China pode tornar-se a maior economia do mundo já em 2020
Até há pouco tempo, era conhecida como a fábrica do mundo, de onde saíam milhões de brinquedos e têxteis baratos sob o signo made in China. Mas o gigante asiático mudou de feição. Comprou marcas globais como a IBM e a Volvo, tornou-se o maior fabricante mundial de telemóveis, computadores e carros, e estendeu os seus investimentos à América Latina e a África. A sua voz entre as grandes potências mundiais ganhou estatuto e a economia, que já convivia entre os grandes, tornou-se ainda maior. (...)

China pode tornar-se a maior economia do mundo já em 2020
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 9 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-02-27 | Jornal Público
SUMÁRIO: Até há pouco tempo, era conhecida como a fábrica do mundo, de onde saíam milhões de brinquedos e têxteis baratos sob o signo made in China. Mas o gigante asiático mudou de feição. Comprou marcas globais como a IBM e a Volvo, tornou-se o maior fabricante mundial de telemóveis, computadores e carros, e estendeu os seus investimentos à América Latina e a África. A sua voz entre as grandes potências mundiais ganhou estatuto e a economia, que já convivia entre os grandes, tornou-se ainda maior.
TEXTO: Na semana passada confirmou-se o que já era esperado: em 2010, a China roubou ao Japão o título de segunda maior economia mundial. À frente só já estão os EUA e as previsões apontam para que, em menos de uma década, o dragão asiático passe a liderar a economia mundial. Mas nem mesmo o fulminante crescimento chinês está isento de riscos. A China precisa de energia suficiente para abastecer um território enorme onde cabem 104 países da dimensão de Portugal. Precisa de resolver os problemas decorrentes das migrações do campo para a cidade, criar um sistema de protecção social, tirar milhões de pessoas da pobreza e resolver o problema da poluição. Apesar de deter 2, 6 mil milhões de dólares em reservas monetárias de outros países, sobretudo dos EUA, o PIB per capita chinês é seis vezes inferior ao norte-americano (ver texto ao lado). E a China precisa de afinar o seu modelo de crescimento, que continua demasiado dependente das exportações e do investimento público. A evolução daquela que é hoje a segunda maior economia mundial foi, no mínimo, surpreendente. Em 30 anos, o PIB chinês passou de 202 mil milhões de dólares para 5, 7 biliões, um aumento de 2700 por cento. O primeiro passo deu-se em 1978, com a mudança de política económica do regime. Com Deng Xiaoping na liderança, o país orientou-se para o mercado, abrindo-se ao investimento e ao comércio internacional. Na última década, a China cresceu mais de dez por cento ao ano. Ultrapassou a Alemanha como maior exportadora, tornou-se a segunda maior importadora (apenas atrás dos EUA) e também a maior consumidora de energia do planeta. Agora é a segunda maior potência mundial. Mas a história de sucesso pode não ficar por aqui. Várias previsões - da consultora PricewaterhouseCoopers ao grupo bancário Standard Chartered, passando pela revista Economist - apostam que, em 2020, a China já terá ultrapassado os EUA, tornando-se a maior economia mundial (actualmente, o PIB da economia chinesa é menos de metade do dos EUA). Aliás, olhando para uma evolução do PIB em termos de paridade do poder de compra (que ajusta o PIB ao poder de compra de cada país, corrigindo diferenças de preços), a China já ultrapassou o Japão em 2001 e está a uma distância bem menor dos EUA. Mas há cada vez mais especialistas a falar dos riscos da previsão que coloca a China na liderança mundial. Michael Pettis, professor de Finanças na Universidade de Pequim, lembra que já houve, no passado, muitas projecções que eram dadas como quase certas: nos anos 50, previa-se que a União Soviética ultrapassasse os EUA nos anos 90 e, mais tarde, apostou-se que seriam a Alemanha e o Japão a liderar a economia mundial. Segundo Michael Pettis, o raciocínio de que a China ficará acima dos EUA dentro de dez anos só é possível se partirmos do pressuposto de que a sua taxa de crescimento de dez por cento é sustentável. O problema, defende, é que não é. Os especialistas têm enumerado vários riscos para o crescimento chinês: envelhecimento da população e falta de população activa (devido à política do filho único), bolhas de crédito, fortes subidas de preços, dívidas incobráveis, capacidade produtiva em excesso e crescimento monetário rápido. Na raiz do problema está um modelo económico que tem privilegiado as exportações e o investimento, e só nos últimos anos começou a olhar com mais atenção para o consumo privado. Entre 1997 e 2009, o investimento bruto passou de 32 para 46 por cento do PIB, enquanto o consumo das famílias caiu de 45 para 36 por cento, o nível mais baixo de sempre registado numa das principais economias mundiais. Mais do que das exportações de baixo custo, o crescimento chinês tem vivido à custa da expansão contínua do investimento, sobretudo público. De acordo com o Standard Chartered, bastaria um corte de dez por cento no investimento para a economia já não conseguir crescer. O Estado e os Governos locais têm, por isso, continuado a investir maciçamente, mesmo correndo o risco de gerar sobrecapacidade. Esta semana, por exemplo, o Governo anunciou que iriam ser construídos mais 45 aeroportos nos próximos cinco anos, elevando o número total destas infra-estruturas para 220. O problema é que boa parte dos aeroportos existentes estão já a apresentar perdas, ao mesmo tempo que se prossegue com a expansão de uma linha ferroviária de alta velocidade. A alternativa - e a aposta que o Governo elegeu para este ano - é fazer aumentar o consumo privado. Com uma população de 1, 3 mil milhões de pessoas, a China tem um potencial de procura interna muito elevado que pode alimentar não só as suas indústrias, mas também as de outros países. Mas há um dilema: para aumentar o consumo, o rendimento das famílias teria de crescer. Só que isso implica menos lucros para as empresas e, portanto, o risco de colapso no investimento. Ou, pior, o risco de perder competitividade num mercado mundial onde triunfou graças aos baixos custos. Somando a isso a disparidade de rendimentos dentro das suas próprias fronteiras, a falta de um sistema de protecção social e as pressões americanas para valorizar a sua moeda (ver textos ao lado), a China parece ter pela frente um longo caminho até destronar os EUA do pódio mundial.
REFERÊNCIAS:
Entidades EUA
Seat entra no mercado chinês em 2012
O grupo espanhol Seat vai entrar no maior mercado automóvel mundial em 2012, ano para o qual a empresa promete “a maior ofensiva de produto da sua história”, atraindo um segmento jovem pela comercialização das marcas Ibiza e León. (...)

Seat entra no mercado chinês em 2012
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 9 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-03-10 | Jornal Público
SUMÁRIO: O grupo espanhol Seat vai entrar no maior mercado automóvel mundial em 2012, ano para o qual a empresa promete “a maior ofensiva de produto da sua história”, atraindo um segmento jovem pela comercialização das marcas Ibiza e León.
TEXTO: O presidente-executivo da Seat, James Muir, avançou hoje em conferência de imprensa que o grupo tem como potenciais compradores, no mercado chinês, jovens “que não necessitam de apoio dos pais” para adquirir o primeiro automóvel, cita o site do jornal CincoDías. Um dos objectivos da marca é ampliar a gama de veículos, com quatro novos modelos, para chegar a 2013 sem perdas nos lucros. No ano passado, as perdas, já previstas pela Seat, foram de 311 milhões de euros, menos 8, 3 por cento do que em 2009. Quem também espera crescer, pelo aumento das vendas na China, é a Toyota, que já exporta 15 por cento da sua produção para este país e que ontem traçou como meta colocar em Pequim metade das suas vendas até 2015. O grupo japonês pretende equilibrar o volume de negócios entre o Japão, os Estados Unidos, a Europa e os mercados emergentes, sem que isso signifique uma quebra de vendas nos países industrializados.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave chinês japonês
China “claramente interessada” em financiar empréstimo a Portugal
O governo chinês está entre os investidores interessados em comprar os títulos europeus que vão financiar parte do empréstimo externo a Portugal, adiantou Klaus Regling, presidente do Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF). (...)

China “claramente interessada” em financiar empréstimo a Portugal
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 9 | Sentimento 0.25
DATA: 2011-05-26 | Jornal Público
SUMÁRIO: O governo chinês está entre os investidores interessados em comprar os títulos europeus que vão financiar parte do empréstimo externo a Portugal, adiantou Klaus Regling, presidente do Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF).
TEXTO: Citado pelo Financial Times, Regling garante que Pequim está “claramente interessada” em participar na operação, que permitirá ir buscar uma parte dos 78 mil milhões de euros que serão transferidos para Portugal entre 2011 e 2013. O presidente do fundo de estabilização argumenta que o interesse da Ásia e de outros investidores internacionais é um sinal de renovada confiança no futuro do euro enquanto moeda. Porém Klaus Regling também admite que a principal motivação dos asiáticos é encontrar investimento seguro onde investir as suas crescentes poupanças e diversificar esses investimentos, que actualmente estão concentrados maioritariamente no dólar. “[A Ásia] é uma região que tem dinheiro para investir no resto do mundo. E não quer apostar apenas numa moeda nem num único activo. Olham para nós e chegam à conclusão de que somos uma forma de diversificarem o investimento”, sustentou Regling.
REFERÊNCIAS:
Cidades Pequim
Empresa chinesa compra 50 Airbus A 320
O contrato para a compra de 50 aviões da Airbus foi assinado em Pequim, na China, pelo presidente do ICBC Leasing, Li Xiaopeng, e pelo Presidente e CEO da Airbus, Fabrice Brégier. A assinatura deste contrato faz parte de uma série de acordos assinados entre a Europa e a China, tendo estado presentes na cerimónia a chanceler alemã, Angela Merkel, e o primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao. Os aviões, da Família A320 (30 A320ceo e 20 A320neo), vão ser produzidos nas instalações espalhadas pela Europa faseadamente. "Decidimos encomendar mais aviões da Família A320, não só o A320ceo, mas também o A320neo, para aumentar... (etc.)

Empresa chinesa compra 50 Airbus A 320
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 9 | Sentimento 0
DATA: 2012-09-01 | Jornal Público
URL: https://arquivo.pt/wayback/20120901151428/http://www.publico.pt/carga_transportes/Noticia/1561234
TEXTO: O contrato para a compra de 50 aviões da Airbus foi assinado em Pequim, na China, pelo presidente do ICBC Leasing, Li Xiaopeng, e pelo Presidente e CEO da Airbus, Fabrice Brégier. A assinatura deste contrato faz parte de uma série de acordos assinados entre a Europa e a China, tendo estado presentes na cerimónia a chanceler alemã, Angela Merkel, e o primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao. Os aviões, da Família A320 (30 A320ceo e 20 A320neo), vão ser produzidos nas instalações espalhadas pela Europa faseadamente. "Decidimos encomendar mais aviões da Família A320, não só o A320ceo, mas também o A320neo, para aumentar o nosso portfólio em antecipação à crescente procura dos mercados. O pedido mostra que as empresas de leasing estão a desempenhar um papel cada vez mais importante no sector da aviação", disse o presidente da ICBC Leasing, Li Xiaopeng. Já o recém-nomeado Presidente e CEO da Airbus, Fabrice Brégier, manifestou-se "muito contentes por ver a ICBC Leasing fazer uma nova encomenda para a aeronave de corredor único mais vendida no mundo. A compra de 20 aviões A320neo faz da ICBC o primeiro cliente chinês desta aeronave, que reduz em 15% o consumo de combustível”. Em Julho de 2012 havia mais de 700 aeronaves da Família A320 em actividade em 15 companhias aéreas chinesas. Actualmente, já foram vendidas mais de 8. 500 aeronaves da Família A320. Destas, mais de 5. 100 foram já entregues a 365 clientes e operadores em todo o mundo, tornando-o no avião com maior êxito comercial de sempre. Com fiabilidade comprovada e longos períodos de serviço, a família dos aviões A320 tem o menor custo operacional entre as aeronaves de corredor único. O A320neo é uma nova opção de motor para a Família A320 e entra ao serviço a partir de 2015 incorporando motores de última geração e grandes "Sharklets", dispositivos integrados nas asas que, no seu conjunto, irão garantir mais 15% de economização de combustível.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave consumo chinês
OMS: paciente chinês terá estado "ligeiramente exposto" ao vírus da pneumonia atípica
A Organização Mundial de Saúde (OMS) anunciou hoje que, segundo os últimos testes efectuados, o cidadão chinês que apresenta sintomas semelhantes aos da pneumonia atípica poderá ter estado "ligeiramente exposto" ao vírus responsável pela doença. Em comunicado, a organização refere que estas são conclusões preliminares de um novo teste de neutralização do vírus, que tinha sido utilizado apenas uma vez. "Os resultados do teste de neutralização indicam que o paciente poderá ter estado ligeiramente exposto, num determinado momento, ao coronavírus da Síndrome Respiratória Aguda" noticia o comunicado, acrescentando não... (etc.)

OMS: paciente chinês terá estado "ligeiramente exposto" ao vírus da pneumonia atípica
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 9 | Sentimento -0.05
DATA: 2004-01-02 | Jornal Público
TEXTO: A Organização Mundial de Saúde (OMS) anunciou hoje que, segundo os últimos testes efectuados, o cidadão chinês que apresenta sintomas semelhantes aos da pneumonia atípica poderá ter estado "ligeiramente exposto" ao vírus responsável pela doença. Em comunicado, a organização refere que estas são conclusões preliminares de um novo teste de neutralização do vírus, que tinha sido utilizado apenas uma vez. "Os resultados do teste de neutralização indicam que o paciente poderá ter estado ligeiramente exposto, num determinado momento, ao coronavírus da Síndrome Respiratória Aguda" noticia o comunicado, acrescentando não ter sido ainda possível determinar quando e onde ocorreu essa exposição. Esta é a primeira vez que a OMS admite que o paciente poderá estar infectado com a doença, já que todos os testes realizados anteriormente, sob a supervisão da organização, foram inconclusivos. Após várias tentativas frustradas, a OMS recomendou o envio das amostras para Hong Kong, onde hoje começaram a ser analisadas. Ao final da manhã de hoje, a agência de notícias oficial chinesa Xinhua noticiava que os resultados preliminares dos testes genéticos indicavam que o vírus detectado era, em determinadas sequências, idêntico ao causador da pneumonia atípica. Há semanas que as autoridades chinesas e a OMS tentam descobrir se o paciente um produtor de televisão chinês que em Dezembro foi hospitalizado em Cantão com sintomas semelhantes aos da pneumonia atípica está infectado com o vírus responsável pela doença, cujo último caso detectado remontava a Julho. O facto de se desconhecer onde e quando o doente esteve em contacto com o vírus ou com um portador infectado está a dificultar, segundo a OMS, um diagnóstico mais rápido. Há já vários dias que o doente apresenta uma temperatura normal, o que leva a crer que o contacto com o vírus poderá ter sido breve. O primeiro caso de pneumonia atípica, originada por um vírus da família do causador da gripe comum, ocorreu na província chinesa de Cantão, em Dezembro de 2002. Nos meses que se seguiram, a doença chegou a 30 países, infectando perto de oito mil pessoas, 800 das quais acabaram por morrer, 350 das quais na China.
REFERÊNCIAS:
Entidades OMS
Centenas de pessoas manifestam-se na capital tibetana contra o domínio chinês
Centenas de pessoas juntaram-se hoje na capital tibetana em novas manifestações lideradas por monges budistas contra a administração chinesa no Tibete, queimando carros da polícia, com a tensão a aumentar na região, informou a Radio Free Ásia. De acordo com a agência Nova China, há notícia de feridos em resultado destas manifestações. De acordo com declarações de uma testemunha à mesma rádio, os manifestantes são já às centenas, incluindo monges e civis, e foram incendiados carros da polícia e do exército no centro de Lhasa. Estas são as mais recentes manifestações no Tibete, as maiores desde 1989, contra a admin... (etc.)

Centenas de pessoas manifestam-se na capital tibetana contra o domínio chinês
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 9 | Sentimento 0.0
DATA: 2008-03-14 | Jornal Público
URL: https://arquivo.pt/wayback/20080314152319/http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1322589
TEXTO: Centenas de pessoas juntaram-se hoje na capital tibetana em novas manifestações lideradas por monges budistas contra a administração chinesa no Tibete, queimando carros da polícia, com a tensão a aumentar na região, informou a Radio Free Ásia. De acordo com a agência Nova China, há notícia de feridos em resultado destas manifestações. De acordo com declarações de uma testemunha à mesma rádio, os manifestantes são já às centenas, incluindo monges e civis, e foram incendiados carros da polícia e do exército no centro de Lhasa. Estas são as mais recentes manifestações no Tibete, as maiores desde 1989, contra a administração chinesa da região, numa espiral de tensão que vem aumentando desde segunda-feira e que já levou dois monges a tentar o suicídio e as autoridades chinesas a cercar e encerrar mosteiros. O Departamento da Região Autónoma do Tibete em Pequim disse hoje à Lusa que os pedidos de autorização para entrada no Tibete estão suspensos. "Não é possível pedir licenças de entrada", disse um funcionário do departamento, que não se identificou nem soube dizer quando será possível voltar a pedir autorizações de viagem para o Tibete, onde o governo chinês só permite a entrada de estrangeiros com um vistos de viagem especiais, que são quase sempre recusados aos jornalistas. A Radio Free Asia informou ainda que os monges budistas do mosteiro de Sera iniciaram ontem uma greve de fome dentro do próprio mosteiro e recusam comer ou dormir até que as autoridades libertem os monges alegadamente presos ao longo das manifestações desta semana. "Há uma atmosfera crescente de medo e tensão em Lhasa no momento", disse à imprensa estrangeira Kate Saunders, porta-voz da organização Campanha Internacional pelo Tibete (CIT), sedeada em Londres. "Muitos outros monges estão também a ferir-se a si próprios em desespero, "disse uma fonte anónima à Rádio Free Asia. De acordo com a CIT, as manifestações estenderam-se já aos mosteiros de Reting e de Ganden, para além de Sera, os mais importantes mosteiros da região, chamados "três pilares do Tibete". Milhares de militares e de elementos da polícia paramilitar cercaram os três mosteiros, segundo a CIT. Uma agência de viagens de Pequim confirmou hoje à Lusa ter informações que "os três mosteiros estão fechados a visitas de grupos turísticos". As manifestações voltam a pôr em causa a forma como a China administra o Tibete, poucos meses antes dos Jogos Olímpicos de Pequim 2008, que decorrem entre 8 e 24 de Agosto. Os protestos começaram na segunda-feira, o aniversário da entrada das tropas chinesas no Tibete em 1959, para esmagar uma revolta falhada contra a presença da China na região e na sequência a qual o Dalai Lama, líder religioso tibetano, partiu para o exílio na Índia. A China insiste que o Dalai Lama não é um líder religioso mas sim um líder político separatista que busca a independência do Tibete. O Dalai Lama, Prémio Nobel da Paz em 1989 pela sua dedicação não-violenta pela causa tibetana, diz ter abandonado as exigências iniciais de independência para o Tibete, defendendo uma "autonomia real e significativa" que preserve a cultura, a língua e o meio ambiente tibetanos.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave cultura suicídio fome medo chinês
Índia vai lançar a sua primeira sonda não tripulada que vai orbitar a Lua
A 11 de Novembro a Índia espera colocar a sua primeira bandeira na superfície lunar e afirmar-se uma potência espacial asiática a par da China e do Japão. O primeiro passo para lá chegar está agendado para a madrugada de amanhã às 6h20 (1h50 hora de Lisboa) quando a Chandrayaan-1, a primeira sonda lunar indiana, for lançada a partir do centro espacial Satish Dhawan, em Sriharikota, a cem quilómetros de Madras, no Sul da Índia. A sonda irá a bordo do foguetão PSLV (Polar Satellite Launch Vehicle) e a missão, que vai durar dois anos, não cumpre só um objectivo político. Servirá também para recolher informação essen... (etc.)

Índia vai lançar a sua primeira sonda não tripulada que vai orbitar a Lua
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 9 | Sentimento 0.25
DATA: 2008-10-22 | Jornal Público
TEXTO: A 11 de Novembro a Índia espera colocar a sua primeira bandeira na superfície lunar e afirmar-se uma potência espacial asiática a par da China e do Japão. O primeiro passo para lá chegar está agendado para a madrugada de amanhã às 6h20 (1h50 hora de Lisboa) quando a Chandrayaan-1, a primeira sonda lunar indiana, for lançada a partir do centro espacial Satish Dhawan, em Sriharikota, a cem quilómetros de Madras, no Sul da Índia. A sonda irá a bordo do foguetão PSLV (Polar Satellite Launch Vehicle) e a missão, que vai durar dois anos, não cumpre só um objectivo político. Servirá também para recolher informação essencial sobre a Lua importante para o futuro da humanidade. Em 1959 a Rússia foi a primeira nação a pôr uma sonda a orbitar perto da Lua. Quase meio século depois a Índia tenta fazer o mesmo, incrementando a competição espacial no Oriente. No ano passado a China já fez esta aventura e em Setembro pôs astronautas chineses a passear pelo espaço. A Índia não quer ficar atrás. “Vamos à lua pela primeira vez. A China foi mais cedo, mas hoje estamos a tentar apanhá-los”, disse à Reuters Bhaskar Narayan um dos directores da Organização de Investigação Espacial da Índia (ISRO). Amulya Gaqnguli, um analista político explica: “a Índia quer que o mundo olhe para ela como uma nação que está a progredir e que também pode competir no espaço. Não podemos ficar para trás no acesso ao espaço por humanos, em relação a outros países como os Estados Unidos, a Rússia e a China”. A missão, para além de ser uma injecção de orgulho no povo indiano, tem objectivos científicos bem definidos e está enquadrada num calendário que visa colocar seres humanos na Lua em 2020. Para já, a Chandrayaan-1 terá objectivos menos ambiciosos. “Vamos obter um atlas tridimensional da superfície lunar, que vai ser utilizado para mapear a química e a mineralogia da superfície de Lua”, revelou Narayan. Para isso vão ser utilizadas sondas dos EUA, Suécia, Japão, Alemanha e Bulgária. A sonda também vai procurar hélio-3, um isótopo raro que é importante para a fusão nuclear. A humanidade ainda não domina esta tecnologia, que poderá ser uma resposta às necessidades energéticas do mundo de uma forma barata e com menos custos ambientais. Os especialistas calculam que a Terra contém apenas 15 toneladas deste componente, mas a Lua parece ter cerca de cinco milhões de toneladas. “É um plano a longo prazo. Não vamos necessitar dos minerais só para a Terra, mas também para colonizar a Lua e para viajarmos até Marte”, explica ao jornal indiano The Times of India” T. K. Alex, director do Centro de satélites da ISRO. Olhar em frenteO anterior Presidente indiano, Abdul Kalam, desejou sucesso à missão. Citado pelo The Times of India, defendeu que esta viagem vai ajudar economicamente o país. Mas o mesmo jornal criticava a missão, defendendo que o dinheiro investido deveria servir para combater a fome de milhões de crianças em toda Índia. A ISRO responde a estas acusações referindo os custos do programa. A Chandrayaan-1 custou mais de 65 milhões de euros, que foi metade do que custou o equivalente chinês. “Estamos a gastar 0, 5 por cento do orçamento nacional nos nossos programas científicos, e no Chandrayaan-1 só estamos a gastar três por cento do nosso orçamento dos últimos cinco anos”, disse Madhavan Nair, um dos presidentes da ISRO, citado pelo site Asia Times Online. O custo da missão é barato, mas segundo o mesmo site os ordenados dos cientistas da ISRO representam um oitavo do dos europeus ou norte-americanos
REFERÊNCIAS:
Oito rinocerontes-negros morreram depois de serem transportados para um parque
Estima-se que existam cerca de 5500 rinocerontes-negros no mundo, dos quais 750 estão no Quénia. Espécie é alvo de caça furtiva devido ao valor dos chifres no mercado asiático. (...)

Oito rinocerontes-negros morreram depois de serem transportados para um parque
MINORIA(S): Animais Pontuação: 7 Asiáticos Pontuação: 9 | Sentimento -0.16
DATA: 2018-07-16 | Jornal Público
SUMÁRIO: Estima-se que existam cerca de 5500 rinocerontes-negros no mundo, dos quais 750 estão no Quénia. Espécie é alvo de caça furtiva devido ao valor dos chifres no mercado asiático.
TEXTO: Oito rinocerontes-negros (Diceros bicornis), uma espécie ameaçada de extinção, morreram no Quénia após terem sido transferidos para um novo parque nacional, anunciou o Governo queniano nesta sexta-feira. O Ministério do Turismo e Vida Selvagem queniano explicou em comunicado que os animais estavam a ser transportados de Nairobi para o Parque Nacional do Este de Tsavo (no Sul do país) e que as primeiras investigações indicam que terão morrido por envenenamento por sal, depois de terem ingerido água com elevadas concentrações de sal no seu novo habitat. Quanto mais água salgada bebiam, mais sede tinham (devido à desidratação), o que levou a que o organismo dos animais rapidamente entrasse em colapso, explicam especialistas citados pela BBC News. O transporte de rinocerontes foi agora suspenso e os seis que sobreviveram (no total, foram transferidos 14 indivíduos) estão a ser monitorizados. Porém, a causa da morte não é ainda certa e o Governo garante que irá levar a cabo uma investigação para averiguar se este foi um caso de negligência. Caso se justifique, "uma acção disciplinar será definitivamente tomada" e os resultados serão tornados públicos. Cathy Dean, directora da organização internacional Save the Rhino, explicou ao jornal britânico Guardian que é necessário levar a cabo uma investigação e um inquérito adequados sobre o que aconteceu e rever todo o protocolo de transporte. Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. O Ministério do Turismo e Vida Selvagem afirma ainda que este é um número de mortes de rinocerontes "sem precedentes" em mais de uma década de realocações destes animais. De acordo com dados do ministério, entre 2005 e 2017, o Quénia transportou 149 rinocerontes, registando-se oito mortes. Este é "um completo desastre" e que quer saber "o que correu mal", diz Paula Kahumbu, conservacionista que faz parte da organização queniana WildlifeDirect, avança à agência Associated Press. O transporte de rinocerontes é "complicado, é como mover barras de ouro" e requer um planeamento cuidadoso e extrema segurança "devido ao valor destes animais raros", acrescenta Kahumbu. Este processo, regra geral, envolve sedar os animais durante a viagem e tem como objectivo a conservação e reprodução populacional da espécie noutros habitats. O rinoceronte-negros está criticamente em perigo de extinção devido à perda de habitat e à caça ilegal para venda dos seus chifres que são extremamente valiosos no mercado asiático. Segundo a World Wide Fund for Nature (WWF), as populações de rinoceronte-negro diminuíram drasticamente no século XX, essencialmente devido à caça e colonização europeia. Nos dias de hoje, estima-se que existam menos de 5. 500 rinocerontes-negros no mundo (todos eles em África), escreve a BBC, dos quais cerca de 750 estão no Quénia. Em Março, morreu no Quénia o último rinoceronte-branco-do-norte macho, de nome Sudan, que foi abatido devido a graves complicações de saúde.
REFERÊNCIAS:
Cirque du Soleil vendido a investidores americanos e chineses
Os novos proprietários da empresa que estava avaliada em 1,4 mil milhões de euros pretendem expandir o circo na China. (...)

Cirque du Soleil vendido a investidores americanos e chineses
MINORIA(S): Animais Pontuação: 3 Asiáticos Pontuação: 9 | Sentimento 0.0
DATA: 2015-05-01 | Jornal Público
SUMÁRIO: Os novos proprietários da empresa que estava avaliada em 1,4 mil milhões de euros pretendem expandir o circo na China.
TEXTO: O Cirque du Soleil foi vendido, por um montante não divulgado, a um consórcio dirigido pela empresa de investimentos norte-americana TPG e que inclui o investidor chinês Fosun, anunciou na segunda-feira o grupo canadiano de espectáculo. Os novos proprietários pretendem expandir o Cirque du Soleil na China, indicou o grupo em comunicado. A TPG detém uma participação maioritária na empresa, ao passo que o seu fundador, Guy Laliberté, conservará uma participação minoritária e continuará a fazer parte da direcção estratégica e artística do grupo. Apesar de os termos do negócio não terem sido divulgados, a imprensa canadiana noticiou que a TPG, que também investiu na empresa Uber e no Caesars Palace, em Las Vegas, comprou uma participação de 60% da empresa avaliada em 1, 5 mil milhões de dólares (cerca de 1, 4 mil milhões de euros). A Fosun Capital, que no mês passado ganhou uma guerra de licitação pela empresa de férias francesa Club Med, fica com 20%. E o Governo do Quebeque, através do seu ramo de investimentos Caisse de Depot et Placement, ficou com 10% da empresa circense criada em 1984 por Laliberté. "Depois de 30 anos a construir a marca Cirque du Soleil, encontrámos agora os parceiros ideais na TPG, na Fosun Capital e na Caisse para levar o Cirque du Soleil para a próxima etapa na sua evolução enquanto empresa fundada com a convicção de que as artes e os negócios, juntos, podem contribuir para fazer um mundo melhor", declarou Laliberté em comunicado. A Fosun, que tem vindo a aumentar a sua presença em Portugal, é um dos candidatos à compra do Novo Banco. O grupo já detém o controlo da Espírito Santo Saúde (agora denominada Luz Saúde), que passou a dominar em 96% do capital na sequência de uma Oferta Pública de Aquisição (OPA) lançada sobre a empresa, e é também accionista maioritária da Fidelidade. Depois de ter assegurado em Maio do ano passado 80% da seguradora da Caixa Geral de Depósitos, a empresa chinesa subiu depois a sua participação para 85%. Através desta, é ainda accionista indirecta da REN, onde o grupo segurador tem uma posição de 5, 1%.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave guerra chinês
Afinal, a pintura mais antiga do mundo não está na Europa
Identificadas pinturas com pelo menos 40 mil anos em grutas na Ilha de Celebes, na Indonésia. O estudo na revista Nature defende que a produção artística no Sudeste asiático é contemporânea da europeia, se não mais antiga. (...)

Afinal, a pintura mais antiga do mundo não está na Europa
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 Asiáticos Pontuação: 9 | Sentimento 0.0
DATA: 2015-05-01 | Jornal Público
SUMÁRIO: Identificadas pinturas com pelo menos 40 mil anos em grutas na Ilha de Celebes, na Indonésia. O estudo na revista Nature defende que a produção artística no Sudeste asiático é contemporânea da europeia, se não mais antiga.
TEXTO: Têm pelo menos 40 mil anos e adornam as paredes de várias grutas calcárias na ilha indonésia de Celebes, entre o Bornéu e as Molucas. Fazem lembrar as brincadeiras das crianças com tintas mas são, na realidade, produto das primeiras manifestações artísticas do homem. As pinturas rupestres das grutas calcárias nos arredores da cidade de Maros já se conheciam há 50 anos, mas só agora foram datadas por peritos australianos e indonésios das universidades de Griffith e Wollogong, que acabam de publicar as suas conclusões na revista científica Nature. Os dados que reuniram mostram, defendem, que o homem moderno do Sudeste asiático começou a pintar pelo menos ao mesmo do que o europeu. “Presume-se com frequência que a Europa foi o centro das mais antigas explosões da criatividade humana, em particular da arte das cavernas, há cerca de 40 mil anos”, diz a perita em datação Maxime Aubert, de Griffith, que co-dirigiu o estudo agora publicado. “Mas as datas da nossa arte rupestre de Celebes mostram que, por volta da mesma altura, do outro lado do mundo, as pessoas desenhavam animais tão extraordinários como os das grutas da Idade do Gelo de França e Espanha”, continua, num comunicado divulgado por esta universidade australiana. As pinturas mostram mãos – 12 stencils (impressões em negativo), feitos espalhando tinta numa rocha contra a qual se colocou a mão – e dois animais, um deles um babirusa, espécie de porco autóctone do arquipélago indonésio. Uma das mãos, garante a equipa, é agora o mais antigo exemplar desta forma de arte rupestre, ao passo que um dos desenhos dos mamíferos – um babirusa fêmea com pelo menos 35. 400 anos – estará certamente entre as representações figurativas mais precoces. A ideia generalizada de que a arte terá nascido na Europa baseia-se nas pinturas rupestres, algumas de grande espectacularidade, descobertas pelo continente. Destas destacam-se a mais antiga – um disco vermelho indefinido em El Castillo, Espanha, com 41 mil anos – e os maravilhosos cavalos e rinocerontes de Chauvet, França, representações já muito complexas, de grande movimento, com pelo menos 30 mil. Ainda um mistérioAs pinturas de Celebes eram conhecidas há mais de 50 anos, mas não tinha havido ainda qualquer tentativa para as datar. Defendia-se, sem certezas, que não teriam mais de dez mil anos porque se supunha que não pudessem resistir mais tempo do que isso num clima tropical, escreve Wil Roebroeks, especialista em evolução humana da Universidade de Leiden, na Holanda, num artigo que acompanha o estudo na Nature e a que deu o título de Art on the move. Para determinar quando teriam sido feitas, os cientistas tiveram de apurar o rácio de urânio e de isótopos (formas) de tório existentes em pequenas formações semelhantes a estalactites (conhecidas como “pipocas das cavernas”) que cresceram sobre as imagens. Este método, aplicado a 14 pinturas distribuídas por sete grutas, mostra que foram executadas entre 39. 900 e 17. 400 anos, precisa ainda o comunicado, advertindo para o facto de estas serem as datações mínimas, o que significa que, na realidade, as pinturas podem ser muito mais antigas. Defende agora a equipa que as pinturas do Paleolítico europeu que têm vindo a surpreender gerações nas grutas de Chauvet e Lascaux podem ter raízes mais profundas. “Na realidade, as pinturas nas grutas e outras formas de expressão artística com elas relacionadas faziam muito provavelmente parte das tradições culturais dos primeiros homens modernos que saíram de África para a Ásia e a Austrália, muito antes de chegarem à Europa”, explica Adam Brumm, outro dos especialistas da Universidade de Griffith que coordenou o estudo com Aubert e os indonésios Muhammad Ramli e Budianto Hakim, que identificaram já 90 sítios com pinturas na ilha, além de centenas de figuras e stencils isolados. “O que significavam estes stencils de mãos para os artistas pré-históricos de Celebes continua a ser um mistério, assim como a razão por que os criaram em tão grande número”, disse Brumm ao diário britânico The Guardian. Por que é que esta arte é tão importante? Thomas Sutikna, outro dos autores do estudo, responde num comunicado da Universidade de Wollogong: porque é um dos dos primeiros indicadores da existência de pensamento abstracto, que “é o que faz de nós humanos tal como nos conhecemos”.
REFERÊNCIAS: