Reacções à morte de Ângelo de Sousa
Com uma obra em permanente mudança, Ângelo de Sousa foi uma das figuras mais marcantes da arte portuguesa. O artista morreu na terça-feira em sua casa no Porto, vítima de cancro. Tinha 73 anos. (...)

Reacções à morte de Ângelo de Sousa
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DATA: 2011-03-30 | Jornal Público
SUMÁRIO: Com uma obra em permanente mudança, Ângelo de Sousa foi uma das figuras mais marcantes da arte portuguesa. O artista morreu na terça-feira em sua casa no Porto, vítima de cancro. Tinha 73 anos.
TEXTO: João Fernandes, director do Museu de Arte Contemporânea de Serralves"Ângelo de Sousa foi um dos protagonistas da contemporaneidade artística portuguesa, que se distinguiu sobretudo pelo seu experimentalismo e pela procura incessante de novas linguagens. Ele sabia criar formas e cores, que colocava ao alcance de todos nós, como ninguém o tinha feito até aí. Deixa uma obra pioneira, não só no contexto português, mas também a nível internacional, que um dia será devidamente reconhecida em todo o mundo. "Jorge Silva Melo, autor do documentário “Ângelo de Sousa – Tudo o que sou capaz”"Filmar com o Ângelo de Sousa foi maravilhoso. Foram dois anos, em que fomos filmando ao sabor das oportunidades. E gostei imenso dessa intimidade. O Ângelo era uma pessoa aparentemente muito aberta mas que guardava um lado de segredo. A proposta de alegria da sua arte era uma espécie de conquista diária sobre a tristeza da noite. Havia nele uma luta permanente contra o negrume da vida. Era alguém que estava sempre a investigar, a pensar como refazer, a procurar sempre outros meios, cada vez mais simples. "Eduardo Souto de Moura, assinou com Ângelo de Sousa a instalação “Cá fora: arquitectura desassossegada”, que representou Portugal na Bienal de Arquitectura de Veneza de 2008“Era um amigo excepcional. Depois do Álvaro Lapa, o Ângelo de Sousa. Perdi os dois pintores de quem mais gostava. Era impressionante o cuidado que ele tinha, por exemplo, na escolha da cor. Parece tudo muito simples, mas era tudo muito pensado, muito reflectido. Ângelo de Sousa era uma espécie de Miles Davis pelo modo como o seu percurso artístico passou por várias fases do realismo inicial – no anos 1960, teve aquela série muito interessante dos cavalos, de que eu gosto muito – até ao abstraccionismo e ao monocromatismo que marcou a sua última fase, que também acho muito interessante. Mas ele estava agora, nesta última fase, a regressar ao realismo. ”Jorge Pinheiro, amigo pessoal e que integrou o colectivo “Os Quatro Vintes”“Tenho muito pouco a dizer: perdi um amigo de 50 anos, e isso é que me custa. ”Ministério da Cultura“Um dos mais importantes intérpretes da arte contemporânea portuguesa. Protagonista de importantes exposições individuais, o experimentalismo de Ângelo de Sousa foi distinguido com os mais relevantes prémios a nível nacional e internacional, sublinhando a genialidade de uma intervenção artística, fundamentalmente expressa em pintura, escultura, desenho, fotografia, filme e cenografia. Nesta ocasião, destaca-se, ainda, o seu papel na iniciação e condução de jovens artistas, sendo um dos primeiros catedráticos da Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto. ”Jorge Molder - artista, ex-director do Centro de Arte Moderna da Fundação Gulbenkian"Era uma pessoa surpreendente. Gostava de cultivar um ar de grande simplicidade, mas era muito inteligente e extremamente culto. Era um permanente fazedor de jogos de palavras, de trocadilhos. Tinha uma enorme facilidade em tudo. Mas gostava que tudo parecesse ainda mais fácil do que porventura era. "Armando Alves, artista e um d’ “Os Quatro Vintes”“Ângelo de Sousa era um amigo e um grande artista. Deu um contributo muito sério e verdadeiro à arte portuguesa. Fomos colegas na escola, como alunos, e depois como professores. Era um grande amigo, e é muito triste quando se perde uma amizade. Foi um homem que mudou muita coisa no panorama das artes em Portugal. ”
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave escola cultura homem espécie
Algarve vai começar a produzir caviar
As mesas mais requintadas já se habituaram a ter produtos algarvios, como a flor de sal de Castro Marim ou a ostra de Alvor e, dentro de quatro anos, se o projecto de Paulo Pedro e Valery Afilov não falhar, irão ter por companhia o caviar português, made in Algarve. (...)

