Delegação portuguesa do Bank of China abre em Março
Banco chinês já recebeu luz verde do Banco de Portugal para abrir a sua primeira delegação em território nacional, afirmou Maria de Belém Roseira, em visita a Pequim. (...)

Delegação portuguesa do Bank of China abre em Março
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 5 | Sentimento 0.0
DATA: 2013-01-11 | Jornal Público
SUMÁRIO: Banco chinês já recebeu luz verde do Banco de Portugal para abrir a sua primeira delegação em território nacional, afirmou Maria de Belém Roseira, em visita a Pequim.
TEXTO: O já anunciado balcão português do Bank of China tem data marcada para abrir em Março, afirmou nesta sexta-feira a presidente do Partido Socialista, Maria de Belém Roseira. “O presidente do Bank of China transmitiu-nos que já recebeu autorização da entidade reguladora portuguesa e tenciona abrir a primeira delegação em Março”, afirmou a socialista à agência Lusa, em Pequim. Maria de Belém Roseira termina no sábado uma visita de seis dias à China, a convite do Partido Comunista Chinês. A acompanhá-la encontram-se outros dirigentes do Partido Socialista e um grupo de dez empresários. Esta será a primeira delegação de um banco chinês em Portugal, mas Maria de Belém Roseira afirmou nesta sexta-feira, depois de se ter encontrado com representantes do banco, que “há vários contactos” entre instituições financeiras dos dois países. “O sistema financeiro português é muito apreciado pela sua solidez, organização e modernização”, disse a presidente do Partido Socialista. Em Novembro último, já haviam surgido notícias de que o Bank of China estaria a preparar a entrada em território português e que já teria sido feito um pedido nesse sentido ao Banco de Portugal. Na cerimónia de análise ao primeiro ano de parceria entre a EDP e a China Three Gorges, o presidente do Bank of China apresentou um empréstimo de 800 milhões de euros para a eléctrica portuguesa e afirmou ainda que queria reforçar os laços de amizade com Portugal. O banco chinês faz parte do grupo dos quatro maiores bancos estatais da China, com operações em cerca de 30 países. A visita da delegação do Partido Socialista à China tem por base “um relacionamento franco e amigo com o Partido Comunista Chinês”, afirmou Maria de Belém Roseira, que insistiu que estes laços podem criar “uma base de confiança para aprofundar as oportunidades económicas.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave chinês
Apple ainda não se livrou do trabalho infantil nas suas fábricas
Empresa chinesa empregava crianças com menos de 16 anos. (...)

Apple ainda não se livrou do trabalho infantil nas suas fábricas
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 5 | Sentimento 0.0
DATA: 2013-01-26 | Jornal Público
SUMÁRIO: Empresa chinesa empregava crianças com menos de 16 anos.
TEXTO: Não é a primeira vez, mas o problema permanece por resolver. Uma auditoria interna ordenada pela Apple concluiu que continua a haver trabalho infantil na cadeia de produção da empresa norte-americana, incluindo uma fábrica chinesa, que empregava 74 crianças com menos de 16 anos. Só no ano passado foram detectados 106 casos de trabalho infantil na cadeia de fornecimento da Apple, diz o mesmo relatório, citado pelo jornal Guardian. Este relatório surge após suicídios de funcionários na fábrica da Foxconn, fornecedora da Apple em Taiwan, onde são montados aparelhos como o iPad e o iPhone. A auditoria anual da Apple – que analisou 400 fornecedores – detectou crianças em 11 fábricas que participam na montagem de produtos da empresa norte-americana. Algumas delas foram recrutadas com recurso a documentos falsos. O relatório refere ainda outras práticas ilegais, como testes de gravidez obrigatórios ou trabalhadores verem os seus salários confiscados para pagar às empresas de recrutamento. A Apple quebrou o contrato com a empresa chinesa que empregava as 74 crianças. O director-executuvo Tim Cook tinha qualificado o trabalho infantil como algo “detestável” e prometeu erradicar esta prática nos fornecedores da empresa.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave infantil
Bo Xilai admite “alguma responsabilidade” em desfalque mas culpa a mulher
Ex-dirigente chinês está ser julgado por corrupção e abuso de poder. (...)

