Ana Jorge considera que ida de utentes a Tui agradecer ao alcaide é sinal de "boa relação transfronteiriça"
A ministra da Saúde afirmou hoje não ter encarado como uma “provocação” a ida de utentes de Valença a Tui (Espanha) agradecer ao alcaide a disponibilização do serviço de urgências, mas sim como “uma boa relação transfronteiriça”. (...)

Ana Jorge considera que ida de utentes a Tui agradecer ao alcaide é sinal de "boa relação transfronteiriça"
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 6 | Sentimento 0.7
DATA: 2010-05-03 | Jornal Público
SUMÁRIO: A ministra da Saúde afirmou hoje não ter encarado como uma “provocação” a ida de utentes de Valença a Tui (Espanha) agradecer ao alcaide a disponibilização do serviço de urgências, mas sim como “uma boa relação transfronteiriça”.
TEXTO: Meia centena de utentes do Centro de Saúde de Valença deslocou-se no domingo a pé até Tui, na Galiza, Espanha, para agradecer pessoalmente ao alcaide o facto de ter disponibilizado as urgências locais para socorrer a população daquele concelho do Alto Minho. “Que eu saiba não houve nenhum protesto. Era um grupo de 50 pessoas que, segundo o que eu li na comunicação social, se dirigiu a Tui para agradecer ao alcaide da cidade”, disse Ana Jorge à margem da II Conferência Ministerial sobre Igualdade de Género dos Países da CPLP "Género, Saúde e Violência", que está a decorrer na Fundação Calouste Gulbenkian, em LisboaO Serviço de Atendimento Permanente (SAP) de Valença fechou em finais de Março, motivando várias manifestações de protesto da população local. A alternativa agora é Monção, a 18 quilómetros, ou Viana do Castelo, a 50, mas a população de Valença diz que prefere ser assistida em Tui, que fica mesmo do outro lado do rio. Ana Jorge disse que esta situação não veio alterar o que já acontece nas regiões transfronteiriças: “Segundo informações que obtive, o número de portugueses atendido em Tui é o habitual”. Sobre a caminhada dos utentes de Valença, a ministra comentou: “Não encaro isso como uma provocação, mas sim como uma boa relação transfronteiriça”. Na Cimeira Ibérica de Zamora, os Governos português e espanhol assinaram um acordo transfronteiriço da área da Saúde, para que as populações dos dois países possam utilizar, indiscriminadamente, os equipamentos e serviços de um e outro lado da fronteira. O acordo terá agora de ser regulamentado, para poder ser posto em prática.
REFERÊNCIAS:
Entidades CPLP
Duas pessoas mortas por semana com armas entre 2003 e 2008
Duas pessoas morreram por semana em Portugal vítimas de armas de fogo, a maioria homens, entre 2003 e 2008, segundo um estudo do Centro de Estudos Sociais (CES) da Universidade de Coimbra hoje divulgado. (...)

Duas pessoas mortas por semana com armas entre 2003 e 2008
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 6 | Sentimento -0.2
DATA: 2010-05-20 | Jornal Público
SUMÁRIO: Duas pessoas morreram por semana em Portugal vítimas de armas de fogo, a maioria homens, entre 2003 e 2008, segundo um estudo do Centro de Estudos Sociais (CES) da Universidade de Coimbra hoje divulgado.
TEXTO: "Entre 2003 e 2008 morreram 682 pessoas vítimas de armas de fogo em Portugal e destas 109 foram mulheres", indica o estudo "Violência e armas ligeiras, um retrato português", adiantando que, "por semana, morrem pelo menos duas pessoas vítimas de armas de fogo, na sua maioria homens". Segundo os investigadores, "entre 2003 e 2008 houve 2047 ocorrências envolvendo armas de fogo e tendo em consideração que a média do agregado familiar em Portugal é de 2, 8 pessoas, 5731 pessoas sobreviveram à perda e/ou ao trauma neste período". No mesmo período deram entrada nos hospitais 2047 vítimas de armas de fogo, quase metade homens jovens, com idades entre os 20 e os 39 anos. O estudo do CES indica também que foram registados 715 acidentes com armas de fogo e 604 com armas brancas. Entre os crimes registados, houve 702 homicídios e tentativas de homicídio com armas de fogo e 1440 com utilização de armas brancas, 229 suicídios e lesões autoinflingidas com armas de fogo contra 2164 com recurso a armas brancas. No mesmo período, 62 crianças até aos 14 anos foram vítimas acidentais de armas de fogo, sobretudo com pistolas. No entanto, refere o estudo, em 2008 houve menos 52 vítimas de armas de fogo do que em 2006 e menos 12 do que em 2007. O estudo, que teve a colaboração do Observatório Género e Violência Armada do CES, indica que um em cada quatro portugueses tem uma arma de fogo, das quais quase metade são ilegais, num total de 2, 6 milhões de armas existentes em Portugal. Maioria dos crimes violentos