Financial Times põe Portugal na linha da frente dos desafios do euro
O diário britânico Financial Times dá hoje grande destaque às preocupações sobre a dívida pública portuguesa, dizendo que o país se tornou a nova “linha da frente” da batalha pelo euro e fazendo duas chamadas à primeira página sobre Portugal. (...)

Financial Times põe Portugal na linha da frente dos desafios do euro
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DATA: 2010-11-08 | Jornal Público
SUMÁRIO: O diário britânico Financial Times dá hoje grande destaque às preocupações sobre a dívida pública portuguesa, dizendo que o país se tornou a nova “linha da frente” da batalha pelo euro e fazendo duas chamadas à primeira página sobre Portugal.
TEXTO: Numa extensa reportagem, com uma chamada no topo da primeira página, o jornal diz que nem as “duras medidas de austeridade” que se perspectivam para ajudar a equilibrar as contas públicas têm ajudado a tirar o país da “linha de fogo” dos mercados financeiros. O jornal explica que o alívio esperado nos juros da dívida nacional devido ao acordo para passar o Orçamento para 2011 foi “obscurecido” pelo acordo entre os líderes europeus, a 29 de Outubro, para que o futuro mecanismo de resolução de crises de dívida soberana penalize também os detentores privados de dívida, que poderão ver-se privados do direito de receberem parte dos créditos de que são titulares. O jornal faz uma análise da situação portuguesa enquadrada na crise da dívida pública dos países da periferia sul e oeste da zona euro (Grécia, Espanha, Irlanda e Portugal), e diz que a sua adesão à fundação do euro, em 1999, lhes trouxe “anos de abundância na forma de crédito externo fácil para financiar infra-estruturas de transportes, construção de habitação e consumo de bens importados”, mas que os quatro países estão agora a sofrer a “ressaca” do excesso de crédito e a tentar pôr as suas contas públicas em ordem, “cuja fragilidade foi brutalmente exposta pela crise financeira global”. As situações dos vários países são no entanto diferentes, e a Espanha tem a sua situação controlada há algum tempo, o que “deu esperanças do que o pior tivesse passado”, pois a economia deste país (seis vezes a portuguesa) era vista, pela sua dimensão, como a chave para o destino da zona euro, cuja ideia de possível fragmentação deixou de ser vista como absurda. No entanto, a disposição dos investidores voltou a mudar com a decisão de 29 de Outubro de pedir aos credores privados que assumam uma parcela das perdas em futuras operações de ajuda aos Estados em dificuldades (como já aconteceu com a intervenção europeia e do FMI na Grécia), e os receios aumentaram, bem como os juros subjacentes à dívida portuguesa, irlandesa e grega. Neste contexto, o jornal diz que muitos investidores vêm agora como mais provável que Portugal e a Irlanda (cujo défice disparou este ano para mais de 30 por cento do PIB por ter sido obrigada a mais uma injecção maciça de fundos para salvar o seus sistema bancário da falência) tenham de se juntar à Grécia na “sala de urgências” que é a intervenção conjunta do Fundo Europeu de Estabilização financeiro e do FMI. Um operador dos mercados ouvido pelo FT diz mesmo que “o risco de os juros subirem para níveis insustentáveis é muito real”. Neste pano de fundo, não passou despercebida a vista do Presidente da China ao país no fim-de-semana, com a sua oferta para ajudar Portugal, através da compra de dívida pública. “China vai ajudar Portugal”, escreve o jornal na segunda chamada de primeira página que hoje dedica ao país. No interior, destaca que o Presidente Chinês prometeu “medidas concretas” de ajuda e que também foram assinados acordos comerciais bilaterais.
REFERÊNCIAS:
Entidades FMI
Cimeira do G20 termina sem acordo sobre desequilíbrios globais
Os líderes reunidos na cimeira do G20, na Coreia do Sul, não conseguiram chegar a acordo sobre os desequilíbrios comerciais globais, que se tornaram numa questão crucial para a economia mundial, e sobre a guerra cambial que se vislumbra, apesar do compromisso para evitarem a "desvalorização competitiva" das moedas. (...)

Cimeira do G20 termina sem acordo sobre desequilíbrios globais
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DATA: 2010-11-12 | Jornal Público
SUMÁRIO: Os líderes reunidos na cimeira do G20, na Coreia do Sul, não conseguiram chegar a acordo sobre os desequilíbrios comerciais globais, que se tornaram numa questão crucial para a economia mundial, e sobre a guerra cambial que se vislumbra, apesar do compromisso para evitarem a "desvalorização competitiva" das moedas.
