BRIC ultrapassam potências da UE até ao fim da década
O mapa-mundo das maiores economias está a deixar de ser o que era e, na próxima década, ficará com uma configuração bem diferente da actual. (...)

BRIC ultrapassam potências da UE até ao fim da década
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-12-27 | Jornal Público
SUMÁRIO: O mapa-mundo das maiores economias está a deixar de ser o que era e, na próxima década, ficará com uma configuração bem diferente da actual.
TEXTO: Neste momento, o Brasil é já a sexta maior economia mundial, depois de ultrapassar o Reino Unido. Em breve, os lugares cimeiros da Alemanha e da França serão ocupados por países emergentes como a Rússia ou a Índia. As previsões foram ontem divulgadas pelo Centre for Economics and Business Research (CEBR), um instituto de pesquisa económica e de negócios britânico. O primeiro sinal da alteração do jogo de forças no palco mundial é o Brasil que, segundo o CEBR, já ultrapassou uma economia desenvolvida - o Reino Unido. Depois de vários anos de crescimento, o valor do produto interno bruto (PIB) brasileiro tornou-se o sexto maior a nível mundial. Até agora, esse lugar era ocupado pelo Reino Unido, que viu a sua economia cair uma posição no ranking das dez maiores potências, devido ao impacto que a crise financeira de 2008 e a consequente recessão tiveram no país. O Governo britânico já admitiu mesmo a possibilidade de o país voltar a resvalar para uma recessão em 2012, devido ao impacto da crise da dívida, e anunciou que irá reforçar a dose de austeridade. Um relatório divulgado há alguns meses pelo FMI também já previa que o Reino Unido fosse ultrapassado pelo Brasil ainda em 2011. No início do ano, foi a China que deixou para trás o Japão, tornando-se a segunda maior potência mundial. Agora, novas mudanças avizinham-se. Segundo as previsões do CEBR, a Europa deverá passar por uma "década perdida", de baixo crescimento, e outros países irão ocupar o seu lugar entre as principais economias mundiais. Em 2020 (ver tabela ao lado), os EUA, a China e o Japão vão manter-se à frente do ranking, mas os lugares seguintes passarão a ser ocupados por países emergentes. Depois de uma década a vender petróleo e gás à Europa e outros países asiáticos, a Rússia subirá do 9º lugar no top 10 para o 4º. A seguir surge a Índia, que passa do 10º para o 5º lugar, tirando partido da sua "especialização" nas tecnologias e na engenharia. A consequência será a descida no ranking das maiores economias da zona euro - a Alemanha, a França e a Itália, que vão resvalar para o 7º, 9º e 10º lugares, respectivamente. Brasil tenta fugir à crise"O nosso ranking mundial mostra que o mapa económico está a mudar, com os países asiáticos e produtores de matérias-primas a subirem no pódio, enquanto a Europa fica para trás", dizia ontem o presidente da CEBR, Douglas McWilliams, citado pelo jornal britânico The Guardian. A economia brasileira cresceu a bom ritmo nos últimos anos graças ao aproveitamento das suas vasta reservas de recursos naturais e à expansão da classe média, que dinamizou o consumo e o crédito. Em 2010, o país teve o maior crescimento dos últimos 14 anos (7, 5%), mas este ano, à semelhança dos outros emergentes, o Brasil está a ressentir-se com a crise nos países desenvolvidos. A crise da zona euro está a perturbar a confiança nos mercados e o abrandamento económico europeu e norte-americano tem significado uma diminuição da procura de produtos e, sobretudo, matérias-primas produzidas no Brasil ou em outras economias emergentes. Ontem, um inquérito semanal do banco central brasileiro revelou que os economistas reviram em baixa as previsões de crescimento para o país, apontando para um aumento do PIB de 2, 9% este ano. Contudo, o Brasil já está a agir para evitar que este abrandamento se intensifique. Mesmo com uma inflação elevada, o banco central brasileiro decidiu cortar as taxas de juro e o Governo já anunciou medidas para estimular a procura interna, reduzindo impostos e fomentando o crédito. O Governo espera que a economia recupere rapidamente e cresça pelo menos 4% em 2012. Um crescimento que deverá receber um empurrão dos dois grandes eventos desportivos que o país vai receber em 2014 e 2016: o Campeonato do Mundo de Futebol e os Jogos Olímpicos.
REFERÊNCIAS:
Entidades EUA FMI
PSI-20 caiu perto de 28% num ano negro para as bolsas
A última sessão de 2011 da bolsa de Lisboa terminou positiva, mas o balanço do principal índice é de uma queda acumulada de 27,6% ao fim de 12 meses. Com a banca a revelar as maiores perdas, o PSI-20 teve a segunda maior queda da Europa, depois da bolsa grega, que fechou o ano a perder 52,81%. (...)

PSI-20 caiu perto de 28% num ano negro para as bolsas
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 6 | Sentimento -0.16
DATA: 2011-12-31 | Jornal Público
SUMÁRIO: A última sessão de 2011 da bolsa de Lisboa terminou positiva, mas o balanço do principal índice é de uma queda acumulada de 27,6% ao fim de 12 meses. Com a banca a revelar as maiores perdas, o PSI-20 teve a segunda maior queda da Europa, depois da bolsa grega, que fechou o ano a perder 52,81%.
TEXTO: Este foi um ano negro para as praças europeias, em grande a reflectir o impacto muito negativo do agravamento da crise das dívidas soberanas e das dúvidas reveladas pelos mercados quanto à resolução da crise. A terceira maior desvalorização anual verificou-se na bolsa de Milão, que perdeu 25, 2%. Outras bolsas de referência fecharam o ano com perdas, mas as quedas foram menores nas praças de Paris (16, 95%), Frankfurt (14, 69%), Madrid (13, 3%), Londres (5, 55%). Não foi diferente nas bolsas asiáticas, onde o principal índice da bolsa de Hong Kong, o Hang Seng, fechou o ano com uma perda acumulada de 19, 97% e o da bolsa de Tóquio, o Nikkei, de 17, 34%. Num ano de fortes desvalorizações para a banca europeia – o sector mais penalizado no PSI-20 – a queda mais acentuada no índice lisboeta coube ao maior banco privado português. A perda acumulada das acções do BCP foi de 76, 63%. Hoje, o PSI-20 encerrou a cair 0, 1% e também a maior queda coube ao banco liderado por Carlos Santos Ferreira (3, 817%). Ao longo do ano, o banco chegou a negociar as acções a dez cêntimos, fechando nesta sexta-feira com os títulos nos 0, 136 euros. Entre as três cotadas que mais desvalorizaram ao longo do ano está ainda outro banco, o BPI, que perdeu num ano 65, 2% do seu valor em bolsa. A terceira das empresas com maiores quedas foi a Sonae Indústria (do grupo que detém o PÚBLICO), ao registar uma descida de 66, 7% no valor das acções. Em 2011, cresceram face ao ano passado, com a Jerónimo Martins à cabeça a registar um crescimento anual de 12, 19%. O volume de negócios em acções do PSI-20 caiu 32%, mas a quantidade negociada em títulos subiu 15% face a 2010, segundo um balanço da Euronext Lisboa feito com base os valores das negociações até às 12 horas de hoje. Wall Street segue hoje sem sentido definido, mas o balanço anual aponta para que os três principais índices encerrem o ano com ganhos modestos. Às 18h26, o Dow Jones Industrial Average apresentava uma queda de 0, 272%, o Standard & Por’s 500 perdia 0, 117%, enquanto o Nasdaq Composite Index subia já 0, 01%. As três acções que mais subiram em 2011Jerónimo Martins: +12, 19%EDP Renováveis: +9%Cimpor: +4, 87%As três acções que mais cairam em 2011BCP: -76, 63%Sonae Indústria: -66, 7%BPI: -65, 2%
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave negro
Microsoft levanta um pouco mais o véu sobre o próximo Windows
Na apresentação que a Microsoft faz anualmente antes da abertura da CES, a maior feira de tecnologia de consumo do mundo, a empresa revelou mais detalhes sobre o Windows 8 e apresentou novos telemóveis com Windows Phone 7. (...)

Microsoft levanta um pouco mais o véu sobre o próximo Windows
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 6 | Sentimento 0.104
DATA: 2012-01-10 | Jornal Público
SUMÁRIO: Na apresentação que a Microsoft faz anualmente antes da abertura da CES, a maior feira de tecnologia de consumo do mundo, a empresa revelou mais detalhes sobre o Windows 8 e apresentou novos telemóveis com Windows Phone 7.
TEXTO: Como habitual, o CEO da Microsoft, Steve Ballmer, protagonizou, esta madrugada (fim da tarde, na hora de Las Vegas), uma demonstração de tecnologias da Microsoft, entre as quais o Windows 8, que chega este ano ao mercado e que é o primeiro sistema da empresa concebido para equipar tanto computadores como tablets. Sem novidades de maior face ao que já se conhecia, a Microsoft mostrou como a nova interface de utilização – chamada Metro e semelhante à do Windows Phone 7, o sistema para smartphones – pode ser controlada tanto com gestos, como com o rato e o teclado e revelou alguns detalhes de funcionamento que ainda não tinham sido tornado públicos. Em exibição estavam alguns tablets e computadores (da nova categoria ultrabooks, portáteis ultra-finos e leves de que o Macbook Air, da Apple, é um precursor) já equipados com o sistema e de marcas como a Samsung e a Dell. No Windows 8, as aplicações são dispostas num ecrã inicial de forma análoga ao que acontece num smartphone e num conceito muito diferente das versões do Windows que a Microsoft lançou até agora. Quando abertas, estas aplicações ocupam o ecrã inteiro – o objectivo, segundo a Microsoft, é focar a atenção do utilizador. No Windows 8 usado na exibição estavam, entre outras, aplicações do New York Times, do eBay e o popular jogo Cut The Rope, que se popularizou como aplicação para smartphones. Antes, o evento – que contou com outros executivos em palco para além de Ballmer – tinha arrancado com o Windows Phone 7, que foi adoptado pela Nokia e que as duas empresas esperam que seja em 2012 uma terceira plataforma, alternativa ao iPhone e aos telemóveis Android – por ora, o Windows Phone 7 tem uma quota de mercado reduzida. Ballmer destacou a parceria com a Nokia, mas também frisou que a Microsoft está a trabalhar com outros fabricantes, falando da Samsung e mostrando um novo modelo fabricado pela HTC. O CEO da Microsoft revelou também um novo telemóvel Nokia com Windows Phone 7, destinado ao mercado dos EUA. Chama-se Lumia 900, tem um ecrã de 4, 3 polegadas, com uma resolução de 800 por 480 pixeis, 512 MB de RAM, uma câmara de oito megapixels e um processador de 1, 4Ghz. O aspecto é idêntico ao dos modelos Lumia 800 (outro dos telemóveis com Windows da marca finlandesa) e N9 (este comercializado em Portugal, mas ainda com o sistema MeeGo). A Nokia apresentara já, no final do ano passado, dois outros modelos equipados com Windows Phone 7, fruto da parceria estabelecida com a Microsoft em Fevereiro. O Lumia 800 começou por estar disponível em alguns mercados europeus (mas ainda não em Portugal) e o Lumia 710, de gama mais baixa, começou por ser comercializado sobretudo aos mercados asiáticos. Agora, ambos os modelos vão também ser comercializados nos EUA este ano. A apresentação da Microsoft marca um fim de um ciclo, já que esta decidiu deixar de abrir a CES. Com o evento a perder importância (dado que muitas grandes empresas, com a Apple e a Amazon, optam por apresentar as novidades em eventos próprios), o presidente da associação que organiza a feira, Gary Shapiro, fez questão de mostrar que se tratou de uma separação amigável e afirmou que ficaria “chocado” se no futuro um executivo da Microsoft não voltasse à feira.
REFERÊNCIAS:
Teerão avisa países do Golfo para não compensarem petróleo iraniano em caso de sanções
O Irão avisou as monarquias do Golfo para não aumentarem a sua produção de petróleo para compensar a falta do petróleo iraniano caso este seja alvo de um embargo. (...)

Teerão avisa países do Golfo para não compensarem petróleo iraniano em caso de sanções
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2012-01-15 | Jornal Público
SUMÁRIO: O Irão avisou as monarquias do Golfo para não aumentarem a sua produção de petróleo para compensar a falta do petróleo iraniano caso este seja alvo de um embargo.
TEXTO: “Se os países produtores de petróleo do Golfo Pérsico derem luz verde para substituir o petróleo iraniano, e cooperarem com os países aventureiros [ocidentais] serão responsáveis por incidentes que se irão produzir e o gesto não será amigável”, declarou o representante iraniano na OPEP (Organização de Países Exportadores de Petróleo), Mohammad Ali Khatibi. Vários responsáveis ocidentais afirmaram nas últimas semanas que os países do Golfo, nomeadamente a Arábia Saudita, iriam compensar o petróleo iraniano em caso de sanções decretadas pelos países ocidentais por causa de suspeitas de um objectivo militar do programa nuclear da República Islâmica. O argumento serve para convencer países ainda indecisos, como o Japão ou a Coreia do Sul a juntarem-se ao embargo. “Se os países do Golfo disserem claramente que não têm intenção de compensar o petróleo iraniano em caso de sanções, os países aventureiros não ficarão inclinados” a juntarem-se às sanções. Mas hoje o ministro saudita do Petróleo dizia, citado pelo jornal "Al-Watan", que Riad poderia aumentar a sua produção de 10 milhões de barris por dia para 12, 5 milhões, de forma a “responder às necessidades do mercado mundial e responder a um aumento de procura dos países consumidores”. O Irão é o segundo país produtor da OPEP, com uma produção de 3, 5 milhões de barris por dia, 80% dos quais vão para exportação. A União Europeia deverá finalizar no dia 23 de Janeiro o embargo ao petróleo, que terá depois seis meses até ser aplicado. Os maiores consumidores europeus de petróleo iraniano são a Itália, Espanha e Grécia, três países com particulares problemas por causa da crise da dívida. Os principais clientes asiáticos do petróleo iraniano – a China, o Japão, a Coreia do Sul e a Índia – rejeitaram as sanções ou mostram-se ainda reticentes. O Irão ameaçou também, caso seja sujeito a sanções, encerrar o estreito de Ormuz, por onde passa cerca de 35% do petróleo transportado por mar e 20% do total, no final de Dezembro. Esta ameaça motivou um aviso dos Estados Unidos, dizendo que agiria para o reabrir.
REFERÊNCIAS:
Tempo Dezembro Janeiro
Embargo ao petróleo vai ter efeitos, dificilmente os desejados
O ataque às exportações petrolíferas iranianas vai ter consequências para o regime. Mas é pouco provável que leve a qualquer recuo no programa nuclear. (...)

Embargo ao petróleo vai ter efeitos, dificilmente os desejados
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 6 | Sentimento -0.29
DATA: 2012-01-23 | Jornal Público
SUMÁRIO: O ataque às exportações petrolíferas iranianas vai ter consequências para o regime. Mas é pouco provável que leve a qualquer recuo no programa nuclear.
TEXTO: A campanha norte-americana para convencer o mundo a deixar de comprar petróleo ao Irão já está a "dar frutos", garante o Departamento de Estado na sequência de uma ofensiva diplomática que levou responsáveis norte-americanos a quase todos os compradores da república islâmica. De fora ficaram os europeus, já que a UE se comprometeu a aprovar um embargo petrolífero e chegou a acordo para proibir parte das suas transacções com o banco central iraniano. A medida europeia, a ratificar hoje numa reunião de ministros dos Negócios Estrangeiros, surge quase um mês depois da assinatura por Barack Obama de uma lei que prevê que as instituições financeiras que mantenham laços com o banco central iraniano percam o acesso ao sistema financeiro norte-americano. A ideia da UE é proibir as transacções que possam servir para financiar o programa nuclear ou o negócio petrolífero. O petróleo é o grande alvo das novas sanções, as já aprovadas pelos EUA e as que a UE prepara. Ao ameaçar punir bancos e empresas que negoceiem com o banco central de Teerão, Washington quer obrigar os países a comprar menos petróleo iraniano - o banco central é o principal canal para as transacções de crude. As visitas de responsáveis dos EUA aos compradores asiáticos deram, de facto, alguns frutos: o Japão está a ponderar cortar 100 mil barris; a Coreia do Sul discute reduzir 40 mil barris. E até as refinarias da Índia, país que oficialmente tenciona "fazer negócios com o Irão como habitualmente" (e enviou uma delegação a Teerão para debater formas de pagamento que contornem o banco central), já estão a comprar petróleo extra a Riad. A China é a grande incógnita. Opõe-se a sanções e considera que o comércio e o programa nuclear iraniano são assuntos distintos. O que não impediu o primeiro-ministro, Wen Jiabao, de realizar uma rara viagem à Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Qatar, países a quem poderá comprar mais gás e petróleo. Analistas ouvidos pelo Financial Times estimam que aos 450 a 550 mil barris que a UE deixará de comprar quando o embargo entrar em vigor - ainda não é certo que período de transição ficará estipulado, com alguns países a defenderem um prazo de três meses e a Grécia, um dos principais implicados, a pedir um ano - poderão somar-se outros 250 mil barris/dia entre os importadores asiáticos mais próximos dos EUA (Japão, Coreia do Sul, Taiwan e talvez a própria Índia). "Estamos a falar de entre 550 e 850 mil barris/dia, o que pode ter um impacto de 25 a 35% das exportações do país", diz Ed Morse, investigador do Citigroup. O único país em condições de aumentar as importações iranianas, e compensar assim o impacto deste embargo, é precisamente a China, que só o fará se beneficiar de descontos. Mas Pequim e Teerão já estão envolvidos numa disputa sobre preços. De acordo com uma newsletter da Foreign Reports , citada por David Ignatius no Washington Post , os chineses reduziram quase para metade as suas importações em Janeiro (285 mil barris/dia). Tudo porque o Irão recusou renegociar os termos das vendas a crédito, temendo que outros compradores exigissem as mesmas condições. "Estamos a fornecer o nosso crude, mas com dificuldades em receber o dinheiro, isso é verdade", admite Mohsen Qamsari, da empresa nacional de petróleo iraniana. "De qualquer ângulo que se olhe, é provável que o Irão vá ter um problema de petróleo em 2012", conclui David Ignatius. Valor de dissuasão
REFERÊNCIAS:
Entidades EUA UE
Mercado da arte continua a crescer e está perto dos valores mais altos de sempre
Se há sector que parece não sofrer com a actual crise financeira mundial é o mercado da arte, no qual o investimento, na sua maioria privado, continua a crescer, afirmando-se como um porto seguro em tempos de grande instabilidade financeira. Só esta semana em dois leilões de arte contemporânea a Christie’s e a Sotheby’s somaram em conjunto mais de 156 milhões de euros. (...)

Mercado da arte continua a crescer e está perto dos valores mais altos de sempre
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2012-02-16 | Jornal Público
SUMÁRIO: Se há sector que parece não sofrer com a actual crise financeira mundial é o mercado da arte, no qual o investimento, na sua maioria privado, continua a crescer, afirmando-se como um porto seguro em tempos de grande instabilidade financeira. Só esta semana em dois leilões de arte contemporânea a Christie’s e a Sotheby’s somaram em conjunto mais de 156 milhões de euros.
TEXTO: Entre terça e quarta-feira aconteceram em Londres dois leilões de arte contemporânea, nas leiloeiras que lideram o sector, a Christie’s e a Sotheby’s, que levaram à praça nomes como Francis Bacon, Andy Warhol, Roy Lichtenstein e Gerhard Richter. No final, a Chirstie’s facturou 96, 1 milhões de euros e a Sotheby’s 60, 7 milhões de euros. Cerca de 90% dos lotes foram vendidos em ambos os leilões, provando uma tendência crescente, sustentada por coleccionadores privados. “Existe muito dinheiro por aí e não há, neste momento, muitos lugares para o investir. A crise financeira não a afectar verdadeiramente os super ricos, que são quem estão a comprar estas obras”, disso ao Financial Times Robert Read, responsável da seguradora especialista em arte Hiscox, lembrando os novos compradores, dos quais destaca os asiáticos. No início de 2011, a Artprice. com, um dos sites mais importantes do sector de informação sobre o mercado da arte, analisou os números do mercado e concluiu que a China já era o país “número um, ultrapassando os EUA que ocupavam o primeiro lugar há quase meio século. Factores como o crescimento económico da China, que já é a segunda potência mundial, e o apoio tanto governamental como privado ao mercado da arte, ajudam a explicar os números. Mas não foi só a China que se destacou em 2011. Meses depois deste estudo, o The Art Newspaper considerou o Qatar o maior comprador mundial de arte contemporânea, na qual já tinha então investido mais de 400 milhões de dólares (cerca de 277 milhões de euro). Já este ano, o Qatar agitou o mercado da arte, quando no início de Fevereiro a Vanity Fair revelou que a família real tinha comprado o quadro “Os jogadores de cartas” de Paul Cézanne (1839-1906) por mais de 250 milhões de dólares (190 milhões de euros), o preço mais alto de sempre pago por uma obra de arte. “O governo do Qatar está a dominar o mercado neste momento, uma vez que está a comprar obras para o novo museu nacional, e temos os gestores de fundos chineses que nos têm contactado porque querem incluir a arte nos seus fundos”, explicou ao Financial Times Philip Hoffman, director financeiro da Christie’s, acrescentando que ao mesmo tempo que estes países estão a crescer, existem cada vez menos clientes de países como a Grécia, a Espanha e a Arábia Saudita, “onde os investidores não estão seguros em relação às suas economias”. Mas para Steven Murphy, director executivo da mesma leiloeira, “os coleccionadores estão a coleccionar mais”, explicando que para o crescimento do mercado da arte também contribuíram a globalização e a facilidade de acesso aos catálogos e aos leilões online. Mas ao The Independent, Anthony McNerney, responsável da arte contemporânea na leiloeira Bonhams, mostrou-se preocupado com esta evolução, explicando que hoje os compradores estão mais interessados no valor da obra e de quanto poderá valer no futuro, sem saberem muitas vezes o que estão a comprar. “Quando há muitos anos comecei na Christie’s, os clientes perguntavam-me sobre o trabalho e o artista. A partir de finais de 2007, começaram a perguntar: “quanto é que isto me vai custar e quanto é que vai valer”, contou McNerney. Para a conselheira de arte, Tania Buckrell, isto acontece porque actualmente existem muitos mais compradores no mercado da arte que olham para as obras como um investimento, e não como obras de arte ou com interesse de colecção. De acordo com os resultados divulgados este mês, só em 2011 em leilões, a Christie’s somou 4, 3 mil milhões de euros, mais 9% do que em 2010. Na Sotheby’s o valor de vendas do ano passado ainda não foi revelado, mas a leiloeira garante que registou um aumento de 14, 5% em relação a 2010, sendo que o maior crescimento acontece na arte contemporânea, cujas vendas aumentaram 34%.
REFERÊNCIAS:
Entidades EUA
EUA: recuperação económica ainda é débil e vulnerável ao exterior
O secretário do Tesouro norte-americano, Timothy Geithner, recordou ontem que a recuperação económica é ainda débil e vulnerável a problemas externos, apesar de terem sido adoptadas as reformas adequadas. (...)

EUA: recuperação económica ainda é débil e vulnerável ao exterior
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 6 | Sentimento -0.16
DATA: 2012-03-16 | Jornal Público
SUMÁRIO: O secretário do Tesouro norte-americano, Timothy Geithner, recordou ontem que a recuperação económica é ainda débil e vulnerável a problemas externos, apesar de terem sido adoptadas as reformas adequadas.
TEXTO: Num discurso no Economic Club, em Nova Iorque, Geithner disse que “a confiança, gravemente danificada pela crise, é mais frágil e pode ser afectada de forma desproporcionada por novos choques”, acrescentando que “vão ser necessários anos para reparar os danos”. Geithner garantiu que a administração do Presidente Barack Obama considera que o caminho da recuperação passa por melhorar o ensino superior nos Estados Unidos, por uma maior inovação tecnológica e por mais investimento e reformas, incluindo a orçamental. O secretário do Tesouro assinalou que estes desafios são os mais difíceis de cumprir, “em parte devido a outras nações, como a China, o México ou o Brasil, que estão a melhorar a construção das suas economias de mercado, crescimento e desenvolvimento”. “O seu êxito, ainda que tenha benefícios económicos para nós [Estados Unidos], colocou muita pressão na força laboral norte-americana para que produza bens cuja produção outros países melhoraram”, considerou o governante. Mais pactos de comércio livreGeithner disse que os Estados Unidos devem trabalhar para expandir as suas exportações e destacou a importância dos tratados de comércio livre com a Colômbia, o Panamá e a Coreia do Sul, numa altura em que se está a trabalhar para assinar outros pactos com países asiáticos. “Queremos que uma grande parte do aumento da procura das economias dos mercados emergentes seja satisfeita por produtos que criamos ou que fabricamos nos Estados Unidos”, afirmou. O secretário norte-americano do Tesouro disse ainda que, para garantir esse objectivo, são necessárias políticas de investimento e uma reforma orçamental que reduza a ampla dívida pública norte-americana. Além disso, alertou para outros desafios externos que se colocam à economia mundial, como a “Europa, que enfrenta uma severa e prolongada crise”, e “o crítico confronto do mundo com o Irão”, que está a pressionar os preços do petróleo.
REFERÊNCIAS:
Partidos LIVRE
Seis mil anos de arte numa feira em que a China ganhou aos EUA
Mais de 260 galeristas estão a partir de hoje em Maastricht, um acontecimento no mercado da arte e das antiguidades. O Egipto antigo encontra-se com esculturas acabadas de sair do atelier de Anish Kapoor. (...)

Seis mil anos de arte numa feira em que a China ganhou aos EUA
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 6 | Sentimento 0.7
DATA: 2012-03-16 | Jornal Público
SUMÁRIO: Mais de 260 galeristas estão a partir de hoje em Maastricht, um acontecimento no mercado da arte e das antiguidades. O Egipto antigo encontra-se com esculturas acabadas de sair do atelier de Anish Kapoor.
TEXTO: Os corredores da feira internacional de arte e antiguidades de Maastricht, a Tefaf, foram buscar os nomes às ruas e praças de cidades como Paris, Londres e Nova Iorque. Na Place de la Concorde e na Madison Avenue cruzavam-se ontem dezenas de coleccionadores e curadores, alguns a disputar as mesmas pinturas, jóias e esculturas aos 268 galeristas - dois dos quais portugueses, Jorge Welsh e Luís Alegria - desta 25. ª edição. Ontem, tudo parecia tão movimentado como numa grande estação de comboios pela manhã, isto se conseguirmos imaginar uma gare em que só se entra respeitando um certo dress code. O concorrido centro de imprensa é um reflexo da importância da Tefaf no mercado internacional de arte, tenha ela seis mil anos, como algumas das peças egípcias expostas, quer seja já de 2012, como a escultura do britânico Anish Kapoor que, com o seu azul brilhante, puxa os visitantes para as galerias Kukje e Tina Kim. Os jornalistas asiáticos, tal como os coleccionadores e representantes de museus do Japão, de Singapura e sobretudo da China, estão em grande número. Não é de estranhar, já que, segundo o relatório sobre a evolução do comércio de arte e antiguidades nos últimos 25 anos feito pela economista cultural Clare McAndrew, a apresentar em detalhe na feira, a fatia do mercado global que coube aos chineses em 2011 foi de 30%, colocando-os pela primeira vez no topo, à frente dos americanos (29%), dos britânicos (22%) e dos franceses, com uns distantes 6% (os 27 países da União Europeia têm apenas mais 4% do mercado que a China). A chegada da China ao primeiro lugar da lista, que inclui também as antiguidades, era esperada desde o ano passado, com este país já no topo no sector do moderno e do contemporâneo, que representa quase 70% do mercado da arte. Os números não impressionam Jerome M. Eisenberg, director das galerias Royal Athena, que participa na Tefaf há 20 anos. Sendo um dos principais antiquários especializados em esculturas gregas, romanas, egípcias, etruscas e do Médio-Oriente, com lojas em Nova Iorque e Londres, Eisenberg não mudou muito de clientes. "Os coleccionadores que nos procuram são os mesmos", diz ao PÚBLICO, junto a uma vitrina repleta de pequenas estatuetas votivas e de delicados frascos de perfume em vidro em tons rosa e âmbar. "Continuamos a ter muitos americanos e europeus, os chineses não se interessam muito. " Na sua galeria, com mármores helénicos com mais de dois mil anos a ultrapassar os 300 mil euros, tem em destaque um pequeno guerreiro etrusco em bronze, com um manto sobre o ombro, um punhal na mão direita e uma lebre sacrifical na esquerda. É do século IV a. C. e é "uma peça rara, requintada", destinada a coleccionadores que "procuram e respeitam a beleza, e não vêem a arte apenas como um investimento". Os destaquesPercorrer os corredores da Tefaf com pouco tempo é tarefa difícil. Os galeristas, garantem, guardam para a feira as suas melhores peças e a diversidade é tão grande, da arte da Polinésia aos impressionistas franceses, passando pelos contemporâneos alemães, os concretistas brasileiros, a pintura flamenga do século XVI e as iluminuras saídas de livros de horas medievais, que há sempre motivos de interesse. Theo (assim, sem apelido) está na feira com a mulher. O casal holandês colecciona jóias e está a fazer a sua primeira ronda pelas galerias. Vêm comprar? "Costumamos fazê-lo, mas discutimos muito antes de decidir. " Ambos ouviram já falar do pendente art nouveau de René Lalique, uma das peças mais mediatizadas desta edição, criada em ouro e diamantes (c. 1903), com quatro libelinhas e uma grande água-marinha no centro. "Seria maravilhoso ter uma peça Lalique, mas isso é só para grandes, grandes coleccionadores e museus", diz Theo.
REFERÊNCIAS:
Presidenciais em Timor iniciam fase decisiva para consolidar democracia
Campanha decorreu sem sobressaltos. Dez anos após a independência, novo teste à estabilidade. Há 12 candidatos mas corrida parece resumir-se a três. Resultados projectam legislativas. (...)

Presidenciais em Timor iniciam fase decisiva para consolidar democracia
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2012-03-17 | Jornal Público
SUMÁRIO: Campanha decorreu sem sobressaltos. Dez anos após a independência, novo teste à estabilidade. Há 12 candidatos mas corrida parece resumir-se a três. Resultados projectam legislativas.
TEXTO: Será bem-sucedida a estratégia do Presidente Ramos-Horta, que optou por uma campanha minimal? O prestígio de ex-chefe das Forças Armadas, somado ao apoio de Xanana Gusmão, valerá a eleição a Taur Matan Ruak? O peso da histórica Fretilin permitirá a Francisco Lu-Olo Guterres melhorar o que fez em 2007, quando chegou à segunda volta?Se nenhum dos candidatos conseguir hoje, na primeira ronda das presidenciais timorenses, mais de metade dos votos - cenário provável devido à existência de várias candidaturas fortes e ao elevado número de concorrentes, 12 - os eleitores regressam às urnas no dia 14 de Abril para escolher entre os dois mais votados. E a 29 de Junho serão chamados a eleger um novo Parlamento. Qualquer que seja o resultado das presidenciais, o que Timor-Leste está a viver - hoje e nos próximos meses - é um teste à estabilidade e ao estado da sua democracia. "Se a eleição for bem-sucedida vai demonstrar que o povo de Timor-Leste aceita e valoriza a participação eleitoral, o que reflecte a consolidação da democracia. No entanto, se não correr bem, se for marcada por violência ou práticas desleais, pode fatalmente enfraquecer a ideia de democracia", disse ao PÚBLICO Damien Kingsbury, da Deakin University, na Austrália, que se declara optimista sobre o processo. Paulo Gorjão, director do Instituto Português de Relações Internacionais e Segurança, concorda que a eleição presidencial é "um teste à estabilidade" de um país que em Maio completa dez anos de independência. E também não antevê problemas. "Toda a gente conviverá bem com o resultado", considera o investigador, para quem nas legislativas haverá "maior tensão". Porquê? Estará em causa o poder executivo e desenha-se um "confronto partidário com um traço de natureza pessoal" entre Xanana e Mari Alkatiri, actual e ex-primeiro-ministro, há muito desavindos. A campanha, marcada pela morte de Xavier do Amaral, Presidente efémero em 1975, e que também era candidato, decorreu em ambiente calmo. O que é um dado relevante. Há cinco anos foi diferente: estava bem viva a agitação de ex-militares que parecia ir mergulhar novamente o país no caos. Em 2008, os atentados contra Horta e Xanana mantiveram as preocupações na agenda. Um tal passado acentua a importância das eleições deste ano. Se não houver problemas será provável a partida, no fim do ano, das forças estrangeiras chamadas a estabilizar a situação, incluindo a GNR portuguesa. Ficará também facilitada a integração de Timor na ASEAN (Associação das Nações do Sudeste Asiático). Além disso, como há dias assinalava a revista Economist, os investidores externos vão perceber "que o país deixou para trás os anos de violência". Os favoritos e os outrosNas terceiras presidenciais em Timor, segundas desde a independência, Ramos-Horta, Matan Ruak e Francisco Lu-Olo Guterres são, para Damien Kingsbury, os candidatos com mais possibilidades de conseguirem a maioria dos votos dos 628. 454 eleitores. O primeiro procura um inédito segundo mandato depois de em 2007, na segunda volta, ter derrotado Lu-Olo, com quase 70% dos votos. Tem como crédito uma "bem-sucedida presidência", considera o investigador australiano, autor de vários estudos sobre Timor.
REFERÊNCIAS:
Entidades GNR
Nova descoberta de gás natural em Moçambique pelo consórcio da Galp
A Galp Energia, que integra em Moçambique um consórcio de exploração de gás natural na bacia de Rovuma, anunciou hoje uma nova descoberta de “grande dimensão” ao largo da costa de Cabo Delgado. (...)

Nova descoberta de gás natural em Moçambique pelo consórcio da Galp
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 6 | Sentimento 0.118
DATA: 2012-03-26 | Jornal Público
SUMÁRIO: A Galp Energia, que integra em Moçambique um consórcio de exploração de gás natural na bacia de Rovuma, anunciou hoje uma nova descoberta de “grande dimensão” ao largo da costa de Cabo Delgado.
TEXTO: O poço descoberto, baptizado Mamba North East-1, aumenta o potencial estimado de gás natural neste complexo explorado com a italiana ENI, a sul-coreana KOGAS e a moçambicana ENH para, pelo menos, 40 biliões (milhões de milhões) de pés cúbicos. O reservatório localiza-se a uma profundidade de água de 4560 metros, a 50 quilómetros da costa de Cabo Delgado, e a cerca de 15 quilómetros a Nordeste do poço Mamba South-1 (anunciado em Outubro e que integra o mesmo consórcio de exploração na bacia moçambicana) e a 12 quilómetros a Sudoeste do Mamba North-1 (anunciado em Fevereiro pela Galp). O consórcio – no qual a Galp tem uma participação minoritária (de 10%) – prevê perfurar, durante este ano, mais quatro poços “em estruturas próximas, de modo a inferir o potencial adicional de recursos no complexo Mamba”, explica a Galp em comunicado. A exploração é liderada pela ENI, um dos accionistas de referência da Galp, e que detém 70% do capital do consórcio. As outras duas parceiras (coreana e moçambicana) detêm em partes iguais os restantes 20% do capital do consórcio. Para a Galp, com a exploração da bacia do Rovuma, Moçambique passou a representar uma dimensão estratégica, sublinhada há meses pelo presidente Manuel Ferreira de Oliveira, quando foi anunciada o potencial do poço Mamba South-1. Com o Brasil e Angola, o país será um dos pilares da petrolífera portuguesa, que desenvolve mais de metade da actividade fora de Portugal. A presença da Galp em Moçambique representa não só mais capacidade futura de abastecimento do mercado interno, como até de eventualmente de exportação de gás natural para os países asiáticos.
REFERÊNCIAS:
Tempo Outubro Fevereiro