Banco Solidário Animal organiza recolha de alimentos
Organização espera angariar toneladas de ração e materiais necessários às centenas de instituições e famílias carenciadas para suportar os animais em risco de viverem em abrigos sobrelotados ou na rua. (...)

Banco Solidário Animal organiza recolha de alimentos
MINORIA(S): Animais Pontuação: 17 | Sentimento 0.0
DATA: 2014-05-10 | Jornal Público
SUMÁRIO: Organização espera angariar toneladas de ração e materiais necessários às centenas de instituições e famílias carenciadas para suportar os animais em risco de viverem em abrigos sobrelotados ou na rua.
TEXTO: O Banco Solidário Animal vai organizar uma recolha de alimentos e materiais necessários para o sustento de milhares de animais em risco à guarda de 120 instituições e famílias carenciadas. A acção vai decorrer nos dias 17, 18, 24 e 25 de Maio, nos Hipermercados e Lojas Continente por todo o país, e pela primeira vez na Região Autónoma da Madeira, em 155 estabelecimentos diferentes. O BSA conta com 2000 voluntários para fazer a recolha de alimentos, como ração seca e húmida, e materiais necessários como trelas, coleiras e comedouros, produtos de limpeza, produtos contra parasitas e areia para gatos. É também possível oferecer-se como voluntário para fazer a angariação. Este é o terceiro ano da recolha de alimentos e materiais organizados pela Animalife, uma associação sem fins lucrativos que tem como fim sensibilizar a comunidade para problemas de abandono, maus tratos e defesa dos animais, em parceria com o Continente. A campanha tem tido bastante sucesso, verificando-se um aumento do volume de recolhas, comparando as 275 toneladas de ração angariadas em 2013, ano de crise, com as 108 angariadas em 2012.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave comunidade alimentos animal
CDU pede "castigo" nas europeias para os que têm "desprezado" os pescadores portugueses
Candidato ao Parlamento Europeu, João Ferreira, criticou PS, PSD e CDS-PP por não defenderem o sector das pescas nacional e, numa acção em Angeiras junto da comunidade piscatória e no mercado, sublinhou que cada vez mais pessoas percebem que a CDU é uma "força diferente". (...)

CDU pede "castigo" nas europeias para os que têm "desprezado" os pescadores portugueses
MINORIA(S): Animais Pontuação: 17 | Sentimento 0.0
DATA: 2014-05-11 | Jornal Público
SUMÁRIO: Candidato ao Parlamento Europeu, João Ferreira, criticou PS, PSD e CDS-PP por não defenderem o sector das pescas nacional e, numa acção em Angeiras junto da comunidade piscatória e no mercado, sublinhou que cada vez mais pessoas percebem que a CDU é uma "força diferente".
TEXTO: O eurodeputado e recandidato da CDU ao Parlamento Europeu, João Ferreira, pediu este domingo, junto da comunidade piscatória de Angeiras, “castigo” nas eleições europeias para os partidos que têm estado no poder nos últimos anos – PS, PSD e CDS-PP – por estes desprezarem a actividade piscatória nacional. “Eles [pescadores] não acreditam, sobretudo, em quem nos últimos 37 anos tem alternado no governo do país e que são aqueles que têm estado em maioria no parlamento europeu ao longo destes últimos anos e têm desprezado a importâncias das pescas nacionais entregando a gestão dos recursos marinhos nas mãos da União Europeia. Isso é visível”, disse o candidato sublinhando novamente a necessidade de ser dado um “castigo” àqueles partidos a 25 de Maio. Neste ponto, João Ferreira recordou que “muitas das propostas [que a CDU fez no Parlamento Europeu em favor do sector piscícola português] acabaram por ser recusados com os votos contrários do PS e do CDS”. O candidato lembrou que Portugal continua a “abater frota” apesar de ter “a maior zona económica exclusiva de toda a União Europeia”. “Um país como Portugal, que tem a maior zona económica exclusiva de toda a União Europeia, importa hoje cerca de dois terços do peixe”, salientou ainda. Para João Ferreira, que esteve na manhã deste domingo no mercado de Angeiras, localidade onde depois realizou uma pequena arruada, são “cada vez mais aqueles que vão percebendo que a CDU é a força que é mais diferente dos que têm sido todos iguais, pelo trabalho que desenvolveu e pelas propostas que tem apresentado e pela coerência da defesa dos interesses nacionais em defesa das pescas”. Porém, nem todos quiseram ouvir o apelo do também vereador na Câmara de Lisboa e biólogo de formação quando num café local exortava alguns clientes a “não votarem sempre nos mesmos”. “Olhe deixe lá isso. Não vale a pena. São todos iguais. Dedique-se mas é à biologia”, aconselhou um cliente. O candidato da CDU encontrou ainda algumas pessoas visivelmente desiludidas com os principais dirigentes políticos nacionais dos últimos anos. “São todos iguais e querem todos o mesmo”, dizia um pescador. Não esmorecendo a acção política, o comunista congratulou-se por alguns daqueles que o esperavam em Angeiras o reconhecerem. “São cada vez mais as pessoas que reconhecem que a CDU faz diferença, pelas propostas que apresentou e apresenta e pela coerência da defesa dos interesses nacionais em defesa das pescas. Não é ainda suficiente e continuaremos a trabalhar até dia 25 para que mais pessoas estejam em condições de fazer esse reconhecimento”, referiu.
REFERÊNCIAS:
Partidos PS PSD
Mais de 30 mortos em três dias na República Centro-Africana
Confrontos na República Centro-Africana têm atingido um “nível de violência sem precedentes”, alerta Cruz Vermelha. UE vai enviar mais 45 milhões de euros para ajudar país africano. (...)

Mais de 30 mortos em três dias na República Centro-Africana
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 17 | Sentimento 0.075
DATA: 2015-05-01 | Jornal Público
URL: https://arquivo.pt/wayback/20150501041100/http://www.publico.pt/1621838
SUMÁRIO: Confrontos na República Centro-Africana têm atingido um “nível de violência sem precedentes”, alerta Cruz Vermelha. UE vai enviar mais 45 milhões de euros para ajudar país africano.
TEXTO: Nos últimos três dias foram encontrados 35 cadáveres nas ruas da capital da República Centro-Africana, Bangui, e 65 pessoas ficaram feridas, revelou nesta sexta-feira a Cruz Vermelha, de acordo com a BBC. Foi “extremamente preocupado” que o chefe da delegação do Comité Internacional da Cruz Vermelha, Georgios Georgantas, se revelou durante uma conferência de imprensa em Bangui, segundo a AFP. Os números revelados pelo responsável reflectem um “nível de violência sem precedentes”. O verdadeiro número de mortos pode ser bem maior, uma vez que em Bangui há várias famílias que se ocupam dos funerais e outras que nem podem trazer os feridos aos centros hospitalares devido à insegurança. O país vive aterrorizado há quase um ano pelos confrontos entre milícias rivais e que já fizeram milhares de mortos. Em Março, o Presidente François Bozizé foi deposto pelos Séléka, um grupo rebelde de maioria muçulmana, e substituído por Michel Djotodia. Rapidamente, os Séléka começaram a espalhar o terror pelas comunidades cristãs, maioritárias na RCA. Como resposta, começaram a surgir milícias de autodefesa, chamadas de anti-balaka, e os combates escalaram. À missão da União Africana (UA) juntou-se, no início de Dezembro, um contingente francês de 1. 600 soldados, mas nem por isso a violência foi contida. Este mês, Djotodia apresentou a demissão, fruto de pressões internacionais, e, dias depois, o Parlamento do país elegeu Catherine Samba-Panza. Violência diáriaApesar dos esforços internacionais, a violência continua a ser diária na RCA. Na quinta-feira, a cidade de Sibut, a 180 quilómetros de Bangui, foi tomada por uma coluna armada de ex-Séléka. Na cidade, os milicianos pediram à comunidade cristã o pagamento de um “imposto”, segundo a AFP. Os Médicos Sem Fronteiras (MSF) referem que acções semelhantes terão ocorrido noutras cidades. A violência tem alastrado a várias zonas do país, provocando a fuga de populações inteiras. “Uma cidade