O MAAT “foi feito muito depressa”, por isso volta às obras antes da reabertura
As obras, iniciadas na semana passada, vão prolongar-se por mais três semanas. Decorrem enquanto o museu está fechado para instalação de novas exposições. (...)

O MAAT “foi feito muito depressa”, por isso volta às obras antes da reabertura
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.216
DATA: 2017-02-22 | Jornal Público
SUMÁRIO: As obras, iniciadas na semana passada, vão prolongar-se por mais três semanas. Decorrem enquanto o museu está fechado para instalação de novas exposições.
TEXTO: A um mês da reabertura, o Museu de Arte, Arquitectura e Tecnologia (MAAT) está novamente em obras. Dezenas de azulejos foram retirados durante a passada semana e estão agora a ser recolocados. Grande parte da escadaria à entrada do museu também foi levantada. “Foi tudo feito muito depressa, por isso agora estamos a fazer melhorias nos acabamentos. Estamos a melhorar os remates” no topo e na base do edifício, um projecto de Amanda Levete, adiantou ao PÚBLICO fonte da empresa responsável pela empreitada, Luís Frazão S. A. Construção Civil e Obras Públicas. Aberto ao público a 5 de Outubro, três anos de obra e 20 milhões de euros depois, o MAAT está encerrado desde dia 6 de Fevereiro até 22 de Março, data da reabertura e inauguração de duas exposições. No final de Janeiro, o administrador executivo e director-geral da Fundação EDP, Miguel Coutinho, explicava à agência Lusa que o encerramento do novo edifício servia para "proceder à instalação das novas exposições que vão decorrer em todas as salas, e fazer algumas pequenas reparações, que já estavam previstas". As obras, iniciadas na semana passada, vão prolongar-se por mais três semanas, assegurou a fonte no local. O piso superior, onde o jardim continua em obras, tem o acesso vedado do lado da Central Tejo, o primeiro edifício do complexo museológico da Fundação EDP. O jardim, projecto do arquitecto paisagista Vladimir Djurovic, vai ter 300 árvores e 3000 arbustos a ladear os dois edifícios ao longo de 38 mil metros quadrados. Segundo as previsões de Miguel Coutinho, o jardim, assim como a ponte pedonal a ligar as duas margens separadas pela linha de comboio, estarão prontos em Maio. O director-geral da Fundação EDP referiu, no mês passado, que já estava a ser preparado a estrutura metálica da ponte em estaleiro. “Até Maio temos garantias de que tanto o jardim como a ponte pedonal estarão concluídos. Quando digo Maio é para ser o mais rigoroso possível, porque podem estar prontos em Abril”, explicou ao PÚBLICO em Janeiro. Quanto ao também previsto restaurante com vista para o Tejo, Miguel Coutinho adiantara que esperava abrir até Junho. Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. Quando reabrir, a 22 de Março, a entrada no MAAT já será paga. Uma visita conjunta ao novo edifício e à Central Tejo vai custar 9 euros. Paga 5 euros quem preferir a visita a apenas um dos espaços. Haverá ainda um cartão anual que, por 20 euros, dá acesso a duas pessoas a todas as exposições. A reabertura coincide com a inauguração da exposição Utopia/Distopia, com obras de arquitectos e artistas plásticos portugueses e estrangeiros, e da performance “Ordem e Progresso” do artista mexicano Hector Zamora, que vai ocupar a galeria oval do MAAT com destroços de tradicionais barcos de pesca portugueses. Situado na margem lisboeta do rio Tejo, em Belém, o novo edifício é o segundo do complexo da Fundação EDP. Ao lado da Central Tejo, um exemplar da arquitectura industrial que se tornou num museu em 2004, o novo edifício com assinatura da arquitecta britânica tem quase 15 mil placas de cerâmica a cobrir a fachada, a entrada do museu e parte do restaurante.
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Tempo Maio Junho Outubro Janeiro Abril Março Fevereiro
Armando Silva Carvalho vence Correntes d'Escritas
O livro de poemas A Sombra do Mar recebeu esta quarta-feira o Prémio Literário Casino da Póvoa. (...)

Armando Silva Carvalho vence Correntes d'Escritas
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.3
DATA: 2017-02-22 | Jornal Público
SUMÁRIO: O livro de poemas A Sombra do Mar recebeu esta quarta-feira o Prémio Literário Casino da Póvoa.
TEXTO: O Prémio Literário Casino da Póvoa de 2017 foi atribuído esta quarta-feira ao livro de poemas A Sombra do Mar (Assírio & Alvim, 2015), de Armando Silva Carvalho, “pela força imagética da sua escrita e pela tensão conseguida entre ironia e melancolia”. Anunciado ao final desta manhã no Casino da Póvoa de Varzim, na sessão oficial de abertura da 18. ª edição do festival literário Correntes d’Escritas, que contou este ao com a presença do Presidente da República e do ministro da Cultura, o prémio, no valor de 20 mil euros, foi atribuído ao livro de Armando Silva Carvalho por um júri constituído por Almeida Faria, Ana Gabriela Macedo, Carlos Quiroga, Inês Pedrosa e Isaque Ferreira. A decisão foi tomada por maioria e, na sua declaração, o júri assume que “mereceram particular atenção” os livros Bisonte, de Daniel Jonas, e O Fruto da Gramática, de Nuno Júdice. Justificando a escolha, o júri considera que A Sombra do Mar “nos traz um conjunto de poemas formando um corpo orgânico de grande unidade estilística e temática, no qual as alusões ao mar e à água constituem um leitmotiv que percorre todo o livro em sucessivas variações (…)” e encontra na obra “um percurso reflexivo capaz de unir a ‘prosa do mundo’ à mais alta expressão lírica da poesia contemporânea em língua portuguesa”. Além dos dois outros finalistas já referidos, a short list do prémio incluía Animais Feridos, de António Carlos Cortez, Auto-retratos, de Paulo José Miranda, Persianas, de Miguel-Manso, Vem à Quinta-Feira, de Filipa Leal, e Outro Ulisses Regressa a Casa, do poeta Luís Filipe Castro Mendes, cujo alter-ego ministerial participou na sessão. No ano passado, o vencedor do prémio foi o ficcionista espanhol Javier Cercas, com o romance As Leis da Fronteira. Tendo-se estreado há mais de 50 anos, em 1965, com o notável Lírica Consumível, que venceu nesse ano o Prémio de Revelação da Sociedade Portuguesa de Escritores, Armando Silva Carvalho, nascido em Óbidos em 1938, entrou no século XXI em grande forma criativa, com títulos como Lisboas (2000), O Amante Japonês (2008), Anthero Areia e Água (2010) ou De Amore (2012). A Sombra do Mar, possivelmente o seu melhor livro desde Lisboas, já tinha recebido os prémios da Sociedade Portuguesa de Autores, da Fundação Inês de Castro e da revista Cão Celeste, assim como o Grande Prémio de Poesia António Feijó, uma parceria da Associação Portuguesa de Escritores com a Câmara Municipal de Ponte de Lima. Em recensão publicada no suplemento Ípsilon em Agosto de 2015, o crítico do PÚBLICO Hugo Pinto Santos escrevia que neste livro "Armando Silva Carvalho ergue de novo a sua língua a realizações de sistemática força rítmica e de uma pulsão metafórica intensa mas sempre medida", sublinhando o seu singular "poder de escrita e de criação". O nome do vencedor do 18. º Correntes d’Escritas foi anunciado por Almeida Faria, logo antes de o presidente da administração do Casino da Póvoa ter intervindo para explicar que a casa perdeu receitas, mas mesmo assim emprega muita gente, numa óbvia resposta à manifestação de trabalhadores do Casino que, aproveitando a presença de Marcelo Rebelo de Sousa, protestavam à porta contra os baixos salários e um recente despedimento colectivo de 21 funcionários. Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. O ensaísta e poeta Eugénio Lisboa, homenageado na edição deste ano do Correntes d’Escritas, fez depois uma brevíssima intervenção apenas para agradecer o tributo. Já Castro Mendes assinalou a importância do festival, que conhece bem, na democratização da leitura, sublinhando o acolhimento que a população da Póvoa dá a estes encontros. Esta “participação popular” e a importância da relação do festival com as escolas são bons argumentos, afirmou o ministro, para sustentar a pretensão da Póvoa de obter o estatuto de cidade literária da Unesco, já atribuído a Óbidos. O Presidente da República fechou a sessão, lembrando que o cidadão Marcelo já passara por este festival e evocando o seu próprio contributo para a divulgação do livro nas suas célebres escolhas dos tempos de comentador televisivo. Elogiando o festival, o PR disse que “basta falar com escritores para perceber que o Correntes d’Escritas ganhou um lugar muito especial no calendário dos encontros literários” portugueses. Entre os 80 convidados desta edição, Rebelo de Sousa referiu Pinto Balsemão, que fará a conferência de abertura do festival, o homenageado Eugénio Lisboa, e ainda Luís Filipe Castro Mendes, “um ministro a concurso”, que “veio aqui com o seu ortónimo poeta e o seu heterónimo ministro”.
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O sublime em violoncelo: de Schubert a Tinoco
Duas experiências estéticas de altíssimo nível, tendo como traço de união a proeminência do violoncelo. (...)

O sublime em violoncelo: de Schubert a Tinoco
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2017-02-22 | Jornal Público
SUMÁRIO: Duas experiências estéticas de altíssimo nível, tendo como traço de união a proeminência do violoncelo.
TEXTO: O passado fim-de-semana ofereceu, na área metropolitana de Lisboa, duas experiências estéticas de altíssimo nível, tendo como traço de união a proeminência do violoncelo. No sábado tivemos no Casino Estoril a primeira parte das Schubertíadas organizadas pela Fundação D. Luís, em colaboração com a Sociedade Estoril-Sol, sob proposta do Moscow Piano Quartet (formação residente em Cascais). O quarteto foi reforçado com dois convidados de peso: o violinista Nicolas Dautricourt e o violoncelista Ivan Monighetti. Se Dautricourt pôde evidenciar o seu panache na Fantasia em dó maior para violino e piano de Schubert, Monighetti foi assombroso na sua Sonata em lá menor para arpeggione e piano: nunca a linha do violoncelo, num fraseado de inexcedível e aveludada fluidez, me tinha soado tão naturalmente impregnada de leveza vocal e pujante simplicidade. Ambos os solistas tiveram no pianista Alexei Eremine um parceiro perfeitamente entrosado, ágil, claro e incisivo. Na segunda parte do concerto, o Quinteto em dó maior para dois violinos, violeta e dois violoncelos de Schubert recebeu uma interpretação de primeiríssima água, só deixando margem para pequena maturação futura no longo andamento inicial: tudo nos restantes foi da ordem da intemporal perfeição. SchubertíadasMoscow Piano QuartetFoyer panorâmico do Casino Estoril18 de Fevereiro, 18hSala a 2/3Perfeita foi também, no dia seguinte, a direcção do maestro Pedro Neves à frente da Orquestra Sinfónica Portuguesa, no Centro Cultural de Belém. Uma pouca frequentada, mas bela Abertura da ópera L'hôtellerie portugaise, de Cherubini, abriu o concerto; a fechar, a conhecida Sinfonia Escocesa de Mendelssohn. Em ambas as obras a orquestra mostrou-se na sua melhor forma. A precisão nas entradas, a justeza dos tempos, o cuidado no esculpir das frases, a inteligente exploração das gradações dinâmicas — tudo contribuiu, sem espalhafato, para valorizar a música e seduzir o ouvinte. TrânsitosOrquestra Sinfónica PortuguesaGrande Auditório do Centro Cultural de Belém19 de Fevereiro, 17hSala a 2/3Entre estas duas partituras, escutou-se o novo Concerto para violoncelo e orquestra de Luís Tinoco (estreado no dia anterior em Almada), no qual se destacou o solista Filipe Quaresma. Este tinha já tocado este ano no CCB o Duplo Concerto para violino, violoncelo e orquestra de Brahms, onde, em excelente parceria com Johannes Lorstad e a Orquesta de Extremadura, dirigida por Nuno Côrte-Real, alardeou a sua impressionante técnica, ao serviço de uma rara intensidade expressiva. Mas o violoncelo que nos trouxe o Concerto de Luís Tinoco, apontado para semelhante patamar de virtuosismo, recorre a técnicas de escrita diversas e é, esteticamente, um outro animal, menos ancorado na subjectividade e na exuberância solísticas do que a herança do romantismo nos faz esperar. Aqui, numa das possíveis narrativas, o som do violoncelo começa por se erguer em melancolia sobre uma paisagem desolada, melodicamente inerte, veiculada pela orquestra. Finos raios de luz vão porém animá-la, e ouve-se um ser em tímida expansão; o violoncelo segue-o, aprende-lhe os contornos, é submergido. Então irrompe a solo, e a orquestra ecoa os seus gestos, a sua vontade, um íntimo que em ondas se sacode, colorando-se de sonoridades variegadas. Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. Nova transição: então temos a orquestra em modo de terramoto, com suas réplicas ocres e pétreas. Não há lugar para o subjectivo: ainda não temos concerto, mas antes imersão no magma que se revolve. Mas o motivo enérgico, ziguezagueante da terra em convulsão abre a via de um diálogo, e mantém-se como memória no discurso, agora aceite pela orquestra, do violoncelo, que lhe impõe uma harmonia apaziguadora, ciclicamente iterada em tons de azul. Qualquer que tenha sido o nosso grau de estranheza no desenrolar do Concerto, ficamos no final inteiramente convencidos: Luís Tinoco logrou escrever uma peça que é reconhecivelmente sua, que honra desafiadoramente a tradição e que, na sua coerência e na sua novidade, abre horizontes à imaginação. Filipe Quaresma navegou nesta partitura complexa e sugestiva, rica de combinações tímbricas e texturais, pejada de sobressaltos, como um peixe dentro de água, ora fundindo-se com os naipes de cordas, ora sobressaindo no agudo com total autoridade, a qual lhe valeu, no final, três chamadas ao palco para receber os aplausos.
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Palavras-chave animal
Web Summit vai ter mais espaço após sucesso da primeira edição
O fundador da Web Summit, Paddy Cosgrove, diz que a próxima edição, em Novembro, vai permitir a 500 jovens portugueses acompanhar os mais importantes oradores do evento. (...)

Web Summit vai ter mais espaço após sucesso da primeira edição
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.350
DATA: 2017-02-22 | Jornal Público
SUMÁRIO: O fundador da Web Summit, Paddy Cosgrove, diz que a próxima edição, em Novembro, vai permitir a 500 jovens portugueses acompanhar os mais importantes oradores do evento.
TEXTO: A próxima edição da Web Summit vai ter mais espaço disponível e contará com um programa de voluntariado que vai colocar 500 jovens a acompanhar os mais importantes oradores do encontro, disse o fundador da iniciativa. Paddy Cosgrave foi o orador da sessão de abertura do segundo dia do Fórum Empresarial Algarve, que decorre hoje em Vilamoura, e disse à Lusa, após falar à plateia numa unidade hoteleira, que continua a ser surpreendido pelos números que a Web Summit consegue na capital portuguesa. "Este ano vai ser maior, vamos ter espaço adicional. E tivemos quase dez mil pessoas que se candidataram para ser voluntárias. Vamos fazer um programa de voluntariado, chamado Programa Embaixador, no qual vamos ter 500 líderes de empresas emergentes e de universidades com menos de 25 anos em Portugal que vão acompanhar os mais importantes oradores que vão estar na Web Summit", adiantou Paddy Cosgrave. O fundador da Web Summit mostrou-se convicto de que este programa é benéfico nos dois sentidos, porque "os oradores ganham ao terem um tratamento preferencial" e "há um ganho para Portugal porque estas 500 pessoas vão ser a face do futuro e podem construir relações produtivas com pessoas como um editor do New York Times, por exemplo". A qualidade das infraestruturas em Lisboa também é decisiva para Paddy Cosgrave, em comparação com o local onde a cimeira começou a ser realizada em Dublin, na Irlanda. "Em Dublin, fizemos a cimeira num espaço criado para exposições de vacas, não estava construído para humanos, mas em Lisboa temos locais já preparados para este tipo de evento. Onde na Europa há um local topo de gama para acolher o evento, preparado com todos os cabos de ligações, etc. ", questionou o irlandês, considerando que o Meo Arena é "um dos melhores pavilhões da Europa". Paddy Cosgrave disse ainda que a organização "aprendeu muito da primeira [edição] para a segunda", que se realizará em Novembro, e vai contar também com o "envolvimento de artistas portugueses". "Há muitos artistas portugueses de graffiti, por exemplo, e acho que a Web Summit também deve ser um palco para estes artistas", afirmou. Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. Questionado sobre o programa previsto para este ano, o fundador da Web Summit respondeu que "só é revelado a quatro semanas do evento", mas frisou que atualmente esse já não é o aspecto mais importante da cimeira. "As pessoas já não vêm pelos oradores, vêm porque o tempo é bem empregue e está toda a gente no mesmo sítio ao mesmo tempo. E podem ter múltiplas reuniões num dia com potenciais parceiros e isso é importante", acrescentou
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Palavras-chave humanos
Supermercados tentam conquistar clientes pela emoção
Inspiradas nos mercados tradicionais, as grandes cadeias de distribuição estão a remodelar as lojas para enaltecer a comida “de verdade” e transformar os hipermercados em espaços de lazer. (...)

Supermercados tentam conquistar clientes pela emoção
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.8
DATA: 2017-02-18 | Jornal Público
SUMÁRIO: Inspiradas nos mercados tradicionais, as grandes cadeias de distribuição estão a remodelar as lojas para enaltecer a comida “de verdade” e transformar os hipermercados em espaços de lazer.
TEXTO: Para comprar seis maçãs, os portugueses tocam, em média, em 17. Gostam de sentir a firmeza da fruta, observá-la, cheirá-la, antes de seleccionar e pagar. No talho, escolhem o pedaço com mais cor, pedem para tirar as gorduras desnecessárias. Na peixaria, regateiam pelo peixe mais fresco, de olhos brancos e pele brilhante. Fazem uso dos cinco sentidos. Comprar comida é muito mais do que um acto racional e a preocupação com os hábitos de vida saudável elevou a fasquia aos retalhistas. Nos hiper e supermercados há, por isso, uma subtil mudança em curso. As luzes artificiais e iguais em todos os corredores, atulhados de produtos, já não fazem parte dos novos projectos de lojas, onde os metros quadrados estão a encolher discretamente e surgem cantos com sofás, caves de vinho ou padarias onde se faz o pão ao vivo e a cores. Os mercados tradicionais, com as suas cores, odores e sons, inspiraram a mudança. O estímulo aos sentidos e a ligação à comida ganharam protagonismo. Se, antes, no talho do Continente a carne era cortada de costas para o balcão, agora os trabalhadores estão frente a frente com o consumidor. No Pingo Doce de Telheiras, a loja que diz recriar um “mercado de sabores”, há uma tasca onde são feitos petiscos ao vivo e um cheiro a comida acabada de fazer. No Lidl de Sacavém, a padaria está logo à entrada, dando também a ideia de algo “feito na hora”. A cadeia de retalho alimentar da Sonae (grupo dono do PÚBLICO) está a remodelar os hipermercados à luz do conceito que denomina “hiper do futuro”. No Continente do Centro Comercial Colombo, em Lisboa, Luís Tomás, director da loja, faz uma visita guiada ao espaço, inaugurado em 1997 com 16. 500 metros quadrados. Depois das obras concluídas em Agosto do ano passado, a área disponível diminuiu mais de 30%. “A área actual é de 11. 133 metros quadrados. A intenção não foi reduzir a área de venda, mas potenciar a experiência de compra dos clientes, tornar a loja mais atractiva, mais agradável. Continua a ter a gama diferenciadora, frescos de origem nacional, passando a mensagem de protecção da produção nacional e recriando um mercado tradicional”, diz, percorrendo o hipermercado que recebe 380 mil visitantes por mês. A ideia é diminuir a percepção de grandeza e “facilitar a compra, torná-la mais atractiva”. O estímulo ao consumo começa logo na entrada, onde são dispostos artigos de beleza e cosmética. Há vernizes coloridos à mão de semear, perfeitos para uma compra de impulso. Os trabalhadores daquela área tornaram-se especialistas em maquilhagem e esta tendência estende-se à zona dos vinhos, onde há cinco pessoas com treino em enologia para garantir um “atendimento personalizado”. A intenção é ter uma loja dentro da loja, o conceito “store in store” que cria espaços diferenciados dentro do hipermercado. Na zona de vestuário há cabinas de provas, na Wells (a óptica e parafarmácia da Sonae) é possível fazer massagens. Na área dos produtos para animais, aumentou-se a oferta de acessórios e comida para animais menos convencionais. Luís Tomás garante que os gastos com alimentação de coelhos, hámsteres ou peixes, por exemplo, aumentaram, justificando o alargamento da gama. A iluminação também foi estudada ao pormenor. Mais quente na zona dos livros, onde há lugar para sentar e ler, mais fria e asséptica na peixaria, para dar um “ar de frescura ao peixe”, limpo e amanhado ao pé do cliente. “A iluminação foi toda alterada. Para cada produto, há uma iluminação”, pormenoriza o director. A proximidade com os produtos também tem importância renovada: reduziu-se a altura das prateleiras. Luís Tomás compara a área alimentar a uma praça tradicional, repleta de frutas, legumes, especiarias e leguminosas vendidas a granel, “onde é possível sentir diferentes cheiros”, algo que, antes, “não se trabalhava”. Privilegiam-se os odores naturais. “A intenção é o cliente sentir a frescura do produto e promover a apetência de compra”, vai contando o responsável, negando que sejam usados odores artificiais. No talho, a carne é cortada de frente para o cliente (antes era de costas) e nas vitrinas as peças dispostas vão sendo pulverizadas com água. O móvel é mais baixo, tal como sucede na zona do take away, onde a comida está mais visível. A padaria já confecciona 85 a 90% do pão que é vendido na loja e todo o processo de fabrico pode ser observado através de uma extensa janela de vidro. O tipo de produtos também tem vindo a mudar: a zona de biológicos e alimentos saudáveis tinha cerca de 600 referências e passou, agora, a ter 2000. Há sumo feito na hora e a gama de queijos é cada vez maior, “com um aumento da gama de estrangeiros”. Em Telheiras, Lisboa, o Pingo Doce instalou o seu hipermercado de referência. São seis mil metros quadrados de área de venda onde cerca de 60% dos clientes que chegam durante a manhã tomam o pequeno-almoço antes das compras. Paulo Dias, de 51 anos, o gerente da loja da Jerónimo Martins, explica que o palco principal é ocupado pelos frescos, que abrem logo caminho à entrada da loja, e estão dispostos em cestas, organizados por cores e tipos. “Há um planograma para a disposição dos legumes que é definido pela companhia”, explica, sublinhando que “as frutas e legumes são a base do Pingo Doce” e, por isso, foram colocados logo à entrada. Os citrinos têm lugar de destaque “por uma questão olfactiva” (os odores influenciam decisões de compra). Também há sumos feitos na hora, incluindo os “detox” que misturam legumes e fruta, feitos a pedido do cliente. E, bem perto, uma pequena banca, a “tasquinha” de onde podem sair umas ameijoas à Bulhão Pato. “Esta loja recebe clientes de Cascais, Sintra, da margem Sul que estão dispostos a deslocar-se para fazer compras. O talho, por exemplo, é quatro vezes maior e os tempos de espera diminuíram em dois terços. Foi dada prioridade ao conforto na compra, um hipermercado sem obstáculos e amplo”, explica Paulo Dias. Não é um conceito que se replique em todos os Pingo Doce, até porque a larga maioria é de menor dimensão. Em Telheiras, a cadeia do grupo Jerónimo Martins quis mostrar os melhores produtos, aumentou a gama e apostou em especialidades. “Teremos 22 mil referências, possivelmente. Na Pura Vida [comida saudável] serão três mil itens e em constante alteração”, continua. O foco é na conveniência: tudo é pronto a comer, pronto a cozinhar, pronto a consumir. E de preferência feito na hora e com ingredientes “reais”. “O pão é feito na loja e à vista”, exemplifica. O gerente do Pingo Doce de Telheiras elogia a “equipa fabulosa” com que trabalha, composta por 1400 trabalhadores graças à zona de restauração onde há pizas e massas feitas ao momento, peixe, carne grelhada e sushi. Depois da remodelação do hipermercado (um antigo Feira Nova), Paulo Dias garante que houve “um aumento significativo de clientes e da média de compra”. Mesmo quando em causa não está a criação de um conceito único, como é o caso do Pingo Doce de Telheiras, os maiores retalhistas têm adicionado novas áreas às lojas. O grupo Auchan, dono do Jumbo, aumentou a área de produtos biológicos e de alimentação saudável e criou bancas de sushi para levar para casa. No Lidl, a padaria é a coqueluche, diz Vanessa Romeu, directora de comunicação e responsabilidade social. “Sente-se logo o cheiro a pão quente e a pastelaria. Tudo é feito em função do consumo de cada loja”, destaca. No supermercado de Sacavém, um dos que foram remodelados, há uma cafetaria mesmo à entrada, algo que só será adoptado em lojas de maiores dimensões. A mudança começa na “linguagem de proximidade” que se lê nos cartazes que decoram o espaço, um conceito internacional mas adaptado a cada país. “Sinta-se em sua casa”, apregoa um deles. Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. A organização mantém-se, há mais espaço entre os corredores e uma melhor “arrumação” dos produtos. Um gestor de frescos faz a vistoria permanente ao estado das frutas e legumes e Vanessa Romeu sublinha que o objectivo é sempre o mesmo: “Facilitar a vida ao cliente”. Há um foco “no tempo que as pessoas gastam em compras” e, por isso, “quanto mais agradável for, melhor”. “Mantemo-nos fiéis à simplicidade e eficiência que é o conceito do Lidl”, continua a responsável, sublinhando que a cadeia alemã deixou de lado o conceito de hard discount que sempre a caracterizou. Nas prateleiras é dada primazia às marcas próprias e ao líder de mercado da indústria, mas há agora “vinhos exclusivos e premiados” e um aumento da área disponível para produtos não alimentares. A marca própria de cosmética, por exemplo, teve um novo investimento, com prateleiras mais cuidadas e o “marketing olfactivo” a funcionar quando os clientes passam. Tudo para enaltecer emoções e estimular os sentidos, numa altura em que o aumento do rendimento das famílias impulsiona o consumo, depois de anos de travão nos gastos.
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Era uma vez a vida há muito, muito tempo, após a pior extinção em massa
Um ecossistema fossilizado nos Estados Unidos veio mostrar que a vida recuperou rapidamente após a extinção de 90% das espécies da Terra. (...)

Era uma vez a vida há muito, muito tempo, após a pior extinção em massa
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento -0.36
DATA: 2017-02-18 | Jornal Público
SUMÁRIO: Um ecossistema fossilizado nos Estados Unidos veio mostrar que a vida recuperou rapidamente após a extinção de 90% das espécies da Terra.
TEXTO: Fósseis de animais como tubarões, répteis marinhos e criaturas parecidas com lulas revelaram um ecossistema marinho próspero a recuperar depois da pior extinção em massa na Terra, há mais de 250 milhões de anos, contrariando uma noção já antiga de que a vida demorou muito tempo a reconverter-se depois desta calamidade. Uma equipa de cientistas descreveu a surpreendente descoberta destes fósseis num artigo, publicado na quarta-feira, na revista Science Advances, no qual mostraram que as criaturas prosperam no rescaldo de uma mortandade global no fim do período geológico do Pérmico, há cerca de 252 milhões de anos, que atingiu cerca de 90% das espécies. Ainda que um asteróide tenha provocado uma extinção em massa há 66 milhões de anos, que condenou os dinossauros, não foi tão destrutiva como a extinção do Pérmico. Fósseis de cerca de 30 espécies foram descobertos no condado de Bear Lake, perto da cidade de Paris, no estado do Idaho (Estados Unidos), revelaram a ocorrência de uma recuperação rápida e dinâmica do ecossistema marinho, ilustrando uma assinalável resiliência da vida. “A nossa descoberta foi totalmente inesperada”, disse um dos autores do artigo científico, o paleontólogo Arnaud Brayard, da Universidade Franche-Comté de Borgonha, em França. O ecossistema deste período geológico importante inclui predadores como tubarões (com cerca de dois metros de comprimento), répteis marinhos, peixes ósseos, criaturas parecidas com lulas, algumas com conchas cónicas e outras com conchas encaracoladas, crustáceos necrófagos com grandes olhos e garras finas, estrelas-do-mar, esponjas e outros animais. A extinção no Pérmico ocorreu há 251, 9 milhões de anos e o ecossistema do Idaho já estava a florescer 1, 3 milhões de anos mais tarde, no início do período Triásico, “uma escala geológica muito rápida”, de acordo com Arnaud Brayard. A causa da extinção em massa ainda é matéria de debate. Muitos cientistas defendem que as enormes erupções vulcânicas no Norte da Sibéria lançaram na atmosfera uma grande quantidade de gases tóxicos com efeito de estufa, provocando assim um grande aquecimento global do planeta e grandes flutuações químicas nos oceanos, incluindo a acidificação e a falta de oxigénio. Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. O ecossistema do Idaho, já no Triásico Inferior, período em que surgiram os primeiros dinossauros, incluía algumas criaturas inesperadas. Havia também um tipo de esponja que se pensava que se teria extinguindo 200 milhões de anos mais cedo, e um grupo parecido com as lulas que se pensava que tinha surgido 50 milhões de anos mais tarde. Os investigadores encontraram também ossos do que pode ser um dos primeiros ictiossauros, um grupo de répteis marinhos que prosperou durante 160 milhões de anos, ou de um antepassado directo deles. “O Triásico Inferior é complexo e uma altura altamente conturbada, mas certamente não tão devastadora como muitas vezes se pensa e ainda não foram descobertos todos os seus segredos”, disse Arnaud Brayard.
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Palavras-chave extinção
"Nem todo o sofrimento é tratável", diz PAN em projecto de lei sobre eutanásia
Proposta do PAN sobre morte assistida obriga ao parecer favorável de três médicos. O projecto de lei é apresentado nesta terça-feira. (...)

"Nem todo o sofrimento é tratável", diz PAN em projecto de lei sobre eutanásia
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2017-02-21 | Jornal Público
SUMÁRIO: Proposta do PAN sobre morte assistida obriga ao parecer favorável de três médicos. O projecto de lei é apresentado nesta terça-feira.
TEXTO: Numa semana, é a segunda proposta de diploma sobre morte medicamente assistida a dar entrada no Parlamento. Depois do Bloco de Esquerda, o PAN entrega nesta terça-feira o seu projecto de lei. São 34 artigos que regulam o acesso à morte medicamente assistida — que implica obrigatoriamente o parecer favorável de três médicos diferentes, deixando de fora os menores e as pessoas com doenças do foro mental. “Nem todo o sofrimento é tratável”, defende o PAN na longa exposição de motivos do projecto de lei, em que considera que a diferença entre matar e deixar morrer não é assim “tão nítida” e cita a frase de um deputado francês (Caillaout): “O indivíduo não deve acabar como carne de laboratório, irrigado, desintoxicado, bombeado para uma máquina, deve admitir-se um direito de viver com dignidade a sua própria morte. ”As questões relacionadas com o fim de vida e a morte “necessitam de ser discutidas sem tabus”, acrescenta, considerando que a despenalização da morte medicamente assistida que propõe (e que implica a alteração dos artigos 134 e 135 do Código Penal) não exclui nem entra em conflito "com a oferta e o investimento nos cuidados paliativos". Cuidados estes que, porém, segundo este partido, "não eliminam por completo o sofrimento em todos os doentes". De resto, tal como acontecia no anteprojecto de lei do Bloco de Esquerda, apresentado na semana passada, é garantido aos médicos o direito à objecção de consciência e sublinha-se que o pedido apenas é admissivel nos casos de “doença ou lesão incurável, causadora de sofrimento físico ou psicológico intenso, persistente e não debelado ou atenuado para níveis suportáveis”. Em comunicado, o PAN recorda que este tema constava do seu programa eleitoral e anuncia que, após “um intenso processo de estudo e de audições”, iniciado em Março de 2016, decidiu formalizar agora a entrega do seu projecto de lei em que estipula que o doente tem de estar “consciente e lúcido”. Será ele, aliás, a redigir o seu pedido por escrito e a entregá-lo ao médico assistente, devendo ambos discutir outras possibilidades, como as oferecidas pelos cuidados paliativos. Uma das diferenças em relação ao anteprojecto do BE é a de que o parecer de um psiquiatra é obrigatório no caso do diploma do PAN (o Bloco apenas prevê esta possibilidade em determinadas situações específicas), e está prevista a criação de uma comissão de controlo e avaliação da aplicação da lei, que tem três médicos, três juristas, mas apenas um especialista em ética (no do BE são três). O diploma do PAN prevê igualmente que o doente possa revogar o seu pedido em qualquer momento e, se ficar inconsciente entretanto, o processo é interrompido. Da mesma forma, a prática da eutanásia (quando o fármaco letal é administrado por um médico ou um enfermeiro, desde que supervisionado por um clínico) ou do suicídio medicamente assistido (quando é o próprio doente a administrar o fármaco, sob a orientação de um médico) pode ser efectuada em unidades de saúde públicas ou privadas ou no domicílio do paciente. Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. Na exposição de motivos, o PAN defende que "viver é um direito e não uma obrigação" e lembra que a prática médica tem, cada vez mais, sido "caracterizada pela autonomia e liberdade do paciente". Recorda ainda a posição de vários constitucionalistas que defendem que uma lei que permita a eutanásia ou o suicídio medicamente assistido "não é inconstitucional", nomeadamente "Luísa Neto, Teresa Beleza e Faria Costa", além de Jorge Reis Novais, para quem é a situação actual, ao "não atender à vontade da pessoas", que é "inconstitucional". Sublinhando que não entra "em discussões alarmistas relacionadas com o argumento da ´rampa deslizante`", o PAN lembra que na Suiça as mortes por eutanásia e suicídio medicamente assistido representam "1, 4% do total de mortes" e, na Holanda, 2. 9%, "não constituindo esta situação um excesso de mortalidade dado que antes da entrada em vigor da lei morria o mesmo número de holandeses que agora morrem (cerca de 140 000/ano)". Os países que despenalizaram a eutanásia, acrescenta, são "países evoluídos".
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Partidos PAN BE
Fantasporto arranca esta segunda-feira voltado para o "cinema dos nossos tempos"
Festival decorre no Teatro Rivoli até 5 de Março. O realizador holandês Ate de Jong é distinguido com o Prémio Carreira. (...)

Fantasporto arranca esta segunda-feira voltado para o "cinema dos nossos tempos"
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2017-02-21 | Jornal Público
URL: https://arquivo.pt/wayback/20170221180510/http://publico.pt/1762651
SUMÁRIO: Festival decorre no Teatro Rivoli até 5 de Março. O realizador holandês Ate de Jong é distinguido com o Prémio Carreira.
TEXTO: O Festival Internacional de Cinema do Porto (Fantasporto) dá início, esta segunda-feira, à 37. ª edição, com o chamado pré-Fantas, antes da abertura oficial, na sexta-feira, com um cartaz virado para o que a organização designa de "cinema dos nossos tempos". Descrito pelos organizadores, numa das conferências de imprensa que antecederam o arranque do evento, como "um festival generalista com dois focos, o cinema fantástico e o oriental", o certame inclui este ano 132 filmes de 35 países diferentes, que vão ser exibidos até 5 de Março, no Teatro Rivoli. "O tema deste ano é o cinema dos nossos tempos, porque tanto na área fantástica como na área generalista temos filmes que retratam a história dos nossos tempos, nomeadamente dos conflitos", realçou, na altura, a directora do evento, Beatriz Pacheco Pereira. O festival começa esta segunda-feira, às 21h30, com dois filmes de duas das linhas da programação: The Swordsman of All Swordsmen, de Joseph Kuo, no âmbito da retrospectiva de cinema de acção de Taiwan, e Malditos Sean!, de Fabián Forte e Demián Rugna, no contexto da retrospectiva do cinema argentino. A abertura oficial de sexta-feira vai dar-se com o sul-coreano The Age of Shadows, de Jee-woon Kim, realizador já premiado no festival portuense por A Tale of Two Sisters. Em competição, marcam presença, este ano, três produções portuguesas em antestreia: A Floresta das Almas Perdidas, de José Pedro Lopes; Comboio de Sal e Açúcar, de Licínio Azevedo; e A Ilha dos Cães, de Jorge António, o último trabalho em cinema do actor Nicolau Breyner (1940-2016), homenageado na edição anterior do Fantas. A organização anunciou ainda a exibição da longa-metragem Rewind, uma produção suíça do português Pedro Joaquim. Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. O Prémio Carreira do Fantasporto 2017 vai para o cineasta holandês Ate de Jong – que esteve no festival em 2016 –, e dele serão exibidos os filmes Drop Dead Fred (1991) e Love is Thicker Than Water (2016). Adicionalmente, na sequência da já anunciada parceria com a TV Globo, vão estar no Porto as actrizes Mariana Ximenes (Super Max), Marina Ruy Barbosa (Amorteamo) e a argumentista Gloria Perez, esta para apresentar o documentário daquela cadeia de televisão Dupla Identidade (2014), realizado por René Sampaio e Mauro Mendonça Filho.
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Palavras-chave filho cães
Última paragem antes dos Óscares premeia Moonlight e Primeiro Contacto
Argumentistas distinguem ainda Atlanta, The Americans e John Oliver, mas não dão sinais conclusivos para os prémios da Academia. (...)

Última paragem antes dos Óscares premeia Moonlight e Primeiro Contacto
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.125
DATA: 2017-02-21 | Jornal Público
SUMÁRIO: Argumentistas distinguem ainda Atlanta, The Americans e John Oliver, mas não dão sinais conclusivos para os prémios da Academia.
TEXTO: É a última grande data da temporada de prémios antes dos Óscares de 2017 – a Writers Guild of America (WGA) distingiu neste domingo os argumentos de Moonlight (e não de La La Land ou Manchester by the sea), Primeiro Contacto (e não de Fences ou Elementos Secretos) e as séries Atlanta e The Americans. Em vésperas do “fecho das urnas” dos prémios da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood, cuja votação decorre desde dia 13 e termina dia 21 (ou seja, já esta terça-feira), a guilda dos argumentistas norte-americana entregou os seus prémios pela 69. ª vez num evento simultâneo em Los Angeles e em Nova Iorque, e a dois guiões que concorrem directamente nos Óscares. Moonlight e Primeiro contacto (Arrival) venceram nas categorias de Argumento Original e Argumento Adaptado, respectivamente, mas nos Óscares do próximo domingo estarão na mesma secção: a de Argumento Adaptado. Sinais para os prémios máximos do cinema americano em 2017, portanto, são inconclusivos – salvo na constatação de que Barry Jenkins (também realizador de Moonlight) e Eric Heisserer são ambos fortes candidatos nessa categoria. Nos últimos 22 anos, a maioria dos vencedores da WGA vence o Óscar respectivo, mas este ano estas contas estão baralhadas. “Não posso dizer-vos que escrever vai levar-vos de onde estão até este palco, mas vai aproximar-vos mais de quem são”, disse Jenkins ao aceitar o prémio. “Permaneçam curiosos. Façam perguntas críticas. É assim que as boas histórias acontecem e que a ciência prevalece”, incentivou por seu turno Heisserer. La La Land – A Melodia do Amor, Manchester By the Sea, Loving e Hell or High Water estavam também nomeados para melhor Argumento Original, e Deadpool, Fences, Elementos Secretos e Animais Nocturnos eram os candidatos a Argumento Adaptado. No périplo para os Óscares e a tempo de influenciar de alguma forma a votação não restam mais galardões de organizações relevantes para o elenco de votantes da Academia, e na véspera dos Óscares decorrem sim os Independent Spirit Awards, que premeiam o cinema indie de 2016. A cerimónia reserva também um espaço para a televisão, com uma das temporadas mais elogiadas do drama The Americans (Fox Crime) a ser distinguida em detrimento de recém-chegados como Stranger Things (Netflix) e Westworld (HBO/TVSéries) e pesos-pesados como A Guerra dos Tronos (HBO/SyFy) e Better Call Saul (AMC/Netflix). O vencedor anterior fora Mad Men. Na comédia, houve um duplo triunfo. A inovadora série de Donald Glover Atlanta (FX/Fox Comedy) ultrapassou a vencedora dos últimos anos, Veep (HBO/TVSéries), e bateu ainda Sillicon Valley e Transparent (ambas no TVSéries), além de Unbreakable Kimmy Schmidt (Netflix). Mas Atlanta não foi premiada apenas na categoria de série de comédia e também na secção dedicada a novas séries – Donald e Stephen Glover levam dois troféus para casa, deixando batidos séries dramáticas como Stranger Things, Westworld, This is Us (NBC e com estreia esta semana na FoxLife) e Better Things (FX). Nas mini-séries ou séries de antologia (com temporadas curtas e estanques), os prémios foram, no guião original para Confirmation (HBO, sem exibição em Portugal) e no adaptado para American Crime Story: O Caso de O. J. (transmitida na Fox). Nos talk-shows de comédia e variedades John Oliver, que acaba de regressar à RTP3, levou o prémio que poderia ter sido de Stephen Colbert, Seth Meyers ou de Trevor Noah, e nas comédia de sketches a instituição Saturday Night Live foi mais uma vez a distinguida. Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. Num evento apresentado por Patton Oswalt, Oliver Stone e Aaron Sorkin receberam ainda prémios de carreira quanto aos seus trabalhos no cinema e na TV, respectivamente. A lista completa de nomeados e vencedores pode ser consultada aqui. Notícia corrigida às 12h45: corrigida ordem de distinguidos com prémios carreira
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Palavras-chave crime guerra
Nos tempos livres, Trump vê televisão, escreve tweets e dorme pouco
Ao contrário dos antecessores, o magnata não lê livros e não pratica desporto. (...)

Nos tempos livres, Trump vê televisão, escreve tweets e dorme pouco
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento -0.18
DATA: 2017-03-02 | Jornal Público
SUMÁRIO: Ao contrário dos antecessores, o magnata não lê livros e não pratica desporto.
TEXTO: Donald Trump é um Presidente atípico em vários aspectos: para além de não ter experiência política, a sua rotina diária é muito diferente face aos seus antecessores. O magnata não lê livros, não pratica desporto e não se preocupa em manter uma alimentação saudável. Obama gostava de acabar o dia a ler sozinho na Sala Oval. De acordo com o El País, esta rotina permitia-lhe parar e reflectir sobre o que estava a acontecer no mundo. Antes dele, George W. Bush entrava na Sala Oval às 7h30 da manhã e fazia pausas para correr ou brincar com os cães. Costumava fazer as refeições com a família e fazia questão de descansar oito horas. Bill Clinton, por sua vez, tinha o hábito de correr três vezes por semana, para espairecer. Donald Trump não adoptou nenhum destes hábitos. Devorador ávido de programas televisivos, o Presidente norte-americano não lê, não pratica desporto e dorme menos do que as oito horas recomendadas. O The New York Times escreve que Trump acorda às seis horas da manhã (tal como denunciam os tweets matutinos), hábito antigo que manteve quando se mudou para a Casa Branca. “Não dorme mais do que quatro horas por noite, em média”, disse Gwenda Blair, a sua biógrafa, ao The Guardian. No entanto, só começa a trabalhar às nove horas da manhã. Durante esse intervalo de três horas, o republicano vê televisão (e aparentemente prefere os programas da Fox News e da MSNBC) e passa os olhos pelos jornais de referência como o The New York Times ou o Washington Post. Ainda que os classifique como jornais “desonestos”, tal como escreve no Twitter. Thr coverage about me in the @nytimes and the @washingtonpost gas been so false and angry that the times actually apologized to its. . . . . . . . dwindling subscribers and readers. They got me wrong right from the beginning and still have not changed course, and never will. DISHONESTÀs nove horas, vai para a Sala Oval, para reuniões com assessores, empresários de vários ramos e outros membros do Governo. Normalmente, a hora do almoço é passada com o vice-presidente Mike Pence, numa das salas de jantar privadas da Casa Branca. Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. De acordo com o relato do The Washington Post, o Presidente acaba o dia de trabalho por volta das seis ou das sete da tarde. A partir dessa hora, dedica-se à sua agenda pessoal: que é como quem diz, a ver televisão e a tweetar sobre o que vê. “Não é um leitor, como sabemos”, diz a sua biógrafa, Gwenda Blair. “Normalmente fica em frente a uma televisão enorme, com um telemóvel, a enviar tweets”. Ocupar a Casa Branca não é tarefa fácil e ocupá-la sozinho é ainda mais difícil. Melania Trump e o filho, Barron, ainda vivem na Trump Tower, em Nova Iorque, e só se vão mudar para o 1600 da Avenida Pensilvânia quando o ano escolar acabar. Talvez por isso o republicano tenha optado por trazer um pouco de Nova Iorque, para Washington. As cortinas douradas, colocadas em todas as janelas da Casa Branca, fazem lembrar os pormenores a ouro de 24 quilates que o magnata tem na sua penthouse. Aos fins-de-semana, costuma viajar para a casa de férias, Mar-a-Lago, em Palm Beach, na Flórida, à qual chamou “Casa Branca de Inverno”. Aproveita esses dias para jogar golfe e ter reuniões com membros da sua equipa e amigos.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave filho cães