Incidente com voo da Sata na Madeira vai ser investigado
O director do Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves (GPIAA) determinou a abertura de um processo de investigação ao incidente ocorrido com um avião da Sata no Aeroporto da Madeira na passada segunda-feira. (...)

Incidente com voo da Sata na Madeira vai ser investigado
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DATA: 2011-06-23 | Jornal Público
SUMÁRIO: O director do Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves (GPIAA) determinou a abertura de um processo de investigação ao incidente ocorrido com um avião da Sata no Aeroporto da Madeira na passada segunda-feira.
TEXTO: A informação é avançada numa nota disponibilizada no sítio do GPIAA, sobre o Airbus A320 que, numa manobra de descolagem, “colidiu com um bando de aves que embateram na fuselagem, motores, asas e trem de aterragem”. Na descrição do incidente pode ler-se que a aeronave teve de retornar e fazer uma aterragem de emergência, uma operação que decorreu “sem problemas e o avião rolou para o estacionamento, pelos seus próprios meios”. Acrescenta que “uma inspecção visual à aeronave detectou diversas marcas de sangue em várias partes da aeronave e deformações em diversas pás da fan, de ambos os motores”. A mesma nota informa que “o evento foi classificado como incidente grave e o director do GPIAA determinou a abertura de um processo de investigação”. Realça ainda que “a investigação técnica não tem por objectivo o apuramento de culpas ou a determinação de responsabilidades, mas, apenas, a recolha de ensinamentos susceptíveis de evitarem futuros acidentes”. Segundo a nota daquele gabinete, esta informação tem “carácter provisório”, estando “sujeita a modificações ou correcções que surjam durante o processo de investigação”. O incidente aconteceu com um voo da Sata com destino a Copenhaga, que transportava 105 passageiros, e não provocou danos pessoais.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave aves
Jardim criticou “políticas orçamentalistas” da UE e “asneiras da esquerda”
O presidente do Governo Regional da Madeira, Alberto João Jardim, criticou hoje as “políticas orçamentalistas” da União Europeia e as “asneiras da esquerda” que, diz, colocaram Portugal na actual situação de dificuldades. (...)

Jardim criticou “políticas orçamentalistas” da UE e “asneiras da esquerda”
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DATA: 2011-07-02 | Jornal Público
SUMÁRIO: O presidente do Governo Regional da Madeira, Alberto João Jardim, criticou hoje as “políticas orçamentalistas” da União Europeia e as “asneiras da esquerda” que, diz, colocaram Portugal na actual situação de dificuldades.
TEXTO: Jardim discursava no Porto Moniz, um concelho da zona norte da ilha da Madeira, no âmbito do programa da Semana do Mar que decorre até domingo naquela localidade. O líder madeirense salientou a importância do mar para aquela localidade, sustentando que “Portugal todo tem que olhar para o mar, porque andou de costas para o mar só a olhar para a Europa, uma Europa que também não soube agarrar os seus valores, abriu-se de todas as maneiras possíveis e imaginárias e seguiu políticas financeiras absolutamente erradas”. Censurou a União Europeia por estar “agarrada à exigência do equilíbrio orçamental e a combater o défice orçamental”, defendendo a aposta no emprego e no crescimento. “Não posso concordar com políticas orçamentalistas, só posso concordar com políticas que visam o emprego, o consumo e o crescimento da economia. Infelizmente, está errado o que a UE está a fazer”, declarou o governante insular. Segundo Jardim, “outro erro é estar de costas para o mar”, adiantando que é lá que “mais cedo ou mais tarde” que o país pode ir buscar recursos, sejam de natureza geológica, energética, animal ou vegetal. “Portugal é dos países do mundo que tem maior extensão de águas territoriais, dado o triângulo feito com a Madeira e os Açores. Foi um erro voltar as costas ao mar, aceitar as condições que a UE impôs às nossas frotas de pesca”, sublinhou. Referiu que a Madeira “não seguiu e conseguiu ultrapassar essa política”, com os barcos velhos abatidos substituídos por barcos novos. “Hoje estamos a pagar o erro de termos ido atrás de asneiras que são incompetentes e não têm qualquer fundo científico, que a esquerda, os socialistas e os comunistas, andaram a praticar neste pais”, disse. Jardim apontou que “Portugal tinha uma marinha mercante enorme, lucrativa, que era uma das melhores no mundo”, acusando a esquerda de ter desperdiçado esse potencial. “Com as asneiradas socialistas e comunistas de nacionalizar empresas marítimas de transportes rebentaram com o potencial estratégico” do país, disse.
REFERÊNCIAS:
Entidades UE
Agricultura prepara regresso dos funcionários em mobilidade
O ministro da Agricultura decidiu criar um grupo de trabalho para tentar encontrar saídas profissionais para os 800 funcionários que estão na mobilidade especial há mais de três anos à espera de reiniciar funções. (...)

Agricultura prepara regresso dos funcionários em mobilidade
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DATA: 2010-04-08 | Jornal Público
SUMÁRIO: O ministro da Agricultura decidiu criar um grupo de trabalho para tentar encontrar saídas profissionais para os 800 funcionários que estão na mobilidade especial há mais de três anos à espera de reiniciar funções.
TEXTO: A decisão foi tomada anteontem à noite, no final de um encontro entre António Serrano e os representantes do pessoal em mobilidade especial. Desta forma, o ministro vem resolver um problema deixado em aberto pelo seu antecessor, Jaime Silva, que foi muito contestado por ter dispensado mais de 1700 pessoas na sequência da reformulação dos serviços e organismos da Agricultura e Pescas. "O ministro quer remediar o que Jaime Silva fez. Foi-nos dada a garantia de que até ao final do ano estaria resolvido o problema da colocação dos técnicos superiores", disse ao PÚBLICO João Carrilho, um engenheiro da Direcção Regional de Agricultura do Alentejo que está na mobilidade especial há já três anos e a receber menos um terço do seu salário. Contudo, alerta, "temos a noção de que os trabalhadores com menos qualificações terão mais dificuldades em voltar ao activo". O Ministério da Agricultura evita falar em prazos e garante que o compromisso assumido pelo ministro foi o de "conjugar esforços para que, sempre que seja necessário preencher um posto de trabalho, se recorra ao pessoal que está na mobilidade". A mobilidade especial criada em 2006, na sequência do Programa de Reestruturação da Administração Central do Estado (PRACE), era apresentada na altura como uma das soluções para resolver o problema da distribuição dos recursos humanos e do excesso de pessoal em alguns organismos públicos. Os excedentes em resultado da fusão, extinção e reestruturação dos serviços deviam ser colocados em mobilidade especial, com um corte no salário, receberiam formação e depois seriam colocados nos serviços com falta de pessoal. Mas o mecanismo depressa se revelou ineficaz. Desde logo, porque só a Agricultura o levou a sério. O então ministro Jaime Silva foi o mais diligente a enviar pessoal para a mobilidade, mas muitos não se conformaram e interpuseram providências cautelares contestando a forma como foi feita a selecção das pessoas. O próprio secretário de Estado da Administração Pública, Gonçalo Castilho dos Santos, admitiu no ano passado ao Jornal de Negócios que houve "alguma precipitação, entretanto corrigida, na selecção dos trabalhadores colocados em mobilidade especial", sem se referir directamente ao caso da Agricultura. Mais recentemente, o presidente da comissão que desenhou o PRACE, João Bilhim, lamentou, em entrevista ao PÚBLICO, que não se tenha conseguido resolver a assimetria dos recursos humanos no Estado e que a redução de funcionários se tenha feito essencialmente à custa das aposentações. GERAP falhouMas a decisão de criar este grupo de trabalho na Agricultura vem também revelar que a empresa que tinha por missão ajudar a encontrar colocação para os 3746 funcionários colocados na mobilidade pelos diversos ministérios - a GERAP - não terá cumprido o seu papel. "Nunca percebemos por que se criou a GERAP quando existia uma direcção-geral do emprego público no Estado e nunca percebemos o seu papel", contesta Bettencourt Picanço, presidente do Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado. Mas também os funcionários que estão em casa à espera de um lugar na administração alertam que, além das acções de formação, a GERAP pouco fez por eles. Questionado sobre por que razão a GERAP não conseguiu encontrar soluções para os funcionários em mobilidade, o Ministério das Finanças admite "problemas e limitações". Fonte oficial diz que a inexistência de um sistema informatizado único para gerir os trabalhadores da Administração Pública "torna muito difícil fazer uma integral correspondência entre o perfil do trabalhador e o perfil do posto de trabalho". Ainda assim, as Finanças garantem que a empresa tem promovido a candidatura do pessoal em mobilidade aos concursos lançados pelos organismos públicos e em consequência disso conseguiu a colocação de 444 trabalhadores, além das acções de formação feitas por todo o país.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave trabalhador humanos extinção salário
Acções de insolvência cresceram 53,5% entre Janeiro e Abril
O total de acções de insolvência registadas nos primeiros quatro meses do ano em Portugal cresceu 53,5 por cento, em termos homólogos, para os 1.844 processos, segundo um estudo hoje apresentado em Lisboa pela Coface. (...)

Acções de insolvência cresceram 53,5% entre Janeiro e Abril
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DATA: 2010-05-12 | Jornal Público
SUMÁRIO: O total de acções de insolvência registadas nos primeiros quatro meses do ano em Portugal cresceu 53,5 por cento, em termos homólogos, para os 1.844 processos, segundo um estudo hoje apresentado em Lisboa pela Coface.
TEXTO: "Os sectores de actividade em que foram registados o maior número de acções de insolvência foram a Indústria Transformadora (535), a Construção Civil (339) e o Comércio por grosso (281)", sublinhou o estudo da empresa especializada na análise de riscos que conta com uma equipa de 160 pessoas em Portugal. No que toca aos maiores aumentos percentuais, o destaque vai para os sectores da Indústria Extractiva, Hotelaria e Restauração, Agricultura, Caça e Pesca, que revelaram menor capacidade de resistência à crise mundial. "Apesar do aumento no número de acções de insolvência, é de realçar o crescimento de cinco por cento, nos primeiros quatro meses de 2010, no número de novas empresas, que lança um sinal de que já estamos numa retoma", frisou Paulo Curto, director geral adjunto da Coface em Portugal, em declarações à Lusa. Os distritos que apresentam o maior número de entidades com acções de insolvência registadas são Lisboa, Porto e Braga (343, 436 e 315, respectivamente). No entanto, o maior aumento percentual face ao mesmo período (Janeiro a Abril) de 2009 verificou-se nos distritos de Portalegre, Vila Real e Viseu.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave estudo
Governo propõe à Casa do Douro entrega dos vinhos ao Estado para pagar dívida
O Governo propôs a entrega dos vinhos empenhados da Casa do Douro (CD) ao Estado para a regularização da dívida do organismo e ainda a organização de vendas anuais do produto, segundo uma proposta negocial a que a Lusa teve acesso. (...)

Governo propõe à Casa do Douro entrega dos vinhos ao Estado para pagar dívida
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DATA: 2010-06-25 | Jornal Público
SUMÁRIO: O Governo propôs a entrega dos vinhos empenhados da Casa do Douro (CD) ao Estado para a regularização da dívida do organismo e ainda a organização de vendas anuais do produto, segundo uma proposta negocial a que a Lusa teve acesso.
TEXTO: A CD tem uma dívida ao Estado que ascende a 110 milhões de euros, e ao sistema financeiro, de 20 milhões de euros. Em Dezembro de 2009, o Ministério da Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas criou um grupo de trabalho, constituído pela Secretaria de Estado da Agricultura, a CD e o Instituto dos Vinhos do Douro e Porto (IVDP), para responder com rapidez às dificuldades daquela instituição. Em Maio, o ministro António Serrano informou ter entregue à direcção do organismo duriense uma proposta negocial, que “representava praticamente o limite até onde o Governo podia ir”. No documento a que a agência Lusa teve hoje acesso, os ministérios da Agricultura e das Finanças propõem que os “vinhos empenhados sejam entregues pela CD ao Estado, que adquira a sua propriedade plena, em pagamento da dívida, ficando a CD, com esta dação (entrega), com a sua dívida regularizada”. Apesar de o Estado ficar com a “propriedade plena” dos vinhos, os mesmos deverão manter-se armazenados na CD, salvo se esta vir esses locais saírem da sua posse por execução da dívida do Banco Português de Negócios. Vendas anuais por leilão ou negociação particularDe acordo com a proposta, antes de cada operação de alienação daquele produto, que terá uma periodicidade anual e poderá vir a ser feita pelo IVDP, o organismo duriense terá que ser ouvido e pronunciar-se num prazo de cinco dias úteis. As quantidades a alienar não deverão ser inferiores a um décimo do volume total do vinho entregue pela CD ao Estado. Estas vendas podem ser feitas através de “leilão ou negociação particular”, podendo a CD apresentar propostas ou potenciais compradores, enquanto “o preço mínimo de venda por lote deverá corresponder proporcionalmente ao valor da dívida da instituição”. O documento refere ainda que em cada operação que se gerar “um excedente, deverá ser entregue de imediato ao organismo duriense 50 por cento desse valor, reservando os restantes 50 por cento para eventuais correcções originadas por vendas futuras”. É “expectável” que o valor dos vinhos seja superior ao valor da dívida, pelo que, logo que se encontrar totalmente arrecadado o valor da dívida da CD ao Estado, este entregará à instituição a totalidade dos excedentes ainda em seu poder, bem como devolverá os vinhos sobrantes. Os problemas do organismo, representativo de cerca de 40 mil vitivinicultores, têm chamado a atenção dos partidos políticos, principalmente do PCP e do Bloco de Esquerda (BE), que criticaram o “segredo” que envolve a negociação.
REFERÊNCIAS:
Partidos PCP BE
Operadores já foram lesados em dois milhões de euros pela Marsans
As empresas que forneciam viagens à agência de origem espanhola já perderam dois milhões de euros. As perdas poderão chegar aos quatro milhões, tendo em conta as reservas futuras. (...)

Operadores já foram lesados em dois milhões de euros pela Marsans
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DATA: 2010-07-16 | Jornal Público
SUMÁRIO: As empresas que forneciam viagens à agência de origem espanhola já perderam dois milhões de euros. As perdas poderão chegar aos quatro milhões, tendo em conta as reservas futuras.
TEXTO: A Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT) avançou hoje, em conferência de imprensa, que os operadores turísticos que trabalhavam com a Marsans também foram lesados, à semelhança dos clientes. De acordo com a associação, os prejuízos já sofridos rondam os dois milhões de euros, sendo que poderão aumentar no futuro. As perdas já ocorridas resultam da ausência no pagamento de reservas. A APAVT explicou que "a Marsans recebia o dinheiro dos clientes finais, mas não pagava as reservas aos operadores turísticos". A estes dois milhões de euros somam-se outros dois milhões, correspondentes ao valor das reservas agendadas para o futuro. "Quando há uma ovelha negra no mercado todos somos afectados", referiu Pedro Costa Ferreira, vice-presidente da APAVT. A associação mostrou-se contra a solução apresentada pela comissão arbitral para indemnizar os clientes lesados, que consiste no accionamento das cauções dos operadores turísticos que forneciam as viagens. "Pretende-se que os operadores paguem por aquilo que não venderam, nem deram autorização para confirmar vendido", afirmou João Passos, presidente da APAVT. Resta, agora, esperar que a comissão arbitral se pronuncie sobre casos concretos de clientes lesados. E, se se decidir utilizar a caução dos operadores, a APAVT admite "recorrer aos tribunais" para impugnar essa decisão.
REFERÊNCIAS:
Agosto tem mais turistas, mas menos receitas
Há hóspedes nos hotéis. Famílias na praia. E clientes nos restaurantes. Ao contrário do que se esperava e que os indicadores do início do ano faziam prever, Agosto está a ser favorável ao turismo, pelo menos, na quantidade de veraneantes. (...)