TEXTO: A falta de acordo sobe uma questão central reflecte-se no comunicado final, que adverte contra políticas económicas "não coordenadas", que "só podem piorar a situação para todos", de acordo com o comunicado final da cimeira, citado pela AFP. O aspecto positivo é o compromisso das principais potências económicas para não entrarem em desvalorizações competitivas das suas moedas, o que não chega para disfarçar o mal-estar dos Estados Unidos em relação à cotação da moeda chinesa, que consideram subavaliada e que está a ser vista como uma das fontes dos desequilíbrios. Foi também alcançado um entendimento sobre a reforma do FMI no sentido de dar mais poder na instituição às economias emergentes. "Os esforços incessantes de cooperação dos dois últimos anos deram resultados sólidos. Devemos no entanto continuar vigilantes", lê-se no comunicado. Mas "os riscos persistem" e "um crescimento desigual e desequilíbrios crescentes aumentam a tentação de abandonar as soluções comuns a favor de acções não coordenadas", que "só podem piorar a situação para todos", acrescenta-se. Houve também um acordo para que estes países passem a acompanhar os grandes desequilíbrios das balanças correntes, que podem ameaçar a estabilidade da economia global, pelo que deram instruções aos seus ministros das Finanças para estabelecerem orientações indicativas, que consistem num conjunto de indicadores que permitam identificar a tempo os desequilíbrios que "exijam que sejam tomadas acções preventivas e correctivas", nota a Reuters. As "tensões elevadas entre algumas delegações sobre como corrigir as distorções nas moedas e no comércio", de que a BBC fala, levam a que haja receios de que o crescimento global possa ser afectado, sobretudo devido ao clima entre a China e os EUA. Barack Obama disse que as taxas de câmbio "devem reflectir a realidade económica" e que não deve haver divergências sobre a resolução de desequilíbrios "que contribuíram para a crise que estamos a viver". Os norte-americanos têm-se queixado de que a China mantém o yuan artificialmente subavaliado, o que dá aos seus exportadores uma vantagem injusta, e permite ao país acumular vastas reservas, sobretudo em dólares. No entanto, a China argumenta que tem um compromisso para reformar o seu regime monetário, mas não se sabe em que termos nem quando, dizendo que é necessário que haja estabilidade económica global para o poder concretizar. O clima entre chineses e americanos é tenso e a BBC afirma que funcionários britânicos, franceses e russos foram chamados hoje de madrugada, após as negociações entre a China e os EUA terem terminado com "acrimónia". Notícia actualizada às 10h06
REFERÊNCIAS:
Entidades EUA FMI
EUA, China e Alemanha mantêm posições e arriscam acordo sem significado no G20
O objectivo do G20 de dar passos significativos para a correcção dos desequilíbrios comerciais e cambiais do globo pareceu ontem, ao fim do primeiro dia da cimeira que se realiza em Seul, mais longe de se concretizar. (...)

EUA, China e Alemanha mantêm posições e arriscam acordo sem significado no G20
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 2 | Sentimento -0.5
DATA: 2010-11-12 | Jornal Público
SUMÁRIO: O objectivo do G20 de dar passos significativos para a correcção dos desequilíbrios comerciais e cambiais do globo pareceu ontem, ao fim do primeiro dia da cimeira que se realiza em Seul, mais longe de se concretizar.
TEXTO: Depois de uma série de encontros bilaterais considerados decisivos, os EUA continuam a insistir num compromisso de redução dos excedentes comerciais dos outros países, a China faz questão de mostrar que não está disposta a alterar a sua política cambial e a Alemanha continua a criticar os EUA pelo rumo da sua política monetária. A manter-se este cenário hoje, último dia da cimeira, o acordo obtido será sempre muito vago e com poucos avanços. O encontro mais esperado do dia, entre Barack Obama e Hu Jintao, durou 80 minutos e decorreu num hotel de Seul, na Coreia do Sul. Oficialmente, pela voz do porta-voz da Casa Branca, Robert Gibbs, sabe-se apenas que, durante a maior parte do tempo, os líderes dos EUA e da China discutiram as taxas de câmbio. Obama terá insistido na ideia de que a China tem de deixar o yuan valorizar-se, abdicando de uma vantagem competitiva das suas exportações. Hu Jintao não se terá comprometido com nenhum objectivo concreto nesse sentido. Antes do encontro, as declarações apontavam para o esforço em obter alguma espécie de consenso. O Presidente dos EUA disse que era obrigação dos dois países lidarem "com a garantia de um crescimento forte, equilibrado e sustentado" enquanto "duas das principais economias do mundo". Para arrancar com a recuperação de uma economia ainda frágil, Obama disse querer "ter a certeza de estarmos a aumentar as taxas de crescimento tanto em casa [nos Estados Unidos] como no exterior". E, para isso, conta duplicar as exportações nos próximos cinco anos. Por outro lado, Hu Jintao deu um sinal de confiança de que, nas reuniões bilaterais entre a China e os Estados Unidos, os dois líderes cheguem a um "resultado positivo". No entanto, os sinais saídos das negociações apontam para a existência de sérias dificuldades em atingir nesta cimeira do G20 - que reúne as principais potências económicas mundiais e os países emergentes do globo - um acordo significativo entre os vários participantes. De acordo com um membro da delegação alemã citado ontem pela agência Reuters, nas mais recentes reuniões para definir o texto do comunicado final da cimeira, a China tem insistido na necessidade de alterar a linguagem utilizada na secção dedicada à correcção dos desequilíbrios comerciais. No final da cimeira dos ministros das Finanças do G20 realizada há um mês, o comunicado dizia que se tinha chegado a acordo para "colocar em prática uma série de políticas destinadas a reduzir os desequilíbrios excessivos e a manter as balanças externas a níveis sustentáveis". Uma intenção bastante vaga à qual se estará agora a tentar dar alguma substância. A oposição da China, no entanto, pode vir a revelar-se decisiva. Mesmo nas declarações aos jornalistas, os representantes chineses fizeram questão de mostrar que não estão dispostos a ceder às pressões feitas pelos EUA, lançando um forte ataque à decisão da Reserva Federal norte-americana de lançar um novo programa de estímulos à economia, através da compra de 600 mil milhões de dólares em dívida pública. Yu Jianhua, director-geral do Ministério do Comércio na China, afirmou que os EUA "não devem obrigar os outros a tomar o medicamento para a sua própria doença", defendendo que "a política quantitativa de estímulo monetário vai ter um forte impacto nos países em desenvolvimento, incluindo a China". A mesma crítica aos EUA foi feita por Angela Merkel no seu encontro com Barack Obama, segundo fontes das duas delegações citadas pelas agências noticiosas internacionais. A Alemanha, um país que, tal como a China, faz das suas exportações a maior força da sua economia, também parece longe de querer aceitar passos muito significativos em direcção ao reequilíbrio do comércio mundial. Aliás, para trás, já tinha ficado nos últimos dias a proposta mais radical dos EUA de imposição de limites aos excedentes e défices externos de cada país. China e Alemanha disseram "não" sem hesitar e mesmo alguns países do grupo dos deficitários reconheceu a dificuldade de implementação prática de uma regra desse tipo. Se deste G20 não sair um sinal claro de que os líderes mundiais vão dar passos para resolver os desequilíbrios económicos do planeta, poder-se-á assistir ao regresso do fantasma de uma "guerra cambial" em grande escala, semelhante ao que aconteceu a seguir à grande depressão. Os países deficitários e com dificuldades em crescer, como os EUA, farão tudo para desvalorizarem a sua divisa, através de uma política cambial expansionista. Os países com excedentes, como a Alemanha e a China, tentarão assegurar que não perdem a sua posição. Os danos colaterais de uma guerra desse tipo podem ser elevados.
REFERÊNCIAS:
Entidades EUA
Primeiro dia de Teixeira dos Santos em Pequim “correu bem”
Responsáveis portugueses manifestaram-se hoje satisfeitos com os contactos em Pequim do ministro das Finanças, Fernando Teixeira dos Santos, mas realçaram que o tema em debate “é por natureza muito discreto”. (...)

Primeiro dia de Teixeira dos Santos em Pequim “correu bem”
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DATA: 2010-12-13 | Jornal Público
SUMÁRIO: Responsáveis portugueses manifestaram-se hoje satisfeitos com os contactos em Pequim do ministro das Finanças, Fernando Teixeira dos Santos, mas realçaram que o tema em debate “é por natureza muito discreto”.
TEXTO: “Tem estado tudo a correr muito bem”, disse fonte portuguesa após as reuniões de Teixeira dos Santos com o seu homólogo chinês, Xie Xuren, e com o governador do Banco Central da China, Zhou Xiaochuan. Os encontros estão relacionados com a disponibilidade da China para comprar parte da dívida portuguesa, manifestada durante a visita a Portugal do presidente chinês, Hu Jintao, há cerca de um mês. Na terça-feira de manhã, antes de embarcar para Portugal, a comitiva portuguesa vai ainda encontrar-se com responsáveis da Administração Estatal chinesa das Reservas Externas. Teixeira dos Santos chegou à capital chinesa no Domingo, acompanhado pelo secretário de Estado do Tesouro e Finanças, Carlos Costa Pina, e o presidente do Instituto de Gestão do Crédito Público, Alberto Soares. A visita, de dois dias, é a segunda de Teixeira dos Santos à China em apenas três meses, depois de uma ronda de “contactos empresariais e financeiros” em Hong Kong e Macau, em Setembro passado. Na semana passada, no Brasil, o ministro das Finanças disse que Portugal está a tentar diversificar os mercados, fora da Europa, que possam interessar-se pela emissão de títulos da sua dívida pública. A China possui as maiores reservas em divisas do mundo, estimadas em 2, 65 biliões de dólares (números de Setembro passado), e é, nomeadamente, o principal detentor de títulos do Tesouro norte-americano.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave chinês
China vai “reforçar” apoio financeiro a Portugal, diz Teixeira dos Santos
O ministro das Finanças, Fernando Teixeira dos Santos, anunciou hoje que a China vai “reforçar” o apoio financeiro a Portugal, salientando que Pequim “acredita no esforço português para consolidar as contas públicas e recuperar o crescimento económico”. (...)

China vai “reforçar” apoio financeiro a Portugal, diz Teixeira dos Santos
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DATA: 2010-12-14 | Jornal Público
SUMÁRIO: O ministro das Finanças, Fernando Teixeira dos Santos, anunciou hoje que a China vai “reforçar” o apoio financeiro a Portugal, salientando que Pequim “acredita no esforço português para consolidar as contas públicas e recuperar o crescimento económico”.
TEXTO: Demos um grande salto em frente no reforço das nossas relações a todos os níveis, comerciais e de investimento, e também no domínio do financiamento”, disse Teixeira dos Santos ao ser questionado pela agência Lusa em Pequim sobre a disposição da China para adquirir parte da dívida portuguesa. O ministro português concluiu hoje uma visita de dois dias a Pequim, acompanhado pelo secretário de Estado do Tesouro e Finanças, Carlos Costa Pina, e o presidente do Instituto de Gestão do Crédito Público, Alberto Soares. Sem pormenorizar o montante dos títulos do tesouro português já comprados e a comprar por instituições chinesas, Teixeira dos Santos disse que “a China apoia a vai continuar a apoiar a Portugal”. “Saio daqui satisfeito (. . . ) A China mostrou-nos claramente que acredita em Portugal”, afirmou Teixeira dos Santos. “A China acredita no nosso esforço de consolidação das finanças públicas, acredita na nossa capacidade de recuperar o crescimento económico e acredita na solidez do nosso sistema financeiro”, acrescentou. Em declarações à agência Lusa antes de embarcar rumo a Lisboa, Teixeira dos Santos realçou também que o “esforço português” para reduzir o défice e fomentar o crescimento “dão garantias aos que querem investir em Portugal de que o país vai ser capaz de honrar os seus compromissos”. “A China acredita nisso e eu creio que os outros países e outros intervenientes nos mercados financeiros pensarão o mesmo”, destacou. Além do ministro chinês das Finanças, Xie Xuren, a delegação portuguesa encontrou-se com o governador do Banco Central da China, Zhou Xiaochuan, e com responsáveis da Administração Estatal chinesa das Reservas Externas. Teixeira dos Santos chegou a Pequim domingo à tarde e regressará a Lisboa hoje ao princípio da noite (hora local).
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave chinês
Oleoduto vindo da Rússia que abastece a China começa a funcionar
O primeiro oleoduto entre a Rússia e a China já começou a funcionar. O abastecimento de petróleo começou dia 1 de Janeiro e assinala “uma nova era” na cooperação bilateral no domínio da energia e a abertura de um grande mercado para a produção russa. (...)

Oleoduto vindo da Rússia que abastece a China começa a funcionar
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DATA: 2011-01-02 | Jornal Público
SUMÁRIO: O primeiro oleoduto entre a Rússia e a China já começou a funcionar. O abastecimento de petróleo começou dia 1 de Janeiro e assinala “uma nova era” na cooperação bilateral no domínio da energia e a abertura de um grande mercado para a produção russa.
TEXTO: O abastecimento começou cerca do meio-dia (hora local) de sábado, depois de dois meses de testes, anunciou a imprensa oficial chinesa. O oleoduto tem quase mil quilómetros de comprimento, 927 dos quais em território chinês. Transportará anualmente 15 milhões de toneladas de crude (petróleo bruto) de Skovorodino, na Sibéria Oriental, até Daqing, no nordeste da China, de onde será reencaminhado para várias refinarias do país. “Como grande produtor de energia, a Rússia vira a cabeça do Ocidente para o Oriente. É a primeira vez, em várias décadas, que isto acontece”, disse o vice-director do Instituto Russo do Extremo-Oriente, Sergei Luzyanin, citado pela agência noticiosa oficial chinesa. “A Europa não pode competir com a China em termos de investimento na economia russa”, acrescentou. A construção do oleoduto demorou apenas um ano, mas o projecto data de 1996, quando o então Presidente russo Boris Ieltsin visitou a China. Um responsável chinês, Yao Wei, da empresa estatal Petro China Co, qualificou a abertura da conduta como “o início de uma nova fase na cooperação energética sino-russa”. Uma segunda conduta, para fornecimento de gás natural, está a ser negociada entre a empresa de gás russa Gazprom e a China National Petroleum Corporation.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave chinês
Aposta do Governo na China, marketing e BCE garantem venda da dívida
Nunca o resultado de uma emissão de dívida portuguesa, como o de ontem, foi aguardado com tanta expectativa e recebido com tanto entusiasmo por responsáveis políticos nacionais e europeus. (...)

Aposta do Governo na China, marketing e BCE garantem venda da dívida
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DATA: 2011-01-13 | Jornal Público
SUMÁRIO: Nunca o resultado de uma emissão de dívida portuguesa, como o de ontem, foi aguardado com tanta expectativa e recebido com tanto entusiasmo por responsáveis políticos nacionais e europeus.
TEXTO: E nunca uma emissão de dívida exigiu tanto empenho do Governo e tanto apoio do Banco Central Europeu (BCE), numa aliança que foi fundamental para o êxito da operação. A acção do Governo foi feita em várias frentes, umas mais directas e públicas e outras só perceptíveis pelo mercado ou pelos investidores. Nas acções mais directas estiveram as visitas do primeiro-ministro à China e ao Brasil, tentando captar novos compradores para dívida portuguesa, e esteve ainda o anúncio, num momento crucial, de que o défice orçamental de 2010 ficaria abaixo dos 7, 3 por cento inicialmente previstos. Para o mercado, esta foi a primeira informação concreta de que o país iria cumprir metas e foi importante, defendem vários analistas contactados pelo PÚBLICO. De forma menos visível, mas não menos importante, o Governo fez durante o último mês duas operações de venda directa de dívida, de mil milhões de euros cada uma, criando no mercado a convicção de que há compradores para a dívida portuguesa, e que há outras alternativas à colocação de dívida nacional. O Governo continua sem divulgar quem foram os compradores nestas colocações de dívida, mas ontem, a agência noticiosa Dow Jones noticiou a aquisição por parte da China de 1100 milhões de euros de dívida pública portuguesa através de uma colocação privada. Efectivamente, confirmou o PÚBLICO, dos encontros com as autoridades chinesas, realizados em Lisboa e Pequim, o que resultou foi um compromisso do detentor das maiores reservas mundiais de divisas de realizar aquisições de dívida pública no mercado primário, ou seja, participando em leilões como os de ontem ou aproveitando colocações privadas de títulos. O mesmo tipo de acordo foi estabelecido com o Brasil. Não ficou definido, em qualquer dos casos, em que emissões seriam realizadas compras, mas operadores do mercado consideram muito provável ter-se assistido ontem a uma forte participação chinesa, não só na colocação privada, como também no leilão de dívida. De qualquer forma, só a ideia de que investidores chineses, japoneses e brasileiros estão dispostos a comprar dívida soberana europeia terá atraído outros investidores mais receosos. Paralelamente, o Governo conseguiu ainda fazer aquilo que fonte de um banco definiu como o pré-marketing da colocação, ou seja, fez contactos junto de investidores, no sentido de "garantir" que viriam à operação. Na definição dessa mesma fonte, o Governo fez "muito trabalho de casa" nesta operação e não teria os resultados que teve, se o BCE não tivesse aumentado o nível de compras de obrigações do tesouro no mercado secundário. Procura recordeNum cenário de expectativas negativas e de grande nervosismo, alimentado pelo mau resultado da emissão de bilhetes do tesouro realizado há uma semana e pelas notícias de que a ajuda financeira a Portugal está a ser preparada a nível comunitário, a emissão acabou por correr bem a vários níveis. É verdade que a taxa de juro continua a ser muito alta, mas ficou abaixo da temida barreira dos sete por cento e abaixo do valor da última emissão. E, mais importante que tudo, a procura foi significativa. No prazo mais longo, a 10 anos, a colocação de 599 milhões de euros de obrigações do tesouro foi feita a 6, 716 por cento, abaixo dos 6, 806 da última emissão comparável (10 de Novembro). A procura superou 3, 2 vezes a oferta, um recorde segundo o ministro das Finanças, Teixeira dos Santos. Ao PÚBLICO o administrador da gestora de activos Optimize destacou que a taxa de procura neste segmento ficou acima das recentes emissões, para os mesmos prazos, realizadas por países como a Alemanha e a França, o que é relevante. Cristina Casalinho, economista-chefe do BPI, destaca que o nível de procura de Portugal contrasta com o que aconteceu na Grécia, antes do resgate, em que a taxa de juro das emissões subia, mas a procura não. Na emissão a quatro anos, os resultados não foram tão positivos, o que se justifica pelo maior nervosismo do que pode acontecer no curto prazo. Aí foram colocados 650 milhões de euros, com uma taxa média ponderada de 5, 396 por cento, com os juros a subirem 33, 5 por cento face à emissão mais recente com a mesma maturidade (27 de Novembro). A procura, sendo um pouco menor, ainda ficou no nível confortável de 2, 6 vezes a oferta. Portugal propunha-se colocar o máximo de 1250 milhões de euros e colocou 1249 milhões. "Sucesso" foram expressões utilizadas pelo ministro das Finanças, que destacou ainda a forte percentagem de colocação junto de investidores estrangeiros: 80 por cento, segundo Teixeira dos Santos. Para o primeiro-ministro e para o ministro das Finanças o êxito da operação afasta a necessidade de um pedido de ajuda externa. Menos entusiásticas foram as reacções de alguns analistas internacionais, que alertam para as taxas elevadas que o país está a suportar. Paul Krugman escrevia ontem no seu blogue que mais alguns sucessos como este "e a periferia da Europa ficará destruída". com P. M. M. e S. A.
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Palavras-chave ajuda
Espanha substitui leilão de dívida pública por empréstimo sindicado
A Espanha anulou leilão de dívida pública a dez e a 13 anos anunciado para quinta-feira, que substituiu por um empréstimo sindicado de uma nova obrigação a dez anos, anunciou hoje o Tesouro Público espanhol. (...)

Espanha substitui leilão de dívida pública por empréstimo sindicado
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DATA: 2011-01-17 | Jornal Público
SUMÁRIO: A Espanha anulou leilão de dívida pública a dez e a 13 anos anunciado para quinta-feira, que substituiu por um empréstimo sindicado de uma nova obrigação a dez anos, anunciou hoje o Tesouro Público espanhol.
TEXTO: O objectivo do empréstimo, na modalidade agora anunciada no site da instituição, com um prazo de dez anos, é conseguir para o Estado espanhol um empréstimo no montante de quatro mil milhões de euros. Um porta-voz do Ministério da Economia disse à agência AFP que este objectivo é semelhante ao dos leilões anuladas e que a operação sindicada decorria esta manhã. Os bancos envolvidos são os espanhóis Santander e BBVA, os franceses BNP Paribas e Société Générale, o amerciano Citi e o britânico Barclays, mas não foi anunciado que são os compradores finais. Recentemente, houve contactos entre os governos espanhol e chinês com vista a levar este último emprestar dinheiro à Espanha, adquirindo títulos de dívida. Ao contrário das emissões normais de dívida, que são feitas por leilão junto dos investidores interessados, uma emissão sindicada é feita através de um conjunto de bancos seleccionados e tem um preço indicativo previamente fixado, funcionando em moldes semelhantes às realizadas pelos próprios bancos ou pelas empresas nos mercados financeiros. Os juros da operação de hoje deverão ficar cerca de 20 pontos-base acima da emissão precedente a dez anos por leilão, em que foram de 4, 85 por cento, segundo a agência Bloomberg, que não cita fontes. Isto significa que será de cerca de 5, 05 por cento, quando nos mercados secundários os títulos com este prazo estava a ser transaccionados cento às 12h35 com juro implícito de 5, 422 por cento, em alta face aos a 5, 342 por cento no fecho de sexta-feira. Este empréstimo sindicado permite à Espanha evitar enfrentar directamente o mercado, que continua nervoso relativamente à dívida de países como a Espanha e Portugal, mas também em relação à Itália, aparentemente temendo pela sua solidez financeira. No entanto, fontes do Tesouro espanhol, citadas no site do diários El País, disseram que a substituição do leilão pela emissão sindicada é uma prática habitual e que não é uma resposta às actuais pressões dos mercados, e que aconteceu porque não pode lançar duas emissões a dez anos no prazo de quatro dias. A Espanha tem este ano, tal como Portugal, de fazer um importante esforço de financiamento, com necessidades brutas de 93, 8 mil milhões de euros (segundo a Bloomberg) e líquidas de 41 mil milhões (segundo El País). Em Portugal, são de respectivamente cerca de 41 mil milhões e dez mil milhões, sendo que neste primeiro trimestre o Estado português pretende levantar nos mercados pelo menos dez mil milhões de euros. Na semana passada, os mercados pareciam ter acalmado ligeiramente, após as emissões de dívida portuguesa e espanhola terem sido vistas pelos responsáveis como um sucesso relativo, apesar da subida das taxas de juro face às operações precedentes. A Espanha colocou na quinta-feira toda a dívida pública que leiloou, com uma taxa de 4, 542 por cento a cinco anos e a procura mais forte que a da emissão anterior, a superar 2, 1 vezes os três mil milhões disponíveis para os investidores. No entanto, a taxa de juro paga ter subido uns violentos 27 por cento face aos 3, 576 por cento pagos na última emissão semelhante, a 4 de Novembro. Na quarta-feira, Portugal colocado a totalidade da dívida que leiloou hoje, com boa procura. No caso das obrigações a dez anos os juros desceram ligeiramente face à emissão precedente, para 6, 716 por cento, mas subiram 33, 5 por cento para o prazo de quatro anos. Notícia actualizada às 13h08Notícia corrigida às 14h12
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Palavras-chave chinês
Bancos usaram Davos para pedir uma regulação mais branda
Com a confiança em alta, banqueiros voltaram ao Fórum Económico Mundial para dizer que há riscos em impor regras apertadas ao sector. (...)

Bancos usaram Davos para pedir uma regulação mais branda
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-01-30 | Jornal Público
SUMÁRIO: Com a confiança em alta, banqueiros voltaram ao Fórum Económico Mundial para dizer que há riscos em impor regras apertadas ao sector.
TEXTO: Em Janeiro de 2009, os banqueiros evitaram pôr os pés em Davos, para não ouvir que eram os culpados pela crise financeira que acabara de rebentar. Um ano depois, o Fórum Económico Mundial debatia a regulação financeira e os grandes bancos tentaram passar despercebidos. Este ano, os banqueiros regressam em força a Davos e a confiança injectada pela recuperação mundial foi tal que puseram os seus interesses na agenda, alertando que a nova regulação do sistema financeiro pode prejudicar os bancos e a própria economia. Se, no Fórum Económico Mundial do ano passado, parecia ter havido algum entendimento entre banqueiros e reguladores após meses e meses de recriminação mútua, a edição de 2011 veio pôr a nu as divergências. Enquanto os reguladores ainda dizem que há muito trabalho pela frente - nomeadamente medidas preventivas sobre os bancos considerados demasiado grandes para falir -, os banqueiros deixaram o aviso: se a regulação for muito apertada, a capacidade de os bancos emprestarem dinheiro fica comprometida, o que terá consequências sobre o consumo, sobre o investimento e sobre o crescimento mundial. Um dos episódios mais referidos em Davos foi o protagonizado pelo Presidente francês, Nicolas Sarkozy, que voltou a criticar de forma acesa os "culpados" da crise. Questionado pelo presidente executivo do JP Morgan, Jamie Dimon, sobre a regulação do sistema financeiro, Sarkozy aproveitou para lançar farpas aos banqueiros. "Grandes instituições financeiras, nas quais pensávamos que podíamos confiar, fizeram coisas que desafiam o senso comum", atacou Sarkozy. "O mundo ficou com dez milhões de desempregados, que não tiveram culpa e pagaram por tudo", salientou. Numa sessão anterior do fórum, o presidente do JP Morgan tinha dito que era injusto colocar todos os bancos no mesmo cesto. Mas outros banqueiros foram mais longe, dizendo que as novas regras de regulação podem prejudicar a economia. Aversão ao risco"Os governos querem crescimento e, como não têm dinheiro para serem eles próprios a estimulá-lo, precisam mais do que nunca dos bancos para executar esse papel, mas, ao mesmo tempo, as autoridades querem mais capital nos bancos", disse em Davos Gray Parr, do banco de investimento Lazard. "Neste momento, já atingimos um rácio de capital que, para muitos bancos, pode criar um obstáculo ao crescimento futuro", acrescentou o presidente do banco italiano Intesa Sanpaolo, Corrado Passera. Peter Sands, presidente da Standard Chartered, também aproveitou o fórum de Davos para deixar uma crítica aos reguladores: "Não é claro por que é que alguns reguladores, que já aí estavam antes da crise, acham agora que têm as soluções certas. " Além das declarações oficiais e à imprensa, os responsáveis de grandes bancos (JP Morgan, UBS, Credit Suisse, Barclays, Lloyd"s ou Nomura) tiveram dois encontros à porta fechada, um entre eles e outro com reguladores. Numa das reuniões houve mesmo uma intervenção do secretário do Tesouro dos EUA, Timothy Geithner, a quem os bancos pediram uma maior clareza nas reformas regulatórias. Se as ideias de Geithner forem as mesmas de um dos seus antecessores, Larry Summers (até há pouco tempo conselheiro económico de Obama), é bem provável que as preces dos banqueiros sejam ouvidas. Num almoço do Credit Suisse em Davos, Summers pediu cautela na imposição de regras mais apertadas aos bancos e afirmou que "é mais provável que o mundo venha a sofrer de excessiva aversão ao risco nos próximos anos do que o contrário". Um executivo de topo da Goldman Sachs aproveitou mesmo a presença em Davos para alegar que as novas regras de regulação poderiam provocar a próxima crise, ao desviar actividades de risco para o sistema financeiro "sombra" - os hedge funds (fundos de investimento). Mas, numa altura em que a comissão de inquérito norte-americana para investigar a crise financeira mostrou que o Goldman foi um dos principais dinamizadores dos esquemas arriscados que puseram o sector à beira do colapso, os avisos do banco correm o risco de cair no vazio. O que foi dito este ano em Davos"A senhora Merkel e eu nunca - ouçam bem -, nunca deixaremos o euro falhar. " - Nicolas Sarkozy, Presidente francês"Não estou à espera que haja novos choques. Acho que o euro vai manter-se estável. " - W. Schaeuble, ministro das Finanças alemão"Não é tempo para sermos complacentes. Temos pela frente muitos desafios. " - Jean-Claude Trichet, presidente do BCE "[Uma reestruturação da dívida] não faz parte dos nossos planos. E é por causa disso que temos vindo a tomar várias medidas, que eu penso serem suficientes para tornar as coisas sustentáveis. " - G. Papandreou, primeiro-ministro grego "O impacto dos preços altos dos alimentos na inflação, na pobreza e na fome podem conduzir a instabilidade social e política. " - S. Bambang Yudhoyono, Presidente da Indonésia"Apenas estou optimista em relação ao desenvolvimento sustentado por causa dos avanços na inovação, não porque estejamos a conseguir evitar que as pessoas usem mais energia. Vamos usar cada vez mais energia. " - Bill Gates, fundador da Microsoft "Não podemos esperar até 2013 para começar a reestruturar a dívida. A Irlanda já está a avisar a Europa que pretende renegociar o acordo feito pelo actual Governo. A dívida da Grécia, mais cedo do que tarde, também terá de ser reestruturada. Portugal provavelmente também precisará. " - George Soros, investidor"Passámos por tempos terríveis, mas parece que estamos a conseguir sair deles. Acho que as pessoas podem vir a ser surpreendidas, mais pela positiva do que pela negativa. " - Jamie Dimon, CEO da JPMorgan Chase"Se virmos o que se está a passar na Tunísia, Egipto e muitos outros países, tudo começou com os alimentos. Existe uma solução muito simples: não à troca de alimentos por combustível. " - Peter Brabeck, presidente da Nestlé"Há muito mais confiança agora de que teremos uma expansão sustentável nos EUA. Mas não é umboom. Não nos oferece a perspectiva de um declínio rápido na taxa de desemprego. " - Timothy Geithner, secretário do Tesouro dos EUA"A taxa de câmbio do yuan é uma questão soberana da China, mas vamos continuar com uma estratégia gradual e proactiva de reforma da política cambial no longo prazo. " - Chen Deming, ministro do Comércio chinês
REFERÊNCIAS:
Entidades EUA
Portugueses são os que menos confiam no Governo
Barómetro divulgado hoje revela que apenas nove por cento dos inquiridos deposita confiança no actual Executivo. ONG, empresas e comunicação social são as entidades mais credíveis. (...)

Portugueses são os que menos confiam no Governo
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 2 | Sentimento -0.3
DATA: 2011-02-07 | Jornal Público
SUMÁRIO: Barómetro divulgado hoje revela que apenas nove por cento dos inquiridos deposita confiança no actual Executivo. ONG, empresas e comunicação social são as entidades mais credíveis.
TEXTO: Os portugueses são os que menos confiam no Governo entre um grupo de 23 países analisados num barómetro que avalia o nível de confiança nas empresas, Governo, ONG e media, que hoje será divulgado. De acordo com o Edelman Trust Barometer 2011, que pela segunda vez inclui Portugal, apenas nove por cento dos 203 inquiridos afirmou confiar no executivo, revela a Lusa. Face a 2010, o “Governo é a única instituição cujo nível de confiança se reduz”, refere o estudo. No ano passado, 27 por cento dos inquiridos afirmou confiar no executivo, um valor que desceu para nove por cento. Entre os mais desconfiados nos Governos estão os irlandeses (20 por cento) e os alemães (33 por cento), enquanto os chineses (88 por cento) se mostram os mais confiantes. Na mesma linha, Portugal “é o segundo país que atribui menos credibilidade a um representante do Governo ou regulador”, sendo apenas superado pela Indonésia, numa tabela liderada pelo Brasil. Os portugueses consideram os técnicos das empresas (como cientistas ou engenheiros) os porta-vozes mais credíveis e os presidentes executivos os segundo menos credíveis. Já as Organizações Não Governamentais (ONG) são as instituições em que os portugueses mais confiam (69 por cento), seguidas pelas empresas (47 por cento) e os meios de comunicação social (39 por cento). Banca e seguros registam maior queda de confiançaNo que respeita às empresas, os portugueses afirmam confiar mais nas multinacionais suecas (87 por cento) e suíças (83 por cento), estando no fim da lista três economias emergentes: Rússia (23 por cento), Índia (24 por cento) a China (28 por cento). Metade dos inquiridos afirmou confiar nas multinacionais da vizinha Espanha. Uma análise por sectores demonstra que a tecnologia (78 por cento) e a biotecnologia (77 por cento) são os sectores em que os portugueses mais confiam, por oposição aos seguros (31 por cento), serviços financeiros (31 por cento) e banca (31 por cento). Na comparação com 2010, a banca e os seguros registam os maiores decréscimos em termos de confiança dos portugueses. “Apesar da reduzida confiança no sector bancário, Portugal está acima de países como Espanha (35 por cento), Estados Unidos (25 por cento) ou Reino Unido (16 por cento)”, refere o barómetro. Dos inquiridos, são os indonésios que se mostram mais confiantes no setor bancário (92 por cento) e os irlandeses os que se afirmam menos confiantes (seis por cento). Segundo o barómetro, os motores de busca “são a primeira fonte de informação” e os meios de comunicação social tradicionais “são os mais credíveis, com destaque para a rádio e imprensa escrita, generalista e de negócios”. Em Portugal, o Edelman Trust Barometer 2011 resulta de uma parceria entre a consultora de comunicação GCI e a Escola de Negócios da Universidade do Porto e é baseado em entrevistas telefónicas feitas a cidadãos que vêem regularmente notícias económicas e políticas, possuem pelo menos uma licenciatura e pertencem ao escalão de rendimento mais elevado. com Lusa
REFERÊNCIAS:
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