cometidos por homensSegundo o mesmo estudo, a maioria dos crimes violentos que envolvem armas de fogo ocorridos em Portugal são cometidos por homens. "A maioria dos utilizadores criminais de armas de fogo são homens, de nacionalidade portuguesa (mais de 90 por cento)". Entre os crimes mais comuns com uso de arma de fogo estão o roubo, a ofensa física, a tentativa de homicídio e o homicídio. Os investigadores do CES fizerem entrevistas aos reclusos do estabelecimento prisional de Coimbra, que representa 3, 8 por cento da população prisional portuguesa, e onde 22 por cento dos presos cumpre pena por crimes directamente relacionados com armas de fogo, que confirmam a tendência. "A maioria [dos presos] afirmou que o primeiro contacto com armas de fogo se deu no seio do grupo de amigos, durante a transição da infância para a adolescência, não sendo incomum a existência de armas de fogo em casa", referem os investigadores. A maioria dos reclusos interrogados que contactaram com armas de fogo associam-lhes valores como protecção e defesa da família. As reclusas do Estabelecimento Prisional de Tires, que representa 45, 6 por cento da população prisional feminina em Portugal, e onde cerca de oito por cento está presa por crimes com armas de fogo, indicam que o seu contacto com armas foi mais tardio do que os homens e está associado à participação no tráfico de drogas. Uma parte significativa dos relatos referiu o uso de armas de fogo em situações de violência doméstica, em particular como forma de reacção a um historial de maus tratos. Dados da Direcção Geral de Reinserção Social (2009) indicam que 204 jovens cumprem medida de internamento em Centros Educativos. Destes, 89 por cento são rapazes e 11 por cento raparigas. Apesar do uso efectivo de armas ser residual entre os jovens, "o envolvimento com a violência e com as armas acontece, na maioria das vezes, no grupo de amigos, ocorrendo nas escolas e nos espaços envolventes". Uma amostra das licenças atribuídas em 2008 e 2009 pela PSP, revela que o perfil mais comum dos utilizadores legais de armas de fogo "é homem, é português e tem entre os 40 e os 64 anos". E foram os agricultores, operários da construção civil, comerciantes, empresários, motoristas, industriais, engenheiros, carpinteiros, serralheiros e mecânicos de automóveis que mais pedidos de licença apresentaram à PSP. Violência domésticaPor outro lado, perto de um terço das mulheres que recorreram entre Outubro e Março à Associação de Apoio à Vítimas (APAV) afirmou que o agressor possui ou tem acesso a armas de fogo, revelou o estudo. Das 101 mulheres que recorreram à APAV e que responderam ao questionário, 30, 7 por cento refere que o responsável pela agressão possui ou tem acesso a armas de fogo. “Relevante é também a percentagem de denunciantes que afirmou não saber se o parceiro tinha uma arma em casa (39 por cento)”, salienta o documento. Os autores do estudo afirmam que o facto de as mulheres não saberem se o parceiro tem uma arma em casa, “significa ter de lidar com essa dúvida e, portanto, com a eminência da descoberta da sua existência”. “E significa que, acima de tudo, para manter e perpetuar uma relação de dominação e de poder, a arma não tem necessariamente de ser usada ou mesmo vista. ” Segundo o estudo, a ameaça do uso de arma é a forma de intimação mais comum nos casos de violência doméstica, sendo mesmo superior à exposição ou ao apontar da arma à vítima. Sobre os custos directos (tratamento hospitalar e perda de produtividade) e indirectos (como sofrimento e perda de qualidade de vida) dos crimes com armas de fogo, o estudo “(sub)estima” um custo médio anual de cerca de 108 milhões de euros no período 2003/2008, custo médio/habitante inferior a estudos de outros países.
REFERÊNCIAS:
Entidades PSP
Amnistia denuncia dois casos de alegada tortura da PJ
O relatório anual da Amnistia Internacional (AI) critica Portugal pelo facto de não ter sido apurada a autoria do espancamento, nas instalações da Polícia Judiciária (PJ) de Portimão, de Leonor Cipriano, a cumprir 16 anos e meio de prisão pelo homicídio e ocultação do cadáver de sua filha Joana. (...)

Amnistia denuncia dois casos de alegada tortura da PJ
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 6 | Sentimento -0.1
DATA: 2010-05-27 | Jornal Público
SUMÁRIO: O relatório anual da Amnistia Internacional (AI) critica Portugal pelo facto de não ter sido apurada a autoria do espancamento, nas instalações da Polícia Judiciária (PJ) de Portimão, de Leonor Cipriano, a cumprir 16 anos e meio de prisão pelo homicídio e ocultação do cadáver de sua filha Joana.
TEXTO: “Preocupa-nos o facto de ser provada em tribunal a prática de tortura mas redundar tal prova em impunidade”, afirma Pedro Krupenski, director executivo da Amnistia Internacional em Portugal. Uma outra situação de alegados maus tratos policiais é apontada no documento da AI, devido a, “até ao final do ano [2009]”, não ter sido agendado o julgamento de três elementos da PJ acusados de torturar Virgolino Borges em Março de 2000. O processo devia ter começado a ser julgado em Novembro de 2008, mas foi adiado até à realização de exames médicos adicionais solicitados pela defesa. Virgolino Borges diz ter sido torturado pelos agentes, que lhe deram murros e lhe bateram nas solas dos pés com um pedaço de madeira enquanto estava sob custódia policial em 2000. Cinco anos depois, o Ministério Público arquivou o inquérito, por entender que as lesões de Virgolino Borges tinham sido auto-infligidas, acabando o processo por ser reaberto por decisões dos tribunais Instrução Criminal e da Relação de Lisboa, determinando que o caso fosse julgado em Novembro de 2005. “Dez anos depois e ainda não foi feita justiça”, afirma Lucília- José Justino, presidente da Amnistia Internacional – Portugal. O acolhimento por Portugal de dois antigos prisioneiros sírios em Guantánamo é elogiado pela Amnistia Internacional, que saúda a libertação e transferência dos cativos, impedidos de regressar à Síria por risco de tortura e de violações dos direitos humanos. “Julgamos importante que Portugal reúna as condições necessárias para acolher mais ex-prisioneiros de Guantánamo. Avaliando pelo sucesso da integração dos dois sírios, de facto, Portugal pode e deve fazê-lo”, afirma Pedro Krupenski. O relatório anual regista o arquivamento da investigação motivada por denúncia da eurodeputada Ana Gomes relacionada com o alegado uso de aeoroportos nacionais por aviões usados nos chamados voos de rendição da CIA e em transferências ilegais de prisioneiros para Guantánamo. E refere várias falhas apontadas por Ana Gomes, quando tentou evitar o arquivamento dos autos, nomeadamente a ausência do testemunho de responsáveis dos serviços de informações, dos ministros dos Negócios Estrangeiros e da Defesa, antigos primeiros-ministros, responsáveis da embaixada dos EUA e directores do Instituto Nacional de Aviação Civil e da autoridade do controlo do tráfego aéreo. Segundo o relatório anual da AI, a violência doméstica motivou 15. 904 queixas no primeiro semestre de 2009, das quais 16 por homicídio. “Registe-se o aumento para mais do dobro de mortes resultantes de violência doméstica”, afirma Lucília-José Justino.
REFERÊNCIAS:
Entidades EUA PJ
Morreu Kazuo Ohno, intérprete maior da dança butô
Aos 103 anos e pouco tempo depois de ter feito o seu último ensaio de estúdio, já que continuava a dançar mesmo que retirado dos palcos, Kazuo Ohno, o bailarino japonês que se destacou com um dos principais intérpretes do butô, morreu em Yokohama, no Japão. (...)

Morreu Kazuo Ohno, intérprete maior da dança butô
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 6 | Sentimento 0.062
DATA: 2010-06-03 | Jornal Público
SUMÁRIO: Aos 103 anos e pouco tempo depois de ter feito o seu último ensaio de estúdio, já que continuava a dançar mesmo que retirado dos palcos, Kazuo Ohno, o bailarino japonês que se destacou com um dos principais intérpretes do butô, morreu em Yokohama, no Japão.
TEXTO: O bailarino morreu ontem de insuficiência respiratória. Um dos primeiros bailarinos do butô, Kazuo Ohno nasceu em Hakodate, na ilha de Hokkaido, em 1906. Começou por se destacar como atleta e foi durante a sua passagem pela Universidade Atlética do Japão que assitiu a uma performance da bailarina espanhola modernista Antonia Merce. Cativado pela dança, Kazuo Ohno viria a tornar-se um dos grandes intérpretes do butô, a dança japonesa que surge após a II Guerra Mundial e a derrota do Império do Japão pelos EUA e pelas tropas aliadas e que recupera antigas tradições nipónicas ao mesmo tempo que as funde com influências várias da vanguarda artística do século XX. Foi professor de dança de liceu e testemunhou a violência da Guerra Mundial quando foi recrutado pelo Exército Japonês, recorda o "New York Times". Foi prisioneiro de guerra e sobreviveu ao ataque a Hiroshima, algo que até hoje é associado à força da sua interpretação no butô. O seu primeiro recital foi em 1949, em Tóquio. Tinha 43 anos. E na audiência estava o pai fundador do butô, o autor Tatsumi Hijikata. Trabalharam juntos até meados dos anos 1960. Influenciado pelo expressionismo alemão, pelo feminismo e modernismo, Kazuo Ohno continuou a dançar após os seus cem anos. Fundou o estúdio Kazuo Ohno, que agora será dirigido por Yoshito Ohno.
REFERÊNCIAS:
Entidades EUA
Ruiva, solteira e primeira-ministra
Protagonizou a mais rápida mudança de liderança que os australianos já viram, mas chegou ao lugar ao qual há muito já se percebera que se dirigia. Em Outubro vai a votos. (...)

Ruiva, solteira e primeira-ministra
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 6 | Sentimento -0.07
DATA: 2010-06-28 | Jornal Público
SUMÁRIO: Protagonizou a mais rápida mudança de liderança que os australianos já viram, mas chegou ao lugar ao qual há muito já se percebera que se dirigia. Em Outubro vai a votos.
TEXTO: Disse um dia que não estava na política para ser a primeira mulher a fazer isto ou aquilo. Mas há anos que se adivinhava que era precisamente isso que seria. Julia Gillard tornou-se em 2007 vice-primeira-ministra, cargo a que nenhuma australiana tinha chegado. Muitas vezes referida como possível líder do Labour e do Governo, até Kevin Rudd, que ainda na quinta-feira era chefe do governo, já dissera que "um dia" ela seria "uma óptima primeira-ministra". O dia chegou e Rudd não conseguiu adiá-lo: quarta-feira, Gillard desafiou-o e ele não resistiu. Menos de 24 horas depois ela estava a prestar juramento como primeira-ministra. Gillard, que tinha sido sua aliada fiel, sentira-se traída. Garantira a Rudd que não tentaria ficar-lhe com o lugar mas soube que ele tinha sondado o partido para saber que apoios teria num eventual confronto, sugerindo assim que não acreditava na sua palavra. Rudd, até ao ano passado um dos mais populares primeiros-ministros de sempre, perdera nos últimos meses o apoio do país e do partido. Face ao desafio da sua "número dois", com quem se aliara desde que ambos chegaram ao Parlamento e com cujo peso na ala mais à esquerda do Labour contara para ser eleito, percebeu que não tinha votos e atirou a toalha. Para já, Gillard foi escolhida pelos parlamentares trabalhistas. Falta-lhe ainda o voto dos australianos, que serão chamados às urnas em Outubro. Para já, foi mais fácil a Gillard ser escolhida pelo partido para primeira-ministra do que para deputada. Desta vez, foi à primeira; quando se decidiu a entrar na política profissional, foi preterida três vezes como candidata a um lugar no Parlamento de Camberra. Mas tornou-se numa parlamentar de qualidades reconhecidas, considerada por muitos a melhor tribuna do país, e foi, pela mão de Rudd, "ministra de tudo", assim chamada por ter três pastas de relevo: Inclusão Social, Educação e Emprego e Relações de Trabalho. Nos últimos dois anos e meio geriu um ambicioso programa de investimento nas escolas e travou políticas do Executivo conservador que tinham erodido o poder dos sindicatos, seus aliados desde que era advogada especializada em questões industriais. Agora, aos 48 anos, é primeira-ministra. As primeiras páginas de todos os jornais mostraram Gillard a prestar juramento perante a representante da rainha, Quentin Bryce. "Quem pensaria que veríamos a primeira primeira-ministra tomar posse diante da primeira mulher governadora-geral?", perguntou o jornal Sydney Morning Herald. A feminista Gillard desvalorizou este marco, brincando com uma característica sua que, não tendo nada a ver com as suas capacidades políticas, já foi usada nos ataques da oposição: a cor do cabelo. "Primeira mulher, talvez a primeira ruiva - deixo-vos a escolha de qual das duas será mais improvável na actualidade. "Desde que chegou ao Parlamento, em 1998, Gillard foi julgada e escrutinada em todos os aspectos da sua vida pessoal e até características físicas, da voz nasalada ao pronunciado sotaque australiano (ela que até nasceu no País de Gales e é a segunda líder do país que não nasceu na Austrália), passando pela sua escolha de roupa e penteado e, acima de tudo, pelo facto de ser uma mulher sem filhos. Em 2007, o senador liberal Bill Heffernan provocou uma polémica ao afirmar que uma mulher "deliberadamente estéril" não podia conduzir os destinos do país e que ter filhos a ajudaria a compreender melhor as necessidades dos australianos. Numa entrevista, em 2008, Gillard disse ter "enorme admiração pelas mulheres que conseguem gerir a vida profissional e familiar", mas que ela "não tinha a certeza de ser capaz". "Há algo em mim que se impõe e que me diz que se me tivesse calhado a sorte de [ter uma família], não teria sido capaz de fazer isto [a carreira política]. ”Gillard não é só a primeira chefe de Governo, é também a primeira pessoa a chegar ao cargo na Austrália que não é casada, algo que os conservadores gostam de lhe cobrar. "Ela vai ser uma primeira-ministra fantástica. Tem o pensamento certo e sabe ouvir. Tenho muito orgulho em apoiá-la", disse à imprensa australiana Tim Mathieson, cabeleireiro que é há quatro anos o seu companheiro. De Gillard, os australianos sabem que é competente, extremamente focada e ambiciosa. É "determinada e segura de si", uma "combinação que fez dela um membro do Governo extremamente bem sucedido no Parlamento", notou o britânico The Telegraph. "O sentido de humor e a capacidade de se rir de si própria estão entre as suas melhores qualidades", escreveu em 2009 o jornalista Peter Mares. Ela costuma falar do seu sentido de justiça e da admiração que tem pelos pais, ambos de classe baixa, que se mudaram de Gales para a Austrália quando ela tinha quatro anos porque, com a sua bronquite, ela precisava de um sítio mais quente para crescer com saúde. Sempre boa aluna, encabeçou no liceu uma revolta contra um professor que acusava de favorecer os rapazes. Na universidade, onde estudou Direito e Artes, tornou-se numa das primeiras mulheres a liderar a União de Estudantes da Austrália. Aos 29 anos, foi uma das primeiras mulheres sócias do escritório de advogados onde iniciou a vida profissional, o mesmo que agora tem uma sala com o seu nome. E com tudo para provar ainda no mais alto cargo político do país, será para sempre, queira ou não, a primeira mulher a exercê-lo.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave educação mulher rainha social mulheres feminista
Brasil: Dilma com quase metade das intenções de voto
A candidata do PT, Dilma Rousseff, obteve o valor mais alto até agora numa sondagem, 49 por cento, com uma diferença de 20 pontos percentuais em relação ao seu mais directo rival, o candidato do PSDB José Serra. (...)

Brasil: Dilma com quase metade das intenções de voto
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 6 | Sentimento -0.16
DATA: 2010-08-26 | Jornal Público
SUMÁRIO: A candidata do PT, Dilma Rousseff, obteve o valor mais alto até agora numa sondagem, 49 por cento, com uma diferença de 20 pontos percentuais em relação ao seu mais directo rival, o candidato do PSDB José Serra.
TEXTO: A candidata começa a mostrar cada vez mais segurança e ontem já discursou com base na sua vitória, dizendo que irá emocionar-se ao ser a primeira mulher a “subir a rampa” quando o Presidente Lula a descer. Segundo a última sondagem, divulgada esta madrugada, que tem uma margem de erro de dois pontos percentuais, Dilma Rousseff está cada vez mais perto de uma vitória logo na primeira volta. A candidata do Partido dos Trabalhadores, de Luiz Inácio Lula da Silva, tem vindo a subir sempre nas sondagens desde Janeiro, quando estava muito atrás de Serra, do Partido da Social Democracia Brasileira. A exccepção foi um período entre Maio e Junho, quando os dois candidatos se mantiveram em empate técnico, mas ultrapassado este impasse, Dilma Rousseff foi subindo sempre, apoiada no período de propaganda eleitoral na rádio e televisão, em que tem aparecido muito colada à imagem de Lula. As eleições são só no início de Outubro e uma vitória na primeira volta (algo que nem o popularíssimo Presidente Lula conseguiu) parece cada vez mais provável devido à margem da vantagem e à subida constante da candidata do PT - analistas dizem que a candidatura de Dilma Rousseff ainda tem espaço para subir mais enquanto a de Serra não, porque há ainda uma percentagem de até 20 por cento de pessoas que não sabe que ela é a candidata de Lula da Silva, e José Serra já muito conhecido, já foi mesmo candidato à presidência em 2002, derrotado então pelo actual Presidente. O avanço de Dilma Rousseff, segundo esta última sondagem Datafolha/TV Globo, foi também notável em bastiões do PSDB, inclusivamente em São Paulo, onde José Serra foi um governador popular nos últimos quatro anos, e que é um estado governado pelo PSDB há 16 anos. Neste estado a reviravolta foi grande: na semana anterior Serra tinha 41 por cento e Dilma 34; esta semana a posição quase que se inverte e Dilma chega aos 41 e Serra cai para 36 por cento. Serra também perdeu a liderança de que gozava nos estados do Paraná e Rio Grande do Sul. Dilma Rousseff é ainda, segundo a sondagem, a candidata preferida entre os eleitores com mais rendimentos. Quanto aos restantes candidatos, Marina Silva, do Partido Verde, mantém os 9 por cento, enquanto 8 por cento dos eleitores se dizem indecisos e brancos e nulos são 4 por cento. Estes dados estão a dar a Dilma Rousseff segurança para falar da sua tomada de posse como Presidente. "Vou-me emocionar quando o presidente Lula descer a rampa no dia 31 de Dezembro e passar para mim essa responsabilidade”, afirmou num comício em Cuiabá, no estado do Mato Grosso. “Em Dezembro, depois de mais de 500 anos de descobrimento do Brasil, uma mulher vai estar subindo a rampa", disse.
REFERÊNCIAS:
A economia poderá falar mais alto do que o Estado-providência nas legislativas suecas
Não há forma de os resultados hoje na Suécia não serem históricos, sobretudo se o primeiro-ministro conservador for reconduzido no cargo. Mas há sinais de alerta da extrema-direita. (...)

A economia poderá falar mais alto do que o Estado-providência nas legislativas suecas
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-09-19 | Jornal Público
SUMÁRIO: Não há forma de os resultados hoje na Suécia não serem históricos, sobretudo se o primeiro-ministro conservador for reconduzido no cargo. Mas há sinais de alerta da extrema-direita.
TEXTO: A Suécia é conhecida por ser um país moderado. E quando os suecos forem hoje às urnas, é possível que o cenário político pouco se altere. Para já, a economia parece estar a falar mais alto do que o Estado-providência, dizem alguns analistas. O primeiro-ministro conservador, Fredrik Reinfeldt, tem para apresentar aos eleitores um crescimento económico de 4, 5 por cento, o menor défice da União Europeia (um por cento) e uma taxa de desemprego em queda (embora ainda ronde os oito por cento, atingindo sobretudo jovens). Não é pouco, numa altura em que os seus parceiros da UE estão ainda a tentar encontrar as saídas para a crise. Esta será a principal explicação para as previsões feitas pelos institutos de sondagens: os Moderados, do novamente candidato Reinfeldt, e os seus três parceiros de coligação, ficarão com 50 por cento dos votos, contra 40 por cento do seu principal rival, o bloco de centro-esquerda liderado pelos sociais-democratas de Mona Sahlin. Se isso acontecer, será a primeira vez que os conservadores são reeleitos depois de terem cumprido um mandato completo. Se Mona Sahlin espantar todos com uma reviravolta, a Suécia terá a sua primeira mulher na chefia do Governo. E, no caso de nenhuma das coligações ter a maioria (175 entre os 349 assentos do Parlamento), o país terá de se preparar para uma turbulência política que poderia até terminar com novas eleições - algo igualmente inédito. A acrescentar à lista está o crescimento do partido de extrema-direita Democratas da Suécia (SD), acusado de xenófobo e populista. O SD irá precisar de quatro por cento para entrar no Parlamento; algumas sondagens atribuem-lhe 7, 5. Isso é mais do que o dobro dos resultados obtidos em 2006 (2, 9 por cento). A extrema-direita não entra na assembleia desde o início da década de 1990. À volta do "modelo"Os sociais-democratas, que passaram 63 dos últimos 80 anos no poder, estão a procurar a todo o custo contrariar as expectativas e continuar a ser o "partido natural" de Governo. São considerados os criadores e guardiães do famoso "modelo sueco" - que alia uma pesada carga de impostos para financiar o Estado social a uma economia fortemente liberal. Uma derrota "obrigará a repensá-lo", salienta à AFP o politólogo Peter Santesson-Wilson, do instituto de investigação sueco Ratio. A sua campanha tem sido feita com a garantia de não cortar os impostos e até aumentar alguns no futuro, para que se possa gastar mais na segurança social. Já Reinfeldt quer ver a economia crescer mais e a dívida pública a descer para que os gastos públicos possam aumentar e os impostos sobre os rendimentos ser reduzidos. Com a vitória do centro-direita, em 2006, muitos previram o princípio do fim do "modelo sueco". Mas "não houve alterações espectaculares ou sistemáticas, nem golpes radicais no Estado-providência. Simplesmente deu-se uma reorientação marginal", realça à AFP Stefan Svallfors, professor da Universidade de Umeaa. Ainda assim, a Economist fala numa "insatisfação crescente com o "modelo sueco". Os suecos não estão prestes a tornar-se thatcheristas ou anti-impostos do Tea Party", e mesmo à direita defendem-se os serviços públicos, lê-se. "Mas o centro-direita tornou as regalias sociais menos generosas, baixou impostos para os salários mais baixos e diminuiu o número de subsídios por doença". Seja ou não por isso, o primeiro-ministro Reinfeldt deu sinais de estabilidade quando todos os países à volta estavam em queda. A que se devem os bons resultados? A Economist avança com várias explicações. O país parece ter aprendido as lições da crise da década de 1990, quando o Governo teve de sair em auxílio da maioria dos bancos. "Os suecos foram mais cautelosos a evitar uma bolha", lê-se
REFERÊNCIAS:
Entidades UE
Conservadores ficam sem maioria absoluta e extrema-direita entra no Parlamento sueco
A coligação de centro-direita que governa a Suécia venceu as eleições legislativas de ontem, mas sem maioria absoluta no Parlamento, onde chega pela primeira vez desde o início dos anos 90 um partido de extrema-direita — indicam os resultados quase definitivos conhecidos ontem à noite. (...)

Conservadores ficam sem maioria absoluta e extrema-direita entra no Parlamento sueco
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 6 | Sentimento 0.2
DATA: 2010-09-20 | Jornal Público
SUMÁRIO: A coligação de centro-direita que governa a Suécia venceu as eleições legislativas de ontem, mas sem maioria absoluta no Parlamento, onde chega pela primeira vez desde o início dos anos 90 um partido de extrema-direita — indicam os resultados quase definitivos conhecidos ontem à noite.
TEXTO: Os resultados disponíveis atribuíam 49, 2 por cento e 173 deputados à aliança conservadora, a dois da maioria absoluta, contra 43, 6 da coligação de social-democratas e Verdes, que elegeu 156. A maioria absoluta no Parlamento, o Riksdag, exige 175. Os Democratas da Suécia (DS), de extrema-direita, exultaram com a eleição de 20 deputados, conseguidos com 5, 8 por cento, acima da fasquia de quatro por cento que permite eleger parlamentares. Os eleitores só parcialmente deram ouvidos ao primeiro-ministro, Fredrik Reinfeldt, 45 anos. Atribuíram um segundo mandato à sua coligação de quatro partidos que lidera a Suécia desde 2006, reconduzindo pela primeira vez um Governo conservador em quase um século, mas ignoraram o apelo que repetiu até ao último dia para que não votassem nos DS, de Jimmie Aakesson. “Não façam a Suécia viver essa experiência. Façam com que eles não tenham poder”, pedira. Para os social-democratas, que dominaram a política sueca nos últimos 80 anos — liderança do Governo em 65 dos 78 anos anteriores — e são tidos como os guardiães do modelo social sueco, os resultados representam um sério revés. “Não votem pelo desaparecimento do Estado-Providência. Não voltaremos a ter o que vendermos e suprimirmos”, disse, num apelo final, ainda no sábado à noite, Mona Sahlin, a líder social-democrata, 53 anos, que aspirava a tornar-se a primeira mulher a dirigir o país. A coligação governamental liderada pelos Moderados de Fredrik Reinfeldt, e de que fazem parte liberais, centristas e democratas-cristãos, capitalizou o invejável crescimento económico de 4, 5 por cento, uma boa gestão das finanças públicas que dá ao país o menor défice da União Europeia (um por cento) e descidas de apoios e impostos apresentadas como necessárias para criar empregos que possam “garantir o financiamento do Estado-Providência”. “Os eleitores viram que tivemos um governo de direita e que a Suécia não mudou assim tanto”, disse Jenny Madestam, cientista política da Universidade de Estocolmo, ao Financial Times, nas vésperas das eleições. A hipótese VerdesA perspectiva de que a Suécia venha agora a ter um Governo minoritário é um cenário provável, uma vez que os dois blocos excluíram completamente a possibilidade de darem à extrema-direita o papel de “fazedora de reis”. “Com este resultado, vamos ter uma situação incerta”, disse um porta-voz do primeiro-ministro, citado pela BBC. Knut Hallberg, economista do Swedbank, afirmou ontem à Reuters que é cedo para conclusões e admitiu que Reinfeld possa tentar associar os Verdes à maioria. Mas isso tornaria difícil a aplicação de algumas das suas políticas mais liberais. A existência de um executivo minoritário pode desagradar aos mercados financeiros e analistas admitiram que tenha efeitos como a desvalorização da coroa sueca face ao euro. Mas nem todos pensam assim. Torbjorn Isaksson, analista chefe do Nordea, o maior banco sueco, desdramatizou essa possibilidade e disse que os mercados estão tranquilos, tanto mais que antes do governo Reinfeldt, que chegou ao poder em 2006, as maiorias absolutas eram raras no país. “O governo e a oposição vão encontrar formas de trabalharem juntos. A economia está de boa saúde, não há reformas difíceis no horizonte e as diferenças entre os [dois maiores partidos] são relativamente pequenas”. Isso torna menos crucial a existência de um Governo forte”, disse ao Financial Times, ainda antes de os eleitores se pronunciarem. Notícia actualizada às 23h23
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave mulher social desaparecimento
Teresa Lewis não quis escolher o método da sua morte
Depois da meia-noite, a 30 de Outubro de 2002, dois homens entraram na casa móvel onde Teresa Lewis, 33 anos, vivia com o seu segundo marido, numa zona rural do estado da Virgínia. A porta da traseira estava destrancada, por isso fora fácil entrar. Um dos homens disse a Teresa para se levantar da cama e alvejou o marido dela, Julian, repetidamente. Noutro quarto, o segundo homem disparou cinco vezes sobre o enteado de Teresa, um reservista do exército americano, 25 anos de idade, que estava de visita. (...)

Teresa Lewis não quis escolher o método da sua morte
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-09-24 | Jornal Público
SUMÁRIO: Depois da meia-noite, a 30 de Outubro de 2002, dois homens entraram na casa móvel onde Teresa Lewis, 33 anos, vivia com o seu segundo marido, numa zona rural do estado da Virgínia. A porta da traseira estava destrancada, por isso fora fácil entrar. Um dos homens disse a Teresa para se levantar da cama e alvejou o marido dela, Julian, repetidamente. Noutro quarto, o segundo homem disparou cinco vezes sobre o enteado de Teresa, um reservista do exército americano, 25 anos de idade, que estava de visita.
TEXTO: Os intrusos dividiram os 300 dólares que Julian Lewis tinha na carteira e fugiram. 45 minutos depois do último tiro, Teresa ligou o número de emergência. Quando a polícia chegou ao local, Julian Lewis ainda estava vivo. Uma das últimas coisas que disse foi: "A minha mulher sabe quem me fez isto. " Teresa Lewis é a primeira mulher a enfrentar a pena de morte no estado da Virgínia em quase um século. Em 1912, Virginia Christian, uma criada negra de 17 anos, morreu na cadeira eléctrica depois de assassinar a patroa, que a acusara de roubar um fio de ouro. Ela não quis escolher entre as duas mortes possíveis - electrocussão ou injecção letal - e, nesses casos, o método aplicado é o último. Qualquer hipótese de um volte-face desvaneceu-se definitivamente terça-feira ao final da tarde, quando o Supremo Tribunal americano comunicou que não iria interferir na sentença final, depois de a defesa de Lewis ter apresentado um recurso. Os dois únicos magistrados do Supremo, num total de nove, que votaram a favor do cancelamento da pena capital e revisão do caso foram mulheres, Ruth Bader Ginsburg e Sonia Sotomayor. Na sexta-feira, o governador republicano do estado da Virgínia, Bob McDonnell, rejeitou um pedido de clemência, e anteontem o seu gabinete reafirmou a sua posição, respondendo a uma carta do advogado de Teresa Lewis em que este lhe pedia que reconsiderasse. O popular autor de thrillers John Grisham, um habitante da Virgínia, escreveu um texto de opinião no "Washington Post" há semana e meia em que descrevia o caso de Teresa Lewis como "mais um exemplo notório da injustiça do nosso sistema de pena de morte". E até o novo embaixador da União Europeia em Washington, o português João Vale de Almeida, se juntou aos apelos: numa carta enviada ao governador da Virgínia na semana passada, o chefe da diplomacia europeia nos Estados Unidos pediu a redução da sentença para prisão perpétua, notando "a oposição da União Europeia ao uso da pena capital em qualquer circunstância" (Vale de Almeida endereçou um apelo semelhante a Arnold Schwarzenegger, o governador da Califórnia, estado que tem agendada a execução de Albert Greenwood Brown na próxima quarta-feira). A verdadeira TeresaTeresa Lewis, que passou os últimos sete anos em solitária na única prisão de alta segurança para mulheres na Virgínia e que actualmente tem 41 anos, admitiu o seu crime em tribunal em Maio de 2003. O duplo homicídio fora planeado entre ela e os dois atiradores. Uma semana antes, Teresa dera-lhes 1200 dólares (900 euros) para comprarem armas e munições. O pacto era repartirem entre si os 250 mil dólares (190 mil euros) do seguro de vida do enteado de Teresa, C. J. , e a herança do marido, Julian Lewis. Ela conhecera os dois homens nesse Outono, numa fila do supermercado Walmart. Pouco depois, ela e um dos cúmplices, Matthew Shallenberger, 22 anos, tornaram-se amantes. Teresa envolveu a sua filha adolescente, levando-a a ter relações sexuais com o parceiro de Shallenberger, Rodney Fuller, de 19 anos. (A filha, de 16 anos, cumpriu uma pena de cinco anos na mesma prisão onde Teresa se encontra, por ter conhecimento dos crimes e não ter feito nada para os denunciar ou deter. ) Segundo testemunhos apresentados em tribunal, Teresa Lewis começou a fazer diligências para receber o último ordenado do marido (um electricista numa fábrica de têxteis) e o prémio do seguro de vida do enteado no próprio dia dos crimes. O procurador local, que esteve na casa dos Lewis na noite do duplo homicídio, disse à imprensa que a pena de morte é justa. "O que ela teve é merecido", afirmou David Grimes , citado pelo "Washington Post". "Ela sabia que estas pessoas a amavam e usou isso para as tramar. De certa forma, é pior do que se tivesse sido um estranho. Mostra quão fria ela é. "
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave crime morte homens filha homicídio tribunal mulher prisão adolescente mulheres negra
Dois idosos foram vítimas de crimes diariamente em 2009
Todos os dias, pelo menos dois idosos foram vítimas de crime no ano passado, a maior parte cometidos no seio familiar pelo cônjuge ou por um filho, segundo dados da Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV). (...)

Dois idosos foram vítimas de crimes diariamente em 2009
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-10-01 | Jornal Público
SUMÁRIO: Todos os dias, pelo menos dois idosos foram vítimas de crime no ano passado, a maior parte cometidos no seio familiar pelo cônjuge ou por um filho, segundo dados da Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV).
TEXTO: A APAV vai lançar no dia 7 de Outubro uma campanha de sensibilização sobre violência contra as pessoas idosas, que pretende formar, ensinar e sensibilizar, para que as pessoas compreendam o fenómeno e saibam como se procede, explicou à Lusa Maria de Oliveira, responsável pela campanha. São vários os materiais que suportam a campanha: dois spots de televisão e um de rádio, cartazes, banners nos sites e folhetos informativos dirigidos principalmente a profissionais, porque os idosos recorrem muito a unidades de saúde. “Se estes profissionais estiverem informados é mais fácil encaminhar e diagnosticar se existe violência doméstica. É um projeto com uma forte vertente de formação pedagógica e sensibilização”, explicou, a propósito do Dia Internacional do Idoso, que se assinala hoje. Haverá também ações de sensibilização nos estabelecimentos de ensino dirigidas às crianças e uma campanha para o público em geral. “Vamos lançar um manual de atendimento e compreensão deste tipo de situações: indicadores de violência sexual, física, psicológica e financeira. A violência pode ser praticada na rua (roubo, por exemplo), pode ser em casa (violência doméstica) ou contra uma pessoa que mora sozinha”, disse Maria de Oliveira, adiantando que a APAV tem relatos de casos de prestadores de cuidados que ficam com os bens do idoso de quem cuidam. Será também lançado um manual que ajuda a compreender o fenómeno e a saber como se procede, dependendo de qual for a situação. Maria de Oliveira adiantou que a maior parte dos crimes é praticada no âmbito da violência doméstica, mas que as pessoas idosas têm muita vergonha de assumir quando se trata da família, sobretudo filhos, pois sentem que é assumir que erraram como pais. “Também há muitos casos de dependência emocional. São situações complicadas para a pessoa admitir que está a ser vítima de crime e violência, sobretudo a psicológica (os insultos, as ofensas, a depreciação permanente), que é muitas vezes pior do que a física”, acrescentou. As vítimas são maioritariamente idosos entre os 65 e os 75 anos, alvo de maus-tratos físicos e psíquicos, praticados em primeiro lugar pelo cônjuge (1622 processos em 2009) e pelo filho ou filha, em segundo lugar, (1466 processos no mesmo ano). Entre 2000 e 2009 verificou-se um aumento de 120 por cento do número de casos de pessoas idosas vítimas de crime (mais 349 casos). O que potencia a violência é normalmente o consumo de substâncias aditivas ou um historial de violência anterior, mas também há violência que parte das pessoas que tomam conta dos idosos e não têm capacidade para tal. Maria de Oliveira alertou ainda para outra forma de violência que é o internamento compulsivo num lar. “Uma pessoa internada contra vontade, pode ser considerado sequestro. Isto acontece. Quando as pessoas querem sair da instituição e não deixam, também é considerado sequestro”, alertou, salvaguardando contudo que “em situação de alguma demência, não será assim, mas tem que ser nomeado tutor”.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave crime filha violência filho ajuda consumo sexual maus-tratos doméstica vergonha