Agosto tem mais turistas, mas menos receitas
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.166
DATA: 2010-08-23 | Jornal Público
SUMÁRIO: Há hóspedes nos hotéis. Famílias na praia. E clientes nos restaurantes. Ao contrário do que se esperava e que os indicadores do início do ano faziam prever, Agosto está a ser favorável ao turismo, pelo menos, na quantidade de veraneantes.
TEXTO: O problema é que os hóspedes estão a pagar menos pelos quartos. As famílias estão a cortar nos gastos. E as refeições dos clientes ficam-se pelo prato principal, evitando despesas extra com entradas e sobremesas. O sector está mais optimista, mas continua de prevenção. A grande diferença face ao Verão de 2009 é a predominância de turistas nacionais. O mercado interno sempre representou uma fatia importante, ainda que menor do que a dos estrangeiros. A crise veio confirmar esta tendência, que até já teve direito a formar palavra e a constar no dicionário de inglês de Oxford. Os britânicos deram-lhe o nome de staycation, conjugando stay (ficar) e vacation (férias) para denominar um movimento típico em tempos de instabilidade económica: ficar no país de origem durante as férias. Os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) mostram que, entre Janeiro e Junho, o número de portugueses nas unidades hoteleiras aumentou 2, 5 por cento, para 5, 6 milhões, enquanto a afluência de turistas estrangeiros caiu 2, 7 por cento, para 10, 1 milhões. Este mês, esse crescimento mantém-se, em linha com as recomendações feitas no início de Junho pelo Presidente da República, quando pediu aos cidadãos que fizessem férias em Portugal para ajudar a economia. Agosto é um mês "tradicionalmente forte em termos de turismo interno. Este ano não é excepção" e não é só o Algarve que "está a ser alvo deste acréscimo de fluxo", afirmou ao PÚBLICO o secretário de Estado do Turismo, Bernardo Trindade. Também a norte se nota que há mais portugueses. "Não saíram tanto para fora, em virtude da diminuição do poder de compra. Apesar de haver muitos espanhóis, os turistas nacionais estão em maioria", garante Luís Carvalho, presidente da Federação Portuguesa de Concessionários de Praia. Mas mais turistas não significa necessariamente mais receitas. Aliás, neste Verão, o que se sente é uma maior propensão para a poupança. O secretário de Estado do Turismo confirmou que "o factor preço é importante" e que "as pessoas estão mais regradas" nos gastos. Ainda assim, não deixam de fazer férias. "Têm uma necessidade e querem satisfazê-la", acrescentou. O tipo de férias é que varia em função do impacto que a crise teve na carteira. Contas e preços mais baixosNa restauração, a contenção dos turistas vem na conta. O secretário-geral da Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP), José Manuel Esteves, assegurou que há mais clientes em Agosto do que os empresários esperavam. No entanto, "as receitas estão a cair", disse. "Além de haver muitas pessoas que optam pelos supermercados e por cozinhar as refeições em casa, as que decidem ir aos restaurantes comem o indispensável, o prato principal, e abdicam das entradas, do vinho e das sobremesas", o que está a deixar "alguns estabelecimentos em grandes dificuldades". "Felizmente, os portugueses ficaram por cá. Se isso não tivesse acontecido, o sector da restauração estaria muito mais fragilizado", acrescentou o responsável. Quem também está satisfeito com as opções do mercado interno é o Turismo do Algarve. O presidente, Nuno Aires, garantiu que, em Agosto, já se instalou na região "uma ligeira tendência de recuperação" e que "as taxas de ocupação [das unidades hoteleiras] são boas", realçando "o importante papel do mercado interno nessa retoma". O representante dos hoteleiros algarvios, Elidérico Viegas, concorda, mas deixa uma ressalva: tal como nos restaurantes, a despesa dos turistas está aquém do desejado. "Não podemos esconder que estes aumentos também resultam do facto de as empresas terem baixado os seus preços. Os hotéis de cinco estrelas estão hoje a praticar valores dos de quatro estrelas. E os de quatro estrelas dos de três", explicou ao PÚBLICO. Isto significa que, apesar de haver mais procura, os proveitos não crescem ao mesmo ritmo. Ainda assim, o secretário de Estado do Turismo disse que os dados que a tutela tem recolhido o deixam "globalmente satisfeito". Porém, sublinhou que "não podemos "baixar as armas"". Apontou os dados dos aeroportos, que estão com crescimentos de passageiros acima de dez por cento em Agosto (nomeadamente, o de Faro e o do Porto) como um "sinal" de inversão nos maus resultados que o turismo teve em 2009. E frisou que acredita que, tendo em conta o que está a acontecer no Verão, "o ano de 2010 será seguramente melhor do que o anterior". Há muita expectativa em redor dos mercados alternativos, nomeadamente do Brasil e dos Estados Unidos, para combater a quebra sentida no turismo mais tradicional que vinha do Reino Unido e da Alemanha. Mas o palco (ou melhor, a praia) este ano é para os portugueses, ainda que mais contidos nos gastos.
REFERÊNCIAS:
Tempo Junho Janeiro Agosto
Basílio Horta: "Seria uma desgraça total" não haver consenso político no Orçamento do Estado para 2011
O presidente da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), Basílio Horta, destaca factores positivos do comportamento da economia portuguesa, como o aumento das exportações - embora o défice comercial tenha subido - e do investimento directo estrangeiro, e assume-se como forte defensor dos negócios em língua portuguesa. Sobre o Orçamento do Estado, diz que ninguém investe num país que não se consegue pôr de acordo sobre as suas próprias contas. (...)

Basílio Horta: "Seria uma desgraça total" não haver consenso político no Orçamento do Estado para 2011
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento -0.08
DATA: 2010-09-06 | Jornal Público
SUMÁRIO: O presidente da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), Basílio Horta, destaca factores positivos do comportamento da economia portuguesa, como o aumento das exportações - embora o défice comercial tenha subido - e do investimento directo estrangeiro, e assume-se como forte defensor dos negócios em língua portuguesa. Sobre o Orçamento do Estado, diz que ninguém investe num país que não se consegue pôr de acordo sobre as suas próprias contas.
TEXTO: Houve um aumento de 15, 4 por cento das exportações entre Janeiro e Maio, face a 2009 valor que terá sido de 15, 1 por cento até Junho. . . Fundamentalmente de bens, porque os serviços cresceram 4, 5 por cento. Deste valor, como foi o comportamento dentro e fora da Europa?Na Europa houve um crescimento de13, 5 por cento e fora da Europa foi de 20, 1 por cento. E quando se diz que tivemos este crescimento fora da Europa é preciso sublinhar que Angola desceu 23 por cento e a Argélia cerca de 16 por cento. Porque se não fosse assim, o crescimento tinha sido muito maior. No caso dos Estados Unidos as exportações subiram 43, 6 por cento no primeiro semestre, e espero que a crise norte-americana não afecte estes números. Já em relação ao Brasil houve um crescimento de 85, 8 por cento, que é uma subida enorme. A base também era pequena. . . Já não é tão pequena assim. Neste momento o Brasil corresponde a 4, 4 por cento das exportações nacionais. Os Estados Unidos valem 15 por cento. Olhando para o valor, o aumento das vendas para o Brasil foi de 95 milhões de euros no primeiro semestre. Em 2005, era esse o valor total das exportações anuais. Se olhar para a tipologia de produtos mantém-se o vinho, o azeite e o bacalhau, mas começam a aparecer as máquinas e os componentes automóveis. Muitos empresários ainda se queixam das taxas aduaneiras praticadas pelo Brasil. É verdade, e existem dois tipos de taxas, nacionais e estaduais. Estamos à espera que haja o acordo entre o Mercosul e a União Europeia para ver se essa questão é resolvida. Sem as taxas, mais importações haveria. E havendo, o que é que explica este crescimento? O crescimento da economia brasileira?Sim, e o facto de os nossos empresários, donos de pequenas e médias empresas, no meio de uma crise com pouco ou nenhum crédito, se fartarem de trabalhar. Voltando ao crescimento geral dos primeiros meses, o facto é que 2009 também foi um ano muito mau. Como é que estamos face aos primeiros meses de 2008? Já voltámos a esses valores?Ainda não, mas há que relembrar que 2008 foi um dos melhores anos de sempre. Estamos a caminhar rapidamente para isso, e em alguns mercados já se ultrapassou, como Brasil, México e Estados Unidos. Angola é que não, infelizmente. O facto de o crescimento se ter dado face a mercados como os europeus e os Estados Unidos mostra que a estratégia de diversificação perdeu ritmo?Não. Este crescimento só foi possível por causa da política de diversificação de mercados, tendo sido criadas condições para as empresas irem lá para fora. Alguma vez se pensou que a AICEP iria ter uma representação na Indonésia? Não, mas temos, porque já estamos a antecipar. E na Malásia, ou Singapura? Em Singapura houve uma descida, mas por causa da Quimonda. Se tirarmos esse factor, as exportações subiram. Estamos na Líbia, estamos a entrar em Benguela, estamos a olhar para Guiné Equatorial, para onde é muito provável que vamos. . . O facto de a Guiné Equatorial não ter conseguido a adesão à CPLP não trouxe obstáculos?Não. A Guiné Equatorial é um país bastante pequeno, mas é o nosso quinto abastecedor de petróleo. E temos que ir aos países que são os nossos abastecedores de petróleo, para tentar fazer a compensação com o que importamos. Verá a importância que isso tem no défice. Do ponto de vista económico, é um país importante para nós. Tem muita liquidez e compra muitos produtos, diversificados, essencialmente a dois países, Espanha e França. E querem comprar a Portugal, pelo que temos que olhar com atenção para a Guiné Equatorial. Tal estudamos e olhamos para mercados de expansão como o Egipto. Nós definimos os mercados estratégicos, os mercados prioritários e os mercados de prospecção. Quais são os primeiros?São o Brasil, Angola, Estados Unidos e Espanha, que subiu 16, 8 por cento, finalmente. Em 31 de Dezembro de 2009 tínhamos perdido cerca de três mil milhões de euros em exportações. O desnivelamento face a Espanha está a ser resolvido?Não, longe disso. Está a ser atenuado. Em 2009 o défice com Espanha era maior do que tudo o que vendíamos para este país. E ainda é. Espanha teve uma crise brutal e ainda continua nela. O que afectou as compras, e sendo o nosso principal mercado. . . em 2005, tinha um peso ligeiramente acima dos trinta por cento. Neste momento ainda é muito importante, mas vale 27, 2 por cento. Este diferença, em milhões de euros, é muito grande. Para onde é que foram essas vendas? Para novos mercados, como Marrocos, Tunísia, Argélia, países onde começámos a dar os primeiros passos. Mas ainda há uma dependência excessiva face a Espanha?Durante muito tempo, Portugal teve um comércio externo baseado no conforto. Tínhamos a Espanha aqui ao lado, e era fácil vender para lá. Depois tínhamos a Alemanha, França, Estados