Na linha da frente contra o gigante de gelo
O maior desastre no Evereste em que morreram 16 sherpas chamou a atenção do mundo para as condições desta população que arrisca a vida para levar todos os anos centenas de alpinistas ao local mais alto do planeta. (...)

Na linha da frente contra o gigante de gelo
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2014-05-03 | Jornal Público
SUMÁRIO: O maior desastre no Evereste em que morreram 16 sherpas chamou a atenção do mundo para as condições desta população que arrisca a vida para levar todos os anos centenas de alpinistas ao local mais alto do planeta.
TEXTO: O tecto do mundo está muito próximo. O acesso, pela parte Sul, é feito através do Lhotse, “apenas” a quarta montanha mais alta do planeta, com 8516 metros. Mas é ao mítico Evereste, a 8848 metros de altitude, que todos querem chegar e, para isso, há um desafio monumental. Trata-se do glaciar de Khumbu, uma área de gelo fino instável, que parece poder desabar a qualquer momento, o que acontece frequentemente. Há quem lhe chame de “corredor da calamidade” e atravessá-lo é a rotina e o ganha-pão de muitos homens. Diz à AFP Russell Brice, ex-alpinista e proprietário de uma agência de expedições nos Himalaias, que “em nenhuma parte do mundo alguém se atreveria a atravessar um glacial como este”. “Apenas se faz porque se trata do Evereste. ” E o lugar que o ponto mais elevado da Terra ocupa no imaginário de milhares de “turistas de aventura” garante, muitas vezes, uma vida melhor para as comunidades locais de guias, os sherpas. Mas fazer dos caprichos da Natureza uma forma de vida acarreta graves riscos e os guias locais, conhecidos pela sua bonomia, lealdade e simplicidade, estão cada vez menos dispostos a arriscar tanto por tão pouco. Foi precisamente no glaciar de Khumbu, na manhã de 18 de Abril, que 13 sherpas perderam a vida e três desapareceram, sem qualquer esperança de resgate. Estes homens pertenciam a uma classe à parte, mesmo dentro da comunidade. São conhecidos como “Icefall Doctors”, especialistas em cataratas de gelo, e a sua função é procurar trilhos seguros para que os alpinistas – normalmente americanos, japoneses ou europeus que pagaram e bem pela “aventura” – possam atravessar o glaciar. O objectivo é fazer com que os “clientes” passem o menos tempo possível no perigoso local. Num artigo na revista New Yorker, Jon Krakauer lembrava a subida que fez em 1996, em que teve de fazer quatro passagens pelo glaciar, enquanto cada um dos sherpas que o acompanhava fez o percurso trinta vezes, muitas das quais carregados com mochilas, tendas e garrafas de oxigénio. A admiração que os sherpas recolhem não é, portanto, algo que surpreenda. A primeira mulher a alcançar o cume do Evereste, em 1993, Rebecca Stephens, descreve-os como “figuras heróicas”. “Sem eles não teria conseguido chegar lá acima”, disse ao Guardian. Pior que uma guerraNum dos países mais pobres do mundo, o Nepal, o rendimento que um sherpa consegue ao longo de uma época de três meses pode chegar perto dos seis mil euros, dez vezes mais do que o salário médio. Mas por trás do retorno económico está, por exemplo, uma taxa de mortalidade doze vezes superior à dos soldados norte-americanos durante a guerra no Iraque (2003-07), segundo um artigo de Jonah Ogles. Em contraciclo está a cada vez maior segurança para os alpinistas ocidentais, devido à maior utilização de garrafas de oxigénio e de esteróides que minimizam os riscos de contracção de edemas cerebrais e pulmonares a elevada altitude. Os sherpas têm uma apetência natural para lidar com a dureza das montanhas, mas são eles que fazem o trabalho pesado – que se torna muito mais custoso a sete mil metros de altitude. No entanto, levam para si muito menos garrafas de oxigénio, devido ao seu alto custo e para não terem mais excesso de carga. Foi com o neozelandês Edmund Hillary, a 29 de Maio de 1953, o primeiro a alcançar o topo do Evereste, que o fantástico feito passou a ser perseguido um pouco por todo o mundo. Desde então, o grande gigante foi vencido em 630 ocasiões, uma delas pelo português João Garcia em 1999. Mas é com os “turistas de aventura”, muitas vezes com pouca ou nenhuma experiência de alpinismo, que a subida ao tecto do mundo se massificou. Actualmente, com a cada vez maior precisão das previsões meteorológicas, num dia com boas condições de visibilidade é possível ver autênticos engarrafamentos de expedições. “Na Primavera, em média, há 35 expedições simultâneas no Evereste”, contou, ao Le Monde, Didier Cour, proprietário de uma agência. “Em certos dias há mais de setenta pessoas no cume, e são obrigados a esperar que uns desçam para poder subir. ” Já pouco resta da “mais alta solidão”. Fuga à pobrezaMuita desta massificação das subidas aos Himalaias é fruto da atracção que a carreira de sherpa exerce junto das populações empobrecidas. Originalmente, apenas os homens desta etnia é que tinham as funções de guias das montanhas, mas actualmente é possível encontrar membros das etnias tamang, gurung ou chhetri. A possibilidade da melhoria das condições económicas é a grande razão para quem ingressa numa profissão tão perigosa. Um artigo de Maio de 2013 do jornal Guardian mostrava o impacto que o turismo de montanha tinha na região. Tashi Sherpa é sobrinho de um sherpa que trabalhou em expedições nos anos 1950 e possui agora uma grande superfície de artigos desportivos na capital nepalesa, Kathmandu.
