Protecção Civil apela a medidas de autoprotecção após aumento da actividade sísmica
Depois da crise sísmica de Fevereiro na ilha de São Miguel, o arquipélago açoriano registou desde quinta-feira quase 100 eventos sísmicos. Autoridades pedem que população se mantenha atenta. (...)

Protecção Civil apela a medidas de autoprotecção após aumento da actividade sísmica
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DATA: 2018-09-23 | Jornal Público
SUMÁRIO: Depois da crise sísmica de Fevereiro na ilha de São Miguel, o arquipélago açoriano registou desde quinta-feira quase 100 eventos sísmicos. Autoridades pedem que população se mantenha atenta.
TEXTO: O Centro de Informação e Vigilância Sismovulcânica dos Açores informou que desde 20 de Setembro foram registados 97 eventos de actividade sísmica, oito dos quais sentidos, e a Protecção Civil apelou este sábado à população que tome medidas de autoprotecção. “O Centro de Informação e Vigilância Sismovulcânica dos Açores (CIVISA) informa que desde as 20h35 locais (mais uma hora em Lisboa) do dia 20 de Setembro tem vindo a ser registada actividade sísmica significativamente acima dos valores normais numa região epicentral no mar, situada entre um e cinco quilómetros a sul da Povoação, ilha de S. Miguel”, lê-se no comunicado do CIVISA, reproduzido pela Protecção Civil. Por essa razão, Serviço Regional de Protecção Civil e Bombeiros dos Açores emitiu este sábado um comunicado em que recomenda que sejam tomadas algumas medidas de autoprotecção – sem referir quais. Aquando da crise sísmica de Fevereiro nos Açores, a Protecção Civil e o CIVISA recomendavam que a população se mantivesse atenta aos circuitos de gás, electricidade e água e que os desligassem imediatamente em caso de dúvida sobre a sua segurança. Um segundo sismo com magnitude 2, 5 na escala de Richter foi sentido na sexta-feira na Povoação, ilha de São Miguel, nos Açores, adiantou o Serviço Regional de Protecção Civil e Bombeiros dos Açores (SRPCBA). De acordo com um comunicado, e segundo o Centro de Informação e Vigilância Sismovulcânica dos Açores (CIVISA), o sismo foi registado às 13h25 locais (mais uma hora em Lisboa) e teve epicentro a cerca de dois quilómetros a sul/sudoeste da Povoação. Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. Já pelas 9h30 locais foi registado um outro sismo com magnitude 2, 5 na escala de Richter e epicentro a cerca de dois quilómetros a sudoeste da Povoação. O SRPCBA indicou na altura que o sismo foi também sentido nas Furnas, Ribeira Quente e Água Retorta. A Protecção Civil refere que o CIVISA continua a acompanhar o evoluir da situação, emitindo novos comunicados caso necessário. Em Fevereiro, a ilha de São Miguel viveu uma crise sísmica – responsável em poucos dias por mais de 300 sismos –, com o IPMA a dizer que poderia prolongar-se “durante dias ou meses”. Na altura, a geóloga Teresa Ferreira explicava ao PÚBLICO que a forte actividade sísmica se devia ao facto a ilha de São Miguel estar na “fronteira” de três placas litosféricas: a norte-americana, que se desloca para Oeste, e as placas euroasiática e africana, “que se deslocam para Leste mas a velocidades diferentes”.
REFERÊNCIAS:
Tempo Setembro Fevereiro
Factura com importações energéticas cai para o valor mais baixo em 12 anos
O saldo importador de energia atingiu no ano passado o valor mais baixo desde 2004 e ficou em 3222 milhões de euros. (...)

Factura com importações energéticas cai para o valor mais baixo em 12 anos
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DATA: 2017-07-02 | Jornal Público
SUMÁRIO: O saldo importador de energia atingiu no ano passado o valor mais baixo desde 2004 e ficou em 3222 milhões de euros.