Bo Xilai admite “alguma responsabilidade” em desfalque mas culpa a mulher
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 5 | Sentimento 0.0
DATA: 2013-08-24 | Jornal Público
SUMÁRIO: Ex-dirigente chinês está ser julgado por corrupção e abuso de poder.
TEXTO: É a primeira vez que Bo Xilai admite alguma culpa no processo pelo qual está a ser julgado. O antigo dirigente chinês, de 64 anos, reconheceu neste sábado ter “alguma parte da responsabilidade” no desvio de dinheiros públicos, embora continue a culpar a mulher. No terceiro dia do julgamento, que decorre em Jinan, Bo Xilai insistiu que foi a mulher quem desviou cinco milhões de yuans (612 mil euros), mas reconheceu que deveria ter feito algo para devolver a verba. “Sinto-me envergonhado”, declarou Bo Xilai, reconhecendo que foi negligente, mas negando ter sido ele a desviar o dinheiro, como afirmaram as principais testemunhas de acusação. “Eu não devolvi o dinheiro [depositado na conta da mulher] e isso é factual. Mas podem dizer que eu tive a intenção de fazer o desfalque? Não”, disse Bo, em tribunal. Os jornalistas ocidentais não são autorizados a assistir ao julgamento, mas o tribunal tem estado a publicar regularmente mensagens no Weibo, o equivalente chinês à rede social Twitter. Já na sexta-feira, durante a segunda sessão do julgamento, Bo tinha acusado a mulher de ter mentido e de estar louca. Bo Xilai foi em tempos uma das principais figuras do aparelho político chinês. Tornou-se muito popular por causa das suas campanhas contra o crime organizado, em defesa dos pobres e recriando o regresso a um culto maoísta que, apesar dos estragos, torturas e mortes dos anos da Revolução Cultural, tem ganhado força nos últimos anos. Era um dos mais fortes candidatos a integrar o comité permanente do PCC no ano passado, mas foi destituído como secretário do partido em Chongqing e expulso do politburo, no mesmo dia em que a sua mulher foi acusada de homicídio de um empresário britânico, Neil Heywood. A expulsão de Bo Xilai do PCC e do Politburo (o segundo mais importante centro de decisões da política chinesa, a seguir à Comissão Permanente) foi vista como um escândalo quase sem precedentes na história política da China e como a maior crise que o partido no Governo enfrentou desde o massacre na Praça Tiananmen, em 1989. Antes da expulsão do PCC, Bo Xilai já tinha sido afastado da liderança do secretariado do partido na província de Chongqing, no dia 14 de Março.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave crime homicídio tribunal mulher social chinês
Estudo sugere que a raiva se espalha mais pelas redes sociais online
Cientistas analisaram mensagens numa rede social chinesa semelhante ao Twitter e com mais de 500 milhões de utilizadores. (...)

Estudo sugere que a raiva se espalha mais pelas redes sociais online
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 5 | Sentimento -0.05
DATA: 2013-09-17 | Jornal Público
SUMÁRIO: Cientistas analisaram mensagens numa rede social chinesa semelhante ao Twitter e com mais de 500 milhões de utilizadores.
TEXTO: O sentimento de raiva tende a espalhar-se mais entre os utilizadores de redes sociais do que outros sentimentos, segundo um estudo de investigadores da Universidade Beihang, em Pequim. O grupo de cientistas analisou cerca de 70 milhões de mensagens publicadas em 2010 por 200 mil utilizadores na rede social Weibo, uma plataforma semelhante ao Twitter e com mais de 500 milhões de utilizadores registados (o Twitter tem cerca de 200 milhões de utilizadores activos). Os investigadores elaboraram uma rede de relações entre os utilizadores do Weibo com base no número de interacções que estes estabeleciam entre si (por exemplo, através da republicação de uma mensagem ou da menção do nome de outro utilizador). Aqueles que atingiam um valor mínimo de interacções eram considerados como estando relacionados. Depois disso, o estudo analisou as mensagens publicadas e classificou-as como expressando um de quatro sentimentos: raiva, alegria, nojo ou tristeza. Cada utilizador foi catalogado num destes sentimentos de acordo com aquele que expressava mais frequentemente. A equipa de quatro cientistas, Rui Fan, Jichang Zhao, Yan Chen e Ke Xu, descobriu que os utilizadores mais próximos na rede de interacções tendem a manifestar predominantemente o mesmo tipo de sentimento. E a raiva é aquele que é mais vezes partilhado entre utilizadores que têm uma relação entre eles, seguindo-se a alegria e, em níveis muito mais baixos, a tristeza e o nojo. “Comparada com outros sentimentos, a raiva tem uma maior correlação positiva, o que indica a sua propagação rápida e vasta”, escrevem os autores do estudo, publicado este mês. Na amostra de mensagens analisadas, os investigadores notaram também que o sentimento de raiva surge associado a dois tipos de eventos: questões internas da sociedade chinesa, como a falta de comida ou os subornos no Governo, e questões relacionadas com a diplomacia e conflitos daquele país com o estrangeiro. Dado que a raiva tende a espalhar-se mais rapidamente, o estudo conjectura que este sentimento “desempenha um papel não desprezível na propagação em massa de notícias negativas”.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave social estudo
Bo Xilai condenado na China a prisão perpétua por corrupção
Tribunal deu como provados crimes de corrupção, desvio de fundos e abuso de poder no processo que envolvia o ex-dirigente do Partido Comunista Chinês e que era visto sobretudo como um caso político. (...)

Bo Xilai condenado na China a prisão perpétua por corrupção
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 5 | Sentimento 0.0
DATA: 2013-09-22 | Jornal Público
SUMÁRIO: Tribunal deu como provados crimes de corrupção, desvio de fundos e abuso de poder no processo que envolvia o ex-dirigente do Partido Comunista Chinês e que era visto sobretudo como um caso político.
TEXTO: Um mês depois de ter terminado o julgamento do ex-dirigente do Partido Comunista Chinês, foi finalmente conhecida a sentença: Bo Xilai foi condenado a uma pena de prisão perpétua na sequência de um dos maiores escândalos políticos e criminais a que o regime assistiu depois da Revolução Cultural. "O tribunal pronunciou-se por uma pena de prisão perpétua com privação permanente de direitos políticos", foi divulgado através da rede social Sina Weibo (semelhante ao Twitter), já que o julgamento foi público por decisão do tribunal de Jinan, na província de Shandong, avança a AFP. Bo Xilai foi condenado a prisão perpétua por corrupção; a 15 anos de prisão por desvio de fundos; e a outros sete por abuso de poder, pelo envolvimento da sua mulher Gu Kailai no homicídio do empresário britânico Neil Heywood. Os juízes determinaram também que os seus bens devem ser confiscados, nomeadamente uma casa que tem em Cannes, na costa francesa, e que terá adquirido de forma ilegal através de Neil Heywood. Porém, tem ainda direito a recorrer da sentença — mas não fez saber se o fará. O tribunal deu como provado que o antigo dirigente comunista desviou perto de 2, 5 milhões de euros quando, na década de 1990, dirigia a cidade de Dalian, no nordeste da China. Bo tinha sido formalmente acusado em Julho de ter aceitado "uma soma elevadíssima" em dinheiro e propriedades e de desviar fundos públicos. Um processo políticoO julgamento de Bo Xilai por corrupção era, porém, visto como um processo político — o mais importante das últimas décadas na China —, que estaria já decidido ao nível da mais alta hierarquia do partido. A acusação tinha pedido uma pena severa, porque Bo "não mostrou arrependimento". "Mas este não é um caso puramente legal", dizia em Agosto ao Financial Times o advogado Mo Shaoping. "Mais importante, a decisão final sobre a culpa de Bo Xilai e a quantos anos é condenado não vai ser feita pelos juízes no tribunal. "Bo, um político populista, governador da província de Chongqing e estrela ascendente da política chinesa até há dois anos, já pertenceu à elite, mas acabou por cair em desgraça. E agora é o caso exemplar para mostrar que o regime não tolera corrupção. Era um dos mais fortes candidatos a integrar o comité permanente do Partido Comunista Chinês no ano passado, mas foi destituído como secretário do partido em Chongqing e expulso do Politburo no mesmo dia em que a sua mulher foi acusada do homicídio de Neil Heywood. Expulsão do Partido Comunista Chinês A expulsão de Bo Xilai do PCC e do Politburo (o segundo mais importante centro de decisões da política chinesa, a seguir à Comissão Permanente) foi vista como um escândalo quase sem precedentes na história política da China e como a maior crise que o partido no Governo enfrentou desde o massacre na Praça Tiananmen, em 1989. Antes da expulsão do PCC, Bo Xilai já tinha sido afastado da liderança do secretariado do partido na província de Chongqing, no dia 14 de Março. A queda de Bo Xilai terá sido precipitada pela aparatosa fuga de Wang Lijung (chefe da polícia da província governada por Bo e seu parceiro na política de combate ao crime) para o consulado dos EUA em Março de 2012. Wang dizia ter contado a Bo que a sua mulher, Gu Kailai, tinha assassinado o empresário britânico Neil Heywood num quarto de hotel, em Novembro de 2011. Gu foi entretanto julgada e condenada à morte com pena suspensa — revertida para prisão perpétua — pelo homicídio. Wang, que entretanto foi também condenado a 15 anos de prisão por vários crimes, incluindo deserção, diz que Bo reagiu à notícia esmurrando-o e que, por isso, fugiu. Bo tentou sempre descredibilizar Wang e Gu, duas das principais testemunhas da acusação. Alegou que os dois eram próximos há muito tempo, desde que Wang tinha sido colocado em Chongqing para investigar suspeitas de que Gu teria sido envenenada.
REFERÊNCIAS:
Entidades EUA
Como curar uma ressaca? Com refrigerantes, diz um estudo
Segundo uma equipa chinesa, os refrigerantes juntam-se à lista de dicas contra a ressaca, embora o seu consumo em excesso também tenha efeitos negativos na saúde. (...)

Como curar uma ressaca? Com refrigerantes, diz um estudo
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 5 | Sentimento 0.1
DATA: 2013-10-11 | Jornal Público
SUMÁRIO: Segundo uma equipa chinesa, os refrigerantes juntam-se à lista de dicas contra a ressaca, embora o seu consumo em excesso também tenha efeitos negativos na saúde.
TEXTO: À longa lista de dicas para curar a ressaca, junta-se agora mais uma. Depois de testar os efeitos de várias bebidas no organismo perante o consumo excessivo de álcool, uma equipa de cientistas chineses concluiu que os refrigerantes, bebidas aromatizadas e açucaradas, são mais eficazes a minimizar os efeitos da embriaguez no dia seguinte. Seis investigadores da Universidade de Sun Yat-Sem, na província de Guangdong, no Sul da China, analisaram 57 bebidas (40 infusões de ervas, 12 tipos de chás e cinco bebidas gasosas) compradas no mercado local e concluíram que duas delas são mais indicadas para evitar os sintomas da ressaca. São elas a hui yi su da shui, que os autores caracterizam como uma água gasosa, aromatizada e com açúcar, e a xue bi, uma bebida equivalente à Sprite vendida no Ocidente, embora o estudo nunca refira qualquer marca ocidental. Num artigo publicado recentemente na revista britânica Food&Function, da Real Sociedade de Química, os cientistas explicam o método utilizado. Primeiro, estudaram o que realmente provoca a ressaca. Quando bebemos, o fígado liberta uma enzina designada por "álcool desidrogenase" (ADH), que transforma o etanol numa substância química chamada "acetaldeído". Neste processo é gerado outro químico, o acetato, através da acção da enzima aldeído desidrogenase (ALDH). O acetato é normalmente considerado inofensivo e até benéfico para a saúde, mas quando exposto ao acetaldeído causa os sintomas da ressaca, como a dor de cabeça e as náuseas. Os cientistas chineses analisaram em laboratório – não foi feita qualquer experiência com humanos – os efeitos das 57 bebidas na formação das enzimas ADH e ALDH. Concluíram que a hui yi su da shui é a bebida mais eficiente a reduzir a actividade da ADH no metabolismo do etanol e a aumentar o processo da ALDH em 49%, permitindo baixar rapidamente os níveis tóxicos do químico acetaldeído. A xue bi consegue acelerar o processo da ALDH em 28%. Ou seja, estes refrigerantes fazem com que o álcool se “dissipe” mais rapidamente, reduzindo assim os efeitos e o tempo de ressaca, ainda que tenham outras consequências para a saúde, devido por exemplo ao açúcar que contêm. Na avaliação que fizeram ao efeito das diversas bebidas, os cientistas descobriram, por exemplo, que o chá de sementes de cânhamo aumenta a duração do processo de ADH e inibe o processo de ALDH, o que faz com que a ressaca dure mais tempo. O chá verde tem o mesmo efeito e por isso também não é recomendado nestas situações.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave humanos consumo estudo
Sentença de Bo Xilai confirmada por tribunal superior
Destino do antigo dirigente do Partido Comunista Chinês, condenado a prisão perpétua por corrupção, ficou selado em definitivo com chumbo do recurso. (...)

Sentença de Bo Xilai confirmada por tribunal superior
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 5 | Sentimento 0.25
DATA: 2013-10-25 | Jornal Público
SUMÁRIO: Destino do antigo dirigente do Partido Comunista Chinês, condenado a prisão perpétua por corrupção, ficou selado em definitivo com chumbo do recurso.
TEXTO: O destino de Bo Xilai ficou selado nesta sexta-feira quando, tal como era previsível, um tribunal de recurso confirmou que o ex-dirigente do Partido Comunista chinês (PCC) terá de cumprir prisão perpétua pelos crimes de corrupção e abuso de poder. “Os factos estabelecidos em primeira instância foram claros, as provas concretas e suficientes. Os crimes invocados eram precisos e a sentença apropriada”, concluiu o tribunal superior de Shandong, a província onde Bo foi julgado, no acórdão divulgado pela agência Xinhua. Considerando “infundados” os argumentos da defesa, a instância decidiu recusar o recurso. Em teoria, o antigo governador de Chongqing, metrópole no Sudoeste da China, poderá ainda recorrer para o Supremo Tribunal do Povo, a mais alta instância judicial chinesa, mas a BBC recorda que são raras as vezes em que aceita recursos e as hipóteses são ainda mais pequenas no caso de Bo Xilai. Apontado como um dos mais fortes candidatos a integrar o comité permanente do PCC, na renovação dos quadros que ocorreu no ano passado, a liderança chinesa quis fazer dele um exemplo da sua determinação no combate à corrupção e a sua condenação era certa ainda do julgamento começar. “O julgamento é definitivo”, afirmou o vice-presidente do tribunal, Hou Jianjun, aos jornalistas estrangeiros que, por estarem proibidos de aceder à sala de audiências, se concentraram num hotel vizinho. Imagens divulgadas pela televisão estatal mostram Bo Xilai em tribunal de mãos algemadas. O antigo dirigente, que sempre negou as acusações, sorriu ironicamente ao ouvir a sentença, antes de ser levado por guardas da sala de audiências, onde entre outros familiares estava o seu filho mais velho, Li Wangzhi. Bo foi acusado de receber subornos de empresários, desviar fundos destinados a projectos públicos e de abuso de poder por ter tentado esconder as suspeitas que recaíam sobre a sua mulher Gu Kailai, cujo envolvimento no assassínio de Neil Heywood, um empresário britânico, ajudou a precipitar o seu afastamento do PCC. Apesar de negar a autoria dos crimes, o antigo dirigente reconheceu ter cometido erros que mancharam a imagem do partido, nomeadamente pela forma como lidou com Wang Lijun, o antigo chefe da polícia de Chongqing e quem primeiro lhe contou as suspeitas que recaíam sobre a sua mulher. Foi a fuga de Wang para o consulado dos EUA na vizinha cidade de Chengdu que viria a despertar aquele que se transformou na maior crise enfrentada pela liderança chinesa desde o massacre na Praça de Tiananmen, em 1989, desencadeada precisamente quando o PCC se preparava para renovar a sua cúpula. Depois de entregue às autoridades, o antigo responsável da polícia denunciou Gu Kailai como responsável pela morte do empresário britânico – alegadamente por causa de um negócio que correra mal – e implicou Bo em vários casos de suborno. Depois disso, Bo foi expulso do Politburo (o segundo mais importante centro de decisões da política chinesa, a seguir à Comissão Permanente) e mais tarde do próprio partido.
REFERÊNCIAS:
Entidades EUA
Despiste de carro na Praça Tiananmen foi ataque suicida
Polícia está à procura de informações acerca de dois suspeitos uigures da província autónoma de Xinjiang, conhecida pelas tensões entre a minoria muçulmana e o Governo central chinês. (...)

Despiste de carro na Praça Tiananmen foi ataque suicida
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 5 | Sentimento 0.0
DATA: 2013-10-29 | Jornal Público
SUMÁRIO: Polícia está à procura de informações acerca de dois suspeitos uigures da província autónoma de Xinjiang, conhecida pelas tensões entre a minoria muçulmana e o Governo central chinês.
TEXTO: O incidente ocorrido na segunda-feira na Praça Tiananmen, em Pequim (China), terá sido um atentado terrorista, de acordo com a polícia chinesa. As autoridades estão agora à procura de informações acerca de dois suspeitos da minoria muçulmana uigur. Cinco pessoas morreram e pelo menos 38 ficaram feridas depois de um jipe se ter despistado em plena Praça Tiananmen, na manhã de segunda-feira. De acordo com fontes próximas da polícia, ouvidas pela agência Reuters, o acidente tratou-se de “um ataque suicida premeditado”. No entanto, ainda não houve qualquer confirmação oficial. “Não foi um acidente. O jipe deitou abaixo duas barreiras e abalroou os pedestres. Os três homens não tinham intenção de fugir da cena”, explicou a fonte, citada pela Reuters. A Praça Tiananmen, um dos locais mais turísticos da Cidade Proibida, tem um forte simbolismo e é sempre muito policiada. O jipe despistou-se perto do mural em que se encontra um retrato de Mao Tse-tung, antigo secretário-geral do Partido Comunista Chinês e ideólogo da Revolução Cultural. Foi também naquele local que um protesto de estudantes chineses, em 1989, contra o regime comunista foi esmagado pelo exército. O ataque desta segunda-feira pode estar relacionado, de acordo com fontes policiais, com a sessão plenária do Comité Central do Partido Comunista Chinês, que vai decorrer em Novembro, e do qual se espera o anúncio de importantes reformas económicas. A polícia chinesa diz não ter ainda identificado os três ocupantes do carro, que acabaram por morrer. A Reuters diz que, entretanto, a polícia de Pequim está a investigar informações relativas a dois suspeitos, originários da província de Xinjiang, no extremo ocidente da China. Horas depois do incidente, a polícia da capital chinesa lançou um aviso aos hotéis locais para que comunicassem a presença de hóspedes considerados suspeitos que tivessem dado entrada desde o início do mês. A circular da polícia nomeava dois suspeitos que, de acordo com os seus nomes, pareciam ser uigures, muçulmanos da província autónoma de Xinjiang, que falam turco. As autoridades referiram ainda quatro veículos, com matrícula de Xinjiang. De acordo com a Reuters, até ao momento, tanto a polícia como os Governos da região autónoma de Xinjiang e chinês se recusaram a confirmar qualquer dado da investigação. Há décadas que as tensões entre a minoria uigur e os han, a etnia maioritária na China, marcam a região de Xinjiang. Os uigures lutam contra a repressão política e cultural exercida pelo Governo chinês. Pequim acusa-os invariavelmente de terrorismo e separatismo. O último episódio de violência envolvendo a população uigur, em Junho, terminou com a morte de 27 pessoas, após ataques de grupos armados a edifícios governamentais. Os confrontos mais graves entre han e uigures aconteceram em 2009 em Urumqi, capital da região, com 200 mortos. Desde então, as autoridades reforçaram a segurança na região, que já era muito militarizada. Em Xinjiang, os uigures são 46% da população (já foram muito mais, mas milhões de han têm chegado à região nas últimas décadas) e os han são hoje 39% da população. São os han que controlam a vida política e económica da região, rica em gás e petróleo.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave morte homens violência ataque minoria chinês
Pedras gigantescas da Cidade Proibida foram transportadas em trenós no gelo
Como é que grandes blocos de mármore usados na construção do palácio imperial chinês eram levados ao longo de dezenas de quilómetros? (...)

Pedras gigantescas da Cidade Proibida foram transportadas em trenós no gelo
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 5 | Sentimento 0.0
DATA: 2013-11-05 | Jornal Público
SUMÁRIO: Como é que grandes blocos de mármore usados na construção do palácio imperial chinês eram levados ao longo de dezenas de quilómetros?
TEXTO: Quando ficou responsável pela reconstrução de dois edifícios que arderam, em 1596, na Cidade Proibida, em Pequim, Shengrui He sabia que o esperava um trabalho moroso e com elevados custos monetários. Para definir o plano de reconstrução dos edifícios, que implicava o transporte de grandes pedras vindas de longe, Shengrui He baseou-se em relatos de trabalhos anteriores. Referida no antigo livro chinês Liang Gong Ding Jian Ji, de 1618, a escolha da melhor estratégia de transporte aplicada por Shengrui He é explorada à luz da ciência por uma equipa de investigadores, num artigo publicado amanhã, terça-feira, na edição em papel na revista norte-americana Proceedings of the National Academy of Sciences. Reza a história que a Cidade Proibida terá tido 999 edifícios com 9999 divisões, onde viveram os imperadores, familiares e inúmeros criados, ao longo de cinco séculos. Durante a construção do palácio imperial, entre 1406 e 1420, e para as várias reconstruções de que foi alvo, foram trazidas inúmeras toneladas de mármore da pedreira de Dashiwo, a 70 quilómetros de Pequim. Para a reconstrução de 1596, Shengrui He acabou por optar pelo transporte das gigantescas pedras em carros de rodas. Mas noutros momentos da História foram usados trenós, que deslizavam por estradas de gelo. A maior pedra na Cidade Proibida tem 200 toneladas: está à entrada do Palácio da Suprema Harmonia. “A pedra foi extraída de Dashiwo, em Fangshan, nos subúrbios de Pequim. Foi transportada até ao Palácio-Museu [o palácio imperial] lançando água no caminho, durante o Inverno, para formar uma estrada de gelo. Depois, foi puxada ao longo da estrada de gelo”, lê-se na inscrição da pedra. Sabendo que a roda já existia na China desde 1500 a. C. , a investigação conduzida por Jiang Li, da Universidade de Ciência e Tecnologia de Pequim, estudou por que razão o trenó sobre o gelo lubrificado com água é a melhor solução para o transporte de uma grande pedra que teria pelo menos 120 toneladas. Estes estudos podem ter aplicação no desempenho dos atletas de desportos no gelo. Mas porquê estudar uma pedra deste tamanho? Porque no antigo livro chinês Liang Gong Ding Jian Ji (de Zhongshi He) há o relato do transporte de uma pedra com 123 toneladas usada numa das reconstruções, neste caso em 1557. Nesta reconstrução, as pedras foram transportadas ao longo dos 70 quilómetros, durante 28 dias. No percurso, os trenós deslocavam-se numa estrada de gelo, que ia sendo humedecida com água a cada 500 metros. Em oposição, na reconstrução de 1596 transportaram-se as pedras em menos tempo — 22 dias —, em carros com 4, 8 ou 16 rodas, consoante o tamanho da pedra. 1800 mulas ou 20 mil homensEm ambas as reconstruções (de 1557 e 1596), o transporte foi feito durante o Inverno, porque era mais fácil manter a estrada firme e sem buracos devido às baixas temperaturas do solo. Só que a opção do transporte com carros de rodas puxados por mulas em 1596 revelou-se, segundo o antigo livro chinês, mais barata: custou menos de 7000 taéis de prata (unidade de peso com valor monetário, na antiga China), contra os mais de 110 mil taéis do transporte em estradas de gelo para a reconstrução de 1557. A diferença de valores deve-se, em parte, à força de trabalho: no caso dos carros de rodas, usaram-se 1800 mulas, enquanto para os trenós foram contratados 20 mil homens. Embora o uso de carros fosse mais barato, também teria constrangimentos. Não há registo de transporte de pedras com mais de 95 toneladas nos carros, mesmo com 16 rodas, mostrando que esta podia ser uma limitação deste tipo de transporte. Além disso, o risco de acidentes, com as mulas ou os veículos, era grande e podia danificar as pedras. Interessados em estudar os fenómenos do atrito e desgaste, assim como a necessidade de lubrificação do caminho, os investigadores testaram várias hipóteses de transporte de uma pedra com 123 toneladas usando um trenó: numa estrada de terra batida; a deslizar sobre madeira lubrificada com água; e sobre gelo com e sem água. Concluíram que um caminho de gelo lubrificado é a única solução viável, pois o atrito é reduzido e implica o trabalho de menos de 50 homens. As restantes possibilidades implicavam o uso de mais de 300 pessoas. Os cientistas vão mais longe nas conclusões: “A resistência de um caminho artificial de gelo no chão seria suficiente para suportar um trenó que transportasse uma pedra de 300 toneladas. ” Para corroborar este resultado, a equipa recorda o caso recente do transporte por uma estrada de gelo de um edifício inteiro da Estação de Comboios de Anda, na China. Tinha 1200 toneladas.
REFERÊNCIAS:
Série de Daniela Ruah censurada na China
Autoridades chinesas obrigaram sites de streaming a deixar de transmitir quatro séries norte-americanas. (...)

Série de Daniela Ruah censurada na China
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 5 | Sentimento 0.0
DATA: 2014-04-27 | Jornal Público
SUMÁRIO: Autoridades chinesas obrigaram sites de streaming a deixar de transmitir quatro séries norte-americanas.
TEXTO: O governo chinês ordenou este domingo o bloqueio de várias séries norte-americanas dos principais sites de streaming do país. Entre os programas proibidos estão a “Teoria do Big Bang” e “Investigação Criminal”, segundo os gestores de dois sites, citados pelo Guardian. A ordem da Administração Estatal da Imprensa, Publicação, Rádio, Cinema e Televisão não foi justificada por qualquer motivo, de acordo com a porta-voz do site Youkou. As séries proibidas foram “Investigação Criminal”, onde entra a portuguesa Daniela Ruah, “Teoria do Big Bang”, “The Good Wife” e “Causa Justa”. A decisão é vista como um reforço da vigilância estatal sobre os produtos culturais estrangeiros por parte de Pequim. O dispositivo de censura do regime chinês era considerado mais flexível no que respeita à Internet, ao contrário do que acontece com os canais de televisão, totalmente controlados pelo Estado. De acordo com uma sondagem de Março, levada a cabo pela Sina Weibo – uma rede social chinesa –, 95, 2% dos 120 mil utilizadores inquiridos afirmaram não querer que a censura se estendesse às séries na Internet. Recentemente, a série “House of Cards” foi referida como uma das possíveis a serem proibidas, devido ao enredo que envolve corrupção entre altos dirigentes chineses.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave social chinês