Mulheres portuguesas ganham menos 18 por cento que os homens
As mulheres portuguesas ganham, em média, menos 18 por cento que os homens (181 euros), apesar de a sua participação no mercado de trabalho ter aumentado nos últimos anos, segundo um estudo da CGTP. Hoje decorre em Varsóvia o Congresso Europeu da Mulher. (...)

Mulheres portuguesas ganham menos 18 por cento que os homens
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 16 | Sentimento -0.16
DATA: 2011-09-18 | Jornal Público
SUMÁRIO: As mulheres portuguesas ganham, em média, menos 18 por cento que os homens (181 euros), apesar de a sua participação no mercado de trabalho ter aumentado nos últimos anos, segundo um estudo da CGTP. Hoje decorre em Varsóvia o Congresso Europeu da Mulher.
TEXTO: De acordo com o estudo sobre a desigualdade entre homens e mulheres no trabalho, a taxa de actividade feminina é de 56 por cento, menos 11, 9 pontos percentuais do que a taxa de actividade masculina, que é de 67, 9 por cento. O estudo, elaborado com base em dados do INE - Instituto Nacional de Estatística, refere que em Portugal as mulheres representam 47, 3 por cento da população activa e 47 por cento do emprego total. No entanto, a remuneração base média mensal dos homens (1. 003, 7 euros) era no ano passado superior em 18 por cento à das mulheres (822, 7 euros). Se o referencial for o ganho médio mensal e não apenas o salário base, então a diferença ainda é maior, de 21, 6 por cento. O sector da saúde e do apoio social é aquele onde a diferença salarial é maior (33, 5 por cento). Em média os homens ganham 1. 202, 05 euros e as mulheres 798, 91 euros (menos 403, 14 euros). A diferença é menor no sector do comércio. Os homens ganham em média 1. 122, 03 euros por mês, enquanto as mulheres ganham 910, 29 euros, o que corresponde a menos 19 por cento (211, 74 euros). São também as mulheres que representam a maioria dos trabalhadores que auferem o Salário Mínimo Nacional - 12, 3 por cento, enquanto para os homens essa percentagem é de 5, 9 por cento. Eurodeputada Edite Estrela quer legislação para acabar com diferençasA eurodeputada Edite Estrela, vice-presidente da comissão dos Direitos da Mulher e da Igualdade de Género, defendeu hoje a necessidade de serem aplicadas na União Europeia medidas legislativas para acabar com a diferença salarial entre homens e mulheres. Edite Estrela vai representar o Parlamento Europeu no Congresso Europeu da Mulher, que decorre hoje em Varsóvia, no âmbito da Presidência Polaca da UE. “Vou aproveitar este congresso para reafirmar a necessidade da Comissão Europeia apresentar medidas que garantam a igualdade salarial entre homens e mulheres e também a participação da mulher nos processos de decisão, a todos os níveis, incluindo das administrações das grandes empresas”, afirmou. Segundo Edite Estrela, as mulheres ainda estão muito pouco representadas nas administrações das empresas da União Europeia, apesar de representarem 60 por cento dos licenciados que saem das universidades. “Só um em cada 10 membros de administrações das maiores empresas europeias são mulheres e 97 por cento dos presidentes dessas empresas são homens”, salientou. Para a eurodeputada socialista a solução para esta situação só será conseguida com a aplicação de leis para a paridade, que “as empresas vão ter de cumprir”. O 3º Congresso Europeu é o maior evento internacional dedicado às questões sociais durante a Presidência semestral da Polónia e conta com a presença da Comissária Europeia para Justiça e Direitos Fundamentais, de vários ministros europeus responsáveis pela pasta, e de especialistas e representantes de organizações não-governamentais dos 27 Estados membros da EU.
REFERÊNCIAS:
Entidades UE
Mulheres usam menos a Internet e fazem-no sobretudo para trabalhos e relações sociais
As mulheres utilizam menos a Internet do que os homens e fazem-no sobretudo para trabalho e conexão social, ao passo que os homens diversificam e passam mais tempo ao computador sobretudo para entretenimento e consumo de informação. (...)

Mulheres usam menos a Internet e fazem-no sobretudo para trabalhos e relações sociais
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 16 | Sentimento 0.011
DATA: 2011-11-05 | Jornal Público
SUMÁRIO: As mulheres utilizam menos a Internet do que os homens e fazem-no sobretudo para trabalho e conexão social, ao passo que os homens diversificam e passam mais tempo ao computador sobretudo para entretenimento e consumo de informação.