Algarve vai começar a produzir caviar
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DATA: 2011-03-31 | Jornal Público
SUMÁRIO: As mesas mais requintadas já se habituaram a ter produtos algarvios, como a flor de sal de Castro Marim ou a ostra de Alvor e, dentro de quatro anos, se o projecto de Paulo Pedro e Valery Afilov não falhar, irão ter por companhia o caviar português, made in Algarve.
TEXTO: A ideia desta produção partiu do ucraniano Valery Afilov, que a propôs ao biólogo marinho Paulo Pedro, da Universidade do Algarve. Juntos delinearam as bases do projecto e levaram-no ao concurso de ideias realizado por aquela mesma universidade. Resultado: ganharam e, na semana passada, receberam o Prémio Especial Economia do Mar, neste concurso que teve o apoio da Caixa Geral de Depósitos. O prémio traduz-se num conjunto de apoios não financeiros "e ajuda a abrir portas ao investimento", diz Paulo Pedro, que vai precisar de 1, 5 milhões de euros para os primeiros sete anos de investimento. A primeira embalagem de caviar português poderá estar na mesa dentro de três a quatro anos, o tempo necessário para que o esturjão que vai ser criado em aquacultura produza as ovas. A equipa irá comprar peixes com um centímetro de comprimento, porque comprar espécimes adultos seria inviável - seriam muito caros e não se adaptariam ao cativeiro. Temperatura amena ajudaPaulo Pedro também teve dúvidas quando Valery Afilov, com 12 anos de experiência na produção de caviar em aquacultura, lhe falou deste negócio. O esturjão, de onde se extrai as ovas (caviar), não vive só em águas frias? "Essa foi a primeira pergunta que fiz, e, afinal, a temperatura óptima para o crescimento do peixe varia entre os 24 e os 26 graus. " Em países como a Rússia, acrescenta, o peixe chega a necessitar de 20 anos para atingir o tamanho adulto. A mesma espécie no Algarve pode atingir 50 quilos, ao fim de sete anos. Convencidos de que as temperaturas amenas da região iriam fazer com que o esturjão crescesse duas ou três vezes mais rápido do que nas águas frias da Rússia, Paulo e Valery abriram o círculo a Jorge Raiado, um produtor de flor de sal de Castro Marim e ligado às lojas dos produtos gourmet. Contam estar a produzir 600 a 700 quilos de caviar por ano, a partir de 2015/2016. O preço de um quilo desta iguaria varia entre 1500 e 5000 euros. Há clientes que chegam a esperar anos pelo produto. Quem pense que come caviar natural, desengane-se. "O caviar natural é ilegal, o que existe é produzido em aquacultura, porque é uma espécie protegida", frisa o biólogo. A unidade de produção que vai ser criada no Algarve vai recorrer a quatro espécies diferentes: beluga (Huso huso), russo (Acipenser gueldenstaedtii), siberiano (Acipenser baerii) e starlet (Acipenser ruthenus), dado terem o crescimento mais rápido e a maturação poder suceder dependendo da espécie entre o 3. º e o 7. º ano. "Temos interesse, numa segunda fase, em produzir também esturjão atlântico (Acipenser sturio) e poder contribuir para o repovoamento desta espécie", que se extinguiu em Portugal (ver caixa), salienta Paulo Pedro. "Há relatos de captura de esturjão no rio Guadiana até à década de 1970. " Porém, a pesca não tinha por objectivo o caviar, mas a carne do peixe. Esta produção em aquacultura realiza-se em circuito fechado, em tanques de água doce, dentro de armazéns. O projecto, diz Paulo Pedro foi concebido a pensar "essencialmente na exportação", mas os "bons restaurantes da região não irão perder a oportunidade de ter o caviar português". Piscar o olho a TaviraA localização para a exploração ainda não está definida, podendo surgir em qualquer parte, dependendo das melhores condições que forem oferecidas. A zona de Tavira é a que, à partida, surge como a mais provável, já que os promotores pretendem utilizar a água, nas mesmas condições que os agricultores, a preços mais baixos, através da Associação de Regantes. No que diz respeito aos potenciais investidores no projecto, diz o biólogo, "tem havido muitas manifestações de interesse". "Mas reconheço que produzir douradas é mais fácil. "Licenciamento será a parte mais difícil
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave ajuda carne espécie cativeiro ilegal
Já houve esturjões em Portugal
Vivia no mar e, na altura da reprodução, subia os rios portugueses para desovar. As bacias do Douro e do Guadiana eram então a casa do Acipenser sturio, a espécie de esturjão que já existiu em Portugal. (...)