Unidos, Reino Unido, e pronto. Isto é um perigo numa economia que tem de depender do mercado externo, porque o mercado interno não chega para quase ninguém. Estes cinco países valiam oitenta e tal por cento das exportações portugueses. Hoje não é assim. Angola tem uma força muito grande, começam a ganhar peso países como Moçambique, México, Canadá, China, etc. , e temos que ir mais longe, a outros mercados. Em Outubro, vamos apresentar os nossos quatro eixos de actuação para 2011 e 2012. Que eixos são esses?Os quatro estão subordinados à palavra “mais”. Mais empresas, mais mercados, mais valor acrescentado do produto exportado e mais Portugal. Mais Portugal é mostrar um país que inova, que exporta, que investe, com empresários portugueses. Portugal que investe onde?No Brasil, por exemplo, ou em Moçambique. Em 2005 o investimento em Moçambique era de 33 milhões de euros. Em 2009 foram 144 milhões de euros. E vai ser mais no futuro. Há três investimentos a decorrer neste momento que mudam radicalmente o relacionamento entre Portugal e Moçambique. O da Portucel, que coloca Moçambique na agenda mundial de produção de pasta que vai desde a plantação até à transformação, até à fábrica. Depois há outro, nas infra-estruturas, com a Mota-Engil, Soares da Costa e Teixeira Duarte, com as pontes e outras obras de ligação ao país aos países vizinhos abrindo um pulmão através do qual Moçambique possa escoar mercadorias, e o do biodiesel, entre a Galp e a Visabeira, além de uma entidade pública moçambicana. São projectos da ordem dos milhares de milhões de euros. E há ainda um quarto projecto, do qual não posso adiantar pormenores, na área da agro-indústria, ligado ao processamento das frutas. Quer dizer então que a estratégia de diversificação face aos mercados tradicionais tem resultado?Hoje há mais mercados e mais empresas. Agora, não é suficiente, temos que trabalhar mais, em termos de conhecimento, de acção e de promoção. Na parte da acção vamos trabalhar com um conjunto de empresas individuais. Aproveitando a estrutura do Inov-Export, vamos colocar técnicos nas empresas e contratualizar com elas que, em dois anos, se vai aumentar as exportações vinte por cento. Ver se aceitam ou não, em que condições para que mercados. E depois temos o “mais cinquenta”, que é colocar mais cinquenta empresas a exportar por cada ano. A queda das exportações para Angola foi muito expressiva. Como é que isso se explica? É algo conjuntural?Angola tem sido e é um grande mercado. Por razões que não me compete analisar, teve uma crise e a moeda estrangeira sofreu uma quebra complicada. Perante isto houve uma redução das compras e dos pagamentos, que estão agora a ser regularizados. Depois, há empresas que exportavam e que agora produzem lá. . . Essa mudança de ciclo já é evidente? Já há assim tantas empresas portuguesas a produzir lá?Já começa a haver algumas. Quando a Unicer fizer o seu investimento, isso vai-se sentir. Sim, mas quando produzirem será apenas parte do que exportam, outra parte continuará a ir de Portugal. . . Certo, mas haverá diminuição, uma diminuição saudável. Mas a maior parte da quebra das exportações não é explicável pela produção local. . . Não. Deve-se efectivamente a uma redução das compras de Angola ao mercado português e também a um atraso dos pagamentos. Dito isto, Angola para nós não é um mercado qualquer, e isto não são apenas palavras. Em Angola estamos nos bons e maus momentos. Isto vai-se resolver, e nós vamos ajudar Angola nesse sentido. Por isso é que as empresas portuguesas esperaram, e não pararam as obras, ao contrário das empresas de alguns dos outros países. Há empresas que sentiram muitas dificuldades ao nível da tesouraria. . . Mas que agora estão a melhorar, desde a visita do senhor presidente da República, e com o acordo que foi feito. E que está a ser cumprido. É certo que há empresas que tiveram problemas de tesouraria, mas é preciso também perceber que as empresas que vão para Angola têm de pensar se têm capacidade financeira para o que podem ter de aguentar. Porque Angola não é o “El dourado”, para onde se vai de qualquer maneira e se ganha milhões. Não se vai para Angola, está-se em Angola, e de corpo inteiro. É que quando se fala de Angola e do Brasil, não se está só a falar de mercados. São países essenciais ao fortalecimento da nossa própria estrutura nacional. Eu quando vejo a Embraer a fazer um investimento aqui, esse não é um investimento qualquer, é algo muito importante. É o primeiro investimento da Embraer na Europa, que cria duas empresas de alta tecnologia. Quando vejo a relação da Petrobras com a Galp Energia, na exploração de petróleo no Brasil, isso é muito importante, até pela relevância na balança comercial. Tal como o investimento nos combustíveis, onde também estamos, até marcar o nosso interesse. São 200 milhões na refinaria de Sines, e 200 milhões na Amazónia. Quando eu vejo a Petrobras abrir um escritório em Lisboa, isso é muito importante, tendo Portugal como grande plataforma para olhar para a Europa. Quando os produtos petrolíferos da Petrobras forem comercializados para a Europa através de Portugal, isso será muito importante. E se a Petrobras, em conjunto com a Sonangol, entrar na Galp, isso será um grande momento. Tal como foi bom a Camargo Corrêa e a Votorantim virem para a Cimpor, e que os dois se entendam. A hipótese de a Sonangol e a Petrobras entrarem directamente na Galp ainda é um cenário concretizável?Eu, como