Papa tenta apaziguar tensões com anglicanos
A visita que o Papa Bento XVI inicia quinta-feira ao Reino Unido é um acontecimento histórico e uma ocasião, quase cinco séculos após o cisma, para uma aproximação entre anglicanos e católicos. (...)

Papa tenta apaziguar tensões com anglicanos
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 Homossexuais Pontuação: 6 | Sentimento -0.1
DATA: 2010-09-15 | Jornal Público
SUMÁRIO: A visita que o Papa Bento XVI inicia quinta-feira ao Reino Unido é um acontecimento histórico e uma ocasião, quase cinco séculos após o cisma, para uma aproximação entre anglicanos e católicos.
TEXTO: Os momentos altos da primeira deslocação de Estado de um líder católico – João Paulo II deslocou-se ao Reino Unido em 1982, mas em visita apostólica – serão transmitidos em directo pela BBC. O primeiro momento alto é audiência do fim da manhã de quinta-feira entre a Rainha Isabel II, soberana de um país que proíbe o acesso de católicos ao trono, e o Papa, no castelo escocês de Holyroodhouse, O Vaticano tem valorizado a dimensão ecuménica da visita de quatro dias, marcada por missas e orações ao ar livre em Edimburgo, Glasgow, Londres e Birmingham, onde é esperada a presença de cerca de 400 mil peregrinos. Mas a viagem tem também como pano de fundo os escândalos de pedofilia que têm abalado a Igreja Católica – é possível que o líder religioso receba em privado vítimas de abusos pelo clero – e críticas gerais ao conservadorismo de Roma, que se somam às tradicionais divisões entre anglicanos católicos. O Papa “entra na cova dos leões”, escreveu o diário The Independente, resumindo a visita de Bento XVI ao Reino Unido, onde os católicos são cerca de dez por cento. Só 14 por cento dos britânicos são favoráveis à deslocação, segundo uma sondagem publicada terça-feira pelo “Times”. Na sexta-feira, pela primeira vez, um Papa entrará em Westminster, a igreja londrina escolhida por Henrique VIII como catedral depois do afastamento de Roma, em 1534, que deu origem ao anglicanismo. É nela que são coroados os soberanos britânicos. Ao lado de líder anglicano, o arcebispo de Cantuária, Rowan Williams, Bento XV rezará pela “unidade cristã”. Antes da deslocação a Westminster, num gesto também inédito, o chefe da Igreja Católica será recebido no palácio de Lambeth, residência do arcebispo Williams, numa “visita fraternal”. Esses momentos poderão, no entanto, não ser suficientes para ultrapassar as tensões avivadas pela publicação pelo Papa, no ano passado, de uma “Constituição Apostólica”, que oferece aos anglicanos descontentes com a evolução da sua Igreja – ordenação de mulheres e aprovação de casamentos homossexuais – a possibilidade de se juntarem à comunidade católica, mantento a liturgua “própria da tradição anglicana”. “A hierarquia da Igreja Anglicana quer acolher serenamente Bento XVI, mas uma parte do mundo anglicano considera a passagem de dissidentes para a comunidade de Roma uma espécie de anexação da Igreja Católica”, sublinhou o comentador de assuntos do Vaticano do jornal italiano “Il Fatto” à AFP. Sinal das divergências entre as duas igrejas será dado na recepção em Westminster, que será feita por uma pastora.
REFERÊNCIAS:
Religiões Anglicanismo
Papa diz que revelações sobre pedofilia foram "um choque"
As “revelações” sobre os escândalos de pedofilia implicando padres foram “para mim um choque e uma grande tristeza”, declarou hoje o Papa Bento XVI, no avião que o levou Edimburgo, na Escócia, na primeira etapa de uma visita de quatro dias ao Reino Unido. (...)

Papa diz que revelações sobre pedofilia foram "um choque"
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 Homossexuais Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-09-16 | Jornal Público
SUMÁRIO: As “revelações” sobre os escândalos de pedofilia implicando padres foram “para mim um choque e uma grande tristeza”, declarou hoje o Papa Bento XVI, no avião que o levou Edimburgo, na Escócia, na primeira etapa de uma visita de quatro dias ao Reino Unido.
TEXTO: A Igreja, disse também o chefe católico, “não foi suficientemente vigilante”. Em declarações aos jornalistas durante o voo, o Papa disse não estar inquieto sobre eventuais manifestaçoes hostis. "Não estou inquieto. Quando fui a França, disseram-me que seria o país mais anti-clerical, quando fui à República Checa disseram-me que seria o país menos religioso" da Europa". Ao contrário, acrescentou, "em França e na República Checa, recebi um acolhimento caloroso da parte da comunidade católica e uma grande atenção por parte dos agnósticos, mas também a tolerância da parte dos que são anti-católicos". No Reino Unido, "estou certo que o acolhimento será positivo por parte dos católicos e dos crentes, e de respeito e tolerância recíprocos onde há anti-catolicismo". A visita de Bento XVI ao Reino Unido suscitiou críticas, principalmente aos escândalos de pedofilia, ao custo da visita para os contribuintes e às posições do Vaticano sobre contracepção, homossexualidade, e ordenação de mulheres. Sábado está prevista uma manifestação contra a visita, em Londres. O avião que transportou Bento XVI aterrou no aeroporto de Edimburgo às 10h20 locais, mesma hora que em Lisboa. O Papa foi recebido por uma guarda de honra de 30 elementos do Regimento Real da Escócia. À sua espera estava o príncipe Filipe, duque de Edimburgo, um facto “invulgar”, sublinhado pela BBC. Logo após a chegada ao aeroporto estava prevista a partida para o castelo de Holyroodhouse, para um encontro com a rainha Isabel II, chefe da Igreja Anglicana. O primeiro evento público da visita – uma missa ao ar livre em Glasgow – está previsto para as 17h00.
REFERÊNCIAS:
Partidos LIVRE
Polémicas marcam viagem histórica de Bento XVI
Decisão do Vaticano de há um ano de integrar anglicanos descontentes é um dos problemas na deslocação de quatro dias ao Reino Unido. (...)

Polémicas marcam viagem histórica de Bento XVI
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DATA: 2010-09-16 | Jornal Público
SUMÁRIO: Decisão do Vaticano de há um ano de integrar anglicanos descontentes é um dos problemas na deslocação de quatro dias ao Reino Unido.
TEXTO: Uma viagem de risco ecuménico, com tensões não aplacadas entre católicos e anglicanos, simbolicamente histórica, com polémicas à volta e onde não falta, de novo, a questão dos abusos sexuais, reavivada pelos casos divulgados há dias pela Igreja Católica na Bélgica. A visita de Estado de quatro dias que o Papa Bento XVI inicia hoje ao Reino Unido, com início na Escócia (Edimburgo e Glasgow), tem todos os ingredientes de uma viagem tão importante quanto difícil, num país em secularização e onde a minoritária Igreja Católica, que reúne cerca de 10 por cento da população, perde influência - tal como a Anglicana, aliás. Bento XVI enfrenta, além do mais, uma opinião pública relativamente indiferente à visita - e pequenas minorias claramente contra. Uma sondagem publicada no The Times diz que apenas 25 por cento dos britânicos aceitam a visita. Segundo o mesmo estudo, 11 por cento opõe-se claramente à presença do Papa Ratzinger. O porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi, afirmou que é normal haver quem se oponha à viagem do Papa, mas que a contestação é mais mediática do que real. Para as celebrações a que Bento XVI presidirá, o Vaticano e os responsáveis católicos britânicos esperam umas 400 mil pessoas, diz a AFP - longe do milhão de pessoas que seguiu João Paulo II, na visita pastoral que fez em 1982. Grupos ateus, defensores dos homossexuais e da ordenação de mulheres e opositores da doutrina oficial católica sobre a contracepção e até o reverendo Ian Paisley, da Irlanda do Norte, juntaram-se numa espécie de coligação negativa contra a estadia do Papa. Os organizadores esperam juntar pelo menos duas mil pessoas em Hyde Park, no próximo sábado, contestando a visita e as ideias de Ratzinger naquelas matérias. O tema que marcará a visita será, entretanto, o das relações entre a Igreja Católica e os anglicanos. Separados desde 1534, quando o rei Henrique VIII rompeu com o Papa e criou uma estrutura autónoma - a Igreja de Inglaterra -, os anglicanos mantêm uma doutrina teológica e litúrgica muito próxima do catolicismo. DivergênciasNos últimos anos, no entanto, começaram a afastar-se em questões disciplinares ou pastorais: a ordenação de mulheres ou de homossexuais, a aceitação da contracepção ou uma maior abertura em questões como o aborto são alguns desses temas. Há pouco menos de um ano, o Vaticano anunciou a criação de uma estrutura canónica autónoma para acolher os anglicanos descontentes com tais opções maioritárias da sua Igreja. O Times referiu-se à decisão de Roma como a "mais explosiva nas relações entre católicos e anglicanos" desde o cisma do século XVI. E o Guardian perguntava se ela poderia significar o fim da Comunhão Anglicana. Na altura, a decisão - surgida depois de Tony Blair ter anunciado a sua conversão ao catolicismo - foi pouco explicada pelas duas partes. O Vaticano dizia que ela deveria incluir uns 20 a 30 bispos e mais algumas "centenas de pessoas", incluindo vários pastores. Um bispo anglicano referia na ocasião mais de mil pastores e milhares de fiéis. O arcebispo Rowan Williams, primaz da Comunhão Anglicana, apanhado de surpresa, publicou um comunicado com o primaz católico de Inglaterra e Gales, recusando as acusações de "proselitismo" ou "agressão" do Vaticano. Semanas depois, Bento XVI e Williams encontraram-se no Vaticano num debate "cordial", mas sem explicar pormenores sobre o que o primaz disse ao Papa. Agora, para mostrar que não há problemas com a decisão de 2009, Bento XVI e Williams protagonizarão dois momentos simbólicos: amanhã, sexta-feira, já em Londres, o Papa entrará na Abadia de Westminster, a sede simbólica da Comunhão Anglicana; antes disso, o arcebispo de Cantuária acolhe Ratzinger no palácio de Lambeth, a sua residência oficial.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave aborto estudo espécie mulheres
Sida: Doença é “altamente democrática”
Quase 30 anos depois do diagnóstico do primeiro caso de sida em Portugal, a doença é hoje “altamente democrática” e não afecta apenas grupos de risco, alertou a presidente da Liga Portuguesa Contra a Sida (LPCS). (...)

Sida: Doença é “altamente democrática”
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DATA: 2010-10-23 | Jornal Público
SUMÁRIO: Quase 30 anos depois do diagnóstico do primeiro caso de sida em Portugal, a doença é hoje “altamente democrática” e não afecta apenas grupos de risco, alertou a presidente da Liga Portuguesa Contra a Sida (LPCS).
TEXTO: “Esta é uma doença que tem comportamentos de risco associados e muitas vezes tem o estigma dos grupos de risco. É preciso dizer que é uma doença altamente democrática, todos nós podemos ser infectados com o VIH”, afirmou Maria Eugénia Saraiva à Lusa, a propósito do 20. º aniversário da LPCS, que se comemora hoje. Ainda hoje muitas pessoas acreditam que a sida é uma doença que afecta apenas os chamados “grupos de risco”, como os toxicodependentes, os homossexuais e as prostitutas, mas os dados do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge demonstram o contrário. Entre 1983 e 2009 o maior aumento dos casos de sida em Portugal verificou-se entre os heterossexuais, que representam já 36, 5 por cento dos infectados. Em termos acumulados o maior número de casos notificados em Portugal observa-se em toxicodependentes, mas entre 1983 e 2009 o número de casos diagnosticados anualmente tem vindo sempre a diminuir. Portugal é mencionado no relatório da ONUSida, a agência das Nações Unidas de luta contra a sida, revelado em Julho deste ano, como um dos países onde as novas infecções em toxicodependentes baixaram para metade. A 31 de Dezembro de 2009, encontravam-se notificados em Portugal 37 201 casos de infecção VIH/sida nos diferentes estádios de infecção. No entanto, Maria Eugénia Saraiva salvaguarda que esse número pode ser largamente superior, já que estes 37 mil são apenas os que fizeram o teste.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave doença
Três meses de buscas infrutíferas à procura das vítimas do "rei Ghob"
Sob o signo do três. Há três meses que a Polícia Judiciária (PJ) procura três corpos, no triângulo entre Torres Vedras, Lourinhã e Peniche, e há três meses que tudo é em vão. (...)

Três meses de buscas infrutíferas à procura das vítimas do "rei Ghob"
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DATA: 2010-10-25 | Jornal Público
SUMÁRIO: Sob o signo do três. Há três meses que a Polícia Judiciária (PJ) procura três corpos, no triângulo entre Torres Vedras, Lourinhã e Peniche, e há três meses que tudo é em vão.
TEXTO: É também há três meses que Francisco Leitão, conhecido, entre outros nomes, como "Ghob, o rei dos gnomos", está preso e agora, por decisão de um juiz e contrariando o pedido do seu advogado, vai permanecer na cadeia. Mesmo sem se encontrarem os cadáveres das duas raparigas e do rapaz que, por ciúme homossexual, Francisco Leitão terá assassinado, o homem que tinha como profissão ser sucateiro, no lugar de Carqueja, perto da Lourinhã, corre o risco de ser condenado à pena máxima de 25 anos de prisão. Nos três meses que passou no estabelecimento prisional anexo à PJ, em Lisboa, "Chico Avião", como também é conhecido Francisco Leitão no local onde residia, negou a autoria dos homicídios que lhe foram imputados. O homem nunca terá mostrado intenção de colaborar com os inspectores da Unidade Nacional de Combate ao Terrorismo, que ainda hoje tentam saber onde podem estar sepultados os corpos de Tânia, Ivo e Joana, respectivamente de 27, 22 e 16 anos, as alegadas vítimas de "Ghob". Apesar de não existir qualquer confissão, a situação actual não parece favorável ao suspeito, que também parece não ter conseguido convencer os médicos que já o observaram da sua eventual insanidade mental. É excêntrico, como o comprovam os filmes em que intervém e que colocou na Internet, bem como a decoração da casa onde habitava - em tempos foi um barracão que, ao longo dos anos, Francisco Leitão foi transformando numa espécie de castelo, enfeitado com estátuas de santos, anões e gnomos (daí a alcunha por que é mais conhecido). O homem de 41 anos, que um dia disse acreditar ser descendente de uma civilização vinda de um qualquer ponto do espaço, também nunca conseguiu explicar como é que, mesmo sendo abastado, deixou de pagar impostos e até logrou ficar com o dinheiro de familiares de, pelo menos, uma das vítimas. Pistas determinantesNo decurso das investigações os inspectores da Unidade Nacional de Combate ao Terrorismo terão reunido um conjunto de pistas que serviram não só para proceder à detenção do suspeito, mas também terão sido consideradas determinantes para convencer a juíza do Tribunal de Torres Vedras de que Francisco Leitão é o autor dos homicídios. O facto de ter em sua posse alguns bens pertencentes às vítimas - a Polícia Judiciária insiste que estão todos mortos -, assim como já ter sido provado que até terá ludibriado o pai de um dos jovens - levando-o até Espanha, onde, supostamente, teria arranjado trabalho para o rapaz - faz com que "Ghob, o rei dos gnomos" continue a ser o principal e único suspeito da morte e posterior ocultação dos cadáveres dos três jovens desaparecidos naquela região em Junho de 2008 e Março deste ano.
REFERÊNCIAS:
Entidades PJ
"Rei Ghob" quis fugir do país depois do terceiro homicídio
Acórdão da Relação de Lisboa desmonta defesa do homem acusado de matar três jovens. (...)

"Rei Ghob" quis fugir do país depois do terceiro homicídio
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DATA: 2010-10-28 | Jornal Público
SUMÁRIO: Acórdão da Relação de Lisboa desmonta defesa do homem acusado de matar três jovens.
TEXTO: Francisco Leitão, o homem que por ciúmes homossexuais terá assassinado em 2008 e já este ano três jovens e ocultado os seus cadáveres na zona de Peniche, tentou fugir para a Holanda em Março. As averiguações policiais permitiram agora determinar que o "rei Ghob", como o próprio se intitulava, encetou contactos com uma portuguesa residente naquele país para que a mesma lhe arranjasse emprego. Esses contactos foram feitos após a terceira morte e numa altura em que o suspeito já sabia estar a ser investigado pela Polícia Judiciária (PJ). No dia 19 deste mês, o Tribunal da Relação de Lisboa (TRL) indeferiu o pedido de Francisco Leitão para que fosse interrompida a sua prisão preventiva (está a aguardar julgamento na zona prisional anexa à PJ lisboeta). Os argumentos apresentados pela juíza responsável pelo processo referem, claramente, que "Ghob, o rei dos gnomos", se preparava para fugir. Por outro lado, considera-se ainda que a sua liberdade poderia resultar na destruição de provas ou obstrução às investigações - os corpos dos três jovens desaparecidos continuam por localizar. A juíza do TRL entende ainda que toda a prova apresentada pelos inspectores da Unidade Nacional Contra-Terrorismo da PJ indicia a culpabilidade do suspeito, lembrando até que o arguido já possui antecedentes criminais. Para fundamentar o pedido de libertação do "rei Ghob", o seu advogado disse ao TRL que a prisão preventiva decretada pelo Juiz de Instrução Criminal havia sido uma consequência, em parte, da pressão mediática sobre o caso. Este argumento acabou, no entanto, por ser desvalorizado, uma vez que a juíza responsável preferiu valorizar todo o trabalho dos investigadores. Francisco Leitão é, de acordo com a PJ, autor material de três homicídios que foram cometidos com dolo, uma vez que houve premeditação e preparação de todos eles. As provas apresentadas referem que roubou as vítimas depois de, supostamente, as ter morto; que utilizou os seus cartões de telemóvel para enviar para as famílias mensagens onde afirmavam estar bem e a trabalhar no estrangeiro (Espanha e França); e que terá mesmo chegado a utilizar a conta bancária de uma das vítimas - um rapaz com quem manteve relações homossexuais que ficaram registadas em vídeo - para continuar a pagar as prestações do seu automóvel novo (um Audi A4) e para vender o antigo (um Renault Clio). Estes negócios, conforme refere o acórdão da Relação, terão sido consumados depois de, utilizando equipamento informático, ter manipulado fotografias e, ao mesmo tempo, ter falsificado assinaturas. A morte da terceira vítima - Joana, que namorava com um rapaz com quem o suspeito pretendia manter relações sexuais - será aquela que mais profusamente está documentada nos documentos apresentados ao tribunal. A PJ refere claramente que Francisco Leitão atraiu a jovem com 182 mensagens enviadas por telemóvel e que esta o acompanhou de carro, pensando que ia ser levada ao seu namorado. As antenas de comunicações indicam que a morte terá ocorrido na zona de Peniche, havendo registo de comunicações nas áreas de Santa Cruz Norte, Peniche e Baleal, Olho Marinho, Alfeizerão e Caldas da Rainha (na noite de 3 de Março), e, por fim, no dia seguinte - já depois da previsível morte e do cadáver ocultado -, na zona de Matoeira. Os crimes que lhe são imputados vão de oito a 16 anos por cada homicídio, até dois anos por ocultação de cadáver e até quatro anos por posse de arma proibida. De todos, a defesa só reconhece o último: Francisco Leitão tinha, à data das mortes, uma pistola Taser, equipamento eléctrico capaz de paralisar os alvos.
REFERÊNCIAS:
Entidades PJ
Confissões e medos do Papa num livro que já é sensação
O Papa Bento XVI a confessar-se em público. Pelos primeiros comentários de quem já leu "Luz do Mundo – o Papa, a Igreja e os Sinais dos Tempos", esta obra em forma de entrevista revela as interrogações, por vezes os medos do Papa. E aparece longe da imagem inflexível que ficou colada a Ratzinger antes de ser eleito Papa. (...)

Confissões e medos do Papa num livro que já é sensação
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DATA: 2010-11-24 | Jornal Público
SUMÁRIO: O Papa Bento XVI a confessar-se em público. Pelos primeiros comentários de quem já leu "Luz do Mundo – o Papa, a Igreja e os Sinais dos Tempos", esta obra em forma de entrevista revela as interrogações, por vezes os medos do Papa. E aparece longe da imagem inflexível que ficou colada a Ratzinger antes de ser eleito Papa.
TEXTO: “O livro desmantela completamente a imagem de Ratzinger obscurantista, retrógrado”, avalia o vaticanista Sandro Magister, após a apresentação do livro. Conceituado especialista do Vaticano, crítico de Ratzinger, Magister dizia à AFP que o Papa manifesta agora “vontade de compreender o mundo”. A questão do preservativo marcou mediaticamente, desde sábado, a pré-publicação do livro. Nesse dia, o "L’Osservatore Romano", jornal do Vaticano, divulgou excertos. Ali se lia que, “em casos pontuais, justificados”, se pode usar o preservativo. A afirmação teve reacções positivas em todo o mundo, nomeadamente de organizações de luta contra a sida. O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, disse, em entrevista ao PÚBLICO, que o Papa era “bastante pragmático e realista”. A directora da Organização Mundial de Saúde, Margaret Chan, falou em “boas notícias”. “É uma maravilhosa vitória do senso comum e da razão”, reagiu Jon O’Brien, do grupo Católicos pela Escolha, citado pela Reuters. E o director da Onusida, Michel Sidibe, falou num passo “positivo”. O autor da entrevista, Peter Seewald, considerou ontem “penoso” e ridículo” que os media se concentrem apenas no preservativo. “O livro aborda a sobrevivência do planeta ameaçado, o Papa lança um apelo a toda a humanidade, o nosso mundo afunda-se e metade dos jornalistas só se interessa pela questão do preservativo”, afirmou na apresentação. Muitos outros temas da Igreja e do mundo, bem como dos cinco anos de pontificado de Ratzinger, passam pelo livro, que não ignora polémicas provocadas por afirmações do Papa — o tema do preservativo surge nesse contexto, quando Bento XVI explica o que pretendeu dizer na viagem a África. E, confessa, algumas das polémicas foram para si inesperadas. Ratzinger abriu uma importante brecha no tema da contracepção, mas mantém outras ideias da doutrina tradicional: a homossexualidade, por exemplo, “opõe-se à vontade de Deus”, mas os homossexuais “merecem respeito” e “não devem ser rejeitados por causa disso”. Estas afirmações provocaram ontem a reacção da mais importante associação de defesa dos direitos de homossexuais italianos. A Arcigay afirmou: “As palavras do Papa humilham milhões de vidas que têm que suportar discriminações todos os dias. ” E anunciou “contestação directa ao Papa” no futuro imediato. A recusa de ordenação de mulheres é outro tema de conversa entre Bento XVI e Peter Seewald, jornalista alemão que já antes publicara outras duas entrevistas com o então cardeal Joseph Ratzinger ("O Sal da Terra" está editado na Tenacitas). A não-ordenação de mulheres “é uma vontade de Deus”, afirma, retomando afirmações suas segundo as quais o debate está dado por terminado pelo Vaticano. Divorciados e renúnciaO Papa sugere, entretanto, ser necessária “uma reflexão” sobre a proibição de pessoas divorciadas que voltaram a casar não poderem comungar. E, pela primeira vez publicamente, assume também a possibilidade de resignação do cargo. “Não se pode fugir quando o perigo é grande. Em consequência, não é certamente o momento de me demitir”, diz no livro, citado pela AFP. Mas “se o Papa não estiver em forma fisicamente e espiritualmente”, a hipótese de abdicar do cargo deve ser colocada. Polémica, no início de 2009, foi também a retirada da excomunhão (mas sem o ter reintegrado na Igreja Católica) do bispo integrista Richard Williamson, que nega o Holocausto. Bento XVI confessa “não ter tomado consciência de quem se tratava”. Na altura, comentou-se que alguém no Vaticano teria omitido informação ao Papa sobre Williamson, pois o negacionismo do bispo era conhecido.
REFERÊNCIAS:
Entidades ONU
Renato Seabra, um rapaz normal, bom aluno e desportista, que gosta de ver novelas acompanhado pelas irmãs
Na cidade onde nasceu Renato Seabra, e na sua agência, misturam-se o espanto e a impressão de que tudo parece um “filme”. (...)

Renato Seabra, um rapaz normal, bom aluno e desportista, que gosta de ver novelas acompanhado pelas irmãs
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 Homossexuais Pontuação: 6 | Sentimento 0.425
DATA: 2011-01-09 | Jornal Público
SUMÁRIO: Na cidade onde nasceu Renato Seabra, e na sua agência, misturam-se o espanto e a impressão de que tudo parece um “filme”.
TEXTO: Pouco passa das 17h e os cadetes do Basquetebol Clube de Cantanhede (BCC) perdem, em casa, com o Olivais de Coimbra. Ainda em Novembro último, o jovem modelo Renato Seabra, principal suspeito da morte do cronista social Carlos Castro, em Nova Iorque, esteve neste pavilhão a treinar com a equipa sénior. Foi também a poucos metros dali que Renato Seabra concluiu o secundário, seguindo-se a licenciatura em Desporto, na Universidade de Coimbra. Durante este ano lectivo, o jovem de 21 anos está a tentar concluir a última cadeira da licenciatura, ao mesmo tempo que trabalha como modelo. Um colega de equipa de quando Renato Seabra jogava no BCC nem quer acreditar na notícia de que todos falam, durante a tarde pacata da cidade de Cantanhede. “Parece uma daquelas cenas de filme”, diz, com ar pensativo. De sapatilhas e roupa desportiva, não compreende o que se passou. “É um tipo normal, calmo, mesmo a jogar basquetebol, e era um bom jogador. ” Procura uma explicação: “Deve ter tido razões muito fortes para fazer aquilo. ” O ex-companheiro de equipa assegura que não notou nada de diferente no colega de balneário depois de Renato Seabra ter sido fi nalista do concurso da SIC À Procura de Um Sonho, promovido em conjunto com a agência de modelos Face Models de Fátima Lopes. Já quando questionado sobre o relacionamento do modelo com raparigas e rapazes responde sem hesitar: “Sempre deu a entender que gostava de raparigas, como todos nós”, acrescentando que nunca notou nada que pudesse indicar uma eventual inclinação para pessoas do mesmo sexo. Um jovem calmo A criadora de moda Fátima Lopes, cuja Face Models representa o manequim de 21 anos na sequência do concurso da SIC, recorda ao PÚBLICO como “toda a equipa tem a melhor impressão dele: desde a [ex-modelo] Fiona ao [professor de passerelle no À Procura de Um Sonho] Crispim, que lhe deram aulas”. “E todos achámos engraçado e diferente o facto de ele ter dito que gosta de ver novelas com a irmãs”, recorda a estilista. Depois de ter falado ontem com alguns dos participantes no concurso da SIC, no qual Renato Seabra foi um dos três fi nalistas, não conquistando o primeiro lugar, Fátima Lopes indica que todos lhe disseram que “o Renato não era homossexual, se o era escondeu-o de toda a gente”. E todos desconheciam, tal como a criadora de moda, qualquer relação com o cronista social Carlos Castro. Em Cantanhede, outro jovem que foi colega de Renato Seabra na escola secundária da cidade e depois na licenciatura de Desporto, em Coimbra, descreve-o como “um bom aluno, mais no liceu do que na faculdade, mas mesmo assim bom aluno”. Quanto à maneira de ser, “é uma pessoa extremamente calma, brincalhona quando está a praticar desporto”. Por isso este colega de estudos diz-se “chocado” com as suspeitas que recaem sobre o jovem de Cantanhede. “Para ter feito uma coisa assim, houve qualquer coisa por trás”, garantiu o jovem, que preferiu não ser identifi cado. Em Cantanhede, as pessoas dizem conhecer Renato Seabra, lembram-se dele dos desfi les de moda organizados pelas lojas locais, mas não se alargam em comentários. A mãe de um jovem de 21 anos que teve um percurso académico e desportivo semelhante ao de Renato Seabra – iniciaram-se ambos no basquetebol por volta dos nove anos de idade – começa por dizer que não pode falar, mas acaba por declarar: “É um menino normal, como o meu, que gostava das raparigas e até andava atrás da Beatriz, que tem a mesma idade. ” “Nunca entrou em conflitos” A mãe garante que Renato Seabra “nunca entrou em conflitos” e que ele e o seu filho “davam-se bem”. “Ele queria ser modelo. Tenho uma boa imagem dele. ” De tal forma que não queria crer no que ouvia no momento em que soube do homicídio de Carlos Castro. “Quando disseram, na televisão, que tinha sido o Renato Seabra de Cantanhede eu disse para mim: ‘Não pode ser, impossível. ’”
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave morte escola homicídio filho social sexo homossexual
"O Carlos vivia o amor como um fantasista"
Amigo de Carlos Castro durante 40 anos, o jornalista Guilherme de Melo conta sem rodeios a forma como o cronista social se tornou uma figura pública e criou para si um mito romântico. (...)

"O Carlos vivia o amor como um fantasista"
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 Homossexuais Pontuação: 6 | Sentimento 0.5
DATA: 2011-01-12 | Jornal Público
SUMÁRIO: Amigo de Carlos Castro durante 40 anos, o jornalista Guilherme de Melo conta sem rodeios a forma como o cronista social se tornou uma figura pública e criou para si um mito romântico.
TEXTO: Como é que eu conheci o Carlos? Há os irmãos que o sangue nos dá e há os irmãos que a vida nos dá. O Carlos foi o irmão mais novo que a vida me deu. Eu tinha 43 anos, estava a meio da minha carreira de jornalista, o Carlos era um rapaz de vinte e poucos anos. Ele sempre esteve ligado ao mundo do espectáculo. Em Angola, tinha colaborado numa revista, tinha ganho um prémio de poesia, mas não era jornalista. Quando chegou a Lisboa, em 1975, conheceu a Ruth Bryden, um travesti muito famoso, e foi ela que lhe deu a mão. Foi assim que ele começou a ganhar dinheiro e foi quando o conheci, numa noite de espectáculo no cabaré Scarlatti. Foi lá que o Carlos reencontrou a Maria Alzira Bento, que tinha sido jornalista em Angola e era chefe de redacção da Nova Gente. Sabia que o Carlos gostava de escrever e, como estava ligado ao mundo do espectáculo, dos artistas, ela teve a ideia de criar uma página de fofocas - assim nasceu a Daniela. Depois, começou a escrever croniquetas e quando o Correio da Manhã foi fundado convidaram-no a ter uma página sobre o mundo do espectáculo. Como ele não tinha experiência de escrita, pedia muito a minha opinião e do Fernando Dacosta. A carteira profissional ele conseguiu-a com o Cáceres Monteiro. Daí para diante, voou por ali fora, especializou-se naquele tipo de crónica social. Tinha uma forma muito peculiar de escrever. Muita gente nem se apercebeu, mas ele tinha uma sensibilidade requintada, era um apaixonado por pintura. Um sonhadorDepois dos conselhos profissionais, passei a dar-lhe conselhos mais pessoais. A nível sentimental, éramos totalmente opostos. Eu sempre tive os pés bem assentes no chão. O Carlos era um fantasista, um sonhador. As coisas eram como ele queria, não como na realidade eram. Sempre foi um naïf, uma pessoa de uma grande ingenuidade, uma criança grande. E nos amores. . . Quando amava, entregava-se completamente. Estava desfasado do seu tempo, vivia fora do tempo. Na cabeça dele, existia o amor romântico, às vezes sem essa necessidade sexual. Ele só tinha um grande defeito: quando amava, era extremamente absorvente, possessivo e obsessivo. Eu às vezes dizia-lhe: deixa-os respirar. O Carlos só teve uma grande ligação em toda a vida - estava agora a tentar ter outra. . . [Essa grande ligação] foi o grande amor da vida dele. Era uma pessoa ligada ao meio artístico e conheceram-se quando o rapaz saiu da tropa. Tornou-se fotógrafo e procurou o Carlos, que estava no Correio da Manhã, para ver se ele lhe dava uma oportunidade. Nunca se conseguiu ligar sentimentalmente a um homossexual, tinha que haver sempre uma componente de masculinidade. Essa ligação de 15 anos acabou porque o rapaz gostava de mulheres e o Carlos não aceitava isso. Quando uma pessoa entrava na sua vida, era só dele. Ele exigia o que dava. Acredito sinceramente - porque ele me disse - que nunca o traiu. O rapaz casou-se e houve um corte radical. O Carlos não queria aceitar e teve uma depressão terrível. Andou meses deprimidíssimo. O amor mais maduro não resultava para ele. Porquê rapazes tão novos? Porque era ávido por beleza e só se é belo quando se tem 20 ou 30 anos. Eu também fui assim. Vivi 28 anos com o meu companheiro, que morreu em 2004, mas que era um rapaz de 25 quando o conheci. Mas ele foi amadurecendo ao meu lado, foi envelhecendo ao meu lado. Viver um amor com tanta diferença de idade é mais difícil nas relações homossexuais. Os mais novos vivem nesse jogo de entrega e rejeição, entrega e rejeição, e o homossexual mais velho não aceita isso. Porque quando o Carlos tinha as suas paixões e acabavam, ele caía no imobilismo, na depressão. Era um exaltado em termos sentimentais. Um crédulo, e toda a vida, famoso como era, serviu de trampolim para muita gente. Teve muitas desilusões. Entregava-se totalmente e não queria ver que muitas vezes esses rapazes jogavam com o que tinham, a sua beleza, o seu corpo.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave social criança sexual mulheres corpo homossexual
Barrigas de aluguer poderão ser legais em caso de doença
Especialistas em procriação medicamente assistida defendem excepções à proibição de recurso à maternidade de substituição em Portugal. (...)

Barrigas de aluguer poderão ser legais em caso de doença
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 Homossexuais Pontuação: 6 | Sentimento 0.2
DATA: 2011-01-27 | Jornal Público
SUMÁRIO: Especialistas em procriação medicamente assistida defendem excepções à proibição de recurso à maternidade de substituição em Portugal.
TEXTO: O Conselho Nacional de Procriação Medicamente Assistida (CNPMA) vai recomendar à Assembleia da República que altere a lei de forma a permitir o recurso a barrigas de aluguer em casos excepcionais, por motivos de doença. Foi na reunião da semana passada que o conselho tomou esta decisão, segundo adiantou a Rádio Renascença. Sem querer revelar detalhes, o presidente do CNPMA, Eurico Reis, admitiu ontem apenas ao PÚBLICO que vão ser propostas excepções à proibição total de recurso à maternidade de substituição. A Lei n. º 32/2006 sobre procriação medicamente assistida define como "nulos os negócios jurídicos, gratuitos ou onerosos, de maternidade de substituição". E estipula que "quem concretizar contratos de maternidade de substituição a título oneroso" será "punido com pena de prisão até dois anos ou pena de multa até 240 dias". A necessidade de alteração da lei e de criação de situações de carácter excepcional motivadas por doença tem sido defendida por vários especialistas que trabalham nesta área e que se confrontam com situações de casais impossibilitados de terem filhos. Perda de úteroÉ o caso, por exemplo, de mulheres que perderam o útero na sequência de acidentes ou de doenças oncológicas, ou de mulheres com úteros sem dimensões ou características que permitam uma gravidez. Esta é "uma excelente notícia", aplaude Vladimiro Silva, que é consultor da Direcção-Geral da Saúde para questões da procriação medicamente assistida e administrador de uma clínica, a Ferticentro, onde estas técnicas são aplicadas. "Irá resolver injustiças enormes que afectam um número reduzido de casais", diz, notando que "faz todo o sentido separar as situações de doença" de outro tipo de casos - nomeadamente o dos casais homossexuais que querem ter filhos e o das mulheres que não querem passar pela gravidez por razões estéticas. Vladimiro Silva lembra ainda que hoje vários casais impedidos de recorrer a barrigas de aluguer são obrigados a recorrer ao estrangeiro, pagando valores elevados e correndo riscos. "Os países mais conhecidos no mundo da maternidade de substituição são os Estados Unidos, a Ucrânia, o Brasil e a Índia", afirma o especialista, para quem o argumento de que se pode estar a abrir a porta a um negócio é "uma falsa questão". Se foi possível fixar valores para as pessoas que doam óvulos e esperma para PMA (628 e 40 euros, respectivamente), também será possível encontrar uma solução adequada neste caso e a fiscalização será fácil porque são poucos os casos, defende. Revisto recentemente, o Código Deontológico dos clínicos foi um dos primeiros na Europa a abrir as portas às barrigas de aluguer, com a Ordem dos Médicos (OM) a antecipar-se desta forma a uma eventual alteração da lei. "Não escancarámos a porta, mas ficou entreaberta", adiantou na altura o então bastonário da OM, Pedro Nunes, para quem "em situações da maior excepcionalidade é de admitir a maternidade de substituição".
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave lei prisão doença mulheres