José Eduardo dos Santos reeleito Presidente de Angola
O partido do Presidente angolano José Eduardo dos Santos, o MLPA, venceu sem surpresas as eleições em Angola, segundo os primeiros dados preliminares anunciados pela Comissão Nacional Eleitoral. (...)

José Eduardo dos Santos reeleito Presidente de Angola
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0
DATA: 2012-09-01 | Jornal Público
SUMÁRIO: O partido do Presidente angolano José Eduardo dos Santos, o MLPA, venceu sem surpresas as eleições em Angola, segundo os primeiros dados preliminares anunciados pela Comissão Nacional Eleitoral.
TEXTO: Com 60% dos votos apurados, o MPLA segue à frente com 74%, a larga distância da UNITA, a segunda força mais votada, com 17, 94%. A Convergência Ampla de Salvação de Angola – Coligação Eleitoral (CASA-CE), formada por antigos membros do MPLA e da UNITA, bem como líderes da sociedade civil, obteve 4, 53%. A taxa de participação está próxima dos 57%, com os votos em branco a chegarem aos 4% e os nulos aos 2%. Nenhuma das formações partidárias reagiu ainda à divulgação dos resultados provisórios. A votação no país, que decidirá o novo Parlamento e depois o Presidente, decorreu na sexta-feira num ambiente em geral tranquilo, embora com irregularidades que levaram a uma ameaça de impugnação da votação pelo principal partido da oposição, a UNITA. Na véspera, houve a detenção de seis membros da CASA-CE), depois de estes terem alegadamente arrombado a sede da Comissão Eleitoral para reclamar credenciais de monitores (das 6850 credenciais requisitadas, só terão sido atribuídas 3000, o que impedia a presença em milhares de assembleias de voto). O antigo presidente cabo-verdiano Pedro Pires, chefe da missão de observadores da União Africana que acompanhou as eleições, considerou no final do dia de sexta-feira que a organização do escrutínio foi “satisfatória”. Não houve observadores nem da União Europeia nem dos Estados Unidos e muitas embaixadas que requisitaram credenciais de monitores não as obtiveram. Ninguém esperava que o MPLA, o único partido de Governo em Angola, obtivesse um resultado como os quase 82% da última votação em 2008, depois do final de 27 anos de guerra civil e num período de muita construção de infra-estruturas, que lhe deu 191 dos 220 lugares de deputados. Mas também ninguém esperava outro resultado que não uma vitória incontestada do partido no poder há 33 anos, até porque este controla as instituições de Estado, assim como da maior parte dos media no país, o que lhe deu uma clara vantagem sobre a UNITA e mais sete outras coligações e partidos de menor expressão.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave guerra
Eleições decorreram com normalidade em Angola apesar de ameaça de impugnação da UNITA
No dia de reflexão houve protestos e pelo menos seis detenções, mas o dia das eleições, as terceiras desde a independência de Angola em 1975, decorreu sem incidentes. Os primeiros resultados preliminares deverão ser conhecidos neste sábado, a UNITA denunciou irregularidades e ameaça impugnar a votação. (...)

Eleições decorreram com normalidade em Angola apesar de ameaça de impugnação da UNITA
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0
DATA: 2012-09-01 | Jornal Público
SUMÁRIO: No dia de reflexão houve protestos e pelo menos seis detenções, mas o dia das eleições, as terceiras desde a independência de Angola em 1975, decorreu sem incidentes. Os primeiros resultados preliminares deverão ser conhecidos neste sábado, a UNITA denunciou irregularidades e ameaça impugnar a votação.
TEXTO: As mesas de voto encerraram às 18h, a mesma hora em Lisboa, e a contagem dos votos começou pouco depois. O Presidente José Eduardo dos Santos, do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), no poder há 33 anos, deverá ser reeleito, mas só na próxima semana serão conhecidos os resultados definitivos. O líder da UNITA, principal partido da oposição, Isaías Samakuva, avisou logo após ter votado em Talatona, cidade a 20 quilómetros de Luanda, que o seu partido vai apresentar uma queixa para impugnar o sufrágio, devido "às muitas irregularidades". "A Comissão Nacional Eleitoral não entregou credenciais a mais de 2000 dos delegados do nosso partido para observarem o sufrágio, e isso faz com que a UNITA não possa assegurar a veracidade dos resultados da votação em mais de mil mesas apenas na província de Luanda", denunciou. Na véspera da votação, pelo menos seis activistas da Convergência Ampla de Salvação de Angola – Coligação Eleitoral (CASA- CE), criada pelo dissidente da UNITA Abel Chivukuvuku, foram detidos em Luanda, alegadamente quando arrombaram a sede da Comissão Eleitoral para reclamar credenciais de monitores — segundo explicou à Reuters o líder da coligação, William Tonet, das 6850 credenciais requisitadas, só foram atribuídas 3000, o que impedia a presença em milhares de assembleias de voto. Um dia antes a UNITA tinha apresentado uma reclamação idêntica. Isaías Samakuva passou toda a campanha a denunciar a impreparação e a incapacidade da Comissão Nacional Eleitoral em garantir a transparência do processo e a legitimidade dos resultados. E mesmo à saída da sua assembleia de voto, ainda não estava convencido. “Cumpri com o meu dever, mas não estou nada satisfeito com o processo eleitoral”, declarou, ameaçando pedir a impugnação dos resultados assim que a Comissão Nacional Eleitoral anuncie a contagem. José Eduardo dos Santos, por outro lado, pediu aos angolanos que renovassem a sua confiança nele e no MPLA. “Peço a todos os angolanos que exerçam o seu direito de voto, tal como eu fiz, para desenvolver a nossa democracia”, disse à saída da sua assembleia de voto em Luanda. Em 2008, sete anos após o fim de uma guerra civil que se prolongou por 27 anos, o seu partido obteve 82% dos votos, e 191 dos 220 lugares no Parlamento. Durante a votação não houve notícias de distúrbios, mas foram detectadas algumas irregularidades. Elias Isaac, membro de uma ONG sul-africana que monitorizou as eleições, contou à AFP que “houve muita gente que não votou porque o seu nome não estava nas listas eleitorais”. O chefe da missão de observadores da União Africana que acompanhou as eleições, o antigo presidente cabo-verdiano Pedro Pires, considerou que a organização do escrutínio foi “satisfatória”. O controlo por parte do MPLA sobre as instituições de Estado, assim como da maior parte dos media no país, deu claras vantagens ao partido no poder nestas eleições que disputou com a UNITA e mais sete outras coligações e partidos de menor expressão. Naquele que é o segundo maior produtor de petróleo em África, a pobreza e as desigualdades foram dos temas mais abordados pela oposição que tem denunciado o facto de a riqueza proveniente do petróleo beneficiar apenas uma pequena elite, enquanto mais de metade da população vive na pobreza. David Mongo, de 37 anos, votou em Luanda e contou à AFP que mudou de opinião desde as últimas eleições. “Em 2008 dei o meu voto a um partido, mas nada mudou. Agora, este ano, vou votar por outro candidato. ”
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave guerra pobreza
UNITA garante ter provas de fraude nas eleições em Angola
Depois de a Comissão Nacional Eleitoral de Angola ter avançado os resultados preliminares das eleições no país, que apontam para uma vitória por larga maioria do partido do Presidente José Eduardo dos Santos, o maior partido da oposição, a UNITA, garante que tem provas de fraude na contagem dos votos e que as vai apresentar em breve. (...)

UNITA garante ter provas de fraude nas eleições em Angola
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2012-09-03 | Jornal Público
SUMÁRIO: Depois de a Comissão Nacional Eleitoral de Angola ter avançado os resultados preliminares das eleições no país, que apontam para uma vitória por larga maioria do partido do Presidente José Eduardo dos Santos, o maior partido da oposição, a UNITA, garante que tem provas de fraude na contagem dos votos e que as vai apresentar em breve.
TEXTO: O partido do Presidente angolano, o MLPA, venceu sem surpresas as eleições em Angola – ainda que com um resultado abaixo dos 81% conseguidos em 2008. Com mais de 72% dos votos apurados, o MPLA segue à frente com mais de 74, 14%, a larga distância da UNITA, a segunda força mais votada, com 17, 80%. A Convergência Ampla de Salvação de Angola – Coligação Eleitoral (CASA-CE), formada por antigos membros do MPLA e da UNITA, bem como líderes da sociedade civil, obteve 4, 67%. A taxa de participação está próxima dos 57%, com os votos em branco a chegarem aos 4% e os nulos a ultrapassarem os 2%. Em reacção a estes resultados, já neste domingo, a UNITA anunciou, num comunicado divulgado no seu site, que se prepara para apresentar documentos que mostram que os resultados difundidos pela Comissão Nacional Eleitoral "não são os mesmos que foram contabilizados pelos fiscais nas assembleias de voto em diferentes partes do país". O partido assegura que também a coligação eleitoral CASA vai "contestar as eleições". Além disso, a UNITA condena que "os órgãos de comunicação do Governo tenham passado uma mensagem adulterada do seu porta-voz Alcides Sakala em que o colocam a aceitar os resultados das eleições de 31 de Agosto". Segundo a UNITA, na manhã de sábado, antes de a comissão ter divulgado os resultados provisórios, a Rádio Nacional de Angola (RNA) contactou Alcides Sakala por telefone para saber se os iria aceitar. Sakala respondeu que "a UNITA faz parte do jogo democrático e como tal vai aceitar quaisquer resultados das eleições desde que sejam justos". Contudo, segundo o comunicado, a rádio só terá divulgado as declarações após o conhecimento dos resultados preliminares, cortando a parte "desde que sejam justos" e dando a entender que a UNITA tinha falado já depois de conhecer os números. Apesar das polémicas em torno das eleições e dos vários alertas de fraude que levaram a uma ameaça de impugnação da votação pela UNITA, as votações decorreram na sexta-feira com tranquilidade. Na véspera, houve a detenção de seis membros da CASA-CE, depois de estes terem alegadamente arrombado a sede da Comissão Eleitoral para reclamar credenciais de monitores (das 6850 credenciais requisitadas, só terão sido atribuídas 3000, o que impedia a presença em milhares de assembleias de voto). O antigo presidente cabo-verdiano Pedro Pires, chefe da missão de observadores da União Africana que acompanhou as eleições, considerou no final do dia de sexta-feira que a organização do escrutínio foi "satisfatória". Não houve observadores nem da União Europeia nem dos Estados Unidos e muitas embaixadas que requisitaram credenciais de monitores não as obtiveram. O MPLA está no poder há 33 anos, sendo estas as segundas eleições desde o fim da guerra civil no país, em 2002, e que servem para eleger os 220 deputados que vão ter assento no Parlamento. De acordo com a Constituição de Angola, que foi alterada em 2010, o líder do partido que vence as legislativas torna-se automaticamente Presidente da República.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave guerra
Estados Unidos retiram pessoal de representações na Tunísia e no Sudão
Todo o pessoal não essencial deverá abandonar as representações norte-americanas na Tunísia e no Sudão, anunciou o departamento de Estado depois dos ataques às embaixadas durante os violentos protestos contra o filme The Innocence of Muslims. Desaconselhou também os seus cidadãos a viajarem para estes países. (...)

Estados Unidos retiram pessoal de representações na Tunísia e no Sudão
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2012-09-16 | Jornal Público
SUMÁRIO: Todo o pessoal não essencial deverá abandonar as representações norte-americanas na Tunísia e no Sudão, anunciou o departamento de Estado depois dos ataques às embaixadas durante os violentos protestos contra o filme The Innocence of Muslims. Desaconselhou também os seus cidadãos a viajarem para estes países.
TEXTO: O Ministério do Interior da Tunísia, onde quatro pessoas morreram e 49 ficaram feridas depois de um ataque de islamistas radicais à embaixada norte-americana, prometeu uma perseguição aos responsáveis. Já foram detidas dezenas de pessoas. Um gesto para garantir que as relações entre Tunes e Washington não sairão afectadas. Também no Sudão – que no sábado se recusou a receber as tropas especiais que os Estados Unidos decidiram enviar para reforçar a segurança junto à sua embaixada – dois manifestantes morreram nos protestos. Em Cartum, uma multidão de cinco mil pessoas atacou as embaixadas dos Estados Unidos, do Reino Unido e também da Alemanha. Pegaram fogo à última. O departamento de Estado dos Estados Unidos desaconselhou as viagens a estes dois países e pediu aos norte-americanos que “evitem todas as manifestações públicas e todos os encontros políticos”. Isto porque “mesmo as manifestações que pareçam pacíficas podem tornar-se agressivas e violentas”. The Innocence of Muslims foi realizado por um copta radical egípcio a viver nos Estados Unidos. Enfureceu os muçulmanos, ridicularizados com o seu profeta Maomé, apresentado como um mulherengo e bandido. Gerou protestos da Nigéria à Indonésia, que se estenderam também a cidades europeias. Nalguns países, grupos de radicais salafistas atacaram mesmo as embaixadas e consulados dos Estados Unidos e de outros países ocidentais.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave ataque perseguição
Secretário de Estado lembra papel de Elsa Rodrigues dos Santos na defesa da Língua Portuguesa
O secretário de Estado da Cultura sublinhou esta quarta-feira o papel de Elsa Rodrigues dos Santos na defesa da Língua Portuguesa. A presidente da Sociedade de Língua Portuguesa morreu aos 73 anos. (...)

Secretário de Estado lembra papel de Elsa Rodrigues dos Santos na defesa da Língua Portuguesa
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2012-09-19 | Jornal Público
SUMÁRIO: O secretário de Estado da Cultura sublinhou esta quarta-feira o papel de Elsa Rodrigues dos Santos na defesa da Língua Portuguesa. A presidente da Sociedade de Língua Portuguesa morreu aos 73 anos.
TEXTO: Em comunicado, Francisco José Viegas afirma que Elsa Rodrigues dos Santos era “uma pessoa apaixonada pelas literaturas africanas de Língua Portuguesa, que estudou com dedicação, bem como pela defesa da nossa língua como um instrumento de cultura, de sensibilidade e de conhecimento”. O titular da pasta da Cultura salientou “a sua ligação à Sociedade de Língua Portuguesa” que qualificou de “empenhada e decisiva para a sua continuidade nos últimos anos”. “Perde-se uma voz na defesa da nossa língua, capaz de entendê-la e situá-la no seu contexto multicultural”, escreve o secretário de Estado. “Defensora da Lusofonia, Elsa Rodrigues dos Santos rejeitava preconceitos e defendia o Português como sendo, nas suas próprias palavras, um organismo vivo sujeito a evolução, a influências e à expressão estética de acordo com o seu tempo, obedecendo à mesma lei da vida”, declara. Para Francisco José Viegas “o seu desaparecimento é uma perda para Portugal mas, igualmente, para todos aqueles e aquelas que em todo o mundo encaram a Língua Portuguesa como factor de união, de entendimento e de coesão no universo lusófono”. A presidente da Sociedade de Língua Portuguesa morreu esta quarta-feira no Hospital de Faro, vítima de sepsia.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave lei cultura desaparecimento
Guiné-Bissau acusa Portugal de apoiar um golpe de Estado
O Governo da Guiné-Bissau acusou, neste domingo à noite, Portugal, a CPLP e o ex-primeiro-ministro Carlos Gomes Júnior de estarem por trás dos ataques a uma caserna em Bissau, com o objectivo de “derrubar o Governo”. Com vídeo (...)

Guiné-Bissau acusa Portugal de apoiar um golpe de Estado
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0.25
DATA: 2012-10-22 | Jornal Público
SUMÁRIO: O Governo da Guiné-Bissau acusou, neste domingo à noite, Portugal, a CPLP e o ex-primeiro-ministro Carlos Gomes Júnior de estarem por trás dos ataques a uma caserna em Bissau, com o objectivo de “derrubar o Governo”. Com vídeo
TEXTO: “O Governo considera Portugal, a CPLP e Carlos Gomes Júnior como os promotores desta tentativa de desestabilização, cujo objectivo e estratégia" era "derrubar o Governo”, afirma um comunicado lido pelo ministro das Comunicações, Fernando Vaz. O mesmo texto acrescenta que o objectivo seria também o de "colocar em causa todo o processo político em curso para fazer regressar Carlos Gomes Júnior ao poder e, também, o de justifica a presença de uma força internacional" naquele país. Os militares da Guiné-Bissau tomaram o poder a 12 de Abril, aproveitando o interregno eleitoral. Os resultados da primeira volta ditaram um confronto final entre Carlos Gomes Júnior, o primeiro-ministro e presidente do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), e o ex-Presidente Kumba Ialá, líder do Partido da Reinserção Social, da oposição ao Governo. O golpe de Estado foi justificado nessa altura com a alegada existência de um pacto secreto para a eliminação da liderança do Exército, supostamente firmado por Gomes Júnior com Angola, que mantinha um contingente de soldados em território guineense. Os golpistas propuseram nessa altura a suspensão da ordem constitucional e o estabelecimento de um Conselho de Transição Nacional que governasse o país durante dois anos. Após a intervenção da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), foi constituído um Governo interino com um mandato de 12 meses e uma missão de organização de novas eleições presidenciais. Em Março de 2009, um ataque em que participou o capitão Pansau N'Tchama culminou no assassínio do Presidente Nino Vieira e do responsável máximo das Forças Armadas, Batista Tagmé Na Waie.
REFERÊNCIAS:
Entidades CPLP
Seis mortos num ataque a uma base na Guiné-Bissau
Pelo menos seis homens morreram durante um ataque a uma caserna em Bissau este domingo: segundo um jornalista da AFP, que viu os corpos, os mortos são cinco assaltantes e um dos militares que estava de sentinela. (...)

Seis mortos num ataque a uma base na Guiné-Bissau
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento -0.5
DATA: 2012-10-22 | Jornal Público
URL: https://arquivo.pt/wayback/20121022152337/http://www.publico.pt/1568198
SUMÁRIO: Pelo menos seis homens morreram durante um ataque a uma caserna em Bissau este domingo: segundo um jornalista da AFP, que viu os corpos, os mortos são cinco assaltantes e um dos militares que estava de sentinela.
TEXTO: A troca de tiros em redor desta base, a sede da unidade de elite do Exército, próxima do aeroporto da capital guineense, durou perto de uma hora. Segundo a AFP e habitantes de Bissau ouvidos entretanto pela TSF, o resto da cidade está tranquila. A agência francesa adianta que por trás do ataque desta madrugada estará o capitão Pansau N’Tchama – um militar de guarda reconheceu-o e identificou-o como tendo disparado contra o sentinela que foi morto. N’Tchama, membro ele próprio da unidade de elite do Exército, já esteve por trás do ataque de Março de 2009 que terminou com o assassínio do Presidente Nino Vieira e do chefe do Estado-maior das Forças Armadas, Batista Tagmé Na Waie. O capitão N’Tchama e o resto do comando, cuja dimensão não é conhecida, estão em fuga e são procurados pelo Exército. O último golpe de Estado na conturbada Guiné-Bissau aconteceu em Abril, entre duas voltas das eleições presidenciais. A primeira volta, a 18 de Março, tinha sido ganha por Carlos Gomes Júnior, presidente do PAIGC (Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde) e até então primeiro-ministro, com 48, 97%. Em segundo lugar ficou Kumba Ialá, 59 anos, ex-Presidente, à frente da principal força da oposição, o PRS (Partido da Reinserção Social). Depois do golpe, justificado pelos autores com o objectivo de evitar que as forças angolanas no país controlassem os militares guineenses, o poder ficou nas mãos de uma junta militar e um governo interino não reconhecido pela generalidade da comunidade internacional.
REFERÊNCIAS:
Étnia Africano
Lucy, a australopiteca, ainda trepava às árvores
É um caso de omoplatas. Num dado momento, os antepassados do homem deixaram de vez as árvores e caminharam. Os antropólogos sabem que os membros e os ossos destes hominíneos acompanharam esta transição. Agora, um estudo, publicado nesta sexta-feira na edição em papel da revista Science, analisou as omoplatas de um fóssil de Australopithecus afarensis juvenil e mostra que a espécie da famosa Lucy, conhecida pelo seu caminhar já erecto, também se sentia confortável a trepar às árvores. (...)

Lucy, a australopiteca, ainda trepava às árvores
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2012-10-26 | Jornal Público
SUMÁRIO: É um caso de omoplatas. Num dado momento, os antepassados do homem deixaram de vez as árvores e caminharam. Os antropólogos sabem que os membros e os ossos destes hominíneos acompanharam esta transição. Agora, um estudo, publicado nesta sexta-feira na edição em papel da revista Science, analisou as omoplatas de um fóssil de Australopithecus afarensis juvenil e mostra que a espécie da famosa Lucy, conhecida pelo seu caminhar já erecto, também se sentia confortável a trepar às árvores.
