Rei de Espanha afastado da presidência do WWF
A assembleia extraordinária da filial espanhola do Fundo Mundial para a Natureza (WWF, na sigla em inglês), convocada para este sábado, tinha como único ponto de discussão a destituição ou não do rei Juan Carlos do cargo de presidente honorário. E os sócios da organização decidiram mesmo afastar o monarca espanhol daquele cargo honorífico, que ocupava desde 1968. (...)

Rei de Espanha afastado da presidência do WWF
MINORIA(S): Animais Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2012-07-21 | Jornal Público
SUMÁRIO: A assembleia extraordinária da filial espanhola do Fundo Mundial para a Natureza (WWF, na sigla em inglês), convocada para este sábado, tinha como único ponto de discussão a destituição ou não do rei Juan Carlos do cargo de presidente honorário. E os sócios da organização decidiram mesmo afastar o monarca espanhol daquele cargo honorífico, que ocupava desde 1968.
TEXTO: Em causa estava o polémico safari feito por Juan Carlos no Botswana, em Abril, na qual tomou parte numa caçada de elefantes e, após uma queda, acabou por ficar ferido. O rei de Espanha fracturou a bacia, teve de ser submetido a uma operação, mas a estadia no hospital não impressionou os defensores dos direitos dos animais, que muito o criticaram. “É indecente, repugnante e indigno de uma pessoa com a sua responsabilidade. Você é a vergonha de Espanha”, escreveu então a actriz francesa Brigitte Bardot, conhecida activista na defesa dos direitos dos animais, numa carta aberta a Juan Carlos. Em Espanha, os críticos relevaram ainda o facto de o rei se dedicar a safaris em tempos de crise. Os pedidos para o afastamento do rei da presidência honorária da WWF espanhola – lugar que ocupava desde a fundação da organização – foram muitos e, neste sábado, acabaram por ser ouvidos. Com 226 votos a favor (94%) e 13 contra, os sócios do Fundo reunidos em Madrid não deixaram margem para dúvidas sobre o facto de Juan Carlos já não ser ali bem-vindo. “Apesar de este tipo de caça ser legar e estar regulamentada, [a sua prática] foi considerada incompatível, por muitos dos sócios, com a presidência honorária de uma organização internacional como o WWF de defesa da Natureza e do meio ambiente, e uma das que mais esforços e recursos dedica à conservação de espécies em vias de extinção”, lê-se na nota publicada online, após a assembleia extraordinária de hoje. O que membros da organização fizeram, na prática, foi alterar os estatutos, eliminando o artigo 6 (“É presidente fundador e honorária da associação Sua Majestade o Rei D. Juan Carlos I de Espanha”).
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave direitos extinção vergonha
Direcção-Geral de Veterinária passou a recolher amostras de alimentos feita pela ASAE
A Direcção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) está a fazer desde o início deste ano a recolha de amostras de alimentos que antes era feita pela ASAE e não há “nenhum” problema de saúde pública em termos de fiscalização alimentar, garantiu nesta segunda-feira a ministra da Agricultura no Parlamento. Com vídeo (...)