Já houve esturjões em Portugal
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DATA: 2011-03-31 | Jornal Público
SUMÁRIO: Vivia no mar e, na altura da reprodução, subia os rios portugueses para desovar. As bacias do Douro e do Guadiana eram então a casa do Acipenser sturio, a espécie de esturjão que já existiu em Portugal.
TEXTO: Era apanhado para ser comido, não para fazer das suas ovas a famosa conserva chamada caviar, explica a bióloga Fátima Gil, do Aquário Vasco da Gama, em Lisboa. Mesmo assim, um dos seus nomes vulgares era peixe-do-caviar. Chamavam-lhe também esturjão, esturgião, esturião, esturjão-real, peixe-cola, solho, solho-grande e solho-rei. Em Portugal, hoje está extinto na natureza. O último rio que visitou foi o Guadiana, na década de 1980. "O desaparecimento deveu-se à pesca na época da reprodução, às barragens que os impediram de subir os rios para locais propícios à desova e à sobrevivência das larvas e juvenis, e à poluição", refere Fátima Gil. "Junto dos nossos grandes estuários encontram-se também as maiores cidades. " Nos países onde ainda existe o Acipenser sturio, como a bacia do rio Gironde, em França, e a do Guadalquivir, em Espanha, está criticamente ameaçado de extinção. Mas há várias espécies de esturjões na Europa e na América do Norte, e de quase todas se faz caviar. A principal fonte desta delícia para muita gente é, porém, o esturjão-beluga - com o nome científico Huso huso -, que vive nos mares Cáspio e Negro e no rio Volga. É o maior de todos, podendo atingir nove metros de comprimento.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave negro extinção desaparecimento
Séculos de testemunhos de cientistas da Royal Society estão disponíveis ao público
Desde 1660 que a Royal Society de Londres tem recolhido documentos enviados por exploradores e cientistas de todo mundo. Agora, alguns destes objectos foram digitalizados e estão disponíveis no site da instituição desde esta sexta-feira. (...)

Séculos de testemunhos de cientistas da Royal Society estão disponíveis ao público
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DATA: 2011-04-03 | Jornal Público
SUMÁRIO: Desde 1660 que a Royal Society de Londres tem recolhido documentos enviados por exploradores e cientistas de todo mundo. Agora, alguns destes objectos foram digitalizados e estão disponíveis no site da instituição desde esta sexta-feira.
