejos forçados de zonas expropriadas pelo Governo, para dar lugar a projectos imobiliários, nos arredores de Luanda, denunciou nesta terça-feira a Human Rights Watch (HRW). Os despejos já eram conhecidos. A HRW denunciou agora a detenção de pelo menos 40 pessoas, acusadas de ocupação ilegal de terras ou desobediência, e a sua condenação, em julgamentos sumários, a penas de três a oito meses de prisão ou a pagamento de multas elevadas, que chegam ao equivalente a 800 dólares (mais de 610 euros, ao câmbio actual). Desde dia 1, a polícia tem feito detenções arbitrárias de pessoas vítimas de despejos, algumas devido a protestos, outras aleatoriamente, denuncia a organização, num relatório divulgado em Joanesburgo, África do Sul. Os despejos forçados tinham já sido denunciados pela Amnistia Internacional e por organizações como a angolana SOS Habitat. Para desalojar cerca de cinco mil pessoas que viviam em Maiombe, um bairro ilegal, criado nos últimos anos no município de Cacuaco, periferia Norte da capital, foram destacados, no dia 1, centenas de elementos das forças de segurança, incluindo agentes da polícia de intervenção rápida e militares, apoiados por helicópteros. “Bateram-nos com cassetetes e deram-nos pontapés com as botas. Nem pouparam as mulheres, nem sequer as grávidas”, disse uma testemunha citada pela HRW, descrevendo a reacção da polícia, face a protestos dos moradores. Segundo informação do site Maka Angola – fundado pelo jornalista e activista Rafael Marques, e que se dedica à denúncia de corrupção e promiscuidade entre interesses públicos e privados – duas crianças que se assustaram com os helicópteros morreram depois de caírem numa vala de drenagem. As autoridades municipais declararam que as pessoas estavam a ocupar ilegalmente terras do Estado destinadas a um projecto turístico. Os despejos foram feitos sem aviso formal e sem que fosse proporcionado alojamento alternativo nem dado tempo para retirarem bens em segurança, segundo testemunhos recolhidos pela organização. “Como se não bastasse despejar pessoas com força bruta, sem qualquer aviso ou tempo para se prepararem, decidem também detê-las quando já estão sem abrigo ou desamparadas”, comentou Leslie Lefkow, directora adjunta para África da HRW. O Governo, disse, deve assegurar abrigo e compensar os desalojados pelas perdas materiais. Despejos são proibidosA organização lembra que os despejos forçados são proibidos pelo direito internacional e que mesmo nos casos de ocupação ilegal de terrenos as demolições devem ser planeadas, respeitar normas e evitar “sofrimento desnecessário aos angolanos mais pobres”. Após os despejos em Maiombe, os desalojados foram transferidos para outra área onde seriam atribuídos lotes de terreno para desalojados, Kaope-Funda, segundo o Maka Angola. Mas a HRW observa que se trata de uma zona coberta de mato, sem infra-estruturas, e que não é clara a propriedade dessa área. Não é a primeira vez que ocorrem despejos forçados, detenções e condenações por alegada ocupação de terras em Angola. Os casos têm-se sucedido desde o final da guerra civil, em 2002. Diferentes situações, envolvendo dezenas de milhares de pessoas, ocorrem nos últimos anos na zona de Luanda, mas também no Lubango, província de Huíla, onde os protestos levaram, em 2011, ao abandono do despejo de mais de 3500 pessoas. Segundo a Human Rights Watch, no Cacuaco, em Setembro de 2012, 141 pessoas foram condenadas a penas de prisão com pena suspensa e ao pagamento de multas por desobediência e alegada ocupação ilegal de terras. No sábado passado, forças de segurança impediram uma delegação da UNITA (União Nacional para a Independência Total de Angola), principal partido da oposição, de se reunir com a comunidade de Maiombe. A delegação era chefiada pelo líder do partido, Isaías Samakuva, que pediu um inquérito ao facto de não ter podido visitar o local.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave guerra prisão comunidade mulheres ilegal
São nove, todos octogenários. E têm os seus países nas mãos
O Presidente de Israel, Shimon Peres, é o mais velho. O que não quer dizer que seja o que está há mais tempo na presidência. (...)

São nove, todos octogenários. E têm os seus países nas mãos
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2013-08-04 | Jornal Público
SUMÁRIO: O Presidente de Israel, Shimon Peres, é o mais velho. O que não quer dizer que seja o que está há mais tempo na presidência.