TEXTO: Estas conclusões constam de um estudo sobre “Questões de género na participação digital” da autoria do investigador José Azevedo, da Universidade do Porto, realizado no âmbito do Projecto Inclusão e Participação Digital”, apresentado hoje, na Conferência “Diversidade Digital”, na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. A investigação conclui que apesar da diminuição da desigualdade entre géneros na sociedade portuguesa, esta ainda persiste no acesso à Internet e outras tecnologias de informação e comunicação (TIC). O estudo indica que o que continua a impedir que as mulheres participem mais intensamente, quer como produtoras, quer como utilizadoras de conteúdos, é o facto de o ambiente tecnológico ter ainda uma conotação masculinizada, por um lado, e o de a mulher ter menos tempo disponível para essa actividade, fruto da sua “dupla jornada” de trabalho (emprego/casa), por outro. No entanto, no que se refere ao nível mais elementar de acesso, verifica-se uma ligeira vantagem feminina na posse de equipamentos e serviços de internet: 77, 3% das mulheres declararam possuir computador portátil (contra 70, 4% dos homens) e 99, 5% afirmaram ter telemóvel (contra 97, 1% dos homens). Esta vantagem dilui-se quando é analisada a frequência de utilização: 9, 4% das mulheres não usavam internet versus 4% dos homens, enquanto que no universo dos “utilizadores muito frequentes” predomina o sexo masculino (55, 7%) em relação ao sexo feminino (49, 9%). Um dos factores socioculturais que pode limitar o maior envolvimento das mulheres com as TIC é o medo que estas têm da tecnologia – a “tecnofobia”, que resulta de um processo de socialização que promove a crença de que as máquinas e a tecnologia são um domínio masculino, aponta o estudo. Se a este receio se juntar as dificuldades que as mulheres têm em conciliar os papéis familiar e profissional, que se traduz em menos tempo livre para se dedicarem a outras actividades, pode-se compreender o seu menor envolvimento com as TIC, acrescenta o documento. O estudo avalia ainda a forma de estar na Internet em função do género, concluindo que existem diferenças no tipo de actividades praticadas por homens e mulheres. As principais actividades online realizadas por utilizadores do sexo masculino são o uso do correio electrónico (95, 6%), o visionamento de vídeos (88, 5%), a consulta de informação desportiva, cultural e de entretenimento (87, 3%), duas delas fortemente ligadas ao lazer e a tempos livres. Nas mulheres lidera também o correio electrónico (97, 8%), mas seguido de actividades de carácter relacional, como os serviços de mensagens instantâneas (86, 6%), e de carácter pragmático e estratégico, como a recolha de informação para realizar trabalhos escolares e profissionais (85, 3%). A observação destas prioridades revela também que os homens apresentam maior diversidade de utilização: 45, 4% dos homens declararam efectuar entre 11 e 15 actividades, contra 38, 8% de mulheres. A profundidade do envolvimento com a Internet diz respeito às contribuições dos utilizadores, nomeadamente a criação de conteúdos para sites, blogs ou redes sociais, estando aqui também as mulheres em desvantagem. A maioria dos respondentes que deram o seu contributo em sites colaborativos é do sexo masculino, 20% contra 7% do sexo feminino. Curiosamente, são muito mais as mulheres que manifestam um maior interesse em contribuir para sites colaborativos: cerca de metade das respondentes (50, 5%) manifestaram esse interesse, contra 36, 9% dos homens. O estudo revela ainda que as mulheres já assinaram mais petições online (45, 5%) do que os homens (36, 3%), que se preocupam mais com a origem e veracidade da informação e que utilizam mais este meio para aumentar o contacto com familiares e amigos distantes.
REFERÊNCIAS:
Partidos LIVRE
Presidente do Chile provoca polémica com piada sexista sobre o "talvez" das mulheres
Sebastián Piñera terá tentado ter graça com uma piada em que comparou políticos e mulheres. Mas o que conseguiu foi uma chuva de críticas feitas até por ministras que trabalham com o Presidente chileno. (...)

Presidente do Chile provoca polémica com piada sexista sobre o "talvez" das mulheres
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 16 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-12-08 | Jornal Público
SUMÁRIO: Sebastián Piñera terá tentado ter graça com uma piada em que comparou políticos e mulheres. Mas o que conseguiu foi uma chuva de críticas feitas até por ministras que trabalham com o Presidente chileno.
TEXTO: Piñera não é o primeiro político a descobrir tarde demais que as piadas de mau gosto podem sair caras, mas o que disse num encontro de chefes de Estado está a valer-lhe fortes críticas. A ministra chilena que dirige o Serviço Nacional da Mulher no Chile deixou uma mensagem no Twitter em que não nomeia o Presidente mas diz que “há gente que desfruta com piadas de políticos, gordos, homens ou mulheres que em geral não têm muita graça”. E a senadora Ximena Rincón não hesitou em criticar a “tirada pré-histórica e sexista” do Presidente. Mas o que disse Piñera, afinal? O Presidente chileno estava num encontro de chefes de Estado em Tuxtla, no México, quando resolveu contar uma anedota e perguntou: “Sabem qual é a diferença entre um político e uma mulher?”. Sem obter resposta, continuou. “Quando um político diz que ‘sim’ quer dizer ‘talvez’, quando diz ‘talvez’ quer dizer ‘não’ e quando diz ‘não’, não é político”. Talvez esta parte não tenha agradado a alguns políticos, mas a parte mais polémica da piada estava ainda por dizer. “Quando uma dama diz ‘não’ quer dizer ‘talvez’, quando diz ‘talvez’ quer dizer ‘sim’, quando diz que ‘sim’ não é uma dama”. Entre a audiência, apenas alguns riram. E no Chile as críticas não se fizeram esperar. “Tiradas como esta são uma afronta e um embaraço para este país, em termos de políticas de género, fazem-nos recuar vinte anos”, disse a senadora Ximena Rincón. “Infeliz” foi a palavra escolhida pela antiga ministra Laura Albornoz, na oposição desde a chegada de Piñera ao poder, para definir a intervenção do Presidente. Piñera, disse, “deve reconhecer o seu erro, porque este tipo de intervenções enviam sinais contraditórios no que se refere à defesa dos direitos das mulheres”. Piñera tomou posse em Janeiro de 2010, sucedeu a Michelle Bachelet e protagonizou uma viragem à direita no Chile. Antes da eleição foi um empresário de sucesso, dono da totalidade da Chilevisión, um canal de televisão chileno, de cerca de um terço da companhia aérea LAN e de 13% do clube de futebol Colo-Colo. Ganhou as eleições com maioria absoluta e a sua popularidade manteve-se em alta nos primeiros meses, com o mundo a assistir emocionado ao resgate de 33 mineiros que viveram soterrados 69 dias na mina de San José, no Norte do Chile, em Outubro de 2010. Os últimos meses, no entanto, têm sido marcados por um descontentamento crescente e fortes protestos estudantis contra as medidas de austeridade que afectam o sistema de ensino.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave direitos homens mulher género mulheres
Mulheres sauditas vão poder votar e candidatar-se a eleições sem aprovação prévia de um homem
As mulheres sauditas não vão precisar da aprovação prévia de um guardião homem para votarem nas eleições municipais de 2015, altura em que poderão igualmente concorrer, pela primeira vez, a estes cargos públicos, indicou ontem um membro da Administração saudita. (...)

Mulheres sauditas vão poder votar e candidatar-se a eleições sem aprovação prévia de um homem
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 16 | Sentimento 0.25
DATA: 2011-12-29 | Jornal Público
SUMÁRIO: As mulheres sauditas não vão precisar da aprovação prévia de um guardião homem para votarem nas eleições municipais de 2015, altura em que poderão igualmente concorrer, pela primeira vez, a estes cargos públicos, indicou ontem um membro da Administração saudita.
TEXTO: Apesar de tardia e limitada, esta mudança constitui, ainda assim, um grande passo em frente para um país que é muito restritivo para as mulheres. O membro da Shura (órgão consultivo composto apenas por homens e sem quaisquer poderes legislativos) Fahad al-Anzi é citado pelo jornal governamental “Watan” como tendo dito que a aprovação para as mulheres poderem votar e candidatar-se em 2015 foi dada pelo próprio rei saudita, pelo que estas não precisarão de mais nenhuma aprovação masculina. Apesar desta mudança, as leis que requerem que as mulheres se façam acompanhar por homens guardiães em muitos domínios da vida permanecem praticamente inalteradas. As mulheres não podem trabalhar, viajar, estudar no estrangeiro, casar-se, divorciar-se ou dar entrada num hospital público sem a permissão de um homem guardião. Este tipo de regras é vista pelas feministas como uma afronta aos direitos das mulheres. “Estas leis fazem da mulher uma criança em todos os aspectos da sua vida. Não é encarada como uma adulta, com um cérebro totalmente funcional”, disse a activista saudita Wajeha al-Hawidar, citada pelo “Huffington Post”. Apesar de o rei Abdullah ter insistido em alguns progressos nos direitos das mulheres, o monarca tem sido cauteloso para não irritar os ultra-conservadores que governam o país.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave direitos homens mulher homem criança mulheres
Padre vítima de extorsão por duas prostitutas em Viana
Um padre do concelho de Viana do Castelo foi vítima de extorsão por parte de duas prostitutas com quem travou conhecimento através da Internet e a quem acabou por entregar milhares de euros. (...)