TEXTO: Quem aceder às digitalizações, pode folhear os documentos e ler relatos de expedições feitas aos quatro cantos da Terra. Um dos testemunhos é de Edward Sabine que fazia parte de uma expedição ao Árctico com o objectivo de encontrar a rota Noroeste pelo mar. A viagem parou em 1818 quando o comandante do barco, John Ross, disse que viu uma montanha que bloqueava o caminho“Sabemos das grandes aventuras heróicas a ambos os pólos, onde as pessoas arriscavam as vidas”, disse ao jornal britânico The Guardian Keith Moore, responsável pela biblioteca e arquivos do Centro de História da Ciência da Royal Society. “Aqui está uma descrição onde apesar de terem tido a oportunidade de encontrar a passagem por Noroeste, e estavam quase a consegui-lo, John Ross desistiu. ”No diário, Sabine mostra haver dúvidas sobre a decisão do comandante. Só Ross é que viu as montanhas e a tripulação já tinha vivido ilusões ópticas. “Eles estavam preparados para passar lá o Inverno, tinham óleo de baleia, carne de foca. Depois Ross decide que não vai naquela direcção”, explica Moore. Segundo o especialista, este é apenas um dos 250 mil documentos que a instituição tem. “Desde 1660 que a Royal Society tem vindo a recolher documentos enviados de todos os lados do mundo”, explicou. Para já foram digitalizados 20. Um dos documentos é uma carta de Benjamin Franklin, o cientista e político norte-americano que fez diversos estudos em electricidade, fala de uma observação que fez durante uma viagem no oceano. “Ele vê óleo a ser atirado para o mar por um cozinheiro do navio e observa as águas a acalmarem-se”, descreveu Moore. Franklin tinha o hábito de pensar logo numa aplicação prática quando observava um fenómeno novo. Neste caso, o cientista sugere a utilização de óleo para acalmar o mar perto da costa em situações de salvamento de pessoas. O diário do astrónomo Johj Herschel, de 1839, é um testemunho de como o cientista foi co-autor na invenção da fotografia. “William Henry Fox Talbot tinha a grande ideia de utilizar uma câmara para tirar uma imagem, mas não conseguia fixar a imagem e torná-la permanente num papel. Foi John Harschel que o fez”, contou Moore. No diário, o astrónomo escreveu as experiências que desenvolveu para atingir o objectivo. Há vários documentos sobre expedições feitas à Antárctica, a África, um diário com desenhos de fósseis, estudos anatómicos, etc. Mas há também manuscritos que mostram o impacto do contacto com outras culturas. O soldado britânico Samuel Holmes, que fez parte do conjunto de pessoas que fizeram a primeira viagem diplomática até à China, na década de 1790, descreve pela primeira vez o acto de enrolar o cigarro, que viu alguns malaios fazerem. O cigarro era feito com “um tipo de erva ou papel fino onde eles enrolam o tabaco e fumam-no como nós fazemos com o cachimbo”, escreveu Holmes. O objectivo final da instituição é publicar o máximo de documentos que for possível. “Arranhámos a superfície. Temos realmente uma bela colecção de manuscritos e documentos históricos”, disse Keith Moore. “As pessoas estavam a enviar informação científica da China, das colónias do novo mundo, de todos os locais. Isto é a nossa tentativa de dar de volta ao mundo um pouco dessa informação. ”
REFERÊNCIAS:
Cadela e dono voltam a juntar-se três semanas depois do sismo do Japão
Chama-se Ban, é uma cadela, e foi encontrada num telhado de uma casa destruída, rodeado de água, após o sismo de dia 11 de Março, no Japão. O seu dono não sabia que tinha sido salva, nem sabia dele desde então. Os dois voltaram-se a juntar agora num final feliz no meio da tragédia, contado pela BBC News. (...)

Cadela e dono voltam a juntar-se três semanas depois do sismo do Japão
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DATA: 2011-04-05 | Jornal Público
SUMÁRIO: Chama-se Ban, é uma cadela, e foi encontrada num telhado de uma casa destruída, rodeado de água, após o sismo de dia 11 de Março, no Japão. O seu dono não sabia que tinha sido salva, nem sabia dele desde então. Os dois voltaram-se a juntar agora num final feliz no meio da tragédia, contado pela BBC News.
TEXTO: Ban, de dois anos, foi encontrada numa das zonas mais devastadas pelo tsunami de dia 11, em Kesennuma. Foi salva e acolhida num centro de abrigo para animais abandonados. Mas só agora é que os donos souberam que estava a salvo, graças a uma reportagem onde se via o momento em que resgatavam Ban de um telhado que usou para sobreviver. “Nunca mais nos vamos separar”, disseram os donos após o reencontro com o animal que reconheceu de imediato os donos e não parava de abanar a cauda de contente. O abrigo onde Ban foi acolhida guarda 19 cães e vários gatos resgatados no meio da tragédia e separados dos seus donos.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave cães animal
Autoridades pedem desculpa mas vão continuar a despejar água radioactiva para o oceano
Um responsável do Governo japonês pediu hoje desculpas pelo lançamento de milhares de toneladas de água radioactiva para o oceano, uma medida de emergência para tentar evitar o pior. Desde ontem já foram despejadas mais de 3400 toneladas de água para o Pacífico. (...)

Autoridades pedem desculpa mas vão continuar a despejar água radioactiva para o oceano
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DATA: 2011-04-05 | Jornal Público
SUMÁRIO: Um responsável do Governo japonês pediu hoje desculpas pelo lançamento de milhares de toneladas de água radioactiva para o oceano, uma medida de emergência para tentar evitar o pior. Desde ontem já foram despejadas mais de 3400 toneladas de água para o Pacífico.
TEXTO: “A água contém um elevado nível de radiação”, disse hoje em conferência de imprensa o porta-voz do Governo, Yukio Edano. “É lamentável. Pedimos desculpas por esta decisão que tivemos de tomar”, disse, citado pela estação de televisão CNN. Numa outra conferência de imprensa, o ministro japonês da Indústria, Banri Kaieda, informou que o Governo vai tentar não lançar mais água radioactiva para o Pacífico. “Gostaríamos que fosse a última vez. ”Ontem, a Tepco (Tokyo Electric Power Company) começou a despejar para o oceano 11. 500 toneladas de água radioactiva, uma operação que durará cerca de uma semana e que pretende libertar tanques de armazenamento para guardar água ainda mais radioactiva que se tem vindo a acumular na central nuclear de Fukushima 1, especialmente no edifício do reactor 2. Segundo a agência de notícias Kyodo já foram lançadas 3430 toneladas de água com baixos níveis de radioactividade. Banri Kaieda pediu desculpas pelos receios sentidos pela população, especialmente pelos pescadores. Mas garantiu que a medida não coloca grandes riscos para a saúde. Ainda assim, o ministro Kaieda anunciou que ordenou um reforço à monitorização da radioactividade e ao impacto que terá no ecossistema marinho. Yukio Edano acrescentou que está em cima da mesa a ideia de instalar uma espécie de barreiras para evitar que a contaminação se espalhe demasiado e que o Governo nipónico já informou as autoridades internacionais responsáveis da operação de despejo de água radioactiva para o oceano. Por seu lado, o ministro da Agricultura, Michihiko Kano, revelou que pretende reforçar as inspecções ao pescado, em cooperação com os governos das províncias de Ibaraki e de Chiba. Esta medida de emergência é necessária para reduzir o risco de exposição à radioactividade dos funcionários que tentam recuperar o sistema de arrefecimento da central nuclear e facilitar o progresso dos trabalhos. A Coreia do Sul já disse hoje estar preocupada com o lançamento da água radioactiva para o oceano, noticiou a agência Yonhap, citando responsáveis do Ministério dos Negócios Estrangeiros. "É a proximidade entre os dois países que torna o lançamento desta água numa questão tão premente para nós", comentou um responsável, em anonimato. Esta fonte disse que ontem a embaixada da Coreia do Sul em Tóquio manifestou as suas preocupações ao Governo japonês, pedindo-lhe medidas para conter os efeitos da radiação nas águas. "Por enquanto, não temos padrões claros para determinar quão má será para nós" aquela medida, acrescentou. Concentração de iodo-131 estava 7, 5 milhões de vezes acima do máximo legalEntretanto, a Tepco tenta, desde sábado, estancar uma fuga de água altamente radioactiva para o oceano. Hoje, a empresa anunciou que amostras recolhidas no sábado, no mar perto daquele reactor, revelaram concentrações de iodo-131 acima do máximo legal 7, 5 milhões de vezes, noticiou a agência Kyodo. A empresa já usou cimento e materiais altamente absorventes para tentar bloquear a fuga mas não teve sucesso. Hoje começou a injectar silicato de sódio, também conhecido como “água de vidro”. O sismo e tsunami de 11 de Março fizeram parar o sistema de arrefecimento da central nuclear. Por isso, as autoridades lançaram toneladas de água sobre os reactores, para tentar impedir o aumento da temperatura e o sobre-aquecimento das barras de combustível.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave concentração espécie japonês
Central nuclear consegue estancar fuga de água radioactiva para o oceano
A Tepco (Tokyo Electric Power Company), operadora da central nuclear de Fukushima 1, anunciou hoje que conseguiu estancar a fuga de água altamente radioactiva para o oceano Pacífico. (...)

Central nuclear consegue estancar fuga de água radioactiva para o oceano
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DATA: 2011-04-06 | Jornal Público
SUMÁRIO: A Tepco (Tokyo Electric Power Company), operadora da central nuclear de Fukushima 1, anunciou hoje que conseguiu estancar a fuga de água altamente radioactiva para o oceano Pacífico.
TEXTO: Numa tentativa para estancar a fuga, a empresa começou ontem a injectar cerca de seis mil litros de silicato de sódio, também conhecido como "água de vidro", e outro agente químico junto a uma fossa no edifício do reactor 2 da central de Fukushima. Esta manhã, a água deixou de ser lançada para o oceano. A fuga desta água altamente radioactiva, detectada no sábado, terá tido impactos no ecossistema marinho. Uma amostra à água recolhida no sábado registou uma concentração de iodo-131 acima do limite legal 7, 5 milhões de vezes. Além disso, a contaminação chegou ao pescado. As autoridades mediram concentrações de césio radioactivo acima do limite permitido (526 becquerels num quilo, quando o limite é de 500) em pequenas enguias no mar a Norte da província de Ibaraki. Depois disso, a maioria dos pescadores de Ibaraki, a Sul de Fukushima, estão a suspender todas as actividades piscatórias. Hoje, o porta-voz do Governo, Yukio Edano, revelou que os pescadores afectados pela radioactividade deverão ser recompensados. Edano considerou "natural" que os produtos marinhos afectados pela crise nuclear façam parte do futuro programa de compensações, à semelhança dos produtos agrícolas. Ontem, a Tepco revelou um plano para pagar compensações, talvez no final deste mês, aos moradores e agricultores na região da central de Fukushima. Entretanto, a Tepco continua a lançar água com baixos níveis de radioactividade para o mar, para ganhar espaço nos tanques próprios para a água altamente radioactiva que está a retirar de várias zonas da central. Até ontem à noite já tinha lançado ao oceano 5600 toneladas desta água, segundo a estação de televisão japonesa NHK. A comunidade local, especialmente os pescadores, criticou a Tepco por ter anunciado o que iria fazer com muito pouca antecedência. Funcionários ainda não desistiram de tentar estabilizar FukushimaHoje, os funcionários pretendem injectar azoto no vaso de contenção de um dos seis reactores da central para evitar uma possível explosão de hidrogénio. A Tepco desconfia que este gás se estará a acumular no interior do vaso de contenção do reactor 1, depois dos danos causados às barras de combustível e de ter entrado água para dentro daquela camada de contenção. Uma explosão ocorrida a 12 de Março arrancou o telhado e as paredes do reactor 1 e os especialistas acreditam que a acumulação de hidrogénio pode ter sido a causa dessa explosão. Ainda assim, Hidehiko Nishiyama, porta-voz da Agência de segurança nuclear japonesa, negou hoje em conferência de imprensa um "perigo imediato" de explosão. A empresa acrescentou que está a ponderar injectar azoto também nos reactores 2 e 3. Há quase um mês que os funcionários da central tentam estabilizar os reactores nucleares, depois do sismo de magnitude 9 e tsunami que se seguiu, a 11 de Março. Segundo a NHK, as equipas no terreno estão a tentar evitar que a poeira radioactiva se espalhe pela atmosfera lançando uma resina sintética sobre os reactores. Hoje, pela segunda vez em poucos dias, a central detectou quantidades ínfimas de plutónio no solo, em quatro locais do complexo. Notícia actualização às 16h16
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave concentração comunidade
Alentejo segue na dianteira para eleição das “7 maravilhas da Gastronomia”
Sua Excelência a Gastronomia Portuguesa apresentou-se hoje no Palácio Nacional de Queluz. Foram 70 receitas, entre entradas, sopas, peixes, mariscos, carnes, caça e doces, que se apresentaram formalmente para disputarem entre si uma das 21 vagas do concurso “7 Maravilhas da Gastronomia”, o qual terá o seu epílogo em Setembro. Dentro de um mês se saberá quais as iguarias, representativas de todo o país, serão seleccionadas para o passo seguinte da prova. (...)