TEXTO: A factura portuguesa com a importação de produtos energéticos está a cair há quatro anos consecutivos e em 2016 atingiu o valor mais baixo desde 2004, de 3222 milhões de euros, segundo os dados da Direcção-geral de Energia e Geologia (DGEG). O valor registado em 2016 representa uma melhoria em termos nominais de 12, 9% face aos 3699 milhões de 2015, assinala a DGEG, no relatório com data de 28 de Abril. Apesar de se ter verificado uma “redução generalizada das quantidades importadas” da maioria dos produtos energéticos em 2016, a evolução da factura deveu-se essencialmente, e mais uma vez, à redução dos preços do petróleo (cuja importação, em volume, até aumentou). O saldo importador (o valor das importações excluindo as exportações) beneficiou de “uma conjuntura internacional bastante favorável em termos de baixas cotações do crude e seus derivados”, refere o relatório da entidade tutelada pelo Ministério da Economia. No ano passado, a cotação média do Brent (a referência para as importações portuguesas) atingiu, pela primeira vez desde 2004, um valor abaixo dos 50 dólares por barril (43, 55 em dólares e 39, 38 em euros) o que traduz uma redução de 16% face a 2015, assinala a DGEG. Esta baixa das cotações contribuiu para que o valor global das importações portuguesas de produtos energéticos se tenha reduzido em 20% (para cerca de 6500 milhões de euros). O reverso da medalha é que o valor das exportações também caiu cerca de 25% em termos médios (para 3288 milhões de euros). O peso do saldo importador no Produto Interno Bruto (PIB) reduziu-se em 0, 2 pontos, para 1, 8%. A DGEG (que passou a ser liderada por Mário Guedes no mês passado) realça que desde 2002 (ano em que o peso do saldo importador no PIB foi de 2, 1%) não se atingiam “valores tão baixos como em 2016 e 2015”. Quanto ao peso dos produtos energéticos no total das importações da balança de mercadorias, diminuiu de 13, 5%, para 10, 7%. Olhando para as importações de petróleo e refinados, nas primeiras verificou-se uma subida de 2, 6% e nas segundas, uma redução de 8, 8%, com custos que caíram 17% e 20%, respectivamente (no conjunto importaram-se 17. 676 milhões de toneladas destes produtos, por 5123 milhões de euros). Já as exportações de refinados (que representam quase 90% do valor total exportado) diminuíram cerca de 8% em volume e perderam quase um terço do valor, atingindo 2834 milhões de euros. O relatório da DGEG assinala que em 2016, “e pela primeira vez ao longo dos últimos três anos”, a Ásia substituiu África enquanto principal fornecedor de petróleo bruto a Portugal. Foi do continente asiático (de países como o Azerbaijão, o Cazaquistão, a Arábia Saudita e o Iraque) que veio mais de metade (55, 5%) dos 14, 2 milhões de toneladas de crude comprado no ano passado. Assim, as importações asiáticas cresceram 41, 4% face a 2015, enquanto as africanas caíram 24, 9% (representando mais de um terço do total). Embora Angola continue a ser o principal fornecedor português (3, 5 milhões de toneladas importadas), o volume importado à Rússia quadruplicou face a 2015 (para 2, 7 milhões de toneladas) e as importações do Iraque e do México quase triplicaram e duplicaram, respectivamente, para 713 mil e 406 mil toneladas. O Azerbaijão, a Arábia Saudita, o Cazaquistão e a Argélia foram países que enviaram para Portugal mais de um milhão de toneladas de crude no ano passado. Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. No caso específico da electricidade, os dados da DGEG revelam que a quantidade de energia eléctrica que Portugal produziu e exportou mais que triplicou no ano passado, atingindo os 7057 gigawatts hora (GWh). Num ano marcado por forte produção eléctrica de fontes renováveis (essencialmente hídrica e eólica) e pela paragem de centrais nucleares em França, as receitas com estas vendas mais que duplicaram, para 260 milhões de euros. Em sentido inverso, o país importou menos 56, 5% de electricidade e pagou uma factura de 88 milhões de euros (menos 62, 5%). No caso do gás natural, Portugal comprou mais 3, 7% deste combustível fóssil, com um custo de 976 milhões de euros (menos 22%), mas reexportou ligeiramente menos do que no ano passado (uma descida de 0, 5%), com receitas de 55 milhões de euros (menos 32%). À semelhança da electricidade, no ano passado também cresceram as exportações de biocombustíveis (mais 50% em volume), que renderam 44 milhões de euros (mais 44%). Quanto à quantidade importada, reduziu-se a metade e custou 35 milhões.
REFERÊNCIAS:
Entidades DGEG
Gianni Infantino desafia oposição à Liga Global das Nações
Presidente da FIFA protege origem de fundo milionário e leva propostas a votação no congresso de Kigali contra a vontade das Ligas. (...)

Gianni Infantino desafia oposição à Liga Global das Nações
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DATA: 2018-10-26 | Jornal Público
SUMÁRIO: Presidente da FIFA protege origem de fundo milionário e leva propostas a votação no congresso de Kigali contra a vontade das Ligas.
TEXTO: O presidente da FIFA, Gianni Infantino, enfrenta esta sexta-feira, em Kigali, capital do Ruanda, em congresso do organismo que tutela o futebol mundial, a anunciada contestação por parte do Fórum das Ligas Mundiais – que representa 38 ligas profissionais - à criação de uma Liga Global das Nações e à remodelação do Mundial de clubes. Uma matéria controversa que o líder da FIFA insiste em levar à consideração (votação) do Comité Executivo com a promessa de um investimento de 22 mil milhões de euros no período de 12 anos. A “propalada” opacidade de que enferma a proposta anunciada em Maio deste ano, seja no timing, na forma ou no conteúdo estrategicamente mantidos em sigilo por Infantino (sob a capa de compromisso de confidencialidade imposta - segundo o The New York Times - pelos japoneses do Softbank, que controlam o fundo com recursos da Arábia Saudita e dos Emirados Árabes Unidos), está a gerar desconforto e firme oposição dos principais decisores, que em carta enviada à FIFA procuraram demover Infantino de avançar para a votação. A cada dois anos, a Liga Global das Nações – uma Taça das Nações alargada a todos os continentes – envolveria mais de 200 países, num formato complexo, baseado na criação de sete escalões, com promoções e despromoções e um torneio a disputar por oito selecções dos cinco continentes. A FIFA preconiza a entrada em vigor do novo figurino em 2021, em substituição da Taça das Confederações e modelo de sete equipas no Mundial de Clubes. Porém, a falta de informação objectiva – tanto no plano desportivo como financeiro - é apontada como um dos óbices ao acolhimento da visão de Infantino por parte das ligas profissionais, facto que tem motivado os sucessivos adiamentos da discussão, apenas aflorada durante o Rússia2018. Por outro lado, sem dimensão mediática capaz de atrair clubes e patrocinadores, o actual modelo do Mundial de Clubes reclama uma remodelação… antecipada por Infantino, com periodicidade idêntica à do Campeonato do Mundo, a disputar por 24 equipas, e um “orçamento” a rondar os 900 milhões de euros, prevendo-se o arranque em 2021. Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. Ao contrário de uma UEFA apreensiva relativamente à ameaça de esvaziamento do impacto da Liga dos Campeões, a CONMEBOL apoia a proposta de Infantino. Com metade dos lugares destinados à UEFA (que garante 12 no total, incluindo os quatro últimos vencedores e finalistas vencidos da Liga dos Campeões, e os quatro vencedores da Liga Europa), as confederações africana, asiática e da América do Norte, Central e Caraíbas dispõem de duas vagas cada. Junho e Julho são os meses da nova competição, que consistiria em oito grupos de três equipas, com os vencedores de cada grupo a disputarem uma fase a eliminar (quartos-de-final e meias-finais), garantindo um máximo de cinco jogos na competição para os finalistas. O Mundial de clubes seria disputado em seis estádios, num hiato de 18 dias, abarcando 31 partidas. Um fundo de investidores do Médio Oriente e da Ásia estaria na disposição de viabilizar a operação financeira, garantindo um fundo de 22 mil milhões de euros pelos direitos do novo Mundial de clubes e da preconizada Liga Global.
REFERÊNCIAS:
Étnia Árabes
Klaus Regling: resgate da dívida de Portugal tem sido favorável à Alemanha
Os resgates das dívidas de Portugal e da Irlanda têm sido favoráveis para os países que concederam garantias a Lisboa e a Dublin, admitiu esta domingo o presidente do Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF), Klaus Regling, em entrevista ao jornal alemão Frankfurter Allgemeine Zeitung. (...)

Klaus Regling: resgate da dívida de Portugal tem sido favorável à Alemanha
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DATA: 2011-07-17 | Jornal Público
SUMÁRIO: Os resgates das dívidas de Portugal e da Irlanda têm sido favoráveis para os países que concederam garantias a Lisboa e a Dublin, admitiu esta domingo o presidente do Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF), Klaus Regling, em entrevista ao jornal alemão Frankfurter Allgemeine Zeitung.
TEXTO: “Até hoje, só houve ganhos para os alemães, porque recebemos da Irlanda e de Portugal juros acima dos refinanciamentos que fizemos, e a diferença reverte a favor do orçamento alemão”, adiantou Regling, acrescentando que “é o prémio pelas garantias que a Alemanha dá só que os contribuintes alemães não acreditam”. O presidente do FEEF dissipou receios de que a situação se altere, se Dublin e Lisboa deixarem de poder pagar as suas dívidas, incluindo os juros, lembrando que os programas de austeridade negociados pela Irlanda e por Portugal com a União Europeia e o FMI estão a ser cumpridos. “Se no entanto deixarem de pagar os juros, teremos de ir pedir o dinheiro a quem deu as garantias, como ficou estipulado, para dar garantias aos investidores”. Ao jornal alemão Regling disse ainda que, mesmo que a Irlanda e Portugal tenham de reestruturar as suas dívidas soberanas, não é forçoso que haja prejuízos para os países que deram as garantias, através do FEEF. “Temos de olhar para a experiência feita pelo FMI, que já concedeu empréstimos a muitos países em dificuldades, e houve poucos que não devolveram o dinheiro, casos da Somália, Zimbabwe e Libéria, por exemplo”, acrescentou. O presidente do fundo de resgate admitiu ainda a possibilidade de, “em situações excepcionais”, comprar títulos da dívida de países do euro em dificuldades financeiras no mercado primário. Já no que se refere a hipótese de o FEEF adquirir também títulos da dívida de países da moeda única no mercado secundário, a outros investidores, “é uma decisão que terá de ser tomada pelos políticos”, lembrou. A Alemanha admitiu pela primeira vez, na última quarta-feira, que a Grécia, que terá de receber novo pacote de ajudas, possa recomprar títulos da sua dívida pública no mercado secundário, com um empréstimo do FEEF, para diminuir o défice e tentar voltar a refinanciar-se nos mercados financeiros. Regling adiantou que não tem tido dificuldades em arranjar investidores para cobrir as verbas necessárias aos resgates da Grécia, Irlanda e Portugal, nomeadamente na Ásia. “Os investidores asiáticos compraram cerca de 40 por cento dos títulos, nas três emissões que fizemos”, lembrou.
REFERÊNCIAS:
Entidades FMI
Sexo com os Neandertais foi bom para nós
Depois de terminada a longa controvérsia sobre se havia dentro de nós um pouco de Neandertal — sim, há, concluiu-se em Maio do ano passado —, a discussão passou para outro nível. Que influências deixaram ao certo nos nossos genes os Neandertais, que se extinguiram há 28 mil anos, na Península Ibérica? O que se está a concluir, segundo um estudo na revista Science, é que ficámos com um sistema imunitário mais forte. Portanto pode dizer-se que o sexo com eles foi bom para nós, em geral. (...)

Sexo com os Neandertais foi bom para nós
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DATA: 2011-08-27 | Jornal Público
SUMÁRIO: Depois de terminada a longa controvérsia sobre se havia dentro de nós um pouco de Neandertal — sim, há, concluiu-se em Maio do ano passado —, a discussão passou para outro nível. Que influências deixaram ao certo nos nossos genes os Neandertais, que se extinguiram há 28 mil anos, na Península Ibérica? O que se está a concluir, segundo um estudo na revista Science, é que ficámos com um sistema imunitário mais forte. Portanto pode dizer-se que o sexo com eles foi bom para nós, em geral.
TEXTO: A discussão tornou-se mais complexa quando, em Dezembro, se revelou um grupo de humanos até aí desconhecido — os denisovanos —, que viveram entre há 30 a 50 mil anos na Sibéria e Sudeste asiático e que também se reproduziram com a nossa espécie, os humanos modernos. Além dos Neandertais, que terão deixado um contributo de até quatro por cento no nosso genoma, herdámos ADN dos denisovanos, que chega aos seis por cento nalgumas populações actuais. Agora, a equipa de Peter Parham, da Universidade de Stanford, nos EUA, quis determinar as heranças desses tempos coloridos entre nós, os Neandertais e os denisovanos, centrando as atenções num grupo de genes importante na defesa contra a invasão de vírus e outros agentes patogénicos. São os genes do sistema HLA. Os três grupos de humanos partilharam um antepassado em África, mas as suas linhagens divergiram há 400 mil anos. Os Neandertais surgiram há 300 mil anos, na Europa e no Médio Oriente. Os denisovanos espalharam-se pelo Sudeste asiático, ainda que só se tenha encontrado uma falange e um dente deles, na gruta Denisova, na Sibéria. E os humanos modernos saíram de África há 60 mil anos, avançaram pela Eurásia e foram-se encontrando com Neandertais e denisovanos. Fizeram a guerra, sem dúvida. Mas, reforçando as conclusões de outros cientistas, a equipa de Parham encontrou em genes do sistema HLA provas de que também fizeram amor. Por exemplo, há uma variante genética rara nas populações africanas actuais, mas que é frequente em quem é do Sudoeste asiático e que, muito provavelmente, terá sido herdada dos denisovanos. Outra está ausente nos africanos de hoje, mas é comum no Sudeste asiático, na Oceânia e Papuásia-Nova Guiné. Também algumas variantes do ADN extraído dos Neandertais são comuns entre europeus e asiáticos, mas raras nos africanos. “Variantes dos genes HLA nos Neandertais e denisovanos tinham-se adaptado à vida na Europa e Ásia, enquanto os migrantes africanos recentes [os humanos modernos] não as tinham. Obtê-las pelo acasalamento teria sido vantajoso”, realçou Parham à BBC. Mas alguns de nós, sugere a equipa, pagaram o preço das doenças auto-imunes, como a artrite reumatóide, em que o sistema imunitário se vira contra o próprio organismo, atacando-o. Se essas variantes nos deram vantagens, não evitaram a extinção aos Neandertais e denisovanos, o que Parham compara com a conquista do continente americano pelos europeus: “No início, havia pequenos grupos, que passaram tempos difíceis e se tornaram amigos dos nativos. Assim que se estabeleceram, apoderavam-se dos seus recursos e eliminavam-nos. A experiência moderna reflecte o passado e vice-versa. ”
REFERÊNCIAS:
Entidades EUA
Economia paralela subiu em Portugal e vale quase 25% do PIB
A economia paralela está a crescer em Portugal, encostando já a um quarto do Produto Interno Bruto (PIB). Isso mesmo revela o Índice da Economia Não Registada, criado por Nuno Gonçalves, associado do Observatório de Economia e Gestão de Fraude (OBEGEF), da Faculdade de Economia do Porto, e que hoje vai ser divulgado em conferência de Imprensa. (...)

Economia paralela subiu em Portugal e vale quase 25% do PIB
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DATA: 2012-01-16 | Jornal Público
SUMÁRIO: A economia paralela está a crescer em Portugal, encostando já a um quarto do Produto Interno Bruto (PIB). Isso mesmo revela o Índice da Economia Não Registada, criado por Nuno Gonçalves, associado do Observatório de Economia e Gestão de Fraude (OBEGEF), da Faculdade de Economia do Porto, e que hoje vai ser divulgado em conferência de Imprensa.
TEXTO: Em 2009, quando o índice foi apresentado pela primeira vez, a economia paralela representava 24, 2% do Produto Interno Bruto (PIB) português. Um ano depois, em 2010, a economia não registada, como prefere chamar-lhe o seu autor, cresceu 2, 5%, o que faz subir o peso para 24, 8%. Em valor, e face aos 172, 7 mil milhões de euros do PIB em 2010, a economia paralela representou 42, 7 mil milhões de euros. Em 2011, a barreira dos 25% do PIB vai seguramente ser ultrapassada, dado que os factores que a fizeram crescer em 2010 se agravaram no ano passado. Entre esses factores está o aumento de impostos e da taxa de desemprego, como adiantou ao PÚBLICO Óscar Afonso, vice-presidente do OBEGEF. Numa entrevista conjunta, os dois responsáveis explicam como está a evoluir a economia paralela por sectores, o que falha no combate a este fenómeno e como se posiciona Portugal nesta matéria face aos restantes países europeus. Quanto representou a economia paralela face ao PIB nacional em 2010?Óscar Afonso - Há um estudo inicial, entre 1970 e 2009, que aponta, em termos agregados, para um aumento do peso da economia paralela no Produto Interno Bruto (PIB) de 9, 6% para 24, 2%. Em 2010, a actualização do índice permite verificar que se registou um ligeiro aumento na percentagem da economia não registada, de cerca de 2, 5%. Que factores estão na base desse crescimento?Óscar Afonso - Várias razões, com destaque para o aumento dos impostos indirectos [IVA], o aumento do peso do Estado na economia e o aumento da taxa de desemprego. Tendo em conta que essas variáveis se agravaram em 2011 e vão continuar a agravar-se em 2012, a economia paralela vai continuar a crescer?Óscar Afonso - Só agora é que vamos começar a trabalhar os dados de 2011, mas tendo em conta a evolução daquelas variáveis, é de esperar que cresça um bocadinho mais, especialmente tendo em conta que entre 2010/2011 não se alterou nada de importante, nomeadamente ao nível de uma maior fiscalização ou de um melhor funcionamento da justiça portuguesa. De forma simples, ou não muito técnica, como é que define a economia paralela?Óscar Afonso - Quando falamos de economia paralela podemos estar a falar de 20 coisas diferentes. Podemos estar a falar de produção ilegal (actividade não autorizada), de produção subterrânea (fuga aos impostos), que é a mais relevante em Portugal, e de produção informal [os biscates]. Mas também podemos incluir a produção para autoconsumo, e ainda a produção que não é considerada pelas estatísticas. Em que sectores é que há maior incidência da economia paralela?Óscar Afonso - Nós não temos uma desagregação por sector de actividade, apenas pelas grandes áreas económicas. O que se verifica é que existe uma tendência de crescimento na agricultura e nos serviços e uma diminuição na indústria. O da agricultura não é muito relevante e pode ter a ver com autoconsumo. Esta é a desagregação possível. A mim preocupa-me muito mais a economia subterrânea, aquela que é de fuga aos impostos e que tem valores muito significativos, do que a produção informal, que muitas vezes é para compor rendimentos, aquilo a que muitas vezes se chama de biscates. Nuno Gonçalves - É um mito que muitas vezes se forma, o de que é o tal biscate que constitui o grosso da economia paralela, mas de facto, em proporção do PIB, não o é. É mais a da fuga ao imposto. Por que é que se verificou esse decréscimo na indústria?Óscar Afonso - Porque o país está mais desindustrializado e a actividade do sector caiu por essa via. . . E como é que se combate a economia paralela?Óscar Afonso - Eu acho que, como existe uma ASAE [Autoridade de Segurança Alimentar e Económica] com determinadas competências, por que é que não há, também, fiscais direccionados para isto, e, depois, por que é que não existe uma Justiça que seja célere a resolver os problemas? Por exemplo, não me espantava nada que, num restaurante ou numa oficina de automóveis, pudesse surgir um fiscal a questionar uma pessoa que tivesse acabado de fazer a revisão e que lhe pedisse a factura. Se ele não tivesse, ia à oficina e fechava aquilo ou castigava o dono. Outra forma de combater poderia ser através do aumento do IVA, por exemplo, de 23 para 25%. Mas, depois, devolviam-me 2% daquilo que tinham sido os meus gastos. Isso iria obrigar-me a garantir que tudo ficasse registado. Nuno Gonçalves - Na minha opinião, esse combate passa, também, pela existência de maior transparência das contas públicas, maior rigor orçamental e uma maior informação sobre o destino dos nossos impostos. Se eu souber exactamente como ele é gasto e se isso é benéfico, sou obrigado a reconhecer que vale a pena. Ao nível da população, é preciso uma maior educação financeira e cívica, mas desde pequenos, através das instituições de ensino, para que possa acontecer uma mudança cultural. Este nível de economia paralela tem uma dimensão grave ou está dentro de parâmetros "aceitáveis" na comparação internacional?Óscar Afonso - Não há estudos online sobre a economia paralela. Sabe-se, por exemplo, que na OCDE andará, em termos médios, entre os 16 e os 18%. Nós, a Grécia, a Espanha e a Itália somos os que temos taxas mais elevadas. Nuno Gonçalves - Itália e Grécia estão acima. Depois, vimos nós. É como acontece nas estatísticas de desenvolvimento. Somos os mais pobres entre os ricos e os mais ricos entre os pobres. Neste caso, temos uma menor economia paralela comparando com os países africanos, asiáticos e da América Latina, mas temos, nesta área, uma dimensão bem superior à média da OCDE e ao que acontece nos países do Centro e Norte da Europa, na América do Norte e no Japão. Uma maior flexibilidade para a quebra do sigilo bancário ajudaria a combater a economia paralela?Nuno Gonçalves - Ajudaria a chegar àquilo a que se chama o peixe graúdo. Na Suíça, compreende-se a rigidez em termos de sigilo bancário. Eles dão a privacidade, mas têm taxas vantajosas. Nós não temos uma coisa nem outra. Damos sigilo bancário, mas não temos taxas vantajosas e que, portanto, não constituem incentivo ao capital. Por isso, pergunta-se para que existe o sigilo bancário em Portugal. Seria uma boa medida. A máquina fiscal está à altura dos desafios que esta situação implica?Óscar Afonso - Tem que se reconhecer que cada vez há mais cruzamento de dados. Não podemos dizer que nada foi feito. Algo está a ser feito. Ainda recentemente foi detectado que foi pago um valor superior a 500 milhões de euros em prestações sociais. Isso só foi possível através do recurso a sistemas informáticos e cruzamento de dados. Mas, aparentemente, isso ainda não é suficiente. Apesar desses avanços, o facto é que a economia paralela está a crescer. . . Óscar Afonso - O problema é que a carga fiscal é tão significativa que vale a pena fugir. Qual é o negócio que dá uma margem de 23%? Fugir ao IVA dá 23%. A rentabilidade é tão grande que tudo tenta fugir do sistema. E acaba por fugir quem pode. Por exemplo, eu tenho a percepção que, numa construção de uma habitação, a facturação média deve corresponder a metade do valor total. Que impactos tem a economia paralela no desenvolvimento do país?Óscar Afonso - Tem muitos. Desde logo, porque distorce a concorrência entre as empresas, porque umas pagam impostos e outras não pagam. Depois, os agregados macroeconómicos estão todos mal medidos, ou subavaliados. Se não estão bem medidos e tomamos decisões com base neles, podemos estar a tomar decisões erradas. E, se calhar, mais grave do que isto tudo, implica diminuição da receita fiscal e menos receita fiscal significa menos receita para outras coisas ou sobrecarga para aqueles que já cumprem as suas obrigações. Se, a preços de 2000, a economia não registada ultrapassar os 30 mil milhões de euros e se aplicarmos uma taxa de imposto de 20%, dá seis mil milhões. É muito dinheiro. Nuno Gonçalves - Há outros impactos. Há actividades, paralelas, que não estão englobadas no PIB. Logo, o PIB medido é menor do que é na realidade. Acontece que estamos a ser pressionados pelas agências de rating que nos dizem que o rácio de dívida sobre o PIB é muito elevado, que não vamos conseguir pagar a dívida nem ter crescimento económico. Ora, se o PIB fosse maior, o rácio da dívida era menor. Não tínhamos 83% de dívida. Notícia actualizada às 12h25, com a versão integral publicada na edição impressa do PÚBLICO de hoje
REFERÊNCIAS:
Entidades OCDE ASAE
Conselho sírio diz que veto da Rússia e China representa "licença para matar"
Depois do veto à resolução da ONU que exigia o fim da violência na Síria, várias vozes continuavam neste domingo a criticar a posição de Moscovo e Pequim. Aumentam os pedidos de retaliação contra Damasco, Moscovo e Pequim. (...)

Conselho sírio diz que veto da Rússia e China representa "licença para matar"
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 Asiáticos Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2012-02-05 | Jornal Público
SUMÁRIO: Depois do veto à resolução da ONU que exigia o fim da violência na Síria, várias vozes continuavam neste domingo a criticar a posição de Moscovo e Pequim. Aumentam os pedidos de retaliação contra Damasco, Moscovo e Pequim.
TEXTO: Em reacção à decisão da Rússia e da China, o conselho de segurança sírio já veio culpar os dois países pelas eventuais “escaldadas de actos de massacre e genocídio”. Este organismo que representa o maior grupo de oposição ao regime sírio de Assad, apelidou mesmo o veto russo e chinês como um “passo irresponsável” que equivale “a uma licença para matar com impunidade". O veto coincide com um dos dias mais sangrentos desde Março de 2011, altura em que começaram os protestos no país. Bombardeamentos na noite de sexta-feira para sábado terão feito pelo menos 250 mortos entre civis. O primeiro-ministro tunisino, Hamadi Jebali, pediu a todos os países para expulsar os diplomatas sírios como forma de protesto contra a repressão sangrenta, depois de já ter afastado o diplomata sírio na Tunísia. Por sua vez, a Irmandade Muçulmana da Jordânia apelou a um boicote dos produtos russos e chineses nos países árabes. “O veto da Rússia e da China neste sábado ao projecto de resolução do Conselho de Segurança constitui uma participação destes dois países no derramamento de sangue na Síria”, disse o chefe da confraria, Hammam Saïd. “Pedimos o boicote dos produtos russos e chineses nos países árabes e muçulmanos solidários com o povo sírio, que luta pela sua liberdade”, disse numa declaração pública no site oficial da Irmandade, citado pela AFP. O ministro português dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, sublinhou depois do veto que “todos os países europeus, africanos, asiáticos e os Estados Unidos votaram favoravelmente” a resolução. Para o diplomata, isso representa “um consenso muito alargado”, disse à TSF. Para Portas, não fazer nada é “condenar o povo sírio a um autêntico massacre”. O ministro defende que “mais dia, menos dia, a comunidade internacional vai ter de fazer alguma coisa sobre a Síria”, porque “todos os dias o massacre continua”. Na véspera, a embaixadora dos Estados Unidos nas Nações Unidas, Susan Rice declarou-se “enojada” pelo veto e disse que “qualquer continuação da sangria [na Síria] vai estar nas vossas mãos”, referindo-se à China e Rússia. Desde que, em Março do ano passado, grupos de cidadãos sírios se revoltaram contra o regime de Assad contagiados pela Primavera Árabe que decorria em vários países muçulmanos do Norte de África, que já morreram 5400 pessoas no país (estimativas da ONU) e cerca de 7500 sírios já fugiram para a Turquia, na consequência de contínuos embates entre as forças do regime de Bashar al-Assad e a população revoltosa. A mais recente tragédia aconteceu em Homs, a segunda cidade da Síria e a capital anti-regime do país. Na noite de sexta-feira para sábado morreram mais de 200 pessoas, depois de um ataque brutal do Exército que, segundo testemunhas, destruiu dezenas de casas, naquele que pode ter sido o mais violento episódio dos últimos meses vividos no país. Segundo a BBC, um dos principais grupos de activistas reviu o número em baixa, apontando para 55 mortos. “Qualquer Governo que brutaliza e massacra o seu povo não merece governar”, disse ontem o Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama. Mesmo assim, a Rússia e a China repetiram a posição que tiveram em Outubro e pela segunda vez vetaram uma resolução da ONU contra o regime de Assad. Isto apesar de os diplomatas envolvidos na redacção do texto terem respondido a várias exigências da Rússia (retiraram a referência a uma transferência de poder, por exemplo). Moscovo criticou o facto de o documento manter uma oposição contra Assad mas não referir os oponentes que lutavam contra o Governo. “A não ser que [a condenação] funcione para ambos os lados, estão a tomar partido numa guerra civil”, disseram as autoridades russas, citadas pela Reuters. Já o embaixador chinês nas Nações Unidas referiu que pressionar o Governo sírio ou “impor uma solução” não iria ajudar a resolver o conflito.
REFERÊNCIAS:
Entidades ONU
Cúpula é mais europeia numa Igreja Católica cada vez mais do Sul
Uma hierarquia mais europeia e mais italiana para uma Igreja Católica que se situa cada vez mais no Sul do mundo. Este será o quadro que resulta do consistório que decorre durante este fim-de-semana no Vaticano e que se inicia nesta sexta-feira, com uma reunião entre o Papa Bento XVI e os cardeais, incluindo já os 22 nomeados. (...)

Cúpula é mais europeia numa Igreja Católica cada vez mais do Sul
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 Asiáticos Pontuação: 6 | Sentimento 0.166
DATA: 2012-02-17 | Jornal Público
SUMÁRIO: Uma hierarquia mais europeia e mais italiana para uma Igreja Católica que se situa cada vez mais no Sul do mundo. Este será o quadro que resulta do consistório que decorre durante este fim-de-semana no Vaticano e que se inicia nesta sexta-feira, com uma reunião entre o Papa Bento XVI e os cardeais, incluindo já os 22 nomeados.
TEXTO: A cerimónia formal de investidura dos "príncipes da Igreja", como eram designados, será amanhã durante uma missa na Praça de S. Pedro do Vaticano, com a entrega do anel e do barrete cardinalícios. No domingo, haverá uma outra celebração de homenagem dos cardeais ao Papa. Com estas nomeações, conhecidas em Janeiro, Bento XVI parece ter cedido alguma iniciativa ao seu secretário de Estado, o cardeal Tarcisio Bertone, que tem estado no centro de várias polémicas recentes - como protagonista ou como visado (ver texto na página ao lado). No início do seu pontificado, conta-se que, quando o então secretário de Estado do Vaticano, cardeal Angelo Sodano, apresentou uma lista de nomes possíveis para o cardinalato, o Papa terá respondido: "Eu decido. "Desta vez, talvez porque Bento XVI começa a registar algum cansaço físico, tudo indica que, perante os nomes conhecidos, o actual secretário de Estado terá tido um forte peso na escolha: há sete italianos e dez responsáveis da Cúria Romana, o organismo que funciona como Governo da Igreja Católica. Este consistório marca também um outro factor: a partir de hoje, a maioria de cardeais que podem votar num futuro conclave (68 num total de 125) terá sido já nomeada por Bento XVI, que assim influenciará decisivamente a escolha do seu sucessor. Apesar de, durante alguns anos, o anterior Papa, João Paulo II, ter promovido um importante movimento de internacionalização da Cúria, essa tendência ainda não é definitiva. E, com o alemão Joseph Ratzinger, a europeização voltou a acentuar-se. A partir deste consistório, a maioria dos eleitores num futuro conclave para escolha do sucessor de Bento XVI serão predominantemente europeus (67). Destes, Itália esmaga com 30 cardeais, havendo ainda seis alemães. Por contraste, a Europa apenas representa hoje 24% dos 1, 2 mil milhões de católicos do mundo. O paradoxo é que este colégio de consultores - e eleitores - do Papa é cada vez mais europeu e ocidental numa altura em que o catolicismo pende cada vez mais para o Sul - seja geográfico ou político. E, mesmo sabendo que a escolha de um Papa não tem como primeiro critério a geografia, um leque de escolhas mais restrito ou mais alargado faz diferença. Evangelização do OcidenteNos Estados Unidos está o segundo maior grupo nacional de cardeais eleitores (12). No outro prato da balança, há apenas 22 cardeais latino-americanos (dos quais seis brasileiros), 11 africanos e nove asiáticos. Segundo os dados de 2009 do Anuário Estatístico da Igreja Católica, metade dos católicos do mundo estão na América (com a maior parte na América Latina), enquanto a Ásia tem quase 11% e a África pouco mais de 15% (ver infografia). O peso da Europa e do Ocidente no colégio de cardeais não é estranho às convicções e prioridades do Papa, que insiste na ideia da "nova evangelização" do continente europeu. Ao ser eleito, em 2005, para suceder a João Paulo II, Ratzinger escolheu o nome do santo patrono da Europa. E, ao anunciar os novos cardeais, em Janeiro, afirmou: "A civilização ocidental parece ter perdido o norte e navega à vista, mas a Igreja, graças à palavra de Deus, vê através da bruma. " Sinal desta prioridade absoluta à Europa e ao Ocidente é o facto de, entre os 22 novos cardeais, apenas três serem não-ocidentais: o brasileiro João Braz de Aviz - que, no entanto, preside no Vaticano à Congregação dos Religiosos -, o indiano George Alencherry e John Tong Hon, de Hong Kong.
REFERÊNCIAS:
Tempo Janeiro
Passos Coelho diz que Portugal é “um mar de oportunidades”
Primeiro-ministro lembrou, de visita ao Chile, que o país é "um verdadeiro mercado de mercados" e "um elo privilegiado entre continentes, regiões e países". (...)

Passos Coelho diz que Portugal é “um mar de oportunidades”
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 Asiáticos Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2013-01-26 | Jornal Público
SUMÁRIO: Primeiro-ministro lembrou, de visita ao Chile, que o país é "um verdadeiro mercado de mercados" e "um elo privilegiado entre continentes, regiões e países".
TEXTO: O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, considerou este sábado que Portugal representa “um mar de oportunidades” para os mercados da América Latina e das Caraíbas, por ser uma ponte entre continentes e regiões. Numa intervenção na IV Cimeira Empresarial União Europeia/América Latina e Caraíbas (UE/CELAC), em Santiago do Chile, o primeiro-ministro referiu as energias renováveis, as comunicações móveis e a banda larga e a construção como alguns dos sectores que “poderão representar oportunidades apelativas e concretas para os empresários e investidores” latino-americanos e caribenhos. “Quais são os contributos que Portugal tem para oferecer ao desenvolvimento do mercado latino-americano e das Caraíbas?”, perguntou Passos Coelho, dando a resposta em seguida: “Antes de mais, Portugal é um dos poucos países que mantêm simultaneamente ligações políticas, comerciais, económicas, culturais e linguísticas com todas as regiões e economias emergentes do globo”. O primeiro-ministro acrescentou que Portugal está “integrado em diversas redes institucionais” que o tornam “numa ponte de ligação entre a Europa e a América Latina e Caraíbas, por um lado, e, simultaneamente, entre essas duas regiões e os continentes africano e asiático”, destacando a Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP). De acordo com Passos Coelho, “dessa perspectiva, Portugal é, conjuntamente com cada um dos países dessa comunidade, um verdadeiro mercado de mercados” e “representa um mar de oportunidades e um elo privilegiado entre continentes, regiões e países diversos”. No início do seu discurso, o primeiro-ministro mencionou que “é na América Latina e Caraíbas, tal como em África e na Ásia, que estão actualmente os países com maiores índices e maior potencial de crescimento” e defendeu que “é preciso saber retirar consequências” dessa realidade. “Pelas múltiplas oportunidades existentes, a região é uma prioridade também do meu Governo. Aliás, desde o início do meu mandato há pouco mais de ano e meio, esta é a minha terceira deslocação à América do Sul”, afirmou. Segundo o primeiro-ministro, “verifica-se hoje uma atenção redobrada no sentido de a Europa se abrir ao mundo e estabelecer novas parcerias económicas, comerciais e políticas”, e Portugal e Espanha contribuíram para isso. Passos Coelho assinalou que a Europa e a América Latina “atravessam ciclos económicos muito diversos”, com a última numa “forte dinâmica de crescimento” e a primeira “empenhada em sair de um ciclo de abrandamento, em alguns casos mesmo de recessão”. Contudo, no seu entender, esses ciclos “são em muitos aspectos complementares” e, se forem aproveitados, podem mesmo “reforçar as dinâmicas de crescimento sustentável que seja gerador de emprego dos dois lados do Atlântico”. Pedro Passos Coelho chegou a Santiago na sexta-feira à noite e tem regresso a Lisboa previsto para o início da tarde de domingo. O primeiro-ministro encontra-se no Chile para participar na Cimeira de chefes de Estado e de Governo da União Europeia/Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos (UE/CELAC), acompanhado pelo ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas.
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Pele clara dos europeus deve-se a mutação genética há mais de 30 mil anos
Mudança permitiu uma melhor adaptação a ambientes com menos radiação ultravioleta, depois da saída da espécie de África. (...)

Pele clara dos europeus deve-se a mutação genética há mais de 30 mil anos
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 Asiáticos Pontuação: 6 | Sentimento 0.287
DATA: 2013-10-05 | Jornal Público
SUMÁRIO: Mudança permitiu uma melhor adaptação a ambientes com menos radiação ultravioleta, depois da saída da espécie de África.
TEXTO: Uma mutação genética ocorrida há entre 30. 000 e 50. 000 anos, depois da saída do Homo sapiens de África, pode ser a causa de os europeus terem a pele clara, segundo uma investigação coordenada por Santos Alonso, da Universidade do País Basco. Feito com base em mais de 1000 pessoas de diferentes zonas de Espanha, o estudo foi publicado na revista Molecular Biology and Evolution. Os autores do trabalho explicam que o facto do ser humano ter uma pele mais ou menos escura e uma determinada cor de cabelo é definido, em parte, pelo gene MC1R, cuja evolução no Sul da Europa foi estudada pela equipa e onde ainda hoje é dominante. Este gene, que regula a síntese da melanina, que pigmenta a pele, é muito mais diversificado nas populações euro-asiáticas do que nas africanas. Os investigadores calculam que a mutação, associada à pele clara e aos cabelos louros ou ruivos, surgiu há 30. 000 a 50. 000 anos, ou seja, depois da saída de África do Homo sapiens e que a mudança pode ter sido muito benéfica para a adaptação ao novo ambiente, dado que a pele clara facilita a síntese da vitamina D, o que é necessário num meio onde a radicação ultravioleta é menor, em comparação com África. “Os nossos dados reforçam esta ideia, mas deve continuar-se a investigar”, disse Santos Alonso, citado pela agência espanhola EFE. No entanto, esta mutação também está associada a uma maior susceptibilidade ao melanoma, o tipo de cancro de pele mais perigoso. “A vitamina D é necessária para o crescimento, é muito importante para a mineralização óssea adequada e o desenvolvimento do esqueleto, enquanto o melanoma é uma doença que aparece no período pós-reprodutivo”, disse a investigadora Saioa Lopez, da equipa. “A evolução parece favorecer a despigmentação à custa de um maior risco de sofrer de melanoma”, referiu a investigadora, considerando ser este “o preço a pagar para garantir a sobrevivência da [nossa] espécie”.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave doença estudo espécie