Morreu Girão Pereira, um dos “autarcas de referência” da história do CDS
O líder do partido, Paulo Portas, está a encontrar espaço na sua agenda para marcar presença no velório. (...)

Morreu Girão Pereira, um dos “autarcas de referência” da história do CDS
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2015-05-01 | Jornal Público
SUMÁRIO: O líder do partido, Paulo Portas, está a encontrar espaço na sua agenda para marcar presença no velório.
TEXTO: Um dos autarcas de referência do CDS-PP e antigo vice-presidente do partido Girão Pereira morreu nesta quinta-feira aos 77 anos. Natural de Vouzela, Girão Pereira foi o primeiro presidente da Câmara Municipal de Aveiro eleito democraticamente. Tinha 37 anos, quando se sentou pela primeira vez na cadeira de presidente de câmara e manteve-se nesse cargo ao longo de 18 anos, vencendo sucessivas eleições autárquicas. Na década de 1990 foi deputado pelo CDS à Assembleia da República na VI legislatura e também deputado ao Parlamento Europeu – enquanto eurodeputado destacou-se por “defender muito os interesses de Portugal, sobretudo na área das pescas e agricultura”. Em Fevereiro de 2010 foi condecorado com a Ordem de Mérito pelo Presidente da República, Cavaco Silva. Raul de Almeida, ex-líder da distrital do CDS-Aveiro, que há pouco mais de uma semana almoçou com Girão Pereira, elogia o trabalho que desenvolveu como presidente da câmara e classifica-o como um “autarca de referência”. “Mantínhamos conversas regulares e apesar de ele já não estar na vida política activa, era uma pessoa que foi estando presente, mas com alguma discrição”, declarou ao PÚBLICO o também deputado do CDS, eleito pelo círculo de Aveiro. “Era uma pessoa com quem tinha uma grande identificação ideológica. Éramos ambos democratas-cristãos e acreditávamos na mais-valia da transposição da doutrina social para a actividade politica”, afirma o deputado, recordando o último almoço que teve com Girão Pereira, que teve o rio Vouga como pano de fundo. “Foi Girão Pereira que trouxe Aveiro para a modernidade”, declara Raul de Almeida, vincando que o seu nome “ficará para sempre na história da cidade de Aveiro”. Antes de abraçar a vida autárquica, José Girão Pereira, que ascendeu à vice-presidência do partido quando Manuel Monteiro era presidente do CDS, iniciou a sua vida profissional como professor do ensino básico e secundário e, depois de completar o curso de Direito, foi delegado do Ministério Público no Tribunal de Aveiro. O funeral ainda não tem data marcada, mas o presidente do partido, Paulo Portas, está a encontrar espaço na sua agenda para marcar presença no velório de José Girão Pereira, um “profundo humanista” nas palavras do deputado e ex-dirigente distrital democrata-cristão, Raul de Almeida.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave tribunal social
Girão Pereira: “Autarca de referência do CDS” morre aos 77 anos
Paulo Portas e Manuel Monteiro deslocam-se esta sexta-feira a Aveiro numa última homenagem ao antigo vice-presidente do partido. (...)

Girão Pereira: “Autarca de referência do CDS” morre aos 77 anos
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2015-05-01 | Jornal Público
SUMÁRIO: Paulo Portas e Manuel Monteiro deslocam-se esta sexta-feira a Aveiro numa última homenagem ao antigo vice-presidente do partido.
TEXTO: Aveiro está de luto. José Girão Pereira, o primeiro presidente da câmara local eleito após o 25 de Abril, morreu esta quinta-feira, aos 77 anos, em Aveiro, e o seu funeral realiza-se este sábado para o cemitério de Cambra, em Vouzela, sua terra natal. O actual líder do CDS, Paulo Portas, e o antigo presidente, Manuel Monteiro, têm previsto deslocarem-se esta sexta-feira a Aveiro para participar no velório daquele que é apontado como o “autarca referência” do CDS. Eleito pela primeira vez presidente da Câmara de Aveiro aos 37 anos, Girão Pereira manteve-se à frente da autarquia ao longo de 18 anos, vencendo sucessivas eleições autárquicas. Na década de 1990 foi deputado pelo CDS à Assembleia da República na VI legislatura e também deputado ao Parlamento Europeu – enquanto eurodeputado destacou-se por “defender os interesses de Portugal, sobretudo na área das pescas e agricultura”. Em 2010, o Presidente da República condecorou-o com a Ordem de Mérito. Manuel Monteiro, ex-líder do CDS, disse ao PÚBLICO que “Girão Pereira foi, seguramente, o autarca que passou das palavras aos actos em termos de doutrina política". "Ele era verdadeiramente um democrata-cristão e isso era inquestionável, tendo praticado a democracia-cristã no exercício da sua função. E é esse aspecto que penso que deve ser sublinhado, principalmente numa época em que as palavras são vazias e as ideologias são meros títulos num programa qualquer”. Para Manuel Monteiro, Girão, que foi seu vice-presidente na direcção do CDS, “foi o testemunho da importância que as autarquias tiveram para o CDS”. Dezoito anos após ter presidido à Câmara de Aveiro, é convidado por Monteiro para integrar a lista de deputados ao Parlamento Europeu, ocupando o terceiro lugar. O antigo presidente do CDS lembra que na disputa interna para a liderança, aquele que seria seu vice-presidente apoiou o seu opositor, Basílio Horta, mas terminada a pugna eleitoral, recorda, ”tornou-se numa das pessoas mais leais e mais frontais que conheci no partido”. O actual presidente da distrital do CDS-Aveiro, Jorge Pato, lamenta a perda de Girão, “uma das referências do CDS a nível do poder local, para além de ser uma referência incontornável da região”.
REFERÊNCIAS:
PCP completou “descubra as diferenças” face a PS, PSD e CDS
O PCP defende a “ruptura com a política de direita”, “os interesses dos monopólios”, “as imposições da União Europeia” e “o processo de subversão da Constituição da República”. (...)

PCP completou “descubra as diferenças” face a PS, PSD e CDS
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DATA: 2015-05-01 | Jornal Público
SUMÁRIO: O PCP defende a “ruptura com a política de direita”, “os interesses dos monopólios”, “as imposições da União Europeia” e “o processo de subversão da Constituição da República”.
TEXTO: Numa semana em que os partidos tradicionalmente mais votados trocam informações sobre os seus documentos programáticos, o PCP distinguiu sete divergências relativamente às suas propostas, como nos tradicionais passatempos da imprensa "descubra as diferenças" entre duas imagens. Os responsáveis comunistas analisaram o Programa de Estabilidade (PE) e o Programa Nacional de Reformas (PNR), aprovados pelo Governo da maioria PSD/CDS-PP, e o cenário macroeconómico socialista Uma Década Para Portugal, sobre o qual os sociais-democratas fizeram 29 perguntas, comparando-os com as próprias grandes linhas programáticas, que serão formalmente apresentadas a 26 de Maio. Segundo o documento Soluções Para o País, no qual o PCP exige o fim de "exploração, empobrecimento e declínio nacionais", há que "dar força à exigência de uma ruptura com a política de direita, ruptura com os interesses dos monopólios, ruptura com as imposições da União Europeia (UE), ruptura com o processo de subversão da Constituição da República". "Onde PS, PSD e CDS propõem a continuação da transferência de riqueza para o grande capital, por via dos mais de oito mil milhões de euros anuais de juros da dívida pública, o PCP propõe a renegociação dessa dívida, nos prazos, juros e montantes, reduzindo significativamente os seus encargos anuais", defende-se. Face àquilo que consideram ser "a continuação de uma política que abdica da produção nacional e promove o desemprego", os dirigentes comunistas propõem-se "defender a agricultura, as pescas e a indústria" portugueses. Em terceiro lugar, o PCP advoga "a devolução daquilo que foi roubado, a valorização do trabalho e dos trabalhadores" e o fim do "confisco de salários e pensões". "Onde PS, PSD e CDS propõem a reconfiguração do Estado, colocando-o ainda mais ao serviço dos grandes interesses económicos, o PCP propõe a defesa dos serviços públicos e das funções sociais do Estado", bem como o abandono das privatizações, recuperando o "controlo público dos sectores básicos e estratégicos da economia". Por fim, os comunistas avançam com "o alívio da carga fiscal sobre os trabalhadores, o povo, as micro e as pequenas empresas" em vez do "favorecimento do grande capital" e, genericamente, "a desvinculação de Portugal do Tratado Orçamental, dos mecanismos da chamada Governação Económica e de outros constrangimentos, para recuperar e afirmar a soberania nacional". O PCP contesta "a perspectiva para os próximos anos de mais um corte de 600 milhões de euros na Segurança Social, de outro corte de 380 milhões de euros no funcionamento dos serviços públicos, de tornar perpétuo pelo menos três quartos do 'enorme aumento de impostos' em termos de IRS efectuado em 2013", além da "eliminação da contribuição sobre o sector energético (que obteve mais de 1750 milhões de euros de lucros líquidos em 2014, só nas três principais empresas)". Para os comunistas, "o Governo ignora, tal como aliás o PS, o carácter insustentável da dívida pública que levará até 2020, só em juros, mais de 60 mil milhões de euros dos recursos nacionais, tornando absolutamente irrelevantes as trocas de dívida, ou o pagamento antecipado ao Fundo Monetário Internacional (FMI) dos valores emprestados, como propõe o Programa de Estabilidade". A comissão política do comité central do PCP considerou ainda que o crescimento económico previsto, "sempre inferior a 2, 5%, não só é irrealista no quadro da actual política como, sobretudo, é incompatível com a necessidade não só de recuperar do dramático processo de destruição de riqueza e emprego", impossibilitando "o desenvolvimento do país", pois "admite a continuação, durante os próximos cinco anos, de um desemprego estrutural que ultrapassa um milhão" de pessoas.
REFERÊNCIAS:
Partidos PS PSD PCP
O documento dos doze economistas: pontos positivos, omissões e dúvidas I
Este relatório tem como principal vantagem o facto de apresentar uma visão ideológica alternativa à do actual governo. (...)

O documento dos doze economistas: pontos positivos, omissões e dúvidas I
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DATA: 2015-05-07 | Jornal Público
SUMÁRIO: Este relatório tem como principal vantagem o facto de apresentar uma visão ideológica alternativa à do actual governo.
TEXTO: O documento Uma Década para Portugal, elaborado por doze economistas para o Partido Socialista (PS), apresenta um elenco de propostas (e os seus previsíveis impactos económicos) que o partido poderá levar a cabo na próxima legislatura, caso vença as eleições legislativas. É possível que o PS não venha a adoptar todas as medidas descritas neste documento, mas é certo que a maioria virá a constar do futuro programa eleitoral socialista. Interessa, por isso, perceber quais destas propostas podem ser consideradas positivas do ponto de vista de um partido de centro-esquerda e quais os aspectos que levantam questões de congruência ideológica. Este relatório tem como principal vantagem o facto de apresentar uma visão ideológica alternativa à do actual governo: vem propor de forma clara o fim da lógica de redução dos rendimentos das famílias e a valorização do papel do Estado na criação de condições de desenvolvimento económico, o que é, em geral, uma linha política subscrita por toda a esquerda e destrói a máxima do there is no alternative que tem marcado o discurso político. Esta matriz parece ser herdeira do pensamento económico que marcou os partidos sociais-democratas pelo menos desde o final da II Guerra Mundial até aos anos 90. Algumas das medidas apresentadas, como o fim da sobretaxa do IRS, a reposição dos salários da função pública, a reposição das condições e valores das prestações sociais não contributivas (RSI, CSI ou Abono de Família) vêm aumentar o rendimento disponível das famílias, o que se espera que leve ao aumento do consumo privado. A partir daqui o raciocínio é conhecido, pelo menos desde Keynes: mais consumo levará ao aumento do investimento das empresas, que terão expectativas de vender mais; o aumento do investimento privado gerará maior criação de emprego e maior crescimento económico; tudo isto permitirá reduzir o défice e a dívida. Ou seja, o que se propõe é a substituição do “ciclo vicioso” por um “ciclo virtuoso”, na senda do que a social-democracia tradicional nos habituou. A proposta de criação do complemento salarial anual, uma prestação social que venha abranger a população que, apesar de inserida no mercado de trabalho, não consegue que os seus rendimentos salariais cheguem a um valor equivalente ao salário mínimo — por só conseguir encontrar emprego sazonal, ou em part-time, por exemplo —, é a repescagem de uma ideia de 2009, que também vem nesta direcção do aumento dos rendimentos das famílias. Além disso, introduz alguma justiça no sistema de prestações sociais, uma vez que, até aqui, um trabalhador pobre não podia, precisamente por trabalhar pontualmente, usufruir de quaisquer outras prestações sociais. Mesmo que não tenha um valor extraordinário, esta medida virá melhorar o nível de vida de uma faixa da população que se encontra hoje numa situação bastante vulnerável, seguindo uma preocupação típica do socialismo democrático. A reposição do imposto sucessório (sobre heranças acima de um milhão de euros), a maior tributação da propriedade, ou a travagem na descida do IRC, são igualmente medidas que demonstram pretender atingir uma maior equidade fiscal, admitindo vir a tributar mais a riqueza de quem mais tem. No entanto, é precisamente ao nível da fiscalidade que notamos a ausência de uma medida que seria emblemática num governo programático socialista: para além do fim do quociente familiar, não é apresentada outra proposta que procure aumentar a progressividade do IRS, nomeadamente a reposição dos anteriores escalões, eliminados por este governo. E ficamos sem saber por que razão esse caminho não é seguido. Do mesmo modo, não há qualquer referência ao aumento do salário mínimo, uma medida que será sempre vista por um partido de centro-esquerda como uma das principais formas de aumentar o rendimento das famílias. Claro que ninguém esperaria propostas radicais, mas não é expectável que os socialistas governem uma legislatura sem procurarem aumentar o valor do salário mínimo, que se sabe ter impactos em toda a estrutura de remunerações. Por isso, não se percebe a ausência desta ideia neste documento. Uma outra omissão importante neste relatório tem que ver com o facto de não ser apresentada uma medida abrangente de combate à pobreza entre as crianças e jovens. Esta é a principal chaga social do Portugal contemporâneo e é uma das prioridades de António Costa na sua Agenda para a Década. Teria sido importante explicar desde já aquelas que podem vir a ser as linhas concretas desta política, que será central para qualquer governo de centro-esquerda neste momento. Tudo isto poderá vir ainda a constar do programa eleitoral do PS, mas são aspectos que se estranha não terem sido abordados neste estudo. Quanto à falta de referência sobre a renegociação da dívida pública, as alterações ao nível da TSU e o novo modelo de contratação laboral, estas são questões que levantam dúvidas por poderem ser ambíguas do ponto de vista ideológico. Iremos tratá-las no próximo artigo. Politóloga, IPP TJ-CS e UBI
REFERÊNCIAS:
Partidos PS
O autocontrolo das emissões poluentes
Muito mais grave do que o surto de legionella é o que se passa com a co-incineração de resíduos perigosos. (...)

O autocontrolo das emissões poluentes
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DATA: 2015-05-01 | Jornal Público
SUMÁRIO: Muito mais grave do que o surto de legionella é o que se passa com a co-incineração de resíduos perigosos.