Padre vítima de extorsão por duas prostitutas em Viana
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 16 | Sentimento -0.07
DATA: 2012-02-05 | Jornal Público
SUMÁRIO: Um padre do concelho de Viana do Castelo foi vítima de extorsão por parte de duas prostitutas com quem travou conhecimento através da Internet e a quem acabou por entregar milhares de euros.
TEXTO: O esquema montado por duas cabo-verdianas desenvolveu-se entre Agosto e Dezembro do ano passado e foi desmontado pela GNR de Viana, após queixa apresentada pelo sacerdote de 60 anos. Fonte da GNR confirmou ao PÚBLICO que a última entrega de dinheiro por parte do padre ocorreu no último dia de 2011, na Póvoa de Varzim. O encontro foi previamente combinado entre a GNR e o pároco e culminou com a detenção de uma das mulheres, em flagrante delito, quando recebia um envelope com dinheiro. Apurar o grau de responsabilidade da primeira mulher a travar conhecimento com o padre, ao qual apresentou a amiga, é agora o objectivo do Ministério Público, que assumiu entretanto a investigação. Foi através desta primeira mulher que o sacerdote veio a conhecer a segunda cabo-verdiana, que acabou por ser detida. E foi esta a mulher que utilizou, para chantagear e extorquir dinheiro, as mensagens de telemóvel trocadas entre o padre e a amiga. O relacionamento entre eles durou vários meses e o sacerdote chegou a arranjar emprego à namorada, na área da sua própria paróquia. O medo de ver concretizadas as ameaças de revelação pública de fotografias e mensagens comprometedoras levaram o sacerdote a pagar, durante este período, uma elevada quantia em dinheiro. O PÚBLICO contactou a Diocese que, para já, se remete ao silêncio.
REFERÊNCIAS:
Entidades GNR
Empresas do Estado obrigadas a incluir mulheres nos conselhos de administração e fiscalização
O Governo vai impor a todas as empresas públicas ou do sector empresarial do Estado que tenham mulheres na composição dos seus conselhos de administração e de fiscalização, apesar de não estipular quotas. (...)

Empresas do Estado obrigadas a incluir mulheres nos conselhos de administração e fiscalização
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 16 | Sentimento -0.30
DATA: 2012-02-26 | Jornal Público
SUMÁRIO: O Governo vai impor a todas as empresas públicas ou do sector empresarial do Estado que tenham mulheres na composição dos seus conselhos de administração e de fiscalização, apesar de não estipular quotas.
TEXTO: A notícia é avançada hoje pelo jornal Expresso que afirma que esta foi uma medida aprovada na quinta-feira na reunião de Conselho de Ministros. No entanto, esta resolução não constava do comunicado do Conselho de Ministros então divulgado. Contactada pela Lusa, a secretária de Estado dos Assuntos Parlamentares e da Igualdade explicou que o que “está em causa é conseguir uma representação mais equilibrada de mulheres e de homens nos conselhos de administração das empresas do sector empresarial do Estado”. A decisão do Governo impõe “a obrigatoriedade de adopção, por parte dessas empresas, de planos para a igualdade que depois terão de avaliar e dar conta dessa avaliação ao Governo semestralmente”, adiantou Teresa Morais, acrescentando que essa avaliação servirá para constatar os progressos feitos. De acordo com a secretária de Estado, o plano passa também por o Estado propor às empresas privadas onde é accionista que adoptem medidas de promoção de igualdade de género, ao mesmo tempo que irá fazer a mesma recomendação às empresas do sector privado cotadas em bolsa. “Esta resolução constitui um avanço importante neste objectivo de ter uma participação mais equilibrada de mulheres e de homens em lugares de decisão económica, onde até agora o país não conseguiu bons resultados”, justificou Teresa Morais. Admitindo que a composição dos conselhos de administração e fiscalização já está definida, a secretária de Estado adiantou que o objectivo é que “a partir de agora, as empresas considerem estas regras na forma de composição desses órgãos sempre que houver alterações”. Apontou que Portugal tem uma posição muito abaixo da média da União Europeia no que diz respeito à presença de mulheres nos centros de decisão económica e lembrou, a esse propósito, duas resoluções anteriores do Conselho de Ministros que aprovaram orientações estratégicas para a promoção da igualdade e que “não surtiram qualquer efeito”. Teresa Morais adiantou que a resolução do Governo não impõe quotas “ainda”, mas sublinhou que essa imposição está na mente de “muita gente na União Europeia”, para quem se até 2015 não houver 30 por cento de mulheres nos conselhos de administração das grandes empresas, é criado um instrumento vinculativo. “A nossa proposta é um grau intermédio entre aquilo que nós tínhamos e que não resolveu o problema, que eram apenas regras de bom governo que as empresas não levaram a sério e não fizeram nada, e a fixação de uma quota. Veremos quais são os resultados que se conseguem obter”, concluiu. Dados da Comissão para a Igualdade no Trabalho revelam que em Portugal há apenas entre 20 a 30 por cento de mulheres nos cargos de topo e que em 2010 havia apenas 6, 2 por cento de mulheres entre os membros do conselho de administração das vinte maiores empresas cotadas em bolsa (PSI 20).
