Artista russo procura asilo depois de ter pintado Putin e Medvedev em lingerie
Pintura foi apreendida pela polícia que a considerou "extremista". Konstantin Altunin procura asilo em França. (...)

Artista russo procura asilo depois de ter pintado Putin e Medvedev em lingerie
MINORIA(S): Homossexuais Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2013-08-29 | Jornal Público
SUMÁRIO: Pintura foi apreendida pela polícia que a considerou "extremista". Konstantin Altunin procura asilo em França.
TEXTO: Konstantin Altunin, autor de Travesti, a polémica pintura em que o presidente russo Vladimir Putin e o primeiro-ministro Dmitri Medvedev aparecem em lingerie , fugiu da Rússia e procura agora asilo. A notícia foi dada esta quarta-feira por Aleksandr Donskoi, proprietário do Museu do Poder, onde foi exibida a obra, que entretanto foi apreendida pela polícia. Estes acontecimentos surgem da controversa lei de Putin contra os homossexuais, que tem despoletado as mais variadas reacções de todas as áreas, dentro e fora da Rússia. Alguns dos episódios mais recentes aconteceram nos mundiais de atletismo, onde por exemplo duas atletas russas se beijaram no pódio. Travesti, onde Putin aparece a pentear o cabelo de Medvedev, gerou desde logo polémica, levando as autoridades russas a apreender o quadro na segunda-feira, assim como outras três obras satíricas também de Konstantin Altunin. As autoridades classificaram estas obras de arte como “extremistas” mas não explicaram que leis terão sido violadas para desencadear esta acção. O The Guardian lembra que há uma lei russa que proíbe que figuras do Estado sejam insultadas e outra que proíbe a “propaganda homossexual”. Aleksandr Donskoi, que se viu obrigado a encerrar o Museu do Povo na segunda-feira durante a visita das autoridades, disse ao jornal russo Komsomolskaya Pravda, citado pelo Art Newspaper, que o artista russo viajou para a Dinamarca com o objectivo de pedir asilo em França, onde segundo o The Guardian o artista já estará. “Ele tem medo de ser preso e por isso não quer regressar”, explicou Donskoi, que acusa Vitaly Milonov, um legislador de São Petersburgo, onde fica o museu, de estar à frente de tudo isto. Milonov é conhecido pelo seu activismo anti-gay e por promover os valores tradicionais da Rússia ortodoxa, além de que, segundo Donskoi, terá visitado o museu e considerado as pinturas “flagrantemente ofensivas”, tendo depois apresentado queixa à polícia.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave lei medo homossexual gay
Para renovar a Igreja Católica é preciso regressar aos seus “princípios fundacionais”
Recém-nomeado secretário de Estado do Vaticano não fecha a discussão sobre questões como o celibato. (...)

Para renovar a Igreja Católica é preciso regressar aos seus “princípios fundacionais”
MINORIA(S): Homossexuais Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2013-09-14 | Jornal Público
SUMÁRIO: Recém-nomeado secretário de Estado do Vaticano não fecha a discussão sobre questões como o celibato.
TEXTO: O novo chefe do Governo do Vaticano, Pietro Parolin, considera que para renovar a Igreja Católica é necessário regressar aos seus “princípios fundacionais”, mas sem esquecer que se trata de uma instituição com dois mil anos de história. O Papa Francisco pode dar sinais de revolução na Igreja Católica, mas Parolin sublinha que o objectivo do seu Pontificado não é mudar tudo. “A Igreja tem uma Constituição, uma estrutura, conteúdos que são os da fé e que ninguém pode mudar”. Naquela que é a sua primeira grande entrevista desde que no passado dia 31 foi anunciado sucessor do cardeal Tarcisio Bertone – só entra em funções a 15 de Outubro –, Parolin, de 58 anos, fala abertamente de algumas das questões mais sensíveis para Igreja. Ao jornal venezuelano El Universal, o novo secretário de Estado do Vaticano confessa que ainda não sabe que critérios seguiu o Papa para o nomear para o cargo, mas acredita que terá considerado que seria, “mais ou menos, a pessoa com capacidade para o ajudar na obra de renovação que quer fazer na Igreja Católica”. Conhecido por defender ideias reformadoras na Igreja, Parolin não quer afirmar que terá sido por isso que vai ser o “número 2” do Vaticano. “Posso dizer que sinto muita afinidade com a sua maneira [do Papa] de entender a Igreja e sobretudo com o seu estilo simples e de proximidade com as pessoas”, confessa. O Papa Francisco tem assumido posições consideradas revolucionárias numa Igreja Católica acusada de resistir à mudança. Parolin assume que a “Igreja é um organismo completo e que no seu interior há resistência”, mas sublinha que as mudanças “não podem pôr em perigo a essência da Igreja”. "A Igreja nunca poderá mudar-se ao ponto de adaptar-se completamente ao mundo. Se o fizer, vai perder-se nele e não cumprirá a sua missão de ser sal e luz para todos”. O El Universal questionou o secretário de Estado sobre se isso significava que planear as reformas da Igreja implicaria “um regresso ao cristianismo primitivo” e Parolin respondeu afirmativamente. Mas “não se trata apenas de regressar ao passado”, continuou, mas de “voltar aos princípios fundacionais da Igreja”. O chefe de Governo do Vaticano diz que apesar das posições revolucionárias que o Papa possa ter, não é esperado que “revolucione tudo”. “Espera-se que ajude a Igreja a ser a Igreja de Jesus e que cumpra a sua função”. Celibato aberto a discussãoParolin afirma na mesma entrevista que há “dogmas definidos e intocáveis” na Igreja e que dificilmente serão alvo de mudanças. Questionado sobre se o celibato é um deles, responde que não “é um dogma da Igreja” e que “pode ser discutido porque é uma tradição eclesiástica”. “Não se pode dizer, simplesmente, que pertence ao passado. É um grande desafio para o Papa porque ele tem o ministério de unidade e todas essas decisões devem ser assumidas como uma forma de unir a Igreja, e não dividi-la. Então pode falar-se, reflectir e aprofundar sobre estas questões que não são de fé definida e pensar em algumas modificações, mas sempre ao serviço da unidade e tudo segundo a vontade de Deus. Não é o que eu quero mas o ser fiel ao que Deus quer para a sua Igreja”. Segundo Parolin, na hora de tomar decisões é preciso ter presentes os critérios de Deus, bem como “abertura aos sinais dos tempos”. Sobre o facto de o Papa ter afirmado "Se uma pessoa é gay e procura o Senhor, quem sou eu para a criticar?", quando regressava a Roma após a sua visita ao Brasil em Julho, o secretário de Estado explica que Francisco quis “dizer que a doutrina da Igreja é muito clara sobre este ponto moral”. "Jesus aceita-nos tal como somos", mas “também nos pede para crescermos e que nos adequemos à imagem que tem de nós”. “A conduta de cada um julga-a apenas Deus e é isso que o Papa quis dizer”, continuou. Parolin reforça que sempre afirmou que a Igreja “não é nenhuma democracia”. “Mas é bom, nestes tempos, que haja um espírito mais democrático no sentido de escutar atentamente e creio que o Papa o indicou como um objectivo do seu pontificado”.
REFERÊNCIAS:
Religiões Cristianismo
Apoio a pedofilia nos anos 1980 é novo revés para os Verdes alemães
O partido parou de defender esta posição em 1990. “Foi demasiado tempo”, disse agora um dos seus líderes, Jürgen Trittin. (...)

Apoio a pedofilia nos anos 1980 é novo revés para os Verdes alemães
MINORIA(S): Homossexuais Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2013-09-17 | Jornal Público
SUMÁRIO: O partido parou de defender esta posição em 1990. “Foi demasiado tempo”, disse agora um dos seus líderes, Jürgen Trittin.
TEXTO: À entrada de uma estação de metro de Berlim, Luise, 24 anos, está a fazer campanha pelos Verdes. Distribui jornais-panfleto de campanha, sempre atenciosa perante as recusas – e perante o ocasional comentário ao caso que está a marcar a campanha: a admissão de culpa de um dos seus líderes, Jürgen Trittin, por uma secção de um panfleto de 1981 que defendia a descriminalização da pedofilia em casos em que não houvesse violência ou ameaça de força. Trittin, co-líder do partido, responsável pela bancada parlamentar dos Verdes e antigo ministro do Ambiente, declarou-se arrependido da acção na altura em que era um activista de base e não impediu a inclusão da sugestão, feita por um outro grupo de activistas dos Verdes. “A responsabilidade foi minha e é um erro que lamento”, admitiu numa conferência de imprensa, na segunda-feira. O responsável justificou-se com a grande luta contra a descriminação de gays e lésbicas que se travava na altura – “é difícil imaginar-se hoje” o grau de descriminação, disse (o código criminal apenas deixou de considerar a homossexualidade ilegal em 1994). “O ímpeto ultrapassou o objectivo, porque havia uma ficção de que, para além da violência e do abuso da relação de confiança, poderia haver relações sexuais entre adultos e crianças”. O partido parou de defender esta posição em 1990. “Foi demasiado tempo”, disse agora Trittin. A revelação ocorreu através de uma investigação ordenada pelos próprios Verdes, mas a notícia foi publicada num péssimo timing para o partido, que tem vindo a cair nas sondagens, estando mesmo no último inquérito com apenas 9%, atrás do resultado de 2009, e em quarto lugar nos mais votados, após o partido Die Linke (A Esquerda). O partido teve em 2011 um pico de popularidade, com valores que chegaram aos 28% após o acidente nuclear de Fukushima, no Japão – os Verdes sempre defenderam o fim do nuclear na Alemanha. Mas por outro lado a chanceler, Angela Merkel, ultrapassou-os declarando o fim faseado do nuclear no país. Os Verdes começaram a voltar para os níveis anteriores, mas nesta campanha têm descido ainda mais. O partido tinha já causado polémica ao propor um dia só com vegetais nas cantinas dos edifícios de serviços públicos. À entrada do metro, Luise mantém o entusiasmo na adversidade: Merkel não vai fazer a mudança energética como devia ser feita, os Verdes estudam a questão há décadas, têm mais credibilidade na questão do que a CDU, têm também atenção a temas sociais e defendem por exemplo o salário mínimo, enumera. Mas de quem entra e sai do metro, Luise raras vezes arranca um apressado sorriso, ou consegue que alguém leve mesmo o jornal de campanha dos Verdes.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave violência abuso salário ilegal
A festa de despedida de Breaking Bad aconteceu uma semana antes nos Emmys
A série venceu pela primeira vez o prémio de melhor drama numa cerimónia que premiou Uma Família Muito Moderna, Stephen Colbert, Jeff Daniels, David Fincher e Steven Soderbergh. (...)

A festa de despedida de Breaking Bad aconteceu uma semana antes nos Emmys
MINORIA(S): Homossexuais Pontuação: 6 | Sentimento -0.34
DATA: 2013-09-23 | Jornal Público
SUMÁRIO: A série venceu pela primeira vez o prémio de melhor drama numa cerimónia que premiou Uma Família Muito Moderna, Stephen Colbert, Jeff Daniels, David Fincher e Steven Soderbergh.
TEXTO: Uma semana antes de se despedir para sempre, Breaking Bad (Ruptura Total), a série sobre um professor de liceu tornado fabricante de metanfetaminas recebeu domingo à noite em Los Angeles o seu primeiro Emmy de melhor série dramática. Se alguns prémios foram episódios repetidos, como mais uma vitória na comédia para Uma Família Moderna, para Jim Parsons (melhor actor), Julia Louis-Dreyfuss (melhor actriz) ou, no drama, para Claire Danes, a noite teve surpresas q. b. : Stephen Colbert venceu Jon Stewart, Jeff Daniels bateu Bryan Cranston e a própria vitória de Breaking Bad foi uma surpresa. O pequeno canal por subscrição norte-americano AMC e a equipa de Breaking Bad (exibida em Portugal no Mov e na SIC Radical) foram os grandes homenageados na noite dos 65. ºs Emmys pelo facto de, cinco anos depois da sua estreia e de tantos elogios da crítica e do público (detém o recorde Guinness de série mais bem cotada de sempre pela classificação de 99 em 100 no agregador de críticas profissionais e de espectadores Metacritic), ter finalmente sido reconhecida pela Academia de Artes e Ciências Televisivas. Com o último episódio a ir para o ar no próximo domingo nos EUA, Breaking Bad não teve o habitual Emmy de melhor actor que Bryan Cranston recebera três vezes antes – perdeu-o para Jeff Daniels pelo seu papel como pivot televisivo na série de Aaron Sorkin The Newsroom (série da HBO, em Portugal exibida no canal TV Séries), para grande surpresa da sala, que deixou escapar uns “O quê?!”. Mas teve o prémio maior, que o criador e showrunner da série, Vince Gilligan, pôs em contexto: “A televisão mudou muito em seis anos”, disse nos bastidores à Variety, defendendo que “uma grande parte do que mudou é o streaming de vídeo on demand, particularmente com operações como as do Netflix, iTunes e Amazon Prime. Acho que o Netflix nos manteve no ar” – as temporadas anteriores de Breaking Bad estão disponíveis no serviço e este ano foram das mais requisitadas por quem queria pôr-se a par da série que ia terminar. “É uma nova era na televisão e tivemos muita sorte em colher os proveitos disso”. O serviço de streaming on demand Netflix foi um dos grandes protagonistas mudos da 65. ª cerimónia dos “Óscares da televisão”, muito pelo facto de a sua série House of Cards, uma visão mordaz dos jogos de poder e de vingança na Casa Branca protagonizada por Kevin Spacey, ter feito história ao ser nomeada na categoria de melhor série dramática quando nasceu na Internet e não passou na televisão norte-americana - noutros países sem acesso ao Netflix, a série chegou aos ecrãs convencionais de televisão, como foi o caso de Portugal, via TV Séries. O Netflix lançou-se na produção de programação original no formato televisivo mas sem a plataforma “televisor” e foi reconhecido por isso - e o silêncio depois de não ter sido considerado a melhor série quebrou-se com um Emmy de melhor realização de uma série dramática para David Fincher. Televisão e telemóveisEm palco, Gilligan dissera já estar surpreendido porque “pensava que [o vencedor] ia ser House of Cards, ou podia ter sido Homeland (Segurança Nacional, exibida na Fox), Mad Men (canais Fox), Guerra dos Tronos (em Portugal, no SyFy) ou Downton Abbey (Fox Life)”. Voltou a falar numa “era dourada da televisão” que se continua a viver nos EUA e que o mundo continua a consumir. Claire Danes (segundo Emmy consecutivo pela segunda temporada de Homeland) continuou também a ser premiada pelo papel da agente da CIA Carrie Mathison, deixando para trás aquela que parecia ser a sua maior concorrente, Kerry Washington (Scandal, que passa na Fox). Julia Louis-Dreyfuss repetiu o Emmy de melhor actriz de comédia pelo seu papel de vice-presidente dos EUA em Veep e Jim Parsons fez o hat trick com a terceira estatueta alada pelo papel do físico Sheldon Cooper em A Teoria do Big Bang (AXN White). A vitória de Uma Família Muito Moderna (Fox Life) na comédia equipara-a agora a títulos históricos da área como Cheers, aquele bar, Uma Família às Direitas ou The Dick Van Dyke Show com quatro Emmys. Esta família bateu Veep, Girls, Rockefeller 30, Louie e A Teoria do Big Bang. Nem tudo foi repetição: o Daily Show de Jon Stewart viu dez anos de hegemonia na categoria de série de variedade quebrar-se às mãos do seu congénere Colbert Report (ambos passam na SIC Radical). Um outro produto que simbolizou mudança, Behind the Candelabra, o biopic sobre Liberace que em Portugal se estreou já nas salas de cinema mas que era “demasiado gay” para o cinema nos EUA e foi parar à HBO, foi premiado três vezes: Steven Soderbergh foi considerado o melhor realizador de uma mini-série ou telefilme, Michael Douglas o melhor actor e Behind the Candelabra foi considerado o melhor na sua categoria. Não por acaso, na cerimónia que só premiou House of Cards numa categoria mas que celebrou a série como um marco histórico na forma como a indústria está a reagir às alterações no consumo de televisão, o anfitrião da noite, Neil Patrick Harris lembrou que tudo está a mudar: explicou aos jovens telespectadores que televisão “é aquilo que vêem nos vossos telemóveis”. A lista completa de vencedores pode ser consultada aqui.
REFERÊNCIAS:
Entidades EUA
Ben Johnson voltou ao local da “corrida mais suja da história”
Há 25 anos, canadiano ganhou final olímpica dos 100m. Estava dopado e foi desqualificado. Agora faz campanha anti-doping. (...)

Ben Johnson voltou ao local da “corrida mais suja da história”
MINORIA(S): Homossexuais Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2013-09-24 | Jornal Público
SUMÁRIO: Há 25 anos, canadiano ganhou final olímpica dos 100m. Estava dopado e foi desqualificado. Agora faz campanha anti-doping.
TEXTO: Foi um marco na história dos Jogos Olímpicos e do atletismo. A 24 de Setembro de 1988, Ben Johnson ganhou a final olímpica dos 100 metros em Seul, Coreia do Sul. Só que três dias depois foi-lhe retirada a medalha de ouro, após um teste anti-doping positivo. O canadiano ficou para a história como o grande batoteiro, mas o tempo viria a mostrar que ele não era o único dopado naquela que ficou conhecida como “a corrida mais suja da história”. “Fui crucificado e 25 anos mais tarde ainda estou em penitência”, disse Ben Johnson nesta terça-feira, dia em que voltou pela primeira vez à pista do estádio olímpico onde caiu em desgraça. “Aqui escreveu-se história”, declarou o canadiano, citado pela AFP. “Alguns dirão que é uma má história, mas não é essa a minha visão das coisas”, acrescentou o antigo atleta, que agora, aos 51 anos, participa numa campanha anti-doping. Naquele 24 de Setembro de 1988, às 13h30, Ben Johnson saiu disparado na pista seis e ganhou a corrida em 9, 79 segundos. Era um novo recorde do mundo. O canadiano ergueu o braço, num gesto que se tornou icónico. Primeiro, como símbolo de um novo recordista. Depois, como a imagem do primeiro grande batoteiro na era dos directos televisivos. “Sei que agi mal. As regras são regras. Mas devem ser iguais para todos”, lamenta o canadiano, que durante muitos anos foi o bode expiatório do mais mediático caso de doping no atletismo, o primeiro da era dos Jogos Olímpicos transmitidos em directo. O canadiano nascido na Jamaica negou inicialmente ter-se dopado. “Nunca tomei substâncias ilegais”, disse em conferência de imprensa, numa altura em que a imprensa canadiana já o tinha despromovido de herói a vilão – “Muito obrigado, sacana”, foi um dos célebres títulos do Ottawa Citizen. Ben Johnson acabaria por admitir, em 1989, que tinha tomado esteróides, embora insistisse (e insiste) que o estanozolol que lhe foi detectado na final de Seul 1998 foi tomado inadvertidamente, numa bebida. Johnson seria banido do desporto em 1993, depois de mais um caso de doping. Mas quase todos os outros protagonistas daquela final de 1988 veriam as suas carreiras manchadas pelo uso de substâncias dopantes. Até Carl Lewis. O americano ficou com a medalha de ouro em Seul e apresentou-se como o bom atleta, o oposto do vilão Johnson. “Nos velhos Westerns, havia sempre um tipo com um chapéu branco e outro com chapéu preto”, disse Lewis anos mais tarde. “Eu senti-me como o tipo limpo, de chapéu branco, que tenta derrotar o tipo malvado. ”Só que a história de Carl Lewis como lenda impoluta do desporto também tinha pés de barro. Em 2003, soube-se que o americano também chumbou num teste anti-doping, nos campeonatos de qualificação para Seul 1998, tendo o resultado sido abafado pela federação dos EUA. Seis dos oito finalistas envolvidos em dopingDos oito atletas que correram a final, seis acabaram por ser envolvidos em casos de doping. Além de Johnson e Lewis, o britânico Lindford Christie (que ficou com a medalha de prata) chumbou num teste antidopagem logo após a prova (foi-lhe detectada efedrina), mas o castigo foi anulado, porque o britânico alegou que tinha tomado a substância sem querer, quando bebeu um chá. Em 1999, no entanto, seria suspenso por uso de esteróides. O americano Dennis Mitchell (5. º classificado na final olímpica de Seul), foi suspenso em 1998. O canadiano Desai Williams (7. º) nunca falhou um teste anti-doping, mas mais tarde admitiu o recurso a substâncias dopantes. E o jamaicano Ray Stewart (8. º) foi banido em 2010, por oferecer substâncias proibidas aos atletas que treinava. Restaram o americano Calvin Smith (medalha de bronze) e o brasileiro Robson Silva (sexto classificado), que nunca (até hoje) foram envolvidos em casos de dopagem. Aliás, se as regras tivessem sido cumpridas à risca, o campeão olímpico em 1988 teria sido Calvin Smith. “Eu deveria ter ficado com a medalha de ouro”, diz Smith, citado pela Reuters. “Ao longo dos últimos cinco ou dez anos da minha carreira, sempre soube que me estava a ser negada a oportunidade de mostrar que era o melhor corredor limpo”, acrescenta o americano, hoje com 52 anos. “Sabia que estava a competir contra atletas dopados. ”A era dourada do dopingO final dos anos 1980 foi uma das épocas douradas do doping. Muitos treinadores aplicavam métodos que tinham aprendido na antiga República Democrática da Alemanha. Era o caso de Charlie Francis, o treinador de Ben Johnson. “Os esteróides não podem substituir o talento, o treino ou um programa competitivo bem planeado”, diz. “Não podem transformar um burro num campeão. Mas tornaram-se um ingrediente essencial numa receita complexa. ”E a história deu (e dá) razão a Francis. Ainda hoje permanecem intocáveis os recordes da americana Florence Griffith-Joyner nos 100m (10, 49s) e nos 200m (21, 34s). A americana, que morreu aos 38 anos, sempre esteve sob suspeita. Em Seul 1988, quando o seu corpo e voz mudaram (ambos sinais de uso de esteróides), um jornalista brincou: “[A voz dela] parece a do Louis Armstrong”. Florence Griffith-Joyner nunca foi apanhada. Retirou-se em 1989, quando a Federação Internacional de Atletismo intensificou os controlos. Mas nas décadas seguintes muitos ídolos foram caindo. A também velocista Marion Jones acabaria por ser a figura do escândalo Balco, o laboratório que preparava substâncias dopantes para vários atletas. O americano Justin Gatlin (campeão olímpico em Atenas 2004), o britânico Dwain Chambers e, já este ano, o jamaicano Asafa Powell, a jamaicana Veronica Campbell-Brown e o americano Tyson Gay (o segundo melhor da história nos 100m) chumbaram em testes anti-doping. “Os atletas estão a dar positivo em testes anti-doping semana após semana, cometendo os mesmos erros que eu cometi. A percepção dos atletas tem de mudar. O sistema tem de mudar”, disse recentemente Ben Johnson, que continua a acreditar que poderia ter vencido em Seul sem doping. Só que a realidade do desporto está longe de se ver livre das substâncias dopantes. O próprio Johnson o reconheceu nesta terça-feira, quando voltou à pista que o tornou um ícone do desporto pela negativa. “Os testes melhoraram e são mais fiáveis. Mas as substâncias dopantes também progrediram. ”
REFERÊNCIAS:
Ataque a diplomata holandês na Rússia aumenta tensão entre os dois países
O espancamento do chefe da embaixada holandesa em Moscovo é apenas mais um incidente entre os dois países, num ano em que se comemoram os 400 anos das relações diplomáticas entre a Holanda e a Rússia. (...)

Ataque a diplomata holandês na Rússia aumenta tensão entre os dois países
MINORIA(S): Homossexuais Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2013-10-17 | Jornal Público
SUMÁRIO: O espancamento do chefe da embaixada holandesa em Moscovo é apenas mais um incidente entre os dois países, num ano em que se comemoram os 400 anos das relações diplomáticas entre a Holanda e a Rússia.
TEXTO: Aquele que devia ser um ano de fortalecimento dos laços entre a Holanda e a Rússia está a revelar-se um ano “desastroso”. É assim que o deputado holandês Sjoerd Sjoerdsma descreve a sucessão de acontecimentos que têm esfriado as relações entre os dois países nos últimos meses. Na noite de terça-feira, dois homens, vestidos de electricistas, invadiram a casa do chefe da embaixada holandesa em Moscovo, Onno Elderenbosch, e espancaram-no. No espelho da sala da moradia do embaixador, os assaltantes desenharam um coração cor-de-rosa, atravessado por uma seta, em torno da sigla LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgéneros). O embaixador russo em Haia foi chamado de imediato ao Ministério dos Negócios Estrangeiros holandês e o primeiro-ministro, Mark Rutte, classificou o incidente de “muito sério”. O ministro dos Negócios Estrangeiros holandês, Frans Timmermans, falou com o seu congénere russo, Serguei Lavrov, que lamentou aquilo que considerou “crime sério”, de acordo com a BBC. Há uma semana os papéis invertiam-se. Timmermans pedia desculpas na sequência da detenção de um diplomata russo. A polícia forçou a entrada na casa do adido da embaixada russa em Haia Dmitri Borodin e, segundo a versão de Moscovo, terá agredido o diplomata em frente dos filhos de dois e quatro anos. Segundo a BBC, a polícia estaria a responder uma denúncia dos vizinhos de que os filhos do diplomata seriam alvo de maus tratos, acusação que Borodin negou. O Presidente russo, Vladimir Putin, reagiu pessoalmente ao incidente, declarando ser uma “violação grosseira” da Convenção de Viena sobre relações diplomáticas. Problemas no ÁrcticoEm Setembro, um navio da organização ambientalista Greenpeace foi apreendido pelas autoridades russas, nas águas do Árctico. Os activistas tentavam subir a uma plataforma petrolífera da empresa russa Gazprom, como forma de protesto pelos danos ambientais das perfurações naquela área, quando foram detidos e levados Murmansk, onde foram julgados e acusados de pirataria organizada. Seguiu-se uma onda de protestos em várias cidades mundiais, mas apenas um Estado decidiu agir legalmente contra a decisão: a Holanda. O Arctic Sunrise tinha bandeira holandesa, pelo que a Holanda abriu um processo de arbitragem com base na Convenção das Nações Unidas sobre o direito do mar. Timmermans considerou as detenções, que incluíram dois cidadãos holandeses, como “ilegais”. “Quero falar com os meus colegas russos para libertarmos estas pessoas o quanto antes”, disse na altura o ministro holandês. “Não percebo como uma coisa destas pode ter alguma coisa a ver com pirataria, não estou a perceber qual pode ser a base legal para esse tipo de acusação. ”Moscovo, por seu lado, acusou a Holanda de não ter respondido aos seus pedidos. “A Rússia pediu várias vezes à parte holandesa que proibisse as acções do navio, infelizmente não foi o caso”, disse o vice-ministro russo dos Negócios Estrangeiros, Alexei Meshkov. Entretanto, os 28 activistas da Greenpeace continuam detidos e a Justiça russa recusa apelos sucessivos para a libertação sob fiança. Nem Putin escapou ao rol de embaraços entre os dois países. Numa visita a Amesterdão em Abril, o Presidente russo foi apupado por manifestantes que protestavam contra as políticas homofóbicas do seu Governo. O ano “desastroso” das relações russas e holandesas começou logo em Janeiro, com o suicídio do dissidente Alexander Dolmatov, no centro de expulsões do aeroporto de Roterdão. Dolmatov deixou uma carta de despedida, mas o seu advogado sugeriu, na altura, que as autoridades holandesas poderão tê-lo forçado a escrevê-la. A verdadeira razão para o suicídio de Dolmatov terá sido, de acordo com o advogado, a recusa do seu pedido de asilo pela Holanda. No meio de um acidentado ano para os dois países, Guilherme Alexandre e Máxima, os monarcas da Holanda, têm uma visita marcada para Moscovo no início do próximo mês, que já foi alvo de pedidos de cancelamento. Próximo incidente à vista?
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave crime homens suicídio violação lgbt
PSD e CDS travam votação final do projecto sobre co-adopção por casais do mesmo sexo
Diploma foi aprovado na generalidade em Maio e a questão foi analisada por um grupo de trabalho. Mas o processo foi posto em causa pela apresentação de uma proposta de referendo por um grupo de deputados do PSD. (...)

PSD e CDS travam votação final do projecto sobre co-adopção por casais do mesmo sexo
MINORIA(S): Homossexuais Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2013-10-25 | Jornal Público
SUMÁRIO: Diploma foi aprovado na generalidade em Maio e a questão foi analisada por um grupo de trabalho. Mas o processo foi posto em causa pela apresentação de uma proposta de referendo por um grupo de deputados do PSD.