TEXTO: Robert Mugabe, declarado no sábado vencedor das controversas eleições presidenciais do Zimbabwe, é, aos 89 anos, um dos homens mais velhos do mundo no poder. Mas não só não é o mais velho como está longe de ser caso único. A AFP fez o levantamento dos chefes de Estado em funções com mais de 80 anos. Encontrou nove. São homens – a excepção é a rainha de Inglaterra – que, nalguns casos, ocupam os cargos há décadas. Encontram-se em funções executivas uns, honoríficas outros, em monarquias absolutas ou constitucionais, como em repúblicas democráticas ou autoritárias. Nalguns casos a idade corresponde a uma longevidade no poder, noutros nem tanto. Mugabe, que, em eleições consideradas "fraudulentas" pela oposição, foi escolhido para um novo mandato à frente do Zimbabwe, está no poder desde Abril de 1980. Mas isso não significa que seja aquele que está há mais tempo no cargo. No continente africano, o decano político é Teodoro Obiang Nguema, que tem apenas 71 anos mas leva 34 de poder autoritário na Guiné Equatorial. Em África, Girma Wolde-Gorgis, nascido, como Mugabe, em 1924, é Presidente da Etiópia desde 2001, com uma função essencialmente honorífica. O outro octogenário no poder no continente tem funções executivas. É Paul Biya, 80 anos, Presidente dos Camarões desde 1982. Na Europa, Giorgio Napolitano foi reeleito em Itália em Fevereiro para um segundo mandato. Aos 87 anos aceitou, “por sentido de responsabilidade”, permanecer na presidência para ultrapassar uma situação de impasse político. No Médio Oriente, Shimon Peres completou 90 anos na sexta-feira. Foi eleito Presidente em 2007 e os seus poderes são hoje essencialmente protocolares. Mas foi primeiro-ministro e participa na vida política democrática de Israel há mais de 50 anos. É o mais velho chefe de Estado do mundo. Na América, o mais velho é Raul Castro, 82 anos. Foi nomeado Presidente em Fevereiro deste ano para um segundo mandato de cinco anos, depois de ter recebido o poder do irmão, Fidel, em 2006, e de se ter tornado oficialmente chefe de Estado, em 2008. Entre os monarcas, o mais velho em funções é o rei Abdullah, que tem 89 anos e lidera a Arábia Saudita desde a morte do meio-irmão Fahd, em 2005. É um caso em que o poder formal chegou depois dos 80. Mas, lembra a AFP, dirige de facto o reino desde 1995. A rainha Isabel II é mais nova, 87 anos, mas tem uma longevidade no poder bem maior, decorrente do facto de ter subido ao trono aos 27 anos, em 1952. Ainda que leve 61 anos de reinado, Isabel II não é a recordista de permanência na chefia de um Estado - ou de dezenas de estados, tendo em conta que reina nos países da Commonwealth. O rei Bhumidol Adulyadej, da Tailândia, é mais novo, tem 85 anos, mas ocupa o cargo há 67, desde os 18.
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Étnia Africano
Duas voluntárias britânicas atacadas com ácido na Tanzânia
Polícia está a investigar o que motivou ataque às duas jovens na ilha de Zanzibar. (...)

Duas voluntárias britânicas atacadas com ácido na Tanzânia
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2013-08-08 | Jornal Público
SUMÁRIO: Polícia está a investigar o que motivou ataque às duas jovens na ilha de Zanzibar.
TEXTO: Duas britânicas, de 18 anos, foram atacadas com ácido na ilha de Zanzibar, na Tanzânia. As duas vítimas trabalham numa escola como voluntárias de uma organização humanitária. As autoridades locais desconhecem ainda o que terá motivado o ataque, o primeiro do género registado na ilha contra estrangeiros. As duas jovens caminhavam na noite passada pelas ruas de Stone Town, uma zona antiga da capital da ilha africana considerada património mundial da Unesco, quando dois homens, numa mota, lançaram ácido sobre ambas. As vítimas foram atingidas na cara, zona do tórax e mãos, indica a BBC, que cita as autoridades locais. As mulheres foram transportadas de avião para Dar es Salaam, no continente, para receberem tratamento hospitalar. Segundo uma avaliação médica citada pela Sky News, os ferimentos não são fatais e as jovens deverão ter alta ainda esta quinta-feira. No Reino Unido, o Ministério dos Negócios Estrangeiros disse já ter sido informado do incidente e declarou que está a ser prestado apoio consular às duas raparigas, ambas de Londres e voluntárias da organização não-governamental Art na Tanzânia. Segundo a associação, as jovens estavam na sua última semana de voluntariado. A polícia diz não haver ainda informações sobre o que terá motivado o ataque. O comissário da polícia da ilha de Zanzibar, Mkadam Khamis, confirmou à AFP que foi iniciada uma “caça ao homem” e pedido apoio à população local para identificar os atacantes. Este é o primeiro ataque do género contra estrangeiros em Zanzibar, de acordo com a polícia local. Há registo de assaltos e os cidadãos estrangeiros que visitam o país, e aquela região em especial, são avisados de que existe alguma ameaça de terrorismo. Em Novembro, foi registado um ataque com ácido mas contra um religioso muçulmano. Em Dezembro e Fevereiro, dois padres católicos foram baleados. No ataque mais recente, uma das vítimas acabou por morrer.
REFERÊNCIAS:
Entidades UNESCO
Na África do Sul, há uma escola onde gravidez não é sinónimo de exclusão
Na Pretoria Hospital School, uma aluna grávida recebe apoio na sua educação. Ter um filho não significa que não possa haver formação, defende a intituição. (...)

Na África do Sul, há uma escola onde gravidez não é sinónimo de exclusão
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.156
DATA: 2013-08-08 | Jornal Público
SUMÁRIO: Na Pretoria Hospital School, uma aluna grávida recebe apoio na sua educação. Ter um filho não significa que não possa haver formação, defende a intituição.
TEXTO: Num país onde existe uma elevada taxa de gravidez precoce, com 94 mil casos registados segundo os dados oficiais mais recentes, a Pretoria Hospital School é única na África do Sul. Trata-se do único estabelecimento de ensino do país que acolhe adolescentes grávidas com o objectivo de lhes dar formação e um futuro, apesar da fragilidade da sua situação. Na Pretoria Hospital School, uma escola pública que abriu portas na cidade sul-africana na década de 1950 destinada a receber crianças doentes, estão actualmente 108 raparigas que esperam um filho, algumas com apenas 13 anos. As primeiras jovens grávidas chegaram à escola na década de 1980, quando a gravidez fora do casamento era ainda um tabu no país. A directora da escola, Rina Van Niekerk, explica que o objectivo é garantir que “as jovens não prejudiquem a sua educação unicamente por estarem grávidas”. A instituição autoriza que a aluna interrompa a escolaridade para dar à luz mas defende que esta deve regressar logo que possível. Esta política de não exclusão das jovens da escola enquanto grávidas e depois como mães é pouco defendida na África do Sul, onde cada estabelecimento de ensino faz as suas regras sobre como devem ser tratadas estas alunas. No entanto, esta situação poderá ser alterada por decisões como, por exemplo, as recentemente tomadas pela justiça do país. O mês passado, o Tribunal Constitucional ordenou a duas escolas que revissem o seu regulamento interno que previa a expulsão de alunas em caso de gravidez. Gravidez adolescente a subirOs dados mais recentes, avançados pelo Ministério da Educação sul-africano, são de 2011 e revelam que nesse ano foram registados 94 mil casos de gravidez precoce. Um estudo sobre comportamentos de risco entre jovens, publicado em 2002 pelo conselho de investigação médica do país, revelou que uma em cada três adolescentes esteve grávida antes dos 19 anos. Contudo, a iniciativa da Pretoria Hospital School é recebida com algumas críticas por parte de outras instituições de apoio à juventude. É o caso da organização LoveLife, dirigida por Andile Dube, para quem, com este sistema a vida da aluna grávida é acompanhada mas nada é feito quanto à prevenção da gravidez. “Se multiplicarmos este tipo de iniciativa pelo país, isso passará a significar que a gravidez é uma condição à parte, e não é assim que devemos proceder”, defende. A directora da Pretoria Hospital School tem outra posição. “Oferecemos a essas jovens um quadro no qual elas podem continuar a estudar apesar do seu estado. Isso não quer dizer que encorajamos a gravidez precoce”, defende Rina Van Niekerk. Naledi Vuma, de 18 anos, que foi mãe no ano passado, mostra-se satisfeita por ter prosseguido com os estudos apesar da chegada do filho. Diz ainda que se sentiu melhor na Pretoria Hospital School do que noutra escola por estar junto de raparigas na mesma situação. O número de gravidezes precoces continua a aumentar na África do Sul, apesar das campanhas de sensibilização sobre relações sexuais desprotegidas e os riscos de contaminação de sida. Segundo a Organização Mundial de Saúde, 95% das gravidezes precoces entre raparigas entre os 15 e os 19 anos foram registadas em países em desenvolvimento.
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Étnia Africano
Morreu Zé da Guiné, ícone da boémia e cultura dos anos 1980
Era um símbolo do Bairro Alto cultural e boémio dos anos 1980. Gostava de jazz, da moda e da vida nocturna, tendo estado por detrás da abertura de espaços marcantes como As Noites Longas. (...)

Morreu Zé da Guiné, ícone da boémia e cultura dos anos 1980
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2013-11-01 | Jornal Público
SUMÁRIO: Era um símbolo do Bairro Alto cultural e boémio dos anos 1980. Gostava de jazz, da moda e da vida nocturna, tendo estado por detrás da abertura de espaços marcantes como As Noites Longas.
TEXTO: Morreu na sexta-feira Zé da Guiné, personalidade marcante da vida nocturna e cultural da Lisboa dos anos 1980. Sofria há mais de dez anos de uma doença degenerativa do foro neurológico, impeditiva de qualquer actividade. Morreu durante a noite, no Hospital de São José, em Lisboa. Nos últimos anos, passava por dificuldades materiais, tendo-se avolumado as iniciativas públicas, promovidas por amigos artistas, cineastas, jornalistas ou músicos em seu auxílio e foi produzido o documentário Zé da Guiné – Crónica de Um Africano em Lisboa, da autoria de José Manuel S. Lopes, que reflectia a sua vida, desde a chegada a Lisboa, nos anos 1970, passando pela sua relevância na fervilhante actividade cultural e na vida boémia dos anos 1980. O realizador lembra o amigo como alguém que "teve a particularidade de ter modificado os hábitos de Lisboa, tanto na forma de estar como de usufruir da cidade". "Foi um precursor e arrastou outras pessoas nesse movimento", diz ao PÚBLICO. "Não consigo encontrar outra pessoa como ele: inovador, de espírito aberto, aventureiro e, ao mesmo tempo, cuidadoso, amigo e óptimo em relações públicas. " Durante 14 anos, continua, lutou contra a doença, esclerose lateral amiotrófica, a mesma que vitimou Zeca Afonso, "o que revela a sua grande capacidade de luta e resistência. "Como escreveu na altura da homenagem Miguel Esteves Cardoso numa crónica no PÚBLICO: "Zé da Guiné é um grande artista. Não foi só uma inspiração, um exemplo e um catalisador, embora também fosse essas coisas. Criou ambientes e criou mentalidades. Abriu caminhos e diversões. A noite de Lisboa era fechada, triste, mesquinha e clandestina antes do Zé e do Manuel Reis [Frágil/Lux], cada um à maneira dele. Contra todas as más vontades, burocracias, pessimismos e letargias, estes dois artistas públicos conseguiram abri-la, alegrá-la, engrandecê-la e mergulhá-la no presente. " Natural da Guiné-Bissau, onde nasceu a 4 de Janeiro de 1959, José Osaldo Barbosa teve uma passagem breve pela guerrilha na luta pela libertação. Chegou a Lisboa nos anos 70, depois do 25 de Abril. No final dessa década, foi ele um dos primeiros a aventurar-se no território de prostitutas e de má fama que era então o Bairro Alto, abrindo o espaço Souk. Mais tarde, viria a embarcar no projecto Rock House (mais tarde, Juke Box), assumindo várias funções, entre elas a de porteiro, participando na emergência do Bairro Alto como o lugar por excelência de afirmação da Lisboa cultural dos anos 1980. Era conhecido de todos, artistas, músicos, cineastas ou jornalistas. De alguma forma, era um símbolo de uma cidade que, depois do 25 de Abril, se queria abrir à modernidade e ao exterior. Não é por acaso que muitas das publicações de referência internacionais da época – como a revista inglesa The Face –, quando abordavam as dinâmicas culturais em ligação com as actividades nocturnas da época, o procuravam. Uma das suas paixões era a moda, tendo sido uma personalidade inspiradora, assistindo à emergência da geração que consolidou a moda em Portugal através de iniciativas como as Manobras de Maio. Mas o projecto onde se envolveu e que talvez mais marcas deixou foi as Noites Longas, ao largo do Conde Barão, em Santos, num palacete do século XVI, que mais tarde viria a albergar o B. Leza e que hoje se encontra desactivado. Ideia partilhada com Hernâni Miguel, viria a transformar-se numa das experiências mais cosmopolitas da época. A meio dos anos 1980, era ali que a Lisboa artística se misturava, até de manhã, com a Lisboa castiça do Cais do Sodré e do mercado da Ribeira e com a Lisboa do roteiro das discotecas africanas. Depois dessa aventura, surgiram outras, como a abertura, já nos anos 1990, do Be Bop, no Bairro Alto, onde se ouvia jazz, a sua grande paixão. De acordo com o segundo secretário da Embaixada da Guiné-Bissau em Portugal, Bacar Sanhá, o corpo de Zé da Guiné deverá ser trasladado para o país onde nasceu, já que “o desejo dele sempre foi ser sepultado na Guiné-Bissau”. Com Sílvia Pereira
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Partidos BE
Pirataria rendeu entre 251 e 306 milhões em sete anos
Banco Mundial, ONU e Interpol analisaram o modelo de negócio da actividade pirata no Corno de África. (...)