Alentejo segue na dianteira para eleição das “7 maravilhas da Gastronomia”
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DATA: 2011-04-09 | Jornal Público
SUMÁRIO: Sua Excelência a Gastronomia Portuguesa apresentou-se hoje no Palácio Nacional de Queluz. Foram 70 receitas, entre entradas, sopas, peixes, mariscos, carnes, caça e doces, que se apresentaram formalmente para disputarem entre si uma das 21 vagas do concurso “7 Maravilhas da Gastronomia”, o qual terá o seu epílogo em Setembro. Dentro de um mês se saberá quais as iguarias, representativas de todo o país, serão seleccionadas para o passo seguinte da prova.
TEXTO: Olhar, cheirar, sentir, saborear e até ouvir a panóplia de pratos apresentados não é apenas uma imensa festa dos sentidos proporcionada pela gastronomia tradicional (ou quase, porque na lista ontem divulgada também surgem produtos locais e regionais). É também mergulhar num vasto leque que abrange áreas tão vastas como a preservação do património, a saúde e até o ambiente. A ideia de que a gastronomia é apenas um pretexto para reunir em torno de uma mesa um conjunto de pançudos cujo único objectivo é atulharem-se de carniça e vinhaça há muito que não colhe, conforme salientou Madalena Carrito, presidente das Confrarias Gastronómicas. Comer e divulgar os pratos nacionais é uma forma de promover a cultura, de aproximar as pessoas e os locais. E como é que isso se faz? Com uma canja de borrego, por exemplo. Este prato, típico da Beira Interior, pode bem ser um chamariz para atrair aos restaurantes da região os turistas suficientes para gerarem negócios, dinheiro, postos de trabalho. Mais importante do que tentar (embora mentalmente) saborear cada um dos 70 pratos apresentados em Queluz, é dizer que quando se iniciou o concurso, a 7 de Fevereiro deste ano, apareceram nada mais nada menos do que 433 candidaturas vindas de todo o país. Das migas à sericaiaUma primeira triagem, feita por especialistas gastronómicos e pessoas ligadas ao sector da restauração e turismo, reduziu o leque para os 70 pratos agora divulgados. Com algumas surpresas (hoje houve quem perguntasse pelo arroz doce e pelo leite creme), surgiu a região do Alentejo como a mais representada. Rica em aromas (longe vão os tempos em que, por necessidade, as ervas de cheiro aguçaram o engenho dos trabalhadores agrícolas para enganarem a fome), a gastronomia alentejana aparece com 12 candidaturas nesta fase da prova. Tem duas presenças (pezinhos de coentrada e presunto de Barrancos) entre o leque das dez entradas, três nas sopas (açorda à alentejana, gaspacho com carapaus fritos e sopa de cação), uma nos pratos de peixe (açorda de bacalhau), uma nas carnes (migas alentejanas), duas na caça (arroz de pombo bravo com hortelã e empada de coelho bravo com arroz de pinhão e passas) e mais três nos doces (encharcada do Convento de Santa Clara, pão de rala e sericaia). De facto, o Alentejo só não aparece representado nos mariscos, apesar de ter uma área costeira maior do que qualquer outra região do país. A segunda região mais representada nesta fase do concurso é a de Lisboa e Setúbal, com nove pratos. Deliciem-se então os leitores ao imaginarem que podem começar a saborear uns pastéis de bacalhau, que podem depois optar por outro prato onde o fiel amigo impera (o bacalhau à Braz) ou por uma açorda de sável ou, ainda, por uma boa travessa de sardinhas assadas. Para os mariscos, lisboetas e setubalenses apresentam como trunfos uma mariscada de Sesimbra e ostras do Sado. O repasto já vai longo, mas o apetite é de lobo e assim, passando às carnes, não há como fugir ao obrigatório cozido à portuguesa. Numa região onde impera o cimento (apesar de haver muita caça na região saloia e Oeste) não surge qualquer prato de animais abatidos a tiro, pelo que a solução é fechar a refeição com os afamados pastéis de BelémCozido das furnas impõe-seAçores, Madeira, Trás-os-Montes e Alto Douro e Beira Litoral surgem, cada qual, com oito suculentas propostas.
REFERÊNCIAS:
Primeiro-ministro diz que situação em Fukushima se está a estabilizar “passo a passo”
A situação na central nuclear de Fukushima “está a estabilizar-se passo a passo” e as fugas de radioactividade estão a diminuir, disse hoje o primeiro-ministro japonês, Naoto Kan. (...)

Primeiro-ministro diz que situação em Fukushima se está a estabilizar “passo a passo”
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DATA: 2011-04-12 | Jornal Público
SUMÁRIO: A situação na central nuclear de Fukushima “está a estabilizar-se passo a passo” e as fugas de radioactividade estão a diminuir, disse hoje o primeiro-ministro japonês, Naoto Kan.
TEXTO: “Passo a passo, os reactores da central progridem para a estabilidade. O nível das fugas de radioactividade estão a diminuir”, disse Naoto Kan em conferência de imprensa. Hoje, a Agência japonesa de segurança nuclear decidiu aumentar para 7 o nível de gravidade da crise nuclear, o mesmo da catástrofe de Tchernobil, em 1986. “Causámos muitos problemas ao mundo e pretendemos explicar em detalhe a nossa experiência”, disse Kan, antes de pedir desculpas aos agricultores e pescadores afectados pelos efeitos da radioactividade. “Apresento as minhas mais profundas desculpas pela suspensão da comercialização dos seus produtos”, declarou. Vários tipos de legumes e de leite cru, provenientes das províncias próximas da central nuclear, vieram a sua venda proibida por causa dos elevados níveis de radioactividade. Naoto Kan acrescentou que “a saúde dos cidadãos é o princípio director das decisões do Governo”. Além disso, o primeiro-ministro apelou aos japoneses para “retomarem a normalidade no seu dia-a-dia”. “Tenho uma proposta: retomemos uma vida normal, o melhor que pudermos, expressando compaixão para com as pessoas que foram afectadas pelo desastre”, insistiu. “Penso que consumir os produtos das regiões afectadas pela catástrofe natural é uma forma de ajudar”, acrescentou.
REFERÊNCIAS:
Marcas COM
Alguns dinossauros tinham visão nocturna
Algumas espécies de dinossauros e de outros répteis que viveram há milhões de anos eram capazes de ver no escuro e, por isso, conseguiriam estar activos durante a noite, revela um estudo publicado hoje na revista “Science”. (...)

Alguns dinossauros tinham visão nocturna
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-04-15 | Jornal Público
SUMÁRIO: Algumas espécies de dinossauros e de outros répteis que viveram há milhões de anos eram capazes de ver no escuro e, por isso, conseguiriam estar activos durante a noite, revela um estudo publicado hoje na revista “Science”.
TEXTO: Lars Schmitz e Ryosuke Motani, da Universidade da Califórnia, em Davis, mediram e compararam as cavidades oculares de 164 espécies de hoje com os fósseis de 33 espécies de dinossauros, de antepassados de aves e pterossauros, que viveram há entre 250 e 65 milhões de anos. Depois da análise dos dados, sobre os mecanismos de sensibilidade à luz daqueles animais, os investigadores concluíram que entre as 33 espécies havia todos os tipos de actividade, incluindo a nocturna. Até agora presumia-se que os dinossauros só estavam activos durante o dia, enquanto os mamíferos estavam activos durante a noite. “Foi uma surpresa, mas faz sentido”, comentou Motani, geólogo, à agência norte-americana National Science Foundation. Os resultados sugerem que os dinossauros carnívoros caçavam de noite e que os grandes dinossauros herbívoros estavam activos de noite e de dia, provavelmente para conseguir responder às suas exigentes necessidades alimentares, excepto nas horas de maior calor. Motani notou que os elefantes hoje têm o mesmo padrão de actividade. Já entre os animais voadores, como os pterossauros, a visão era especialmente diurna. Os investigadores não conseguiram estudar os grandes carnívoros, como o Tyrannosaurus rex, porque não existem fósseis suficientemente bem preservados das suas cavidades oculares.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave aves