Unicer investe 100 milhões de euros para reforçar internacionalização
A Unicer vai investir 100 milhões de euros até 2013, dos quais 80 milhões de euros na remodelação do parque industrial de Leça do Balio, em Matosinhos, um projecto a pensar no reforço da internacionalização da empresa. (...)

Unicer investe 100 milhões de euros para reforçar internacionalização
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2012-03-22 | Jornal Público
SUMÁRIO: A Unicer vai investir 100 milhões de euros até 2013, dos quais 80 milhões de euros na remodelação do parque industrial de Leça do Balio, em Matosinhos, um projecto a pensar no reforço da internacionalização da empresa.
TEXTO: A cervejeira, que dentro de dois ou três anos espera vender mais nos mercados externos que em Portugal, pretende também criar em Matosinhos uma das melhores fábricas de cerveja da Europa, o que lhe permitirá ganhos de eficiência estimados em 12 milhões de euros por ano, adiantou hoje António Pires de Lima, presidente da empresa. A Unicer acaba também de “ refrescar” a sua principal marca, a Super Bock, com um novo conceito de garrafa e novas campanhas publicitárias, o que represente uma investimento da ordem dos 10 milhões de euros. O futebol, onde a empresa investe oito milhões de euros, tendo assegurada já a renovação dos contratos com os Sporting Clube de Portugal e Futebol clube do Porto, continua a ser um canal privilegiado de comunicação da empresa. A este junta-se os festivais de música e as festas de Verão. Pires de Lima destacou a importância do investimento em Portugal, que acontece num momento de crise, que se reflecte também na forte redução do consumo de cerveja, “que está a regressar a níveis de há 20 anos”. O aumento do IVA está a penalizar o consumo de cerveja, que depois de ter caído 10% no ano passado “pode cair entre 13 e ou 15% este ano, em volume”, referiu Pires de Lima. Também pela queda do mercado interno é tão importante o investimento nos mercados externos, para onde exporta 30% do volume de negócios. Angola absorve a maior fatia das exportações, num total de 60%. Há vários anos que a empresa portuguesa quer construir uma fábrica em Angola, juntamente com três parceiros angolanos indicados pelo Governo, que controlam 51% do capital da empresa, mas o projecto ainda não arrancou porque os investidores locais não avançaram até agora com a sua parte do investimento. Pires de Lima garante que, da parte portuguesa, o investimento está garantido. A cervejeira tem vindo, no entanto, a apostar nas vendas para países europeus e pretende reforçar as vendas no Brasil, através de e um eventual licenciamento da marca (assegurando a produção localmente) e na América do Norte. A empresa também quer entrar na Venezuela, onde há uma presença importante de portugueses, mas admite precisar de “ajuda política” para entrar nesse mercado.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave ajuda consumo
EUA escolhem Jim Yong Kim para candidato à presidência do Banco Mundial
O presidente Barack Obama nomeou o presidente da Universidade de Dartmouth, Jim Yong Kim, para ser o candidato dos EUA à presidência do Banco Mundial, que tem sido sempre ocupada por um americano. (...)

EUA escolhem Jim Yong Kim para candidato à presidência do Banco Mundial
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2012-03-23 | Jornal Público
SUMÁRIO: O presidente Barack Obama nomeou o presidente da Universidade de Dartmouth, Jim Yong Kim, para ser o candidato dos EUA à presidência do Banco Mundial, que tem sido sempre ocupada por um americano.
TEXTO: O nome de Jim Yong Kim, que tem uma carreira na área da saúde pública e da advocacia, é inesperado, visto que o actual presidente da Universidade de Dartmouth não figurava entre os nomes que tinham vindo a ser mencionados para substituir Robert Zoellick à frente do Banco Mundial. “É altura de um profissional ligado à área do desenvolvimento liderar a maior agência de desenvolvimento do mundo”, afirmou hoje Barack Obama ao anunciar a escolha do sul-coreano. A sucessão tem gerado polémica, sobretudo por causa dos países emergentes, que têm criticado o facto de os Estados Unidos terem sempre estado à frente do Banco Mundial. Isto decorre de um acordo tácito firmado entre os EUA e a Europa, no rescaldo da Segunda Guerra Mundial, que tem mantido a liderança das duas grandes instituições internacionais – o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional (FMI) – nas mãos de um americano e de um europeu, respectivamente. As economias emergentes, como a China e o Brasil, já tinham criticado esta “divisão de poderes” aquando da nomeação da francesa Christine Lagarde para directora-geral do FMI e voltam agora à carga, receando que seja, uma vez mais, a escolha dos EUA a vingar para assumir a liderança do Banco Mundial. Hoje, os Governos de Angola, da Nigéria e da África do Sul apresentaram a sua escolha para o cargo – a ministra das Finanças nigeriana, Ngozi Okonjo-Iweala. “Esta escolha está em linha com a crença de que a escolha da liderança do Banco Mundial e da sua instituição irmã, o FMI, deve ser baseada no mérito, aberta e transparente”, afirmaram os três países em comunicado. Entretanto, o economista americano Jeffrey Sachs resolveu retirar a sua candidatura, dizendo apoiar a escolha de Jim Yong Kim “a 100%”. O mandato de Robert Zoellick termina a 30 de Junho e, já no próximo mês, o conselho executivo do Banco Mundial, composto por 25 membros, deverá decidir o seu sucessor. O facto de os EUA terem a maior percentagem de votos dentro do conselho faz com que seja muito provável que o nome de Jim Yong Kim seja o escolhido. Jim Yong Kim, que nasceu em Seul, na Coreia do Sul, tem formação na área da física e da antropologia. A sua carreira desenvolveu-se na área da saúde pública, onde tem trabalhado muito com os temas da saúde no mundo em vias de desenvolvimento. O candidato americano ao Banco Mundial dirigiu o departamento responsável pelo vírus da SIDA na Organização Mundial de Saúde. Depois de Robert Zoellick ter anunciado a sua saída, começaram a circular vários nomes para a sua sucessão, como o da secretária de Estado Hillary Clinton e do ex-conselheiro económico de Obama, Lawrence Summers.
REFERÊNCIAS:
Entidades EUA FMI
Vítor Gaspar chega domingo a Angola com diferendo por resolver nos diamantes
É o principal investimento não financeiro do Estado português em Angola, mas é também um problema por resolver entre os dois países. A 3 de Outubro do ano passado, o Ministério da Geologia e Minas e da Indústria de Angola publicou um decreto executivo onde revogou a licença de exploração concedida à Sociedade Mineira do Lucapa (SML), que actua na extracção de diamantes e onde a Sociedade Portuguesa de Empreendimentos (SPE) detém 49% do capital. (...)

Vítor Gaspar chega domingo a Angola com diferendo por resolver nos diamantes
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2012-03-25 | Jornal Público
SUMÁRIO: É o principal investimento não financeiro do Estado português em Angola, mas é também um problema por resolver entre os dois países. A 3 de Outubro do ano passado, o Ministério da Geologia e Minas e da Indústria de Angola publicou um decreto executivo onde revogou a licença de exploração concedida à Sociedade Mineira do Lucapa (SML), que actua na extracção de diamantes e onde a Sociedade Portuguesa de Empreendimentos (SPE) detém 49% do capital.
TEXTO: De acordo com informações recolhidas pelo PÚBLICO, na sequência deste passo, que apanhou o lado português de surpresa, a SPE, detida maioritariamente pelo Estado através da Parpública, avançou para a Câmara do Cível e Administrativo do Tribunal Supremo, em Luanda, para contestar a decisão do Governo angolano. Neste domingo à noite, quando o ministro das Finanças aterrar em Luanda para iniciar uma visita oficial de dois dias a Angola, Vítor Gaspar leva assim com ele um dossier que opõe a SPE e a Endiama (a empresa do Estado angolano para os diamantes e que detém os restantes 51% da SML), e que ainda não tem uma solução à vista. O PÚBLICO enviou várias questões sobre este tema ao Ministério das Finanças, à SPE e à Embaixada de Angola em Portugal, mas não obteve respostas. Endiama acusa SPEEm Novembro, o empresário António Mosquito chegou mesmo a ser apresentado como o investidor que iria substituir o parceiro português na SML. E, na mesma altura, a Endiama acusou a SPE de não "honrar os compromissos assumidos" no sentido de viabilizar o projecto, que tem sido afectado por graves dificuldades financeiras, com salários em atraso e greves. Conforme noticiou o PÚBLICO em Novembro, a SPE nega as acusações, afirmando que "tem cumprido todos os compromissos". A SML é o principal activo da SPE, que tem vindo a acumular diversos anos de resultados líquidos negativos (em 2010, o prejuízo foi de 410 mil euros). Esta posição unilateral do Governo angolano ocorreu numa altura em que o consórcio estava a procurar medidas para salvaguardar o futuro da SML, como a entrada de um terceiro investidor. Conforme está descrito no Relatório e Contas de 2010, ano em que as dificuldades se agravaram, houve contactos entre a SPE e a Endiama para começar o processo de escolha de um outro sócio, "como passo intermédio" para a privatização da participação do Estado português. O novo parceiro ficaria com parte das posições da SPE e da Endiama, aplicando o valor da aquisição na SML (cujas máquinas precisam de recuperação). E, com a empresa em melhores condições, seria mais fácil à Parpública alienar a sua posição. Agora, o projecto está praticamente paralisado, embora a Endiama (que já mudou o nome da SML para Úari), afirme, segundo a Angop, que a operação será retomada este ano. Encontro com Sonangol A primeira reunião de Vítor Gaspar, de acordo com a agenda da visita, será segunda-feira de manhã com o seu homólogo angolano, Carlos Alberto Lopes, seguindo-se um encontro com o governador do Banco Nacional de Angola, José de Lima Massano. Na terça-feira, o ministro das Finanças, que vai acompanhado pelo secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Paulo Núncio, e pela secretária de Estado do Tesouro e Finanças, Maria Albuquerque, irá encontrar-se com Manuel Vicente, ex-presidente da Sonangol e actual ministro de Estado e da Coordenação Económica. Depois, será a vez de Vítor Gaspar ficar a conhecer o novo líder da petrolífera estatal angolana, Francisco Lemos. O encontro ocorre numa altura em que a Sonangol, além de ser o maior accionista do BCP, está a negociar a compra de parte do capital da Eni na Galp, para assumir uma posição directa na petrolífera portuguesa. Actualmente, a companhia detém uma participação indirecta através da Amorim Energia, que perfaz 13, 5% da Galp, em conjunto com outros investidores angolanos - incluindo a filha do Presidente, Isabel dos Santos. O interesse na compra de uma participação directa de 16% no capital da petrolífera portuguesa foi reafirmado há cerca de duas semanas por um administrador da Sonangol, Sebastião da Gama, que em declarações à Reuters se mostrou confiante nestas negociações. O desejo dos angolanos de aumentarem a sua influência não é novo. A Sonangol e a petrolífera portuguesa têm investimentos conjuntos no país, que representam uma parte esmagadora dos 21 milhares de barris de petróleo que a Galp produz por dia (um papel que deverá em breve ser tomado pelo Brasil). Certo é que o acordo parassocial entre a Eni, a Amorim Energia e a Caixa Geral de Depósitos, assinado em 2005, obriga os italianos a vender em bloco os seus 33, 34% da Galp. Ou seja, além dos 16% que podem ir para a Sonangol, outros 17, 34% deverão seguir outro destino. E de acordo com Sebastião da Gama, da Sonangol, o Governo de Pedro Passos Coelho pretende que o caminho sejam investidores portugueses - um assunto que deverá ser abordado na viagem de Vítor Gaspar. Seja ou não Américo Amorim a reforçar na Galp, qualquer negócio dos italianos necessita do aval do empresário nortenho. Devido ao acordo parassocial, a Amorim Energia tem direito de preferência na venda da Eni, e é Américo Amotim que controla a sociedade. Outro ponto assente é que a Sonangol só terá de lançar uma oferta pública de aquisição (OPA) se adquirir toda a posição da ENI, uma vez que ficaria com uma posição directa superior a um terço. Já a Amorim Energia não terá de lançar uma OPA se reforçar acima dos 33, 34%, pois devido ao acordo parassocial considera-se que não existiria uma alteração da posição de domínio. Da visita de Vítor Gaspar, que regressa quarta-feira a Lisboa, esperam-se ainda desenvolvimentos na criação de um banco de investimento, anunciado em 2009 e que envolve a CGD e a Sonangol, bem como no estabelecimento de um acordo para acabar com a dupla tributação entre os dois países, o que iria facilitar os investimentos. Isto numa altura em que Angola está interessada no programa de privatizações em Portugal, conforme afirmou na quinta-feira, citada pela Lusa, a ministra da Agricultura, Assunção Cristas, que esteve numa visita oficial de cinco dias a este país.
REFERÊNCIAS:
Depois dos mausoléus, os islamistas atacam a mesquita Sidi Yahia
Começaram por destruir mausoléus de santos muçulmanos sufistas em Tombuctu, no Norte do Mali, sob a ameaça de não pararem e esta segunda-feira surgem notícias de que também a mesquita Sidi Yahia, uma das mais famosas da cidade, foi atacada pelos combatentes islamistas. (...)

Depois dos mausoléus, os islamistas atacam a mesquita Sidi Yahia
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2012-07-02 | Jornal Público
SUMÁRIO: Começaram por destruir mausoléus de santos muçulmanos sufistas em Tombuctu, no Norte do Mali, sob a ameaça de não pararem e esta segunda-feira surgem notícias de que também a mesquita Sidi Yahia, uma das mais famosas da cidade, foi atacada pelos combatentes islamistas.
TEXTO: Segundo a BBC, um grupo de homens armados arrombou a porta da mesquita, datada do século XV, e vandalizou o monumento, indiferente à história e à importância do lugar para o país. À AFP uma testemunha contou como a porta da mesquita, tida como "a porta sagrada", foi destruída, lembrando que nunca antes esta tinha sido aberta. A porta, que conduz a um túmulo de santos, está fechada há décadas porque, segundo as crenças locais, a eventual abertura traria azar. "Eles quiseram destruir o mistério", disse a testemunha, que evidenciou que ninguém foi capaz de impedir o ataque. Os ataques começaram precisamente dois dias depois de Tombuctu, cidade Património Mundial desde 1988, ter sido incluída na lista dos bens em risco pelo comité do património mundial da UNESCO. Já em Abril, a directora-geral da UNESCO tinha alertado para o risco que aquele património corria, depois de ter sido ocupado pelos rebeldes. A situação que se instalou no país depois do golpe de Estado de 22 de Março e a destruição de edifícios e manuscritos que desde então se verificou por decisão dos grupos armados ou em virtude dos confrontos levanta os piores receios quanto à preservação do património daquela que é conhecida como a jóia africana, a cidade do ouro e a capital intelectual e espiritual de África. Os mais recentes ataques foram declarados pelos Ansar Dine, um grupo com ligações à Al-Qaeda e que quer impor no Mali a sharia (lei islâmica), que não aceita que a população local, sufista, venere mausoléus de santos. À BBC, o porta-voz do grupo islamista, Sanda Ould Boumama, disse que o objectivo do grupo de destruir os cemitérios, mausoléus e locais de culto de Tombuctu está quase completo. A mesquita Sidi Yahia, agora vandalizada, foi construída no século XV, quando Tombuctu era já considerada a capital espiritual e um centro de propagação do islão em África. Até aos dias de hoje manteve-se, a par das mesquitas de Djingareyber e Sankoré, como um dos principais templos de culto, dos quais se destacam ainda os 16 cemitérios e os mausoléus, assim como as bibliotecas que guardam milhares de manuscritos, alguns datados ainda da era pré-islâmica. Este sábado pelo menos três mausoléus tinham já sido destruídos. Entre eles está o de Sidi Mahmoud, do século XV, que já no início de Maio tinha sido profanado. No domingo os ataques continuaram e agora parecem estar a chegar aos monumentos de maior destaque. Situada às portas do deserto do Sara, Tombuctu fica a mil quilómetros da capital, e tem 30 mil habitantes. É património da humanidade desde 1988 e deve a sua fundação aos tuaregues. Graças à prosperidade que atingiu, sobretudo nos séculos XV e XVI devido ao comércio das grandes caravanas, transformou-se no centro cultural e espiritual de África, pólo a partir do qual o islão se alargou a grande parte do continente.
REFERÊNCIAS:
Entidades UNESCO
O que se está a passar em Tombuctu “é uma loucura”
A situação em Tombuctu é grave e não tem, para já, uma solução à vista. Quem o diz é o maliano Lassana Cissé, do comité científico do ICOMOS (Conselho Internacional dos Monumentos e dos Sítios) e responsável pelo património mundial no Mali, que teme pela destruição total do património, depois de esta segunda-feira a mesquita Sidi Yahia ter sido atacada pelos combatentes islamistas. (...)

O que se está a passar em Tombuctu “é uma loucura”
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento -0.6
DATA: 2012-07-02 | Jornal Público
SUMÁRIO: A situação em Tombuctu é grave e não tem, para já, uma solução à vista. Quem o diz é o maliano Lassana Cissé, do comité científico do ICOMOS (Conselho Internacional dos Monumentos e dos Sítios) e responsável pelo património mundial no Mali, que teme pela destruição total do património, depois de esta segunda-feira a mesquita Sidi Yahia ter sido atacada pelos combatentes islamistas.
TEXTO: “A situação é muito grave porque os islamistas já destruíram seis mausoléus dos 16 que estão inscritos na lista do Património Mundial da UNESCO”, disse ao PÚBLICO, por email, Lassana Cissé, que está no Mali a acompanhar de perto a situação, lamentando a actual falta de resposta. A cidade de Tombuctu, que é considerada a jóia africana, foi tomada pelo Ansar Dine, um grupo com ligações à Al-Qaeda e que quer impor no Mali a sharia (lei islâmica), que não aceita que a população local, sufista, venere mausoléus de santos. O grupo islamista prometeu destruir todos os mausoléus e locais de culto e segundo Cissé a ameaça é para levar a sério. Já em Abril, o responsável pelo património tinha alertado para a situação. “Num momento de guerra, a destruição do património edificado e do enorme tesouro que são os manuscritos é muito possível”, disse então Lassana Cissé ao PÚBLICO e voltou esta segunda-feira a reafirmar, explicando que o que está a acontecer em Tombuctu, cidade Património Mundial desde 1988, “é uma loucura”. “Eles [combatentes islamistas] arrombaram a porta de entrada de uma das mesquitas classificadas (a de Sidi Yahia) e prometem destruir todos os lugares considerados sagrados, incluindo os cemitérios e os locais com símbolos artísticos”, contou Lassana Cissé, explicando que os islamistas “querem destruir todo o património significativo ligado a um Santo ou uma tradição ancestral (crença em fenómenos sobrenaturais e lendas)”. “A única razão é o extremismo religioso, o fanatismo e o obscurantismo cultural. ”Lassana Cissé lamenta ainda a falta de apoio à população, “abandonada a si mesma”, que nada pode fazer a não ser “assistir impotente à destruição do património que é legado dos seus antepassados desde o século X”. Situada às portas do deserto do Sara, Tombuctu fica a mil quilómetros da capital, e tem 30 mil habitantes. É património da humanidade desde 1988 e deve a sua fundação aos tuaregues. Graças à prosperidade que atingiu, sobretudo nos séculos XV e XVI devido ao comércio das grandes caravanas, transformou-se no centro cultural e espiritual de África, pólo a partir do qual o islão se alargou a grande parte do continente.
REFERÊNCIAS:
Entidades UNESCO
Fábrica de cabos para plataformas petrolíferas gera 50 empregos em Viana do Castelo
O grupo luso-holandês que está a instalar, em Viana do Castelo, uma fábrica de cabos para amarração de plataformas petrolíferas deverá iniciar a laboração naquela unidade a 3 de Setembro, criando até 50 postos de trabalho. (...)

Fábrica de cabos para plataformas petrolíferas gera 50 empregos em Viana do Castelo
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DATA: 2012-07-03 | Jornal Público
SUMÁRIO: O grupo luso-holandês que está a instalar, em Viana do Castelo, uma fábrica de cabos para amarração de plataformas petrolíferas deverá iniciar a laboração naquela unidade a 3 de Setembro, criando até 50 postos de trabalho.
TEXTO: O anúncio foi feito hoje pelo presidente do grupo Lankhorst Euronete, quatro meses depois de ter arrancado a construção da fábrica, na margem esquerda do rio Lima, num investimento privado de 6, 5 milhões de euros. “A fábrica está praticamente pronta, estamos nos acabamentos finais e a recrutar pessoal. Se tudo correr normalmente, começaremos a laborar a 3 de Setembro”, adiantou José luís Gramaxo. Na fábrica de Viana do Castelo serão produzidos cabos para amarração de plataformas petrolíferas, num total anual estimado de três mil toneladas, exclusivamente para exportação por via marítima. Um negócio impulsionado pelo facto de a prospecção começar a ser feita em águas cada vez mais profundas, devido à cotação internacional. “O desenvolvimento do mercado do petróleo em águas profundas faz com que necessitemos de ter uma fábrica junto a um porto de mar, para movimentar as bobinas de cabos de ancoragem que cada vez são mais pesadas”, explicou José Luís Gramaxo, aquando da apresentação do projecto para Viana do Castelo. Em Portugal, o grupo Lankhorst Euronete emprega cerca de 700 trabalhadores e tem cada vez mais clientes entre mercados como Noruega, Estados Unidos da América, Brasil, Nigéria, Angola e Gana. O primeiro projecto desta unidade terá como destino o mar de Barents, entre a Noruega e a Rússia, já na segunda metade de 2013, para servir as plataformas petrolíferas e de prospecção de gás ali instaladas. O grupo Lankhorst foi fundado em 1803, na Holanda, enquanto a portuguesa Euronete nasceu na Maia, em 1964. A fusão das duas empresas aconteceu em 1998, representando actualmente, no total, 1300 postos de trabalho e um dos maiores produtores mundiais de cabos para navios e indústrias offshore, como plataformas petrolíferas. A Royal Lankhorst Euronete tem actualmente unidades distribuídas por Boticas (222 trabalhadores), Murça (34), Maia (452) e Póvoa de Varzim (24). Contudo, esta última unidade será “descontinuada”, por ser “antiga”, com a produção de cabos de ancoragem e respectivos trabalhadores transferidos para a nova unidade de Viana do Castelo, onde serão criados mais 50 novos empregos, além dos 24 deslocados. Uma outra parte da produção até agora realizada na Póvoa de Varzim, de cabos marítimos, será deslocalizada para a unidade da Maia.
REFERÊNCIAS:
Tempo Setembro
Bispos querem que a “troika” cultive a virtude do realismo
Os bispos católicos portugueses querem que a “troika” “cultive a virtude do realismo”, disse hoje o porta-voz do Conselho Permanente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), que reuniu em Fátima. (...)

Bispos querem que a “troika” cultive a virtude do realismo
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DATA: 2012-07-10 | Jornal Público
SUMÁRIO: Os bispos católicos portugueses querem que a “troika” “cultive a virtude do realismo”, disse hoje o porta-voz do Conselho Permanente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), que reuniu em Fátima.
TEXTO: “Confiamos que quem vem de fora para nos ajudar cultive a virtude do realismo para que possamos ver a luz ao fundo do túnel e haja um clima de esperança que também nos ajude a ultrapassar a crise”, defendeu Manuel Morujão. Questionado sobre a possibilidade de uma melhoria do programa de ajustamento admitida hoje pelo ministro das Finanças, Vítor Gaspar, o porta-voz da CEP defendeu que será bem vindo “tudo o que vier dos organismos internacionais, que nos ajudam e nos controlam, que beneficie os que mais sofrem com estas medidas [económicas]”. O padre sublinhou ainda que “sem confiança e sem esperança não há clima de trabalho, de seriedade e empenho, para que todos se sintam responsáveis pela solução da crise”. Se, por um lado, esclareceu, “temos de saber aceitar as medidas económicas que o Governo tem lançado”, por outro “temos de levantar a voz para defender os menos desfavorecidos e mais frágeis na sociedade”, já que “a Igreja não pode estar senão do lado dos mais fracos”, frisou. Durante o Conselho permanente da CEP, os bispos manifestaram ainda a sua preocupação e solidariedade face aos massacres na Nigéria que têm vitimado cristãos, sublinhando que nenhuma religião deve ser culpada pelo fundamentalismo de alguns. “São excrescências das religiões” que, neste caso, são responsáveis pela morte de mais de três mil cristãos nos últimos três anos, salientou o porta-voz da CEP, acrescentando que é imperiosa a intervenção internacional para que se restabeleça a ordem e o respeito naquele país africano.
REFERÊNCIAS:
Étnia Africano
Índia compra arquivo com cartas e fotografias que pertenceu a um dos maiores amigos de Gandhi
Não é seu hábito, mas desta vez o Governo indiano achou que valia a pena evitar o leilão e comprou um arquivo composto por milhares de fotografias, cartas e outros textos que pertencia a Hermann Kallenbach, um arquitecto alemão que viveu a maior parte da sua vida na África do Sul e que foi um dos maiores amigos de Mahatma Gandhi, líder espiritual e pai do movimento de independência indiano. (...)

Índia compra arquivo com cartas e fotografias que pertenceu a um dos maiores amigos de Gandhi
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 1.0
DATA: 2012-07-10 | Jornal Público
SUMÁRIO: Não é seu hábito, mas desta vez o Governo indiano achou que valia a pena evitar o leilão e comprou um arquivo composto por milhares de fotografias, cartas e outros textos que pertencia a Hermann Kallenbach, um arquitecto alemão que viveu a maior parte da sua vida na África do Sul e que foi um dos maiores amigos de Mahatma Gandhi, líder espiritual e pai do movimento de independência indiano.
TEXTO: O negócio, feito em privado, terá rendido à família de Kallenbach, que morreu em 1945, 900 mil euros (o valor não foi ainda confirmado oficialmente) e impediu que a Sotheby’s leiloasse o espólio. No passado, o Governo de Nova Deli já protestou contra leilões de objectos de Gandhi ou com ele relacionados, argumentando que são um insulto à memória de um homem que tinha o mais profundo desprezo pelos bens materiais. A documentação foi descoberta pela historiadora indiana Ramchandra Guha na casa de uma sobrinha neta de Kallenbach, Isa Sarid, e foi avaliada por uma comissão de peritos, a pedido do Governo de Nova Deli. Segundo a agência de notícias indiana PTI, os especialistas consideraram que estava “muito bem preservado” e era de “um valor inestimável”. À Agência France Press, Sanjiv Mittal, do Ministério da Cultura indiano, garantiu que “as cartas são importantes para o estudo do pensamento de Gandhi sobre vários assuntos”, acrescentando que, como os arquivos públicos indianos têm já nas suas colecções cartas trocadas entre os dois amigos, “é natural que o novo acervo venha a preencher alguns vazios”. A maior parte desta correspondência, que vai de 1905 a 1945 e que agora será integrada no Arquivo Nacional de Nova Deli, foi trocada entre Kallenbach e amigos, familiares e seguidores do homem que defendeu o princípio da não-violência como meio de protesto. Mas há 13 do próprio Gandhi. Nelas o líder conta ao amigo, que conheceu em Joanesburgo em 1904, pormenores sobre as suas primeiras acções de campanha ou sobre a doença da mulher, Kasturba. “Já não quero estar mais zangado com ela porque ela é doce… Hoje comeu algumas uvas, mas está de novo em sofrimento. Parece-me que está a afogar-se lentamente”, escreveu. Noutra, enviada antes de regressar ao seu país oriundo da África do Sul, explica: “Faço os meus escritos todos no chão e como sempre com os dedos. Não quero parecer estranho na Índia. ”No acervo que pertenceu a Kallenbach, que era um arquitecto requisitado e entusiasta do desporto, destacam-se também, segundo a edição online do diário The Indian Express, “cartas emotivas” do perturbado Harilal, o mais velho dos quatro filhos do líder indiano que chegaram à idade adulta, e outras de Manilal, o preferido do rico proprietário sul-africano. Todas dão pormenores reveladores da vida de Gandhi depois do regresso à Índia. Mas é nas cartas trocadas entre os dois amigos, sempre muito presentes na vida um do outro apesar da distância, que os historiadores esperam encontrar dados mais interessantes. Desde que se conheceram até à morte de Kallenbach, mantiveram-se muito próximos. Quando Gandhi estava na África do Sul – viveu naquele país 21 anos e foi lá que desenvolveu grande parte do seu pensamento político e as suas qualidades de liderança, trabalhando como advogado – eram inseparáveis e tinham longas conversas em que discutiam, sobretudo, religião (Kallenbach era judeu e, mais tarde, com a ascensão de Hitler que, dizia, devia ser travado com violência, tornou-se sionista). A relação entre o líder indiano assassinado em 1948 e o arquitecto foi o tema central de um livro polémico lançado no ano passado, Great Soul: Mahatma Gandhi and His Struggle With India, fortemente atacado pelo governo de Nova Deli. Nele Joseph Lelyveld, Prémio Pulitzer, diz que Gandhi e Kallenbach não eram apenas amigos íntimos, tinham uma relação sexual. Segundo a nota da leiloeira Sotheby’s, este arquivo é “rico em informações sobre a importante, e por vezes mal-entendida, amizade entre estes dois homens”, podendo vir a revelar-se uma “fonte-chave” nos estudos biográficos de Gandhi. Cabe agora ao tempo, e aos historiadores, confirmarem-no.
REFERÊNCIAS:
Étnia Africano Judeu
E, passados 11 anos, o genoma da banana foi finalmente "descascado"
Sabia que as bananas mais comuns nas prateleiras dos nossos supermercados - as bananas Cavendish - são totalmente estéreis? E que esse é também o caso da maioria das variedades de bananas comestíveis existentes no mundo? No caso da Cavendish, que foi introduzida no Ocidente nos anos 1950, isso significa que andamos desde então a comer a "mesma" banana: todas as Cavendish descendem, por clonagem, de uma única planta-mãe, surgida na China, quiçá há milhares de anos. (...)

E, passados 11 anos, o genoma da banana foi finalmente "descascado"
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2012-07-12 | Jornal Público
SUMÁRIO: Sabia que as bananas mais comuns nas prateleiras dos nossos supermercados - as bananas Cavendish - são totalmente estéreis? E que esse é também o caso da maioria das variedades de bananas comestíveis existentes no mundo? No caso da Cavendish, que foi introduzida no Ocidente nos anos 1950, isso significa que andamos desde então a comer a "mesma" banana: todas as Cavendish descendem, por clonagem, de uma única planta-mãe, surgida na China, quiçá há milhares de anos.
TEXTO: Dada a quase total ausência de diversidade genética que daí decorre, as bananas estão em perigo de extinção - que, para a Cavendish, até pode ser iminente. Duas doenças causadas por fungos - uma nova forma do chamado "mal-do-panamá" e a sigatoka-negra são letais para esta variedade de banana, de longe a mais importante do ponto de vista comercial. E não há nada no seu genoma susceptível de a proteger. Para tentar obter variedades mais resistentes às doenças desta fruta, que, para além de sustentar uma indústria mundial, constitui um dos alimentos de base de centenas de milhões de habitantes dos países do Sul, era essencial sequenciar o genoma da banana. Mas, por diversas razões - e sobretudo porque a banana era vista como um "parente pobre" das outras espécies vegetais importantes do ponto de vista alimentar (como o arroz, o trigo e o milho) -, os cientistas de várias nacionalidades envolvidos no projecto, reunidos sob o nome de Consórcio Global de Genómica da Musa (Musa é o nome científico do género ao qual pertence a banana), fundado em 2001, demoraram anos a arranjar o dinheiro necessário. Mas acabaram por conseguir e hoje anunciam, na revista Nature, que completaram o primeiro "rascunho" do genoma da banana - e que já está online, livremente acessível. "Demorámos muito tempo a encontrar quem quisesse financiar a sequenciação", disse ao PÚBLICO Angélique D"Hont, do Centro de Cooperação Internacional de Investigação Agronómica para o Desenvolvimento (CIRAD), França, e co-autora do artigo da Nature. "Acabou por ser a França, em 2009, a tomar a decisão de o fazer - e, a partir daí, tudo aconteceu depressa. "A ameaça de extinção que paira sobre a banana não é uma miragem: já houve um episódio em meados do século passado, quando uma forma anterior do mal-do-panamá acabou com a população mundial da antecessora da Cavendish, a banana Gros Michel. Felizmente para a indústria bananeira (e para nós), foi encontrada a Cavendish, que era resistente àquela forma da doença. Mas que já não o é à sua forma actual. De facto, o mal-do-panamá está a devastar há vários anos diversas regiões do mundo onde a Cavendish é cultivada: Malásia, Filipinas, China. A este propósito, lia-se numa notícia publicada em 2008 pela revista Science (numa altura em que o financiamento para ler o genoma da banana ainda não estava garantido): "Se o mal-do-panamá alastrar para a América Latina, poderá exterminar a Cavendish num prazo de dez anos. " David Grimm, autor da notícia, acrescentava ainda: "As bananas africanas também começam a desaparecer, vítimas da globalização e de práticas agrícolas insustentáveis. " Quanto à sigatoka-negra, já em 2008 os agricultores da América Central precisavam de fumigar as plantas de banana uma vez por semana para as proteger. O futuro era tudo menos radioso. Isso poderá vir agora a mudar. "O conhecimento do genoma vai facilitar consideravelmente a identificação dos genes responsáveis por características tais como a resistência às doenças e a qualidade da fruta", escreve o CIRAD em comunicado. Para fazer a sequenciação dos 520 milhões de "letras" do genoma da banana - mais de 36 mil genes, distribuídos por 11 cromossomas -, os cientistas escolheram uma variedade selvagem da mesma espécie que a Cavendish (Musa acuminata, cujo genoma entra na composição de todas as variedades comestíveis de banana, cruas ou cozinhadas). A variedade escolhida tem, contudo, uma genética menos bizarra do que a Cavendish. É que, ao contrário do que é normal e da variedade sequenciada, a Cavendish possui três cópias de cada cromossoma em vez de duas. . .
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave doença género espécie extinção alimentos negra
Cimeira lusófona confirma isolamento de golpistas de Bissau
Situação na Guiné e desejo do regime de Obiang de integrar CPLP são temas quentes da reunião de Maputo. Mas não há mudanças: organização só reconhece poder eleito e quer reformas na Guiné Equatorial. (...)

Cimeira lusófona confirma isolamento de golpistas de Bissau
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2012-07-19 | Jornal Público
SUMÁRIO: Situação na Guiné e desejo do regime de Obiang de integrar CPLP são temas quentes da reunião de Maputo. Mas não há mudanças: organização só reconhece poder eleito e quer reformas na Guiné Equatorial.
TEXTO: Raimundo Pereira foi, há três meses, afastado pela força da Presidência da Guiné-Bissau. Esteve detido e foi enviado para fora do país. Mas é ele quem representa o Estado africano na cimeira da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), que decorre em Maputo. O que só confirma o isolamento a que a organização votou as autoridades instituídas após o golpe de Abril. A presença de Raimundo Pereira na conferência de chefes de Estado e de governo, amanhã, é a reafirmação de que a CPLP só reconhece autoridades legitimadas por eleições. Está também em Moçambique Djaló Pires, ministro dos Negócios Estrangeiros do governo derrubado pelos militares, que hoje participa na reunião de Conselho de Ministros. Bissau tem, nesta altura, um governo da confiança dos golpistas, aceite pela Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), mas não reconhecido pela CPLP. "A solução que está a ser implementada não só não corresponde às regras internacionalmente estabelecidas, como não produz uma verdadeira solução para o problema", disse o secretário executivo da organização lusófona, o guineense Simões Pereira, numa entrevista ao PÚBLICO, a editar amanhã. Simões Pereira, que chega ao fim do mandato, foi contactado pelo poder instituído em Bissau "para abrir canais de diálogo", mas, na semana passada, os ministros dos Negócios Estrangeiros da CPLP, reunidos em Lisboa, não consideraram "pertinente" que se deslocasse à Guiné. O executivo saído do golpe não foi convidado a estar em Maputo. Moçambique, que a partir de amanhã sucede a Angola por dois anos na presidência rotativa da organização, já anunciou que um dos objectivos do seu mandato é a consolidação da democracia nos Estados-membros, designadamente na Guiné-Bissau. O outro ponto quente da cimeira é a Guiné Equatorial. O país dirigido pelo regime ditatorial de Teodoro Obiang é, desde 2006, observador associado da CPLP e quer tornar-se membro de pleno direito. Decretou o português como terceira língua oficial da antiga colónia espanhola, mas vai continuar à margem. "A informação que vai para a cimeira é no sentido de que não [deve tornar-se membro]", disse Simões Pereira. Que nada tem mudado no país africano é também a opinião de opositores do regime, ouvidos pela Lusa. "Há mais corrupção, violações de direitos humanos. A marginalização da oposição e a perseguição de dissidentes e da população em geral aumentaram. Nos últimos dois anos registaram-se muitos casos de detenções ilegais, prisões, espancamentos, torturas e outros atropelos", disse Plácido Micó Abogo, único deputado da oposição no Parlamento. A conferência de Maputo, que tem como tema "A CPLP e os Desafios de Segurança Alimentar e Nutricional", é uma verdadeira cimeira lusófona: estarão presentes seis presidentes: de Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal - que também enviou o primeiro-ministro e o ministro dos Negócios Estrangeiros - São Tomé e Príncipe e Timor-Leste. Angola e o Brasil são representados pelos vice-chefes de Estado. O presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, também confirmou a presença.
REFERÊNCIAS:
Entidades CPLP