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave homens igualdade género mulheres
Mulheres iranianas impedidas de frequentar 77 cursos universitários
As universidades iranianas baniram o acesso das mulheres a 77 cursos superiores no próximo ano lectivo. As medidas diferem consoante a instituição em causa, mas Engenharia, Química e Contabilidade estão entre as áreas com mais restrições. De acordo com a imprensa iraniana, estas áreas não garantem emprego às mulheres depois do curso. (...)

Mulheres iranianas impedidas de frequentar 77 cursos universitários
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 16 | Sentimento 0.0
DATA: 2012-08-21 | Jornal Público
SUMÁRIO: As universidades iranianas baniram o acesso das mulheres a 77 cursos superiores no próximo ano lectivo. As medidas diferem consoante a instituição em causa, mas Engenharia, Química e Contabilidade estão entre as áreas com mais restrições. De acordo com a imprensa iraniana, estas áreas não garantem emprego às mulheres depois do curso.
TEXTO: Segundo a agência de notícias semi-oficial do Irão Mher, as medidas entraram em vigor quando os resultados dos exames de acesso à universidade foram divulgados. Apesar de as restrições não terem sido comunicadas pelas universidades, estas aplicam-se a partir de 23 de Setembro. Registaram-se 935. 000 candidaturas à universidade para o próximo ano lectivo, adianta a Mher. Nas 36 universidades estatais iranianas foi impedido o acesso das mulheres a 77 áreas de estudo. Segundo o site de notícias iraniano Rooz Online, Contabilidade, Engenharia, Química, Gestão e restauro de edifícios históricos são algumas das áreas que só aceitarão a inscrição de homens. A Universidade de Teerão não permitirá que mulheres estudem disciplinas relacionadas com recursos naturais, florestas e matemática. O estudo do petróleo será igualmente uma área exclusiva para homens. “Algumas áreas de estudo não se adequam muito à natureza das mulheres, como maquinaria agrícola ou mineração, devido ao trabalho pesado que implicam”, disse um representante do Ministério da Ciência ao mesmo site. “Experiências anteriores mostram que as mulheres não se tornam profissionalmente activas nestas áreas depois de terem sido admitidas a estudar estes assuntos ou mesmo depois de concluírem a universidade. Isto conduz ao desemprego”, acrescentou. Às mulheres são reservadas áreas como educação e ciência politica. A medida é implementada por cada universidade, sendo que nalguns casos, as raparigas são obrigadas a mudar de província para estudarem certas áreas. Numa carta dirigida à comissão de igualdade de género da Organização das Nações Unidas (ONU), a iraniana Shirin Ebadi, advogada, activista e vencedora do prémio Nobel da Paz em 2003, criticou a actuação do governo. “Estão a empurrar [as mulheres] para dentro de casa na tentativa que elas abandonem os seus objectivos e deixem o governo sozinho com as suas políticas erradas”, escreveu Ebadi. No Irão, 60% dos estudantes universitários são mulheres. Um estudo da Unesco aponta que, em 2010, as mulheres representavam quase 70% dos licenciados em Ciências, mais de 50% em Gestão e Direito e mais de 25% em Engenharia e Construção. Em Julho do ano passado, o presidente do Irão, Mahmoud Ahmadinejad, criticou a intenção do ministro da Investigação Cientifica e da Tecnologia, Kamran Daneshjou, de separar os estudantes universitários por género. “Sabe-se que nalgumas universidades, as salas de aula estão a ser segregadas [por género]. São precisas medidas urgentes para evitar estas acções antipedagógicas”, afirmou AhmadinejadA medida agora introduzida poderá, deste modo, constituir uma resposta aos entraves colocados à segregação por género nas universidades.
REFERÊNCIAS:
Entidades UNESCO ONU
Mais de 80% das queixas de violência doméstica acabam arquivadas na Justiça
Em 2011, a GNR e a PSP registaram 28.980 ocorrências de violência doméstica em todo o país, menos 7,2% que no ano anterior. (...)

Mais de 80% das queixas de violência doméstica acabam arquivadas na Justiça
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 16 | Sentimento 0.0
DATA: 2012-11-13 | Jornal Público
SUMÁRIO: Em 2011, a GNR e a PSP registaram 28.980 ocorrências de violência doméstica em todo o país, menos 7,2% que no ano anterior.
TEXTO: O relatório agora divulgado pela Direcção-Geral da Administração Interna (DGAI) sobre as ocorrências participadas às forças de segurança revela que 42% dos crimes de violência doméstica foram presenciados por menores e que quase 83% das participações às polícias acabaram arquivadas após o inquérito. O documento mostra ainda que em 78% dos casos as queixas foram apresentadas pelas vítimas e que apenas 10% das participações foram feitas por familiares/vizinhos ou por denúncia anónima. O relatório da DGAI fornece dados sobre as ocorrências de violência doméstica registadas em 2011 e confirma que nos últimos cinco anos se regista um “padrão consistente” deste tipo de crime. Porém, o documento inclui ainda um outro conjunto de dados que permitem “complementar a análise do fenómeno do ponto de vista do Sistema de Justiça Penal”. Assim, entre outras, há informações sobre a opinião que as vítimas têm sobre as estruturas que as forças de segurança têm para responder a este tipo de crime e ainda sobre as decisões finais em processo-crime. Neste último capítulo, o documento diz que o arquivamento foi o resultado de 83% do total de 844 inquéritos de violência doméstica comunicados à DGAI até Julho de 2011. Em 15% dos casos houve acusação e em 3% foi decretada a suspensão provisória do processo. Por outro lado, sobre os processos-crime por violência doméstica que, em 2010, tiveram um desfecho na justiça com uma sentença proferida, o relatório refere que “mais de dois terços resultaram em condenação (67%) e um terço em absolvição (33%)”. Os poucos dados disponíveis sobre as sentenças comunicadas até Junho de 2011 mostram que, entre as 70 condenações, 82% correspondiam a penas de prisão entre um e três anos, suspensas por igual período de tempo. Feitas as contas, as forças de segurança registaram 79 participações de violência doméstica por dia em 2011. O retrato deste crime surge com detalhe no relatório agora divulgado pela DGAI. “A violência física esteve presente em 73% das situações, a psicológica em 78%, a sexual em 2%, a económica em 7% e a social em 8, 5%”, refere o documento, que confirma ainda o tradicional perfil da vítima: “geralmente, do sexo feminino (85%), casadas ou em união de facto (51%), idade média de 40 anos, e não dependiam economicamente do denunciado (78%)”. Mais participações em AgostoDo outro lado deste crime, confirma-se também que os “denunciados” são, “geralmente, do sexo masculino (88%), casados ou em união de facto (53%), idade média de 41 anos”. Porém, sobre o alegado agressor acrescenta-se ainda o facto de terem sido detectados “problemas relacionados com o consumo de álcool” em 43% dos casos e “problemas relativos ao consumo de estupefacientes” em 11% das situações. “Geralmente, as situações tiveram como consequências para a vítima ferimentos ligeiros (48%) ou ausência de lesões físicas (51%); sendo, no entanto, de referir que em cerca de 1% dos casos os ferimentos resultantes foram graves”, adianta ainda o relatório. A maior parte das participações (60, 4%) foi registada pela PSP e aconteceu à noite ou de madrugada (55%). Aliás, o relatório precisa mesmo que o mês de Agosto foi o que somou mais participações em 2011 e que se manteve “a tendência para uma maior proporção de participações à 2. ª-feira (17%) e uma maior proporção de ocorrências ao fim de semana (34%)”. Onde? “Em 78% dos casos, as ocorrências sucederam numa casa particular, geralmente da vítima e denunciado ou apenas da vítima; 17% dos casos ocorreram na via pública ou em espaços públicos ‘fechados’. ” O relatório do DGAI avança ainda que, em média, se registam cerca de três participações por cada mil habitantes, sendo que os distritos com a taxa de incidência mais elevada são o Porto (3, 30), Faro (3, 08) e Lisboa (2, 99). Em Braga, Beja e Guarda, o registo foi inferior a duas participações por cada mil habitantes.
REFERÊNCIAS:
Entidades PSP
Só sete países perderam mulheres em cargos de chefia e Portugal foi um deles
Relatório da Comissão Europeia diz que Portugal só tem 7,1% de mulheres em lugares de liderança, ocupando o penúltimo lugar da lista dos 27 Estados-membros. (...)

Só sete países perderam mulheres em cargos de chefia e Portugal foi um deles
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 16 | Sentimento 0.0
DATA: 2013-10-15 | Jornal Público
SUMÁRIO: Relatório da Comissão Europeia diz que Portugal só tem 7,1% de mulheres em lugares de liderança, ocupando o penúltimo lugar da lista dos 27 Estados-membros.
TEXTO: Para a maioria dos países, as notícias são boas: entre Outubro de 2012 e Abril de 2013 a percentagem de mulheres em cargos de liderança cresceu em 20 Estados-membros da União Europeia. Contudo, em outros sete houve um recuo e, entre eles, está Portugal. Os dados fazem parte de um novo relatório intercalar divulgado pela Comissão Europeia que traça a evolução sobre a igualdade de género neste ponto específico do campo laboral. O documento conta com números tanto dos sectores público como privado, no sector financeiro, político, judiciário e serviço civil. Entre os países que melhoraram, destacam-se a Eslováquia, Hungria e Bulgária. Na lista vermelha, além de Portugal, surge a Roménia, Lituânia, Polónia, Malta, Grécia e Reino Unido. Em média, nos cargos de topo estão apenas 16, 6% de mulheres, o que representa só uma por cada seis lugares, mas, mesmo assim, um crescimento de 0, 9 pontos percentuais em seis meses. A Finlândia é o país que consegue uma percentagem mais elevada (29, 1%), seguida da Letónia (29%), França (26, 8%) e Suécia (26, 5%). Portugal fica-se pelos 7, 1% ocupando o 26. º lugar da lista, isto é, o penúltimo, ficando apenas melhor que Malta, que chega apenas aos 2, 8%. No caso de Portugal o resultado representa uma quebra de 0, 3 pontos percentuais entre Outubro de 2012 e Abril de 2013. No relatório – que ainda não inclui a Croácia, 28. º membro da União –, a Comissão Europeia diz que a situação está longe de ser a ideal, mas considera que desde 2010, altura em que foi lançada a Estratégia para a Igualdade entre Mulheres e Homens 2010/2015, se têm vindo a sentir os efeitos positivos, nomeadamente de alguma legislação adoptada pelos países. A meta da Comissão é que até 2020 se consiga atingir uma percentagem de 40% de mulheres nos cargos de decisão. Sobre áreas onde ainda continua a falhar bastante o progresso, o relatório destaca as mulheres que conseguem chegar a presidentes das maiores empresas da União Europeia: das 587 maiores empresas apenas 25 são lideradas por mulheres (4, 4%). Em 14 dos países que têm empresas nesta amostra não há sequer nenhuma mulher. Portugal é um deles. Evolução em Portugal em dez anosEm termos de tendências a longo prazo, a percentagem de mulheres em conselhos de administração em Portugal aumentou de 3, 5% em 2003 para 7, 4% em Outubro de 2012, apesar de se terem registado algumas flutuações durante esse período. Em termos gerais, a mudança representa um aumento médio de 0, 4 pontos percentuais por ano. A este ritmo de mudança, só no mínimo daqui a 75 anos os conselhos de administração terão pelo menos uma representação de 40% de cada género. Apesar disso, os dados do organismo de estatísticas da União Europeia, o Eurobarómetro, dizem que 86% das pessoas em Portugal (e 88% dos europeus) consideram que, existindo competências idênticas, as mulheres deverão estar igualmente representadas nos cargos de liderança das empresas, e 84% (e 75% dos europeus) são a favor de legislação nesta matéria. Em Março, o Instituto Nacional de Estatística também divulgou dados que indicavam que as mulheres portuguesas representam apenas um terço dos profissionais em cargos de chefia e as que chegam ao topo são por regra mais jovens, mais qualificadas, casam-se menos e divorciam-se mais. O retrato foi feito na publicação Trabalhar no Feminino, a pretexto do Dia Internacional da Mulher. De acordo com os dados do Censos 2011, existiam nesse ano 108. 890 mulheres a exercer a profissão como “dirigentes”. A idade média das mulheres em cargos de chefia fica-se pelos 43, 3 anos (a média total é de 45 anos) e cerca de 36% possuíam um curso superior, face a 30% do total dos dirigentes. No que se refere ao estado civil, 66, 1% são casadas (nos homens, esta percentagem sobe para os 74, 9%), mas as mulheres nos cargos de chefia ultrapassam os homens nos dados sobre os solteiros (são 20, 8%, enquanto os homens são 16, 4%) e divorciados (10, 4% das mulheres contra 7, 8% dos homens).
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave homens campo mulher igualdade género mulheres
Centro de Atendimento à Vítima de Loures sinalizou 50 casos de violência doméstica em três meses
O Centro de Atendimento à Vítima de Loures, que abriu portas em Abril, já sinalizou 50 casos de violência doméstica no concelho, um número que, segundo os seus responsáveis, justifica a criação deste espaço. (...)

Centro de Atendimento à Vítima de Loures sinalizou 50 casos de violência doméstica em três meses
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 16 | Sentimento -0.05
DATA: 2010-08-06 | Jornal Público
SUMÁRIO: O Centro de Atendimento à Vítima de Loures, que abriu portas em Abril, já sinalizou 50 casos de violência doméstica no concelho, um número que, segundo os seus responsáveis, justifica a criação deste espaço.
TEXTO: Sedeado na freguesia de Sacavém, o centro, designado por Espaço Vida, tem como função prestar apoio psicológico, jurídico e social às vítimas de violência doméstica residentes no concelho. O espaço, inaugurado em Abril, já recebeu até ao momento meia centena de denúncias de violência doméstica, quase todas elas feitas por mulheres. A vereadora da Acção Social da Câmara de Loures, Sónia Paixão, explicou que “o equipamento, de iniciativa municipal, surgiu como necessidade de resposta ao crescimento de casos registados de violência doméstica no concelho”. “Felizmente as vítimas têm cada vez mais consciência de que é possível inverter o ciclo de violência e que podem e devem denunciar os agressores”, apontou a autarca. Segundo a responsável municipal, Camarate (seis), Santo António dos Cavaleiros (seis) e Moscavide (cinco), são as freguesias do concelho de Loures onde foram sinalizados pelo Espaço Vida mais casos de violência doméstica. A autarca salientou ainda que o Centro está a acompanhar neste momento 36 processos, movidos maioritariamente por mulheres, que se encontravam dependentes dos maridos. “Nestes três meses de funcionamento o balanço que podemos fazer da actividade do Espaço Vida é positivo. No entanto, a nossa ideia é criar, até ao final do ano, uma rede de atendimento às vítimas que seja capaz de diagnosticar mais cedo estes casos”, adiantou. Maria, 39 anos, residente no Prior Velho, foi o primeiro caso sinalizado pelo Espaço Vida, onde se desloca todas as semanas para conversar com as técnicas. “É diferente sabermos que temos um espaço recatado e alguém com quem desabafar. Houve alturas em fui perseguida pelo meu marido e se não fosse o apoio deste centro acho que não conseguiria chegar tão longe”, afiançou. Também Joana, 35 anos, residente em Santo António dos Cavaleiros, encontrou o apoio que precisava no Centro de Apoio à Vítima de Loures, após ter sido para ali encaminhada pela PSP. “Vivi momentos muito difíceis. O meu companheiro era muito violento e sofri muitas agressões físicas e psicológicas, algumas vezes na presença dos meus filhos. As técnicas do centro foram as minhas confidentes pois tive vergonha de envolver a minha família”, contou. Recentemente, a secretária de Estado para a Igualdade, Elza Pais, revelou que em média o número de queixas tem aumentado, em média, 11, 3 por cento por ano desde 2000. Por seu turno a Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa afirmou que “a violência doméstica tem uma expressão quantitativa muito significativa”, tendo dado origem a 4546 novos inquéritos no primeiro semestre do ano. De acordo com os últimos dados, apenas nove das 50 pulseiras electrónicas compradas em Dezembro último pelo Ministério da Justiça para os distritos de Coimbra e Porto para agressores de violência doméstica estão a ser utilizadas.
REFERÊNCIAS:
Entidades PSP