Pirataria rendeu entre 251 e 306 milhões em sete anos
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2013-11-03 | Jornal Público
SUMÁRIO: Banco Mundial, ONU e Interpol analisaram o modelo de negócio da actividade pirata no Corno de África.
TEXTO: Desde 2005, a captura de navios rendeu aos piratas na zona do Corno de África receitas entre os 339 e os 413 milhões de dólares (251 a 306 milhões de euros), de acordo com uma estimativa conjunta do Banco Mundial, das Nações Unidas e da Interpol. O relatório nota a “ausência de dados credíveis”, mas diz ter conseguido fazer uma “análise significativa” da actividade entre Abril de 2005 e Dezembro de 2012, na zona do Djibuti, Etiópia, Quénia, Seicheles e Somália . O estudo analisou a actividade de 59 financiadores das actividades de pirataria para chegar àqueles valores e para estabelecer o funcionamento do modelo de negócio da pirataria e o circuito do dinheiro envolvido. Cerca de 179 navios foram capturados durante aquele período. O estudo aponta vários tipos de organização das actividades. Alguns piratas estão envolvidos num modelo “artesanal”, que consiste em operações de pequena dimensão. Noutros casos, vários financiadores juntam-se para uma operação de maior escala. E alguns criminosos com mais recursos financeiros bancam toda uma operação. Depois de os custos estarem pagos, os “soldados rasos” recebem, em conjunto, entre 30 mil e 75 mil dólares de um resgate, cujo valor médio foi de quatro milhões de dólares em 2012, uma descida face ao pico de cinco milhões atingido no ano anterior. Em 2005, o resgate médio era de 390 mil dólares. Porém, como têm de pagar aquilo que comeram e, em alguns casos, também devido a um sistema de multas (por exemplo, por desobedecer a ordens), vários dos "soldados rasos" acabam por receber muito pouco dinheiro, fazendo com que frequentemente reincidam na actividade. Já os financiadores ficam com um valor que pode ir dos 25% aos 75% das receitas, consoante o modelo de organização da operação. Uma parte significativa do dinheiro flui para as populações locais, que vendem vários bens e serviços de apoio à acção dos piratas. “Na costa, outra milícia, diferente do grupo de piratas, guarda o navio [capturado] e surge toda uma economia para o sustentar”, lê-se no relatório. Estes serviços vão desde a reparação de partes do navio até à alimentação, tanto dos piratas, como da tripulação refém. Há ainda o negócio do fornecimento de álcool, de khat (uma planta estimulante, considerada uma droga pela Organização Mundial de Saúde e que é tradicionalmente mascada naquela região) e de prostitutas. Os pequenos piratas usam o dinheiro que ganham sobretudo em prostitutas, carros caros, droga e álcool. Os piratas financiadores também incorrem neste tipo de gastos, mas estas depesas consomem apenas uma pequena parte do que recebem. O resto do dinheiro é usado tanto noutras operações ilegais (como o tráfico de pessoas e armas), como em actividades legítimas, que vão da exploração petrolífera ao investimento em hotéis. Num comunicado, um dos autores do relatório, Stuart Yikona, apela a medidas internacionais para travar a circulação do dinheiro proveniente da pirataria. "A comunidade internacional mobilisou uma força naval para lidar com os piratadas. Um esforço multinacional semelhante é preciso para interromper e parar o fluxo de dinheiro ilícito que circula no seguimento das actividades deles".
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave comunidade estudo
Estado mental de Oscar Pistorius está a ser avaliado por psiquiatras
Atleta pode sofrer de ansiedade profunda e não ser responsabilizado pelo assassínio da namorada. (...)

Estado mental de Oscar Pistorius está a ser avaliado por psiquiatras
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento -0.1
DATA: 2014-05-20 | Jornal Público
SUMÁRIO: Atleta pode sofrer de ansiedade profunda e não ser responsabilizado pelo assassínio da namorada.
TEXTO: O tribunal sul-africano que está a julgar Oscar Pistorius, acusado de ter assassinado a namorada, decidiu pedir uma avaliação psicológica ao atleta. As avaliações começaram a ser feitas na segunda-feira e vão demorar um mês. A juíza Thokozile Masipa determinou que Pistorius irá realizar os testes num hospital psiquiátrico de Pretória em regime de ambulatório e não como internado, como a sua defesa chegou a propor. A decisão de proceder a esta avaliação foi tomada depois de as testemunhas de defesa terem dito que o atleta olímpico e paralímpico (não tem as duas pernas) sofre de ansiedade profunda. Pistorius disse no julgamento que não matou intencionalmente a namorada, Reeva Steenkamp, e que o crime ocorreu devido ao seu terror em ser agredido por um assaltante. Steenkamp foi morta a tiro no dia 14 de Fevereiro de 2013 quando o atleta disparou sobre ela, através da porta da sala de banho da casa que partilhavam, alegando que a confundiu com um intruso. A acusação considerou que os testes se tornaram necessários depois de a psiquiatra forense Merryll Vorster ter dito no tribunal que Oscar Pistorius é "um perigo para a sociedade". A defesa tentou evitar esta avaliação, mas na segunda-feira a juíza decidiu ir para a frente com ela - já na quarta-feira Thokozile Masipa tinha deixado uma pista, quando disse que se fosse essa a sua opção quatro psiquiatras nomeados pelo tribunal iriam "avaliar se o acusado, por razões de doença ou perturbação mental na altura do crime, é reponsável por aquilo de que é acusado". A equipa médica vai também decidir se Pistorius "tinha [na altura do crime] capacidade para perceber o erro do seu acto". Na semana passada, quando a questão da avaliação foi levantada, a juíza disse que a lei determina que se existe a possibilidade de um acusado poder ter uma perturbação que o torne não responsável pelos seus actos deve ser avaliado. A ansiedade profunda (GAD na sigla inglesa) é uma doença reconhecida e é um estado muito diferente da simples ansiedade ou nervosismo. As pessoas que têm esta desordem sentem-se ansiosas todos os dias e têm medo de situações muito genéricas e não apenas de uma coisa concreta. Uma em cada 25 pessoas passa por este estado a dada altura da sua vida e a doença é mais comum entre as mulheres do que os homens, explica a BBC.
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Étnia Africano
Poeta e activista Maya Angelou morreu aos 86 anos
Os Estados Unidos despedem-se de “um tesouro nacional”, uma negra do sul segregado que lutou pelos direitos civis ao lado de Martin Luther King e Malcolm X. (...)

Poeta e activista Maya Angelou morreu aos 86 anos
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2014-05-28 | Jornal Público
SUMÁRIO: Os Estados Unidos despedem-se de “um tesouro nacional”, uma negra do sul segregado que lutou pelos direitos civis ao lado de Martin Luther King e Malcolm X.
TEXTO: A poeta e activista norte-americana Maya Angelou morreu esta quarta-feira. Tinha 86 anos e a sua agente, Helen Brann, explicou à comunicação social que a sua saúde se vinha deteriorando nos últimos tempos. Pouco depois, o filho, Guy B. Johnson, confirmou a notícia com uma declaração pública. “A família está extremamente grata que a sua ascensão não tenha sido desmerecida por uma perda de acuidade ou compreensão. Viveu uma vida como professora, activista, artista e ser humano. A família está agradecida do tempo que teve com ela e sabemos que está a olhar para nós lá de cima com amor. ”Angelou, que foi convidada a ler poemas em duas tomadas de posse presidenciais – em 1993, com Bill Clinton, e de novo em 2009, com Barack Obama –, foi uma das escritoras negras mais lidas nos Estados Unidos. Entre as suas obras mais conhecidas estão I Know Why the Caged Bird Sings, de 1969, e Carta à minha filha: um legado inspirador para todas as mulheres que amam, sofrem e lutam pela vida – dedicado à filha que nunca tive, de 2008 mas editada em Portugal em 2009 pela Estrela Polar. Professora de Estudos Americanos na Wake Forest University a partir de 1982, Angelou “era um tesouro nacional, cuja vida e ensinamentos inspiraram milhões de pessoas pelo mundo”, escreveram em comunicado os responsáveis pela universidade. Nascida em Saint Louis, no Missouri, em 1928, e baptizada como Marguerite Ann Johnson, Maya Angelou cresceu no sul segredado. Vítima de abusos sexuais aos oito anos, foi mãe aos 16, chegando a prostituir-se antes de conseguir começar uma carreira como cantora, actriz e, depois, escritora. Com um pequeno papel na remontagem de 1952 da conhecida ópera Porgy e Bess, de George Gershwin, foi com o elenco do espectáculo que entre 1954 e 1955 viajou por cerca de vinte países europeus e africanos. No ano anterior, tinha conhecido e casado com o músico Tosh Angelous. Foi quando começou a ter aulas de dança e conheceu o bailarino e coreógrafo Alvin Ailey, com quem chegou a ter uma dupla a que chamavam Al e Rita. Já no arranque da década de 1960, em Nova Iorque, juntou-se à Harlem Writers Guild, conhecendo, pouco depois, Martin Luther King e acabando por ser tornar numa das organizadoras do “Cabaret for Freedom”, com o qual foram angariados fundos cruciais para a Southern Leadership Conference, a organização presidida por Luther King para a luta pelos direitos civis dos negros. Nesta mesma altura, juntou-se também aos movimentos pró-castristas e à luta pelo fim do apartheid na África do Sul, conhecendo o activista Vuzumi Make, com quem se mudou por um breve período para o Egipto, onde foi editora do jornal The Arab Observer. Mudou-se pouco depois para o Gana onde conheceu e se tornou próxima de Malcolm X, a cujo movimento se juntou no seu regresso aos Estados Unidos, em 1965. Autora tanto de obras dramatúrgicas como de prosa e poesia, Angelou foi a primeira memorialista negra de grande divulgação nos Estados Unidos com o primeiro tomo da sua autobiografia em sete volumes. Intitulado I Know Why the Caged Bird Sings, esse primeiro volume foi publicado em 1969 e conta a história da sua vida da infância ao momento em que foi mãe, escondendo a gravidez da família até ao oitavo mês para poder continuar a estudar. “Se crescer é doloroso para a rapariga negra do sul, estar consciente do seu deslocamento é a ferrugem na lâmina que ameaça a garganta. É um insulto desnecessário”, escreveu. On the Pulse of the Morning, o poema que leu em 1993 na tomada de posse de Bill Clinton, tornou-se num bestseller, celebrando a diversidade étnica nos Estados Unidos. Em 2011 Barack Obama entregou-lhe a maior distinção civil norte-americana, a Presidential Medal of Freedom.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave direitos filha filho social mulheres rapariga negra cantora
O regresso de Mondragón entre muitos estreantes trintões
O guarda-redes colombiano pode tornar-se, durante o Mundial do Brasil, no jogador mais velho a jogar no torneio, e destronar Roger Milla, que actuou em 1994 com 42 anos e 39 dias. (...)

O regresso de Mondragón entre muitos estreantes trintões
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.5
DATA: 2014-05-30 | Jornal Público
URL: https://arquivo.pt/wayback/20140530170436/http://www.publico.pt/1638005
SUMÁRIO: O guarda-redes colombiano pode tornar-se, durante o Mundial do Brasil, no jogador mais velho a jogar no torneio, e destronar Roger Milla, que actuou em 1994 com 42 anos e 39 dias.