TEXTO: Desde há 10 anos que venho combatendo o sistema de autocontrolo das emissões poluentes para a atmosfera sujeitas a valor-limite de emissão, consagrado pelo n. º 1 do artigo 18. º do Decreto-Lei n. º 78/2004 de 3. 04, com o argumento de que não faz sentido passar para o operador uma tarefa que deve caber ao Estado. O recente surto de legionella, com as dramáticas consequências por todos conhecidas, é elucidativo dos graves danos que podem resultar para a saúde pública e para o meio ambiente do facto de o legislador ter transferido do Estado para os operadores a responsabilidade do controlo das emissões poluentes. O supra-referido sistema de autocontrolo faz a apologia do juiz em causa própria, ao colocar nas mãos dos operadores o seu próprio controlo. Que credibilidade pode merecer um sistema que funciona nestes termos?Acresce que o artigo 25. º do supra-referido decreto-lei prevê a possibilidade de os valores-limite de emissão poderem ser excedidos durante 170 horas/ano “por fonte pontual”!!! Ora isto limita extraordinariamente a possibilidade de aplicação de coimas ou até a acusação pela prática de ilícitos criminais ambientais, como é óbvio, bastando, para tanto, que o infractor invoque que os valores-limite de emissão foram excedidos dentro do limite das 170 horas/ano em que a lei permite que tais valores possam ser ultrapassados. Como se tal não bastasse, a Agência Portuguesa do Ambiente publicou em Dezembro de 2008 as directrizes Monitorização das Emissões para a Atmosfera em que se pode ler, no ponto 3. 1, que “o operador definirá o regime de monitorização aplicável, por poluente”. Está tudo dito. Muito mais grave, porém, do que o que está acontecer com o surto de legionella é o que se passa com a co-incineração de resíduos perigosos, devido à produção de poluentes orgânicos persistentes que se formam durante o processo de combustão e que são lançados para a atmosfera, entre os quais se incluem as dioxinas e os furanos, que são substâncias altamente cancerígenas, cujos efeitos subsistem durante mais de 30 anos. Enquanto é relativamente fácil detectar a fonte de um surto de legionella, é difícil provar que determinada morte por cancro se deve ao efeito devastador das dioxinas produzidas durante a queima de resíduos perigosos com cloro, razão pela qual a única solução possível à escala mundial é, pura e simplesmente, proibir a prática da co-incineração de resíduos perigosos, adoptando métodos de tratamento térmico de tais resíduos que não sejam nocivos para a saúde pública e para o meio ambiente, como é o caso da pirólise. Seguindo o método da pirólise ou plasma pirolítico, os resíduos perigosos, que têm de ser sujeitos a tratamento térmico, são queimados a altas temperaturas sem que haja libertação de gases para a atmosfera. Por que é que um tal método não é adoptado e se persiste em alguns países na co-incineração dos resíduos perigosos? Porque a co-incineração de tais resíduos é um negócio gigantesco, em que quem o pratica ganha não apenas pelo combustível que poupa, mas também pelo que recebe do produtor de tais resíduos, à custa da saúde dos seres humanos, dos animais e da degradação da flora. Como os Estados não contabilizam o prejuízo que sofrem com a morte dos cidadãos afectados, com as avultadas quantias que têm de despender no tratamento das múltiplas doenças causadas pela co-incineração dos resíduos perigosos e com os gravíssimos danos ambientais, vão impune e irresponsavelmente pactuando com uma forma de agressão brutal que atinge de forma sub-reptícia não apenas as gerações actuais, mas também as vindouras, com maior incidência sobre as crianças, dado o efeito disruptor que provoca nas suas células. O sistema de autocontrolo valida a falta de inspecções periódicas nos países em que a negligência das entidades públicas e privadas só muito raramente é sancionada. Advogado
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave morte lei humanos
Sindicato acusa super e hipermercados de não quererem aumentar trabalhadores
Trabalhadores convocados para greve nesta sexta-feira. (...)

Sindicato acusa super e hipermercados de não quererem aumentar trabalhadores
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.333
DATA: 2015-05-01 | Jornal Público
SUMÁRIO: Trabalhadores convocados para greve nesta sexta-feira.
TEXTO: O Sindicato do Comércio e Serviços acusou as cadeias de supermercados e hipermercados de não aumentarem os trabalhadores por falta de vontade, embora tenham capacidade financeira, pois fazem campanhas de descontos em dia de greve no sector. "As cadeias de supermercados e hipermercados não aumentam os trabalhadores por falta de dinheiro, mas sim porque os querem empobrecer, como se comprova com a campanha de oferta generalizada de produtos na véspera e dia 1. º de Maio", refere um comunicado do sindicato, envido à agência Lusa. Manuel Guerreiro, presidente do Sindicato do Comércio e Serviços (CESP) disse à Lusa que o Pingo Doce publicita num cartaz afixado nas lojas que no dia 1. º de Maio vai "voltar a fazer história". No cartaz dirigido aos trabalhadores, a que a Lusa teve acesso, é referido que todas as lojas vão abrir às 8h. "O dia 01 de Maio vai ser especial porque vamos garantir mais poupança aos nossos clientes", destaca o mesmo anúncio, assinado por um director, que diz contar com os trabalhadores para transformar a data "em mais um dia memorável para todos". Fonte oficial do Pingo Doce confirmou à Lusa que vai ser feita uma acção especial no dia 1 de Maio, mas não com descontos generalizados de 50%, como em 2012. "Tal como já várias vezes afirmámos, a campanha que o Pingo Doce fez no dia 1 de Maio de 2012 foi única, excepcional e irrepetível nos termos em que ocorreu. Confirmamos que no próximo dia 1 de Maio haverá uma acção especial nas lojas Pingo Doce. Por razões de estratégia comercial, não iremos adiantar mais informação sobre a oferta promocional prevista", disse a mesma fonte. Segundo Manuel Guerreiro, alguns responsáveis de loja do Pingo Doce avisaram o pessoal de que, nesse dia, "há hora de entrada, mas não há de saída". O sindicalista referiu ainda que a Sonae/Continente anunciou aos clientes, através de SMS, oferta de bacalhau e carne de porco a preços bastante inferiores aos habituais. "Ora, isto comprova que não aumentaram pessoal e não negoceiam a revisão do CCT por falta de dinheiro, antes por uma obstinada política de empobrecimento dos trabalhadores, senão não se proporiam oferecer dezenas ou centenas de milhões de euros num ou dois dias aos clientes", disse. O presidente do CESP considerou que estas campanhas têm como objectivo "boicotar a greve e o significado do 1. º de Maio, cometendo resmas de ilegalidades". Os trabalhadores dos hipermercados e supermercados fazem greve na sexta-feira em defesa de aumentos salariais e da melhoria das condições de trabalho, convocada por sindicatos da CGTP e da UGT. O Sindicato do Comércio e Serviços (CESP), filiado na CGTP, marcou esta greve em defesa de aumentos salariais, após cinco anos de congelamento salarial, e pelo respeito das categorias e funções dos trabalhadores e respectivos horários de trabalho. O Sindicato dos Trabalhadores e Técnicos de Serviços (SITESE) anunciou nesta quinta-feira uma greve dos funcionários das empresas de distribuição para 1 de Maio contra a redução dos salários e dos direitos e pelo respeito ao Dia do Trabalhador. Nos últimos anos, o CESP tem emitido pré-aviso de greve para o 1. º de Maio, para dar a possibilidade aos trabalhadores dos super e hipermercado de comemorarem o Dia do Trabalhador, mas, este ano, o objectivo da greve não será apenas esse "porque tem a ver com a situação laboral especifica" destes funcionários.
REFERÊNCIAS:
Parlamento Europeu aprova acordo comercial com o Canadá
Bruxelas dá finalmente o "sim" ao CETA, mas o acordo ainda tem de passar pelos parlamentos nacionais e regionais. (...)

Parlamento Europeu aprova acordo comercial com o Canadá
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DATA: 2017-02-15 | Jornal Público
SUMÁRIO: Bruxelas dá finalmente o "sim" ao CETA, mas o acordo ainda tem de passar pelos parlamentos nacionais e regionais.
TEXTO: O Parlamento Europeu aprovou esta quarta-feira o acordo de livre comércio entre a União Europeia e o Canadá (CETA – acrónimo inglês de Comprehensive Economic and Trade Agreement). O documento foi aprovado com 408 votos a favor e 254 votos votos contra, durante o plenário em Estrasburgo. O tratado comercial foi assinado no final de Outubro de 2016, em Bruxelas, depois de ter sido atrasado por desacordo entre os belgas. Agora, de acordo com o Parlamento Europeu, poderá começar a ser aplicado a partir de Abril. Mas ainda terá de ser aprovado por 38 parlamentos nacionais e regionais representados na União Europeia. Este processo pode levar anos. . . . And it's a yes! MEPs back #Ceta. Read more about the EU-Canada trade agreement here ? https://t. co/t6syWD89jq pic. twitter. com/O3cULw1nA9Para assinalar a assinatura do acordo, o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, discursará na quinta-feira no Parlamento Europeu. O acordo comercial – que começou a ser negociado em Maio de 2009 – prevê uma redução das taxas aduaneiras para um grande número de produtos e uniformiza normas para favorecer intercâmbios e para mudar profundamente as relações comerciais entre o Canadá e a UE. Para a União Europeia, estima-se que o acordo represente um estímulo para a economia de 12. 700 milhões de euros anuais. Para Portugal, e segundo o Governo, o acordo poderá trazer uma poupança no valor de 500 milhões de euros por ano em impostos. Os mais de cinco anos de negociações em volta do acordo não evitaram críticas dos sectores sindicais e de movimentos antiglobalização, que denunciam a falta de transparência do processo. Tem sido alvo de contestação, com manifestações e protestos online e noutros meios, tal como o acordo de comérico livre entre a Europa e os Estados Unidos, o TTPI (Parceria Transatlântica de Comércio e Investimento, na sigla em inglês), cuja negociação não estava a correr bem com a Administração Obama e que provavelmente ficará suspensa com a entrada em cena de Donald Trump, que se tem oposto aos tratados de comércio internacional negociados pelos EUA. As críticas ao CETA reflectem a oposição feita ao TTPI: sindicatos e grupos de protesto dizem que reduzirá os padrões das leis ambientais e laborais e permitirá às multinacionais sobreporem-se à legislação de cada país. Em causa está sobretudo o sistema previsto nos tratados de comércio internacional para proteger os investidores internacionais e eventuais processos em tribunais dos países em que estão presentes. TarifasA UE e o Canadá acordaram eliminar tarifas em 99% dos produtos que exportam entre si. O sector têxil é um dos grandes beneficiários: as tarifas do Canadá sobre produtos europeus, por exemplo, podem chegar a 18%. AgriculturaAmbas as partes vão reduzir tarifas em 90% dos produtos agrícolas. A taxa de 8% sobre o xarope de ácer canadiano imposta pela UE, por exemplo, desaparece. Mas subsistem as tarifas sobre a carne de frango e os ovos. Para outros produtos haverá quotas não sujeitas a tarifas: o Canadá poderá exportar para UE até 80 mil toneladas de carne de porco, até 50 mil toneladas de carne de vaca e 100 mil toneladas de trigo. Os produtores de queijo europeus poderão duplicar a quantidade de "queijos de qualidade" que exportam para o Canadá sem pagar tarifas e o mercado canadiano abrir-se-á ao vinho e outros produtos alcoólicos europeus. Concursos públicosSubscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. Será possível para empresas europeias participar em concursos abertos pela administração pública ao nível federal, estadual e municipal no Canadá, por exemplo, ao nível dos transportes urbanos. É a primeira vez que o Canadá abre o seu mercado neste sector. No caso do TTPI, os EUA recusavam-se a abrir este mercado às empresas europeias, o que se tornou um dos grandes pomos de discórdia. ServiçosA UE espera que metade dos ganhos para o PIB com o CETA provenha da libertalização do comércio no sector dos serviços, nomeadamente nas telecomunicações, energia, transportes marítimos e finanças. Os dois parceiros vão reconhecer mutuamente qualificações profissionais, por exemplo de arquitectos, contabilistas ou engenheiros, tornando mais fácil a estes profissionais oferecerem os seus serviços.
REFERÊNCIAS:
Conto do escritor português David Machado incluído na Best European Fiction 2017
A Noite Repetida do Comandante está entre 29 contos escritos por autores de toda a Europa. (...)

Conto do escritor português David Machado incluído na Best European Fiction 2017
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.333
DATA: 2017-02-15 | Jornal Público
SUMÁRIO: A Noite Repetida do Comandante está entre 29 contos escritos por autores de toda a Europa.
TEXTO: O conto A Noite Repetida do Comandante, do escritor português David Machado, foi escolhido para figurar no Best European Fiction 2017, da editora americana Dalkey Archive, anunciou o próprio no Facebook. "Muito orgulhoso de ver o meu conto A Noite Repetida do Comandante incluído na Best European Fiction 2017", escreveu na sua conta da rede social. A Best European Fiction ("Melhor ficção europeia", traduzido para português) é uma antologia de contos publicada pela editora americana Dalkey Archive Press desde 2010. O conto de David Machado figura entre os 29 escritos por autores de toda a Europa, que foram seleccionados para a edição deste ano. A antologia é descrita como uma fonte essencial para leitores, críticos e editores interessados em literatura europeia contemporânea. Nesta oitava edição, a antologia prossegue com o seu compromisso de descobrir a melhor prosa escrita em todo o continente, desde a Irlanda até à Europa de Leste. Segundo a Dalkey Archive Press, o ensaio preliminar escrito por Eileen Battersby, do Irish Times, contribui para que a Best European Fiction 2017 seja também um relatório essencial sobre o estado da literatura global no século XXI. Alguns dos escritores seleccionados nunca antes viram as suas obras traduzidas para inglês, embora escrevam há décadas na sua língua de origem. Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. David Machado nasceu em Lisboa, em 1978, e é autor de obras como O Fabuloso Teatro do Gigante e o livro de contos Histórias Possíveis. Em 2005, o seu conto infantil A Noite dos Animais Inventados recebeu o Prémio Branquinho da Fonseca, da Fundação Calouste Gulbenkian e do jornal Expresso, e desde então publicou mais três contos para crianças: Os Quatro Comandantes da Cama Voadora, Um Homem Verde num Buraco Muito Fundo e O Tubarão na Banheira, este último distinguido com o Prémio Autor SPA/RTP 2010 de Melhor Livro Infanto-Juvenil. O autor tem livros publicados em Itália e Marrocos e contos presentes em antologias e revistas literárias em Itália, Alemanha, Noruega, Reino Unido, Islândia e Marrocos. Em 2015, venceu o Prémio da União Europeia para a Literatura, com o romance Índice Médio de Felicidade, que aborda os efeitos da crise em Portugal e na Europa. O romance convenceu o júri por unanimidade e levou David Machado a tornar-se no terceiro escritor português a receber o prémio, depois de Dulce Maria Cardoso, em 2009, com Os Meus Sentimentos, e de Afonso Cruz, em 2012, com A Boneca de Kokoschka.
REFERÊNCIAS:
Como é que as plantas carnívoras conseguem digerir as suas presas?
Não são tão medonhas como se pensa. Se comem insectos, é porque não têm acesso a muitos nutrientes no solo. Agora, um grupo de cientistas decidiu perceber como é que as plantas carnívoras digerem as presas. (...)

Como é que as plantas carnívoras conseguem digerir as suas presas?
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2017-02-15 | Jornal Público
SUMÁRIO: Não são tão medonhas como se pensa. Se comem insectos, é porque não têm acesso a muitos nutrientes no solo. Agora, um grupo de cientistas decidiu perceber como é que as plantas carnívoras digerem as presas.
TEXTO: Calma, não lhe vamos falar sobre plantas carnívoras que comem animais gigantescos inteiros ou até mesmo humanos. Apesar de no imaginário colectivo serem consideradas autênticos monstros com tentáculos, as plantas carnívoras não são assim tão assustadoras. Na maior parte das vezes, comem insectos e têm de o fazer devido às condições adversas em que vivem. Mas como é que uma planta carnívora é capaz de digerir um insecto?Para atrair as presas, as plantas carnívoras usam os seus atributos, como o néctar, uma coloração que pode ser em tons rosa e verde ou, até mesmo, a fragrância. Depois de as presas serem capturadas com estas armadilhas, caindo para a câmara digestiva, as plantas carnívoras accionam nas folhas uma espécie de goma pegajosa e viscosa, que dificulta a subida da presa aprisionada. De seguida, um conjunto de fluídos digestivos digere o insecto. Os cientistas já tinham descoberto este processo em 1992, relatado num artigo científico na revista Science. Em específico, aperceberam-se de que este processo acontecia em três espécies de plantas carnívoras do grupo dos jarros, que tiveram uma origem evolutiva comum: são elas, a Cephalotus follicularis, da Austrália e que está relacionada com a carambola; a Nepenthes alata, da Ásia e tem uma relação evolutiva com o trigo-sarraceno; e por fim, a Sarracenia purpurea, da América e relacionada com o kiwi. Agora, os cientistas quiseram ir mais longe e perceber como é que estas três espécies de plantas carnívoras fazem a digestão. Para o descobrirem, sequenciaram o genoma da espécie Cephalotus follicularis e observaram que, no passado, a selecção natural escolheu 35 proteínas, que permitiram o aparecimento de novas enzimas para digerir a presa. Ao longo da sua evolução, as plantas carnívoras usaram estas enzimas também para combater doenças, como as doenças fúngicas, ou para enfrentar com outros problemas que ocorrem durante a digestão. E que enzimas são estas? São uma quitinase básica, que parte a quitina, que se encontra no exterior do exoesqueleto dos insectos; e a fosfatase ácida púrpura, que permite às plantas obter fósforo (um nutriente essencial) do próprio corpo das presas. Ao mesmo tempo, ocorreram mudanças nas sequências genéticas que comandam o fabrico dos aminoácidos (os tijolos das proteínas) destas duas enzimas, tendo sido substituídos por outros aminoácidos. “Na Cephalotus follicularis e na Nepenthes alata, a quitina e a fosfatase ácida púrpura partilham um número idêntico ou muito elevadas de substituições de aminoácidos, o que não ocorre nas espécies não carnívoras”, lê-se num comunicado de imprensa da Universidade de Buffalo, envolvida no estudo. “Até agora, nunca tínhamos imaginado que a família de enzimas usadas por estas plantas para as suas funções digestivas também fazia parte de famílias de proteínas já conhecidas como responsáveis pelas respostas patogénicas nestas plantas”, diz-nos Victor Albert, biólogo na Universidade de Buffalo e um dos autores do trabalho. Publicados na revista Nature Ecology and Evolution, os resultados demonstram que estas plantas carnívoras tiveram uma evolução convergente, ou seja, espécies diferentes de plantas acabaram por usar métodos semelhantes no processo digestivo. Além disso, os autores reforçam a necessidade de plantas carnívoras se alimentarem de insectos. “Muitas vezes, as plantas carnívoras vivem em ambientes pobres e sem nutrientes, por isso a capacidade para aprisionar e digerir animais pode ser indispensável, dada a escassez de outras fontes de alimentação”, explica Kenji Fukushima, físico do Instituto Nacional para a Biologia Fundamental, do Japão, e autor principal do artigo. E há plantas carnívoras em Portugal? “Claro que sim!”, responde ao PÚBLICO Victor Albert. O biólogo destaca uma espécie endémica de Portugal, Espanha e Marrocos, a Drosophyllum lusitanicum, ou pinheiro-baboso. Habituada a solos xistosos e secos, esta planta exala um odor a mel, para atrair moscas, mosquitos e borboletas. A sua digestão demora entre 24 horas e os oito dias. “Esta planta está próxima do jarro da Ásia [a já referida Nepenthes alata], porque tem longas folhas pegajosas com substâncias mucosas, que servem de armadilha para os insectos”, explica Victor Albert. Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. Além do pinheiro-baboso, já foram identificadas pelo menos sete espécies de plantas carnívoras em Portugal: a Drosera intermedia, a Drosera rotundifolia, a Utricularia subulata, a Utricularia gibba, a Utricularia australis, Pinguicula vulgaris e a Pinguicula lusitanica. A inventariação e o estudo da distribuição geográfica das plantas carnívoras em Portugal foram feitos em 1941, por Abílio Fernandes, botânico da Universidade de Coimbra. Desde então, só se fizeram estudos pontuais, como o das biólogas Elizabete Correia e Helena Freitas, da Universidade de Coimbra, em 2002, sobre a Drosophyllum lusitanicum. Segundo este trabalho, a área de distribuição desta espécie está em declínio em Portugal e as biólogas alertaram então para o seu possível desaparecimento em quatro décadas. Mas há quem queira fazer mais estudos sobre o pinheiro-baboso. “Adoraria sequenciar o genoma desta espécie também!”, faz questão de dizer Victor Albert, habituado a estas andanças.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave humanos estudo espécie corpo desaparecimento
Inquérito diário: Coligação na frente com 6,3 pontos de avanço sobre PS
Inquérito diário da Intercampus para o PÚBLICO, TVI e TSF dá a António Costa uma vantagem de quatro décimas em Lisboa. (...)

Inquérito diário: Coligação na frente com 6,3 pontos de avanço sobre PS
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2015-10-01 | Jornal Público
SUMÁRIO: Inquérito diário da Intercampus para o PÚBLICO, TVI e TSF dá a António Costa uma vantagem de quatro décimas em Lisboa.
TEXTO: A coligação Portugal à Frente (PaF) — PSD e CDS-PP — obtém uma vantagem de 6, 3 pontos percentuais sobre o PS no inquérito diário da Intercampus para o PÚBLICO, TVI e TSF, numa projecção com distribuição de indecisos. O trabalho de campo deste estudo decorreu entre 26 e 29 de Setembro e foram realizadas 1008 entrevistas. Na projecção, a PaF de Passos Coelho e Paulo Portas consegue 38, 4% face aos 32, 1% dos socialistas de António Costa. Assim, a diferença entre as duas principais forças políticas concorrentes às eleições de 4 de Outubro é de 6, 3 pontos, menos nove décimas que no inquérito da véspera. A Coligação Democrática Unitária (CDU), que integra o PCP e Os Verdes, tem uma subida de duas décimas, passando para 8, 4%. Em contrapartida, o Bloco de Esquerda mantém os 7, 9%. Assim, a diferença entre a CDU e os bloquistas passou de três décimas para meio ponto. Veja a evolução desta tracking pollLigeiras são as alterações nas preferências por outros partidos e nos votos brancos e nulos face aos resultados da véspera. Deste modo, 3, 9% admitem votar noutros partidos, menos uma décima que no inquérito anterior, enquanto descem em duas décimas os votos brancos e nulos, para 9, 2%. Sem a distribuição de indecisos, a projecção da Intercampus atribui 21, 1% aos que afirmam não saber em quem vão votar ou se recusam a responder. Um valor que se situa na média da série destes estudos, cuja divulgação concluímos nesta quarta-feira. Por faixa etária, a coligação lidera nas faixas dos 18 aos 34 e dos 35 aos 54 anos, enquanto os socialistas de Costa lideram nos inquiridos com 55 ou mais anos. Por regiões, a PaF está à frente no Norte, Centro e Algarve. Já o PS continua a liderar no Alentejo e, nestes resultados, está primeiro em Lisboa, embora com uma vantagem de quatro décimas. Quanto às forças políticas sem representação parlamentar, o Partido Democrático Republicano de Marinho e Pinto está à frente, com 0, 8%, seguido a uma décima do PNR (Partido Nacional Renovador), e do Pessoas, Animais, Natureza (PAN), que obtém 0, 6%. Ao Livre/Tempo de Avançar é atribuído 0, 3%. Ficha técnicaSondagem realizada pela Intercampus para TVI, PÚBLICO e TSF com o objectivo de conhecer a opinião dos portugueses sobre diversos temas da política nacional incluindo a intenção de voto para as próximas eleições legislativas de 2015. O universo é constituído pela população portuguesa, com 18 e mais anos de idade, eleitoralmente recenseada, residente em Portugal continental. A amostra é constituída por 1025 entrevistas, recolhidas através de entrevista telefónica, através do sistema CATI (Computer Assisted Telephone Interviewing). Os lares foram seleccionados aleatoriamente a partir de uma matriz de estratificação que compreende a Região (NUTS II). Os respondentes foram seleccionados através do método de quotas, com base numa matriz que cruzou as variáveis Sexo e Idade (3 grupos). Os trabalhos de campo decorreram entre 23 e 26 de Setembro de 2015. O erro máximo de amostragem deste estudo, para um intervalo de confiança de 95%, é de ± 3, 1%. A taxa de resposta obtida neste estudo foi de: 58, 1%. O que é uma tracking pollUma tracking poll é um inquérito diário, que, mais do que os números do dia, indica a evolução das tendências de subida e descida das intenções de voto nos partidos. Trata-se de um exercício com longa tradição nos Estados Unidos e que ganha especial relevância num cenário de grande imprevisibilidade de resultados. “As sondagens são retratos do momento”, explica António Salvador, director-geral da empresa de estudos de mercado Intercampus. A tracking poll, por seu turno, é uma fotografia em movimento do impacto da campanha nos eleitores, uma “observação diária das percepções dos portugueses” a partir do estudo de uma amostra em permanente renovação. No primeiro dia, 21 de Setembro, a Intercampus apresentou os resultados de 750 entrevistas telefónicas. No dia seguinte, foram realizadas mais 250 entrevistas que se somam às anteriores, perfazendo um total de 1000. Posteriormente, todos os dias são somadas outras 250 novas entrevistas e retiradas as 250 menos recentes, mantendo o total de cerca de 1000. O objectivo é renovar a amostra e evitar uma acumulação de respostas que iria diluir as variações diárias das intenções de voto. A amostra, seleccionada aleatoriamente, é rigorosamente representativa da população de Portugal Continental em termos de género e de idade. Nesta quinta-feira, 1 de Outubro, o PÚBLICO e a Intercampus vão divulgar uma última grande sondagem antes das legislativas de 4 de Outubro, com 1000 inquiridos a simular o voto em urna.
REFERÊNCIAS: