EUA pedem ao Quirguistão que facilite o regresso dos refugiados
O secretário de Estado adjunto norte-americano, Robert Blake, pediu hoje ao Quirguistão que crie condições para o regresso seguro de centenas de milhares de refugiados ao país. (...)

EUA pedem ao Quirguistão que facilite o regresso dos refugiados
MINORIA(S): Refugiados Pontuação: 16 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-06-19 | Jornal Público
SUMÁRIO: O secretário de Estado adjunto norte-americano, Robert Blake, pediu hoje ao Quirguistão que crie condições para o regresso seguro de centenas de milhares de refugiados ao país.
TEXTO: “É importante que o governo provisório estabeleça a atmosfera de confiança e segurança para que os refugiados que se encontram no Uzbequistão e os deslocados internos possam regressar a casa e viver em harmonia com os vizinhos”, disse o visitante depois de conversações com a dirigente interina do país, Roza Otunbayeva. Enquanto isto, o serviço das Nações Unidas para a Coordenação dos Assuntos Humanitários (OCHA) pediu 71 milhões de dólares (57, 3 milhões de euros) para cerca de 1, 1 milhões de pessoas que, de uma forma ou de outra, foram afectadas pela violência dos últimos dez dias no Sul do Quirguistão, uma antiga república soviética na Ásia Central. A luta entre as comunidades quirguize e uzbeque fez pelo menos duas centenas de mortos, mas a própria Roza Otunbayeva já admitiu que este número oficial possa ter de ser multiplicado por dez para se chegar a uma estatística mais realista. John Holmes, o responsável pelo OCHA, está a conferenciar com os países doadores, para que haja um esforço global de ajuda às vítimas deste surto de violência no vale de Fergana, onde o Quirguistão e o Uzbequistão fazem fronteira, anunciou o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon. O que mais se procura é arranjar comida e abrigo para centenas de milhares de pessoas, durante pelo menos seis meses. Entretanto, a justiça do Quirguistão acusou o activista dos direitos humanos Azimzhan Askarov, responsável pelo grupo “Air”, de incitar à violência étnica, ao acusar os militares de cumplicidade no que se tem estado a passar. Influência russaAskarov foi detido terça-feira na sua terra, perto da cidade de Jalalabad, depois de ter andado a filmar parte da violência que por ali se tem vivido, numas região da Ásia Central onde é grande a influência russa. O Quirguistão é independente há 18 anos, mas a Rússia ainda é considerada um aliado histórico, para a promoção económica e cultural, segundo explica o site “Journal of Turkish Weekly”, dirigido pela International Strategic Research Organization. Apesar do colapso da União Soviética, a língua russa ainda é usada correntemente no Quirguistão, particularmente na região onde se situa a capital, Bichkek, e onde vive 25 por cento da população. Muitos quirguizes, incluindo a maior parte da classe política, sentem-se mais à vontade a falar russo do que quirguize. No dia 25 de Maio de 2000 o russo foi adoptado como língua oficial do país, a par do quirguize; e é esta precisamente uma das queixas da comunidade uzbeque, ligeiramente superior à russa mas que não tem a sua língua igualmente reconhecida pela Constituição, cuja última revisão data de 2007. Dia 27 vai ser submetida a referendo uma nova Constituição, que redefine as relações entre o Presidente e o Jorgorku Kenesh (Conselho Supremo, espécie de Parlamento) e coloca limites à governação por um só partido ou dirigente partidário. Mas continua a não ter em conta muitas das reivindicações da minoria uzbeque, como a utilização da própria língua e a representação em todos os nível do poder, do local ao nacional.
REFERÊNCIAS:
Entidades ONU
Cerca de mil refugiados sírios chegam à Turquia
Cerca de mil refugiados sírios atravessaram entre quarta e quinta-feira a fronteira entre a Síria e a Turquia, fugindo à repressão do regime de Bashar al-Assad. (...)

Cerca de mil refugiados sírios chegam à Turquia
MINORIA(S): Refugiados Pontuação: 16 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-06-10 | Jornal Público
SUMÁRIO: Cerca de mil refugiados sírios atravessaram entre quarta e quinta-feira a fronteira entre a Síria e a Turquia, fugindo à repressão do regime de Bashar al-Assad.
TEXTO: O número de cidadãos sírios em território turco sobe assim para perto de 1. 600, de acordo com a AFP. Para receber os refugiados, a Turquia preparou um dispositivo de acolhimento e de socorro na província de Hatay, no Sul do país. Nas últimas 24 horas, 1. 050 refugiados terão entrado na Turquia vindos da Síria, precisa a agência semi oficial Antolie. Desde o início da vaga de contestação na Síria, há três meses, 1. 577 refugiados foram recebidos pela Cruz Vermelha em Yayladagi, na província de Hatay, onde foram montadas, desde o fim de Abril, tendas capazes de acolher milhares de refugiados. Apesar de o número de sírios a chegar à Turquia não parar de aumentar, o primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, assegurou que não irá fechar fronteiras aos que querem abandonar a Síria. O Presidente sírio, Bashar al-Assad, no poder há 11 anos, enfrenta uma contestação sem precedentes há três meses à qual tem respondido com violenta repressão. Na quarta-feira, o Reino Unido, França, Portugal e Alemanha, apresentaram ao Conselho de Segurança da ONU uma resolução exigindo o fim imediato da violência que já provocou mais de 1. 100 mortos. A votação da resolução deverá acontecer nos próximos dias. Pillay pede a Damasco fim dos ataques contra o seu povoNesta quinta-feira, a alta comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Navi Pillay, exigiu às autoridades sírias que “parassem os seus ataques” contra os direitos humanos do seu próprio povo, classificando como “deplorável” a actuação do Governo sírio. "É lamentável que um Governo tente controlar a população com agressões, usando tanques, artilharia e franco-atiradores", diz a alta comissária em comunicado. "Chegam-nos cada vez mais informações alarmantes sobre os constantes esforços do Governo sírio para esmagar impiedosamente as manifestações civis", avança o texto. Sobre a fuga de civis sírios das suas cidades, Pillay pediu aos países vizinhos da Síria que aceitassem os refugiados. “Peço aos estados que mantenham as suas fronteiras abertas aos refugiados que fogem da Síria”, insistiu.
REFERÊNCIAS:
Entidades ONU
Mulheres continuam a ser alvo de discriminação económica e social
Relatório da ONU reclama mais e melhores empregos para mulheres e a redução da disparidade salarial. (...)

Mulheres continuam a ser alvo de discriminação económica e social
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 16 Migrantes Pontuação: 5 | Sentimento 0.116
DATA: 2015-05-02 | Jornal Público
SUMÁRIO: Relatório da ONU reclama mais e melhores empregos para mulheres e a redução da disparidade salarial.
TEXTO: As mulheres continuam a sofrer de discriminação económica e social e são forçadas a ajustar-se a um “mundo de homens”, lê-se num relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) publicado nesta segunda-feira. Globalmente, há mais desemprego feminino do que masculino e mesmo quando trabalham, as mulheres têm rendimentos inferiores: em média, dispõe de um rendimento mensal 24% mais baixo do que o dos homens. Em Portugal, o hiato é de 17, 8%, de acordo com o documento — abaixo, ainda assim, de vários outros países desenvolvidos que têm apostado em políticas de promoção do emprego feminino, como a Alemanha (19, 3%). Nas chamadas “regiões desenvolvidas”, onde Portugal e Alemanha se incluem, o hiato médio em termos de rendimentos atinge os 22, 9%. As contas são apresentadas para o período 2008-2014. Estas são algumas das conclusões do estudo Progresso das Mulheres do Mundo 2015-2016, produzido pela ONU Mulheres, a organização dentro das Nações Unidas dedicada à igualdade e emancipação das mulheres. O documento é publicado numa altura em que a comunidade internacional discute a agenda do desenvolvimento para o pós-2015 e coincide com o 20. º aniversário da comemoração da 4. ª Conferência Mundial sobre Mulheres, em Pequim, que determinou uma agenda para melhorar a igualdade entre géneros. A partir de estatísticas de fontes diversas e de diferentes anos, o Progresso das Mulheres do Mundo 2015-2016 refere que apesar da diferença de rendimentos observada, as mulheres trabalham, muitas vezes, mais horas do que os homens uma vez que dispendem, em média, 2, 5 vezes mais tempo no chamado trabalho não pago (trabalho doméstico, cuidados com as crianças e idosos, etc). Sobre este ponto específico, os dados apresentados para Portugal são antigos: cita-se um estudo de 1999 para dizer que as portuguesas dedicam em média quatro vezes mais tempo por dia em trabalho doméstico e não remunerado do que os homens (302 minutos por dia contra 77 minutos por dia gastos pelos homens). Ainda assim, Portugal é um país considerado desenvolvido em várias matérias: tem leis contra discriminação entre géneros a nível salarial e no recrutamento e proíbe o assédio sexual no local de trabalho. Evoluiu também em termos de taxa de participação laboral das mulheres, que aumentou de 49%, em 1990, para 55%, em 2013. Nas chamadas “regiões desenvolvidas”, onde Portugal se inclui, a evolução foi de 49, 3% para 53, 4%. Desde 1995, reconhece a ONU, o mundo tem assistido a vários progressos, nomeadamente num maior acesso de mulheres ao ensino, à participação política e a posições de liderança e também a uma maior protecção jurídica contra a violência e a discriminação laboral, económica e social. Porém, as mulheres continuam na generalidade a ter trabalhos pouco qualificados e baixos salários e muitas vezes não têm acesso a cuidados de saúde, água potável ou saneamento básico. O relatório determina 10 prioridades para a acção pública, começando por reivindicar mais e melhores empregos para mulheres, a redução da disparidade profissional e salarial entre homens e mulheres, o fortalecimento da segurança económica das mulheres ao longo da vida, a redução e redistribuição do trabalho doméstico e o investimento em serviços sociais com consciência das questões de género.
REFERÊNCIAS:
Entidades ONU
Meryl Streep financia laboratório para mulheres argumentistas com mais de 40 anos
Actriz americana resolveu apoiar um projecto que quer valorizar as mulheres que escrevem para cinema e televisão. (...)

Meryl Streep financia laboratório para mulheres argumentistas com mais de 40 anos
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 16 | Sentimento 0.0
DATA: 2015-05-01 | Jornal Público
URL: https://arquivo.pt/wayback/20150501175228/http://www.publico.pt/1693144
SUMÁRIO: Actriz americana resolveu apoiar um projecto que quer valorizar as mulheres que escrevem para cinema e televisão.
TEXTO: A actriz norte-americana Meryl Streep investiu num projecto para a criação de um laboratório para mulheres argumentistas com mais de 40 anos. Defensora da igualdade de género, Streep vai assim ajudar a criar o Writers Lab da associação da indústria cinematográfica que defende o papel das mulheres no sector New York Women Film and Television. O projecto foi anunciado domingo durante um debate no Festival de Cinema de Tribeca, realizado em Nova Iorque. A ideia de um laboratório para mulheres argumentistas com mais de 40 anos surge depois de em 2014 um estudo da Guilda dos Argumentistas dos EUA indicar que o número de mulheres guionistas nos Estados Unidos decresceu entre 2009 e 2012. O documento mostrava que a quantidade de argumentistas do sexo feminino nos EUA desceu de 17% em 2009 para 15% em 2012, além de evidenciar as significativas diferenças salariais entre géneros. Oito candidatas serão escolhidas para fazer parte da primeira edição deste projecto, que terá como mentoras a argumentista e realizadora Gina Prince-Bythewood (A vida secreta das abelhas eBeyond the Lights), a produtora Caroline Kaplan (Boyhood) e as argumentistas Kirsten Smith (Legalmente Loira) e Jessica Bendinger (Tudo por elas), entre outras. Na última edição dos Óscares, Meryl Streep foi uma das mais visíveis apoiantes de Patricia Arquette quando a vencedora do Óscar de melhor actriz secundária por Boyhood, no seu discurso de vitória, denunciou desigualdade salarial e pediu “igualdade de direitos para as mulheres nos EUA".
REFERÊNCIAS:
Entidades EUA
Cidade do México penaliza assassínios de mulheres por razões de género
Assassinar uma mulher por razões de género passou a ser um crime tipificado no Código Penal do distrito do México e as condenações podem ir dos 20 aos 60 anos de prisão. Nos últimos dois anos foram mortas naquela região mais de 200 mulheres. (...)

Cidade do México penaliza assassínios de mulheres por razões de género
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 16 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-07-28 | Jornal Público
SUMÁRIO: Assassinar uma mulher por razões de género passou a ser um crime tipificado no Código Penal do distrito do México e as condenações podem ir dos 20 aos 60 anos de prisão. Nos últimos dois anos foram mortas naquela região mais de 200 mulheres.
TEXTO: A mudança que agora entrou em vigor no Código Penal do distrito a que pertence a capital mexicana não se refere a todos os assassínios de mulheres, mas sim àqueles que foram motivados por questões de género, os casos “em que a vítima apresente sinais de violência sexual de qualquer tipo”. Os assassínios na sequência de violações, por exemplo, ou de violência doméstica. A reforma penal já tinha sido aprovada em Junho pela assembleia legislativa local, mas foi agora publicada. Na nova lei é tipificado o crime de “feminicídio” para os casos de violência sexual ou “mutilações prévias ou posteriores à privação da vida”. Organizações como a Amnistia Internacional têm vindo a denunciar o aumento destes crimes no México, o que estará relacionado com uma elevada taxa de impunidade e com dificuldades no acesso à justiça. Só nos arredores da capital mexicana foram assassinadas 203 mulheres por questões de género entre Janeiro de 2009 e Dezembro de 2010, segundo o Observatório Nacional de Feminicídio no México. Dessas, 108 tinham entre 21 e 40 anos de idade. O Governo local do distrito do México adiantou em comunicado que, de acordo com a nova legislação, serão considerados “feminicídios” os casos em que tenha havido ameaças ou em que a vítima tenha sido alvo de violência ou quaisquer tipo de lesões, bem como as situações em que o corpo seja exposto ou deixado num local público, adiantou a agência EFE. Nestes casos, é muito comum a vítima ter estado incomunicável mesmo antes de ter sido assassinada. Estes crimes podem agora ser condenados a penas que vão dos 20 aos 50 anos de detenção, mas nos casos em que exista uma relação sentimental entre o agressor e a vítima, qualquer relação de parentesco ou de confiança, a moldura penal aumenta, sendo a pena mínima de 30 anos e a máxima de 60 anos de detenção. O chefe de governo do Distrito Federal do México, Marcelo Ebrard, considerou que este é “um passo para construir uma sociedade onde exista efectivamente igualdade e as mulheres vivam livres de violência”. Os dois novos artigos inscritos na legislação distrital determinam que os assassínios de mulheres por questões de género devem ser investigados recorrendo a procedimentos como o registo fotográfico da vítima e a descrição das sua lesões, bem como a recolha de amostras de ADN que devem ser catalogadas numa base de dados genéticos.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave crime lei violência igualdade género sexual mulheres doméstica corpo agressor
Tribunais aplicaram 54 pulseiras electrónicas em casos de violência doméstica
Os tribunais aplicaram 54 vezes a pulseira electrónica a agressores que cometeram crimes de violência doméstica, impedindo-os de se aproximarem das vítimas, um instrumento que está em vigor desde Dezembro de 2009. (...)

Tribunais aplicaram 54 pulseiras electrónicas em casos de violência doméstica
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 16 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-08-22 | Jornal Público
SUMÁRIO: Os tribunais aplicaram 54 vezes a pulseira electrónica a agressores que cometeram crimes de violência doméstica, impedindo-os de se aproximarem das vítimas, um instrumento que está em vigor desde Dezembro de 2009.
TEXTO: Segundo os últimos dados estatísticos do Instituto de Reinserção Social (IRS), os juízes estão a utilizar cada vez mais este instrumento para condenar os agressores. A 31 de Maio deste ano estavam activas 26 pulseiras electrónicas aplicadas por decisão judicial a agressores que cometeram o crime de violência doméstica. No mês em que este instrumento entrou em funcionamento, os tribunais determinaram a aplicação de apenas três pulseiras electrónicas, tendo o número vindo sempre a crescer. Segundo a definição da unidade contra a violência doméstica e maus-tratos a menores, criada há um ano e meio no Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) de Lisboa, as principais vítimas de violência doméstica são mulheres entre os 30 e os 40 anos, casadas, empregadas e no mínimo com 9. º ano de escolaridade. A violência entre jovens casais de namorados também está a aumentar. A Vigilância Electrónica (VE) é um conjunto de meios de controlo e fiscalização à distância que funciona desde 2002 e que, em 2009, foi alargada aos agressores proibindo o contacto com a vítima, no âmbito da violência doméstica. A redução da pressão do excesso da população prisional e os seus custos, o controlo do cumprimento de decisões judiciais e diminuição da reincidência criminal são alguns dos objectivos deste instrumento, que limita o raio de acção dos agressores.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave crime violência social mulheres maus-tratos doméstica
Mulheres socialistas congratulam-se com candidatura de Maria de Belém a presidente
A presidente do Departamento Nacional de Mulheres Socialistas, Catarina Marcelino, congratulou-se hoje com a candidatura de Maria de Belém Roseira a presidente do PS, considerando que esta vai ser “uma mais-valia” para o partido e para o país. (...)

Mulheres socialistas congratulam-se com candidatura de Maria de Belém a presidente
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 16 | Sentimento 0.8
DATA: 2011-09-07 | Jornal Público
SUMÁRIO: A presidente do Departamento Nacional de Mulheres Socialistas, Catarina Marcelino, congratulou-se hoje com a candidatura de Maria de Belém Roseira a presidente do PS, considerando que esta vai ser “uma mais-valia” para o partido e para o país.
TEXTO: “A candidatura de Maria de Belém a presidente do PS é para as mulheres socialistas, para o PS e para Portugal uma afirmação da igualdade efectiva entre homens e mulheres no nosso país e dentro do partido”, disse à Lusa Catarina Marcelino. De acordo com a presidente do Departamento Nacional de Mulheres Socialistas, Maria de Belém Roseira tem um percurso conhecido como ministra da Saúde e como mulher que se tem afirmado muito também nas áreas sociais. “Foi a primeira mulher ministra da Igualdade, o que mostra o seu percurso. A presidência que vai exercer será pautada pela igualdade quer do ponto de vista social quer de género. É com grande satisfação que as mulheres socialistas vêem chegar à presidência do partido uma mulher com este percurso”, salientou. No entender de Catarina Marcelino, é também “com satisfação que as mulheres socialistas vêem o próprio Partido Socialista pôr em prática as políticas que andou a implementar durante anos, nomeadamente a lei da paridade”. Primeira mulher presidente do PSMaria de Belém Roseira deverá ser a nova presidente do PS. A socialista vai ser proposta pelo secretário-geral do partido, António José Seguro, devendo ser eleita sem grande oposição no congresso que decorre este fim-de-semana em Braga. A socialista, que actualmente é líder parlamentar interina, deverá ser a primeira mulher a ser eleita presidente do partido, rendendo Almeida Santos. Maria de Belém Roseira Martins Coelho Henriques de Pina exerceu funções como ministra da Saúde no XIII Governo Constitucional (1995-1999) e como ministra para a Igualdade no XIV Governo (1999-2000), ambos presididos por António Guterres. Foi vice-presidente (1997) e presidente (1999) da Assembleia-Geral da Organização Mundial de Saúde.
REFERÊNCIAS:
Mulheres portuguesas ganham menos 18 por cento que os homens
As mulheres portuguesas ganham, em média, menos 18 por cento que os homens (181 euros), apesar de a sua participação no mercado de trabalho ter aumentado nos últimos anos, segundo um estudo da CGTP. Hoje decorre em Varsóvia o Congresso Europeu da Mulher. (...)

Mulheres portuguesas ganham menos 18 por cento que os homens
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 16 | Sentimento -0.16
DATA: 2011-09-18 | Jornal Público
SUMÁRIO: As mulheres portuguesas ganham, em média, menos 18 por cento que os homens (181 euros), apesar de a sua participação no mercado de trabalho ter aumentado nos últimos anos, segundo um estudo da CGTP. Hoje decorre em Varsóvia o Congresso Europeu da Mulher.
TEXTO: De acordo com o estudo sobre a desigualdade entre homens e mulheres no trabalho, a taxa de actividade feminina é de 56 por cento, menos 11, 9 pontos percentuais do que a taxa de actividade masculina, que é de 67, 9 por cento. O estudo, elaborado com base em dados do INE - Instituto Nacional de Estatística, refere que em Portugal as mulheres representam 47, 3 por cento da população activa e 47 por cento do emprego total. No entanto, a remuneração base média mensal dos homens (1. 003, 7 euros) era no ano passado superior em 18 por cento à das mulheres (822, 7 euros). Se o referencial for o ganho médio mensal e não apenas o salário base, então a diferença ainda é maior, de 21, 6 por cento. O sector da saúde e do apoio social é aquele onde a diferença salarial é maior (33, 5 por cento). Em média os homens ganham 1. 202, 05 euros e as mulheres 798, 91 euros (menos 403, 14 euros). A diferença é menor no sector do comércio. Os homens ganham em média 1. 122, 03 euros por mês, enquanto as mulheres ganham 910, 29 euros, o que corresponde a menos 19 por cento (211, 74 euros). São também as mulheres que representam a maioria dos trabalhadores que auferem o Salário Mínimo Nacional - 12, 3 por cento, enquanto para os homens essa percentagem é de 5, 9 por cento. Eurodeputada Edite Estrela quer legislação para acabar com diferençasA eurodeputada Edite Estrela, vice-presidente da comissão dos Direitos da Mulher e da Igualdade de Género, defendeu hoje a necessidade de serem aplicadas na União Europeia medidas legislativas para acabar com a diferença salarial entre homens e mulheres. Edite Estrela vai representar o Parlamento Europeu no Congresso Europeu da Mulher, que decorre hoje em Varsóvia, no âmbito da Presidência Polaca da UE. “Vou aproveitar este congresso para reafirmar a necessidade da Comissão Europeia apresentar medidas que garantam a igualdade salarial entre homens e mulheres e também a participação da mulher nos processos de decisão, a todos os níveis, incluindo das administrações das grandes empresas”, afirmou. Segundo Edite Estrela, as mulheres ainda estão muito pouco representadas nas administrações das empresas da União Europeia, apesar de representarem 60 por cento dos licenciados que saem das universidades. “Só um em cada 10 membros de administrações das maiores empresas europeias são mulheres e 97 por cento dos presidentes dessas empresas são homens”, salientou. Para a eurodeputada socialista a solução para esta situação só será conseguida com a aplicação de leis para a paridade, que “as empresas vão ter de cumprir”. O 3º Congresso Europeu é o maior evento internacional dedicado às questões sociais durante a Presidência semestral da Polónia e conta com a presença da Comissária Europeia para Justiça e Direitos Fundamentais, de vários ministros europeus responsáveis pela pasta, e de especialistas e representantes de organizações não-governamentais dos 27 Estados membros da EU.
REFERÊNCIAS:
Entidades UE
Mulheres usam menos a Internet e fazem-no sobretudo para trabalhos e relações sociais
As mulheres utilizam menos a Internet do que os homens e fazem-no sobretudo para trabalho e conexão social, ao passo que os homens diversificam e passam mais tempo ao computador sobretudo para entretenimento e consumo de informação. (...)

Mulheres usam menos a Internet e fazem-no sobretudo para trabalhos e relações sociais
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 16 | Sentimento 0.011
DATA: 2011-11-05 | Jornal Público
SUMÁRIO: As mulheres utilizam menos a Internet do que os homens e fazem-no sobretudo para trabalho e conexão social, ao passo que os homens diversificam e passam mais tempo ao computador sobretudo para entretenimento e consumo de informação.
TEXTO: Estas conclusões constam de um estudo sobre “Questões de género na participação digital” da autoria do investigador José Azevedo, da Universidade do Porto, realizado no âmbito do Projecto Inclusão e Participação Digital”, apresentado hoje, na Conferência “Diversidade Digital”, na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. A investigação conclui que apesar da diminuição da desigualdade entre géneros na sociedade portuguesa, esta ainda persiste no acesso à Internet e outras tecnologias de informação e comunicação (TIC). O estudo indica que o que continua a impedir que as mulheres participem mais intensamente, quer como produtoras, quer como utilizadoras de conteúdos, é o facto de o ambiente tecnológico ter ainda uma conotação masculinizada, por um lado, e o de a mulher ter menos tempo disponível para essa actividade, fruto da sua “dupla jornada” de trabalho (emprego/casa), por outro. No entanto, no que se refere ao nível mais elementar de acesso, verifica-se uma ligeira vantagem feminina na posse de equipamentos e serviços de internet: 77, 3% das mulheres declararam possuir computador portátil (contra 70, 4% dos homens) e 99, 5% afirmaram ter telemóvel (contra 97, 1% dos homens). Esta vantagem dilui-se quando é analisada a frequência de utilização: 9, 4% das mulheres não usavam internet versus 4% dos homens, enquanto que no universo dos “utilizadores muito frequentes” predomina o sexo masculino (55, 7%) em relação ao sexo feminino (49, 9%). Um dos factores socioculturais que pode limitar o maior envolvimento das mulheres com as TIC é o medo que estas têm da tecnologia – a “tecnofobia”, que resulta de um processo de socialização que promove a crença de que as máquinas e a tecnologia são um domínio masculino, aponta o estudo. Se a este receio se juntar as dificuldades que as mulheres têm em conciliar os papéis familiar e profissional, que se traduz em menos tempo livre para se dedicarem a outras actividades, pode-se compreender o seu menor envolvimento com as TIC, acrescenta o documento. O estudo avalia ainda a forma de estar na Internet em função do género, concluindo que existem diferenças no tipo de actividades praticadas por homens e mulheres. As principais actividades online realizadas por utilizadores do sexo masculino são o uso do correio electrónico (95, 6%), o visionamento de vídeos (88, 5%), a consulta de informação desportiva, cultural e de entretenimento (87, 3%), duas delas fortemente ligadas ao lazer e a tempos livres. Nas mulheres lidera também o correio electrónico (97, 8%), mas seguido de actividades de carácter relacional, como os serviços de mensagens instantâneas (86, 6%), e de carácter pragmático e estratégico, como a recolha de informação para realizar trabalhos escolares e profissionais (85, 3%). A observação destas prioridades revela também que os homens apresentam maior diversidade de utilização: 45, 4% dos homens declararam efectuar entre 11 e 15 actividades, contra 38, 8% de mulheres. A profundidade do envolvimento com a Internet diz respeito às contribuições dos utilizadores, nomeadamente a criação de conteúdos para sites, blogs ou redes sociais, estando aqui também as mulheres em desvantagem. A maioria dos respondentes que deram o seu contributo em sites colaborativos é do sexo masculino, 20% contra 7% do sexo feminino. Curiosamente, são muito mais as mulheres que manifestam um maior interesse em contribuir para sites colaborativos: cerca de metade das respondentes (50, 5%) manifestaram esse interesse, contra 36, 9% dos homens. O estudo revela ainda que as mulheres já assinaram mais petições online (45, 5%) do que os homens (36, 3%), que se preocupam mais com a origem e veracidade da informação e que utilizam mais este meio para aumentar o contacto com familiares e amigos distantes.
REFERÊNCIAS:
Partidos LIVRE
Presidente do Chile provoca polémica com piada sexista sobre o "talvez" das mulheres
Sebastián Piñera terá tentado ter graça com uma piada em que comparou políticos e mulheres. Mas o que conseguiu foi uma chuva de críticas feitas até por ministras que trabalham com o Presidente chileno. (...)

Presidente do Chile provoca polémica com piada sexista sobre o "talvez" das mulheres
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 16 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-12-08 | Jornal Público
SUMÁRIO: Sebastián Piñera terá tentado ter graça com uma piada em que comparou políticos e mulheres. Mas o que conseguiu foi uma chuva de críticas feitas até por ministras que trabalham com o Presidente chileno.
TEXTO: Piñera não é o primeiro político a descobrir tarde demais que as piadas de mau gosto podem sair caras, mas o que disse num encontro de chefes de Estado está a valer-lhe fortes críticas. A ministra chilena que dirige o Serviço Nacional da Mulher no Chile deixou uma mensagem no Twitter em que não nomeia o Presidente mas diz que “há gente que desfruta com piadas de políticos, gordos, homens ou mulheres que em geral não têm muita graça”. E a senadora Ximena Rincón não hesitou em criticar a “tirada pré-histórica e sexista” do Presidente. Mas o que disse Piñera, afinal? O Presidente chileno estava num encontro de chefes de Estado em Tuxtla, no México, quando resolveu contar uma anedota e perguntou: “Sabem qual é a diferença entre um político e uma mulher?”. Sem obter resposta, continuou. “Quando um político diz que ‘sim’ quer dizer ‘talvez’, quando diz ‘talvez’ quer dizer ‘não’ e quando diz ‘não’, não é político”. Talvez esta parte não tenha agradado a alguns políticos, mas a parte mais polémica da piada estava ainda por dizer. “Quando uma dama diz ‘não’ quer dizer ‘talvez’, quando diz ‘talvez’ quer dizer ‘sim’, quando diz que ‘sim’ não é uma dama”. Entre a audiência, apenas alguns riram. E no Chile as críticas não se fizeram esperar. “Tiradas como esta são uma afronta e um embaraço para este país, em termos de políticas de género, fazem-nos recuar vinte anos”, disse a senadora Ximena Rincón. “Infeliz” foi a palavra escolhida pela antiga ministra Laura Albornoz, na oposição desde a chegada de Piñera ao poder, para definir a intervenção do Presidente. Piñera, disse, “deve reconhecer o seu erro, porque este tipo de intervenções enviam sinais contraditórios no que se refere à defesa dos direitos das mulheres”. Piñera tomou posse em Janeiro de 2010, sucedeu a Michelle Bachelet e protagonizou uma viragem à direita no Chile. Antes da eleição foi um empresário de sucesso, dono da totalidade da Chilevisión, um canal de televisão chileno, de cerca de um terço da companhia aérea LAN e de 13% do clube de futebol Colo-Colo. Ganhou as eleições com maioria absoluta e a sua popularidade manteve-se em alta nos primeiros meses, com o mundo a assistir emocionado ao resgate de 33 mineiros que viveram soterrados 69 dias na mina de San José, no Norte do Chile, em Outubro de 2010. Os últimos meses, no entanto, têm sido marcados por um descontentamento crescente e fortes protestos estudantis contra as medidas de austeridade que afectam o sistema de ensino.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave direitos homens mulher género mulheres