Direcção-Geral de Veterinária passou a recolher amostras de alimentos feita pela ASAE
MINORIA(S): Animais Pontuação: 6 | Sentimento 0.050
DATA: 2012-07-30 | Jornal Público
SUMÁRIO: A Direcção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) está a fazer desde o início deste ano a recolha de amostras de alimentos que antes era feita pela ASAE e não há “nenhum” problema de saúde pública em termos de fiscalização alimentar, garantiu nesta segunda-feira a ministra da Agricultura no Parlamento. Com vídeo
TEXTO: “Não existe nenhum problema para a saúde pública. Os alimentos estão a ser analisados e a saúde dos portugueses não está em risco, apesar de ter sido reduzida a participação da ASAE” em termos de fiscalização alimentar, afirmou Assunção Cristas na comissão parlamentar de Agricultura e Mar dedicada à Politica Agrícola Comum (PAC). A ministra admitiu que desde o início deste ano a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) deixou de recolher as amostras de alimentos, como as de carne à saída dos matadouros, antes de chegar aos pontos de venda, mas explicou que esta alteração não prejudica ou põe em causa a segurança alimentar. “Não há nenhum problema para a saúde pública, nem há nada a ser descurado nesta matéria. O que ouve foi no início deste ano um entendimento entre a DGAV e a ASAE para racionalizar custos, a ASAE deixou de recolher as amostras e passou a ser a DGAV porque tem meios para o fazer”, afirmou numa resposta aos deputados. Assunção Cristas frisou, por várias vezes, que a ASAE deixou de recolher as amostras, mas isso “não quer dizer que ninguém as faça” e defendeu que a alteração na recolha de amostras visou uma “melhor gestão dos recursos humanos e financeiros”. A ministra lembrou aos deputados que o controlo sanitário é uma matéria “muito importante para a segurança dos consumidores nacionais, mas também dos estrangeiros. “O Japão vem agora ver o nosso sistema de controlo para permitir a exportação futura da nossa carne”, acrescentou Assunção Cristas, explicando que a recolha das amostras não é regular durante todo o ano, uma vez que há amostras que “só podem ser recolhidas em certa altura do ano”. Os esclarecimentos da ministra surgem depois de no domingo o Jornal de Notícias noticiar que a ASAE deixou de recolher amostras a pedido da DGAV, informação que foi confirmada pelo inspector-geral da ASAE, António Nunes. Também nesta segunda-feira, o director-geral da DGAV garantiu que os planos de controlo de alimentos estão a ser cumpridos e que Bruxelas não está a pensar avançar com um embargo. “Não há nenhum interesse por parte de Bruxelas em fazer qualquer embargo. Tem havido contactos regulares com Bruxelas e com a missão que nos acompanha no sentido da fiscalização e não há, nem nunca houve, nenhuma abordagem próxima, nem teórica nem prática, sobre o assunto. Portanto não me parece sequer que deva ser equacionada”, afirmou em declarações à Lusa Nuno Vieira e Brito. “Nós apresentamos os projectos e planos a Bruxelas e somos o primeiro interlocutor com Bruxelas relativamente a estes planos”, explicou, garantindo que a DGAV é a “autoridade competente nesta matéria”. Nuno Vieira e Brito sublinhou que as regras no controlo dos alimentos estão a ser cumpridas, lembrando que o número de recolha de amostras do Plano Nacional de Pesquisa de Resíduos está a ser desenvolvido normalmente.
REFERÊNCIAS:
Entidades ASAE
ASAE confirma que deixou de fiscalizar produtos antes de chegarem ao mercado
A ASAE confirma que a Direcção-Geral de Veterinária deixou de pedir amostras para controlar os alimentos antes de chegarem ao mercado, mas garante que as acções de fiscalização aos produtos vendidos directamente ao público se mantêm. Com vídeo (...)

ASAE confirma que deixou de fiscalizar produtos antes de chegarem ao mercado
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DATA: 2012-07-30 | Jornal Público
SUMÁRIO: A ASAE confirma que a Direcção-Geral de Veterinária deixou de pedir amostras para controlar os alimentos antes de chegarem ao mercado, mas garante que as acções de fiscalização aos produtos vendidos directamente ao público se mantêm. Com vídeo
TEXTO: A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) “tem vindo a desenvolver a sua actividade no corrente ano exactamente nos mesmos moldes que fez nos anos anteriores”, afirmou à Lusa o inspector-geral deste organismo, António Nunes, lembrando que a ASAE é responsável por fiscalizar os produtos manipulados que são directamente vendidos ao público. Os inspectores daquela polícia analisam os alimentos “como hambúrgueres, chouriço, carne picada, leite ou ovos que estão nos pontos de venda”, para verificar se as normas de higiene e segurança alimentar estão a ser cumpridas. Já os alimentos na sua origem, como por exemplo a carne num matadouro, parecem não estar a ser controlados: “O que falta fazer é controlar alguns produtos que são colocados no mercado antes de serem comercializados”, admitiu António Nunes. Essa é uma responsabilidade da Direcção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV), que costumava pedir apoio à ASAE para recolher as amostras dos alimentos para análise. No entanto, a DGVA deixou de pedir esse trabalho e a ASAE deixou de fazer recolhas “desde o final do primeiro trimestre do ano”, disse o inspector-geral. Ou seja, segundo explicou António Nunes, os alimentos que são vendidos ao público são controlados pela ASAE, mas desde Abril que deixaram de ser controlados os alimentos na sua origem, antes de serem modificados. A informação de que existe falta de controlo aos alimentos, da responsabilidade da DGAV, foi avançada na edição deste domingo do Jornal de Notícias. Segundo o jornal, em Janeiro e Fevereiro não foram recolhidas amostras e em Março foram apenas cerca de 600, quando ao todo no ano passado foram 8000. Em Portugal os alimentos são controlados e fiscalizados através de dois grandes planos: o Plano Nacional de Resíduos, que é da responsabilidade da DGAV, organismo que está sob a tutela do Ministério da Agricultura e Ordenamento do Território (MAMAOT), e o Plano Nacional de Colheita de Amostra, da responsabilidade da ASAE, que responde perante o Ministério da Economia. “O Plano Nacional de Controle de Resíduos analisa os alimentos na origem, e pesquisa, por exemplo, a presença de antibióticos ou anti-inflamatórios”, explicou António Nunes, admitindo que os seus funcionários não têm vindo a colaborar neste plano “por questões que competem à DGAV”. António Nunes sublinha que apesar da contenção exigida aos organismos públicos, o trabalho da ASAE não diminuiu: “As acções de fiscalização do cumprimento das normas alimentares dos produtores e dos postos de venda estão a ser desenvolvidas. Desde controlar os supermercados, os restaurantes, as feiras, os mercados, a aquicultura, os produtos da pesca, os ovos, o leite a ir às fábricas e verificar se todos os cumprimentos de segurança alimentar estão a ser executados nós temos vindo a fazer”. O PÚBLICO contactou o Ministério da Economia, até ao momento sem sucesso. Já o Ministério da Agricultura, Mar, Ambiente e Ordenamento do Território prometeu para breve uma reacção por parte da Direcção-Geral de Alimentação e Veterinária, que tutela. A Deco - Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor veio alertar que se está perante um perigo para a saúde pública. Também a Associação Portuguesa de Direito do Consumo diz que “a saúde pública é um bem inestimável, que não poderá ser posto em causa”.
REFERÊNCIAS:
Entidades DECO ASAE
Catarina Martins: Estreante na frente
Catarina Martins é licenciada em Línguas e Literaturas Modernas e frequenta o doutoramento em Didáctica das Línguas. Actriz de profissão, passou por Direito e faz 40 anos na próxima sexta-feira. (...)

Catarina Martins: Estreante na frente
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DATA: 2012-09-03 | Jornal Público
SUMÁRIO: Catarina Martins é licenciada em Línguas e Literaturas Modernas e frequenta o doutoramento em Didáctica das Línguas. Actriz de profissão, passou por Direito e faz 40 anos na próxima sexta-feira.
TEXTO: É deputada desde 2009, ano em que subiu ao palco com a peça Anzol pela última vez, e é militante do Bloco apenas há pouco mais de dois anos. Na Assembleia da República, assume nesta legislatura a coordenação do grupo parlamentar do BE na Comissão de Economia e Obras Públicas, cabendo-lhe também a vice-presidência da Comissão para a Ética, a Cidadania e a Comunicação. Mas a escolha da deputada, em conjunto com o coordenador do grupo parlamentar, para a comissão parlamentar de inquérito às PPP, Pedro Filipe Soares, deu-lhe maior relevo mediático nos últimos meses. No Bloco, foi a principal autora do projecto de lei aprovado que prevê a alteração do regime de incompatibilidade e impedimento dos titulares de cargos públicos e políticos. Assinou também em primeiro lugar projectos de lei que ficaram pelo caminho e que previam a reposição da taxa de 13% do IVA na restauração, a divulgação de toda a cadeia dos proprietários dos media ou a introdução de medidas antiespeculativas no preço dos combustíveis. Mas foi Catarina Martins igualmente quem deu a cara pelo BE no caso PÚBLICO-Miguel Relvas, assim como defendeu o fim da exibição das touradas na televisão pública, acabando com os seus apoios institucionais, ou o fim das praxes académicas violentas. A deputada tornou ainda público o facto de o site do Governo estar em baixo havia pelo menos seis dias, em Abril.
REFERÊNCIAS:
Partidos BE
A República das Putas
João Magueijo é o décimo de 13 pensadores a reflectir no PÚBLICO sobre valores humanos. (...)

A República das Putas
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DATA: 2013-01-12 | Jornal Público
SUMÁRIO: João Magueijo é o décimo de 13 pensadores a reflectir no PÚBLICO sobre valores humanos.
TEXTO: O livro de Skvorecky e o tempo da invasão da Checoslováquia pelas tropas soviéticas são o ponto de partida para João Magueijo lembrar o “sentimento de um país traído, entregue ou vendido a uma ideologia questionável” e o valor dominante do dinheiro hoje. “Antes falar de tourada”, escreve o autor, no âmbito da série especial sobre os valores humanos. “Os usurários mundiais nem sequer construíram túneis inúteis”, diz, “construíram castelos de valores inexistentes, que continuam a crescer e a alimentar a sua ganância. Até isto se resolver falemos de tourada, porque não faz muito sentido discutir o estado da nossa sociedade, e o demais, em 2013. ”O físico teórico faz parte de um grupo de 13 pensadores, a quem o PÚBLICO desafiou a antever o ano que ora começa. A pergunta feita a 13 pensadores: Que será a sociedade portuguesa e europeia em 2013?Os valores: bem, bondade, lealdade, altruísmo, honestidade, solidariedade, liberdade, verdade, justiça, felicidade, sagrado (Deus), sabedoria, coragem e dignidade. Os pensadores: Adriano Moreira, Alfredo Bruto da Costa, Ana Luisa Amaral, António Pinho Vargas, Eduardo Lourenço, Gonçalo M. Tavares, Helena Marujo, Isabel Allegro de Magalhães, João Magueijo, Manuel Maria Carrilho, Miguel Real, Teresa Pizarro Beleza e Yvette Centeno. Os textos são publicados em 13 dias seguidos. Leia mais no PÚBLICO desta sexta-feira e na edição online exclusiva para assinantes. (Esta série tem o apoio de Millenium bcp)
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave humanos tourada
Supermercados brasileiros controlam carne para proteger Amazónia
O objectivo é combater a desflorestação ilegal, a invasão de terras públicas e o trabalho escravo. (...)

Supermercados brasileiros controlam carne para proteger Amazónia
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DATA: 2013-03-27 | Jornal Público
SUMÁRIO: O objectivo é combater a desflorestação ilegal, a invasão de terras públicas e o trabalho escravo.
TEXTO: Os supermercados brasileiros vão iniciar uma série de iniciativas para evitar a venda de carne proveniente de áreas desmatadas ilegalmente na Amazónia. Um acordo neste sentido foi firmado segunda-feira entre a Associação Brasileira de Supermercados (Abras) – que representa 82 mil lojas no país – e o Ministério Público Federal. Segundo o acordo, a Abras irá incentivar os seus associados a informarem os consumidores da origem da carne que compram. Ao mesmo tempo, a associação irá divulgar através do seu portal na Internet e das suas publicações as acções do Ministério Público Federal no controlo das actividades ilegais na produção da carne. O objectivo é não só combater o desmatamento ilegal da Amazónia como também outras práticas que têm vindo a ser alvo de acções de fiscalização, como a invasão de terras públicas e o trabalho escravo. O acordo agora assinado vem na sequência de uma intensificação da vigilância sobre a pecuária pelas autoridades brasileiras, iniciada em 2009. Nessa altura, o Ministério Público autuou 20 herdades e 11 matadouros e armazenistas, acusados de terem desmatado 157 mil hectares de floresta no estado do Pará. As autoridades pediram 770 milhões de euros de indemnizações às empresas. No mesmo ano, três grandes cadeias de supermercados – Wal-Mart, Carrefour e Pão de Açúcar – suspenderam a compra de carne de produtores envolvidos na desflorestação ilegal. Ao mesmo tempo, o Ministério Público lançou a campanha Carne Legal, para a regularização progressiva dos produtores. A expansão da pecuária foi responsável por cerca de 70% da desflorestação da Amazónia desde 1995, segundo dados citados no site do Ministério Público Federal. Só no Pará haverá entre 150 mil e 220 mil propriedades rurais. No Mato Grosso, serão mais 111 mil, com 26 milhões de cabeças de gado. Ambos os estados são a principal fronteira da desflorestação da Amazónia, tendo sido responsáveis por dois terços de toda a área de floresta derrubada desde 1988, segundo a monitorização por satélite feita pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais. A taxa de desflorestação da Amazónia tem, no entanto, vindo a cair nos últimos anos, tendo ficado nos 4656 quilómetros quadrados em 2012, o menor valor desde meados da década de 1970.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave carne ilegal
Ponha umas orelhas e tire uma selfie porque esta quinta-feira é dia do burro
A 8 de Maio celebra-se o Dia Internacional do Burro. Para chamar a atenção para o jumento autóctone, o de Miranda, todos são convidados a colocar umas orelhas ... de asno. (...)

Ponha umas orelhas e tire uma selfie porque esta quinta-feira é dia do burro
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DATA: 2014-05-08 | Jornal Público
SUMÁRIO: A 8 de Maio celebra-se o Dia Internacional do Burro. Para chamar a atenção para o jumento autóctone, o de Miranda, todos são convidados a colocar umas orelhas ... de asno.
TEXTO: A Associação para o Estudo e Protecção do Gado Asinino (AEPGA) está a organizar, em conjunto com a We Came From Space (WCFS) um concurso para sensibilizar a sociedade para a raça autóctone em vias de extinção, o Burro de Miranda. O concurso é muito simples: basta só usar umas orelhas de burro e tirar uma fotografia. Aproveitando o Dia Internacional do Burro como mote, a WCFS, a pedido da AEPGA, vai lançar um passatempo que consiste na personalização de umas orelhas de burro disponibilizadas em formato pdf para download no site do concurso. A ideia é muito simples e aproveita a febre das selfies. Assim, quem quiser participar terá de aliar a criatividade à boa disposição, construindo umas orelhas singulares, colocá-las e registar o momento através de um auto-retrato. A foto deverá ser publicada numa rede social à escolha, com a devida hashtag. Após serem anunciadas as 20 melhores fotografias, será atribuído um prémio aos cinco primeiros classificados. Um dos responsáveis pela AEPGA, Miguel Nóvoa adiantou ao PÚBLICO que os vencedores serão convidados a passar um dia com os burros, nos “trabalhos diários de alimentação e manutenção do Centro de Valorização do Burro de Miranda”, a fazer um passeio de uma hora e ainda têm direito a apadrinhar um dos animais. Além disso, será também oferecida uma entrada para o “festival itinerante da cultura tradicional” L Burro e L Gueiteiro. As actividades não acabam por aqui. Há também a ideia de desenvolver em paralelo um plano pedagógico para sensibilizar as escolas do distrito, com o objectivo de “desconstruir a imagem pesada e negativa” associada às orelhas de burro, envolvendo as crianças num processo “pessoal, criativo e divertido” para, no fim, terem orgulho e não vergonha “nas suas orelhas”. Tiago Costa, um dos responsáveis da acção na WCFS, adiantou que se poderia envolver também outras escolas, como por exemplo as do Porto, onde está sediada a WCFS. Na sua opinião é necessário “forçar, educar e sensibilizar” as pessoas no sentido de “inverter o pensamento negativo sobre as orelhas”A Associação e o Burro de MirandaA AEPGA surge em 2001 com o objectivo de preservar a tradição e valorizar a imagem da raça autóctone de asininos das Terras de Miranda, em Trás-os-Montes. O objectivo é dar a conhecer não só as potencialidades do burro a nível socioeconómico, como também a sua utilização em novas actividades como o turismo, a terapia assistida e a educação. Miguel Nóvoa faz um balanço muito positivo dos 13 anos de existência da AEPGA que passou, essencialmente, pela mudança de mentalidade em relação à raça. “Acima de tudo, notamos uma grande diferença na atitude geral face ao burro, que é cada vez mais olhado com carinho e respeito, o que nos leva a crer que o esforço que temos vindo a fazer para dignificar este animal tem tido bons resultados”, diz. O propósito de preservação desta raça autóctone também tem sido cumprido pois, desde 2002, houve um aumento de 10 para 80 nascimentos por ano. No território desta raça – que abrange os concelhos de Miranda do Douro, Vimioso e Mogadouro – há uma relação emocional muito forte entre o criador e o animal, o que faz dele "um caso especial". Para os transmontanos, o burro “é um símbolo da região e, por isso mesmo, um motivo de orgulho”. Na última década a AEPGA tem desenvolvido um “trabalho de proximidade”, desde os programas de formação de jovens ou a campanha de apadrinhamento do burro, como forma de angariar fundos. Também os passeios, as peças de teatro ou as acções de sensibilização ambiental nas escolas são alguns dos projectos. A WCFS é um estúdio-escola que surgiu há três meses com o objectivo de aliar o trabalho do formador ao do aluno e ao do profissional. Este espaço do Porto abrange diversas áreas, desde a comunicação ao design ou à distribuição. Tiago Costa afirmou que quando visitou Atenor, onde está sediada a AEPGA, ficou surpreendido pelo “trabalho social” feito com a população. Texto editado por Ana Fernandes
REFERÊNCIAS:
As estrelas-do-mar estão a morrer e ninguém sabe porquê
Na América do Norte, ao longo de toda a costa, alguma coisa as está a dizimar, ainda sem explicação científica. Por outro lado, na Austrália há uma espécie que está a ser abatida para proteger a Grande Barreira Coral. (...)

As estrelas-do-mar estão a morrer e ninguém sabe porquê
MINORIA(S): Animais Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2014-05-09 | Jornal Público
SUMÁRIO: Na América do Norte, ao longo de toda a costa, alguma coisa as está a dizimar, ainda sem explicação científica. Por outro lado, na Austrália há uma espécie que está a ser abatida para proteger a Grande Barreira Coral.
TEXTO: Sejam azuis, cor de laranja ou vermelhas, tenham cinco, sete, dez ou 50 braços, as estrelas-do-mar costumam captar a atenção de todos. Porém, estes animais estão debaixo de uma ameaça — de origem ainda desconhecida — nas costas da América do Norte, no lado do Atlântico e principalmente no Pacífico. Desde 2013 que milhões de estrelas-do-mar estão a aparecer mortas. Apesar do trabalho desenvolvido por vários cientistas, a origem destas mortes é um mistério, como relatou no início deste mês Maio a revista Science num artigo noticioso. Comparando com os registos de surtos idênticos em 1978 e em 1997, ocorridos na Califórnia, agora a dimensão da devastação é muito maior. O problema apareceu em 2013: primeiro atingiu a estrela-do-mar-púrpura (Pisaster ochraceus) e a estrela-do-mar-sol (Pycnopodia helianthoides), depois foi a estrela-do-mar-morcego (Asterina miniata). Mas, ao longo de milhares de quilómetros da costa, estão a ser afectadas cerca de 20 espécies, como a estrela-de-espinhos-gigantes (Pisaster giganteus). “Nas últimas décadas, tem-se observado, em diversos grupos marinhos, um aumento do número e da intensidade de surtos de doenças. A grande novidade desta morte maciça de estrelas-do-mar nas zonas costeiras do Norte do Pacífico está relacionada com a extensão geográfica do fenómeno”, explica Joana Micael, doutorada em ciências do mar e investigadora no pólo dos Açores, em Ponta Delgada, do Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos (CIBIO-Açores). “Não há registos de uma área tão extensa — desde o Alasca até ao Sul da Califórnia — e que tenha sido afectada em simultâneo. Na costa Leste, uma versão menos acentuada do fenómeno já tinha ocorrido em 2010”, acrescenta a cientista portuguesa. “Se o número de mortes continuar a aumentar, pode falar-se em extinção local. Estas espécies têm uma ampla distribuição geográfica, pelo que falar em espécies em vias de extinção é muito prematuro. ”Quando são afectadas por este problema enigmático, as estrelas-do-mar têm lesões brancas à superfície do corpo. Os tecidos tornam-se moles, os animais ficam sem braços, o corpo rompe-se e os órgãos internos saem. “Com esta síndrome, o epitélio das estrelas, a camada de tecido que está em contacto com o ambiente, desintegra-se”, explica Joana Micael. Até agora, desconhece-se a causa desta mortandade. Persiste a dúvida se é uma bactéria, um vírus, se são factores ambientais da água (como níveis baixos de oxigénio), se são as alterações climáticas, se é algo que vem das aves marinhas ou de outros animais. Apenas uma certeza: nos indivíduos já afectados, temperaturas mais elevadas da água aceleram a progressão desta síndrome. Por exemplo, uma veterinária do aquário de Seattle, nos EUA, começou a ver estrelas-do-mar num canal à volta das instalações do aquário a morrer repentinamente em Outubro do ano passado. Em Novembro, Lesanna Lahner já não via nenhuma das três espécies que costumavam andar por ali, relatou a revista Science. Pouco depois, também as estrelas-do-mar nos tanques do aquário estavam afectadas e a veterinária isolou as mais doentes. Para encontrar uma solução, pediu ajuda a Gregory Lewbart, autor do manual Invertebrate Medicine, que tem um só parágrafo sobre como tratar estrelas-do-mar e outros equinodermes como elas. E a resposta dele foi: “Lamento. ”Em Portugal, não há registo do problema, onde quer no Continente quer nos Açores e na Madeira vivem dezenas de espécies de estrelas-do-mar (nos Açores, a nível costeiro, existem cerca de 12). “Há espécies que se encontram tanto no Continente como nas ilhas e outras que se encontram só nas ilhas ou só no Continente”, diz Joana Micael. “Seria fundamental que decorressem monitorizações específicas [em Portugal], nomeadamente com a colaboração das empresas de mergulho, que poderiam enviar os seus registos fotográficos de indivíduos potencialmente afectados para cientistas, para que estes possam intervir de forma antecipada e tentar contribuir para a solução de um problema mundial”, defende a investigadora. Na Austrália, o abateEnquanto na América do Norte as estrelas-do-mar estão a morrer e ninguém sabe porquê, na Austrália a sua morte é propositada. Nos últimos dois anos, o Governo australiano supervisionou o abate de 250. 000 coroas-de-espinhos (Acanthaster planci), uma estrela-do-mar nativa da Austrália, anunciou o ministro do Ambiente Greg Hunt em Abril, segundo noticiou a revista Nature.
REFERÊNCIAS:
“Jipe” de Cavaco segue mais leve para férias mas com diplomas delicados
Presidente decide se envia para o Tribunal Constitucional novos cortes de salários na função pública e redução das pensões. (...)

“Jipe” de Cavaco segue mais leve para férias mas com diplomas delicados
MINORIA(S): Animais Pontuação: 6 | Sentimento -0.3
DATA: 2014-07-27 | Jornal Público
SUMÁRIO: Presidente decide se envia para o Tribunal Constitucional novos cortes de salários na função pública e redução das pensões.
TEXTO: Cavaco Silva não deverá ter estas férias razões para se queixar da carga de diplomas no seu “jipe”, mas os que seguem para apreciação do Presidente da República exigem atenção redobrada por causa do pedido do Governo em fazê-los passar pelo crivo do Tribunal Constitucional (TC). É o caso da reposição dos cortes de salários na Função Pública e da criação da contribuição de sustentabilidade para as reformas. O próprio Cavaco Silva já foi informado pelos líderes parlamentares da maioria PSD/CDS que este ano o seu “jipe não terá uma carga muito forte”. Uma graça do Presidente que remete para Agosto de 2009 quando o próprio se queixou de ter muitos diplomas para apreciar em férias, tantos que “enchiam um bom jipe”. Nessa altura, o fim da sessão legislativa coincidiu com o fim da legislatura, o que gerou um maior número de diplomas aprovados para impedir que pudessem caducar. Não é o caso deste Verão, em que termina a terceira sessão legislativa (da XII Legislatura). Há diplomas que já estão em Belém para ser apreciados como é o caso das alterações à lei do segredo de Estado (que obriga a uma revisão da classificação a cada quatro anos e um prazo máximo de 30 anos) e aos serviços de informação, que determina o registo de interesses dos agentes e funcionários das secretas, designadamente a sua ligação à maçonaria. À espera de apreciação está ainda o Fundo de Apoio Municipal, uma proposta do Governo para ajudar as câmaras municipais em dificuldades, aprovado no Parlamento no passado dia 10 e que já chegou a Belém. Ainda no Parlamento para fixar as redacções finais estão outros diplomas aprovados na passada sexta-feira. É o caso da lei interpretativa do financiamento partidário, que impedirá o PS de receber 3, 6 milhões de euros em apoios de campanha eleitoral, bem como a lei de combate aos maus tratos aos animais de companhia. Foram também aprovadas na passada sexta-feira propostas do Governo sobre a Organização das Forças Armadas e de Defesa Nacional, bem como uma lei que altera as regras de acesso a crédito habitação para deficientes. Segue igualmente para Belém a proposta do Governo sobre o jogo online. No pacote de diplomas para apreciar, há dois que exigem maior atenção. A reposição dos cortes impostos no governo de José Sócrates aos funcionários públicos e a determinação dos cortes definitivos aos reformados têm um pedido para seguirem primeiro para o TC. O Presidente tem oito dias para os enviar, caso assim decida, e os juízes do Palácio Ratton têm 25 dias para se pronunciarem. O pedido para a fiscalização preventiva foi feito pelo primeiro-ministro e estará plasmado numa carta que será enviada ao Presidente. Cavaco Silva já disse esperar pelos diplomas para depois decidir, mas o próprio, enquanto primeiro-ministro, fez um pedido semelhante ao então Presidente Mário Soares sobre a lei das privatizações. A pressão do Governo para clarificar a certeza jurídica dos diplomas é clara e o objectivo é assumido: Aplicar os cortes já em Setembro. Resta saber se o TC fará do mês de Agosto sinónimo de mais um chumbo para o Governo.
REFERÊNCIAS:
Partidos PS PSD
Portugueses substituem bacalhau com batatas por frango e arroz
Frango com arroz e muito molho acompanhado de uma cervejinha. Eis uma típica refeição portuguesa. Onde já imperou o bacalhau ou a feijoada, reina agora a carne e a gordura. Os hábitos alimentares dos portugueses têm vindo a piorar e, segundo o Instituto Nacional de Estatística, a tendência tem-se agravado nos últimos anos. (...)

Portugueses substituem bacalhau com batatas por frango e arroz
MINORIA(S): Animais Pontuação: 6 | Sentimento -0.6
DATA: 2010-11-30 | Jornal Público
SUMÁRIO: Frango com arroz e muito molho acompanhado de uma cervejinha. Eis uma típica refeição portuguesa. Onde já imperou o bacalhau ou a feijoada, reina agora a carne e a gordura. Os hábitos alimentares dos portugueses têm vindo a piorar e, segundo o Instituto Nacional de Estatística, a tendência tem-se agravado nos últimos anos.
TEXTO: A última avaliação da balança alimentar portuguesa, hoje publicada pelo INE, compara a década de 90 com o período entre 2003 e 2008. As grandes derrotadas na mudança de hábitos registada são as leguminosas secas, que os portugueses decidiram pôr de lado. Em contrapartida, o consumo de carne, pescado e ovos tem aumentado para valores muito acima dos recomendados. Isto faz com que a ingestão de calorias pelos portugueses seja manifestamente superior ao que deveria ser – 2883 quilocalorias quando não deveria passar das 2500, ficando-se idealmente pelas duas mil. E tem vindo a aumentar: mais quatro por cento do que na última década do século passado. Daí não ser de estranhar os problemas de peso e obesidade que começam a imperar na sociedade portuguesa. Em 2006, já se verificava que mais de metade da população tinha vários quilos acima da conta. A balança alimentar nacional apresenta várias distorções em relação ao que a roda dos alimentos indica como alimentação saudável: as carnes e pescado, que não deveriam ultrapassar cinco por cento do total, totalizam mais de 16 por cento. Os óleos e gorduras, que idealmente rondariam os dois por cento, cifram-se em seis. Porém, há aqui um hábito positivo que é de salientar: o azeite ganhou espaço às margarinas. Depois, há o que se consome pouco, geralmente o que sai das hortas e pomares: hortícolas, frutos e leguminosas secas andam arredados das mesas nacionais. Mas o INE realça que, apesar de ainda afastado do ideal, o consumo de saladas e fruta tem vindo a subir. Assim, os produtos de origem animal continuam a impor-se na dieta nacional, uma tendência que já vem de trás, enquanto que os de origem vegetal têm perdido terreno, aumentando-se assim os riscos de doenças cardiovasculares. Entre as carnes, o porco ainda é o mais consumido mas as aves de capoeira estão a aproximar-se rapidamente da liderança. No peixe, o bacalhau perdeu importância, provavelmente devido ao aumento do preço. Nos acompanhamentos, cada vez a preferência vai mais para os cereais, sobretudo o arroz, e menos para as batatas. Para beber, os que optam pelo álcool elegem a cerveja em detrimento do vinho. O café continua a ser uma constante na vida dos portugueses mas o chocolate e cacau já o destronaram da liderança.
REFERÊNCIAS: