Síria: o colapso do medo
Mohamed Hamdan, jornalista residente em Damasco, foi testemunha do que Ayman Abdel-Nour, analista político obrigado a exilar-se no Canadá, descreveu como “o colapso do medo nos corações dos sírios” após a explosão que ontem quase decapitou o círculo restrito do regime, no centro da capital. (...)

Síria: o colapso do medo
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2012-07-19 | Jornal Público
SUMÁRIO: Mohamed Hamdan, jornalista residente em Damasco, foi testemunha do que Ayman Abdel-Nour, analista político obrigado a exilar-se no Canadá, descreveu como “o colapso do medo nos corações dos sírios” após a explosão que ontem quase decapitou o círculo restrito do regime, no centro da capital.
TEXTO: “Muitas pessoas celebraram nas ruas, a cantar e a dançar; outras estão a festejar no Facebook e no Twitter”, disse Hamdan, numa entrevista ao PÚBLICO por e-mail, fazendo questão de ser identificado, porque já não teme represálias. “O ataque ocorreu no bairro de al-Rawdeh, onde vivem os mais ricos, e nas proximidades da residência do Presidente, Bashar al-Assad, na área de Moujajereen”, precisou. “Também ouvimos dizer que foi atacado o quartel-general da 4º Divisão do Exército, liderada por Maher al-Assad, irmão do Presidente, mas não há confirmação. ” “A Guarda republicana isolou totalmente o Hospital de Shami, para onde foram enviados os feridos, alguns em estado grave”, adiantou Hamdan. “A televisão estatal deu a notícia, mas não mostrou imagens. Oficialmente, foi tudo apresentado como um ‘atentado terrorista, levado a cabo por gangues criminosos’, mas ninguém acredita. A mobilização de reservistas e das tropas que estavam nos Montes Golã [a Síria só controla a cidade de Kuneitra] mostrou que, para o regime, o principal inimigo não é Israel mas o seu próprio povo, bombardeado com canhões, artilharia e carros de combate. ”Na explosão de ontem foram confirmadas as mortes do ministro da Defesa, general Daoud Rajha; do titular da pasta do Interior, Mohammad Ibrahim al-Shaar; do seu “vice” e cunhado do Presidente, general Assef Shawkat; do chefe da “célula de crise” e adjunto do vice-presidente, general Hassan Turkmani; e do director dos serviços secretos e primo do chefe de Estado, general Hafez Makhlouf. “Mais importante do que saber quem morreu é a estocada desferida à reputação de Bashar al-Assad, que se apresentava como um deus, rodeado de líderes intocáveis – essa imagem foi totalmente desfeita”, disse Nour, também por e-mail. Filho de um médico cristão que aderiu ao Partido Baas (no poder) aos 14 anos, o autor do influente blogue all4Syria teve de abandonar a pátria quando percebeu que o regime socialista e pan-arabista que fascinou o seu pai não podia ser reformado, apenas derrubado. A morte do principal conselheiro de segurança de Bashar, elo de ligação com o Irão e o Hezbollah no Líbano, foi um duro revés para o Presidente, mas Nour, ao contrário de outros, não considera Shawkat o “cérebro da repressão”. Em seu entender, “há três figuras piores: Maher, Jamil Hassan [chefe da espionagem militar] e Ali Mamlouk”, outro consultor presidencial, alegadamente, encarregado de infiltrar sírios em grupos terroristas. Certo é que, embora o ministro da Defesa fosse Daoud Rajha, um cristão “nomeado à pressa em 2011 para dar a aparência de abertura multiconfessional”, segundo o diário britânico The Guardian, o verdadeiro detentor do cargo era Shawkat, de 62 anos. A reputação de implacável ganhou-a quando, depois de se divorciar da primeira mulher, ousou ir ao palácio do defunto Presidente Hafez al-Assad buscar a única filha deste, Bushra, “a solteira mais cobiçada da Síria”, para se casar com ela. Inicialmente, toda a família e, em particular, Basil, o primogénito, se opunha a este enlace: Shawkat era mais velho do que “a menina querida da Esfinge de Damasco” e, embora alauita e militar de carreira, tinha origens humildes e demasiada ambição. Basil, a ser preparado para suceder ao pai, morreu num misterioso acidente na estrada para Beirute em 1994 – foi a única vez que alguém viu Hafez chorar em público. Shawkat, que desposou Bushra no ano seguinte, esteve na lista de suspeitos mas provou a sua lealdade. Quando chegou a altura de Bashar ocupar o lugar do irmão, o cunhado ajudou-o. E Bashar foi grato, oferecendo-lhe o controlo da espionagem militar, em 2001, e o domínio sobre o vizinho Líbano.
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Partidos PAN
Um crime de definição escorregadia
O candidato ao Senado pelo Missouri Todd Akin atribuiu um misterioso mecanismo de defesa antimíssil ao sexo feminino: "Se for uma verdadeira violação, o organismo da mulher tem formas de resolver isso." (...)

Um crime de definição escorregadia
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2012-08-23 | Jornal Público
SUMÁRIO: O candidato ao Senado pelo Missouri Todd Akin atribuiu um misterioso mecanismo de defesa antimíssil ao sexo feminino: "Se for uma verdadeira violação, o organismo da mulher tem formas de resolver isso."
TEXTO: O conceito legal de "violação" está em construção e constante revisão desde a antiguidade e todos querem ter uma palavra a dizer - sociólogos, criminólogos, etimologistas, antropólogos, biólogos da evolução, teólogos, filósofos. Políticos? Ponham-se na fila. Romanos e gregos não tinham uma palavra para o definir. O termo legal raptus tinha a ver com sequestro como meio de praticar um verdadeiro crime: o roubo da propriedade de outro cidadão. O homem era a vítima; a mulher levada à força não era tida em conta. A ideia legal moderna de "consentimento" da mulher como um obstáculo à "agressão" masculina levou dois milénios a formar-se. Ao longo dos séculos, a lei acompanhou a evolução dos direitos das mulheres. A violação foi sempre um assunto complicado, em que as sociedades hesitaram sobre como olhar e punir os agressores. Se a mulher é considerada mera propriedade, a sua violação não causa maior preocupação do que se fosse uma cabra. Se a mulher tiver uma posição social que lhe permita ter sexo com quem escolher, então pode ser considerada uma tentadora, uma sereia que atrai os homens e os deixa descontrolados. Se for um tesouro que tem de ser protegido, deve ser mantida em segurança por aqueles que sabem o que é bom para ela. Estes são os estereótipos que "infestaram o sistema de justiça criminal anglo-saxónico durante 2000 anos", escreveu o ex-vice-ministro da Justiça canadiano Bruce MacFarlane, num artigo sobre a história da violação enquanto crime. Pelo menos desde o século XIV, este crime carrega a marca da vergonha e da indecência em vez da revolta e da violência. No século XVII surgiu um eufemismo muito puritano, "ataque indecente" - uma frase tão tortuosa em termos linguísticos como "violação verdadeira". Em 1929, foi substituído pela definição do FBI "conhecimento carnal de uma mulher, forçada e contra a sua vontade. " Esta definição manteve-se até Janeiro de 2012, quando o attorney general (equivalente ao ministro da Justiça) Eric Holder a alargou, para incluir outras formas de ataque sexual, como penetração oral e a violação de homens. A performance de Akin no domingo teve a ver com aborto, como têm muitas batalhas sobre mulheres e o sistema reprodutivo na América. Akin, que faz parte da Comissão de Ciência, Espaço e Tecnologia da Câmara de Representantes, queria dizer que não é preciso uma excepção para a violação na proibição do uso de verbas federais para o aborto, porque as mulheres nem sequer ficam grávidas após serem violadas. Ele e Paul Ryan, agora candidato republicano à vice-presidência, co-patrocinaram uma proposta que tentava incluir o termo "violação forçada" - estreitando a definição do crime. É difícil imaginar que "violação verdadeira" entre em algum dicionário legal. Mas já entrou no vocabulário cultural: o Urban Dictionary classifica-o como "violação entre um homem e uma mulher que não são casados, nem sequer se conhecem; o único tipo de violação aprovada pelo Partido Republicano". E a ferocidade dos líderes republicanos pedindo a Akin que se retire da corrida sugere que temam outra paráfrase: se esta é uma eleição verdadeira, o corpo da política tem maneiras de resolver isso. Exclusivo Público/The Washington Post
REFERÊNCIAS:
Um terço dos homícídios ocorre em contexto conjugal
Um terço dos homicídios registados anualmente ocorrem em contexto conjugal, um “número muito significativo” que o director nacional adjunto da Polícia Judiciária defende que tem de ser reduzido através de estratégias que passam pela sensibilização da sociedade. (...)

Um terço dos homícídios ocorre em contexto conjugal
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2012-09-25 | Jornal Público
SUMÁRIO: Um terço dos homicídios registados anualmente ocorrem em contexto conjugal, um “número muito significativo” que o director nacional adjunto da Polícia Judiciária defende que tem de ser reduzido através de estratégias que passam pela sensibilização da sociedade.
TEXTO: “Se porventura estivéssemos mais atentos, se os sinais fossem mais rapidamente percebidos, se a actuação fosse mais célere e eficaz talvez esta morte pudesse ser evitada”, afirmou Pedro do Carmo, no seminário “Morrer no feminino: da Prevenção à Intervenção”, promovido pela Escola de Polícia Judiciária e que está a decorrer em Loures. Este crime representa um “número muito significativo” no total da percentagem de homicídios que acontecem em cada ano, representando cerca de um em cada três, frisou. “Tenho a percepção de que estes crimes ocorrem em casais com idades cada vez mais jovens. Não é raro termos notícias de homicídios em namorados, ainda na semana passada tivemos um desses casos”, comentou. Pedro do Carmo salientou a importância do seminário para tentar identificar estratégias que possam reduzir estes números e “sensibilizar a sociedade para este fenómeno que deve preocupar e envergonhar-nos enquanto cidadãos e sociedade”. Elizabete Brasil, da União de Mulheres Alternativas e Resposta (UMAR), revelou no seminário que, este ano, já foram registados 33 homicídios e 31 tentativas de homicídios. Em 2011 foram assinaladas 27 mortes e 44 tentativas de homicídio. O observatório da UMAR contabilizou ainda um total de 66 vítimas associadas (directas e indirectas), 14 das quais nos homicídios e 52 nas tentativas de homicídio. Ressalvando que estes dados têm como fonte as notícias publicadas na imprensa, Elizabete Brasil adiantou que poderá haver muitas outras situações que não reportadas. Os meses de Maio a Novembro são os que registam o maior número de homicídios, com maior predominância nos meses de Verão. Entre 2004 e 2011, foram assassinadas 278 mulheres, continuando os distritos de Lisboa (56), Porto (41) e Setúbal (29) “a assumir taxas de incidência preocupantes”, observou. Em 2011, o grupo etário entre o 36 e os 50 anos foi o que registou mais homicídios. Mais de metade (52%) foram praticados com arma branca, 33% com arma de fogo, 7% com outros objectos, como pás e machados, enquanto 8% das mulheres foram assassinadas por asfixia e estrangulamento (4% cada). A residência continua a ser o espaço onde a maior parte dos homicídios foram praticados em 2011 (93%), seguidos pelos crimes praticados na via pública (7%). “Continuamos a assistir a uma passividade da sociedade e da família” que só depois do crime ocorrer é dizem que tinham conhecimento da situação, lamentou Elizabete Brasil. A responsável defendeu o reforço das medidas policiais nas situações de violência doméstica, a aplicação de “forma sistemática” de instrumentos de avaliação de risco e o desenvolvimento de estratégias que visem a penalização dos agressores de modo a evitar mais sofrimento à vítima. Presente no seminário, Dalila Cerejo, do Observatório Nacional de Violência e Género, afirmou que “os custos da violência contra as mulheres são inúmeros”. A investigadora adiantou, citando um estudo de 2004, que uma mulher vítima de violência doméstica tem um custo acrescido com a saúde de 140 euros por ano, sendo 90% dos custos suportados pelo Serviço Nacional de Saúde. Dados mais recentes do Conselho da Europa, que têm como base o Reino Unido, afirmam que esse custo pode atingir os 555 euros.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave crime morte escola homicídio violência mulher género estudo mulheres doméstica
Morreu o pugilista “Macho” Camacho
Héctor Camacho não resistiu aos ferimentos, após ter sido alvejado na cabeça. (...)

Morreu o pugilista “Macho” Camacho
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2012-11-24 | Jornal Público
SUMÁRIO: Héctor Camacho não resistiu aos ferimentos, após ter sido alvejado na cabeça.
TEXTO: Tinha 50 anos e era conhecido como o “Macho” Camacho. O pugilista porto-riquenho Héctor Camacho morreu neste sábado, depois de ter sido alvejado na cabeça na passada terça-feira, perto de San Juan, a capital de Porto Rico. Os médicos do hospital de Rio Piedras, em San Juan, anunciaram que Camacho sofreu uma paragem cardíaca na manhã deste sábado e que pouco depois desligaram a máquina de suporte de vida, tal como a mãe do pugilista havia pedido. Três vezes campeão mundial, Camacho foi um dos grandes nomes do boxe mundial, conhecido pelos combates com Oscar de la Hoya, Sugar Ray Leonard e Felix Trinidad. Camacho foi alvejado na cabeça na terça-feira, quando se encontrava no carro, à porta de um bar, em Bayamon, a cidade onde morava. Um amigo, Adrian Mojica Moreno, morreu no ataque, para o qual a polícia não encontrou ainda explicações. No carro foram encontrados pacotes de cocaína. Famoso nos combates, Héctor Camacho continuou a ser notícia após se ter retirado da competição. Foi acusado de violência doméstica pela mulher e foi condenado a sete anos de prisão por roubo, sentença que foi mais tarde suspensa. Chegou também a ser detido por posse de drogas.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave violência ataque mulher prisão doméstica
Dulce Félix vice-campeã europeia de corta-mato
Atleta portuguesa foi segunda nos Europeus de Budapeste, atrás da irlandesa Fionnuala Britton. (...)

Dulce Félix vice-campeã europeia de corta-mato
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2012-12-10 | Jornal Público
SUMÁRIO: Atleta portuguesa foi segunda nos Europeus de Budapeste, atrás da irlandesa Fionnuala Britton.
TEXTO: A portuguesa Dulce Félix conquistou neste domingo a medalha de prata nos Europeu de corta-mato, que se disputou em Budapeste, repetindo a posição alcançada em 2011, depois de já ter sido terceira em 2010. A portuguesa terminou a dois segundos da irlandesa Fionnuala Britton, a primeira mulher a ganhar dois títulos consecutivos, que concluiu a prova em 27m45s, tendo a holandesa Adrienne Herzog (27. 48) completado o pódio. Dulce Félix andou inicialmente no grupo da frente mas teve uma quebra a meio da prova, que a relegou para a sétima posição, a três segundos das primeiras. Mas recuperou pouco depois e esteve na luta pela vitória até à meta. Sara Moreira, que inicialmente andou no grupo da frente, terminou na 12. ª posição e a selecção nacional, que contou ainda com Ercília Machado (31. ª), Sara Carvalho (46. ª) e Anália Rosa (50. ª), desceu para a sexta posição, entre sete selecções presentes. Na prova de seniores masculinos, a selecção nacional, apenas 11. ª entre 13 equipas, teve a sua pior classificação de sempre. A mais modesta havia sido um oitavo lugar em 2008. Fernando Silva (36. º) e o veterano Paulo Gomes (37. º) foram os melhores da equipa. O italiano Andrea Lalli tornou-se o primeiro atleta a ganhar sucessivamente a prova de juniores (em 2006), sub-23 (2008) e seniores (neste ano), batendo, com 10 segundos de vantagem, o francês Hassan Chahdi. O campeão de 2011, o belga de origem etíope Atelaw Bekele, foi apenas 58. º, enquanto o ucraniano Sergey Lebed, nove vezes campeão e único totalista da prova, com 19 presenças, foi 15. º. Nos escalões jovens, o destaque vai para o quarto lugar colectivo da selecção feminina de sub-23, que não repetiu a posição no pódio (terceiro lugar) de há um ano, devido à presença da forte selecção russa, ausente em 2011. Salomé Rocha melhorou o nono lugar de há um ano, sendo agora sétima, e Catarina Ribeiro, então 15. ª, progrediu agora para 10. ª. Boa prestação ainda da equipa feminina de juniores, que conseguiu a sexta posição colectiva. Silvana Dias foi a melhor, na 30. ª posição, um lugar aquém da classificação conseguida em 2011. As selecções sub-23 (12. ª) e júnior (17. ª) masculinas tiveram prestações fracas, classificando-se perto das últimas posições colectivas. O sub-23 Rui Pinto foi o melhor, na 33. ª posição. Este e o júnior Guilherme Pinto (52. º) foram os únicos na primeira metade da classificação, entre os 12 jovens portugueses presentes.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave mulher feminina
Lincoln e A Vida de Pi lideram nomeações para os Óscares
Do rol de nomeações destaca-se então Lincoln, de Steven Spielberg, com 12 nomeações, seguido de A Vida de Pi, de Ang Lee, com onze nomeações (...)

Lincoln e A Vida de Pi lideram nomeações para os Óscares
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2013-01-10 | Jornal Público
SUMÁRIO: Do rol de nomeações destaca-se então Lincoln, de Steven Spielberg, com 12 nomeações, seguido de A Vida de Pi, de Ang Lee, com onze nomeações
TEXTO: Expectativas confirmadas, surpresas e ausências: nos 85. ºs Óscares há um favorito, Lincoln, seguido de perto em número de nomeações por A Vida de Pi, há uma comédia vencedora em Sundance que ganhou força nas últimas semanas, Guia para um Final Feliz, e a adaptação do musical Os Miseráveis. Mas na lista de nomeados para melhor filme não há nem 00:30 A Hora Negra de Kathryn Bigelow, mas há a surpresa As Bestas do Sul Selvagem, de Behn Zeitlin. Os nomeados para a 85. ª edição dos Óscares foram conhecidos esta sexta-feira numa transmissão em directo de Beverly Hills conduzida pela actriz Emma Stone e pelo apresentador da cerimónia de entrega dos prémios da Academia das Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood, Seth MacFarlane. Do rol de nomeações destaca-se então Lincoln, de Steven Spielberg, com 12 nomeações, seguido de A Vida de Pi, de Ang Lee, com onze nomeações. Guia para um Final Feliz e Os Miseráveis somam oito nomeações cada um, seguidos do nomeado para melhor filme estrangeiro, para melhor filme e melhor realizador Amor, de Michael Haneke, vencedor da Palma de Ouro no Festival de Cannes de 2012. Os restantes nomeados para melhor filme estrangeiro são Kon-Tiki (Noruega), No (Chile), A Royal Affair (Dinamarca) e War Witch (Canadá). Argo, o filme realizado e protagonizado por Ben Affleck sobre a crise dos reféns norte-americanos no Irão, teve também seis nomeações da Academia, seguido de 00:30 A Hora Negra, o regresso da primeira mulher a receber um Óscar de melhor realização, Kathryn Bigelow, com o seu filme sobre a caça a Osama bin Laden, Django Libertado, o western sobre a escravatura de Quentin Tarantino, e o 23. º Bond, Skyfall, todos com cinco nomeações. Tanto Tarantino quanto Bigelow eram considerados favoritos na corrida às nomeações e não foram escolhidos pelos membros da Academia. Nomeados sim foram Haneke, Spielberg, Ang Lee, Benh Zeitlin (As Bestas do Sul Selvagem) e David O. Russell (Guia para um Final Feliz). O filme de Bigelow não granjeou nomeações para a sua realizadora, mas Jessica Chastain conseguiu a sua segunda nomeação para um Óscar, desta feita de melhor actriz, pelo seu papel em 00:30. A sua concorrência faz-se de Jennifer Lawrence, por Guia para um Final Feliz, da veterana Emmanuelle Riva, de Amor, de Naomi Watts, por The Impossible, e de Quvenzhané Wallis, por As Bestas do Sul Selvagem. Nos papéis principais masculinos estão nomeados Daniel Day-Lewis (Lincoln), Bradley Cooper (Guia Para Um Final Feliz), Joaquin Phoenix (O Mentor), Hugh Jackman (Os Miseráveis) e Denzel Washington (Flight). As Bestas do Sul Selvagem é a surpresa nas nomeações para melhor filme e melhor realizador (Benh Zeitlin) – na conferência de imprensa desta sexta-feira em Beverly Hills, as suas menções foram recebidas com ruidosa surpresa -, sendo também ainda candidato aos óscares de melhor actriz (Quvenzhané Wallis) e de melhor argumento adaptado. Com as mesmas quatro nomeações surge o drama de época protagonizado por Keira Knightley Anna Karenina. A contenda nas categorias de melhores actores e actrizes secundários é tudo menos secundários: todos os actores nomeados já são oscarizados - Christoph Waltz (Django Libertado), Philip Seymour Hoffman (O Mentor), Robert De Niro (Guia Para Um Final Feliz), Alan Arkin (Argo), Tommy Lee Jones (Lincoln); no grupo das actrizes, há também nomes de peso, de Sally Field (Lincoln) a Anne Hathaway (Os Miseráveis), passando por Amy Adams (O Mentor), Helen Hunt (The Sessions) e Jacki Weaver (Guia Para Um Final Feliz). Na animação, os esperados Brave – Indomável, Frankenweenie, ParaNorman e Força Ralph também têm a companhia de Os Piratas! nas nomeações para melhor filme. No campo da canção original, Adele recebe a nomeação expectável por Skyfall, do Bond homónimo, com a concorrência de Everybody Needs a Best Friend, em Ted, de Pi’s Lullaby, em A Vida de Pi, de Before My Time, em Chasing Ice, e de Suddenly, em Os Miseráveis. Os Óscares de 2013 são entregues a 24 de Fevereiro no Dolby Theater de Hollywood, em Los Angeles.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave campo mulher negra escravatura
Marrocos altera lei para proibir que violador case com a vítima
Mudança na lei foi posta em marcha pelo suicídio de uma adolescente de 16 anos, forçada a casar com homem de 23 anos que a violara aos 15. Activistas pedem reforma mais profunda do Código Penal. (...)

Marrocos altera lei para proibir que violador case com a vítima
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 6 | Sentimento -0.07
DATA: 2013-01-23 | Jornal Público
SUMÁRIO: Mudança na lei foi posta em marcha pelo suicídio de uma adolescente de 16 anos, forçada a casar com homem de 23 anos que a violara aos 15. Activistas pedem reforma mais profunda do Código Penal.
TEXTO: Quase um ano depois do suicídio de uma adolescente que tinha sido forçado a casar com o homem que a violou, o Governo marroquino anunciou que vai alterar o Código Penal para proibir uma prática tradicional que continua a ser aceite pelos tribunais. A decisão foi saudada por activistas dos direitos humanos, que lamentam, porém, que a reforma se limite ao artigo 475 da lei penal que, numa das suas alíneas, prevê que quem for condenado por “corromper ou sequestrar uma menor” pode ser libertado se casar com a vítima. Foi esta dupla punição que a família e um juiz impuseram a Amina al-Filali, que, aos 16 anos e após sete meses de casamento, engoliu veneno para ratos por não suportar mais os abusos do homem de 23 anos que a violara. O caso, noticiado em Março, chocou a opinião pública num país que continua a ser muito conservador, levando vários partidos, organizações civis e activistas a exigir uma revisão da lei. O Governo, dominado por islamistas moderados, afastou inicialmente a ideia – o ministro da Justiça chegou a afirmar em público que a relação entre Amina e o agressor tinha sido consensual – mas acabou por ceder à pressão. “Alterar este artigo é positivo, mas não responde a todas as nossas exigências”, disse ao jornal britânico The Guardian Khadija Ryadi, presidente da Associação de Direitos Humanos de Marrocos. Para a activista, é urgente reformar todo o Código Penal, que “contém inúmeras provisões que discriminam as mulheres e não as protegem da violência”. Ao mesmo jornal, a presidente da Liga Democrática dos Direitos das Mulheres, Fouzia Assouli, lembrou que a lei “não reconhece certas formas de violência contra as mulheres, como a violação conjugal”, que representará 50 por cento de todos os casos reportados no país, “enquanto continua a criminalizar comportamentos normais como o sexo fora do casamento entre adultos”. A prática de forçar as vítimas de violação a casar é ainda comum em vários países, do Afeganistão à Índia, onde a perda de virgindade das jovens é vista como uma mancha na honra da família, seja de que forma tenha acontecido, e defendem o casamento como remédio para o “mal”. Em Marrocos, a lei impõe também os 18 anos como idade mínima para o casamento, mas nas zonas rurais a disposição é frequentemente ignorada. Em 2004, por iniciativa do Rei Mohamed VI, o país reformou a Lei da Família (Mudawana), mas uma lei específica para prevenir e punir a violência contra as mulheres está desde então parada no Parlamento, recorda o Guardian. A actual ministra para o Desenvolvimento Social, Bassima Hakkaoui, anunciou há meses que vai tentar que o diploma tenha em breve luz verde.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave direitos lei humanos violência suicídio homem adolescente social violação sexo mulheres casamento agressor
Escritora Hilary Mantel ganha prémio Costa
É caso para dizer “tragam mais prémios”. O júri não teve dúvidas na hora de justificar por que razão atribuía o prestigiado Costa Book of the Year a Bring Up the Bodies, de Hilary Mantel: “É simplesmente o melhor livro.” (...)

Escritora Hilary Mantel ganha prémio Costa
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 6 | Sentimento 0.3
DATA: 2013-01-31 | Jornal Público
SUMÁRIO: É caso para dizer “tragam mais prémios”. O júri não teve dúvidas na hora de justificar por que razão atribuía o prestigiado Costa Book of the Year a Bring Up the Bodies, de Hilary Mantel: “É simplesmente o melhor livro.”
TEXTO: A escritora inglesa, que para muitos reinventou o romance histórico com o humor negro que todos lhe reconhecem, ganhou terça-feira, por unanimidade, o mais importante dos prémios da galáxia Costa, batendo os outros quatro concorrentes. O romance que lhe valeu agora 30 mil libras (35 mil euros), o mesmo com que ganhou o seu segundo Man Booker no ano passado, é o segundo de uma trilogia que tem por pólo de atracção Thomas Cromwell, o filho de um ferreiro que ascendeu à condição de duque de Essex, tornou-se o braço direito de Henrique VIII e acabou no cadafalso. A trilogia de Mantel, que neste segundo livro se centra, sobretudo, na figura de Ana Bolena, uma das muitas mulheres do rei de Inglaterra, e na sua família, foi já muito premiada. O livro que a abre, Wolf Hall (ed. Civilização), garantiu à autora o seu primeiro Man Booker. A sequela deu-lhe o segundo (foi a primeira mulher a receber esta distinção duas vezes), mais um Costa. O último, que vai chamar-se The Mirror & the Light e cuja publicação no Reino Unido está prometida para o próximo ano, gera, como seria de esperar, muitas expectativas. Respondendo aos que a criticam por ganhar prémios de mais e abafar outros escritores talentosos, Mantel disse ao receber o prémio que não tenciona pedir desculpa. “Obrigada aos jurados por não terem deixado que ninguém lhes dissesse como deviam fazer o seu trabalho. ” Em palco, e segundo a BBC, a escritora acrescentou ainda: "Não estou arrependida, estou feliz e farei questão de tentar escrever mais livros que mereçam mais prémios. "O júri dos prémios Costa, que anualmente distinguem livros de autores a viver no Reino Unido e na Irlanda, em cinco categorias (poesia, literatura infantil, biografia, romance e primeiro romance), precisou de uma hora para deliberar. Aos jornalistas, a presidente do júri, Jenni Murray, revelou que chegou a ser tido em consideração que Bring Up the Bodies tinha já recebido o Man Booker, mas isso acabou por não pesar na hora de escolher o livro do ano. “Não podíamos permitir que o número de vezes que já foi premiado afectasse a nossa decisão”, disse Murray, elogiando a escrita de Mantel: “A sua prosa é tão poética, tão bela, tão inserida no tempo a que se refere que sabemos exactamente onde estamos e com quem estamos. Mas é também incrivelmente moderna. Moderna na sua análise da política. Todos sentimos que havia coisas [no romance] que tinham ficado na nossa cabeça e nas quais vamos pensar durante muito tempo. ”Na corrida ao livro do ano dos prémios Costa, Mantel deixou para trás James Meek, Stephen May e Joff Winterhart. “Já escrevia há muitos anos e, ou não era sequer referida nos prémios, ou era uma eterna candidata”, disse Mantel, citada pelo diário britânico The Independent. “As coisas mudaram muito. Sinto que a minha sorte mudou, mas isso não é verdade. O que mudou foi aquilo em que estou a trabalhar” – a trilogia à volta de Thomas Cromwell, ministro de Henrique VIII quando o monarca decide romper relações com Roma para poder casar com Ana Bolena. Apesar de estar já a escrever o último livro, Mantel garante que ainda não se cansou do protagonista: “Devia ter percebido que Thomas Cromwell era maior do que eu. É como se tivesse renascido com vontade de conquistar. ”Pela primeira vez na história dos prémios Costa, que começa em 1971 com os Whitbread Literary Awards, os vencedores nas cinco categorias são mulheres: o prémio para a biografia foi atribuído a um romance gráfico, Dotter of Her Father’s Eyes, escrito por Mary Talbot e com ilustrações do seu marido, Bryan; o romance de estreia distinguido pertence a Francesca Segal (The Innocents); Sally Gardner ganhou na literatura para crianças com Maggot Moon; e Kathleen Jamie na poesia com The Overhaul (cinco mil libras para cada). Bring Up the Bodies vai ser publicado em Portugal pela Civilização esta Primavera.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave filho mulher negro mulheres infantil
Novo precipício orçamental, nova discórdia nos EUA
Um novo corte automático na despesa do Estado norte-americano está marcado para 1 de Março. O Governo de Obama anunciou no domingo que haverá consequências graves. (...)

Novo precipício orçamental, nova discórdia nos EUA
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 6 | Sentimento 0.136
DATA: 2013-02-25 | Jornal Público
SUMÁRIO: Um novo corte automático na despesa do Estado norte-americano está marcado para 1 de Março. O Governo de Obama anunciou no domingo que haverá consequências graves.
TEXTO: O Governo norte-americano alertou no domingo para os perigos do corte automático de 85 mil milhões de dólares na despesa dos estados, que entrará em vigor no dia 1 de Março na ausência de um consenso entre republicanos e democratas. A discussão que consome agora as negociações partidárias não é substancialmente diferente daquela que houve durante as negociações para evitar o apelidado precipício orçamental: os democratas querem substituir os cortes automáticos na despesa com aumento de impostos nos rendimentos mais altos; os republicanos não. Agora, porém, o corte automático na despesa é relativamente inferior – 85 mil milhões contra os anteriores 600 mil milhões de dólares -, mas um acordo entre os dois partidos norte-americanos é menos provável. O partido republicano não se mostrou alarmado pelo quadro negro pintado pela administração de Barack Obama. Vários congressistas republicanos afirmaram no domingo que o Governo está a promover uma campanha de alarmismo e que um corte de 3% do orçamento federal para os estados dos EUA não levará às consequências anunciadas. Numa rara tomada de posição num domingo, a Casa Branca anunciou o impacto que o corte de 85 mil milhões de dólares teria, estado por estado: “O Ohio perderá aproximadamente 25, 1 milhões de dólares em financiamento para o ensino primário e secundário, colocando cerca de 350 professores e auxiliares em risco de perder o trabalho”, lê-se no comunicado do Governo, citado pelo New York Times. A administração Obama vai mais longe ainda, afirmando que, no estado de Geórgia, “cerca de 4180 crianças vão deixar de receber vacinas” e que, na Pensilvânia, haverá “menos 271 mil dólares em financiamento para um fundo orientado para vítimas de violência doméstica”. Os democratas querem substituir estes cortes automáticos por cortes em programas do Governo e de poupança em prestações sociais. Mas há uma proposta do Executivo de Obama que está a barrar o caminho ao acordo bipartidário; a mesma, aliás, que quase impediu o acordo sobre o primeiro precipício orçamental: o aumento de impostos para as empresas e famílias com os rendimentos mais elevados. Os republicanos preferem a via dos cortes ao Orçamento do Estado, tendo afirmado até agora que estão dispostos a preparar uma lei que mantém o valor dos cortes mas que permita ao Governo escolher as áreas sobre as quais os cortes vão incidir. “Eles [democratas] deram início a um grande teatro político sobre como um corte de menos de 3% do orçamento federal irá causar estas consequências terríveis”, afirmou no domingo o governador republicano do Louisiana, na cadeia televisiva NBC. Uma expressão semelhante foi utilizada pelos governadores republicanos do Nebraska e da Pensilvânia. Para Dave Heineman, do Nebraska, “a Casa Branca entrou numa tática de terror” e, para Tom Corbett, da Pensilvânia, a mesma “Casa Branca está em modo de campanha para tentar assustar toda a gente”. Os cortes automáticos na despesa federal norte-americana estão agendados desde 2011, de acordo com o Washington Post. A Casa Branca aprovou esta medida para forçar o poder legislativo a reduzir o endividamento federal através de um consenso bipartidário; algo que agora parece escapar ao Congresso norte-americano. O Congresso norte-americano é composto por uma câmara baixa e uma câmara alta. Enquanto os republicanos dominam a Câmara dos Representantes, os democratas têm o controlo da câmara alta, o Senado.
REFERÊNCIAS:
Entidades EUA
Presidente sul-coreana avisa Pyonyang de que não vai "tolerar" novos ensaios nucleares
Park Geun-Hye tomou posse perante milhares de pessoas em Seul. Primeiras palavras foram de alerta para o risco de segurança dos ensaios balísticos do país vizinho. (...)

Presidente sul-coreana avisa Pyonyang de que não vai "tolerar" novos ensaios nucleares
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 6 | Sentimento 0.136
DATA: 2013-02-25 | Jornal Público
SUMÁRIO: Park Geun-Hye tomou posse perante milhares de pessoas em Seul. Primeiras palavras foram de alerta para o risco de segurança dos ensaios balísticos do país vizinho.
TEXTO: Milhares de pessoas assistiram hoje à tomada de posse de Park Geun-Hye, a filha do antigo ditador Park Chung-He e líder do partido conservador que é a primeira mulher a ocupar o cargo de Presidente da Coreia do Sul. A cerimónia, em frente à Assembleia Nacional de Seul, contou com uma salva de 21 tiros e uma actuação do músico sul-coreano Psy, que se tornou um fenómeno mundial com a sua música “Gangnam Style”. Mas para além do espectáculo, a ocasião foi marcada pela sua advertência ao líder da vizinha Coreia do Norte, acompanhada por um apelo directo ao regime de Kim Jong-un para “abandonar as suas ambições nucleares sem mais demoras e embarcar no rumo da paz e desenvolvimento”. “O recente teste nuclear da Coreia do Norte representa um claro desafio à sobrevivência e futuro do povo coreano”, advertiu Park Geun-Hye, que durante a campanha eleitoral tinha prometido trabalhar para reatar o diálogo e construir a confiança com Pyongyang, argumentando que o status-quo não servia a nenhum dos países. Mas as manifestações de boa-vontade deram lugar a uma linguagem bastante mais dura após o ensaio nuclear do passado dia 12 de Fevereiro na Coreia do Norte, o terceiro consecutivo da era de Kim Jong-un. Sublinhando que o seu Governo “não tolerará qualquer acção que possa ameaçar a vida do nosso povo e a segurança da nossa nação”, a Presidente sul coreana deixou claro que se o regime de não arrepiar caminho, acabará por ser “a principal vítima” das suas próprias iniciativas. “Que não fique nenhuma dúvida sobre isso”, reforçou. “A confiança só pode ser construída através do diálogo e do respeito pelas promessas feitas. A minha esperança é que a Coreia do Norte cumpra as normas internacionais e faça as escolhas certas para que esse processo possa avançar”, disse. Park Geun-Hye, de 61 anos, assume a presidência do país 50 anos depois do seu pai, que ascendeu ao poder num golpe militar e governou durante 18 anos, até ser assassinado (a Presidente também perdeu a mãe num ataque a tiro). Até hoje, o seu legado político é motivo de discórdia entre os sul-coreanos: para muitos, foi o principal responsável por um período de estabilidade e crescimento económico sem paralelo na história; para outros foi um líder autocrático que ignorou os direitos humanos e inviabilizou a oposição democrática. Durante a campanha eleitoral, Park Geun-Hye reconheceu os excessos do regime do pai, e pediu desculpa às vítimas da violência do Estado, num saudado esforço de reconciliação no país. Hoje de manhã, prometeu um “Governo limpo, transparente e competente”. Os comentadores dizem que a reinterpretação do passado é uma questão arrumada – Park Geun-Hye traçou a sua própria carreira política desde que foi eleita pela primeira vez para a Assembleia Nacional, em 1998 – e que o principal desafio da nova Presidente tem a ver com a reanimação da economia sul-coreana, que se encontra num estado de estagnação. A Presidente falou na necessidade de diversificar a economia e torná-la mais “criativa”, e repetiu as suas promessas de “democratização económica”, uma referência ao circuito fechado dos “chaebols” – os poderosos conglomerados dominados por algumas famílias, como por exemplo a Samsung, a LG ou a Hyundai. “Temos de pôr fim às práticas que promovem injustiças e desequilíbrios [económicos] e rectificar alguns hábitos do passado, para que todos os agentes económicos possam desenvolver o seu máximo potencial”, disse.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave direitos filha humanos violência ataque mulher