Desmantelada rede de auxilio à imigração ilegal que vendia “pacotes de legalização”
O Ministério Público acusou onze arguidos de envolvimento na organização de uma rede transnacional de auxílio à imigração ilegal e falsificação de documentos, que vendia “pacotes de legalização” por 3.000 euros. (...)

Desmantelada rede de auxilio à imigração ilegal que vendia “pacotes de legalização”
MINORIA(S): Migrantes Pontuação: 16 | Sentimento -0.5
DATA: 2012-03-03 | Jornal Público
SUMÁRIO: O Ministério Público acusou onze arguidos de envolvimento na organização de uma rede transnacional de auxílio à imigração ilegal e falsificação de documentos, que vendia “pacotes de legalização” por 3.000 euros.
TEXTO: De acordo com informação disponível no site da Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa, a maioria dos serviços desenvolvidos por esta rede era dirigida a cidadãos egípcios que estavam em situação ilegal em Portugal. “Os arguidos vendiam documentação forjada em “pacotes de legalização” a cidadãos estrangeiros em situação irregular em território nacional, com o intuito de reunirem os documentos necessários para a sua regularização junto do SEF (Serviço de Estrangeiros e Fronteiras)”, lê-se na página da procuradoria. A rede trabalhava sob a “fachada” de uma suposta empresa de construção civil, segundo informação avançada pela acusação. Os arguidos conseguiam toda a documentação necessária à legalização, designadamente junto das finanças e segurança social, através da apresentação de supostos contratos de trabalho em nome da empresa acusada. Os “pacotes de legalização” eram “vendidos” por cerca de três mil euros a imigrantes egípcios em situação irregular em Portugal e na Europa. Segundo a acusação, os arguidos obtiveram a legalização indevida de 67 pessoas, “fazendo-o com consciência de que causavam prejuízo ao Estado português e punham em perigo as regras da livre circulação de pessoas na Europa, tendo auferido elevados proventos desta actividade criminosa”. Para desmantelar esta rede foram realizadas dezenas de buscas domiciliárias em escritórios e foi apreendido grande volume de documentação ilegal que se destinava a obter novas autorizações de residência de cidadãos estrangeiros que não preenchiam os requisitos para o efeito. O site da Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa indica ainda que a investigação foi dirigida pelo Ministério Público da 7ª secção do Departamento de Investigação e Acção Penal de Lisboa (DIAP) e executada pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF). Na passada terça-feira, o Ministério Publico deduziu acusação “contra 11 arguidos, dos quais um deles é uma pessoa colectiva”.
REFERÊNCIAS:
Partidos LIVRE
Homicida de emigrante portuguesa na Suíça teve cúmplices
O consulado de Portugal em Zurique esclareceu hoje que a polícia suíça suspeita que o homicida de uma emigrante portuguesa teve dois cúmplices. (...)

Homicida de emigrante portuguesa na Suíça teve cúmplices
MINORIA(S): Migrantes Pontuação: 16 | Sentimento 0.0
DATA: 2012-07-12 | Jornal Público
SUMÁRIO: O consulado de Portugal em Zurique esclareceu hoje que a polícia suíça suspeita que o homicida de uma emigrante portuguesa teve dois cúmplices.
TEXTO: “Segundo as poucas informações que as autoridades nos facultaram, foram feitas duas detenções, de dois cidadãos portugueses, um familiar e um amigo do ex-marido da vítima. Um dos suspeitos acabou por ser libertado”, explicou o consulado. Segundo as informações disponibilizadas pela polícia ao consulado em Zurique, o alegado autor do homicídio da emigrante de 31 anos, um trabalhador português da construção civil, de 33 anos, continua a monte. O homicídio da mulher, natural de Vilar do Monte, Ponte de Lima, aconteceu a 4 de Julho quando o ex-companheiro a atingiu a tiro num parque de estacionamento. As autoridades suíças pediram o apoio de Portugal neste caso, por admitirem o cenário de fuga do emigrante para Ponte de Lima, a sua terra natal e onde foi visto há mais de uma semana, poucos dias antes do homicídio da mulher com quem esteve casado durante cerca de 14 anos. O emigrante já estava referenciado pelas autoridades suíças por episódios de maus-tratos à mulher até à separação do casal, em Outubro de 2011, após a qual a ex-companheira assumiu a custódia da filha de ambos, de 13 anos.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave trabalhador filha homicídio mulher maus-tratos emigrante
Crise leva perto de 70% dos universitários a quererem emigrar
Um estudo realizado por associações académicas nacionais revela que quase 70% dos estudantes universitários admitem emigrar. Mas, se a crise económica os incentiva na procura por melhores condições de trabalho principalmente na Europa, a falta de informação sobre os países de destino pode ser um entrave. (...)

Crise leva perto de 70% dos universitários a quererem emigrar
MINORIA(S): Migrantes Pontuação: 16 | Sentimento 0.1
DATA: 2012-08-14 | Jornal Público
SUMÁRIO: Um estudo realizado por associações académicas nacionais revela que quase 70% dos estudantes universitários admitem emigrar. Mas, se a crise económica os incentiva na procura por melhores condições de trabalho principalmente na Europa, a falta de informação sobre os países de destino pode ser um entrave.
TEXTO: Segundo o estudo “Mobilidade Profissional e a Internacionalização do Emprego Jovem”, que teve por base um inquérito realizado a 1751 estudantes de várias universidades, 69% dos alunos do ensino superior pretendem emigrar “em busca de melhores condições laborais”. A maioria destes alunos frequenta cursos nas áreas de Engenharia e Tecnologias e de Arquitecturas e Artes e têm médias de 13 e 14 valores. Os países europeus estão entre os destinos mais procurados, mas a América do Sul também faz parte das opções dos universitários, “designadamente o Brasil”, lê-se no estudo divulgado esta terça-feira. Os principais motivos apontados para a emigração são a inserção no mercado laboral e a procura por melhores perspectivas de emprego (877 em 2278 respostas) e ainda melhores condições salariais (617 respostas num total de 2278). O estudo conclui ainda que 59% dos estudantes inquiridos considera que ainda não existem “mecanismos informativos sobre os diversos países” de destino, o que poderá constituir “uma clara ‘barreira’ à internacionalização do emprego jovem”. Apesar de procurarem oportunidades de trabalho no estrangeiro, 85% dos inquiridos afirmou que quer voltar a Portugal. Os estudantes que preferem não emigrar fazem-no por identificação cultural e vínculos familiares a Portugal. No que respeita aos programas de mobilidade internacional, os resultados indicam que 86% dos estudantes inquiridos não participou nestes programas. Quase metade (46%) não o fez devido a “condicionantes socioeconómicas”, sendo que o programa Erasmus tem apresentado um elevado número de desistências. Se se poderia pensar que os estudantes que participam nestes programas estariam mais interessados em emigrar, o estudo conclui que não há qualquer relação entre estas variáveis. As “alterações socioeconómicas resultantes da crise financeira” e o “ajustamento orçamental” que está a acontecer em Portugal são as principais razões apontadas para a eventual emigração pelos universitários inquiridos. O inquérito foi realizado entre 14 de Maio e 16 de Junho a estudantes do ensino superior maioritariamente da faixa etária dos 20 aos 24 anos (63, 6%) e frequentadores de uma licenciatura (68, 40%). Segundo a Federação Académica do Porto (FAP), que recolheu e analisou os dados, a amostra é aleatória. Os inquiridos são alunos na Universidade de Coimbra (38, 3%), Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (23, 7%), Instituto Politécnico de Coimbra (8, 1%), Instituto Politécnico de Viseu (7, 6%), Universidade do Porto (4, 7%), Universidade de Aveiro (4, 6%), Instituto Politécnico do Porto (3, 8%), Universidade de Évora (1, 6%), Universidade Portucalense (1, 4%), Universidade Católica Portuguesa (1, 0%) e outras instituições do ensino superior nacional (5, 2%). Os resultados do inquérito foram discutidos no domingo, 12 de Agosto, pelas associações académicas e de estudantes reunidas no Encontro Nacional de Académicas da Universidade de Trás-os-Montes e Altro Douro (UTAD). Notícia actualizada às 12h06. Acrescenta informação sobre a metodologia do estudo.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave estudo
Emigração: longe da Europa e de forma ilegal
Em 2011, mais de 100 mil portugueses procuraram oportunidades de trabalho fora do país. Um ano depois, perante uma taxa de desemprego de 15,0%, os portugueses continuam a apostar na emigração, mas para fora da Europa, e nem sempre de forma legal, alertou nesta segunda-feira o secretário de Estado das Comunidades, José Cesário. (...)

Emigração: longe da Europa e de forma ilegal
MINORIA(S): Migrantes Pontuação: 16 | Sentimento -0.2
DATA: 2012-10-22 | Jornal Público
SUMÁRIO: Em 2011, mais de 100 mil portugueses procuraram oportunidades de trabalho fora do país. Um ano depois, perante uma taxa de desemprego de 15,0%, os portugueses continuam a apostar na emigração, mas para fora da Europa, e nem sempre de forma legal, alertou nesta segunda-feira o secretário de Estado das Comunidades, José Cesário.
TEXTO: “Há um aumento claro da emigração para países fora da Europa, particularmente Angola, Brasil, Moçambique. Mas há uma clara diminuição para a Europa”, admitiu o secretário de Estado em declarações à TSF. José Cesário estimou que entre 100 mil a 120 mil portugueses tinham saído do país à procura de trabalho, no ano passado. Considera que este número não deverá aumentar em 2012. “Acho que há muito menos emprego na União Europeia. Noto que há muita procura mas menos oferta de trabalho”, considerou. O secretário de Estado diz que têm chegado ao seu gabinete apelos de autoridades locais, “particularmente do Luxemburgo”, para que se alerte os portugueses de que o mercado de trabalho estagnou. “Apelam no sentido de as pessoas não procurarem lá emprego por que não há”. Outro dos problemas que preocupam José Cesário é a crescente emigração ilegal. O governante afirma ter informações de portugueses que dão entrada em países como turistas e que depois ali permanecem sem visto. “Casos como no Brasil e nos Estados Unidos são recorrentes, o que aliás nos cria problemas”, apontou. O secretário de Estado diz ser “impossível” quantificar o número de pessoas nesta situação. “Mas nós percebemos quando estes aumentam. Porque falamos com pessoas que estão informadas a nível local”. “Por isso alertamos as pessoas para não emigrarem sem terem garantias absolutas de trabalho e de trabalho em circunstâncias legais”, concluiu. Segundo o Instituto Nacional de Estatística, no segundo trimestre deste ano foi registada uma taxa de desemprego de 15%, estando nesta situação mais de um milhão de pessoas. Em Setembro, havia 683. 557 desempregados inscritos nos centros de emprego, 23, 4% mais do que no mesmo mês de 2011. O Governo estima que a taxa de desemprego chegue a 16, 4% em 2013.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave desemprego ilegal
Imigrantes têm impacto mais positivo para o orçamento nacional do que portugueses
A idade média dos portugueses é superior à dos imigrantes que, por isso, estão "sub-representados na idade da reforma", defende especialista da OCDE (...)

Imigrantes têm impacto mais positivo para o orçamento nacional do que portugueses
MINORIA(S): Migrantes Pontuação: 16 | Sentimento 0.363
DATA: 2014-05-24 | Jornal Público
SUMÁRIO: A idade média dos portugueses é superior à dos imigrantes que, por isso, estão "sub-representados na idade da reforma", defende especialista da OCDE
TEXTO: Os imigrantes residentes em Portugal têm um impacto mais positivo para o orçamento nacional do que os contribuintes nascidos no país, um efeito que fica acima da média dos países da OCDE, segundo dados revelados recentemente pela instituição. "No caso português, os agregados de imigrantes têm um impacto orçamental líquido [a diferença entre impostos pagos e benefícios recebidos] superior aos portugueses", disse à agência Lusa o administrador da Divisão de Migração Internacional da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) Thomas Liebig. Esta participação deve-se principalmente ao facto de a idade média dos portugueses ser superior à dos imigrantes que, por isso, estão "sub-representados na idade da reforma", explicou. Por outro lado, a contribuição dos imigrantes é apenas marginalmente superior à dos contribuintes nascidos em Portugal, excluindo as contribuições para o sistema de pensões e o pagamento das pensões, afirmou Thomas Liebig. Portugal estava assim, entre 2007 e 2009, acima da média dos países da OCDE. As conclusões fazem parte de um 'Policy Brief' divulgado recentemente pela OCDE e apontam ainda que os imigrantes dos países-membros da instituição têm um impacto orçamental neutro nos países de acolhimento, sendo o facto de estarem empregados ou não o factor mais importante para determinar a sua influência nas contas públicas. "Nos últimos 50 anos, os migrantes parecem ter tido um impacto neutro nos países da OCDE" no que diz respeito às finanças públicas, o que significa que "o custo dos benefícios estatais que recebem foi largamente coberto pelos impostos que pagam". O documento explica que, mesmo nos casos onde os imigrantes influenciaram as contas públicas, esse valor "raramente ultrapassou os 0, 5% do PIB [Produto Interno Bruto]", e acrescenta que apesar de poder ser considerado neutro, o impacto dos imigrantes nas contas públicas é menos favorável que o dos nacionais, ou seja, "os migrantes não são um grande fardo para a despesa pública, mas também não são uma panaceia para melhorar as contas do Estado". Esta análise da OCDE, que surge pouco antes das eleições europeias, é justificada pelo facto de a emigração ser "um tema polémico, no qual o debate público é por vezes enquadrado em percepções que não resistem a análises", o que é "especialmente verdadeiro nas discussões sobre o impacto económico e orçamental da migração, um assunto complexo com muitas ramificações".
REFERÊNCIAS:
Entidades OCDE
Lei da imigração: Arizona ameaça cortar a luz a Los Angeles
O estado do Arizona admitiu cortar o abastecimento de electricidade a Los Angeles, em resposta ao boicote económico que a cidade decidiu fazer-lhe por ter adoptado uma lei anti-imigração. A ameaça não passará disso mesmo, mas mostra o mal-estar provocado pela controversa legislação. São Francisco, Boston e Austin também já adoptaram sanções contra o Arizona. (...)

Lei da imigração: Arizona ameaça cortar a luz a Los Angeles
MINORIA(S): Migrantes Pontuação: 16 | Sentimento 0.4
DATA: 2010-05-22 | Jornal Público
SUMÁRIO: O estado do Arizona admitiu cortar o abastecimento de electricidade a Los Angeles, em resposta ao boicote económico que a cidade decidiu fazer-lhe por ter adoptado uma lei anti-imigração. A ameaça não passará disso mesmo, mas mostra o mal-estar provocado pela controversa legislação. São Francisco, Boston e Austin também já adoptaram sanções contra o Arizona.
TEXTO: A hipótese de um corte de electricidade à segunda maior cidade dos EUA foi levantada numa carta de Gary Pierce, membro da Arizona Corporation Comission, que gere os serviços básicos do estado, ao presidente da Câmara de L. A. , Antonio Villaraigosa. “Se o que querem mesmo é um boicote económico, ficarei feliz por encorajar os serviços de abastecimento de electricidade do Arizona a renegociarem os vossos contratos de modo a que Los Angeles não receba mais electricidade do Arizona”, refere o texto, citado pela Reuters. A ameaça não parece ter incomodado as autoridades da cidade. Um comunicado de Villaraigosa indica que o "mayor" é “fortemente favorável” ao boicote aprovado pelo conselho municipal há dez dias e que não responderá “às ameaças de um estado que se colocou a si próprio à margem da América e dos seus valores”. Depressa se percebeu também que a entidade a que Pierce pertence não tem poder para desligar a luz a L. A. , até porque a cidade é accionista de duas das centrais eléctricas do Arizona. Um porta-voz de Pierce contraria a ideia de que tenha sido feita uma ameaça e disse à CNN que a intenção era apontar os efeitos da decisão. “Se concretizarem o boicote ao Arizona isso inclui 25 por cento da sua energia”, afirmou. A declaração baseia-se no cálculo de que um quarto da electricidade consumida na cidade do cinema, com uma importante população hispânica, é produzida no Arizona, estado vizinho do México. O conselho municipal de Los Angeles decidiu cancelar contratos de oito milhões de dólares com o Arizona e, apesar de ter mantido outros avaliados em 50 milhões, deu instruções aos responsáveis de departamentos para diminuírem os negócios com o estado ou companhias aí sediadas. Estimativas da CNN apontam para um impacto económico que pode ir de dez milhões a 56 milhões de dólares. San Francisco, Boston e Austin adoptaram igualmente boicotes e estimativas do diário Guardian indicam que o Arizona pode perder pelo menos 90 milhões de dólares devido ao cancelamento de conferências e viagens. A lei aprovada pelo Arizona prevê que a polícia interpele os estrangeiros suspeitos de imigração clandestina.
REFERÊNCIAS:
Entidades EUA
Observatório Emigração aconselha Governo a criar condições para evitar fuga de cérebros
A chamada “fuga de cérebros” está a aumentar em Portugal e vai continuar a crescer no futuro, cabendo ao Governo criar condições para colmatar essas saídas, defendeu o coordenador do Observatório da Emigração. (...)

Observatório Emigração aconselha Governo a criar condições para evitar fuga de cérebros
MINORIA(S): Migrantes Pontuação: 16 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-06-06 | Jornal Público
SUMÁRIO: A chamada “fuga de cérebros” está a aumentar em Portugal e vai continuar a crescer no futuro, cabendo ao Governo criar condições para colmatar essas saídas, defendeu o coordenador do Observatório da Emigração.
TEXTO: “Aumentou o peso da população que migra, não tanto pelas razões económicas, mas mais pela procura de condições de realização pessoal e profissional. Sobretudo na área do trabalho qualificado e essa é uma emigração que inevitavelmente continuará a aumentar”, disse Rui Pena Pires. Numa entrevista à agência Lusa por ocasião do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, que se assinala na quinta-feira, o sociólogo alertou para a necessidade de Portugal criar condições para colmatar a saída de pessoas qualificadas. “Ninguém acreditará se alguém disser que dentro de 10 ou 15 anos teremos capacidade de dar emprego com condições de realização profissional elevadas a sectores muito qualificados equiparados aos Estados Unidos, à União Europeia (UE), à França ou à Alemanha. É impossível”, afirmou. O especialista em migrações contrariou ainda a ideia recente de que há uma nova vaga de emigração, afirmando que essa vaga “não é nova”, simplesmente “esteve muito tempo escondida do olhar público”. “A emigração recomeçou no final dos anos 1980. Assim que se deu a integração europeia, os acordos facilitaram a liberdade de circulação e recomeçou a emigração portuguesa para o espaço europeu”. A novidade desta vaga emigratória prende-se com os destinos escolhidos. Além dos tradicionais França, Luxemburgo e Alemanha, surgiram também o Reino Unido, Espanha e, mais recentemente, Angola. Outra novidade da emigração portuguesa prende-se com a sazonalidade, que não existia nos anos 1960 e 1970 quando as pessoas saíam do país para sempre ou por muitos anos, disse. Afirmando que, por ano, saem de Portugal entre 60 a 70 mil pessoas, Rui Pena Pires estima entre 2, 3 milhões e 2, 5 milhões o número de portugueses no estrangeiro e ressalva que os cinco milhões frequentemente referidos contabilizam os filhos dos emigrantes já nascidos nos países de acolhimento. “Mesmo assim, é um número muito elevado para um país com 10 milhões de habitantes”, ressalvou. O sociólogo destacou a dificuldade de se saber ao certo quantos portugueses saem para trabalhar no estrangeiro porque “não há estatísticas de saída”, afirmando que “os países que as têm são países que não têm um regime democrático”. Numa análise comparativa entre a emigração dos anos 1960 e a recente, Rui Pena Pires disse que as “diferenças que existem resultaram da transformação da população portuguesa”. “Hoje, parte dos sectores que são responsáveis pelo crescimento da emigração na Europa são sectores ligados à limpeza, à segurança e à manutenção dos espaços urbanos. Nos anos 60 era muito maior o peso da indústria”, afirmou. O coordenador do Observatório da Emigração disse ainda que outra mudança prende-se com a facilidade de comunicação e com o facto de os portugueses irem encontrar na Europa sociedades muito semelhantes à portuguesa, pelo que a integração é mais facilitada e a necessidade de se agruparem numa comunidade fechada para recordarem o seu país é quase inexistente. No entanto, assegurou que há um elo comum que atravessa gerações de emigrantes: partem sempre com a ideia de regressar.
REFERÊNCIAS:
Entidades UE
Avós são a "ponte de ligação a Portugal" para crianças emigrantes
Os avós de crianças emigrantes são a ponte de ligação a Portugal, garantindo a preservação da língua materna, das histórias e tradições do país, revela um estudo de uma investigadora da Universidade de Toronto. (...)

Avós são a "ponte de ligação a Portugal" para crianças emigrantes
MINORIA(S): Migrantes Pontuação: 16 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-07-26 | Jornal Público
SUMÁRIO: Os avós de crianças emigrantes são a ponte de ligação a Portugal, garantindo a preservação da língua materna, das histórias e tradições do país, revela um estudo de uma investigadora da Universidade de Toronto.
TEXTO: A professora Manuela Marujo ficou “surpreendida” quando os jovens portugueses emigrantes “não falavam do pai nem da mãe, mas sim da avó e do avô”, contou à agência Lusa à margem do congresso "A voz dos avós: migração e património", que hoje começou na Fundação Pro Dignitate, em Lisboa. A investigação realizada na Universidade de Toronto concluiu que a geração mais nova mantém uma relação com o país de origem através dos avós que transmitem “não só a língua de afeto mas tudo aquilo que se relaciona com o país: desde a comida ao gosto pela história, mesmo quando já é muito difusa”. Em declarações à Lusa, Manuela Marujo lembrou que as razões para a transmissão de conhecimentos pelos mais velhos está relacionada com o facto de muitos pais “já não terem o português como primeira língua” e terem “horários de trabalho muito sobrecarregados”. Em casa estão os avós que são uma espécie de “babysitter”, que levam as crianças à escola, fazem as refeições. Neste convívio, transmitem-se conhecimentos. Mas os saberes também passam de avós para netos mesmo quando estão fisicamente distantes: “Falam por telefone, que se torna no meio de ligação para quem deixou os avós em Portugal”. “Os avós desempenham um papel muito importante nas nossas vidas”, sublinhou Manuela Marujo. Quando chegam ao país, a separação desvanecesse: os netos “identificam os cheiros da casa da avó, os sabores da comida”, porque “há uma ligação que é transmitida de uma forma muito leve e quando vêm para Portugal encontram aquilo de que os pais lhes tinha falado”. O Dia dos Avós assinala-se hoje.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave escola espécie
Joe Arpaio, o xerife mais duro dos EUA contra a imigração ilegal
Phoenix não sossega. Um dia após uma juíza federal suspender cerca de 80 por cento da polémica lei anti-imigração ilegal do Arizona, opositores e apoiantes reagiram como se isso não fizesse qualquer diferença. Activistas protestaram (e foram detidos). E o xerife Joe Arpaio, que fez da perseguição dos imigrantes ilegais uma cruzada pessoal, levou a cabo um dos seus raides - ou "operações de supressão de crimes", como lhes chama. (...)

Joe Arpaio, o xerife mais duro dos EUA contra a imigração ilegal
MINORIA(S): Migrantes Pontuação: 16 | Sentimento -0.5
DATA: 2010-07-31 | Jornal Público
SUMÁRIO: Phoenix não sossega. Um dia após uma juíza federal suspender cerca de 80 por cento da polémica lei anti-imigração ilegal do Arizona, opositores e apoiantes reagiram como se isso não fizesse qualquer diferença. Activistas protestaram (e foram detidos). E o xerife Joe Arpaio, que fez da perseguição dos imigrantes ilegais uma cruzada pessoal, levou a cabo um dos seus raides - ou "operações de supressão de crimes", como lhes chama.
TEXTO: Arpaio, 78 anos, é conhecido como "o xerife mais duro da América". Ele diz que foram os jornalistas que lhe deram esse título, mas usa-o como uma marca registada. Aliás, usa-o nos títulos dos seus dois livros, o último dos quais publicado em 2008: Joe"s Law: America"s Toughest Sheriff Takes on Illegal Immigration, Drugs, and Everything Else That Threatens America (A Lei de Joe: O Xerife mais Duro da América Trata da Imigração Ilegal e de Tudo o mais Que Ameaça a América). Popular e populista, os seus métodos duvidosos - a humilhação de prisioneiros nos limites do sadismo, a incansável ofensiva que lançou contra os sem-papéis de origem mexicana - e o facto de adorar ser o centro das atenções tornaram-no numa figura nacional. Joe Arpaio era mais do que um apoiante da lei SB1070, que foi bloqueada parcialmente pela juíza Susan Bolton na quarta-feira, um dia antes de entrar em vigor; Joe Arpaio estava à espera dela: há uma semana, anunciara a criação de uma nova área na sua prisão mais famosa - Tent City - só para transgressores daquela lei. Mas Arpaio não parecia um homem desapontado no dia da decisão da juíza: convocou uma conferência de imprensa para anunciar que ia continuar a fazer o seu trabalho. "Nada vai deter o xerife e o meu departamento, nem mesmo a decisão da juíza federal. Portanto, é business as usual. "O quartel-general de Arpaio fica no 19º andar do edifício do banco Wells Fargo, na Baixa de Phoenix. A sala da conferência de imprensa encheu. Percebia-se pelas perguntas que muitos jornalistas estavam ali pela primeira vez. Arpaio apareceu vestido à civil, com um pin em forma de pistola no meio da gravata. Olhos pequenos, óculos, nariz largo, à Karl Malden. Pança. As perguntas sucedem-se quase sempre num tom reverente, e Arpaio faz voz grossa, mostra que não se deixa intimidar. Os jornalistas que o seguem há anos coincidem quase sempre nas opiniões que têm dele; uma jornalista contou ao PÚBLICO que uma vez o entrevistou durante horas. "E mesmo assim não consegui apanhar a essência do homem. " Talvez esperem que ele seja mais do que a caricatura que aparenta ser. Bloqueio não foi derrota"Eu gosto da nova lei, mas [a decisão da juíza] não é uma derrota, porque faremos o que temos feito nos últimos três anos. " Susan Bolton suspendeu as secções mais controversas da lei, nomeadamente o direito de as forças policiais questionarem e deterem quem não apresentasse uma prova de cidadania ou residência americana - um dos pontos mais contestados pela comunidade hispânica do Arizona, alegando que corriam o risco de ser abordados por motivação racial. Nos últimos três anos, o xerife do condado de Maricopa, que engloba Phoenix e outras 23 localidades, tem levado a cabo raides aparatosos em bairros latinos. Ele chama-lhes "operações de supressão de crimes", mas toda a gente sabe que o objectivo é apanhar imigrantes clandestinos. Eles fizeram de Arpaio o inimigo número um da comunidade latina e provocaram a indignação de organizações pró-imigrantes. No folclore das manifestações, nunca faltam comparações com os nazis ou o Klu Klux Klan. Desde o início dos anos 2000, com o crescente aumento de imigração ilegal no estado, o Arizona, principal porta de entrada, introduziu uma série de leis destinadas a exercer maior controlo sobre o fenómeno. Entre elas, a penalização de empresas que empreguem ilegais, a lei de contrabando humano (que prevê a possibilidade de acusar um imigrante trazido por um "coiote" de ser co-conspirador) e a privação de carta de condução para imigrantes sem-papéis. Além disso, entre 2007 e 2009, graças a um acordo com a agência de imigração americana (Immigration and Customs Enforcement, ou ICE), agentes de Arpaio, especialmente treinados, podiam fazer cumprir as leis de imigração federais (uma excepção, já que nos EUA são as forças de segurança federais que têm autoridade no que toca a imigração).
REFERÊNCIAS:
Casos de hepatite B têm diminuído, mas imigrantes estão a trazer novos casos
Os casos de hepatite B têm vindo a diminuir em Portugal devido à vacinação, mas começam a aparecer mais casos devido aos imigrantes oriundos de África, dos países de Leste e da Ásia, alertou hoje o hepatologista Rui Tato Marinho. (...)

Casos de hepatite B têm diminuído, mas imigrantes estão a trazer novos casos
MINORIA(S): Migrantes Pontuação: 16 | Sentimento 0.136
DATA: 2010-11-18 | Jornal Público
SUMÁRIO: Os casos de hepatite B têm vindo a diminuir em Portugal devido à vacinação, mas começam a aparecer mais casos devido aos imigrantes oriundos de África, dos países de Leste e da Ásia, alertou hoje o hepatologista Rui Tato Marinho.
TEXTO: “Começa a haver mais hepatite B em Portugal pelos imigrantes” oriundos de Angola, China e Ucrânia, que têm prevalências do portador crónico superiores à portuguesa, com 10 por cento da população infectada, disse à agência Lusa Tato Marinho, que participa hoje na conferência “Prevenção da hepatite viral”, em Lisboa. O encontro pretende chamar a atenção para os problemas das hepatites víricas que se estima afectarem 200 mil pessoas em Portugal, muitas das quais não sabem que têm a doença, afirmou o também secretário-geral da Sociedade Portuguesa de Gastrenterologia. Sobre a hepatite B, o especialista afirmou que “o número de novos casos tem diminuído muito” devido à vacinação, que está incluída no Programa Nacional de Vacinação, mas defende que deve abranger mais pessoas. “Portugal tem um programa muito bom para os recém-nascidos e adolescentes [10 aos 13 anos], mas faltam os adultos jovens que escaparam a este filtro e que deviam vacinar-se”, sustentou. Tato Marinho alertou que as pessoas entre os 25 e os 50 anos são um grupo de risco de transmissão da doença por via sexual devido à frequente mudança de parceiros. Para combater a doença, o especialista defende que os médicos receitem mais análises e recomendem mais vezes a vacinação nos adultos. Quanto à hepatite C, referiu que não tem aumentado muito, lembrando que era um “problema muito grande nos toxicodependentes” devido à partilha de agulhas. “É preciso chamar a atenção para as pessoas fazerem análises e informá-las de que a hepatite C tem cura em mais de metade dos casos”, salientou. Segundo o hepatologista, estas doenças “provocam mais mortes do que os números oficiais dizem” - por estarem muitas vezes escondidas noutras doenças, como a sida e o cancro do fígado -, estimando que a hepatite B seja responsável por 300 mortes por ano em Portugal e a hepatite C por 500. A OMS declarou estas doenças um problema de saúde pública mundial, recomendando aos países a elaboração de uma estratégia para as combater. Nesse sentido, os especialistas portugueses defendem a elaboração de um plano nacional de prevenção e controlo destas doenças. “Existem 40 planos em Portugal e sendo a doença hepática (cirrose) a oitava causa de morte no país, afectando 200 mil pessoas, achamos que merecia um plano dentro dos 40 que já existem”, sublinhou. No encontro, que termina na sexta-feira, participam representantes da OMS, da Direcção-Geral da Saúde, do Centro do Controlo de Doenças de Atlanta e do Viral Hepatitis Board, composto por representantes de vários países que se uniram no combate às hepatites a nível mundial, do qual faz parte Rui Tato Marinho. Dados da OMS indicam que cerca de 700 mil pessoas morrem anualmente devido à infecção pelo vírus da hepatite B e que cerca de 200 milhões sofrem de hepatite C.
REFERÊNCIAS:
Entidades OMS