Príncipe saudita condenado a prisão perpétua por matar empregado
O príncipe Saud Abdulaziz bin Nasser al Saud, neto do rei saudita Abdullah, foi condenado a prisão perpétua, um dia depois de ter sido condenado pelo assassínio de um empregado, com quem teria relações sexuais, durante a sua estadia num hotel de luxo, em Londres. (...)

Príncipe saudita condenado a prisão perpétua por matar empregado
MINORIA(S): Homossexuais Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-10-20 | Jornal Público
SUMÁRIO: O príncipe Saud Abdulaziz bin Nasser al Saud, neto do rei saudita Abdullah, foi condenado a prisão perpétua, um dia depois de ter sido condenado pelo assassínio de um empregado, com quem teria relações sexuais, durante a sua estadia num hotel de luxo, em Londres.
TEXTO: A 15 de Fevereiro, a polícia encontrou Bandar Abdulaziz, de 32 anos, deitado numa cama com ferimentos na cara, lábios rasgados, dentes partidos e sinais de estrangulamento. Ontem, o tribunal de Old Bailey condenou o príncipe pelo seu assassinato. Durante o julgamento, Bandar foi descrito como um “escravo” do príncipe saudita. Câmaras do circuito interno do Landmark Hotel, no centro da capital britânica, onde estavam hospedados para umas curtas férias, mostram Saud Abdulaziz bin Nasser al Saud a entrar no elevador seguido por Bandar Abdulaziz e a começar a espancá-lo, sem resistência. O príncipe sai por segundos e volta a entrar para desferir mais alguns murros. A acusação argumentou que Bandar Abdulaziz foi morto no culminar de abusos sádicos. Saud Abdulaziz bin Nasser al Saud reconheceu as agressões, mas negou que tivesse assassinado o seu empregado. Durante todo o julgamento, o príncipe garantiu que não é gay. Mas funcionários do hotel descreveram a relação entre empregado e patrão como “obviamente homossexual”, e há relatos de um massagista que foi chamado ao quarto do príncipe para massagens de cariz sexual. Dois acompanhantes, Pablo Silva e Louis Szikora, também testemunharam que tiveram relações sexuais com ele. A homossexualidade paga-se com a morte na Arábia Saudita, e por isso o mais provável é que o príncipe, de 34 anos, cumpra a sua pena no Reino Unido. Segundo a imprensa britânica, o príncipe cumprirá uma pena mínima de 20 anos de prisão. Notícia actualizada às 13h29
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave morte tribunal prisão sexual assassinato homossexual gay morto
Papa lamenta confronto entre fé e modernidade na chegada a Espanha
O Papa chegou esta manhã a Santiago de Compostela onde inicia uma visita de dois dias a Espanha, com passagem ainda por Barcelona. Ainda no avião que o transportou desde Roma, Bento XVI lamentou que o confronto entre “a fé e a modernidade” seja “tão aceso” entre espanhóis. (...)

Papa lamenta confronto entre fé e modernidade na chegada a Espanha
MINORIA(S): Homossexuais Pontuação: 6 | Sentimento -0.1
DATA: 2010-11-06 | Jornal Público
SUMÁRIO: O Papa chegou esta manhã a Santiago de Compostela onde inicia uma visita de dois dias a Espanha, com passagem ainda por Barcelona. Ainda no avião que o transportou desde Roma, Bento XVI lamentou que o confronto entre “a fé e a modernidade” seja “tão aceso” entre espanhóis.
TEXTO: A bordo do Airbus 320 de Alitalia, que chegou a território espanhol pelas 10h25, numa mensagem registada pelos jornalistas que o acompanharam desde Itália, Bento XVI apelou ao “reencontro da fé e da laicidade e não ao seu confronto”, lamentando que fé e modernidade estejam tão afastadas em Espanha. Espanha, um país tradicionalmente católico, aprovou nos últimos anos leis fortemente criticadas pela Igreja Católica, como a autorização do casamento entre pessoas do mesmo sexo e a legalização do aborto, dois passos dados precocemente a nível europeu. Em Santiago de Compostela, onde inicia a sua visita a Espanha, a terceira em cinco anos, o Papa vai ser recebido por milhares de pessoas, que há vários dias de juntam naquela cidade galega. Desde esta manhã, são muitos os fiéis que tentam conseguir um lugar pretendem assistir na Praça do Obradoiro à missa que Bento XVI irá celebrar na catedral, demasiado pequena para receber a multidão. Através de nove ecrãs gigantes colocados em vários pontos de Santiago de Compostela, os peregrinos poderão acompanhar a celebração, que marca o fim do Ano Santo Compostelano.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave aborto sexo casamento
Aprovado diploma para simplificar mudança do registo civil de sexo e nome dos transexuais
O Parlamento aprovou hoje as iniciativas do Governo e do Bloco para simplificar a mudança do registo civil de sexo e do nome dos transexuais, com votos favoráveis da esquerda e de 12 deputados do PSD, ao contrário da sua bancada. (...)