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O futebol francês vai subir aos Pirenéus
A mais pequena localidade a ter marcado presença nas competições futebolísticas francesas estará nas provas profissionais em 2014-15 (...)

O futebol francês vai subir aos Pirenéus
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2014-05-10 | Jornal Público
SUMÁRIO: A mais pequena localidade a ter marcado presença nas competições futebolísticas francesas estará nas provas profissionais em 2014-15
TEXTO: Não será apenas pela presença de Helena Costa no Clermont Foot – é a primeira mulher a assumir o comando técnico de uma equipa masculina profissional – que valerá a pena acompanhar a Ligue 2 francesa na próxima temporada. Entre os adversários da treinadora portuguesa vai estar o Luzenac, equipa estreante nas competições profissionais e que é originária da mais pequena localidade a alguma vez ter marcado presença num escalão tão elevado do futebol francês. Com meio milhar de habitantes, em plenos Pirenéus (a 65 quilómetros de Andorra), Luzenac fará parte do mapa futebolístico profissional francês em 2014-15. Deve-o a dois homens: o presidente Jérôme Ducros, empresário que salvou o clube da falência, e o director-geral Fabien Barthez. Ele mesmo, o guarda-redes de cabeça rapada que brilhou com a camisola dos bleus e passou por Marselha, Mónaco e Manchester United. Os dois conheceram-se através do desporto automóvel (o ex-guarda-redes, campeão do mundo em 1998, sagrou-se campeão francês de GT em 2013 e vai participar na edição deste ano das 24 Horas de Le Mans) e, sendo naturais da região, decidiram apostar no Luzenac. Os resultados estão à vista. Não foi só em termos competitivos que o clube deu um salto. “No início não havia departamento médico. Aparecia um massagista, quando lhe ligavam. Uma equipa sem médicos, sem massagistas, é como uma equipa de corridas sem mecânicos. Hoje temos tudo o que é preciso, mas é preciso continuar no rumo da profissionalização”, disse Barthez ao diário desportivo francês L’Équipe. A chegada do ex-guardião, com todo o seu currículo, provocou receios ao treinador Christophe Pélissier: “Avisaram-me que ele ia interferir na composição da equipa. Mas, ao fim de uma hora, eu estava tranquilo. Em dois anos nunca me falou de tácticas. Ocupa-se do treino invisível: nutrição, cuidados médicos, recuperação”, explicou o técnico. “Uma ou duas vezes por semana vem cá, às vezes treina com a equipa. Até digo que ele é o nosso tesouro, o nosso acelerador. Trouxe-nos uma boa estrela”, acrescentou Pélissier. Na próxima época o orçamento passará de 2, 5 para seis ou sete milhões. Apesar disso, o Luzenac terá de continuar a jogar longe de casa. O Stade Paul-Fédou não cumpre as normas da Liga francesa e o Stade du Courbet, em Foix – a 35 quilómetros, que os blauroge têm vindo a partilhar com a equipa local de râguebi – também não serve. A solução poderá passar por Toulouse, a pouco mais de 100 quilómetros. * Planisférico é uma rubrica semanal sobre histórias de futebol e campeonatos periféricos
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Palavras-chave homens mulher
Há uma crise no The New York Times?
O despedimento da directora Jill Abramson e a divulgação de um relatório sobre a estratégia digital do diário de referência norte-americano deixam no ar a ideia de uma redacção em tumulto. (...)

Há uma crise no The New York Times?
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 6 | Sentimento 0.136
DATA: 2014-05-18 | Jornal Público
SUMÁRIO: O despedimento da directora Jill Abramson e a divulgação de um relatório sobre a estratégia digital do diário de referência norte-americano deixam no ar a ideia de uma redacção em tumulto.
TEXTO: Depois da surpresa, choque e controvérsia causados pelo despedimento da directora do The New York Times Jill Abramson, a divulgação de um relatório interno onde se aponta a “perda da vantagem competitiva” do diário nova-iorquino no panorama digital veio reforçar a ideia de crise no jornal que é considerado como a grande referência jornalística dos Estados Unidos. O relatório interno sobre a estratégia para a transição digital, intitulado “Inovação”, chegou às mãos do site BuzzFeed, e imediatamente acrescentou uma nova faceta à discussão sobre o “tumulto” no The New York Times (NYT). O documento de 96 páginas foi preparado por um painel de oito especialistas liderado por A. G. Sulzberger, filho do publisher do New York Times e herdeiro da família que detém o título desde 1896: o retrato traçado é de uma redacção fragilizada perante os seus concorrentes digitais e constrangida pelo peso da tradição do jornal. Segundo o relatório, finalizado em Março, o compromisso e prioridade editorial atribuída ao jornal em papel é precisamente um dos entraves à expansão digital do jornal: “Os hábitos e tradições que se foram construindo ao longo de mais de um século e meio de produção do jornal são forças poderosas e conservadoras nesta etapa de transição para o digital – e nenhuma exerce maior força gravitacional do que a primeira página do jornal”. “A redacção é unânime: estamos a despender demasiado tempo e energia com a primeira página”, conclui o mesmo documento. Os autores elogiam o prestígio e qualidade jornalística do New York Times, mas consideram que o jornal está a falhar na “arte e ciência de levar o nosso jornalismo até aos leitores. Sempre nos preocupámos com o alcance e o impacto do nosso trabalho, mas ainda não fomos capazes de quebrar o código da era digital”, lê-se. Comparando com novos meios digitais de sucesso nos Estados Unidos – nomeadamente o BuzzFeed, Huffington Post, Business Insider, First Look Media e o novíssimo Vox –, a estrutura do NYT revela-se demasiado pesada e até obsoleta. “Não nos mexemos com a mesma urgência”, critica o relatório, que nota que os concorrentes “estão à nossa frente em termos da construção de impressionantes sistemas de suporte para jornalistas digitais e essa diferença vai acentuar-se ainda mais se não melhorarmos rapidamente as nossas capacidades”. “O New York Times ganha no jornalismo. Mas a nossa vantagem jornalística diminui à medida que os novos meios digitais expandem as suas redacções”, prossegue o relatório, que elogia a competência dos seus jornalistas mas lamenta as dificuldades em recrutar novos talentos e em atrair nomes que se destacam na blogosfera ou noutros meios digitais. Uma grande parte do relatório dedica-se à análise de questões burocráticas ou tecnológicas, como por exemplo a optimização de sistemas informáticos, a arquitectura das aplicações produzidas ou lançadas pela “marca”, e muitas páginas têm a ver com aspectos de promoção, potencialmente mais polémicos no que diz respeito ao esbatimento das divisões entre os departamentos editoriais e de marketing. O documento também alerta para uma tendência que não é exclusiva do NYT e se manifesta em quase todos os jornais que se transpuseram para a internet: o declínio do tráfego para a homepage (página principal), que caiu para metade nos últimos dois anos, e a diminuição do tempo que cada utilizador perde a navegar no site. O fenómeno tem a ver com a mudança do comportamento dos leitores online, que já não acedem às notícias através do “menu” oferecido pelo jornal mas antes numa cadeia orientada de partilhas através das redes sociais – acrescentando uma nova complexidade ao trabalho editorial e dificultando a estratégia comercial da “paywall” para o acesso aos conteúdos. Segundo diz o relatório, apenas um terço dos 13, 5 milhões de leitores do jornal online visitam a homepage. No entanto, nesse número impressionante de leitores apenas se encontram 799 mil subscritores da edição online (que garante acesso a todo o conteúdo do jornal). Na apresentação de contas relativas ao primeiro trimestre, a companhia NYT admitiu uma nova quebra da circulação em papel (apesar de as receitas publicitárias terem aumentado 3, 7%). As contas também mostram que, apesar do investimento no digital, 75% das receitas do diário provêm da edição em papel. Saída abruptaA coincidência da divulgação do relatório e do despedimento inesperado de Jill Abramson, na quarta-feira, alimentou as especulações sobre um eventual “castigo” da directora pelas dificuldades do diário em afirmar-se como o “campeão” do jornalismo digital. Os contornos da saída de Abramson, a primeira mulher a dirigir o jornal nos seus 163 anos de existência, permanecem por explicar. A imprensa americana tem apontado um desentendimento da directora com a administração, que alegadamente lhe pagava menos do que ao seu antecessor Bill Keller; e um prolongado braço-de-ferro com a redacção, que reagiu mal à sua política de contratações e ao seu feitio polarizador e autoritário, como as causas para o seu afastamento abrupto.
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Vitória de Maliki é curta para formar governo mas dá-lhe legitimidade para ficar no poder
Primeiro-ministro vai ter de negociar apoios, ao mesmo tempo que a violência aumenta em Falluja, onde os residentes temem uma grande ofensiva do Exército. (...)

Vitória de Maliki é curta para formar governo mas dá-lhe legitimidade para ficar no poder
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2014-05-19 | Jornal Público
SUMÁRIO: Primeiro-ministro vai ter de negociar apoios, ao mesmo tempo que a violência aumenta em Falluja, onde os residentes temem uma grande ofensiva do Exército.
TEXTO: Nouri al-Maliki venceu, como esperado, as eleições legislativas de 30 de Abril no Iraque. Entre o seu eleitorado continua popular, como provam os 721 mil votos que conseguiu em nome próprio na lista de Bagdad. Mas os 92 deputados que fez eleger para o Parlamento não chegam para governar – e a votação dos outros partidos indica que muitos árabes sunitas poderão ter ficado em casa, num momento em que aumentam os ataques do Governo contra a cidade de Falluja e mais habitantes se põem em fuga. Os resultados anunciados esta segunda-feira pelo Comissão Eleitoral ainda são provisórios: depois da Aliança para o Estado de Direito, de Maliki, ficaram os seus dois principais rivais árabes xiitas, o Conselho Islâmico Supremo do Iraque e o Ahrar, a formação leal ao radical Moqtada al-Sadr (no conjunto, obtiveram 57 lugares). Só depois aparecem os blocos liderados por árabes sunitas – o Mutahidoun, chefiado por um antigo líder do Parlamento, com 23 lugares; o Iraqiya, do ex-primeiro-ministro Ilyad Allawi (que junta sunitas e xiitas, como o próprio Allawi), com 21 deputados; e a lista de Saleh al-Mutlaq, ex-vice de Maliki. Votaram 62% dos 22 milhões de eleitores registados para escolher o Parlamento de 328 lugares. Muitos tinham recusado a ideia de Maliki assumir um terceiro mandato, incluindo os partidos de Allawi, de Sadr e os curdos do presidente da região autónoma do Curdistão, liderados por Massoud Barzani. Todos consideram que o seu segundo mandato foi desastroso e acusam-no de ter falhado em travar a nova espiral de violência sectária, que desde o início do ano fez mais de 3500 mortos. Apesar de se mostrar confiante durante a campanha, antes dos primeiros resultados Maliki já enviara aos rivais uma carta onde propõe um programa de coligação para o futuro governo (em 2010, foram precisos quase dez meses para formar governo). A missiva fala na necessidade de proteger os direitos das mulheres, de uma distribuição justa das riquezas do país e rejeita as políticas sectárias. Tudo isto é fácil de enunciar mas muito complicado de executar. Principalmente se se tiver em conta que parte das divisões sectárias actuais começaram com medidas tomadas pelo próprio Maliki. Antes de chegar à chefia do Governo, em 2006, Maliki fez parte do comité que realizou a desbaasificação (expurgando da função pública os membros do Baas, de Saddam Hussein, uma das medidas que os próprios norte-americanos admitiram ter estado na origem de grande parte da violência dos piores anos da guerra civil), tendo assumido depois a chefia da Comissão da Segurança do parlamento transitório – aí, foi um dos promotores de uma lei antiterrorista que os sunitas, que se consideram marginalizados e perseguidos pelas autoridades xiitas, dizem ter sido escrita para prender opositores e críticos. Não foi possível realizar eleições num terço da província ocidental de Anbar, árabe sunita. A cidade de Falluja continua sob controlo do Estado Islâmico do Iraque e do Levante (ISIS), grupo jihadista com ligações à Al-Qaeda e que cresceu com o caos do conflito na Síria. Quase 4500 pessoas já abandonaram a região desde Janeiro e só nos últimos dias fugiram mais de 1100 famílias (perto de 6000 pessoas), diz à Reuters a deputada Liqa Wardi. As tribos da região temem o ISIS mas receiam ainda mais o Exército de Maliki, pelo que muitas se aliaram aos jihadistas estrangeiros. Na última semana, os bombardeamentos intensificaram-se, com muitos residentes a denunciarem o recurso a barris repletos de explosivos (uma táctica que as forças do sírio Bashar al-Assad têm usado com frequência). Ninguém está a ganhar a guerra – e Bagdad ainda fala em lançar uma “grande ofensiva” – mas de acordo com responsáveis médicos e diplomatas que falaram à Reuters, pelo menos 6000 soldados morreram e 12 mil desertaram.
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Étnia Árabes
Cinco detidos pelo apedrejamento até à morte de paquistanesa
Farzana Parveen, grávida de três meses, foi morta por um grupo de homens, que incluía o seu pai, tio e primos. (...)

Cinco detidos pelo apedrejamento até à morte de paquistanesa
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2014-05-30 | Jornal Público
SUMÁRIO: Farzana Parveen, grávida de três meses, foi morta por um grupo de homens, que incluía o seu pai, tio e primos.
TEXTO: Três dias depois de Farzana Parveen, de 25 anos, grávida de três meses, ter sido apedrejada até à morte por membros da sua família, em Lahore, o primeiro-ministro paquistanês exigiu que fossem tomadas medidas urgentes no caso de lapidação, considerando o crime inaceitável. Além do pai, quatro outros homens, incluindo um tio e dois primos, foram detidos. Na última terça-feira, o mundo ficou chocado com mais um caso de morte por apedrejamento de uma mulher em nome da honra da sua família. Farzana esperava pela abertura do tribunal em Lahore, quando foi cercada por um grupo de cerca de 20 homens, entre eles o pai, dois irmãos e um antigo noivo. Os homens apedrejaram-na e Farzana morreu perante familiares e a polícia. O pai da jovem admitiu depois às autoridades ter contribuído para a morte da filha, por honra da família. A paquistanesa chegou a estar noiva de um primo, num casamento arranjado pela família, mas recusou a imposição e decidiu casar-se com o homem que amava, o que segundo uma tradição paquistanesa desonra os seus familiares. O primeiro-ministro paquistanês, Nawaz Sharif, exortou agora as autoridades de Penjab, província que tem como capital Lahore, que tomem “medidas imediatas” quanto ao “crime totalmente inaceitável” ocorrido “perante a polícia”. O chefe do governo local de Penjab, Shahbaz Sharif, irmão do primeiro-ministro, anunciou, pouco depois, que foram acelerados procedimentos judiciários no caso colocado sob a autoridade da lei antiterrorismo. A polícia paquistanesa declarou, entretanto, esta sexta-feira que deteve quatro homens suspeitos de terem participado na morte da jovem, além de ter feito a detenção, na terça-feira, do pai de Farzana. Um tio e dois primos da mulher e um motorista foram detidos, segundo um responsável pela investigação, Zulfiqar Hameed, que falou à AFP. Com base na lei paquistanesa, os casamentos forçados e os crimes de honra devem ser penalizados. Porém, a força de tradições e interpretações secundárias da lei violam o que é instituído legalmente. Estima-se que perto de mil casos semelhantes ao de Farzana se registem todos os anos no Paquistão. Viúvo de Farzana matou a primeira mulherO caso da jovem paquistanesa além de provocar indignação teve um desenvolvimento bizarro nos últimos dias. O marido de Farzana, Mohammad Iqbal, de 45 anos, apelou à Justiça no caso da mulher e à condenação da sua família. Porém, segundo Mohammad, ele próprio cometeu um crime, há seis anos, contra a sua primeira mulher. “Estava apaixonado por Farzana e foi por causa desse amor que matei a minha primeira mulher, por estrangulamento”, admitiu numa conversa telefónica com a AFP. A filha de Mohammad e da primeira mulher apresentou queixa contra o pai, que chegou a estar preso, mas que saiu pouco depois em liberdade após ter chegado a um acordo com a família da vítima. O homem foi perdoado por ter pago o que no Paquistão se chama “dinheiro de sangue”, uma solução na qual o homicida escapa à Justiça se pagar uma compensação à família da vítima. Após a sua libertação, o paquistanês convenceu Farzana a casar-se com ele, mas, segundo Mohammad, a família da noiva exigia o pagamento de um elevado dote, proposta que foi recusada. O casamento aconteceu e surgiu a acusação contra a jovem de que tinha desonrado a família. Indignação da comunidade internacionalO caso de lapidação está a indignar a comunidade internacional. Os EUA, Reino Unido e a ONU já se manifestaram e exigiram que os crimes de honra sejam punidos. De Washington, a porta-voz do Departamento de Estado, Jennifer Psaki, fez saber que os autores da morte de Farzana “devem ser levados perante a Justiça”, tal como os que cometeram o mesmo crime “hediondo” em dois outros casos, na mesma semana, no Paquistão. O chefe da diplomacia britânica, William Hague, afirmou-se “entristecido” com a “morte atroz” da jovem e pediu a Islamabad que tome medidas urgentes contra esta prática. “Não há absolutamente nada de honroso nos crimes de honra e apelo ao Governo paquistanês para fazer tudo o que está no seu poder para erradicar esta prática bárbara”, reforçou.
REFERÊNCIAS:
Entidades ONU EUA
Polícia diz que todos os suspeitos de violação na Índia estão detidos
O Governo prometeu que todos os suspeitos deste caso serão julgados com rapidez, ao mesmo tempo que anuncia a criação de um grupo de crise para assegurar que se faz justiça nos casos de violência sexual. (...)

Polícia diz que todos os suspeitos de violação na Índia estão detidos
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2014-05-31 | Jornal Público
SUMÁRIO: O Governo prometeu que todos os suspeitos deste caso serão julgados com rapidez, ao mesmo tempo que anuncia a criação de um grupo de crise para assegurar que se faz justiça nos casos de violência sexual.
TEXTO: As autoridades indianas garantiram este sábado que todos os suspeitos da violação e assassínio de duas primas adolescentes, de 14 e 16 anos, já estão detidos. Dois polícias foram detidos logo na sexta-feira; agora aconteceu o mesmo com três suspeitos atacantes. As raparigas, membros de uma casta inferior, foram encontradas enforcadas numa árvore na aldeia de Katra Shahadatgani, no estado do Uttar Pradesh. Tinham saído à rua, para ir à casa de banho, e nunca voltaram para casa – não há rede sanitária em muitas casas desta zona, Badaun. Apesar de a polícia dizer ter encontrado todos os suspeitos, tinha inicialmente afirmado que havia cinco homens da aldeia sob suspeita – a autópsia relevou que as duas foram vítimas de uma violação em grupo. Este caso, mais um numa lista de chocantes violações em grupo em diferentes zonas da Índia, está a provocar uma vaga de protestos – a população denuncia o caso como uma descriminação de castas. O pai de uma das vítimas contou aos jornalistas que foi gozado pela polícia quando se dirigiu à esquadra, pedindo ajuda para encontrar a filha que tinha desaparecido. Quando o polícia percebeu a que casta a família pertence fez troça do homem e decidiu não actuar – as duas raparigas eram dalitas, a casta na base da pirâmide de um sistema de estratificação social que está proibido desde 1950. Constitucionalmente, as castas estão banidas há mais de 60 anos, mas a discriminação e a violência baseadas neste sistema nunca deixaram de acontecer. Já tinham passado 12 horas do desaparecimento quando as autoridades decidiram fazer alguma coisa. Os dois agentes detidos foram acusados de negligência no cumprimento do seu dever e de conspiração criminosa. O Governo prometeu que todos os suspeitos deste caso serão julgados com rapidez, ao mesmo tempo que anuncia ir criar um grupo de crise para assegurar que se faz justiça nos casos de violências sexual. Há notícias de mais dois casos de violação de grupo de menores no mesmo estado, o Uttar Pradesh, no Norte da Índia, durante esta semana. Num destes casos, a polícia revelou na sexta-feira que o pai do principal suspeito agrediu brutalmente a mãe da alegada vítima, quando esta recusou retirar a queixa. Para além dos grupos de defesa dos direitos das mulheres e da própria população, as manifestações dos últimos dias também têm contado com activistas que apontam a falta de instalações sanitárias nas áreas rurais como um risco para a segurança das mulheres.
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Palavras-chave direitos homens filha violência ajuda homem social violação sexual mulheres assassínio desaparecimento discriminação
Candidaturas aos estágios do IEFP reabrem a 31 de Julho
Duração dos estágios para jovens com o apoio do IEFP baixa para nove meses. Novas regras entraram em vigor nesta sexta-feira. (...)

Candidaturas aos estágios do IEFP reabrem a 31 de Julho
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2014-07-25 | Jornal Público
SUMÁRIO: Duração dos estágios para jovens com o apoio do IEFP baixa para nove meses. Novas regras entraram em vigor nesta sexta-feira.
TEXTO: As novas regras dos estágios, apoiados pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), entraram em vigor nesta sexta-feira, mas as candidaturas só serão reabertas na próxima semana. De acordo com a informação publicada ao início da tarde no site do IEFP, o novo período de candidaturas abre “no próximo dia 31 de Julho”. O instituto suspendeu as candidaturas a 30 de Junho, à espera da reformulação do programa, que foi discutida com os parceiros sociais. A partir de agora, a duração do Estágios-Emprego é reduzida de um ano para nove meses. Só em determinados casos é que o programa pode durar 12 meses. Segundo a portaria que altera o programa, publicada em Diário da República na quinta-feira, a comparticipação das bolsas também diminui, mas as regras prevêem uma majoração nas comparticipações nas bolsas de estágio no caso de as pessoas abrangidas pelo estágio se enquadrem em “algumas tipologias de públicos, como as vítimas de violência doméstica, os ex-reclusos e os toxicodependentes em processos de recuperação, atentas às suas especificidades e à sua maior vulnerabilidade de inserção na vida activa”. Nestes casos, o programa mantém os 12 meses de duração e as empresas onde se realiza o estágio podem receber “apoios financeiros acrescidos”. A lista das entidades que podem beneficiar de uma comparticipação de 80% foi alargada. Além das entidades privadas sem fins lucrativos e dos projectos de interesse estratégico, são abrangidas as empresas com dez ou menos trabalhadores, quando se trata da primeira candidatura a este programa. Nos restantes casos, a bolsa é comparticipada em 65% pelo IEFP. O Governo justifica a redução do período de estágio tendo em conta uma recomendação do Conselho da União Europeia para que a duração fosse de seis meses, “excepto nos casos em que se justifique uma duração mais longa, tendo em conta as práticas nacionais”. O Governo entendeu que Portugal deveria reduzir o período de estágio face aos 12 meses que vigoravam até agora, mas não para o meio ano recomendado pelo Conselho da UE. A solução encontrada foram os nove meses, tendo em conta “a experiência de implementação deste tipo de medidas em Portugal”. Os noves meses já foram a regra e, escreve o Governo nesta portaria, as avaliações “apontam para efeitos muito positivos na empregabilidade dos seus beneficiários”. Por outro lado, caso se optasse pelos seis meses, haveria riscos quanto à qualidade dos estágios e quanto à inserção no mercado de trabalho, justifica o executivo. A redução foi criticada pelos deputados da JSD, que questionaram o Governo sobre esta opção, uma vez que os jovens que não sejam contratados no fim do estágio perdem o direito ao subsídio de desemprego. O diploma confirma, tal como o PÚBLICO avançou, que as empresas com salários em atraso não podem concorrer ao programa. Aos estágios podem concorrer os jovens entre os 18 e os 30 anos que tenham concluído o 9. º ano. A partir dos 30 anos, abrange apenas quem esteja à procura de um novo emprego e esteja fora do mercado de trabalho “nos 12 meses anteriores à data da selecção pelo IEFP”. Este programa faz parte do pacote de medidas destinado a minimizar o desemprego entre os jovens e a que o Govenro agora chama Garantia Jovem.
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Entidades UE IEFP
IEFP suspende candidaturas aos apoios à contratação
Suspensão foi decidida esta sexta-feira e dura até o instituto elaborar o regulamento da medida nova Estímulo Emprego e adaptar o sistema informático. (...)

IEFP suspende candidaturas aos apoios à contratação
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2014-07-26 | Jornal Público
SUMÁRIO: Suspensão foi decidida esta sexta-feira e dura até o instituto elaborar o regulamento da medida nova Estímulo Emprego e adaptar o sistema informático.
TEXTO: O Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) suspendeu nesta sexta-feira as candidaturas das empresas aos apoios à contratação previstos nas medidas Estímulo 2013 e redução da taxa social única. A suspensão dura por um período máximo de 30 dias, até o instituto elaborar os regulamentos da nova medida Estímulo Emprego, que irá substituir as anteriores, e a reabertura das candidaturas está dependente da adaptação do sistema informático às novas regras. A suspensão foi comunicada hoje de manhã através de um e-mail enviado aos directores regionais, no dia em que a nova medida entrou em vigor. Na circular, a que o PÚBLICO teve acesso, a directora do departamento de emprego do IEFP alerta que, apesar da suspensão, as empresas, ao registarem uma oferta de emprego, podem dar a indicação de que querem beneficiar do Estímulo Emprego. E acrescenta que o IEFP “dispõe de 30 dias para elaborar os regulamentos” da medida e abrir as candidaturas. Porém, acrescenta, a abertura das candidaturas ficará “condicionada ao desenvolvimento informático”. Ou seja, o sistema terá de ser reformulado com base nas novas regras, que juntam numa só medidas os apoios até agora previstos em duas. O Estímulo Emprego prevê um apoio financeiro dado aos empregadores privados que celebrem contratos de trabalho com desempregados inscritos nos centros de emprego. No caso de contratos a termo certo, a empresa recebe 335, 38 euros (80% do Indexante dos Apoios Sociais –IAS) por trabalhador durante seis meses, mas este montante pode subir para 419, 22 euros (1 IAS) na contratação de desempregados de longa duração, desempregados com menos de 30 anos ou mais de 45, beneficiários de prestações de desemprego, ex-reclusos, entre outros casos. Se optar por contratar sem termo, a empresa tem um apoio de 461, 14 euros (1, 1 IAS) por um período máximo de 12 meses. No Estímulo 2013, os apoios eram mais generosos. As empresas que admitiam desempregados com contratos a termo recebiam 50% do salário do trabalhador durante seis meses e o montante mensal não podia exceder os 419, 22 euros. Nos grupos mais desfavorecidos, o IEFP suportava 60% do salário. Na contratação sem termo o apoio era de 545 euros mensais (1, 3 IAS), durante 18 meses. O Governo recuperou para esta portaria os limites nos apoios à contratação a termo e os prémios à conversão de contratos a prazo em definitivos previstos na medida Estímulo 2013. Desde logo, o Estado só apoiará a contratação de um máximo de 25 desempregados a prazo por empresa em cada ano e não existirá qualquer limite no número de contratações sem termo. Os prémios à conversão de contratos precários em definitivos também são recuperados, embora em moldes diferentes. Na medida em vigor até hoje, o prémio de conversão tinha por referência 50% ou 60% da retribuição mensal do trabalhador, tendo como limite máximo mensal 419, 22 euros, e era atribuído por mais nove meses. Na portaria publicada na quinta-feira e que entrou em vigor nesta sexta-feira, o prémio corresponde a 80% ou 100% do IAS e é atribuído por mais seis meses. Na introdução da Portaria 149-A/2014, o secretário de Estado do Emprego, Octávio Oliveira, realça que a medida Estímulo Emprego resulta da necessidade de “racionalização das medidas activas de emprego”, com o objectivo de “aumentar a eficácia e eficiência dos apoios à contratação no processo de ajustamento do mercado de trabalho”. Na nova medida é reduzido ou eliminado, para alguns grupos de destinatários (jovens até aos 30 anos, desempregados com idade mínima de 45 anos, beneficiários de prestações de desemprego, que integram família monoparental, casais em que ambos estão desempregados e vítimas de violência doméstica), o período mínimo de inscrição nos centros de emprego. A intenção, destaca, é “reforçar a capacidade de intervenção precoce do serviço público de emprego”, uma vez que “é reconhecido que em regra aumentam as dificuldades [de regresso ao mercado de trabalho] à medida que aumenta o tempo de permanência no desemprego".
REFERÊNCIAS:
Entidades IEFP
Na última semana, as turcas têm-se rido na cara do vice-primeiro-ministro
Sorrisos femininos enchem as redes sociais em protesto contra frase polémica de Bulent Arinc. (...)

Na última semana, as turcas têm-se rido na cara do vice-primeiro-ministro
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 6 | Sentimento -0.25
DATA: 2014-07-30 | Jornal Público
SUMÁRIO: Sorrisos femininos enchem as redes sociais em protesto contra frase polémica de Bulent Arinc.
TEXTO: Nos últimos dias, as mulheres turcas não param de rir e muito. No Facebook, Twitter ou Instagram há milhares de mensagens e de sorrisos femininos e tudo por causa do vice-primeiro-ministro do país, Bulent Arinc. Numa cerimónia que marcou o final do Ramadão, Arinc defendeu que uma mulher “não deve rir-se ruidosamente em frente a todos e deve preservar sempre a sua decência”. As reacções das turcas estão a encher as redes sociais. Além da frase que está a indignar as mulheres na Turquia, Arinc disse ainda na sua intervenção dedicada à “corrupção da moral” que o “homem deve ter moral mas as mulheres também, devem saber o que é decente e o que não é”. As críticas às afirmações do responsável turco, um dos fundadores do AKP (Partido da Justiça e Desenvolvimento), no poder, fizeram-se ouvir por parte de adversários políticos do primeiro-ministro Recep Tayyip Erdogan, candidato às próximas presidenciais no país, que arrancam em Agosto. Foi o caso de Ekmeleddin Ihsanoglu, principal rival de Erdogan no escrutínio. “Temos de ouvir o riso feliz das mulheres”, escreveu na sua conta do Twitter, segundo o jornal britânico Guardian. “Mais do que tudo, o nosso país precisa de mulheres que sorriam e de ouvir pessoas a rir”, acrescentou. Também o famoso apresentador de televisão na Turquia Fatih Portakal criticou Arinc. “Se as mulheres não se podem rir em público, então os homens não deveriam chorar em público”, disse num tweet, citado pela BBC, fazendo uma referência às ocasiões em que o vice-primeiro-ministro chora quando assiste a discursos de Erdogan. Nas redes sociais, milhares de selfies e de mensagens foram partilhadas como resposta a Arinc. No Twitter foram criadas as hashtags #direnkahkaha (sorriso resistente) e #direnkadin (mulher resistente), onde a palavra turca kahkaha (sorriso) tem sido repetida. Para estas mulheres, a questão levantada pelo vice-primeiro-ministro foi considerada “extremamente escandalosa e conservadora”, como sustentou a escritora e comentadora política Ece Temelkuran, que tem perto de um milhão de seguidores no Twitter, quando há assuntos como a violação, violência doméstica ou o casamento forçado de menores que não são abordados pelo governo. Além do comentário ao sorriso feminino, Arinc criticou no seu discurso os programas de televisão e as telenovelas de serem uma má influência para a sociedade, nomeadamente para os jovens, “encorajados a ser viciados em sexo” e quererem vidas luxuosas. O político comentou ainda o uso excessivo de carros e de telemóveis no país, com as mulheres a “passarem horas ao telefone para trocar receitas”. “Não se passa mais nada? O que aconteceu à filha de Ayse? Quando é o casamento? As pessoas deveriam dizer essas coisas cara a cara”, defendeu. Nos blogues no país, o utilizador bturkmen, referido pelo Guardian, dirigiu-se directamente a Arinc e a Erdogan: “Parem de nos dar lições de moral e contem todo o dinheiro que nos roubaram”.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave homens filha violência mulher homem violação sexo mulheres doméstica casamento
Pedro Silva Pereira disponível para prestar esclarecimentos na comissão de inquérito
O ministro de Estado e da Presidência afirmou hoje estar disponível para ser ouvido na comissão parlamentar de inquérito ao negócio da Portugal Telecom para comprar a TVI, na sequência do pedido apresentado pelo Bloco de Esquerda. (...)

Pedro Silva Pereira disponível para prestar esclarecimentos na comissão de inquérito
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 6 | Sentimento 0.4
DATA: 2010-05-03 | Jornal Público
SUMÁRIO: O ministro de Estado e da Presidência afirmou hoje estar disponível para ser ouvido na comissão parlamentar de inquérito ao negócio da Portugal Telecom para comprar a TVI, na sequência do pedido apresentado pelo Bloco de Esquerda.
TEXTO: O deputado do Bloco de Esquerda João Semedo anunciou na sexta-feira que vai requerer a presença de Pedro Silva Pereira na comissão, por considerar que o ministro "dispunha à data de 25 de Junho de informação privilegiada sobre as negociações". "Eu tenho notícia da intenção do deputado João Semedo propor a minha ida à comissão parlamentar de inquérito. Disse que quer ver-me lá. Eu também quero ver lá o deputado João Semedo. Se isso acontecer estarei disponível para prestar todos os esclarecimentos", afirmou hoje Pedro Silva Pereira aos jornalistas à margem da Conferência Ministerial de Responsáveis pela Igualdade de Género dos Países da CPLP, que decorre na Gulbenkian, em Lisboa. Questionado sobre se conhecia o plano da PT para adquirir a TVI, Silva Pereira referiu que prestará "todos os esclarecimentos" na comissão.
REFERÊNCIAS:
Entidades CPLP