Sindicato acusa super e hipermercados de não quererem aumentar trabalhadores
Trabalhadores convocados para greve nesta sexta-feira. (...)

Sindicato acusa super e hipermercados de não quererem aumentar trabalhadores
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.333
DATA: 2015-05-01 | Jornal Público
SUMÁRIO: Trabalhadores convocados para greve nesta sexta-feira.
TEXTO: O Sindicato do Comércio e Serviços acusou as cadeias de supermercados e hipermercados de não aumentarem os trabalhadores por falta de vontade, embora tenham capacidade financeira, pois fazem campanhas de descontos em dia de greve no sector. "As cadeias de supermercados e hipermercados não aumentam os trabalhadores por falta de dinheiro, mas sim porque os querem empobrecer, como se comprova com a campanha de oferta generalizada de produtos na véspera e dia 1. º de Maio", refere um comunicado do sindicato, envido à agência Lusa. Manuel Guerreiro, presidente do Sindicato do Comércio e Serviços (CESP) disse à Lusa que o Pingo Doce publicita num cartaz afixado nas lojas que no dia 1. º de Maio vai "voltar a fazer história". No cartaz dirigido aos trabalhadores, a que a Lusa teve acesso, é referido que todas as lojas vão abrir às 8h. "O dia 01 de Maio vai ser especial porque vamos garantir mais poupança aos nossos clientes", destaca o mesmo anúncio, assinado por um director, que diz contar com os trabalhadores para transformar a data "em mais um dia memorável para todos". Fonte oficial do Pingo Doce confirmou à Lusa que vai ser feita uma acção especial no dia 1 de Maio, mas não com descontos generalizados de 50%, como em 2012. "Tal como já várias vezes afirmámos, a campanha que o Pingo Doce fez no dia 1 de Maio de 2012 foi única, excepcional e irrepetível nos termos em que ocorreu. Confirmamos que no próximo dia 1 de Maio haverá uma acção especial nas lojas Pingo Doce. Por razões de estratégia comercial, não iremos adiantar mais informação sobre a oferta promocional prevista", disse a mesma fonte. Segundo Manuel Guerreiro, alguns responsáveis de loja do Pingo Doce avisaram o pessoal de que, nesse dia, "há hora de entrada, mas não há de saída". O sindicalista referiu ainda que a Sonae/Continente anunciou aos clientes, através de SMS, oferta de bacalhau e carne de porco a preços bastante inferiores aos habituais. "Ora, isto comprova que não aumentaram pessoal e não negoceiam a revisão do CCT por falta de dinheiro, antes por uma obstinada política de empobrecimento dos trabalhadores, senão não se proporiam oferecer dezenas ou centenas de milhões de euros num ou dois dias aos clientes", disse. O presidente do CESP considerou que estas campanhas têm como objectivo "boicotar a greve e o significado do 1. º de Maio, cometendo resmas de ilegalidades". Os trabalhadores dos hipermercados e supermercados fazem greve na sexta-feira em defesa de aumentos salariais e da melhoria das condições de trabalho, convocada por sindicatos da CGTP e da UGT. O Sindicato do Comércio e Serviços (CESP), filiado na CGTP, marcou esta greve em defesa de aumentos salariais, após cinco anos de congelamento salarial, e pelo respeito das categorias e funções dos trabalhadores e respectivos horários de trabalho. O Sindicato dos Trabalhadores e Técnicos de Serviços (SITESE) anunciou nesta quinta-feira uma greve dos funcionários das empresas de distribuição para 1 de Maio contra a redução dos salários e dos direitos e pelo respeito ao Dia do Trabalhador. Nos últimos anos, o CESP tem emitido pré-aviso de greve para o 1. º de Maio, para dar a possibilidade aos trabalhadores dos super e hipermercado de comemorarem o Dia do Trabalhador, mas, este ano, o objectivo da greve não será apenas esse "porque tem a ver com a situação laboral especifica" destes funcionários.
REFERÊNCIAS:
Parlamento Europeu aprova acordo comercial com o Canadá
Bruxelas dá finalmente o "sim" ao CETA, mas o acordo ainda tem de passar pelos parlamentos nacionais e regionais. (...)

Parlamento Europeu aprova acordo comercial com o Canadá
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2017-02-15 | Jornal Público
SUMÁRIO: Bruxelas dá finalmente o "sim" ao CETA, mas o acordo ainda tem de passar pelos parlamentos nacionais e regionais.
TEXTO: O Parlamento Europeu aprovou esta quarta-feira o acordo de livre comércio entre a União Europeia e o Canadá (CETA – acrónimo inglês de Comprehensive Economic and Trade Agreement). O documento foi aprovado com 408 votos a favor e 254 votos votos contra, durante o plenário em Estrasburgo. O tratado comercial foi assinado no final de Outubro de 2016, em Bruxelas, depois de ter sido atrasado por desacordo entre os belgas. Agora, de acordo com o Parlamento Europeu, poderá começar a ser aplicado a partir de Abril. Mas ainda terá de ser aprovado por 38 parlamentos nacionais e regionais representados na União Europeia. Este processo pode levar anos. . . . And it's a yes! MEPs back #Ceta. Read more about the EU-Canada trade agreement here ? https://t. co/t6syWD89jq pic. twitter. com/O3cULw1nA9Para assinalar a assinatura do acordo, o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, discursará na quinta-feira no Parlamento Europeu. O acordo comercial – que começou a ser negociado em Maio de 2009 – prevê uma redução das taxas aduaneiras para um grande número de produtos e uniformiza normas para favorecer intercâmbios e para mudar profundamente as relações comerciais entre o Canadá e a UE. Para a União Europeia, estima-se que o acordo represente um estímulo para a economia de 12. 700 milhões de euros anuais. Para Portugal, e segundo o Governo, o acordo poderá trazer uma poupança no valor de 500 milhões de euros por ano em impostos. Os mais de cinco anos de negociações em volta do acordo não evitaram críticas dos sectores sindicais e de movimentos antiglobalização, que denunciam a falta de transparência do processo. Tem sido alvo de contestação, com manifestações e protestos online e noutros meios, tal como o acordo de comérico livre entre a Europa e os Estados Unidos, o TTPI (Parceria Transatlântica de Comércio e Investimento, na sigla em inglês), cuja negociação não estava a correr bem com a Administração Obama e que provavelmente ficará suspensa com a entrada em cena de Donald Trump, que se tem oposto aos tratados de comércio internacional negociados pelos EUA. As críticas ao CETA reflectem a oposição feita ao TTPI: sindicatos e grupos de protesto dizem que reduzirá os padrões das leis ambientais e laborais e permitirá às multinacionais sobreporem-se à legislação de cada país. Em causa está sobretudo o sistema previsto nos tratados de comércio internacional para proteger os investidores internacionais e eventuais processos em tribunais dos países em que estão presentes. TarifasA UE e o Canadá acordaram eliminar tarifas em 99% dos produtos que exportam entre si. O sector têxil é um dos grandes beneficiários: as tarifas do Canadá sobre produtos europeus, por exemplo, podem chegar a 18%. AgriculturaAmbas as partes vão reduzir tarifas em 90% dos produtos agrícolas. A taxa de 8% sobre o xarope de ácer canadiano imposta pela UE, por exemplo, desaparece. Mas subsistem as tarifas sobre a carne de frango e os ovos. Para outros produtos haverá quotas não sujeitas a tarifas: o Canadá poderá exportar para UE até 80 mil toneladas de carne de porco, até 50 mil toneladas de carne de vaca e 100 mil toneladas de trigo. Os produtores de queijo europeus poderão duplicar a quantidade de "queijos de qualidade" que exportam para o Canadá sem pagar tarifas e o mercado canadiano abrir-se-á ao vinho e outros produtos alcoólicos europeus. Concursos públicosSubscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. Será possível para empresas europeias participar em concursos abertos pela administração pública ao nível federal, estadual e municipal no Canadá, por exemplo, ao nível dos transportes urbanos. É a primeira vez que o Canadá abre o seu mercado neste sector. No caso do TTPI, os EUA recusavam-se a abrir este mercado às empresas europeias, o que se tornou um dos grandes pomos de discórdia. ServiçosA UE espera que metade dos ganhos para o PIB com o CETA provenha da libertalização do comércio no sector dos serviços, nomeadamente nas telecomunicações, energia, transportes marítimos e finanças. Os dois parceiros vão reconhecer mutuamente qualificações profissionais, por exemplo de arquitectos, contabilistas ou engenheiros, tornando mais fácil a estes profissionais oferecerem os seus serviços.
REFERÊNCIAS:
Conto do escritor português David Machado incluído na Best European Fiction 2017
A Noite Repetida do Comandante está entre 29 contos escritos por autores de toda a Europa. (...)

Conto do escritor português David Machado incluído na Best European Fiction 2017
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.333
DATA: 2017-02-15 | Jornal Público
SUMÁRIO: A Noite Repetida do Comandante está entre 29 contos escritos por autores de toda a Europa.
TEXTO: O conto A Noite Repetida do Comandante, do escritor português David Machado, foi escolhido para figurar no Best European Fiction 2017, da editora americana Dalkey Archive, anunciou o próprio no Facebook. "Muito orgulhoso de ver o meu conto A Noite Repetida do Comandante incluído na Best European Fiction 2017", escreveu na sua conta da rede social. A Best European Fiction ("Melhor ficção europeia", traduzido para português) é uma antologia de contos publicada pela editora americana Dalkey Archive Press desde 2010. O conto de David Machado figura entre os 29 escritos por autores de toda a Europa, que foram seleccionados para a edição deste ano. A antologia é descrita como uma fonte essencial para leitores, críticos e editores interessados em literatura europeia contemporânea. Nesta oitava edição, a antologia prossegue com o seu compromisso de descobrir a melhor prosa escrita em todo o continente, desde a Irlanda até à Europa de Leste. Segundo a Dalkey Archive Press, o ensaio preliminar escrito por Eileen Battersby, do Irish Times, contribui para que a Best European Fiction 2017 seja também um relatório essencial sobre o estado da literatura global no século XXI. Alguns dos escritores seleccionados nunca antes viram as suas obras traduzidas para inglês, embora escrevam há décadas na sua língua de origem. Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. David Machado nasceu em Lisboa, em 1978, e é autor de obras como O Fabuloso Teatro do Gigante e o livro de contos Histórias Possíveis. Em 2005, o seu conto infantil A Noite dos Animais Inventados recebeu o Prémio Branquinho da Fonseca, da Fundação Calouste Gulbenkian e do jornal Expresso, e desde então publicou mais três contos para crianças: Os Quatro Comandantes da Cama Voadora, Um Homem Verde num Buraco Muito Fundo e O Tubarão na Banheira, este último distinguido com o Prémio Autor SPA/RTP 2010 de Melhor Livro Infanto-Juvenil. O autor tem livros publicados em Itália e Marrocos e contos presentes em antologias e revistas literárias em Itália, Alemanha, Noruega, Reino Unido, Islândia e Marrocos. Em 2015, venceu o Prémio da União Europeia para a Literatura, com o romance Índice Médio de Felicidade, que aborda os efeitos da crise em Portugal e na Europa. O romance convenceu o júri por unanimidade e levou David Machado a tornar-se no terceiro escritor português a receber o prémio, depois de Dulce Maria Cardoso, em 2009, com Os Meus Sentimentos, e de Afonso Cruz, em 2012, com A Boneca de Kokoschka.
REFERÊNCIAS:
Como é que as plantas carnívoras conseguem digerir as suas presas?
Não são tão medonhas como se pensa. Se comem insectos, é porque não têm acesso a muitos nutrientes no solo. Agora, um grupo de cientistas decidiu perceber como é que as plantas carnívoras digerem as presas. (...)

Como é que as plantas carnívoras conseguem digerir as suas presas?
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2017-02-15 | Jornal Público
SUMÁRIO: Não são tão medonhas como se pensa. Se comem insectos, é porque não têm acesso a muitos nutrientes no solo. Agora, um grupo de cientistas decidiu perceber como é que as plantas carnívoras digerem as presas.
TEXTO: Calma, não lhe vamos falar sobre plantas carnívoras que comem animais gigantescos inteiros ou até mesmo humanos. Apesar de no imaginário colectivo serem consideradas autênticos monstros com tentáculos, as plantas carnívoras não são assim tão assustadoras. Na maior parte das vezes, comem insectos e têm de o fazer devido às condições adversas em que vivem. Mas como é que uma planta carnívora é capaz de digerir um insecto?Para atrair as presas, as plantas carnívoras usam os seus atributos, como o néctar, uma coloração que pode ser em tons rosa e verde ou, até mesmo, a fragrância. Depois de as presas serem capturadas com estas armadilhas, caindo para a câmara digestiva, as plantas carnívoras accionam nas folhas uma espécie de goma pegajosa e viscosa, que dificulta a subida da presa aprisionada. De seguida, um conjunto de fluídos digestivos digere o insecto. Os cientistas já tinham descoberto este processo em 1992, relatado num artigo científico na revista Science. Em específico, aperceberam-se de que este processo acontecia em três espécies de plantas carnívoras do grupo dos jarros, que tiveram uma origem evolutiva comum: são elas, a Cephalotus follicularis, da Austrália e que está relacionada com a carambola; a Nepenthes alata, da Ásia e tem uma relação evolutiva com o trigo-sarraceno; e por fim, a Sarracenia purpurea, da América e relacionada com o kiwi. Agora, os cientistas quiseram ir mais longe e perceber como é que estas três espécies de plantas carnívoras fazem a digestão. Para o descobrirem, sequenciaram o genoma da espécie Cephalotus follicularis e observaram que, no passado, a selecção natural escolheu 35 proteínas, que permitiram o aparecimento de novas enzimas para digerir a presa. Ao longo da sua evolução, as plantas carnívoras usaram estas enzimas também para combater doenças, como as doenças fúngicas, ou para enfrentar com outros problemas que ocorrem durante a digestão. E que enzimas são estas? São uma quitinase básica, que parte a quitina, que se encontra no exterior do exoesqueleto dos insectos; e a fosfatase ácida púrpura, que permite às plantas obter fósforo (um nutriente essencial) do próprio corpo das presas. Ao mesmo tempo, ocorreram mudanças nas sequências genéticas que comandam o fabrico dos aminoácidos (os tijolos das proteínas) destas duas enzimas, tendo sido substituídos por outros aminoácidos. “Na Cephalotus follicularis e na Nepenthes alata, a quitina e a fosfatase ácida púrpura partilham um número idêntico ou muito elevadas de substituições de aminoácidos, o que não ocorre nas espécies não carnívoras”, lê-se num comunicado de imprensa da Universidade de Buffalo, envolvida no estudo. “Até agora, nunca tínhamos imaginado que a família de enzimas usadas por estas plantas para as suas funções digestivas também fazia parte de famílias de proteínas já conhecidas como responsáveis pelas respostas patogénicas nestas plantas”, diz-nos Victor Albert, biólogo na Universidade de Buffalo e um dos autores do trabalho. Publicados na revista Nature Ecology and Evolution, os resultados demonstram que estas plantas carnívoras tiveram uma evolução convergente, ou seja, espécies diferentes de plantas acabaram por usar métodos semelhantes no processo digestivo. Além disso, os autores reforçam a necessidade de plantas carnívoras se alimentarem de insectos. “Muitas vezes, as plantas carnívoras vivem em ambientes pobres e sem nutrientes, por isso a capacidade para aprisionar e digerir animais pode ser indispensável, dada a escassez de outras fontes de alimentação”, explica Kenji Fukushima, físico do Instituto Nacional para a Biologia Fundamental, do Japão, e autor principal do artigo. E há plantas carnívoras em Portugal? “Claro que sim!”, responde ao PÚBLICO Victor Albert. O biólogo destaca uma espécie endémica de Portugal, Espanha e Marrocos, a Drosophyllum lusitanicum, ou pinheiro-baboso. Habituada a solos xistosos e secos, esta planta exala um odor a mel, para atrair moscas, mosquitos e borboletas. A sua digestão demora entre 24 horas e os oito dias. “Esta planta está próxima do jarro da Ásia [a já referida Nepenthes alata], porque tem longas folhas pegajosas com substâncias mucosas, que servem de armadilha para os insectos”, explica Victor Albert. Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. Além do pinheiro-baboso, já foram identificadas pelo menos sete espécies de plantas carnívoras em Portugal: a Drosera intermedia, a Drosera rotundifolia, a Utricularia subulata, a Utricularia gibba, a Utricularia australis, Pinguicula vulgaris e a Pinguicula lusitanica. A inventariação e o estudo da distribuição geográfica das plantas carnívoras em Portugal foram feitos em 1941, por Abílio Fernandes, botânico da Universidade de Coimbra. Desde então, só se fizeram estudos pontuais, como o das biólogas Elizabete Correia e Helena Freitas, da Universidade de Coimbra, em 2002, sobre a Drosophyllum lusitanicum. Segundo este trabalho, a área de distribuição desta espécie está em declínio em Portugal e as biólogas alertaram então para o seu possível desaparecimento em quatro décadas. Mas há quem queira fazer mais estudos sobre o pinheiro-baboso. “Adoraria sequenciar o genoma desta espécie também!”, faz questão de dizer Victor Albert, habituado a estas andanças.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave humanos estudo espécie corpo desaparecimento
Inquérito diário: Coligação na frente com 6,3 pontos de avanço sobre PS
Inquérito diário da Intercampus para o PÚBLICO, TVI e TSF dá a António Costa uma vantagem de quatro décimas em Lisboa. (...)

Inquérito diário: Coligação na frente com 6,3 pontos de avanço sobre PS
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DATA: 2015-10-01 | Jornal Público
SUMÁRIO: Inquérito diário da Intercampus para o PÚBLICO, TVI e TSF dá a António Costa uma vantagem de quatro décimas em Lisboa.
TEXTO: A coligação Portugal à Frente (PaF) — PSD e CDS-PP — obtém uma vantagem de 6, 3 pontos percentuais sobre o PS no inquérito diário da Intercampus para o PÚBLICO, TVI e TSF, numa projecção com distribuição de indecisos. O trabalho de campo deste estudo decorreu entre 26 e 29 de Setembro e foram realizadas 1008 entrevistas. Na projecção, a PaF de Passos Coelho e Paulo Portas consegue 38, 4% face aos 32, 1% dos socialistas de António Costa. Assim, a diferença entre as duas principais forças políticas concorrentes às eleições de 4 de Outubro é de 6, 3 pontos, menos nove décimas que no inquérito da véspera. A Coligação Democrática Unitária (CDU), que integra o PCP e Os Verdes, tem uma subida de duas décimas, passando para 8, 4%. Em contrapartida, o Bloco de Esquerda mantém os 7, 9%. Assim, a diferença entre a CDU e os bloquistas passou de três décimas para meio ponto. Veja a evolução desta tracking pollLigeiras são as alterações nas preferências por outros partidos e nos votos brancos e nulos face aos resultados da véspera. Deste modo, 3, 9% admitem votar noutros partidos, menos uma décima que no inquérito anterior, enquanto descem em duas décimas os votos brancos e nulos, para 9, 2%. Sem a distribuição de indecisos, a projecção da Intercampus atribui 21, 1% aos que afirmam não saber em quem vão votar ou se recusam a responder. Um valor que se situa na média da série destes estudos, cuja divulgação concluímos nesta quarta-feira. Por faixa etária, a coligação lidera nas faixas dos 18 aos 34 e dos 35 aos 54 anos, enquanto os socialistas de Costa lideram nos inquiridos com 55 ou mais anos. Por regiões, a PaF está à frente no Norte, Centro e Algarve. Já o PS continua a liderar no Alentejo e, nestes resultados, está primeiro em Lisboa, embora com uma vantagem de quatro décimas. Quanto às forças políticas sem representação parlamentar, o Partido Democrático Republicano de Marinho e Pinto está à frente, com 0, 8%, seguido a uma décima do PNR (Partido Nacional Renovador), e do Pessoas, Animais, Natureza (PAN), que obtém 0, 6%. Ao Livre/Tempo de Avançar é atribuído 0, 3%. Ficha técnicaSondagem realizada pela Intercampus para TVI, PÚBLICO e TSF com o objectivo de conhecer a opinião dos portugueses sobre diversos temas da política nacional incluindo a intenção de voto para as próximas eleições legislativas de 2015. O universo é constituído pela população portuguesa, com 18 e mais anos de idade, eleitoralmente recenseada, residente em Portugal continental. A amostra é constituída por 1025 entrevistas, recolhidas através de entrevista telefónica, através do sistema CATI (Computer Assisted Telephone Interviewing). Os lares foram seleccionados aleatoriamente a partir de uma matriz de estratificação que compreende a Região (NUTS II). Os respondentes foram seleccionados através do método de quotas, com base numa matriz que cruzou as variáveis Sexo e Idade (3 grupos). Os trabalhos de campo decorreram entre 23 e 26 de Setembro de 2015. O erro máximo de amostragem deste estudo, para um intervalo de confiança de 95%, é de ± 3, 1%. A taxa de resposta obtida neste estudo foi de: 58, 1%. O que é uma tracking pollUma tracking poll é um inquérito diário, que, mais do que os números do dia, indica a evolução das tendências de subida e descida das intenções de voto nos partidos. Trata-se de um exercício com longa tradição nos Estados Unidos e que ganha especial relevância num cenário de grande imprevisibilidade de resultados. “As sondagens são retratos do momento”, explica António Salvador, director-geral da empresa de estudos de mercado Intercampus. A tracking poll, por seu turno, é uma fotografia em movimento do impacto da campanha nos eleitores, uma “observação diária das percepções dos portugueses” a partir do estudo de uma amostra em permanente renovação. No primeiro dia, 21 de Setembro, a Intercampus apresentou os resultados de 750 entrevistas telefónicas. No dia seguinte, foram realizadas mais 250 entrevistas que se somam às anteriores, perfazendo um total de 1000. Posteriormente, todos os dias são somadas outras 250 novas entrevistas e retiradas as 250 menos recentes, mantendo o total de cerca de 1000. O objectivo é renovar a amostra e evitar uma acumulação de respostas que iria diluir as variações diárias das intenções de voto. A amostra, seleccionada aleatoriamente, é rigorosamente representativa da população de Portugal Continental em termos de género e de idade. Nesta quinta-feira, 1 de Outubro, o PÚBLICO e a Intercampus vão divulgar uma última grande sondagem antes das legislativas de 4 de Outubro, com 1000 inquiridos a simular o voto em urna.
REFERÊNCIAS:
Grécia reabre os bancos e começa a reembolsar credores
Atenas gastou quase todo o empréstimo de transição para saldar dívidas com FMI e BCE. Controlos de capitais toldam reabertura dos bancos. (...)

Grécia reabre os bancos e começa a reembolsar credores
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2015-10-01 | Jornal Público
SUMÁRIO: Atenas gastou quase todo o empréstimo de transição para saldar dívidas com FMI e BCE. Controlos de capitais toldam reabertura dos bancos.
TEXTO: Os bancos gregos reabriram nesta segunda-feira, depois de três semanas encerrados, ainda com várias medidas de controlo de capitais, como o impedimento de levantar mais do que 420 euros por semana. E o Governo grego deu ordens para reembolsar um empréstimo de 4200 milhões de euros ao Banco Central Europeu, dos quais 700 milhões são juros, e começou a reembolsar também os dois empréstimos em incumprimento ao Fundo Monetário Internacional (FMI), que juntos totalizam 2005 milhões de euros. Nas ruas, as imagens de gregos enfileirados diante de caixas multibanco foram substituídas por filas às portas de sucursais bancárias. “As coisas estão melhores do que nas últimas semanas”, disse à Reuters Maria Papadopoulou, reformada de 62 anos que esperava numa das filas de Atenas. “Vim pagar as minhas contas e impostos hoje. Na semana passada não pude e tudo isto é muito cansativo para as pessoas mais velhas, como eu. ”Antecipava-se um possível clima de tensão diante dos bancos. Mas não se viram episódios de agitação nem grandes multidões. Há um número considerável de pessoas, escreve a AFP, mas não uma “afluência excepcional”. Os bancos estão abertos, mas os controlos de capital não permitiram que a bolsa de Atenas regressasse à actividade. Os gregos não podem ainda levantar cheques, apenas depositá-los na sua conta bancária, e prosseguem restrições às transferências para fora do país e gestão das contas. Por essa razão, a decisão de reabrir os bancos é em parte vista como um gesto simbólico. Alguns gregos esperavam mais. Grigoris, reformado de 70 anos, não conseguiu os 300 euros a que teria direito até sexta-feira. “Explicaram-me que teria de esperar até ao fim da semana”, contou à AFP, “desolado”, nas palavras da agência. “Isto não é uma vida normal”, disse no domingo a chanceler alemã, Angela Merkel, falando das restrições bancárias na Grécia e apelando a um desfecho rápido das negociações para o novo empréstimo, que começam esta semana. Em cima da mesa para o pacote de financiamento, que pode atingir os 86 mil milhões de euros, estarão temas sensíveis como o agravamento da austeridade e a possibilidade de uma reestruturação da dívida grega. Empréstimo esgotadoO acordo da semana passada com os credores deu um balão de oxigénio a Atenas sob a forma de um empréstimo de transição no valor de 7160 milhões de euros. Essa quantia chegou nesta segunda-feira ao tesouro grego e, numa questão de horas, o Executivo usou-o quase todo para reembolsar credores. Para além dos empréstimos ao BCE e FMI, o Governo grego teve também de pagar 500 milhões de euros ao seu próprio banco central. Ao todo, a Grécia reembolsou só nesta segunda-feira cerca de 6800 milhões de euros, de acordo com um responsável do Ministério das Finanças grego à Bloomberg. O dinheiro emprestado pelos credores para pagarem a si próprios cumpriu uma função fundamental: a Grécia deixou de estar em incumprimento com estas duas entidades. Desta forma, tem de novo acesso ao financiamento do FMI e o BCE continuará a financiar a liquidez dos bancos gregos. A pressão sobre Atenas continua a ser alta. Os cidadãos começaram esta segunda-feira a sentir os efeitos do acordo com os credores no IVA – que aumentou de 13% para 23% nos bens não perecíveis e na restauração, mas também nos táxis, nos preservativos ou até nos funerais. Algumas decisões são surpreendentes, como a carne de porco ser taxada a 13% e a de vaca a 23%, diz a AFP. O Governo espera obter receitas suplementares anuais de 2400 milhões de euros anuais a partir de 2016 e de 795 milhões já este ano. Na quarta-feira, o Governo liderado por Alexis Tsipras tem mais um teste no Parlamento. Espera-se que fique novamente dependente do voto da oposição para aprovar novas medidas na Justiça e sector bancário, devido à revolta de vários deputados no seu partido, o Syriza, Na quinta-feira, 39 deputados do Syriza votaram contra as medidas de austeridade que Tsipras aceitou frente aos parceiros europeus, apesar de este ter sido aprovado com uma maioria expressiva – 229 votos favoráveis contra quatro abstenções e 64 votos contrários – com o apoio da oposição. Caso se mantenham as divisões, o apoio parlamentar ao Governo de Tsipras na quinta-feira pode cair para os 123 deputados, valor que está abaixo da maioria de 151 assentos e, como escreve a Reuters, próximo dos 120 votos que a Constituição grega exige como o mínimo para um Executivo minoritário.
REFERÊNCIAS:
Taça de Portugal: Três “grandes” defrontam equipas de escalões secundários
FC Porto visita o Varzim, Benfica o Vianense e Sporting o Vilafranquense. (...)

Taça de Portugal: Três “grandes” defrontam equipas de escalões secundários
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento -0.15
DATA: 2015-10-01 | Jornal Público
SUMÁRIO: FC Porto visita o Varzim, Benfica o Vianense e Sporting o Vilafranquense.
TEXTO: Foi um sorteio que ditou jogos teoricamente fáceis para os principais clubes portugueses. Na terceira eliminatória da Taça de Portugal, o FC Porto vai deslocar-se ao terreno do Varzim, da II Liga. "Não podíamos esperar um melhor sorteio, estamos mesmo muito satisfeitos. Somos a filial número 1 do FC Porto e poder receber este jogo em nossa casa, perante os nossos adeptos, é muito bom", disse o dirigente varzinista após o sorteio. O Benfica também joga fora, no terreno do Vianense, equipa do Campeonato Nacional de Seniores, correspondente à III Divisão. Já o Sporting, detentor do troféu, terá de se deslocar ao campo do Vilafranquense, equipa dos campeonatos distritais. “Honestamente, vínhamos com a expectativa de poder apanhar um adversário acessível ou um "grande" da I Liga. Vamos dar o nosso melhor e aproveitar o momento”, disse o presidente do Vilafranquense, Rodolfo Freitas, assinalando que “é um privilégio poder defrontar o Sporting”. Os clubes da I Liga já sabiam que iriam jogar na condição de visitantes. O Sporting de Braga, finalista da Taça na época passada, vai deslocar-se ao terreno do Académico de Viseu, da II Liga. Os jogos estão agendados para 18 de Outubro. Jogos da 3. ª eliminatória da Taça de PortugalLoures (CNS) - Boavista (I)União FC (D) - Rio Ave (I)Vianense (CNS) - Benfica (I)Leixões (II) - Arouca (I)Gil Vicente (II) - Tondela (I)Sanjoanense (CNS) - Académica (I)Coruchense (CNS) - Vitória de Setúbal (I)Varzim (II) - FC Porto (I)Penafiel (II) - Vitória de Guimarães (I)Académico de Viseu (II) - Sporting de Braga (I)Naval (CNS) - Paços de Ferreira (I)Mosteirense (D) - Nacional (I)Gondomar (CNS) - Estoril-Praia (I)Sertanense (CNS) - União da Madeira (I)Lusitânia de Lourosa (CNS) - Marítimo (I)Vilafranquense (D) - Sporting (I)Olhanense (II) - Belenenses (I)Desportivo de Aves (II) - Moreirense (I)Operário (CNS) - Salgueiros 08 (CNS)Farense (II) - Rio Tinto (D)Trofense (CNS) - Pedras Rubras (CNS)/Santa Clara (II)Coimbrões (CNS) - Fafe (CNS)Casa Pia (CNS) - Oriental (II)Amarante (CNS) - Bragança (CNS)Louletano (CNS) - Chaves (II)Cova da Piedade (CNS) - Alcananense (CNS)Atlético da Malveira (CNS) - Praiense (CNS)Angrense (CNS) - Torre de Moncorvo (D)Atlético dos Arcos (D) - Caldas (CNS)Pampilhosa (CNS) - Portimonense (II)Famalicão (II) - Feirense (II)Leiria e Marrazes (D) - Benfica e Castelo Branco (CNS)I - I LigaII - II LIgaCNS - Campeonato Nacional de SenioresD - Distrital
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave campo aves
Inquérito diário: Coligação com vantagem de 5,9 pontos sobre o PS
Bloco de Esquerda é quem mais sobe e consegue o seu melhor resultado desde o início do inquérito da Intercampus para o PÚBLICO, TVI e TSF. PS cai 0,9 pontos. (...)

Inquérito diário: Coligação com vantagem de 5,9 pontos sobre o PS
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2015-10-01 | Jornal Público
SUMÁRIO: Bloco de Esquerda é quem mais sobe e consegue o seu melhor resultado desde o início do inquérito da Intercampus para o PÚBLICO, TVI e TSF. PS cai 0,9 pontos.
TEXTO: A coligação Portugal à Frente (PaF), constituída pelo PSD e CDS, obtém a maior vantagem de sempre, de 5, 9 pontos percentuais, sobre o PS, na projecção, com distribuição de indecisos, do inquérito da Intercampus para o PÚBLICO, TVI e TSF. No estudo, cujo trabalho de campo decorreu entre os dias 24 e 27 de Setembro e no qual foram entrevistados 1025 indivíduos, a projecção das pessoas que afirmam não saber em quem votam ou que se recusam a responder é de 21, 4%. O PaF de Passos Coelho e Paulo Portas consegue 37, 9%, o que significa uma descida de duas décimas face ao inquérito da véspera, enquanto os socialistas de António Costa obtêm 32, 1%, o que representa uma queda de 0, 9 pontos. A Coligação Democrática Unitária (CDU), integrada pelo PCP e Os Verdes, alcança 9, 1%, uma décima mais que no anterior inquérito. Por seu lado, o Bloco de Esquerda, com uma subida de 0, 8 pontos, passa a ter 7, 5%, o melhor resultado desde o início da publicação destes estudos em 21 de Setembro. Veja a evolução desta tracking pollOs outros partidos passam a ter a preferência de 3, 9% dos inquiridos, menos duas décimas, enquanto os votos brancos e nulos também caem 0, 3 pontos, passando a 9, 4%. Por distribuição etária e entre as duas principais forças concorrentes às eleições de 4 de Outubro, o PaF está à frente em todos os três escalões considerados. Ou seja, dos 18 aos 34, dos 35 aos 54, e dos 55 e mais anos. Por regiões, mantém-se a liderança da coligação de Passos e Portas no Norte, Centro, Lisboa e Algarve. Por seu lado, os socialistas de Costa continuam à frente no Alentejo. Entre as forças sem representação parlamentar, o Partido Democrático Republicano de Marinho e Pinto continua a liderar, agora com 0, 7%, empatado com o PAN [Pessoas, Animais, Natureza]. Seguem-se o Livre/Tempo de Avançar e o Partido Nacional Renovador, ambos com 0, 5%. São, apenas, dados indicativos, dada a dimensão restrita do universo. Ficha técnicaSondagem realizada pela Intercampus para TVI, PÚBLICO e TSF com o objectivo de conhecer a opinião dos portugueses sobre diversos temas da política nacional incluindo a intenção de voto para as próximas eleições legislativas de 2015. O universo é constituído pela população portuguesa, com 18 e mais anos de idade, eleitoralmente recenseada, residente em Portugal continental. A amostra é constituída por 1025 entrevistas, recolhidas através de entrevista telefónica, através do sistema CATI (Computer Assisted Telephone Interviewing). Os lares foram seleccionados aleatoriamente a partir de uma matriz de estratificação que compreende a Região (NUTS II). Os respondentes foram seleccionados através do método de quotas, com base numa matriz que cruzou as variáveis Sexo e Idade (3 grupos). Os trabalhos de campo decorreram entre 23 e 26 de Setembro de 2015. O erro máximo de amostragem deste estudo, para um intervalo de confiança de 95%, é de ± 3, 1%. A taxa de resposta obtida neste estudo foi de: 58, 1%. O que é uma tracking pollUma tracking poll é um inquérito diário, que, mais do que os números do dia, indica a evolução das tendências de subida e descida das intenções de voto nos partidos. Trata-se de um exercício com longa tradição nos Estados Unidos e que ganha especial relevância num cenário de grande imprevisibilidade de resultados. “As sondagens são retratos do momento”, explica António Salvador, director-geral da empresa de estudos de mercado Intercampus. A tracking poll, por seu turno, é uma fotografia em movimento do impacto da campanha nos eleitores, uma “observação diária das percepções dos portugueses” a partir do estudo de uma amostra em permanente renovação. No primeiro dia, 21 de Setembro, a Intercampus apresentou os resultados de 750 entrevistas telefónicas. No dia seguinte, foram realizadas mais 250 entrevistas que se somam às anteriores, perfazendo um total de 1000. Posteriormente, todos os dias são somadas outras 250 novas entrevistas e retiradas as 250 menos recentes, mantendo o total de cerca de 1000. O objectivo é renovar a amostra e evitar uma acumulação de respostas que iria diluir as variações diárias das intenções de voto. A amostra, seleccionada aleatoriamente, é rigorosamente representativa da população de Portugal Continental em termos de género e de idade. A 29 de Setembro, o PÚBLICO e a Intercampus vão divulgar uma última grande sondagem antes das legislativas de 4 de Outubro, com 1000 inquiridos a simular o voto em urna. São os indecisos que decidem a sorte das eleições?
REFERÊNCIAS:
Ambientalistas criticam apoio ministerial a festivais de música
Dos quase 15 milhões de euros destinados ao financiamento de candidaturas, 500 mil estão destinados a acções de sensibilização em festivais de música. (...)

Ambientalistas criticam apoio ministerial a festivais de música
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2017-02-19 | Jornal Público
SUMÁRIO: Dos quase 15 milhões de euros destinados ao financiamento de candidaturas, 500 mil estão destinados a acções de sensibilização em festivais de música.
TEXTO: A associação ambiental Zero – Associação Sistema Terrestre Sustentável quer que o Ministério do Ambiente repense algumas das prioridades estabelecidas na aplicação de receitas do Fundo Ambiental. Em comunicado, afirma que “apesar da generalidade das prioridades definidas serem aceitáveis, algumas opções políticas são questionáveis ou mesmo reprováveis”. Em causa estão os projectos apoiados pelo Ministério do Ambiente, no correspondente às quantias destinadas ao financiamento de acções ambientais em festivais de música e à subtracção de financiamento na gestão de resíduos. O valor orçado para apoiar “acções ambientais em festivais de música” é de 500 mil euros. A associação Zero considera que a decisão do Ministério do Ambiente de apoiar os festivais de música com as verbas do Fundo Ambiental é “reprovável” e “pouco sensata”. Os festivais subsidiados passarão a ter a designação de “Festival Verde”. “A Zero manifesta a sua total discordância com esta opção de gastar um terço das verbas destinadas à sensibilização ambiental subsidiando os festivais”, lê-se, justificando que estes eventos, por norma, promovem iniciativas de sensibilização; segundo a associação, trata-se de uma responsabilidade social e ambiental das empresas que os realizam, “sem que haja necessidade de co-financiamento com dinheiros dos contribuintes”. Na publicação do Diário da República de 9 de Fevereiro, lê-se que o Fundo Ambiental disponibilizará de 47 milhões de euros para atribuir a novos projectos, sendo 32 milhões destinados a projectos definidos pelo Ministério do Ambiente e 14 milhões a projectos que apresentarão candidaturas. No total, o orçamento do Fundo Ambiental prevê, para o ano de 2017, receitas no valor de 154 milhões para “para apoiar o investimento na área do ambiente e garantir o cumprimento dos objectivos assumidos a nível internacional em matéria de desenvolvimento sustentável e alterações climáticas”, lê-se no site dedicado a este fundo. A associação discorda ainda que sejam retirados 3, 4 milhões de euros da Taxa de Gestão de Resíduos cobrada aos municípios para promover medidas que se integram na responsabilidade social das empresas. De acordo com o comunicado, essa quantia devia ser utilizada no cumprimento dos objectivos a que a taxa se dirige, como o incentivo à reciclagem, uma vez que apenas 28% dos resíduos urbanos foram reciclados em 2015. A meta definida para 2020 é de chegar a 50% de resíduos urbanos reciclados anualmente. Na área referente ao sector energético, a associação ambiental diz ser importante que o Ministério do Ambiente esclareça que parte do défice tarifário será apoiada através do Fundo Ambiental. A associação diz ser contra a aplicação do dinheiro público para colmatar o défice tarifário no sector da electricidade associado ao uso de combustíveis fósseis, “que são subsidiados mais que as energias renováveis e agravam o preço da electricidade”. “Para a associação Zero, os projectos na área da mitigação e adaptação às alterações climáticas “têm nota positiva”, assim como o co-financiamento de projectos de monitorização da qualidade do ar. Nos projectos do próprio ministério, a associação destaca como positivas e adequadas as verbas para mitigação e adaptação às alterações climáticas, como a promoção da mobilidade sustentável, o apoio a projectos agrícolas e florestais e o realojamento dos pescadores da Ria Formosa. Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. Em contrapartida, os ambientalistas consideram “questionável o facto de se destinarem 5 milhões de euros para garantir a sustentabilidade das entidades gestoras de serviços de abastecimento de água e saneamento para financiar os custos acrescidos por mais uma reorganização do Grupo Águas de Portugal e os maus resultados da inconstância das políticas públicas”. A ZERO sugere que o Ministério do Ambiente redireccione a aplicação de verbas para áreas que considera prioritárias, como a recolha selectiva e a transição do país para energias 100% renováveis. O Fundo Ambiental substitui o Fundo Português de Carbono, o Fundo de Intervenção Ambiental, o Fundo de Protecção dos Recurso Hídricos e o Fundo para a Conservação da Natureza e da Biodiversidade.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave social
Agricultura, alimentação e natureza
Não podemos prolongar um sistema em que produzimos e consumimos mais do que necessitamos. (...)

Agricultura, alimentação e natureza
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2015-10-01 | Jornal Público
SUMÁRIO: Não podemos prolongar um sistema em que produzimos e consumimos mais do que necessitamos.
TEXTO: A Europa produz comida em excesso. Graças essencialmente à nossa produção, temos comida disponível nas lojas para alimentar cerca de 136% da população europeia, apesar de não conseguirmos assegurar a sua adequada distribuição por todos. Ainda assim, os agricultores europeus continuam a ser pressionados para produzir mais quantidade por menos dinheiro, deixando para segundo plano os custos sociais e ecológicos que daí resultam. Na Europa, a agricultura representa mais do que a nossa fonte de alimentos. Ao longo de milhares de anos a paisagem foi sendo moldada pelos sistemas agrícolas. Os hábitos das gentes e das espécies adaptaram-se, fazendo da agricultura tradicional um dos pilares da biodiversidade. A Política Agrícola Comum (PAC) atual reconhece este papel da agricultura e usa-o como justificação para o seu orçamento, que representa cerca de 38% do orçamento total da União Europeia. A PAC já não tem como objetivo aumentar a produção de alimentos como aquando da sua criação em 1958, mas sim apoiar um sector que, para além dos alimentos, pode prestar bens e serviços públicos ambientais e de ecossistema. Os agricultores europeus devem receber ajudas por cumprirem práticas benéficas para a conservação do solo, da água, da biodiversidade, da paisagem e para a atenuação e adaptação às alterações climáticas. Apesar desta concepção inteligente, a implementação da nova PAC tem vindo a revelar-se um desastre. Os Estados-membros definiram critérios muito pouco ambiciosos para a atribuição das ajudas, resultando na prática em escassos benefícios ambientais – ou seja, pagamos impostos para ajudar a nossa agricultura a ser mais sustentável, mas a intenção perde-se num caminho ineficaz. Vejamos apenas um de vários exemplos: a PAC prevê a atribuição de ajudas aos agricultores para a diversificação de culturas. Esta é uma medida muito importante para contrariar as monoculturas que eliminam as hipóteses de sobrevivência de várias espécies de aves e insetos, prejudicando a própria atividade agrícola, ao diminuir, por exemplo, a capacidade de polinização. Mas na operacionalização desta medida os critérios isentam as explorações com menos de dez hectares que recebem a ajuda sem ter de diversificar nada, enquanto nas explorações de área superior a cultura principal fica limitada a 75% da superfície. Mas se 75% é um valor pouco ambicioso, a diversificação pode ser de todo eliminada através de um mecanismo de equivalência, que foi já pedido para a cultura do milho por Estados-membros como Portugal e França. Porque continuamos então a sobreproduzir alimentos, ao mesmo tempo que hesitamos em apoiar uma agricultura mais sustentável? Encontramos algumas respostas olhando para o nosso sistema de produção e consumo. Por um lado, permitimos o desperdício de algo entre um terço e metade do total de alimentos produzidos, desde a produção até ao consumo final, segundo dados publicados pela Comissão Europeia e pela FAO. Por outro lado, consumimos mais do que o necessário, razão pela qual tem aumentado a incidência de doenças cardiovasculares, obesidade e alguns tipos de cancro na Europa. Temos de ser capazes de alterar este modelo. Não podemos prolongar um sistema em que produzimos e consumimos mais do que necessitamos, degradando simultaneamente a nossa saúde, os nossos recursos e a capacidade das gerações futuras obterem o seu alimento. A nossas políticas públicas, como a PAC e o seu pesado orçamento, têm de servir para apoiar uma agricultura e uma alimentação sustentáveis, que pelo caminho contribuem também para a conservação da natureza e do mundo rural. Marta Paz é membro da direcção da LPN-Liga para Protecção da Natureza
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave cultura ajuda consumo alimentos aves