fantasma, vazia, destruída, pilhada. ” É assim que Bocaranga (noroeste) é descrita à AFP por Delphine Chedorge, coordenadora dos MSF. “Os contactos que temos na província dão-nos conta de violência extrema e de fugas da população aterrorizada”, contou a responsável. A crise humanitária na RCA é um dos temas que domina a 22ª Cimeira da União Africana, em Adis Abeba (Etiópia). O comissário europeu para o Desenvolvimento, Andris Piebalgs, anunciou esta sexta-feira que a União Europeia vai disponibilizar 45 milhões de euros para apoiar o fim do conflito no país. A UE já desbloqueou 150 milhões de euros para ajudar a conter a crise na RCA e aprovou o envio de uma força europeia de 500 soldados. “É importante que a segurança reine [na RCA] e são as tropas africanas que deverão ser capazes de a assegurar”, afirmou o comissário, presente na cimeira de líderes africanos. “O único problema é que se há muitos soldados, falta muito dinheiro”, acrescentou.
REFERÊNCIAS:
Entidades UE UA
Antropólogo, de esquerda, anti-racista e agente da PSP
Filho e neto de comunistas que lutaram contra o regime, enfrentou recentemente um “exército” por causa da sua investigação académica sobre preconceitos entre polícias. Visto como traidor, teve que abandonar o cargo de dirigente sindical que exercia há mais de 20 anos. Quem é, afinal, este agente que pôs o país a falar de racismo? Perfil de Manuel Morais. (...)

Antropólogo, de esquerda, anti-racista e agente da PSP
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 17 | Sentimento -0.05
DATA: 2019-07-10 | Jornal Público
SUMÁRIO: Filho e neto de comunistas que lutaram contra o regime, enfrentou recentemente um “exército” por causa da sua investigação académica sobre preconceitos entre polícias. Visto como traidor, teve que abandonar o cargo de dirigente sindical que exercia há mais de 20 anos. Quem é, afinal, este agente que pôs o país a falar de racismo? Perfil de Manuel Morais.
TEXTO: Antropólogo, de esquerda, agente do corpo de intervenção da PSP e anti-racista: são quatro características que não costumam estar associadas. Mas estão em Manuel Morais. Podia acrescentar-se mais uma: é alguém que se comove com frequência. As lágrimas vêm-lhe aos olhos quando fala da família ou de um episódio com que se confrontou durante o seu trabalho. Foi Comando, está no Corpo de Intervenção da PSP, conhecido por ser musculado. Ingressou nas duas profissões com a missão de mudar a sociedade, para defender “os valores do 25 de Abril e da democracia”.
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Entidades PSP
Vitória de Guimarães vai apresentar queixa à Federação por racismo e agressões
O guineense Herculano, jogador do Vitória na equipa sub-15, foi alvo de "insultos racistas" durante o jogo com o Boavista. (...)

Vitória de Guimarães vai apresentar queixa à Federação por racismo e agressões
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 17 | Sentimento -0.15
DATA: 2018-12-31 | Jornal Público
SUMÁRIO: O guineense Herculano, jogador do Vitória na equipa sub-15, foi alvo de "insultos racistas" durante o jogo com o Boavista.
TEXTO: O Vitória de Guimarães revelou hoje que vai apresentar queixa à Federação Portuguesa de Futebol (FPF), alegando que a equipa sub-15 e familiares dos jogadores foram vítimas de racismo e de agressões no jogo com o Boavista. O clube minhoto alegou, em nota publicada na sua página oficial, que Herculano, avançado guineense de 14 anos e autor de dois dos golos com que os vitorianos bateram os "axadrezados" (4-1), foi alvo de "insultos racistas" durante a partida relativa à quinta jornada da segunda fase do campeonato nacional sub-15, disputada no Porto. Os vimaranenses afirmaram também que os familiares dos jogadores presentes no Parque Desportivo de Ramalde foram vítimas de "agressões e tentativas de agressão". O Vitória de Guimarães confirmou que, face ao que ocorreu no jogo de sub-15, vai "emitir uma exposição à FPF para avaliação do sucedido".
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Palavras-chave racismo
Nações Unidas contam já 100 mil refugiados
Quase cem mil pessoas, na maioria trabalhadores imigrantes, fugiram já da Líbia para os países vizinhos – sobretudo Egipto e Tunísia –, face à escalada da violência, só na última semana, foi indicado hoje pelo alto comissariado das Nações Unidas para os refugiados. (...)

Nações Unidas contam já 100 mil refugiados
MINORIA(S): Refugiados Pontuação: 16 Migrantes Pontuação: 3 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-02-27 | Jornal Público
SUMÁRIO: Quase cem mil pessoas, na maioria trabalhadores imigrantes, fugiram já da Líbia para os países vizinhos – sobretudo Egipto e Tunísia –, face à escalada da violência, só na última semana, foi indicado hoje pelo alto comissariado das Nações Unidas para os refugiados.
TEXTO: Só na fronteira tunisina de Ras Jedir passaram mais de dez mil pessoas no sábado, precisou o Crescente Vermelho. “É uma crise humanitária e as nossas capacidades estão exaustas. Já há pessoas a dormirem ao relento”, contou o chefe da organização na Tunísia, Monji Slim, apelando a “ajuda urgente de todos para resolver este problema”. As Nações Unidas anunciaram que já têm uma operação na fronteira líbio-tunisina, com 20 funcionários e vários milhares de tendas para dar assistência de urgência aos refugiados. O Programa Mundial Alimentar lançou, entretanto, o alerta de que a rede de abastecimentos alimentares na Líbia está “à beira do colapso” e a Cruz Vermelha fez um apelo para ajuda médica de mais de seis milhões de dólares. A televisão estatal líbia desmentiu esta manhã que os guardas fronteiriços líbios tenham abandonado os seus postos naquela região – apesar de vários correspondentes de medias de todo o mundo testemunharem que os responsáveis pelos controlos fronteiriços já não se encontrarem na zona há pelo menos dois dias, tanto na passagem de Ras Jedir como na de Dahiba. É avançado porém pela agência noticiosa francesa AFP que ainda estão no local tropas leais a Khadafi.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave ajuda humanitária
Vários mortos num tiroteio em campo de refugiados na Somália
Um tiroteio entre pessoas que escoltavam uma caravana do Programa Alimentar Mundial e um grupo de homens armados causou vários mortos no campo de refugiados de Badbaado, em Mogadíscio, a capital da Somália, onde estão instaladas cerca de 30 mil pessoas que fugiram à fome causada pela pior seca dos últimos 60 anos. (...)

Vários mortos num tiroteio em campo de refugiados na Somália
MINORIA(S): Refugiados Pontuação: 16 Africanos Pontuação: 12 | Sentimento -0.1
DATA: 2011-08-05 | Jornal Público
SUMÁRIO: Um tiroteio entre pessoas que escoltavam uma caravana do Programa Alimentar Mundial e um grupo de homens armados causou vários mortos no campo de refugiados de Badbaado, em Mogadíscio, a capital da Somália, onde estão instaladas cerca de 30 mil pessoas que fugiram à fome causada pela pior seca dos últimos 60 anos.
