Globos de Ouro premeiam “A Rede Social”
A 68ª edição dos Globos de Ouro foi generosa na repartição de prémios. Espalhou as honras por vários filmes e séries televisivas. Porém, “A Rede Social” acabou por se destacar, tendo ganho o Globo de Ouro de melhor filme (na categoria drama), melhor realizador (David Fincher), melhor argumento (Aaron Sorkin) e melhor banda sonora original (Trent Reznor e Atticus Ross). (...)

Globos de Ouro premeiam “A Rede Social”
MINORIA(S): Homossexuais Pontuação: 6 | Sentimento 0.166
DATA: 2011-01-17 | Jornal Público
SUMÁRIO: A 68ª edição dos Globos de Ouro foi generosa na repartição de prémios. Espalhou as honras por vários filmes e séries televisivas. Porém, “A Rede Social” acabou por se destacar, tendo ganho o Globo de Ouro de melhor filme (na categoria drama), melhor realizador (David Fincher), melhor argumento (Aaron Sorkin) e melhor banda sonora original (Trent Reznor e Atticus Ross).
TEXTO: O filme que conta a história da criação da rede social Facebook, baseado no best-seller internacional “The Accidental Billionaires: The Founding of Facebook”, da autoria de Ben Mezrich, tem varrido as cerimónias de prémios pré-Óscar. Ainda na sexta-feira à noite tinha vencido os prémios da Crítica norte-americana (Critics Choice Movie Awards). Apesar de os Globos de Ouro serem considerados uma antecâmara dos Óscares, a verdade é que nem sempre os vencedores dos Globos coincidem com os galardoados com as estatuetas douradas. Isso mesmo aconteceu no ano passado, quando o filme “Avatar” e o seu realizador, James Cameron, venceram nos Globos de Ouro e depois cederam passagem, nos Óscares, ao filme “Estado de Guerra” e à sua realizadora, Kathryn Bigelow. As honras de apresentação estiveram a cargo do corrosivo Ricky Gervais que, - segundo alguns convidados -, pisou o risco em mais que uma ocasião, nomeadamente quando apresentou o actor Bruce Willis como o pai de Ashton Kutcher - o actual marido da sua ex-mulher, Demi Moore, e bastante mais jovem que a companheira. Gervais acusou ainda as pessoas que decidem os vencedores dos Globos de Ouro de aceitarem subornos e identificou o actor Robert Downey Jr. como sendo mais conhecido pelas suas passagens pela clínica Betty Ford e pela prisão de Los Angeles que pelos seus filmes. Depois da piada, já nos bastidores, Downey Jr. comentou que "é óptimo quando alguém tem piada, mas é ainda melhor quando se consegue ter piada sem magoar ninguém". Nas categorias de melhor desempenho dramático, os globos foram atribuídos a Natalie Portman (“Cisne Negro”) e Colin Firth, pelo seu desempenho em “O Discurso do Rei”, onde o britânico desempenha o papel do rei Jorge VI. Para Natalie Portman, que está grávida, esta foi a primeira vez que levou para casa um Globo de Ouro (por uma actuação principal). Outro filme que tomou a dianteira foi o “Os Miúdos Estão Bem” (The Kids Are All Right), acerca de um casal de lésbicas que tenta reaproximar os filhos do pai biológico, venceu o Globo de Ouro de melhor filme na categoria musical ou comédia. Uma das suas protagonistas, Annette Bening, levou para casa a distinção de melhor actriz neste registo. O Globo de Ouro de melhor desempenho masculino num filme de comédia ou musical foi entregue a Paul Giamatti pelo seu papel em “Barney's Version”. Um dos grandes perdedores da noite foi o filme "A Origem", de Christopher Nolan. O blockbuster de Verão - que conquistou muitos amantes da ficção científica e que foi um dos filmes mais referidos pelos internautas nas redes sociais durante o ano passado - estava nomeado em quatro categorias e acabou por não vencer nenhuma. Gleemania continuaNa categoria televisão, o fenómeno Glee continua a fazer baixas. Para além de vencer na categoria de melhor série de comédia ou musical, o actor Chris Colfer venceu o Globo de Ouro de melhor actor secundário numa série de comédia ou musical pelo seu papel de adolescente assumidamente gay nesta saga de inadaptados. A actriz Jane Lynch - a temível treinadora das cheerleaders do liceu - venceu o Globo de melhor actriz secundária na mesma categoria. O aclamado Jim Parsons venceu finalmente o Globo de Ouro de melhor actor pelo seu desempenho da personagem Sheldon Cooper na sitcom "The Big Bang Theory”. O ano passado ganhou um Emmy pelo mesmo papel. O Globo de Ouro de melhor actriz numa série de comédia ou musical foi para as mãos de Laura Linney em “The Big C”. A série sobre gangsters passada na década de 1920, "Boardwalk Empire”, com o selo da HBO, venceu o Globo de Ouro de melhor série dramática e deu ainda o prémio de melhor actor a Steve Buscemi, que bateu favoritos como Jon Hamm (“Mad Men”) e Michael C. Hal (“Dexter”).