Aprovado diploma para simplificar mudança do registo civil de sexo e nome dos transexuais
MINORIA(S): Homossexuais Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-11-26 | Jornal Público
SUMÁRIO: O Parlamento aprovou hoje as iniciativas do Governo e do Bloco para simplificar a mudança do registo civil de sexo e do nome dos transexuais, com votos favoráveis da esquerda e de 12 deputados do PSD, ao contrário da sua bancada.
TEXTO: O Parlamento aprovou hoje, em votação final global, o texto final relativo à proposta do Governo e do projecto de lei do Bloco de Esquerda, com os votos favoráveis do PS, Bloco de Esquerda, PCP e Verdes e com os votos contra do PSD e do CDS. No entanto, da bancada social-democrata 12 deputados votaram favoravelmente: Luísa Roseira, Paulo Mota pinto, José Eduardo Martins, Luís Campos Ferreira, António Leitão Amaro, Pedro Rodrigues, Emídio Guerreiro, Vânia de Jesus, Sérgio Vieira, Celeste Amaro, Carina João e Paulo Cardoso anunciaram que irão apresentar uma declaração de voto. Outros nove deputados do PSD abstiveram-se. A deputada social-democrata Francisca Almeida anunciou que a bancada do PSD entregou uma declaração de voto sobre esta proposta, na qual os deputados da bancada laranja tinham liberdade de voto. Na bancada socialista, as deputadas Rosário Carneiro e Teresa Venda votaram contra e também vão entregar uma declaração de voto. A proposta final, elaborada por um grupo de trabalho constituído por todos os partidos, no âmbito da comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias, incorporou algumas das preocupações transmitidas durante as audições – entre os quais médicos e associações de defesa dos direitos dos homossexuais e transexuais -, nomeadamente a questão das equipas que podem fazer o diagnóstico de perturbação de identidade de género. A lei regula “o procedimento de mudança de sexo no registo civil e correspondente alteração de nome próprio”, sendo aplicável a pessoas portuguesas “a quem seja diagnosticada perturbação de identidade de género”. Este pedido pode ser efectuado em qualquer conservatória do registo civil, apresentando um relatório que comprove o diagnóstico” desta perturbação, “também designado de transexualidade, elaborado por equipa clínica multidisciplinar de sexologia clínica”, que deve ser subscrito “pelo menos por um médico e um psicólogo”. Na declaração de voto que entregou na Assembleia da República, a bancada do PSD considera que o diploma agora aprovado não se limitou a “uma mera desjudicialização do processo”, mas pretendeu “tornar o processo de mudança do registo do sexo menos rigoroso e, sobretudo, menos garantístico”.
REFERÊNCIAS:
Aloe Blacc actua em Abril em Lisboa
O cantor soul, Aloe Blacc, vai actuar em Lisboa, no dia 14 de Abril. De acordo com o site oficial da editora, Stones Throw Records, o músico começa uma digressão europeia a 15 de Março e a sua passagem por Lisboa ainda não tem um local confirmado. (...)

Aloe Blacc actua em Abril em Lisboa
MINORIA(S): Homossexuais Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-12-02 | Jornal Público
SUMÁRIO: O cantor soul, Aloe Blacc, vai actuar em Lisboa, no dia 14 de Abril. De acordo com o site oficial da editora, Stones Throw Records, o músico começa uma digressão europeia a 15 de Março e a sua passagem por Lisboa ainda não tem um local confirmado.
TEXTO: O músico norte-americano editou este ano o segundo álbum de originais, “Good things”, que representa uma mudança de registo, de renovação da soul, citando directamente Bill Withers ou Marvin Gaye, com letras de cariz social e político sobre a actualidade americana. Antes de “Good Things”, Aloe Blacc editou o álbum “Shine through”, em 2006, e um EP homónimo, em 2003.