TEXTO: Estamos habituados a ver bonecos da Lucy de pé. O fóssil encontrado em 1974 foi um marco na paleoantropologia por ser o hominíneo mais antigo descoberto até então. Lucy viveu há 3, 2 milhões de anos no Leste africano. Pensa-se que morreu adulta. Era capaz de caminhar com um à-vontade que hoje só nós temos. A forma dos ossos das pernas de Lucy e pegadas fossilizadas com 3, 6 milhões de anos, que poderão pertencer também ao Australopithecus afarensis, dão indicações de que esta espécie seria bípede. Mas o fóssil de uma australopiteca só com três anos, estudado por David Green, da Universidade de Midwestern, EUA, obriga a mudar a forma de pensar a locomoção do Australopithecus afarensis. Selam, nome que lhe deram, foi encontrada na Etiópia, em 2000, e tem 3, 3 milhões de anos. É o esqueleto mais completo de sempre de um de Australopithecus afarensis. E, pela primeira vez, os cientistas conseguiram estudar uma omoplata completa de um indivíduo desta espécie. Green e um colega analisaram o desenvolvimento da forma da omoplata entre este juvenil e da omoplata que se pensa que os adultos desta espécie tinham. Compararam este desenvolvimento com o que acontece nos chimpanzés, gorilas e na nossa espécie, concluindo que era mais parecido com os símios. “Apesar de ser bípede como os humanos, o Australopithecus afarensis ainda era um bom trepador de árvores”, diz Green, acrescentando que mesmo “não sendo completamente humano, estava a caminho disso”.
REFERÊNCIAS:
Entidades EUA
Jornal de Angola denuncia campanha contra Luanda “do poder ao mais alto nível” em Portugal
O Jornal de Angola, único diário angolano e jornal oficial do regime, denuncia em editorial publicado esta segunda-feira o que diz ser uma “campanha contra Angola […] do poder ao mais alto nível” em Portugal e prevê que as relações entre Luanda e Lisboa sejam prejudicadas porque, refere, houve um acto de “deslealdade”. (...)

Jornal de Angola denuncia campanha contra Luanda “do poder ao mais alto nível” em Portugal
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2012-11-12 | Jornal Público
SUMÁRIO: O Jornal de Angola, único diário angolano e jornal oficial do regime, denuncia em editorial publicado esta segunda-feira o que diz ser uma “campanha contra Angola […] do poder ao mais alto nível” em Portugal e prevê que as relações entre Luanda e Lisboa sejam prejudicadas porque, refere, houve um acto de “deslealdade”.
TEXTO: Sob o título “Jogos Perigosos”, o editorial, também disponível na edição online do jornal, reage à notícia publicada no último sábado pelo semanário Expresso sobre a abertura, pela Procuradoria-Geral da República, de um inquérito-crime por fraude fiscal e branqueamento de capitais contra três altas figuras do Estado angolano do círculo mais próximo do Presidente José Eduardo dos Santos: Manuel Vicente, vice-presidente de Angola e ex-director-geral da empresa petrolífera nacional Sonangol; o general Hélder Vieira Dias “Kopelipa”, ministro de Estado e chefe da Casa Militar da Presidência da República; e o general Leopoldino Nascimento “Dino”, consultor do ministro de Estado e ex-chefe de Comunicações da Presidência da República — os dois últimos referidos no editorial como “militares angolanos com o estatuto de Heróis Nacionais”. A notícia, depois retomada no PÚBLICO, explicava que o processo — embora ainda numa fase preliminar de investigação e sem que nenhum dos três visados tenha até agora sido constituído arguido — tinha sido aberto pela Procuradoria-Geral da República, que considerou, segundo fonte judicial, haver “indícios suficientes para instaurar um processo-crime” depois de feita “uma análise financeira a diversas transferências e depósitos bancários efectuados em Portugal”. O processo começou com uma denúncia de um cidadão angolano em Portugal, à qual se seguiram depoimentos prestados, no início deste ano, pelo jornalista angolano Rafael Marques, que há muito investiga os negócios da família do Presidente. No editorial, o Jornal de Angola diz que uma “campanha contra Angola partiu do poder ao mais alto nível”, acrescentando: “A PGR portuguesa é amplamente citada como a fonte da notícia. […] Mas como a PGR até agora ficou calada, consente o crime”. E deixa um aviso: “As relações entre Angola e Portugal são prejudicadas quando se age com tamanha deslealdade. ”Acusa ainda “Mário Soares, Pinto Balsemão e Belmiro de Azevedo e outros” porque, segundo escreve, “amplificam o palavreado criminoso de um qualquer Rafael Marques, herdeiro do estilo de Savimbi”, antes de concluir que o “banditismo político tem banca em jornais que são referência apenas por fazerem manchetes de notícias falsas ou simplesmente inventadas”.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave crime
Três figuras próximas de Eduardo dos Santos sob investigação em Portugal
Vice-presidente de Angola Manuel Vicente é um dos visados num processo-crime aberto por suspeitas de branqueamento. (...)

Três figuras próximas de Eduardo dos Santos sob investigação em Portugal
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2012-11-12 | Jornal Público
URL: https://arquivo.pt/wayback/20121112161646/http://www.publico.pt/1571956
SUMÁRIO: Vice-presidente de Angola Manuel Vicente é um dos visados num processo-crime aberto por suspeitas de branqueamento.
TEXTO: Indícios de fraude fiscal e branqueamento estão na origem de um inquérito-crime aberto pela Procuradoria-Geral da República portuguesa que visa três altos dirigentes angolanos da total confiança do Presidente José Eduardo dos Santos. A notícia foi publicada este sábado no semanário Expresso e diz respeito a Manuel Vicente, vice-presidente de Angola e ex-director-geral da empresa petrolífera nacional Sonangol, o general Hélder Vieira Dias “Kopelipa”, ministro de Estado e chefe da Casa Militar da Presidência da República, e o general Leopoldino Nascimento “Dino”, consultor do ministro de Estado e ex-chefe de Comunicações da Presidência da República. Nenhum deles é arguido ou foi ainda ouvido. Mas uma fonte judicial confirmou ao Expresso que “foi feita uma análise financeira a diversas transferências e depósitos bancários efectuados em Portugal pelos visados e foram detectados indícios suficientes para instaurar um processo-crime”. O jornalista angolano Rafael Marques, que começou por denunciar estes casos, é ele próprio alvo de um processo por “calúnia e injúria” e deverá na segunda-feira prestar declarações em Lisboa, depois da queixa instaurada por nove generais angolanos acusados por ele de tortura nas zonas diamantíferas das Lundas, em Angola, num caso totalmente distinto. O PÚBLICO tentou contactar Rafael Marques, sem sucesso. Os três homens próximos do Presidente Eduardo dos Santos, investigados por suspeita de branqueamento, eram, já em Setembro de 2010, citados por Rafael Marques como “o triunvirato que domina a economia política de Angola” num extenso relatório que divulgou sob o título Presidência da República: O Epicentro da Corrupção em Angola. Um dos vários negócios que relatava era o da venda por 375 milhões de dólares de 24 por cento do capital do Banco Espírito Santo Angola (BESA) à Portmill, empresa de capitais angolanos, mantendo o Banco Espírito Santo (BES, Portugal) a sua posição de accionista maioritário com 51, 94% do capital social. Na altura, para Rafael Marques, esse negócio levantava duas questões: sobre “a origem dos fundos que os militares no activo, como legítimos proprietários da empresa, desembolsaram para a realização do negócio” e sobre a eventual colocação do banco português liderado por Ricardo Salgado “numa potencial situação de branqueamento de capitais adquiridos de forma ilícita, porventura pilhados ao Estado angolano. ” Quando pediu esclarecimentos ao gabinete de imprensa do BES, o jornalista não obteve respostas. Não é certo que seja este o negócio a levantar as suspeitas no DCIAP. Mas o conjunto dos casos relatados no relatório e o depoimento de Rafael Marques em Lisboa podem ter contribuído para a investigação que levou o Departamento de Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP) a abrir uma averiguação preventiva. Manuel Vicente disse ao Expresso que todos os seus investimentos em Portugal estão “perfeitamente documentados junto das autoridades competentes” e adiantou, sobre o processo-crime, não ter sido notificado nem saber “o que se passa”.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave crime homens social