TEXTO: Trinta e nove anos e 321 dias era a idade de David James quando se estreou pela selecção inglesa num Mundial de futebol. Foi uma solução de recurso utilizada por Fabio Capello, depois do erro de Robert Green no jogo inaugural da selecção dos três leões no Mundial 2010 contra os EUA. “Calamity” James era quem tinha o número 1 nas costas e no jogo seguinte, frente à Argélia, tornou-se no mais velho estreante em Mundiais de futebol. Há muitos trintões que podem estrear-se no torneio em 2014, nenhum com idade suficiente para bater o recorde de James no Brasil. Mas há um recorde de longevidade que poderá muito bem ser batido e passar dos pés de um avançado africano para as mãos de um guarda-redes sul-americano. Dos dez jogadores mais velhos de sempre na história dos Mundiais de futebol, sete são guarda-redes, sendo que o que está no topo da lista é uma das excepções, o avançado camaronês Roger Milla, que, no Mundial de 1994, defrontou a Rússia com 42 anos e 39 dias. A marca de Milla pode muito bem ser batida a 14 de Junho próximo, no Estádio Mineirão, em Belo Horizonte, quando a Colômbia defrontar a Grécia, no jogo inaugural do Grupo C. Na baliza colombiana poderá estar Faryd Mondragón, que, nesse dia, terá 42 anos, 11 meses e 25 dias de idade. E quando chegar ao jogo com o Japão, a 24, Mondragón já terá completado 43 anos. Já não será a primeira vez que Mondragón joga num Mundial. Ele tinha 26 anos quando a Colômbia participou pela última vez no torneio, em 1998 – esteve nos convocados para o Mundial 1994, mas não chegou a jogar. Foi titular nos três jogos da fase de grupos, sofreu três golos e a participação colombiana no torneio ficou-se por ali, com uma vitória e duas derrotas. Dezasseis anos depois, este super-veterano com 24 anos de carreira em 11 clubes diferentes está nos eleitos do seleccionador José Pekerman, embora o escolhido para a baliza deva ser David Ospina, do Nice, que fez toda a fase de qualificação. Mas, para Mondragón, já é um orgulho estar no Brasil, mesmo que não jogue um minuto. “Quem não gosta que lhes perguntem a idade são as mulheres, mas eu, a cada dia que passa, quando me perguntam, eu digo a minha idade ainda com mais orgulho. É um sonho para mim. Espero corresponder da melhor maneira”, diz o guarda-redes do Deportivo de Cali, o sobrevivente da geração dourada do futebol colombiano dos anos 1990, que tinha nomes como Asprilla, Valderrama ou Escobar. Apenas 12 das 32 selecções divulgaram já as suas listas definitivas para o Mundial, mas nenhum dos seleccionadores abdicou de ter jogadores experientes entre os seus eleitos. Neste momento, ainda contando com as convocatórias alargadas, as selecções participantes no Mundial têm, no total, 194 jogadores com 30 ou mais anos. A selecção com mais trintões é o Irão de Carlos Queiroz, com 11, embora o técnico português ainda esteja a trabalhar com um grupo de 30 jogadores. No extremo oposto, são três as selecções com apenas um jogador acima dos 30 anos: Gana (Michael Essien, médio do AC Milan, 32 anos); Bélgica (Daniel van Buyten, defesa do Bayern Munique, 36); Coreia do Sul (Kwak Tae-Hwi, defesa do Al-Hilal, 32). A selecção portuguesa, que já tem os 23 finais para o torneio, conta com nove trintões, sete deles já com experiência de jogar num Mundial – Eduardo, Bruno Alves, Pepe, Hugo Almeida, Ricardo Costa, Raul Meireles e Hélder Postiga. Já Beto, guarda-redes do Sevilha, esteve em 2010 na África do Sul mas não saiu do banco, enquanto João Pereira, lateral do Valência, só irá fazer, aos 30 anos, a sua estreia em Mundiais no Brasil. Entre todas as listas, o colombiano Mario Yepes, com 38 anos, poderá ser o mais velho estreante no Mundial do Brasil. O veterano defesa-central da Atalanta, que passou por clubes como o River Plate, o PSG ou o AC Milan, já conta com 95 internacionalizações pela selecção do seu país e diz que só se irá retirar do futebol após o torneio. Para já, continua na lista alargada de Pekerman, com fortes possibilidades de se manter quando esta lista for reduzida para 23. Nem todos os trintões deste Mundial são jogadores com várias dezenas de internacionalizações. Por exemplo, Rodrigo Muñoz, de 32 anos, nunca jogou pela selecção do Uruguai, mas é um dos três guarda-redes escolhidos por Óscar Tabarez. Ou Dejan Bandovic, guarda-redes de 31 anos que está na lista provisória da Bósnia sem nunca ter jogado um minuto pela sua selecção.
REFERÊNCIAS:
Entidades EUA