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Palavras-chave social
Escolhas: 10 sugestões de jazz para este Natal
Indispensáveis como Miles Davis, sensuais e sofisticados como Anita O"Day, intemporais como Chet Baker. Dez presentes sugeridos por Rodrigo Amado. (...)

Escolhas: 10 sugestões de jazz para este Natal
MINORIA(S): Homossexuais Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-12-18 | Jornal Público
SUMÁRIO: Indispensáveis como Miles Davis, sensuais e sofisticados como Anita O"Day, intemporais como Chet Baker. Dez presentes sugeridos por Rodrigo Amado.
TEXTO: 1. Paraísos artificiaisReconhecido por unanimidade como um dos marcos na carreira de Miles Davis, Bitches Brew é muito mais do que isso. É um dos discos mais influentes da história da música e um dos melhores exemplos de uma fusão mágica entre rock, jazz, funk e blues. Num universo onírico e psicadélico onde cabem Sly Stone, James Brown, Jimi Hendrix ou Marvin Gaye, destacam-se as vozes de alguns dos maiores nomes do jazz, como Wayne Shorter, Chick Corea, John McLaughlin, Dave Holland ou Jack DeJohnette. Com um som poderoso onde se sobrepõem longos vamps, repetitivos e hipnóticos, e improvisações cruas e incisivas, Miles coloca toda uma geração de "jazzómanos" a sonhar com paraísos artificiais. Inclui ainda um DVD inédito gravado ao vivo na Dinamarca. Bitches Brew - 40th Aniversary Deluxe Set Miles Davis2CD+DVDColumbia, dist. Sony Music17, 99E2. Glamour e alegriaDois pianos, quatro mãos e uma sensibilidade invulgar para pegar em canções bem conhecidas e, com uma desarmante simplicidade, transformá-las em temas transbordantes de luz. Chorinho, Double rainbow, Ana Maria, My man"s gone now ou Inner urge são alguns dos temas escolhidos por Bill Charlap e Renne Rosnes para registar neste inspirado Double Portrait. Partilhando uma vida em comum, Charlap e Rosnes revelam aqui uma natural empatia que faz com que, por vezes, nos pareça estar a ouvir apenas um pianista. Intimista, respirando glamour e alegria, este é um dos registos de eleição para partilhar nesta altura do ano. Double Portrait Bill Charlap e Renee RosnesBlue Note, dist. EMI19, 90E3. Homenagem a Curtis MayfieldSubintitulado The Inside Songs of Curtis Mayfield, este novo registo do contrabaixista William Parker é uma homenagem à música do velho mestre do funk e da soul. Celebratório e espiritual, denso como a música de Chicago que lhe deu origem, este duplo CD reúne gravações ao vivo captadas em concertos em Itália, França e Estados Unidos. Sem possuir a melhor das qualidades sonoras, a música é, no entanto, suficientemente especial para tornar I Plan to Stay A Believer um emblemático manifesto pela liberdade e igualdade sociais. Soul, acima de tudo, algum jazz representado com eloquência pelo saxofone de Sabir Mateen, e a fabulosa voz de Leena Conquest. I Plan To Stay a BelieverWilliam Parker 2CDAum Fidelity, dist. Trem Azul21, 90E4. Cuba e Nat King ColeDa ligação de David Murray a Portugal, mais concretamente à cidade de Sines, já muito se falou, mas nada nos tinha preparado para o brilho e eficácia da participação da Sinfonieta de Sines neste registo. Reunindo ainda o vocalista Melingo e alguns dos melhores instrumentistas cubanos da nova geração - Roman Filiu, Mario Felix Hernandez Morrejon ou Jose "Pepe" Rivero -, Murray constrói um poderoso e vibrante retrato das ligações cubanas de Nat King Cole. Versões notáveis de El bodeguero, Quizás, quizás, quizás, No me platiques ou A media luz tocadas subtilmente pelo jazz. David Murray Cuban Ensemble Plays Nat King Cole3D Family, dist. Universal19, 90E5. Um disco para duas paixõesDe Bernardo Sassetti já todos nos habituámos a esperar o melhor. Criatividade sem preconceitos ou barreiras, uma absoluta excelência instrumental e uma elegância modernista que toca todas as componentes dos seus muitos projectos. Em Motion, registo editado no início deste ano, Sassetti conjura duas das suas maiores paixões - música e fotografia. Em disco ficam as belíssimas composições que acompanharam, em concerto, uma exuberante sequência das suas próprias imagens, e fica, sobretudo, a música criada com paixão por um trio em estado de graça: Sassetti no piano, Carlos Barretto no contrabaixo e Alexandre Frazão na bateria. MotionBernardo Sassetti TrioClean Feed, dist. Trem Azul13, 99E
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Palavras-chave igualdade
Pólo Sul: rivalidade entre Amundsen e Scott através dos seus diários
Roald Amundsen chegou em primeiro lugar ao pólo Sul, Robert Scott morreu no regresso. Um livro publicado recentemente compara, pela primeira vez, os diários dos dois rivais. (...)

Pólo Sul: rivalidade entre Amundsen e Scott através dos seus diários
MINORIA(S): Homossexuais Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-01-05 | Jornal Público
SUMÁRIO: Roald Amundsen chegou em primeiro lugar ao pólo Sul, Robert Scott morreu no regresso. Um livro publicado recentemente compara, pela primeira vez, os diários dos dois rivais.
TEXTO: É uma das histórias mais contadas do longo rol das explorações humanas. A célebre corrida ao pólo Sul, em 1911, opondo o norueguês Roald Amundsen ao britânico Robert Falcon Scott, ganha pelo primeiro e tragicamente perdida pelo segundo, enfeitiçou durante um século as imaginações de todos os que gostam de aventura. Agora, Roland Huntford, especialista em expedições polares, escreveu um livro sobre o assunto. Diz-se que é "o" livro. Como é que se (re)conta uma história que já todos conhecem? Pelas vozes dos protagonistas. Huntford já publicara, em 1979, um livro em que traçava a biografia de cada um dos dois rivais antárcticos, enquadrando-a no cenário da odisseia até ao pólo. O Último Lugar na Terra (Companhia das Letras) foi, no entender de muitos, a machadada final no culto de personalidade de Scott, durante muito tempo visto como um herói romântico e trágico. Por ser britânico, certamente, e não norueguês, Scott acabou por se tornar mais popular e conhecido do que o homem que o bateu. E Huntford não achou graça nenhuma a isso. No livro, arrasa o oficial britânico, que considera responsável pela morte dos seus companheiros de expedição. Scott seria um diletante incompetente, com problemas de autoridade e a mania das grandezas. O mito abanou, apesar de algumas tentativas recentes para restaurar a "honra" ferida do cavalheiro. E então, três décadas depois, Huntford volta à carga: Race for the South Pole, the Expeditions Diaries of Scott and Amundsen foi publicado em Dezembro. Reunindo num mesmo volume os diários integrais de Scott - o autor garante que as versões anteriores tinham sido amputadas de passagens mais embaraçosas para o oficial britânico - e Amundsen (este pela primeira vez traduzido para inglês), o livro volta a destacar as profundas diferenças entre os dois. Sempre em desfavor de Scott. . . Em O Último Lugar na Terra, Huntford já dava livre curso aos seus sentimentos pouco abonatórios para com o oficial da Royal Navy que liderou a equipa britânica no assalto ao pólo Sul. No jornal El País, o jornalista Jacinto Antón sublinha mesmo os excessos que terá cometido, desde insinuar que Scott só foi escolhido por ser gay até ter dito que forçou um dos companheiros ao suicídio, passando pela ideia - suprema deselegância - de que a sua mulher estaria a traí-lo num hotel de Berlim enquanto ele agonizava numa tenda gelada da Antárctida. Por entre juízos de valor e alguma tentação para chegar apressadamente a conclusões, Huntford alinhavava, no entanto, uma série de factos e observações que apontavam todos na mesma direcção: enquanto Amundsen era um profissional focado e competente, Scott era um amador à procura de fama. Para o norueguês, chegar ao pólo Sul, o último grande desafio da exploração humana naquela época, era o objectivo final. Para o britânico, seria um passo para garantir uma carreira de sucesso. A "cacha" do DN MadeiraApesar de manter os seus pressupostos, Huntford faz agora questão de que sejam os dois exploradores a contar a história pela sua pena. E a primeira coisa que salta à vista é o contraste entre o laconismo quase esterilizado de Amundsen e a veia poética de Scott. Os diários são colocados par a par, por ordem cronológica e, para equilibrar as coisas em termos de espaço, o autor inclui ainda o diário de um dos outros membros da equipa norueguesa. Ficam dois exemplos, recolhidos pelo ABC, que parecem demonstrar a falta de preparação dos britânicos para o desafio que iam enfrentar. No dia em que Scott fala de "condições de tempo imprevisivelmente frias", Amundsen diz que as temperaturas eram "as esperadas". Noutra altura, Scott escreve que se levantou uma ventania e tiveram de ficar na tenda, enquanto Amundsen informava que tinham coberto a "distância prevista".
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Partidos LIVRE
Renato Seabra terá confessado homicídio de Carlos Castro
O modelo português Renato Seabra terá confessado à polícia de Nova Iorque que matou e que mutilou sexualmente o cronista social Carlos Castro, segundo avança o tablóide norte-americano "New York Post", que escreve que o suspeito foi acusado de homicídio em segundo grau, o equivalente a homicídio simples segundo o sistema judicial português. (...)

Renato Seabra terá confessado homicídio de Carlos Castro
MINORIA(S): Homossexuais Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-01-10 | Jornal Público
SUMÁRIO: O modelo português Renato Seabra terá confessado à polícia de Nova Iorque que matou e que mutilou sexualmente o cronista social Carlos Castro, segundo avança o tablóide norte-americano "New York Post", que escreve que o suspeito foi acusado de homicídio em segundo grau, o equivalente a homicídio simples segundo o sistema judicial português.
TEXTO: O PÚBLICO contactou a polícia nova-iorquina que confirmou a acusação mas escusou-se a avançar pormenores sobre o que Renato Seabra terá confessado. Pelo crime de homicídio, Seabra enfrenta a pena perpétua, a máxima no Estado de Nova Iorque, além de impossibilidade de liberdade condicional. A extradição é pouco habitual nestes casos. De acordo com o "New York Post", Seabra, de 20 anos, justificou a mutilação dizendo que queria livrar Carlos Castro, de 65 anos, de “demónios homossexuais”. Seabra terá, contudo, negado manter qualquer relacionamento com o cronista português, corroborando a tese que a sua mãe avançou antes de partir para Nova Iorque. Ainda assim, terá afirmado à polícia na ala psiquiátrica do Bellevue Hospital, onde foi internado depois de ter feito cortes nos pulsos, numa aparente tentativa de suicídio: “Já não sou gay”. O New York Post escreve ainda que Renato Seabra terá confessado que fingiu ser homossexual para usar Carlos Castro como trampolim para a sua carreira. O modelo terá ainda dado informação sobre a mutilação genital, explicando que utilizou um saca-rolhas, que espetou também num olho, depois de ter agredido a vítima durante mais de uma hora, nomeadamente com o monitor de um computador. Segundo revelou a autópsia, a morte de Carlos Castro – encontrado sem vida na sexta-feira, no luxuoso e recém-inaugurado Hotel Intercontinental, próximo de Times Square, em Nova Iorque – foi causada por “lesões por impacto brusco na cabeça” e “compressão na garganta”. A informação foi avançada pela porta-voz do serviço de medicina legal de Nova Iorque, Ellen Borakove. De acordo com o sargento Hayes, da polícia de Nova Iorque, Seabra foi detido de madrugada num hospital onde recebera tratamentos, sendo posteriormente levado para a unidade psiquiátrica do hospital Bellevue, na zona leste de Manhattan, para observação médica. A polícia não revela se na altura o suspeito apresentava sinais de distúrbios ou de consumo de estupefacientes. “Agora cabe aos médicos determinar quando ele pode sair”, adiantou. Fonte hospitalar ouvida pela Lusa no local adiantou que é habitual que o estado de observação dure um a dois dias. Fonte da polícia de Nova Iorque adiantou ao PÚBLICO que Renato Seabra será presente ao promotor público assim que a unidade psiquiátrica do hospital Bellevue considere que o jovem está apto para prestar novas declarações. Seabra e Castro estavam em Nova Iorque de férias desde o final do ano passado e deveriam voltar apenas a 15 de Janeiro. O modelo participou recentemente em Portugal no concurso televisivo “À Procura do Sonho”. Notícia actualizada às 14h45
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave crime morte homicídio suicídio consumo homossexual gay
Polícia afasta premeditação no homicídio de Carlos Castro
Renato Seabra poderá enfrentar uma pena entre 25 anos e prisão perpétua. Irmãs do cronista assassinado chegam hoje a Nova Iorque. (...)

Polícia afasta premeditação no homicídio de Carlos Castro
MINORIA(S): Homossexuais Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-01-11 | Jornal Público
SUMÁRIO: Renato Seabra poderá enfrentar uma pena entre 25 anos e prisão perpétua. Irmãs do cronista assassinado chegam hoje a Nova Iorque.
TEXTO: Renato Seabra, o modelo de 21 anos que se encontrava em Nova Iorque com Carlos Castro, foi ontem acusado de homicídio em segundo grau, segundo um porta-voz da polícia nova-iorquina, e enfrenta agora uma pena que pode ir dos 25 anos de prisão a prisão perpétua. A lei americana prevê dois tipos de homicídio, conforme a sua natureza: em primeiro grau, o mais grave, quando existe premeditação ou outras circunstâncias agravantes (como intenção e prática de tortura); e em segundo grau, quando não existe premeditação e, entre outras circunstâncias, o autor agiu sob a influência de uma perturbação emocional extrema. Os tablóides nova-iorquinos New York Post e New York Daily News avançaram ontem de manhã, citando fontes policiais, que Renato Seabra terá confessado a autoria do homicídio de Carlos Castro, 65 anos, mas oficialmente a polícia nova-iorquina não confirma. Os dois jornais adiantaram detalhes sádicos sobre o crime, relatando que Seabra confessou ter castrado o colunista social com um saca-rolhas, e que a agressão e mutilação foram prolongadas - duraram "mais de uma hora", segundo o New York Post. Ainda de acordo com este jornal, antes de atacar Carlos Castro, Renato Seabra terá declarado: "Já não sou homossexual!". O colunista foi encontrado morto sexta-feira à noite no quarto de um hotel luxuoso de Times Square que ambos partilhavam, e a natureza da sua relação com Renato Seabra não é clara. Apesar de Renato ter sido inicialmente identificado como o companheiro de Castro, a sua mãe, Odília Pereirinha, já negou que ele seja homossexual ou fosse namorado do colunista. Missa em LisboaCláudio Montez, amigo e confidente de Carlos Castro, com quem estava "todos os dias", disse ontem ao PÚBLICO que Castro e Seabra mantinham uma relação amorosa desde o evento de moda Portugal Fashion, em Outubro. "O Renato imediatamente vem passar o fim-de-semana a casa dele [Carlos Castro], liga-lhe todos os dias, a perguntar se ele tem a tensão alta, se já tomou os medicamentos, a dizer-lhe para tomar o chá. . . " Montez diz que a polícia tem uma forma "simples" de confirmar que o par tinha uma relação: basta verificar "as mensagens que o Renato mandou pelo telemóvel para o Carlos". Astrólogo e parapsicólogo, Cláudio Montez viaja esta manhã para Nova Iorque, acompanhando duas das quatro irmãs de Carlos Castro, Fernanda e Amélia, para tratar da cremação do corpo e da cerimónia fúnebre, que deverá ser realizada na cidade norte-americana, como era desejo do colunista. Depois de regressarem a Lisboa, será organizada uma missa/cerimónia em honra do cronista social. Reagindo às declarações da mãe de Renato Seabra, Montez diz: "A família via o filho que conhecia, não via o filho que tinha. Todos temos algo escondido dentro de nós. É como os vulcões que podem estar 200 anos sem explodir". Renato Seabra continua sob custódia policial no hospital público Bellevue, na zona leste de Manhattan. José Malta, cunhado de Renato Seabra, disse ontem ao PÚBLICO que Odília Pereirinha deveria encontrar-se com o filho, juntamente com o advogado, durante a tarde de ontem (noite em Lisboa), embora ainda subsistissem dúvidas sobre se o jovem modelo pode receber visitas antes de comparecer perante um juiz. Paula Fernandes, advogada da família de Renato Seabra em Portugal, acrescentou que não prestava declarações sobre o caso antes de o jovem modelo ser ouvido pelo seu advogado nos Estados Unidos. De manhã, Odília Pereirinha deslocou-se ao consulado de Portugal em Nova Iorque, na 5. ª Avenida, mas tal como à chegada ao aeroporto, na véspera, não prestou declarações e o acesso dos jornalistas à mãe de Renato Seabra foi barrado, de novo, por um homem e uma mulher que se identificaram como amigos. O chanceler do consulado, António Pinheiro, recusou pronunciar-se sobre o encontro.
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Palavras-chave crime lei homicídio filho mulher prisão homem social corpo homossexual morto
Homicídio de Carlos Castro pode despertar questões às crianças, pais devem estar atentos, alerta pediatra
As notícias sobre o homicídio do colunista social Carlos Castro podem despertar a curiosidade das crianças e desencadear perguntas a que os pais devem responder, sempre numa perspectiva de tranquilização, defende o pediatra Mário Cordeiro. (...)

Homicídio de Carlos Castro pode despertar questões às crianças, pais devem estar atentos, alerta pediatra
MINORIA(S): Homossexuais Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-01-13 | Jornal Público
SUMÁRIO: As notícias sobre o homicídio do colunista social Carlos Castro podem despertar a curiosidade das crianças e desencadear perguntas a que os pais devem responder, sempre numa perspectiva de tranquilização, defende o pediatra Mário Cordeiro.
TEXTO: “Quem é que matou quem?” ou “Qual deles é o mau?” são algumas das questões com que os pais se podem ver confrontados por estes dias se os filhos assistirem aos noticiários. “Não podendo colocar as crianças numa redoma, elas ouvirão as notícias e integrarão a informação no conceito de que ‘existem pessoas más’ ou ‘existem comportamentos maus’. No fundo, o balizar do sentido ético que vem das histórias infantis”, refere Mário Cordeiro à agência Lusa a propósito da exposição do caso do homicídio do colunista social Carlos Castro. Para o pediatra, as crianças devem ser acompanhadas quando assistem a notícias sobre crimes, sobretudo com a preocupação de evitar que tenham acesso a pormenores sórdidos, que devem desde logo ser evitados pelos órgãos de comunicação social. “Depende de como as notícias são dadas e isso compete a cada jornalista, editor, pensar no que seria se os filhos estivessem do outro lado do ecrã”, exemplifica. Independentemente da escolha feita pelos media, aos pais cabe “mostrarem-se disponíveis para entender inquietações ou responder a dívidas”, sempre com uma perspectiva de tranquilização. A curiosidade seria maior se o caso envolvesse alguma criança ou alguma personagem do universo do conhecimento dos mais novos, ressalva Mário Cordeiro. Ainda assim, os pais “devem estar de ‘orelhas abertas’ para eventuais perplexidades das crianças”. Errado é, na opinião de Mário Cordeiro, abordar a questão da homossexualidade a partir do homicídio de Carlos Castro: “Um crime passional é um crime passional. Homo ou hetero é indiferente, Abordar a orientação sexual a partir de um crime é rotular de ‘horrenda’ essa orientação sexual”. O pediatra recorda que a homossexualidade se manifesta geralmente na adolescência quando surge a componente “orientação do desejo” dentro do percurso normal da sexualidade. “No entanto, as crianças ouvem falar diariamente da homossexualidade e até conhecerão cada vez mais casos na vida privada. É altura de dar a entender às crianças que uma coisa é o amor, outra as pessoas decidirem viver juntas, outra a orientação do desejo sexual e outra a deturpação e o perverso - que nada têm a ver com as restantes”, explica.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave crime homicídio social criança sexual sexualidade
Homicídio de Carlos Castro: mutilação dos olhos é um tipo de agressão bastante raro
A crer nos relatos de tablóides norte-americanos, o corpo do cronista social Carlos Castro foi agredido, durante mais de uma hora, com um saca-rolhas e os órgãos genitais e globos oculares foram mutilados. Que leitura pode fazer-se destas agressões? A psicóloga forense Francisca Rebocho, da Universidade Fernando Pessoa, no Porto, interpreta o caso para o PÚBLICO com a informação disponível: diz que a mutilação dos olhos é bastante mais rara do que a dos órgãos genitais. Em qualquer das situações, é um homicídio com motivação sexual. (...)

Homicídio de Carlos Castro: mutilação dos olhos é um tipo de agressão bastante raro
MINORIA(S): Homossexuais Pontuação: 6 | Sentimento 0.39
DATA: 2011-01-14 | Jornal Público
SUMÁRIO: A crer nos relatos de tablóides norte-americanos, o corpo do cronista social Carlos Castro foi agredido, durante mais de uma hora, com um saca-rolhas e os órgãos genitais e globos oculares foram mutilados. Que leitura pode fazer-se destas agressões? A psicóloga forense Francisca Rebocho, da Universidade Fernando Pessoa, no Porto, interpreta o caso para o PÚBLICO com a informação disponível: diz que a mutilação dos olhos é bastante mais rara do que a dos órgãos genitais. Em qualquer das situações, é um homicídio com motivação sexual.
TEXTO: Na literatura científica, a mutilação dos olhos quase não é abordada. Francisca Rebocho, de 30 anos, especialista em crimes sexuais, doutorada na Universidade do Minho, deparou-se só com um único estudo publicado em 1999, na revista Journal of the American Academy of Psychiatry and Law. E esse artigo baseia-se só em dez casos na Rússia e nos Estados Unidos. "É um fenómeno extremamente raro. Deve haver outros dados, mas não estão tratados. Os dez casos são todo o universo que há, não são uma amostra. Isto diz-nos da raridade deste comportamento e do seu valor interpretativo", realça a psicóloga, especializada em perfis psicológicos e geográficos. Nos dez casos (cinco dos agressores eram psicopatas, um tinha uma deficiência mental e os restantes quatro eram psicóticos), a equipa do russo Alexander Bukhanovsky, que incluía cientistas americanos, estudou a patologia mental dos agressores, a idade, o género, a motivação para o crime ou o instrumento usado: "Os resultados indicam que a mutilação dos globos oculares, extremamente rara, é mais frequente em ofensores psicopatas ou psicóticos, do sexo masculino, com idades entre os 20 e os 30 anos". "Este tipo de mutilação surge na quase totalidade dos casos no contexto de um homicídio sexual, com uma motivação associada à raiva, sendo as armas de eleição instrumentos afiados. Em cerca de metade dos casos, ocorreu mutilação de outras áreas corporais", diz. No caso do homicídio de Carlos Castro, de 65 anos, a 7 de Janeiro, os tablóides New York Post e New York Daily News adiantam que o modelo Renato Seabra, de 21 anos, com quem o cronista social passava férias em Nova Iorque, confessou a autoria do crime. Avançam que, antes de o atacar, Renato Seabra ter-lhe-á dito: "Já não sou homossexual!" À polícia, justificou as mutilações dizendo que queria livrar-se "dos demónios, do vírus". Ambos partilhavam um quarto num hotel em Times Square. Os amigos de Carlos Castro dizem que eles tinham uma relação sexual; a família de Renato Seabra nega que ele seja homossexual. No domingo, a polícia de Nova Iorque acusou-o de homicídio em segundo grau, uma vez que o crime não teria sido premeditado. O Gabinete de Medicina Legal de Nova Iorque só confirmou que a morte se deveu a "lesões por impacto brusco na cabeça" e "compressão na garganta". A família, que já reconheceu o corpo, confirmou a mutilação dos olhos. Os demónios e a psicoseA propósito dos demónios, a psicóloga frisa as conclusões do estudo de Bukhanovsky para os agressores psicóticos, ou seja, os que tinham uma doença mental que os desligou da realidade e os encerrou num mundo de delírios e fantasias. "Descreviam os olhos das vítimas como representações de demónios ou do mal, verificando-se a mutilação de outras partes do corpo. Como no discurso de Renato, os olhos são representações do demónio. Eventualmente, terá sido por isso que fez este tipo de mutilação. "Como é que a psicóloga vê então este homicídio? "Numa análise comportamental, este crime sugere uma clara motivação sexual e afectiva, com grande libertação de raiva. A duração sugere a libertação de uma raiva acumulada, dado que a maioria dos crimes motivados pela raiva é caracterizada pela breve duração", responde. "O tipo de mutilação envolvida, associado à duração, a escolha de uma arma de oportunidade e a opção pelo estrangulamento como modo de matar são indicadores do que o FBI descreve como um ofensor desorganizado - na maioria dos casos, são sujeitos portadores de patologia mental severa do espectro psicótico. "
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave crime morte homicídio social doença sexo género estudo sexual corpo homossexual