Newt Gingrich quer desafiar Obama em 2012 mas antes tem de convencer os republicanos
Quem é que Obama vai enfrentar nas presidenciais americanas de 2012? O nome na ponta da língua de uma maioria pode ser Donald Trump, mas isso é só porque o Partido Republicano não foi capaz de avançar uma alternativa credível a Obama. (...)

Newt Gingrich quer desafiar Obama em 2012 mas antes tem de convencer os republicanos
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 6 | Sentimento 0.225
DATA: 2011-05-11 | Jornal Público
SUMÁRIO: Quem é que Obama vai enfrentar nas presidenciais americanas de 2012? O nome na ponta da língua de uma maioria pode ser Donald Trump, mas isso é só porque o Partido Republicano não foi capaz de avançar uma alternativa credível a Obama.
TEXTO: Quem é que Obama vai enfrentar nas presidenciais americanas de 2012? O nome na ponta da língua de uma maioria pode ser Donald Trump, mas isso é só porque o Partido Republicano não foi capaz de avançar uma alternativa credível a Obama. O campo republicano está "dividido e fraco", disse recentemente o analista conservador Charles Krauthammer. Na quinta-feira, a Fox News transmitiu o primeiro debate presidencial republicano, mas com a morte de Osama bin Laden a dominar o noticiário qualquer americano será perdoado por não ter dado por isso. Até porque o debate se distinguiu mais por quem não estava (Donald Trump, Sarah Palin, Newt Gingrich, Mitt Romney, Mike Huckabee, Mitch Daniels, etc. ) do que por quem estava (à excepção de Ron Paul, um punhado de quase desconhecidos que, juntos, correspondem a menos de 8 por cento das intenções de voto de uma recente sondagem ao eleitorado republicano: Tim Pawlenty, Rick Santorum, Gary Johnson e Herman Cain). Tudo isso pode não passar de uma nota de rodapé a partir de hoje, com o anúncio da candidatura de Newt Gingrich. Ao contrário de boa parte dos potenciais candidatos republicanos, Gingrich é bem conhecido pelos americanos: sob a sua liderança, o Partido Republicano conquistou a sua primeira maioria no Congresso em 40 anos, em 1994; enquanto speaker da Câmara dos Representantes nos anos seguintes, desenvolveu uma oposição feroz à presidência de Bill Clinton, adoptando uma postura de não-compromisso que resultou, entre outras coisas, num government shutdown (paralisação do governo) de má memória; qualquer pessoa que se lembre dos anos 90 sabe que ele pediu a cabeça de Clinton por causa do escândalo Monica Lewinsky - pouco depois, tornou-se público que o próprio Gingrich estava a ter um caso extramatrimonial com uma assessora do Congresso. O que não acabou com a sua carreira política: aos 67 anos, Gingrich é hoje um dos mais influentes e conhecidos rostos do Partido Republicano. Nos últimos anos criou uma teia de organizações destinadas a recolher fundos para defender causas conservadoras (entre elas, a privatização da Segurança Social ou a obrigatoriedade de ensinar a Declaração da Independência nas escolas públicas), treinar candidatos locais e financiar as deslocações de Gingrich pelo país (que custaram 3, 6 milhões de dólares entre 2009 e 2010, em grande parte para pagar o aluguer de jactos privados, segundo o Wall Street Journal). Graças a esta rede, Gingrich não deverá ter dificuldade em recolher dinheiro para a sua campanha presidencial. E até os seus críticos reconhecem que poderá chegar bem longe na corrida, dada a sua inteligência e "pensamento criativo". Mas será que tem o que é preciso para criar consenso no partido em torno da sua candidatura? Se no final de uma campanha presidencial, os americanos acabam por premiar sobretudo o carácter de um candidato, o maior desafio para Gingrich será ter de lidar em público com o seu complicado passado - em particular, um historial de adultério e dois divórcios (a sua primeira mulher diz que ele a visitou no hospital em 1980, quando recuperava de um tratamento para o cancro, para pedir o divórcio). A assessora, 22 anos mais nova, com quem traiu o seu segundo casamento, é hoje sua mulher. Segundo o New York Times, Callista Gongrich assumirá um papel central na candidatura presidencial, como uma espécie de testemunha da redenção do marido. Gingrich tem procurado apresentar-se como um homem de família que abraçou a religião. Gingrich converteu-se ao catolicismo em 2009 e diz que pediu perdão a Deus. A direita conservadora e ultra-religiosa pode ser mais dura de convencer (Jon Stewart e Stephen Colbert, que têm feito várias referências aos adultérios de Gingrich nos seus programas de comédia, também).
