Presidente sul-africano pede suspensão do ultimato feito aos mineiros
A presidência sul-africana pediu à Lonmin, empresa que explora a mina de Marikana, onde na passada quinta-feira 34 mineiros em greve foram abatidos pela polícia, que suspenda a ameaça de despedimento feita aos grevistas caso não voltem ao trabalho nesta terça-feira. A empresa parece ter recuado. (...)

Presidente sul-africano pede suspensão do ultimato feito aos mineiros
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 12 | Sentimento 0.0
DATA: 2012-08-21 | Jornal Público
SUMÁRIO: A presidência sul-africana pediu à Lonmin, empresa que explora a mina de Marikana, onde na passada quinta-feira 34 mineiros em greve foram abatidos pela polícia, que suspenda a ameaça de despedimento feita aos grevistas caso não voltem ao trabalho nesta terça-feira. A empresa parece ter recuado.
TEXTO: A direcção da mina de platina situada no norte da África do Sul tinha dado um prazo até esta terça-feira às 7h locais (6h em Lisboa) para que os cerca de 3000 mineiros em greve voltassem aos seus postos de trabalho. Caso contrário, seriam demitidos. A empresa, que é o terceiro maior produtor mundial de platina, também pressionou os outros 25. 000 trabalhadores para voltarem ao trabalho, dizendo que estava garantida a sua segurança. Mas o gabinete de Jacob Zuma pediu à Lonmin que suspenda o ultimato até que estejam identificadas e enterradas todas as vítimas do massacre de quinta-feira. E a empresa parece ter recuado. Em declarações ao início da manhã à rádio sul-africana 702, o vice-presidente da Lonmin admitiu que demitir os grevistas que recusam voltar ao trabalho não irá contribuir para resolver a situação. “Não vai ajudar em nada se a Lonmin avançar com o despedimento de tantas pessoas por não virem trabalhar hoje. Isso vai levar-nos de volta à violência, vai impedir a construção de uma relação de confiança”, disse Mark Munroe, vice-presidente da empresa responsável pelas operações mineiras. “Não vamos efectivamente tentar despedir ninguém, mas haverá consequências para quem não vier trabalhar”, acrescentou Munroe. Na segunda-feira, cerca de um quarto dos mineiros regressaram ao trabalho depois da violência mortífera da semana passada, que causou 44 mortos – dos quais 34 no massacre de quinta-feira. Ainda assim, segundo o vice-presidente, a produção de minério está praticamente parada e, por isso, a empresa não deverá atingir os objectivos de produção traçados para este ano. Quando estava prestes a expirar o prazo dado aos trabalhadores, o secretário-geral da presidência sul-africana, Collins Chabane, pediu à Lonmin para suspender o ultimato. “Nas nossas conversas com a administração, sublinhámos a nossa posição e pensamos que eles nos ouviram. Nesta fase, acho que devemos tentar acalmar os ânimos de cada lado e tentar chegar a uma solução razoável”, disse o responsável. Ainda falta identificar seis dos 34 mineiros abatidos a tiro pela polícia na quinta-feira. As autoridades esperam concluir o processo na quarta-feira, um dia antes das cerimónias que assinalam o fim de uma semana de luto decretada pelo Presidente Jacob Zuma. Nesta terça-feira de manhã, os trabalhadores foram chegando aos poucos à mina, escoltados por carros de polícia.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave violência luto
Polícia sul-africana dispersou centenas de mineiros em Marikana
A polícia sul-africana dispersou este sábado uma concentração de centenas de mineiros, junto à mina de Marikana, no Norte, com gás lacrimogéneo e balas de borracha. Em Marikana foram em Agosto mortas 45 pessoas. (...)

Polícia sul-africana dispersou centenas de mineiros em Marikana
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 12 | Sentimento 0.0
DATA: 2012-09-15 | Jornal Público
SUMÁRIO: A polícia sul-africana dispersou este sábado uma concentração de centenas de mineiros, junto à mina de Marikana, no Norte, com gás lacrimogéneo e balas de borracha. Em Marikana foram em Agosto mortas 45 pessoas.
TEXTO: Os mineiros reagruparam-se em seguida numa zona de abarracamentos vizinha das minas exploradas pelo grupo britânico Lonmin, incendiaram pneus e lançaram pedras sobre a polícia, que os perseguiu. Ocorreram confrontos esporádicos. Segundo a AFP, pelo menos uma pessoa ficou ferida. Durante a madrugada, cerca de meio milhar de polícias fez um raide a casas de mineiros e apreendeu catanas, lanças e outras armas tradicionais. Um porta-voz da polícia disse à agência que foram feitas 12 detenções, mas justificou cinco delas pela venda de droga e não pela posse de armas. Os outros sete foram interpelados por perturbação da ordem pública. Na sexta-feira, o ministro da Justiça, tinha anunciado medidas para garantir a ordem no sector mineiro. “Os que procederem a concentrações ilegais, transportarem armas perigosas, provocarem ou ameaçarem de violência nas zonas afectadas serão tratados como deve ser”, disse Jeff Radebe. Em Marikana a 16 de Agosto a violência causou a morte a 45 pessoas, 34 delas abatidas pela polícia, no incidente mais sangrento desde o fim do "apartheid". Os protestos por aumentos salariais têm condicionado o funcionamento de diversas minas sul-africanas nas últimas cinco semanas e o Governo já manifestou preocupação pelo efeito das greves na economia do país. Os mineiros reclamam aumentos para dos actuais 4. 000 a 5. 000 rands para 12. 500 (cerca de 1200 euros).
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave morte violência
Ataque a residência de estudantes na Nigéria causa 26 mortos
Homens armados atacaram nesta terça-feira uma residência estudantil em Mubi, no Nordeste da Nigéria, provocando a morte a pelo menos 26 pessoas, a maioria estudantes. (...)

Ataque a residência de estudantes na Nigéria causa 26 mortos
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 12 | Sentimento 0.0
DATA: 2012-10-02 | Jornal Público
SUMÁRIO: Homens armados atacaram nesta terça-feira uma residência estudantil em Mubi, no Nordeste da Nigéria, provocando a morte a pelo menos 26 pessoas, a maioria estudantes.
TEXTO: Pouco após o ataque não tinha sido ainda confirmado o número de mortos, mas um responsável dos serviços de emergência citado pela AFP, que pediu para não ser identificado, garantiu que “há 26 mortos confirmados” e que “15 pessoas foram transportadas para o hospital”. Um responsável da Cruz Vermelha tinha adiantado à agência francesa que “pelo menos dez pessoas morreram”, mas um porta-voz do instituto politécnico que fica junto à residência estudantil confirmou à Reuters que pelo menos 26 estudantes morreram no ataque e também a BBC adiantou “mais de 20 mortos” com base em relatos da polícia. O ataque ocorreu na residência de estudantes junto ao instituto politécnico de Mubi. “Vários homens armados entraram e começaram a disparar”, contou à AFP Abdulkarim Bello, responsável da Cruz Vermelha local, enquanto uma fonte governamental confirmou à agência francesa que os disparos causaram “muitos mortos”. Um residente que pediu para não ser identificado disse à BBC que homens armados entraram no hall da residência universitária pouco antes da meia-noite, ordenaram aos estudantes que entrassem nos seus quartos e se identificassem. Alguns foram mortos a tiros, adiantou, outros foram esfaqueados. “Todos ficaram aterrorizados. ”As autoridades decretaram recolher obrigatório na cidade e a universidade foi temporariamente encerrada. Membros das forças de segurança e dos serviços de emergência acorreram ao local do ataque, que ainda não foi reivindicado. A residência universitária fica na região de Adamawa, onde já ocorreram vários ataques atribuídos ao grupo islamista Boko Haram. Algumas das vítimas eram candidatos à eleição para uma associação estudantil, adiantou a AFP, desconhecendo-se se isso terá estado na origem do ataque. Sabe-se, no entanto, que na semana passada as forças armadas da Nigéria anunciaram ter morto um líder do Boko Haram e detido cerca de 150 alegados membros do grupo. Mubi fica próximo de Maiduguri, uma cidade no estado de Borno que é considerado um bastião do grupo Boko Haram, acusado pela organização de defesa dos direitos humanos Human Rights Watch de ser responsável pela morte de mais de 1400 pessoas desde 2010.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave direitos morte homens humanos ataque morto
Inquérito da PGR a altos dirigentes angolanos aberto após um ano de averiguações
O inquérito-crime a altos dirigentes angolanos que corre no Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP) foi aberto em Julho, após um ano de averiguações levadas a cabo pelo Ministério Público. (...)

Inquérito da PGR a altos dirigentes angolanos aberto após um ano de averiguações
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 12 | Sentimento 0.0
DATA: 2012-11-13 | Jornal Público
URL: https://arquivo.pt/wayback/20121113161636/http://www.publico.pt/1572258
SUMÁRIO: O inquérito-crime a altos dirigentes angolanos que corre no Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP) foi aberto em Julho, após um ano de averiguações levadas a cabo pelo Ministério Público.
TEXTO: Tudo começou com uma queixa-crime de um professor universitário angolano, que se serviu de vários trabalhos do jornalista angolano Rafael Marques para instruir a participação. Tanto o académico como o jornalista foram ouvidos pelo DCIAP durante a averiguação preventiva, tendo Rafael Marques juntado documentos aos autos. Em Julho a averiguação (que visa avaliar a existência de indícios criminais relevantes) foi transformada num inquérito, que ainda se encontra numa fase inicial. As diligências começaram apenas em Setembro, após as férias judiciais. O inquérito está nas mãos do procurador Paulo Gonçalves, que assumiu vários processos relacionados com Angola, após a polémica licença sem vencimento de longa duração pedida pelo procurador Orlando Figueira que está a trabalhar no sector privado, numa empresa de consultadoria. Paulo Gonçalves é o titular dos inquéritos que têm como arguido o actual chairman do Banco Espírito Santo Angola, Álvaro Sobrinho. Jornalista é arguidoO Expresso noticiou este fim-de-semana que três figuras do Estado angolano do círculo mais próximo do Presidente José Eduardo dos Santos estão a ser investigadas por suspeitas de fraude fiscal e branqueamento de capitais. São eles Manuel Vicente, o general Hélder Vieira Dias "Kopelipa" e o general Leopoldino Nascimento "Dino". Entretanto, na segunda-feira, o jornalista angolano Rafael Marques foi constituído arguido num processo aberto em Portugal depois de uma queixa de nove generais angolanos e duas empresas de segurança que operam nas zonas diamantíferas em Angola que o acusam de difamação. Rafael Marques fica com a medida de coacção mínima que é a de termo de identidade e residência, na sua morada em Luanda, e, como é habitual fica obrigado a comunicar às autoridades judiciais portuguesas a sua saída de Angola por mais de cinco dias, disse o próprio ao PÚBLICO. "É uma medida incontornável desde que alguém é constituído arguido para ser interrogado", explicou o advogado de defesa Manuel Magalhães e Silva, que explica que esta apenas serve para "garantir que a pessoa está à disponibilidade do processo". O jornalista acusou os generais e as empresas de tortura e violação de direitos humanos nas zonas diamantíferas das Lundas, em Angola, em vários momentos. Primeiro, desde 2005, com a publicação de relatórios e em 2011 com o livro Diamantes de Sangue: Corrupção e Tortura em Angola. A queixa dos generais e das duas empresas – Sociedade Mineira do Congo e TeleService (esta última entretanto abandonou a zona de extracção de diamantes) – já é posterior à abertura de um processo em Angola que, pelo menos até ao momento, não teve quaisquer resultados, sobretudo depois do depoimento de algumas testemunhas de defesa, considera Rafael Marques. Esta segunda-feira, o jornalista foi ouvido por uma procuradora, no Campus da Justiça, em Lisboa. Na audiência, ficou esclarecido que "estão cumpridos" os dois requisitos necessários quando a reputação de uma pessoa fica lesada, explicou Magalhães e Silva. Ou seja: que a acusação tem algo de "interesse legítimo" e tratando-se de violação de direitos humanos, "é na verdade de interesse para a humanidade"; e que o autor das acusações "fez as diligências necessárias para apurar que o que diz é verdade". Essas diligências estão explicadas no próprio livro, acrescenta Magalhães e Silva.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave crime direitos humanos violação
Sul-africanos continuam a votar “contra aquilo que era o passado”
Apesar do desgaste de Jacob Zuma, o seu partido volta a ser o favorito óbvio nas eleições gerais de hoje na África do Sul – as quartas desde que Nelson Mandela e, como ele, muitos sul-africanos votaram pela primeira vez. (...)

Sul-africanos continuam a votar “contra aquilo que era o passado”
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 12 | Sentimento -0.25
DATA: 2014-05-07 | Jornal Público
URL: https://arquivo.pt/wayback/20140507170253/http://www.publico.pt/1634841
SUMÁRIO: Apesar do desgaste de Jacob Zuma, o seu partido volta a ser o favorito óbvio nas eleições gerais de hoje na África do Sul – as quartas desde que Nelson Mandela e, como ele, muitos sul-africanos votaram pela primeira vez.
TEXTO: No último comício da campanha do Congresso Nacional Africano (ANC), para as eleições de hoje na África do Sul, metade dos presentes começou a dispersar quando Jacob Zuma tomou a palavra. Aconteceu no domingo no maior estádio de Joanesburgo – o mesmo local onde em Dezembro passado, perante alguns líderes mundiais, entre eles Barack Obama, Zuma foi vaiado durante o memorial a Nelson Mandela. Manifestações de desagrado como estas têm-se tornado quase habituais, nos últimos meses, em eventos públicos. Em Março, no mesmo estádio, voltou a acontecer durante o jogo de futebol entre África do Sul e Brasil. Pelas políticas e pela corrupção do seu Governo, Zuma é o alvo do descontentamento da maioria da população. Esta, porém, mantém-se leal ao movimento de libertação e, segundo as sondagens, nestas eleições, o ANC será de novo brindado com “uma esmagadora maioria” (sendo a possível excepção a província de Gauteng, onde se situam as cidades de Joanesburgo e Pretória). Tem sido assim desde que Nelson Mandela obteve mais de 62% dos resultados no primeiro voto livre em 1994. Vinte anos depois, os sul-africanos votam de novo para eleger uma Assembleia de 400 deputados, dos quais 200 são eleitos das listas nacionais dos partidos e os restantes de listas provinciais nas nove províncias. Os eleitos, se se confirmar a maioria do ANC, escolherão depois Jacob Zuma para um segundo mandato como Presidente. Em 2009, sobre a sua campanha e eleição, pairava um processo judicial por suspeitas de corrupção, entretanto abandonado. Agora, Zuma não escapou à acusação de usar indevidamente 246 milhões de rands (cerca de 17 milhões de euros) dos cofres do Estado, na construção de uma mansão na sua terra natal – Nkandla –, na província do KwaZulu Natal. Aliança Democrática a subirMesmo com o Nkandlagate em pano de fundo, o dano não será expressivo para o partido no poder e a expectativa do voto não será saber quem ganha, mas perceber se o ANC continuará a perder apoiantes, em que grau e para benefício de que forças políticas. A Aliança Democrática (AD) de Helen Zille, que já governa na província do Cabo Ocidental, deverá manter a tendência de subida, como aconteceu em eleições anteriores. As últimas sondagens (do fim-de-semana) atribuem-lhe 23, 7% dos votos, subindo dos 16, 7% que conquistou em 2009, mais do que os 12% que obtivera nas eleições gerais em 2004. O Economic Freedom Fighters (EFF), o partido de extrema-esquerda que Julius Malema criou depois de a Liga da Juventude do ANC, que liderava, ser abolida, poderá conseguir pelo menos 4% dos votos, segundo as sondagens. E apesar de Zuma ter realçado, em várias acções de campanha, que o seu Governo, nos últimos cinco anos, atribuiu aos mais pobres 3, 7 milhões de casas e que garante subsídios e apoios do Estado a 15 milhões de pessoas, o discurso radical de Malema poderá ressoar junto dos cerca de 25 milhões de pessoas a viver na pobreza, numa população total de cerca de 50 milhões. Malema arrasta milhares de pessoas para os comícios, onde lança promessas de expropriar as terras dos brancos e nacionalizar os bancos e as minas. O dirigente saiu do ANC, por criticar o partido, e viajou pelo mundo, encontrando na Venezuela, e em particular em Hugo Chávez, a inspiração para o discurso e para o traje, que também inclui uma boina vermelha. Para já, diz ao PÚBLICO por email Anthony Butler, professor e director do Departamento de Estudos Políticos da Universidade do Cabo, o EFF “não representa um risco, mas representa um desafio para o ANC”. “Os sul-africanos ainda votam a olhar para o passado”, acrescenta por telefone Andre Thomashausen, director do Centro de Direito Comparado e Internacional na Universidade da África do Sul (Unisa), para explicar esta preferência “a toda a prova” pelo ANC. “O voto é uma manifestação ideológica contra aquilo que era o passado. ”E também por isso, a maioria dos eleitores não sente a confiança pelos partidos da oposição, necessária para reverter tendências. A Aliança Democrática junta aquilo que foram o Partido Democrático e o Novo Partido Nacional e este apareceu depois do fim do Partido Nacional que instaurou o regime segregacionista e liderou os governos do apartheid. A líder Helen Zille tentou um acordo com Mamphela Ramphela, activista da luta antiapartheid, para apelar ao eleitorado negro. Mas, em poucos dias, ruiu o acordo que chegou a ser anunciado e a criar expectativas de que um partido associado ao eleitorado branco com uma cabeça de lista negra poderia retirar muitos votos ao ANC – mostrando como o passado e o apartheid continuam presentes.
REFERÊNCIAS:
Partidos LIVRE
Líder da extrema-direita sul-africana foi morto
Eugène Terre'Blanche, ex-chefe dos serviços secretos do apartheid e actual líder da extrema-direita sul-africana, foi assassinado na sua quinta em Ventersdorp, no noroeste do país. (...)

Líder da extrema-direita sul-africana foi morto
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 12 | Sentimento -0.1
DATA: 2010-04-05 | Jornal Público
SUMÁRIO: Eugène Terre'Blanche, ex-chefe dos serviços secretos do apartheid e actual líder da extrema-direita sul-africana, foi assassinado na sua quinta em Ventersdorp, no noroeste do país.
TEXTO: Segundo noticiou a agência Sapa, Eugène Terre'Blanche, de 69 anos de idade, terá sido espancado até à morte, ontem à noite, na sua quinta. Chefe dos serviços secretos sul-africanos durante o apartheid, Terre'Blanche lutou ferozmente pela manutenção do regime no início dos anos 1990 e foi líder do Afrikaner Resistance Movement (AWB), recentemente reactivado, tendo continuado a defender um Estado africânder secessionista dentro da África do Sul. Sozinho na propriedade, o líder do AWB estaria a dormir na altura do ataque e foi encontrado mais tarde pela polícia, ainda com vida, mas acabou por morrer. Dois detidosDe acordo com Adéle Myburgh, porta-voz da polícia, dois rapazes, de 16 e 21 anos, que trabalhavam para Terre'Blanche, foram detidos. Os dois terão alegadamente atacado o líder da extrema-direita sul-africana por não terem sido pagos pelo trabalho que tinham feito. Nascido a 31 de Janeiro de 1941, o bóer-afrikaner Eugène Ney Terre'Blanche fundou o AWB em 1970, com seis amigos, e o partido político cresceu de sete para 70 mil membros.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave morte ataque
Presidente sul-africano apela à calma após morte de líder extremista
O Presidente sul-africano, Jacob Zuma, apelou à calma após o assassínio, ontem à noite, de Eugène Terre'Blanche, líder da extrema-direita, alertando, em comunicado, contra qualquer provocação que alimente "o ódio racial". (...)

Presidente sul-africano apela à calma após morte de líder extremista
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 12 | Sentimento 0.150
DATA: 2010-04-05 | Jornal Público
SUMÁRIO: O Presidente sul-africano, Jacob Zuma, apelou à calma após o assassínio, ontem à noite, de Eugène Terre'Blanche, líder da extrema-direita, alertando, em comunicado, contra qualquer provocação que alimente "o ódio racial".
TEXTO: "O Presidente apelou à calma após este terrível desfecho e pediu aos sul-africanos para não permitirem a agentes provocadores tirar proveito da situação para incitar ou alimentar o ódio racial", segundo o texto citado pela agência Sapa. Condenando o assassínio "nos termos mais duros", Zuma afirmou que "ninguém tem o direito de fazer justiça pelas suas próprias mãos, sobretudo num país como a África do Sul que respeita o Estado de direito. " Os agressores, que parecem ser funcionários da exploração agrícola de Terre'Blanche, e devem ter agido após uma disputa, "não tinham qualquer direito de lhe tirar vida", acrescentou o chefe do Estado. Feroz partidário do apartheid, Eugène Terre'Blanche, de 69 anos de idade, opôs-se com violência à abolição do regime racista no país no início dos anos 1990.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave violência racista assassínio
Sul-africanos começam a pensar no que fazer com os estádios construídos para o Mundial
Tal como em Portugal, após o Euro 2004, os sul-africanos começam agora a dar voltas à cabeça para encontrar soluções para rentabilizar os estádios construídos para o Mundial. São dez recintos, espalhados por nove cidades, quatro deles renovados e outros seis especialmente construídos de raiz, alguns dos quais em cidades que nem têm uma equipa de futebol de escalão principal ou de râguebi, num investimento do Governo superior a dois mil milhões de euros. (...)

Sul-africanos começam a pensar no que fazer com os estádios construídos para o Mundial
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 12 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-07-05 | Jornal Público
SUMÁRIO: Tal como em Portugal, após o Euro 2004, os sul-africanos começam agora a dar voltas à cabeça para encontrar soluções para rentabilizar os estádios construídos para o Mundial. São dez recintos, espalhados por nove cidades, quatro deles renovados e outros seis especialmente construídos de raiz, alguns dos quais em cidades que nem têm uma equipa de futebol de escalão principal ou de râguebi, num investimento do Governo superior a dois mil milhões de euros.
TEXTO: "Alguns destes estádios, simplesmente, não vão estar em posição de cobrir os gastos. Neste sentido, vão dar prejuízo", disse no passado mês, ao diário Mail & Guardian, o economista Stan du Plessis, da Universidade de Stellenbosch. Uma das despesas considerada mais insensata foi a construção de dois estádios que receberam apenas quatro jogos das fases de grupos nas pequenas cidades de Nelspruit e Polokwane. "Se hoje eu estou a batalhar numa grande cidade, nem quero imaginar no que estão a fazer os meus colegas em Polkwane e Nelspruit", frisa Mike Stucliffe, o administrador do estádio de Durban, um dos recintos mais caros dos construídos para este Mundial. As soluções apresentadas para minorar os estragos passam por organizar um calendário de actividades, como concertos ou acontecimentos desportivos internacionais. Actividades que contribuiriam para custear a manutenção. Só o estádio de Polokwane, na província de Limpopo, uma das mais pobres do país, prevê cerca de 1, 6 milhões de euros anuais para a manutenção, um orçamento colossal para a região. A Cidade do Cabo tem agora um estádio que custou mais de 318 milhões de euros. Desnecessários segundo a imprensa sul-africana, para quem a cidade já contava com recintos válidos para o torneio. O estádio de Port Elizabeth, por exemplo, custou 127 milhões de euros e a cidade está a pensar atrair alguma equipa profissional para a tornar sua sede, pois dificilmente poderá ser amortizado à base de concertos. Para Stan du Plessis, só o estádio de Durban e do Soweto, o Soccer City, serão rentáveis a longo prazo, mas vão estar subutilizados.
REFERÊNCIAS:
Marcas COM
União Africana garante que missão de paz na Somália não está em risco
O porta-voz da missão de manutenção de paz da União Africana na Somália, Barygie Ba-Hoku, garantiu hoje que os atentados à bomba de Kampala, no Uganda, não afectarão a permanência das tropas internacionais destacadas para apoiar o frágil governo de Mogadíscio. “As explosões no Uganda não põem em risco a missão em curso na Somália, que foi decidida unanimemente pelos países africanos”, sublinhou, em declarações à Reuters. (...)

União Africana garante que missão de paz na Somália não está em risco
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 12 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-07-13 | Jornal Público
SUMÁRIO: O porta-voz da missão de manutenção de paz da União Africana na Somália, Barygie Ba-Hoku, garantiu hoje que os atentados à bomba de Kampala, no Uganda, não afectarão a permanência das tropas internacionais destacadas para apoiar o frágil governo de Mogadíscio. “As explosões no Uganda não põem em risco a missão em curso na Somália, que foi decidida unanimemente pelos países africanos”, sublinhou, em declarações à Reuters.
TEXTO: Na semana passada, os líderes da Autoridade Intergovernamental para o Desenvolvimento, que representa os sete países que forma o Corno de África, comprometeram-se com um reforço de 6000 para 8000 homens para o contingente militar na Somália. O Uganda seria responsável pela maior parcela de tropas, e é provável que o Presidente Yoweri Museveni apele agora aos seus contrapartes para rever essa distribuição. O Uganda e Burundi contribuem com cerca de 5000 soldados para a missão na Somália, concentrada na capital Mogadíscio e frequentemente atacadas pelos militantes do Al-Shabaab, que controla as regiões centro e sul do país e tem como objectivo impor uma versão extrema de lei islâmica.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave homens lei
Académico David Bunyan quer Fernando Pessoa na categoria dos poetas sul-africanos
O académico sul-africano David Bunyan insistiu ontem que os seus compatriotas deveriam incluir Fernando Pessoa na categoria dos poetas sul-africanos. (...)

Académico David Bunyan quer Fernando Pessoa na categoria dos poetas sul-africanos
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 12 | Sentimento 0.066
DATA: 2010-10-19 | Jornal Público
SUMÁRIO: O académico sul-africano David Bunyan insistiu ontem que os seus compatriotas deveriam incluir Fernando Pessoa na categoria dos poetas sul-africanos.
TEXTO: Bunyan, um destacado professor de línguas em várias universidades da África do Sul e profundo conhecedor de Fernando Pessoa, defendeu numa conferência dedicada ao poeta português que os anos passados por Pessoa na cidade costeira de Durban e a adopção do inglês como língua de expressão, em paralelo com o português, até ao fim da sua vida, fazem dele um escritor também do universo sul-africano. A conferência, que ontem decorreu na Universidade de Witwatersrand, em Joanesburgo, foi a primeira de uma série patrocinada pelo Instituto Camões em duas cidades sul-africanas e nas capitais do Botsuana e Zimbabué, e que têm como orador principal o investigador e tradutor de Pessoa Richard Zenith. Como moderador estava outro grande admirador da obra do “poeta de duas línguas e muitas máscaras” (o tema da leitura), o crítico literário e autor sul-africano Stephen Grey. Para David Bunyan, “embora Pessoa não seja muito conhecido entre os leitores e o público sul-africano, os seus poemas intrigaram um grande número de autores (muitos deles poetas) sul-africanos”, destacando-se entre aqueles Roy Campbell, poeta e autor satírico nascido em Durban, que foi estudante no mesmo liceu que Pessoa e que viveu em Portugal a partir de 1952, até morrer num acidente de viação em Setúbal em 1957. “A principal razão pela qual eu penso que ele (Pessoa) fascinou tanto os poetas sul-africanos é por o considerarem um poeta dos poetas, alguém que se preocupou tanto com a forma da poesia a um nível muito fundamental”, referiu Bunyan. Com recurso a imagens de Fernando Pessoa ao longo da sua vida e de alguns dos seus manuscritos originais, Richard Zenith concentrou a sua palestra na mestria da criação de mais de setenta personagens e no crescimento desse ser “tão plural como o próprio universo”. “O reitor da Durban High School, que era um amante do latim, viu em Pessoa um aluno excepcional e puxou por ele. Começando os estudos secundários naquele estabelecimento aos 11 anos, quando a maioria dos outros alunos tinham já 13, concluiu-os aos 13, e, mesmo quando regressou a Portugal em 1905, com 17 anos, durante três anos não escreveu nada em português, continuando a criar em inglês através dos seus muitos heterónimos”, salientou Zenith. O mesmo painel conduzirá palestras dedicadas a Pessoa quarta-feira no Durban High School (onde o poeta estudou), sábado, dia 23, em Joanesburgo, a 25 em Gaborone, Botsuana, e a 28 em Harare, Zimbabué.
REFERÊNCIAS:
Étnia Africano