TEXTO: Ao início da tarde desta sexta-feira não era ainda claro o que tinha acontecido. Um dos refugiados, Aden Kusow, contou à Reuters que “pelo menos dez pessoas morreram e 15 outras ficaram feridas”. Sete das vítimas dos disparos terão morrido dentro do campo e outras três no exterior, “grande parte refugiados”. Segundo a AFP, morreram cinco refugiados. A caravana do Programa Alimentar Mundial que levava ajuda humanitária para o campo foi atacada por homens armados e fardados, que terão pretendido saquear a comida. Um dos motoristas da caravana, Abdikadir Mohamed, contou à AFP que “muitas pessoas correram para se proteger quando começou a troca de tiros entre a escolta de segurança [que acompanhava a caravana do Programa Alimentar Mundial] e os atacantes”. O Programa Alimentar Mundial diz ter 290 toneladas de milho disponíveis para distribuir no local e confirmou o incidente. Uma testemunha contou à Reuters que viu um soldado morto quando fugiu com os seus três filhos do local do tiroteio. E Ali Isa, que trabalha para uma organização não governamental parceira do PAM, confirmou à AFP que “a ajuda alimentar foi toda roubada e houve vítimas”. Explicou que se tratava de uma caravana de dez camiões com 300 toneladas de ajuda que iriam ser distribuídas no campo de refugiados. Na Somália há cerca de 3, 7 milhões de pessoas em risco devido à fome, grande parte no Sul do país. A crise alimentar no Corno de África está a afectar cerca de 12 milhões de pessoas. Aos campos em redor da capital somali chegaram cerca de 100 mil pessoas nos últimos dois meses, e o número aumenta a cada dia que passa. Muitas fizeram centenas de quilómetros e enfrentaram a ameaça da milícia Al-Shabaab, com ligações à Al-Qaeda, que controla parte da capital e do Sul da Somália. O primeiro-ministro do fragilizado Governo somali, Abdiweli Mohamed Ali, visitou o campo e prometeu tomar medidas “contra os responsáveis por este caos”. Mas nesta situação de emergência humanitária o trabalho das organizações de apoio torna-se cada vez mais arriscado. Sacdia Kassim, que trabalha numa organização parceira do Programa Alimentar Mundial, disse à Reuters que o roubo de comida tem-se tornado recorrente em Mogadíscio. “Muitas vezes vemos as forças governamentais ou os residentes a saquear comida que é para os refugiados”.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave homens campo fome ajuda humanitária morto
Inundado de refugiados, Ocidente olha de forma diferente para Assad
O debate sobre a presença militar da Rússia na Síria esconde a grande mudança operada neste Verão. Assad, mais do que o problema, é cada vez mais parte da solução. Até para os refugiados que ele próprio criou. (...)

Inundado de refugiados, Ocidente olha de forma diferente para Assad
MINORIA(S): Refugiados Pontuação: 16 | Sentimento 0.0
DATA: 2015-09-15 | Jornal Público
SUMÁRIO: O debate sobre a presença militar da Rússia na Síria esconde a grande mudança operada neste Verão. Assad, mais do que o problema, é cada vez mais parte da solução. Até para os refugiados que ele próprio criou.
TEXTO: Bashar al-Assad está a perder a guerra na Síria. Perde a Sul para os rebeldes moderados, a Norte e a Leste para coligações de milícias que, na sua maioria, são compostas por grupos extremistas islâmicos. As forças do regime escasseiam de meios e soldados, por morte ou deserção, e, só nesta última semana, tiveram de abandonar a última base militar do regime na província de Idlib, assim como a base aérea de Abu al-Duhur, que até agora resistira a dois anos cercada. Em Deir Ezzor, a Leste, o autoproclamado Estado Islâmico posicionou-se nos últimos dias a menos de um quilómetro de uma das últimas bases aéreas de Assad a Norte de Damasco. Perdera antes Palmira, para choque do Ocidente, e Jazal, o último grande campo petrolífero do Governo. Ambos para jihadistas. A gradual derrota de Assad está a tornar-se de tal forma evidente na Síria que até as populações alauitas, que sempre lhe foram fiéis, protestaram em Agosto contra o recente desempenho do exército. Semanas antes, o Presidente sírio admitira ao país que não tinha homens suficientes para ganhar a guerra e que tinha agora de se concentrar em territórios-chave perto da capital. Tudo isto seriam más notícias para o ditador sírio, não fosse pelo facto de a sua imagem ter gradualmente mudado nos últimos meses. Assad, o homem que mais civis matou e continua a matar na guerra da Síria, deixou de ser o principal problema do Ocidente. Aos olhos ocidentais, o Estado Islâmico é o principal responsável pela vaga de milhares de refugiados que todos os dias arriscam a vida a tentar atravessar o Mediterrâneo e fugir da guerra na Síria. O Presidente francês disse-o no início da última semana, estava ainda fresca a imagem do corpo de Alan nas costas da Turquia. François Hollande anunciava então que ia começar voos de reconhecimento na Síria para bombardear os jihadistas. A Austrália está a ponderar fazer o mesmo. O Reino Unido atacou pela primeira vez o grupo também na última semana, e indicou que poderá fazê-lo novamente. Tudo isto no espaço dos dias em que a Europa discute, dividida, o que fazer com a maior vaga de refugiados no continente desde a II Guerra Mundial. “É uma resposta imensamente insatisfatória, mas a verdade é que cada vez que fazemos algo, acabamos por fazer algo pior. As imagens dos refugiados estão a mudar as políticas, mas não estão a alterar a realidade militar”, diz ao Financial Times Steven Cook, investigador no think-tank Council on Foreign Relations. E a realidade na Síria é que é Bashar al-Assad quem mais mata. Muito mais do que os jihadistas do Estado Islâmico ou até do que o satélite da Al-Qaeda no país, a Frente al-Nusra. O regime sírio matou 7894 pessoas entre Janeiro e Julho, segundo dados da Rede Síria para os Direitos Humanos, que monitoriza o conflito a partir do Reino Unido. O Estado Islâmico matou 1131. Poucos dias depois de esta contagem terminar, em meados de Agosto, os aviões de Assad mataram mais de 104 civis nos subúrbios de Damasco num só dia. “A crise de refugiados é frequentemente olhada pelo prisma do Estado Islâmico”, diz Emile Hokayem, do Instituto Internacional de Estudos Estratégicos, outro think-tank. “Mas a maior parte dos refugiados partem para a Europa porque estão a fugir dos ataques aéreos de Assad e das suas bombas-barril. ”Primavera de AssadA resposta militar e diplomática do Ocidente, contudo, centra-se cada vez mais no Estado Islâmico e cada vez menos em Assad. O Parlamento britânico discutiu na última semana uma proposta para que Assad fizesse parte de um Governo de transição na Síria com a duração máxima de seis meses. O ministro espanhol dos Negócios Estrangeiros declarava também, em Teerão, que “chegou a hora de negociar com a Bashar al-Assad”. A reforma da imagem do ditador é anterior à explosão da crise dos refugiados na Europa. Já tinham morrido 220 mil pessoas na Síria quando, em Fevereiro deste ano, Assad se dirigiu ao mundo ocidental numa entrevista à BBC. Negou os números da guerra civil – que chegaram aos 250 mil mortos e quatro milhões de refugiados –, os assassínios e torturas nos centros de detenção. Em editorial, o Guardian sublinhava que, mais do que um “exercício de negação”, a entrevista foi a prova da “vantagem política” que ganhara com a entrada em cena do Estado Islâmico. A coligação internacional, confrontada com as matanças chocantes dos jihadistas, começava já a ignorar Assad. As negociações para a transição política na Síria iam ficando de lado. “Essa conversa já passou, tal como as exigências do mundo ocidental para que Assad abandone o poder", escrevia o jornal.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave direitos morte homens guerra humanos campo homem corpo
Conflito na Síria já causou mais de 200 mil refugiados
O conflito na Síria já se prolonga há 18 meses e, para além de cerca de 23 mil mortos, já causou mais de 200 mil refugiados, segundo a ONU. (...)

Conflito na Síria já causou mais de 200 mil refugiados
MINORIA(S): Refugiados Pontuação: 16 | Sentimento 0.5
DATA: 2012-08-25 | Jornal Público
SUMÁRIO: O conflito na Síria já se prolonga há 18 meses e, para além de cerca de 23 mil mortos, já causou mais de 200 mil refugiados, segundo a ONU.
TEXTO: Só na semana passada mais de 30 mil pessoas atravessaram a fronteira para a Turquia, Líbano, Iraque e Jordânia. Em cada dia passam a fronteira para a Jordânia mais de duas mil pessoas, e o número dos que fogem à guerra está a ultrapassar as estimativas do Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (ACNUR), que previa a fuga de 185 mil pessoas até ao final do ano. “Tem havido um aumento dramático do número de refugiados sírios em Agosto, agora são cerca de 200 mil”, confirmou Adrian Edwards, porta-voz do ACNUR, citado pela Reuters. “Vamos ter que rever os nossos planos”, admitiu. É para a Turquia que tem partido grande parte dos refugiados que foge à guerra na Síria – eram já 74 mil registados até quarta-feira. Já nesta sexta-feira, o gabinete para a gestão de situações de emergência na Turquia adiantou que, nas últimas horas, tinham entrado no país 3500 pessoas vindas da Síria. As autoridades de Ancara já têm manifestado preocupação quanto ao aumento do fluxo de refugiados. O ministro turco dos Negócios Estrangeiros, Ahmet Davutoglu, disse esta semana que o país não terá capacidade para lidar com a situação se o número de refugiados ultrapassar os cem mil e sugeriu mesmo que seja criada uma “zona segura” para acolher os que fogem dentro da própria Síria, uma ideia que deverá apresentar durante a reunião do Conselho de Segurança da ONU agendada para o próximo dia 30. Mais campos de refugiadosNa Turquia estão a ser criados sete novos campos de refugiados para juntar aos nove que já estão instalados. Para a Jordânia atravessam a fronteira cerca de 2200 pessoas por dia, confirmou Edwards, as quais chegam sobretudo ao campo de Za’atri, onde esta semana nasceu o primeiro bebé. Também para o Iraque já fugiram cerca de 16 mil sírios, e no Líbano estão registados 51 mil. “A deterioração das condições de segurança no Líbano [para onde o conflito na Síria já alastrou] está a prejudicar o nosso trabalho de apoio aos refugiados, mas as operações vão continuar”, garantiu Edwards. No interior da Síria também já haverá mais de um milhão de deslocados internos e 2, 5 milhões de pessoas a precisar de ajuda humanitária. Os confrontos prosseguem na segunda cidade, Alepo, mas também na capital, Damasco, onde as forças do Presidente Bashar al-Assad lançaram uma ofensiva em Darayya, um subúrbio da cidade, e pelo menos 72 pessoas morreram nos últimos três dias, grande parte civis, segundo fontes da oposição.
REFERÊNCIAS:
Entidades ONU
Chega ao Uzbequistão a primeira carga de ajuda humanitária para os refugiados quirguizes
O primeiro avião transportando ajuda humanitária para as dezenas de milhares de refugiados quirguizes chegou esta manhã ao vizinho Uzbequistão, confirmaram as autoridades de Andijan. (...)

Chega ao Uzbequistão a primeira carga de ajuda humanitária para os refugiados quirguizes
MINORIA(S): Refugiados Pontuação: 16 | Sentimento 0.25
DATA: 2010-06-16 | Jornal Público
SUMÁRIO: O primeiro avião transportando ajuda humanitária para as dezenas de milhares de refugiados quirguizes chegou esta manhã ao vizinho Uzbequistão, confirmaram as autoridades de Andijan.
TEXTO: Fugindo da vaga de violência interétnica que varre o Sul do Quirguistão há quase uma semana – contando-se já 179 mortos – mais de 75 mil pessoas da etnia uzbeque encontraram refúgio do outro lado da fronteira, onde estão a ser construídos campos improvisados. A primeira carga de ajuda incluía 800 tendas enviadas pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), sendo esperados ainda mais outros dois aviões ao longo do dia de hoje. Os combates no Sul do Quirguistão atingiram hoje uma situação de risco ainda mais elevado, com grupos rebeldes uzbeques a ameaçaram fazer explodir um depósito de petróleo situado na zona dos conflitos, em Och, se as forças fiéis ao governo interino tentarem assumir o controlo do local.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave violência ajuda