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave morte campo mulher homem social espécie casamento adultério divórcio
Tribunal condenou a 21 anos de prisão homem que matou mulher a tiro
O Tribunal Judicial da Marinha Grande condenou hoje, a 21 anos de cadeia, um homem de 62 anos por ter matado a tiro a mulher, em Julho de 2010. (...)

Tribunal condenou a 21 anos de prisão homem que matou mulher a tiro
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-05-24 | Jornal Público
SUMÁRIO: O Tribunal Judicial da Marinha Grande condenou hoje, a 21 anos de cadeia, um homem de 62 anos por ter matado a tiro a mulher, em Julho de 2010.
TEXTO: Carlos Coutinho foi condenado a 19 anos de prisão pelo crime de homicídio qualificado, a três anos pelo crime de violência doméstica na forma agravada e a um ano e três meses pelo crime de detenção de arma ilegal. Em cúmulo jurídico, o tribunal decretou a pena única de 21 anos. O colectivo de juízes entendeu ter ficado provado que Carlos Coutinho agiu de “livre vontade”, com consciência que “ao disparar sobre a mulher iria provocar a sua morte”. Na leitura do acórdão, a juíza presidente afirmou que ficou ainda provado que o arguido tinha “ciúmes da mulher e exigia atenção constante”. Terá sido o “facto de Fernanda Barroca [vítima] ter anunciado o fim da relação” com o arguido, que levou à prática do crime, considerou o colectivo de juízes. “O tribunal não considerou credível a afirmação do arguido quando disse que tinha ido buscar a arma só para assustar e que foi a mulher que se mandou para cima de si e a arma disparou”, referiu a magistrada. Para o colectivo de juízes, que se baseou nas “declarações dos inspectores da Polícia Judiciária e no relatório médico-legal”, os disparos não foram acidentais. “Foram de cima para baixo e o ferimento junto à orelha demonstra que Fernanda Barroca terá tentado fugir”, salientou a juíza. O arguido, que vai continuar em prisão domiciliária até a decisão transitar em julgado, terá de pagar ainda uma indemnização de 54. 500 euros à filha por danos não patrimoniais. A advogada de Carlos Coutinho admite recorrer da decisão, depois de estudar o acórdão.
REFERÊNCIAS:
Partidos LIVRE
Metade dos jovens assiste a provocações e nada faz
Mais de metade dos adolescentes portugueses (59,4 por cento) dizem já ter assistido a situações de provocação dentro da escola ou à volta dela. Destes, cerca de metade (54,8 por cento) assumem nada ter feito e houve mesmo 10,7 por cento que admitiram ter incentivado o provocador. São dados de um estudo apresentado no mês passado, coordenado pela psicóloga Margarida Gaspar de Matos. (...)

Metade dos jovens assiste a provocações e nada faz
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 6 | Sentimento -0.03
DATA: 2011-05-25 | Jornal Público
SUMÁRIO: Mais de metade dos adolescentes portugueses (59,4 por cento) dizem já ter assistido a situações de provocação dentro da escola ou à volta dela. Destes, cerca de metade (54,8 por cento) assumem nada ter feito e houve mesmo 10,7 por cento que admitiram ter incentivado o provocador. São dados de um estudo apresentado no mês passado, coordenado pela psicóloga Margarida Gaspar de Matos.
TEXTO: Confrontada com o vídeo de agressões a uma jovem posto a circular na Internet e ontem tornado público, a investigadora alerta para a necessidade "de mudar a cultura escolar, para que não seja mal visto um jovem reportar estas situações". "Dentro do código dos adolescentes, quem faz queixa e chama um professor ou empregado, é apontado pelos outros - é um bem-comportado", diz. A professora da Faculdade de Motricidade Humana, em Lisboa, gostava de acreditar que o jovem que filmou a cena de violência e a colocou na sua página do Facebook tivesse pensado que, já que não conseguia intervir, ao menos podia denunciar, "para não voltar a acontecer". Mas acredita que o que poderá ter estado subjacente à divulgação da cena é mesmo a ideia "do espectáculo em torno da violência", "do minuto de fama pelas piores razões". Este tipo de "eventos" não ajuda a mudar, "precisa de ser desvalorizado", defende a docente. Quanto às raparigas envolvidas, Margarida Gaspar de Matos diz que "aquele nível de violência" revela "uma incompetência das adolescentes na comunicação e na forma de regular emoções e lidar com conflitos". A investigadora nota que a violência não tem aumentado, mas tem havido mudanças de padrão. "Estas meninas estão a lutar como rapazes", ou seja, em vez de "a igualdade de género" levar a que os rapazes recorram mais à conversa para resolver problemas, vemos antes "modelos de resolução de conflitos através da violência em raparigas, que estão a assumir comportamentos masculinos". "É uma regulação por baixo", salienta. Num momento em que a sociedade portuguesa está cada vez mais escolarizada, a investigadora vê este tipo de situações como "um retrocesso".
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave violência cultura ajuda igualdade género
Papel da mulher na sociedade justifica entrega dos filhos à mãe após divórcio
Razões “culturalmente enraizadas” na sociedade em relação ao papel da mulher justificam o facto da justiça entregar a guarda dos filhos à mulher, em caso de divórcio, na maioria dos casos. Esta é a principal conclusão de um estudo da Universidade do Minho sobre padrões de género e igualdade no divórcio e responsabilidades parentais. (...)

Papel da mulher na sociedade justifica entrega dos filhos à mãe após divórcio
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-05-26 | Jornal Público
SUMÁRIO: Razões “culturalmente enraizadas” na sociedade em relação ao papel da mulher justificam o facto da justiça entregar a guarda dos filhos à mulher, em caso de divórcio, na maioria dos casos. Esta é a principal conclusão de um estudo da Universidade do Minho sobre padrões de género e igualdade no divórcio e responsabilidades parentais.
TEXTO: O estudo, conduzido pela investigadora Ana Reis Jorge explica que, apesar da lei ter uma base igualitária, a decisão, na maioria da vezes, de entregar a guarda de menores à mulher se deve a uma “interiorização de papéis de género por parte de homens e mulheres”. “A uma legislação tendencialmente igualitária parecem opor-se resultados indicadores da persistência e reprodução de claras desigualdades de género, para não falar grosso modo numa prática discriminatória” afirma a investigadora num comunicado distribuído pela universidade. Ana Reis Jorge acrescenta ainda que esta visão do papel da mulher, vista pela própria justiça tendencialmente como “‘figura primária de referência”, se reflecte também noutras esferas sociais onde se revela uma desigualdade que se devia ter ultrapassado com a defesa de igualdade de género proclamada desde a revolução de 1974. “Verifica-se ainda a persistência de importantes assimetrias em diversas dimensões da vida social, nomeadamente na divisão sexual do trabalho, no controlo do espaço doméstico e nos contextos institucionais, inclusive ao nível do poder judicial”. “Por mais que vários factores sejam ponderados aquando da tomada de decisões, a influência da denominada [tendencialmente a mãe] é notória. Não negando a relevância dos avanços na defesa da igualdade entre homens e mulheres, nomeadamente após a Revolução de Abril, , reforça Ana Reis Jorge. No trabalho “Divórcio e responsabilidades parentais: padrões de género nos contextos familiares e nas decisões judiciais” a investigadora assume como objectivo analisar a actuação da justiça neste âmbito, bem como conhecer os trajectos, as percepções e as estratégias de indivíduos divorciados na condução de processos de regulação do exercício das responsabilidades parentais. O estudo surgiu no âmbito da tese de doutoramento “Desigualdades de género: processos de ruptura conjugal e subsequente tutela das crianças”, orientada pelos sociólogos Manuel Carlos Silva, da Universidade do Minho, e Anália Cardoso Torres, do Instituto Superior das Ciências do Trabalho e da Empresa, ISCTE, da Universidade de Lisboa.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave homens lei mulher social igualdade género estudo sexual mulheres divórcio
Cinco mil presos em casa desafogaram cadeias nos últimos nove anos
Em vez de irem para a cadeia, aguardam decisão judicial ou cumprem pena em casa e junto das suas famílias. A vigiá-los, uma pulseira electrónica presa ao tornozelo. (...)

Cinco mil presos em casa desafogaram cadeias nos últimos nove anos
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 6 | Sentimento -0.25
DATA: 2011-05-29 | Jornal Público
SUMÁRIO: Em vez de irem para a cadeia, aguardam decisão judicial ou cumprem pena em casa e junto das suas famílias. A vigiá-los, uma pulseira electrónica presa ao tornozelo.
TEXTO: Enquanto fala, Rui balança a perna e desvia o olhar num sorriso nervoso. Está sentado no sofá da casa onde vive num bairro de má fama, em Lisboa, onde está detido há 15 meses. Balança a perna, inquieto ao contar a sua história. Os jeans escondem a pulseira electrónica colocada à volta do tornozelo, mesmo acima dos sapatos de ténis. É o seu "bilhete de identidade electrónico" que permite que seja vigiado durante 24 horas por dia. Tem 29 anos, a antiga quarta classe e trabalhava na construção civil quando a polícia o foi buscar por suspeita de traficar droga (cocaína). "Quando somos novos temos o nosso orgulho, está a ver? O patrão gritou comigo, eu disse-lhe "não grita comigo", ele não gostou e despediu-me. " Ficou com a renda de casa para pagar, as prestações do carro, os filhos. . . "Meti-me aí com um amigo meu. Vender, nunca vendi, mas guardava. Encontraram mais ou menos 30 gramas, não foi mais. " Evita mencionar a palavra droga, sorriso nervoso, olhar inquieto. Foi preso, julgado e condenado a quatro anos e meio de prisão efectiva. Recorreu e, enquanto aguarda o resultado do recurso, o juiz aplicou-lhe a medida de coacção de obrigação de permanência na habitação (abreviada por OPH) com vigilância electrónica, uma medida alternativa à prisão preventiva, cuja aplicação tem em vista combater a sobrelotação prisional e poupar dinheiro ao Estado. A pulseira, uma espécie de "guarda electrónico privativo" de cada arguido ou condenado, transmite sinais em rádio frequência, a curtos intervalos. Esses sinais são captados por um equipamento semelhante a um telefone instalado na habitação, no qual é descarregado um ficheiro informático com os dados eferentes aos horários a que tem de obedecer. Rui é uma das 542 pessoas (segundo dados de ontem) sujeitas a vigilância electrónica, das quais cerca de 400 nesta medida de coacção, em todo o país. E é um dos quase cinco mil que já estiveram submetidos a este regime desde que foi introduzido em Portugal. A grande maioria (90 por cento) é homem entre os 21 e os 30 anos. Os crimes contra o património predominam seguidos do de tráfico de estupefacientes. Nos dois últimos anos, os casos de arguidos acusados de violência doméstica a quem foi aplicada a vigilância electrónica têm vindo a aumentar, totalizando os 50 no passado dia 30 de Abril. "No que respeita à violência doméstica, está a ser analisada a possibilidade de maior rigor na fiscalização da proibição de contactos entre agressor e vítima", segundo Nuno Caiado, responsável dos Serviços de Vigilância Electrónica. Há oito meses que Rui está impedido de sair de casa a não ser para ir levar e buscar dois dos seus três filhos à escola. Das 8h50 às 9h10 e das 15h20 às 15h40. O mais novo, com dois anos, não está na creche e passa o dia com o pai enquanto a mãe trabalha nas limpezas. "Às vezes pede-me: "anda passear", mas eu digo "o pai não pode, tem pulseira", conta Rui. Agora mostra um sorriso largo. "são a minha alegria, os meus filhos". Para aproveitar o tempo entretém-se com a Internet, a televisão e com as visitas que vai recebendo. E tem medo do resultado do recurso, da possibilidade de cumprir a pena na cadeia. "Se isso acontecer vai ser muito complicado". Diz que está "bastante" arrependido. E que "se soubesse" o que sabe hoje, não se tinha "metido nisto".
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave escola violência prisão homem medo espécie doméstica agressor
Defesa psiquiátrica pode baixar pena de Renato Seabra
Dia decisivo para o futuro do caso Renato Seabra: o advogado do jovem acusado do homicídio de Carlos Castro anuncia hoje que estratégia de defesa irá adoptar. Em anteriores audiências no Supremo Tribunal de Nova Iorque, David Touger declarou aos jornalistas que ponderava usar a chamada "defesa psiquiátrica", uma determinação legal que pode reduzir consideravelmente o grau e a pena para um crime cometido nos Estados Unidos. (...)

Defesa psiquiátrica pode baixar pena de Renato Seabra
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-06-03 | Jornal Público
SUMÁRIO: Dia decisivo para o futuro do caso Renato Seabra: o advogado do jovem acusado do homicídio de Carlos Castro anuncia hoje que estratégia de defesa irá adoptar. Em anteriores audiências no Supremo Tribunal de Nova Iorque, David Touger declarou aos jornalistas que ponderava usar a chamada "defesa psiquiátrica", uma determinação legal que pode reduzir consideravelmente o grau e a pena para um crime cometido nos Estados Unidos.
TEXTO: Contactado pelo PÚBLICO, Touger não confirmou se iria adoptar a defesa psiquiátrica; apenas disse, por email, que iria anunciar as suas "intenções" hoje no tribunal. Mas o advogado de defesa criminal Paul da Silva, com escritório em Newark, no estado vizinho de New Jersey, considera que Touger vai usar a defesa psiquiátrica, porque "não existe outra opção neste caso". "Ele tem de demonstrar que o seu cliente não tinha as condições psicológicas para formar uma intenção criminal. Se não usar essa defesa, ele não tem mais nada", diz ao PÚBLICO. David Touger contratou um psiquiatra para avaliar o estado mental de Renato Seabra. Na última aparição em tribunal, a 29 de Abril, o advogado explicou que aguardava o parecer do médico para determinar se iria avançar para a defesa psiquiátrica. Existem dois tipos de defesa psiquiátrica: o advogado poderá alegar insanidade, argumentando que o seu cliente não tinha consciência de estar a cometer um crime; ou alegar que ele agiu sob a influência de uma "perturbação emocional extrema", isto é, que foi dominado por uma violenta pressão emocional ou psicológica. Um exemplo comum de "perturbação emocional extrema" é um caso de violência doméstica, sugere Paul da Silva. "Imagine uma mulher que tem sido maltratada pelo marido ou namorado durante anos e anos: um dia, depois de lhe bater, ele cai bêbado na cama, e ela pega numa faca ou numa pistola e mata-o. Essa mulher está num estado psicológico muito diferente do que um indivíduo que decide fazer um assalto à mão armada e matar alguém com um tiro na cabeça. E o nosso sistema legal reconhece isso. A punição é menor no primeiro caso do que no segundo. "A defesa por insanidade é o que os advogados chamam "uma defesa completa": se o réu conseguir provar em tribunal ou convencer o júri de que agiu irracionalmente, será ilibado. Mas isso resultará no seu internamento num hospital psiquiátrico, quase sempre indefinidamente. Taxa de sucesso é baixaA defesa por insanidade implica ainda que o réu tenha um historial psiquiátrico, isto é, antecedentes de perturbação mental, o que não parece verificar-se no caso de Renato Seabra. Paul da Silva acredita que Touger irá optar pela defesa devido a perturbação emocional extrema, que, se for bem-sucedida, deverá diminuir o grau e pena do crime, uma vez que reduz a culpa do réu. Esta opção exclui qualquer tratamento psiquiátrico. Renato Seabra, que actualmente enfrenta uma acusação de homicídio em segundo grau (murder in second degree, com intenção de matar, equivalente ao homicídio qualificado no Código Penal português) e uma pena de prisão entre 25 anos e perpétua, poderia ver o seu crime reduzido para uma categoria de homicídio menos grave, devido a circunstâncias atenuantes (manslaughter, equivalente ao homicídio privilegiado). A pena, neste último caso, é de 15 a 25 anos de prisão no estado de Nova Iorque. "A vantagem deste caso para a defesa é que a única pessoa viva que sabe o que aconteceu naquele quarto [de hotel, onde Carlos Castro foi assassinado a 7 de Janeiro] é o réu", diz Paul da Silva. "E ele tem liberdade para contar a história que quiser sem que alguém o possa contestar. "O recurso à defesa psiquiátrica no sistema legal americano é raro: o argumento da insanidade é utilizado em menos de um por cento dos casos criminais e quando vão a julgamento só 25 por cento têm sucesso. Um estudo realizado em 2002 no estado de Nova Iorque mostra que dos 16 casos de alegada perturbação emocional extrema que chegaram a julgamento, só um teve sucesso.
REFERÊNCIAS:
Obama e Merkel celebram a aliança entre EUA e Alemanha
O Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e a chanceler alemã, Angela Merkel, celebraram ontem a aliança entre os dois países num jantar oferecido pela Administração americana na Casa Branca. (...)

Obama e Merkel celebram a aliança entre EUA e Alemanha
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DATA: 2011-06-08 | Jornal Público
SUMÁRIO: O Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e a chanceler alemã, Angela Merkel, celebraram ontem a aliança entre os dois países num jantar oferecido pela Administração americana na Casa Branca.
TEXTO: O clima foi informal, relata a AFP, e os dois líderes até brincaram sobre as diferenças com seus predecessores: ela a primeira mulher na chancelaria alemã e ele o primeiro presidente negro dos Estados Unidos. "Alemanha, no coração da Europa, é um dos nossos aliados mais fortes e a chanceler Merkel é uma parceira muito próxima", disse Obama. Merkel foi recebida na Casa Branca por Obama e sua mulher, Michelle. Após a tradicional salva de canhões e os hinos nacionais, os dois líderes reuniram-se no Salão Oval a fim de debaterem uma agenda dominada pela crise da zona euro e a situação na Líbia. As relações bilaterais ficaram tremidas em Março passado, quando Berlim se absteve na votação do Conselho de Segurança da ONU que determinou a intervenção militar internacional na Líbia. Obama não se pronunciou sobre esta questão na entrevista colectiva, mas destacou que a contribuição alemã às forças da NATO no Afeganistão permitiu libertar mais recursos para a campanha contra o líder líbio, Muammar Kadhafi. "A chanceler e eu concordamos claramente. Kadhafi deve deixar o poder e entregá-lo aos líbios. A pressão aumentará até que faça isto", afirmou Obama. Merkel destacou que a “colaboração” e a “amizade” entre os dois países repousam sobre uma base muito ampla. “As vezes ocorrem divergências de opinião (. . . ) mas o importante é desejarmos o sucesso do outro", disse o Presidente norte-americano. Obama também citou a crise da dívida grega, ao estimar que a União Europeia será capaz de superá-la, e reafirmou a solidariedade dos Estados Unidos diante deste tema "difícil".
REFERÊNCIAS:
Entidades ONU NATO
Assunção Esteves é nova candidata do PSD à presidência da AR
Assunção Esteves é a nova candidata indicada hoje pelo PSD para a presidência da Assembleia da República, depois de ontem o nome de Fernando Nobre ter sido chumbado por duas vezes. (...)

Assunção Esteves é nova candidata do PSD à presidência da AR
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DATA: 2011-06-21 | Jornal Público
SUMÁRIO: Assunção Esteves é a nova candidata indicada hoje pelo PSD para a presidência da Assembleia da República, depois de ontem o nome de Fernando Nobre ter sido chumbado por duas vezes.
TEXTO: Se for eleita, Assunção Esteves será a primeira mulher na história do Parlamento a desempenhar tal cargo. No entanto, ainda não há garantias de que o segundo nome indicado pelos sociais-democratas tenha luz verde, uma vez que a eleição do presidente da Assembleia da República está fora do acordo entre o PSD e o CDS-PP. A antiga eurodeputada e juíza do Tribunal Constitucional sucede assim ao nome de Fernando Nobre que ontem se afastou da corrida na sequência de duas votações falhadas, tendo a eleição sido adiada para esta tarde. Maria Assunção Andrade Esteves tem 54 anos e foi eleita deputada pela primeira vez em 1987, na primeira maioria absoluta do PSD durante a liderança de Cavaco Silva. A eleição de ontem foi feita por voto secreto, em urna, e decorreu na primeira sessão do Parlamento que saiu das legislativas de 5 de Junho. Fernando Nobre recebeu, na primeira volta, 106 votos, 101 deputados votaram em branco e registaram-se 21 votos nulos. Dos 230 deputados, votaram 228. Na segunda volta recebeu 105 votos, menos um que na primeira. Recebeu ainda os mesmos em branco (101) e mais um nulo (21). Não votaram dois deputados, ambos do PS. Numa declaração aos jornalistas, Nobre considerou “não reunir condições para se submeter a uma terceira votação”. A indicação de Assunção Esteves deixa assim cair os dois nomes que tinham sido desde ontem apontados como as mais prováveis escolhas do PSD: Guilherme Silva, vice-presidente do PSD que presidiu aos trabalhos de segunda-feira, e Mota Amaral, que desempenhou o cargo entre 2002 e 2004. Dirigentes sociais-democratas ouvidos ontem pelo PÚBLICO admitiram que exista também uma “terceira via”, mas falava-se antes na deputada Teresa Morais. Notícia actualizada às 11h27
REFERÊNCIAS:
Partidos PS PSD
Mário Soares diz que candidatura de Nobre “não fazia sentido”
Mário Soares considerou hoje que a candidatura de Fernando Nobre à presidência da Assembleia da República (AR) “não fazia sentido” e manifestou-se “muito satisfeito” com a eleição de Assunção Esteves para o cargo. (...)

Mário Soares diz que candidatura de Nobre “não fazia sentido”
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-06-26 | Jornal Público
SUMÁRIO: Mário Soares considerou hoje que a candidatura de Fernando Nobre à presidência da Assembleia da República (AR) “não fazia sentido” e manifestou-se “muito satisfeito” com a eleição de Assunção Esteves para o cargo.
TEXTO: “Tenho estima por ele [Fernando Nobre], mas achei que realmente aquilo não fazia sentido, como realmente não fez”, afirmou o antigo Presidente da República. Disse que ficou “espantado” com o facto de o nome de Fernando Nobre ter sido proposto para um cargo, “que é logo o segundo do Estado”, antes das eleições e, portanto, de se conhecer o partido vencedor. Em contrapartida, manifestou-se muito satisfeito com a eleição de Assunção Esteves para presidir ao Parlamento, classificando-a como “uma mulher extraordinária” e “muito grande constitucionalista”. “É estimada por todos e foi aplaudida por toda a Assembleia da República, o que é qualquer coisa de grande, além de ser a primeira mulher que vai ser presidente da AR”, referiu. “Paz no mundo para todos…”Mário Soares falava em Arcos de Valdevez, no final da segunda edição do “Concelho de estado”, uma iniciativa que este ano prestou homenagem a Mikhail Gorbachov. Os conferencistas lançaram ao rio Vez barcos de papel com uma mensagem dando conta do que desejam para o futuro do mundo. “e não só para os homens de boa vontade” foi a mensagem de Mário Soares, que se referiu a Gorbachov como um homem “absolutamente extraordinário, que conseguiu mudar o mundo”. Ao PS, o fundador do partido voltou hoje a aconselhar que faça “de alguma maneira uma certa refundação, porque o mundo está a mudar e o PS não pode ficar sempre na mesma”. Escusou-se, no entanto, a dizer se prefere ver António José Seguro ou Francisco Assis na liderança do partido. “Sou amigos de ambos, são excelentes candidatos. É como dizer este filho é melhor que aquele, não pode ser”, referiu.
REFERÊNCIAS:
Partidos PS
Portugal está entre os países com menor flexibilidade dos tempos de trabalho
Portugal é um dos quatro países europeus onde o regime de tempo de trabalho é menos flexível, revela um estudo divulgado hoje pela Comissão Europeia. (...)

Portugal está entre os países com menor flexibilidade dos tempos de trabalho
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 6 | Sentimento -0.3
DATA: 2010-10-26 | Jornal Público
SUMÁRIO: Portugal é um dos quatro países europeus onde o regime de tempo de trabalho é menos flexível, revela um estudo divulgado hoje pela Comissão Europeia.
TEXTO: O relatório sobre “Regimes de tempo de trabalho flexível e igualdade de género”, conclui que continua a haver diferenças significativas na forma como os estados-membros gerem a flexibilidade dos tempos de trabalho. Entre os países mais flexíveis estão a Áustria e o Rei no Unido, situação que também é muito comum na Dinamarca, Suécia, Alemanha e Finlândia, que têm “pouco mais de metade dos trabalhadores a recorrerem a algum tipo de flexibilidade nos seus horários de trabalho”. Portugal situa-se no pólo oposto, a par da Lituânia, do Chipre e da Hungria. O relatório que compara 30 países europeus alerta, contudo que nem sempre uma maior flexibilidade é benéfica para a igualdade de género. É que embora os horários flexíveis possam ter um efeito positivo sobre a taxa de emprego feminino, “na maioria dos países o trabalho a tempo parcial (onde as mulheres são maioritárias) continua a estar concentrado nos sectores mal remunerados e com fracas oportunidades de carreira e de formação”, alertam os especialistas. Além disso, enquanto a flexibilidade for consideradas “uma forma feminina de organização do tempo de trabalho” este regime poderá contribuir para “aprofundar as diferenças de género, em vez de as reduzir”, alertam os autores. Durante a apresentação do documento, Viviane Reding, comissária europeia da justiça e direitos fundamentais, realçou que “em período de abrandamento económico, os regimes de trabalho flexíveis podem ajudar as pessoas a manter as estruturas do mercado de trabalho mais favoráveis à família. Tanto a flexibilidade dos regimes de tempo de trabalho como a igualdade de género são condições prévias importantes para a recuperação económica”. O estudo, que analisa a flexibilidade interna nas empresas e organizações, realça que a crise financeira e económica acabou por influenciar a forma como a flexibilidade é encarada, sendo vista como “instrumento político importante para ajudar os empregadores a adaptarem-se à evolução das condições económicas”. Porém, lamenta-se no relatório, o debate não dá grande destaque às questões da igualdade de género.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave direitos igualdade género estudo mulheres feminina