REFERÊNCIAS:
Ricky Gervais dificilmente voltará a apresentar os Globos de Ouro
Passado o momento da consagração do filme “A Rede Social”, de David Fincher, foi da actuação de Ricky Gervais como mestre-de-cerimónias que mais se falou após o final da 68ª gala dos Globos de Ouro, na noite de domingo, no Beverly Hilton Hotel de Los Angeles. A impressão generalizada é a de que o actor britânico de 49 anos, tornado famoso com as séries televisivas “The Office” e “Extras” dificilmente voltará a ser convidado para apresentar os prémios da Associação da Imprensa Estrangeira em Hollywood (HFPA). (...)

Ricky Gervais dificilmente voltará a apresentar os Globos de Ouro
MINORIA(S): Homossexuais Pontuação: 6 | Sentimento 0.002
DATA: 2011-01-19 | Jornal Público
SUMÁRIO: Passado o momento da consagração do filme “A Rede Social”, de David Fincher, foi da actuação de Ricky Gervais como mestre-de-cerimónias que mais se falou após o final da 68ª gala dos Globos de Ouro, na noite de domingo, no Beverly Hilton Hotel de Los Angeles. A impressão generalizada é a de que o actor britânico de 49 anos, tornado famoso com as séries televisivas “The Office” e “Extras” dificilmente voltará a ser convidado para apresentar os prémios da Associação da Imprensa Estrangeira em Hollywood (HFPA).
TEXTO: “Ele foi demasiado longe nas piadas, e os agentes de alguns actores queixaram-se”, disse um membro da HFPA, citado pelo jornal “El País”, referindo-se à actuação de Ricky Gervais, que pela segunda vez consecutiva foi convidado a apresentar os Globos de Ouro. De facto, foram muitas as estrelas, presentes e ausentes da cerimónia, que o cómico britânico contemplou com as suas farpas e piadas bem ácidas ao longo da noite. E se muitas delas foram recebidas com gargalhadas pela plateia, outras arrefeceram a atmosfera da sala. Logo na apresentação da gala, Gervais meteu-se com um actor que não se encontrava na sala. “Esta será uma noite de festa e bebedeira, aquilo a que Charlie Sheen chamaria o seu pequeno-almoço”. Presentes no Beverly Hotel, e parece que não muito agradados com as palavras que ouviriam a seguir, estavam o par Johnny Depp-Angelina Jolie, protagonistas de “O Turista”, e o marido da actriz, Brad Pitt. “2010 foi um grande ano para os filmes em 3D: ‘Toy Story’, ‘Gru’, ‘Tron’. . . Parece que este ano era todo tridimensional, à excepção das personagens de ‘O Turista’”, ironizou Gervais. O cómico também não poupou Cher, protagonista do musical “Burlesque” – “Queres ir ver a Cher a Las Vegas? Não. Porquê? Porque não estamos em 1975!” –, nem alegadamente John Travolta e Tom Cruise, quando se referiu a um dos filmes ausentes na lista dos nomeados: “‘Amo-te Philip Morris’ é um filme em que dois heterossexuais interpretam dois gays, ao contrário de alguns famosos cientologistas”. . . Já sobre os filmes que foram seleccionados para os Globos de Ouro, parodiou as referências a subornos (“Burlesque”) ou à estratégia da HFPA para garantir a presença na gala de estrelas como o par Brangelina e Depp. Além de que se meteu ainda com Mel Gibson e a sua fobia relativamente aos judeus, Robert Downey Jr e a sua familiaridade com as prisões americanas, e Bruce Willis, a quem chamou “papá de Ashton Kutcher”, numa referência ao actual marido de Demi Moore, a ex-mulher do actor de “Pulp Fiction”. Ainda durante a cerimónia, dois momentos marcaram o alinhamento: a intervenção crítica de Tom Hanks e Tim Allen, ao apresentaram o Globo de Ouro para a melhor comédia musical. “Ainda nos lembrámos de quando Ricky Gervais era um cómico algo gordito mas muito gracioso e delicado. Agora não é uma coisa nem outra”. E o longo período de tempo em que, a meio da gala, Gervais esteve sem aparecer em palco, o que levou muita gente a dizer que ele teria sido repreendido pela organização. O próprio actor-apresentador nega, numa declaração colocada no seu blogue e citada pelo “The Hollywood Reporter”, que tenha existido qualquer alteração ao alinhamento inicialmente previsto. “O boato de que a organização me impediu de voltar ao palco durante uma hora é obviamente um disparate”, escreveu. E afiançou que os Globos de Ouro lhe correram melhor este ano do que em 2010, além de que o ambiente na festa pós-cerimónia era o melhor possível, assegurando ter bebido um copo com Tim Allen e Tom Hanks. Houve quem tivesse visto na actuação de Ricky Gervais um gesto calculado para não voltar a ser convidado para os Globos de Ouro. O próprio terá anunciado, antes da cerimónia, que esta seria a sua última gala. A verdade é que a impressão dominante é que a Associação da Imprensa Estrangeira em Hollywood dificilmente o voltará a convidar para o ano, e esta convicção passa pelas crónicas escritas na imprensa americana a seguir à gala de Los Angeles – Alessandra Stanley, do “The New York Times”, classificou Gervais como “mestre-de-cerimónias, mas não de urbanidade”. Mas também houve quem o defendesse e elogiasse, como Ken Tucker, no “Entertainment Weekly: “Obrigado a Gervais pela sua grosseria divertida, que faz com que assistir à cerimónia dos Globos de Ouro seja um prazer”.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave mulher
Pai de Renato Seabra em Nova Iorque para apoiar o filho
Pouco se tem falado no pai do modelo Renato Seabra, 21 anos, detido no Bellevue Hospital, em Nova Iorque, suspeito do homicídio do cronista Carlos Castro. Mas o enfermeiro, que se divorciou da mãe de Renato quando este tinha quatro anos, também já voou para os Estados Unidos para apoiar o filho. (...)

Pai de Renato Seabra em Nova Iorque para apoiar o filho
MINORIA(S): Homossexuais Pontuação: 6 | Sentimento 0.136
DATA: 2011-01-20 | Jornal Público
SUMÁRIO: Pouco se tem falado no pai do modelo Renato Seabra, 21 anos, detido no Bellevue Hospital, em Nova Iorque, suspeito do homicídio do cronista Carlos Castro. Mas o enfermeiro, que se divorciou da mãe de Renato quando este tinha quatro anos, também já voou para os Estados Unidos para apoiar o filho.
TEXTO: "Uns dias depois de a mãe do Renato ter chegado a Nova Iorque, o pai viajou para lá e ainda está lá a acompanhá-lo", adiantou ontem ao PÚBLICO José Malta, cunhado do modelo. O familiar explicou que o jovem praticamente deixou de ter contacto pessoal com o pai quando este se divorciou da mãe e começou uma vida nova no Algarve, onde vive com a actual família. "Mas com a participação de Renato num programa da SIC houve uma reaproximação e, no contexto actual, o pai decidiu ir vê-lo", conta José Malta. A família continua a queixar-se da falta de apoio das autoridades portuguesas e norte-americanas, nomeadamente ao nível da informação, e prepara-se para avançar com uma iniciativa que visa arrecadar fundos para ajudar a pagar a defesa do jovem modelo. "Provavelmente no fim-de-semana, vamos anunciar a solução para conseguir algum apoio", refere o cunhado de Renato, que garante que a defesa do modelo "fica muito cara". Sem saber avançar um montante total, José Malta precisa que no consulado português os informaram de que só um tradutor custa cerca de 100 euros a hora. O advogado do modelo, David Touger, não adianta pormenores sobre os seus honorários nem as custas judiciais nos Estados Unidos. Contactado ontem pelo PÚBLICO, o representante limitou-se a dizer que Renato planeia uma "defesa rigorosa" e repetiu que "ninguém se deve precipitar a tirar conclusões nesta altura, porque nem todos os factos são conhecidos pelo público". Para o psicólogo clínico Paulo Sargento, professor na Universidade Lusófona, "é muito provável" que este crime tenha sido a primeira manifestação de uma patologia ligada à esquizofrenia. "O comum é a primeira descompensação ocorrer entre os 20 e os 30 anos. Normalmente associada à saída do núcleo familiar e a factores de stress", diz Sargento. O psicólogo clínico acredita que a defesa irá tentar invocar a inimputabilidade do jovem durante o acto (falta de consciência da ilicitude das suas acções) ou, pelo menos, a imputabilidade diminuída (há a consciência do acto, mas uma patologia não lhe permitiu agir de acordo com ela). Este crime tem provocado várias reacções homofóbicas, uma situação que preocupa a ILGA Portugal, uma associação que promove os direitos dos homossexuais. O presidente da ILGA, Paulo Côrte-Real, alerta os órgãos de comunicação para estarem atentos ao conteúdo dos comentários online dos leitores, de forma a triá-los, e admite medidas adicionais após uma recolha dos comentários. "Alguns podem mesmo configurar um crime", diz Côrte-Real. A Procuradoria-Geral da República adianta, contudo, que "até agora não foi instaurado qualquer inquérito".
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave crime direitos
Quem fugir aos Censos arrisca multas de 250 a 3740 euros
A partir de hoje, os recenseadores vão começar a bater à porta dos portugueses para entregar os questionários dos Censos 2011. O Instituto Nacional de Estatística (INE) está a investir três milhões de euros numa campanha de sensibilização para garantir o sucesso daquela que é a maior operação estatística nacional. Mas a resposta ao recenseamento geral da população e da habitação é obrigatória por lei e quem faltar a este dever ou prestar informações inexactas arrisca-se a uma multa até 3740 euros. (...)

Quem fugir aos Censos arrisca multas de 250 a 3740 euros
MINORIA(S): Homossexuais Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-03-07 | Jornal Público
SUMÁRIO: A partir de hoje, os recenseadores vão começar a bater à porta dos portugueses para entregar os questionários dos Censos 2011. O Instituto Nacional de Estatística (INE) está a investir três milhões de euros numa campanha de sensibilização para garantir o sucesso daquela que é a maior operação estatística nacional. Mas a resposta ao recenseamento geral da população e da habitação é obrigatória por lei e quem faltar a este dever ou prestar informações inexactas arrisca-se a uma multa até 3740 euros.
TEXTO: De acordo com o que está fixado na lei, quem deixar de fornecer informações para os Censos no prazo devido, quem fornecer "informações inexactas, insuficientes ou susceptíveis de induzir em erro" ou se opuser "às diligências das pessoas envolvidas nos trabalhos de recolha de dados" incorre numa contra-ordenação, que é punível com coima de 250 a 3740, 98 euros. Caso a infracção se deva a negligência, a multa é reduzida para metade. Além disso, se houver um pagamento voluntário da coima, apenas se tem de pagar o valor mínimo. De acordo com a lei, o dinheiro da multa reverte em 40 por cento para as autoridades estatísticas e em 60 por cento para o Estado. Pior mesmo só a moldura penal para quem viole o segredo estatístico a que estão sujeitas todas as pessoas que trabalham para os Censos. Quem divulgar dados individuais do recenseamento pode ser punido civil e criminalmente, arriscando uma pena de prisão até um ano ou, no caso de ser funcionário do INE, até três anos. De acordo com o instituto, nunca houve registos de violação do segredo estatístico e a actuação do INE quanto à falta de resposta aos inquéritos tem sido branda. "Até à data, apesar de ter enquadramento legal para o fazer, o INE nunca teve necessidade de aplicar coimas aos cidadãos, uma vez que sempre recebeu da população a colaboração indispensável", esclarece a responsável de comunicação, Manuela Martins. "Não antecipamos que seja numa operação com a importância dos Censos que essa colaboração vá falhar", conclui. Campanha de três milhõesÉ para garantir uma taxa óptima de respostas que o INE está a investir três milhões de euros numa campanha multimédia de comunicação. Em relação a 2001, o investimento reduziu-se em 30 por cento, graças, em parte, à reutilização da campanha dos últimos Censos, que foi adaptada à nova operação. Em 2001, a taxa de cobertura líquida foi de 100, 7 por cento, o que significa que foram recenseadas mais 0, 7 por cento das pessoas residentes do que deviam ter sido. Isto decorre de ter havido pessoas que responderam aos inquéritos e não o deveriam ter feito, como, por exemplo, os proprietários de uma segunda habitação. A distribuição dos questionários pelos 18 mil recenseadores envolvidos decorre até dia 20 de Março e todo o trabalho é realizado em estreita articulação com as câmaras municipais e as juntas de freguesia, bem como com as forças policiais (ver caixa). As grandes novidades este ano são a possibilidade de resposta pela Internet e a georreferenciação dos edifícios. Pela primeira vez, o INE vai reunir as coordenadas geográficas de cada edifício que vai ser recenseado, o que permitirá ter informação a uma escala 20 vezes mais pormenorizada do que a actual. Além disso, o recenseamento geral da população e da habitação vai ter dados novos, como a população sem-abrigo, o impacto das migrações na estrutura etária do país, se há mais crianças nascidas fora do casamento do que dentro, os casamentos e uniões de facto entre pessoas do mesmo sexo, se o edifício onde vive tem ar condicionado e que tipo de fonte energética é usada para o aquecimento.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave lei prisão violação sexo casamento
"Há pressões cada vez maiores para um Governo PS-PSD"
Quando hoje a bancada do PSD se levantar para se abster na moção de censura - e com isso sustentar o Governo -, Francisco Louçã diz que essa imagem está distorcida. "O governo PS é muleta do PSD", diz. Em entrevista ao PÚBLICO, o coordenador do BE não reconhece qualquer crítica à oportunidade deste "cartão vermelho" e recusa a ideia de que o seu chumbo se transforme num balão de oxigénio para Sócrates. (...)

"Há pressões cada vez maiores para um Governo PS-PSD"
MINORIA(S): Homossexuais Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-03-10 | Jornal Público
SUMÁRIO: Quando hoje a bancada do PSD se levantar para se abster na moção de censura - e com isso sustentar o Governo -, Francisco Louçã diz que essa imagem está distorcida. "O governo PS é muleta do PSD", diz. Em entrevista ao PÚBLICO, o coordenador do BE não reconhece qualquer crítica à oportunidade deste "cartão vermelho" e recusa a ideia de que o seu chumbo se transforme num balão de oxigénio para Sócrates.
TEXTO: Qual o sentido de apresentar uma moção de censura que se "aniquila" horas depois?A moção de censura tem um objectivo político e social, ambos completamente conseguidos. A parte social é responder por uma parte importante do país que está a ser destruído por uma economia cruel e que são gerações que não têm voz. Mas tem uma função política: a clarificação. Não houve nenhuma aniquilação a não ser a confirmação de que o PSD escolhe uma estratégia de terra queimada - a degradação da política portuguesa - porque espera que o Governo tome as piores medidas sociais ao longo do próximo ano. Mas o anúncio e o timing da moção foram muito criticados dentro e fora do partido. Admite que a gestão da comunicação não correu bem?A moção tem sido muito criticada. Internamente, por quem achava que não devíamos fazer uma moção de censura. Daniel Oliveira achava que não devíamos fazer um ataque às políticas do Governo. Estou em desacordo com ele, mas não é essa a opinião dominante no partido. Publicamente, um editorial do PÚBLICO dizia que a moção de censura era um fiasco político. Mas isso é opinião de comentadores, sobretudo de direita e de centro. A moção de censura foi anunciada no tempo certo, no primeiro dia em que ela tem utilidade constitucional. Provocou uma comoção como nenhuma outra até hoje e um ataque ao Bloco de Esquerda como nunca tinha ocorrido e isso é positivo. Há uma esquerda que não deve fechar os olhos, deve apresentar alternativas. Mas isto não deu a imagem de que o Bloco é um partido como os outros?Houve um artigo do PÚBLICO com esse título. O que nos tornaria iguais aos outros era fechar os olhos à degradação da política portuguesa, era esperar que o PS num dia de redenção descobrisse a importância do desemprego, do salário, da qualificação. E que voltasse a uma política de esquerda. Isso não acontecerá. A moção pode ser entendida como uma demarcação do PS, depois dos dois partidos terem apoiado o mesmo candidato presidencial?Vi essa crítica e acho que ela é infantil. O Bloco de Esquerda não fez nenhuma convergência com o PS, fez uma convergência com Manuel Alegre. A candidatura presidencial não é de partidos, é de uma pessoa. Temos muito orgulho nessa campanha que fizemos. Os resultados foram uma derrota, mas demonstraram que Manuel Alegre era o único que podia disputar os votos com Cavaco Silva. Por poucas dezenas de milhares de votos não aconteceu uma segunda volta. Acabada a eleição presidencial, estamos num ciclo diferente. O chumbo desta moção não será um balão de oxigénio para Sócrates?Não. Esta moção condena o Governo. O apoio do PSD demonstra um sentido de hipocrisia e de oportunismo político. Hoje em dia o Governo poderá vangloriar-se de ter o PSD como sua muleta nesta moção de censura, mas todos os portugueses percebem o contrário. O Governo PS é muleta do PSD. Este é o tempo do PSD, são as medidas do PSD, os avanços do PSD, uma direita que nunca foi tão liberal como agora. Há um Governo que se vai afundando lentamente para chegar ao pior resultado do PS nos últimos 20 anos - porque é isso que vai acontecer nas eleições - para entregar o poder a uma direita que o utilizou durante este tempo. Algumas das causas do BE - a despenalização do aborto, o casamento entre pessoas do mesmo sexo - acabaram por ser concretizadas pelos Governos PS. Neste sentido, a moção não é um contra-senso?Porquê? Não vejo qualquer ligação. Houve uma maioria, que não foi apenas do Bloco, do PCP, do PS, de imensos deputados do PSD, no casamento gay, por exemplo. Agora esta moção de censura tem que ver com a maior fractura na sociedade: o desemprego e a precariedade. O PCP anunciou apoio à moção num texto onde se lê que a censura deve ser a da mobilização dos trabalhadores nas ruas. Como é que leu essa posição?
REFERÊNCIAS:
Partidos PS PSD PCP BE
Portugueses já podem proceder à alteração de sexo e de nome próprio no registo civil
Os portugueses maiores de idade, sem anomalia psíquica e com diagnóstico de perturbação de identidade de género, já podem proceder à mudança de sexo e de nome próprio no registo civil, segundo uma portaria publicada hoje em Diário da República. (...)

Portugueses já podem proceder à alteração de sexo e de nome próprio no registo civil
MINORIA(S): Homossexuais Pontuação: 6 | Sentimento 0.25
DATA: 2011-03-15 | Jornal Público
SUMÁRIO: Os portugueses maiores de idade, sem anomalia psíquica e com diagnóstico de perturbação de identidade de género, já podem proceder à mudança de sexo e de nome próprio no registo civil, segundo uma portaria publicada hoje em Diário da República.
TEXTO: De acordo com a lei nº 7/2011 da Assembleia da República, publicada hoje, têm legitimidade para requerer esta mudança as pessoas de nacionalidade portuguesa, maiores de idade e que não se mostrem interditas ou inabilitadas por anomalia psíquica, a quem seja diagnosticada perturbação de identidade de género. Este pedido de alteração pode ser apresentado em qualquer conservatória do registo civil, adianta o diploma que entra em vigor na segunda-feira. Para isso, o pretendente tem de apresentar um requerimento de alteração de sexo com indicação do número de identificação civil e do nome próprio pelo qual pretende vir a ser identificado, podendo, desde logo, ser solicitada a realização de novo assento de nascimento. Tem de ser igualmente apresentando um relatório que comprove o diagnóstico de perturbação e identidade de género, também designada como transexualidade, elaborado por equipa clínica multidisciplinar de sexologia clínica em estabelecimento de saúde público ou privado, nacional ou estrangeiro. A 1 de Março, o Presidente da República promulgou “por imperativo constitucional” o diploma que simplifica o procedimento de mudança de sexo e de nome próprio no registo civil, reiterando que o regime aprovado “padece de graves deficiências de natureza técnico-jurídica”. “O diploma foi objecto de promulgação, por imperativo constitucional, após a confirmação do voto pela Assembleia da República, por maioria absoluta dos deputados em efectividade de funções”, explicou na altura, em comunicado, a Presidência da República. Depois do veto presidencial a 6 de Janeiro, o diploma foi reconfirmado pela Assembleia da República a 17 de Fevereiro - novamente com os votos favoráveis da esquerda parlamentar, de sete deputados da bancada do PSD e a abstenção de outros dez parlamentares sociais-democratas - e promulgado a 1 de Março por Cavaco Silva.
REFERÊNCIAS:
Partidos PSD
Instituto do Sangue vai substituir os actuais cartões do Dador
O Instituto Português do Sangue admite que o Cartão de Dador não é fiável e, por isso, a partir de Julho serão emitidos novos cartões. Um dos problemas está na dificuldade de leitura do actual cartão, que faz com que alguns centros de saúde cobrem taxas moderadoras aos dadores de sangue. (...)

Instituto do Sangue vai substituir os actuais cartões do Dador
MINORIA(S): Homossexuais Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-05-24 | Jornal Público
SUMÁRIO: O Instituto Português do Sangue admite que o Cartão de Dador não é fiável e, por isso, a partir de Julho serão emitidos novos cartões. Um dos problemas está na dificuldade de leitura do actual cartão, que faz com que alguns centros de saúde cobrem taxas moderadoras aos dadores de sangue.
TEXTO: “Havia queixas de muitos dadores que tinham direito à isenção e isso não lhe era reconhecido no centro de saúde”, afirmou o presidente do Instituto Português do Sangue, à TSF. Álvaro Beleza reconheceu, ainda, a existência de alguns “abusos”. As pessoas que doarem sangue pelo menos duas vezes por ano têm direito à isenção das taxas moderadoras. No entanto, os problemas na leitura do cartão de dador estão a colocar em causa a aplicação deste benefício. O Instituto Português do Sangue decidiu, por isso, passar uma declaração temporária até que o novo cartão seja emitido. A troca do cartão será gradual, mas o Instituto Português do Sangue espera ter 300 mil novos cartões de dador até ao fim do ano. Álvaro Beleza adiantou que o investimento vai rondar os 70 mil euros. Já no que diz respeito ao caso dos dadores homossexuais, garantiu que a lei portuguesa não os proíbe de dar sangue, mas admitiu que possa haver médicos a fazerem essa discriminação. Mais do que a orientação sexual do dador, o presidente do Instituto Português do Sangue está preocupado com o número de parceiros sexuais. Álvaro Beleza, citado pela mesma rádio, defende que qualquer dador com mais de um parceiro por ano deve ser excluído.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave lei sexual discriminação
Declaração bem recebida por partidos e associações
A decisão do Tribunal Constitucional (TC) foi recebida positivamente. O novo líder do PSD, Pedro Passos Coelho, declarou ao PÚBLICO que já era esperada esta solução. "Apesar de essa não ter sido a solução legislativa que eu defendo - eu reconheço-me na proposta do PSD, que, aliás, defendi há dois anos -, não é surpresa para mim que o TC não tenha declarado inconstitucional esta solução", declarou. (...)

Declaração bem recebida por partidos e associações
MINORIA(S): Homossexuais Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-04-09 | Jornal Público
SUMÁRIO: A decisão do Tribunal Constitucional (TC) foi recebida positivamente. O novo líder do PSD, Pedro Passos Coelho, declarou ao PÚBLICO que já era esperada esta solução. "Apesar de essa não ter sido a solução legislativa que eu defendo - eu reconheço-me na proposta do PSD, que, aliás, defendi há dois anos -, não é surpresa para mim que o TC não tenha declarado inconstitucional esta solução", declarou.
TEXTO: Refira-se que Pedro Passos Coelho tem uma posição aberta em relação à solução de adopção do casamento entre pessoas do mesmo sexo, que expressou já há dois anos quando se candidatou pela primeira vez à liderança do partido. Já o ministro dos Assuntos Parlamentares, Jorge Lacão, considerou que, depois de ouvir a decisão dos juízes-conselheiros, sentiu que "não só o Governo fez o que devia", como ficou convencido de que se está perante "mais um passo de civilização na sociedade portuguesa". Quanto ao reconhecimento do direito à adopção aos casais homossexuais, Lacão afirmou que, "no futuro, todos os debates em torno da adopção poderão vir a ter lugar, mas não é certamente esta a ocasião para alterar a posição que nesta matéria desde o início tomámos". Em nome do PS, Sérgio Sousa Pinto manifestou o desejo de que o Presidente possa promulgar o diploma "com a brevidade possível para que esta importante evolução legislativa entre tão depressa quanto possível no nosso ordenamento" jurídico. Um desejo manifestado por toda a esquerda parlamentar. O BE, através da deputada Catarina Martins, afirmou tratar-se de "um passo importante no caminho da igualdade", enquanto João Oliveira, do PCP, e Heloísa Apolónia, dos Verdes, consideraram que "há todas as condições" para que o Presidente da República promulgue a lei rapidamente de modo a garantir um direito que a Assembleia da República quis assegurar". Só o CDS-PP não manifestou qualquer reacção até à hora de fecho desta edição. Em nome da Ilga-Portugal, associação de defesa dos direitos LGBT, Paulo Corte-Real afirmou ao PÚBLICO: "Congratulamo-nos com a decisão do TC, que foi claríssima e que vem na sequência da decisão anterior. Esperamos que seja uma realidade em breve e que haja igualdade no casamento em Portugal. "
REFERÊNCIAS:
O sangue que foi dádiva
No filme Crepúsculo, Bella Swan acorda de um angustiado transe e diz: "De três coisas eu estava convicta. Primeira, Edward era um vampiro. Segunda, havia uma parte dele - e eu não sabia que poder esta parte teria - que tinha sede do meu sangue. E, terceira, eu estava incondicional e irrevogavelmente apaixonada por ele." (...)

O sangue que foi dádiva
MINORIA(S): Homossexuais Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-06-21 | Jornal Público
SUMÁRIO: No filme Crepúsculo, Bella Swan acorda de um angustiado transe e diz: "De três coisas eu estava convicta. Primeira, Edward era um vampiro. Segunda, havia uma parte dele - e eu não sabia que poder esta parte teria - que tinha sede do meu sangue. E, terceira, eu estava incondicional e irrevogavelmente apaixonada por ele."
TEXTO: No erotismo adolescente do filme, o sangue tem duplo significado de perigo e desejo. Na cultura popular portuguesa, sangue é também vitalidade e virilidade. Desde 1991, dar sangue em Portugal é um feito "atlético". Com 20 doações, o dador tem direito a medalha cobreada, e com 60 leva o ouro. Face a estes e semelhantes apelos, não surpreende que o perfil do dador português seja homem entre os 30 e os 50 anos, e que ainda sejam controversas as propostas para acabar com a exclusão de dadores homossexuais e bissexuais. Em contraste com outros países europeus, Portugal é auto-suficiente na provisão de sangue. O Instituto Português do Sangue tem conseguido aumentos nas recolhas, entre 2004 e 2008, um acréscimo de quase 40% em dádivas e dadores. Mas, no último trimestre de 2009, deu-se um aumento dos consumos médios de sangue, mais 200 unidades por dia. Em Fevereiro deste ano, quando a greve de enfermeiros suspendeu brevemente as recolhas de sangue nos hospitais, foi preciso recorrer a reservas e lançar (com sucesso) um apelo nos média. Na ficção, como na campanha médica, o sangue é sobretudo dádiva: Bella tem que consentir a dentadinha, os dadores portugueses são voluntários e não remunerados. Para muitos economistas, este altruísmo é uma ideia suspeita. Afinal, o sangue tem valor comercial no mercado internacional. Afinal, o sangue tanto é uma dádiva entre indivíduos como um produto da tecnologia médica, que o separa em vários componentes para diversos usos. O Instituto Português do Sangue, quando monitora as necessidades dos hospitais, implementa um comum sistema de gestão de stocks. Os números na folha de cálculo tanto podiam ser unidades de plasma como laranjas. O sangue não tem nada de especial. Nos EUA, durante décadas, a convenção ditava que o sangue era um bem comercial. As doações eram remuneradas e havia lojas para recolha, e muitas vezes era o sangue de excluídos sociais, desempregados e indigentes. Em Portugal, semelhante regime soaria a vampírico, e sem o romantismo do filme adolescente. Nós cremos na superioridade da dádiva, e na superioridade de quem oferece sem recompensa. É por isso que nos surpreende que a propagação por transfusão do vírus VIH tenha sido mais extensa em regimes de dádiva do que em regimes de recolha comercial de sangue. Isto porque era tido como moralmente errado questionar os generosos e altruístas doadores. Tudo isto mudou na última década. O sangue doado é hoje rigorosamente testado, como um produto. Por iniciativa coordenada na União Europeia, o regime de dádiva permanece connosco, mas, depois dos escândalos do passado, tem agora a versão comercial como modelo de gestão. A experiência de outros países sugere que mais e melhores campanhas para recolha de dádivas podem não ser suficientes para o aumento de intervenções cirúrgicas, resultante do maior poder de compra e do envelhecimento das populações. A curiosa condição do actual regime é que para continuar depende pouco dos bons motivos dos doadores, ou do amor de Bella por Edward, ou do espírito atlético dos portugueses. O futuro do regime de dádiva só será mantido com melhorias na indústria do sangue: melhores métodos de separação de componentes e de teste, e cirurgias mais económicas em transfusão. O sangue perdeu a sua metafísica. professor na Amesterdam School of Economics da Universidade de Amesterdão
REFERÊNCIAS:
Entidades EUA
Panteras Rosa diz que Governo propõe "casamento de segunda"
A associação Panteras Rosa considerou hoje que o Governo propõe "um casamento de segunda com a marca explícita da discriminação e do preconceito" e lançou um apelo à mobilização contra a proposta. (...)

Panteras Rosa diz que Governo propõe "casamento de segunda"
MINORIA(S): Homossexuais Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2009-12-17 | Jornal Público
SUMÁRIO: A associação Panteras Rosa considerou hoje que o Governo propõe "um casamento de segunda com a marca explícita da discriminação e do preconceito" e lançou um apelo à mobilização contra a proposta.
TEXTO: As Panteras Rosa criticam a proposta do Governo que permite o casamento entre pessoas do mesmo sexo por introduzir uma norma "discriminatória" ao não possibilitar a adopção por casais homossexuais. "Alegando que não tem mandato eleitoral para remover todas as discriminações, o Engenheiro Sócrates esquece que também não tem esse mandato para introduzir na lei o princípio discriminatório sobre a adopção e que essa é a vitória fundamental que entrega à direita e ao conservadorismo", sustentam as Panteras Rosa - Frente de Combate à LesBiGayTransfobia. A associação sublinha que "sob o pretexto de acabar com uma discriminação" vai aprofundar-se uma "outra bem mais perigosa", a "ideia de que gays e lésbicas não são pessoas capazes de cuidar e educar crianças". Para as Panteras Rosa, "a cobardia anunciada" pelo PS vai criar "situações absurdas", em que um gay ou uma lésbica poderão adoptar desde que o façam a título individual e vivam em celibato, uma vez que as leis que regulam a adopção não consideram relevante a orientação sexual dos candidatos. Apelando à mobilização contra o projecto hoje aprovado em Conselho de Ministros, a associação defende que se "acabe de vez com a discriminação no acesso ao casamento para pessoas do mesmo sexo", mas que esse dia não seja também aquele em que a Assembleia da República "consagra na lei a ideia de que gays e lésbicas são nocivos para as crianças". O Governo aprovou hoje alterações ao Código Civil que permitem o casamento entre pessoas do mesmo sexo, mas que excluem "clara e explicitamente" a possibilidade das mesmas se reflectirem em matéria de adopção.
REFERÊNCIAS:
Partidos PS