português, gostava muito que fosse assim. Gostava muito que, se a parte da ENI for vendida, esta falasse português. Tal como achei muito bem o que o Governo fez em relação à PT. Seria muito mau que deixássemos uma das maiores empresas onde estamos a falar castelhano no Brasil. A verdade é que se deixou. Mas continua a falar português uma grande empresa que é a Oi. Agora tudo está em saber tocar guitarra. E acredito muito nesta administração da PT, que tem dinheiro para isso. Mas não é estranho ter o Estado a conduzir uma estratégia que os próprios accionistas. . . Eu quero dizer que, embora possa não ser muito popular nos tempos que correm, que não confundo os interesses do Estado com os interesses particulares. O interesse de Estado é o interesse geral, e os interesses particulares têm de se submeter ao interesse geral. Porque senão as coisas não funcionam. Esta mistura entre o que é o interesse particular e o interesse do Estado é algo que não me deixa confortável nem me agrada nada. O sector privado tem todo o direito de se manifestar, e o Estado deve ouvir e, quando concorda, mudar. Mas o interesse geral é representado pelo Estado. E nessa operação o Estado, o Governo legítimo, entendeu que o interesse geral era prejudicado, e interveio. Fez muito bem. E deve agir assim sempre que o entender, por isso é que é eleito. Se a operação fosse na Suécia, por exemplo, aí o interesse geral talvez não fosse tão evidente. Mas no Brasil? Tudo o que se passa no Brasil tem interesse para nós. Acha que é importante haver um consenso político à volta do Orçamento do Estado para 2011?O senhor presidente da República disse uma coisa verdadeiramente intuitiva. . . era o que faltava que não houvesse. Seria de uma gravidade enorme se não houvesse. Quem implicações é que teria?Seria uma desgraça total. Como é que um país que não consegue pôr-se de acordo em relação às suas contas internas pode dar confiança a quem quer que seja para investir? Alguém investia numa empresa na qual a administração não conseguisse aprovar o seu orçamento interno? Já para não falar nas implicações ao nível dos ratings. E teria até impacto nos investidores portugueses. Houve já uma ligeira tremura em termos de instabilidade, e 2, 5 mil milhões saíram de Portugal para o estrangeiro. Quando?Ultimamente. E quando o dinheiro sai, é difícil de o reter. Os valores de Investimento Directo Estrangeiro (IDE) relativos ao primeiro semestre mostram um saldo líquido de 1, 6 mil milhões de euros. . . Em 2009, o investimento directo estrangeiro no mundo desceu 44 por cento. E nós estamos inseridos neste quadro, com uma quebra significativa do IDE em Portugal. Este ano subimos 14 por cento, para 17, 8 mil milhões de euros. O investimento líquido subiu de 1560 mil milhões para 1652 mil milhões, subindo 5, 9 por cento em seis meses. E esse investimento veio de onde?Vinte e dois por cento veio para a indústria transformadora. O resto foi para imobiliário e capitais. Imobilário e capitais?Se olhar para as saídas, também está muito capital [lucros não reinvestidos]. E desses vinte e dois por cento quais foram os principais?Sectores como indústria química e automóvel. De onde é que vem a Sharan? A vinda do novo modelo custou 550 milhões de euros, no âmbito de um acordo de investimento. E há a Pescanova, Embraer, a PSA. . . Os dados de semestre até Maio mostram um aumento do défice comercial de 1, 3 por cento. . . Já tenho os dados de Junho. O défice comercial aumentou 300 milhões de euros. Mas o défice com a Europa desceu 700 milhões de euros, o que é muito significativo. Com os países fora da Europa aumentou mil milhões de euros. Porquê?Por causa da energia e do petróleo. Sem isso, teríamos um superavit, mesmo que ligeiro, na balança comercial. O que é que espera do segundo semestre?Não me espanta que aumentássemos estes números. Porque a Sharan começa a ser exportada agora, e são algumas dezenas de milhões. A Portucel e a Altri estão agora em velocidade cruzeiro. Os novos modelos da PSA também começam agora. A Embraer inicia agora os investimentos. Há um clima, com vários investimentos em curso, muito importantes, que se vão reflectir no segundo semestre. A vertente alimentar também se está a mexer. Vamos aliás fazer com protocolo com o Ministério da Agricultura para a internacionalização de produtos agrícolas. O risco que eu vejo é os Estados Unidos, e se vai entrar ou não de novo em recessão. Porque afecta imediatamente a China, o que afecta a Alemanha, e assim por diante, em efeito dominó. E há um outro problema, que é o financiamento à economia. Eu costumo dizer que isto é como um avião que está na pista com os quatro motores, em aceleração. Se se cortar o combustível, não descola. É preciso conjugar o equilíbrio das contas públicas, com uma diminuição das despesas do Estado, sem matar o financiamento à economia. Muito do financiamento é feito através dos bancos. Sim, mas o Governo tem uma palavra a dizer. E tem a Caixa Geral de Depósitos, que em alguns casos tem tido um papel patriótico. Se não fosse o papel da CGD em muitos casos, diversas empresas tinham fechado. Isso ninguém diz, mas nós sabemos porque trabalhamos aqui com a CGD. E há muitos fundos dispersos. . . Está a falar do Estado?Estou a falar de fundos de intervenção do Estado. O senhor ministro saberá seguramente como é que há-de actuar, mas estou só a dizer que é importante ter isto em conta na agenda do nosso desenvolvimento futuro.
REFERÊNCIAS:
Entidades OI CPLP MERCOSUL
Clientes do BPN “mais preocupados do que nunca” com falência da CNE
O representante dos clientes do Banco Português de Negócios (BPN), que hoje esteve reunido com responsáveis do banco, no Porto, está “mais preocupado do que nunca”, porque a cimenteira CNE foi declarada insolvente. (...)

Clientes do BPN “mais preocupados do que nunca” com falência da CNE
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.5
DATA: 2010-09-29 | Jornal Público
SUMÁRIO: O representante dos clientes do Banco Português de Negócios (BPN), que hoje esteve reunido com responsáveis do banco, no Porto, está “mais preocupado do que nunca”, porque a cimenteira CNE foi declarada insolvente.
TEXTO: “Vamos mais preocupados do que chegámos, porque soubemos nesta reunião que a CNE foi declarada insolvente e foi nomeado como administrador da massa falida o administrador da cimenteira”, disse António Henriques, da Associação Nacional de Defesa dos Clientes do BPN. Em declarações aos jornalistas, António Henriques disse que, na reunião de hoje, negociada após a invasão do balcão do banco no Porto por cerca de três dezenas de clientes, foi garantido que a administração do BPN vai receber os clientes no próximo dia 8, em Lisboa. O advogado da associação, Arnaldo Homem, diz que o mais grave do processo de insolvência da CNE é o administrador actual ter sido nomeado como administrador da massa falida da empresa de cimentos. 44 clientes credores de dez milhõesSegundo a Associação Nacional de Defesa dos Clientes do BPN, há 44 clientes lesados pelo incumprimento do pagamento do papel comercial da CNE, tendo a haver cerca de 10 milhões de euros. “É como pôr o lobo a guardar as ovelhas. Vamos tentar que isto seja alterado, senão come o rebanho”, disse o advogado. “Tem que ser demitido já [o administrador da massa falida]”, defendeu António Henriques, da Associação Nacional de Defesa dos Clientes do BPN. Os clientes, desde as 10h00, protestam à porta do balcão do BPN na Avenida de França, no Porto, e ainda não decidiram quando vão terminar a acção de protesto.
REFERÊNCIAS:
IVA dos refrigerantes passa de seis para 23 por cento
Imposto sobre sumos e refrigerantes sobe 17 pontos percentuais. Já a maioria das conservas passa a pagar 23 por cento, contra os actuais 13 por cento. (...)

IVA dos refrigerantes passa de seis para 23 por cento
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.1
DATA: 2010-10-14 | Jornal Público
SUMÁRIO: Imposto sobre sumos e refrigerantes sobe 17 pontos percentuais. Já a maioria das conservas passa a pagar 23 por cento, contra os actuais 13 por cento.
TEXTO: De acordo com a versão preliminar do Orçamento do Estado (OE) para 2011, à qual o PÚBLICO teve acesso, vários produtos vão deixar de ter a taxa reduzida de IVA (seis por cento), passando à nova taxa que o Governo quer implementar de 23 por cento. É o caso dos leites achocolatados, as bebidas e sobremesas lácteas, dos refrigerantes, sumos e néctares de fruto e de utensílios e outros equipamentos destinados ao combate e detecção de incêndios Os livros, folhetos e outras publicações não periódicas de natureza cultural, educativa, recreativa e desportiva, brochados ou encadernados são integrados numa outra categoria, mas que permanece dentro da Tabela 1 do IVA, mantendo-se, por isso, sujeitos à taxa reduzida. Entre os bens que pagavam uma taxa intermédia de IVA (13 por cento), as conservas de carne, moluscos, frutas e produtos hortícolas vão passar a ter um imposto de 23 por cento. Só as conservas de peixe ficam de fora. O mesmo vai acontecer com óleos alimentares e margarinas, os aperitivos e snakcs, flores ou plantas ornamentais. Quando anunciou as novas medidas de austeridade para o próximo ano, o Governo anunciou que, além de aumentar o IVA para os 23 por cento, iria proceder a uma reformulação das tabelas anexas do Código do IVA, retirando da taxa reduzida e da taxa intermédia um cabaz de produtos alimentares. Lista de produtos que passam a pagar IVA de 23%Produtos que pertenciam à taxa reduzida (6%):- Leites achocolatados, aromatizados, vitaminados e enriquecidos- Bebidas e sobremesas lácteas- Refrigerantes, sumos e néctares de fruto ou de produtos hortícolas, incluindo xaropes de sumos, as bebidas concentradas de sumos e os produtos concentrados de sumos- Utensílios e outros equipamentos exclusivamente ou principalmente destinados ao combate e detecção de incêndiosProdutos que pertenciam à taxa intermédia (13%)- Conservas de carne e miudezas comestíveis- Conservas de moluscos, com excepção das ostras- Conservas de frutas ou frutos, designadamente em molhos, salmoura ou calda e suas compotas, geleias, marmeladas ou pastas- Conservas de produtos hortícolas, designadamente em molhos, vinagre ou salmoura e suas compotas- Óleos directamente comestíveis e suas misturas (óleos alimentares);- Margarinas de origem animal e vegetal- Aperitivos à base de produtos hortícolas e sementes- Aperitivos ou snacks à base de estrudidos de milho e trigo, à base de milho moído e frito ou de fécula de batata, em embalagens individuais- Flores de corte, folhagem para ornamentação e composições florais decorativas. Exceptuam-se as flores e folhagens secas e as secas tingidas- Plantas ornamentaisNotícia corrigida às 13h45
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave carne animal