TEXTO: A maioria PSD/CDS-PP chumbou no Parlamento o requerimento de avocação do PS para que se procedesse à discussão e votação na especialidade e final global do projecto sobre co-adopção por casais do mesmo sexo. O sentido de voto da maioria PSD/CDS suscitou depois veementes protestos por parte do PS, PCP e Bloco de Esquerda – forças políticas que alegaram ter havido um “rompimento de compromisso”, já que, ainda na semana passada, na Comissão de Assuntos Constitucionais, se tinha verificado um consenso no sentido de levar o diploma sobre co-adopção a plenário para votação final global. Após a reprovação do requerimento do PS, o líder parlamentar do Bloco de Esquerda, Pedro Filipe Soares, pediu para que ficasse “anexado em acta um protesto contra este processo de deslealdade política”. No mesmo sentido, o presidente do grupo parlamentar do PCP, João Oliveira, anunciou a apresentação de uma declaração de voto da sua bancada “contra o rompimento de um compromisso assumido em Junho”. A deputada socialista Isabel Moreira (co-autora, com Pedro Delgado Alves, do projecto sobre co-adopção por casais do mesmo sexo) fez uma intervenção muito crítica para a maioria PSD/CDS, sobretudo para a JSD, em defesa da avocação para plenário do seu diploma. “Dia 17 de Maio, há cinco meses, foi democraticamente aprovada na generalidade a co-adopção também em casais do mesmo sexo. Não há fundamento constitucional, legal ou regimental para interromper este processo legislativo”, alegou. Isabel Moreira referiu que, na sequência da aprovação na generalidade do projecto sobre co-adopção, foi logo a seguir constituído um grupo de trabalho que realizou uma vasta série de audições, cujos depoimentos estão disponíveis online. Depois atacou a proposta de referendo apresentada esta semana pelos deputados da JSD, que esteve na origem do adiamento da votação final global do projecto do PS em plenário. “A JSD ofende todos os partidos, a começar pelo PSD, pondo em causa a excelência do trabalho legislativo, num acordar súbito para um referendo sobre co-adopção e sobre a adopção por casais do mesmo sexo. É uma matéria de referendo, diz a JSD, que votou e chumbou [no Parlamento], sendo então justo perguntar onde estava a consciência referendária do pisca-pisca democracia representativa da JSD”, sustentou, acrescentando que o projecto de referendo da JSD apresenta “óbvias ilegalidades”, já que propõe uma consulta popular com duas questões deferentes, uma das quais (a da adopção plena por casais homossexuais) chumbada pela Assembleia da República. “Vale a pena recordar que há mínimos de lealdade parlamentar; vale a pena recordar que todos nós temos de respeitar as pessoas de carne e osso a que se refere cada projecto e as expectativas criadas pelo Parlamento de uma votação, seja ela qual for. Vale a pena ainda perguntar quem tem medo do voto: os deputados de todos os partidos que de forma institucional seguiram e participaram neste processo para o votarem, na sua liberdade, ou quem surge do nada a três dias da esperada votação com um projecto de referendo?”, perguntou a deputada socialista, que deixou ainda um apelo veemente a todas as bancadas: “Respeite-se a democracia parlamentar, não se deitem para o lixo décadas de afirmação do institucionalismo. ” E rematou: “Não é assim que se retira visibilidade à discussão e votação do Orçamento do Estado para 2014”. No final da votação, também a deputada social-democrata Francisca Almeida, que votou na generalidade a favor da co-adopção por casais do mesmo sexo, anunciou a apresentação de uma declaração de voto.
REFERÊNCIAS:
Partidos PS PSD PCP
Almendras e Sérgio Tréfaut ganham prémios máximos do IndieLisboa
O festival premeia Matar a un Hombre, do chileno Alejandro Fernández Almendras, e Alentejo, Alentejo, do português Sérgio Tréfaut. (...)

Almendras e Sérgio Tréfaut ganham prémios máximos do IndieLisboa
MINORIA(S): Homossexuais Pontuação: 6 | Sentimento 0.8
DATA: 2014-05-04 | Jornal Público
SUMÁRIO: O festival premeia Matar a un Hombre, do chileno Alejandro Fernández Almendras, e Alentejo, Alentejo, do português Sérgio Tréfaut.
TEXTO: E depois de um ano em que se muito falou de fugir a fórmulas, foram dois filmes de factura mais tradicional (mas nem por isso menos interessantes) a arrecadarem os prémios máximos do IndieLisboa 2014. Na competição internacional, o vencedor foi a produção chilena Matar a un Hombre de Alejandro Fernández Almendras; no concurso nacional, Sérgio Tréfaut repetiu a sua vitória de 2004 por Lisboetas com o seu documentário Alentejo, Alentejo. Na categoria de curtas-metragens, o festival premiou a franco-senegalesa Mati Diop, por Mille Soleils, e as portuguesas Joana Pimenta, por As Figuras Gravadas na Faca com a Seiva das Bananeiras, e Rita Macedo, por Implausible Things. O júri composto pela realizadora Margarida Cardoso, a programadora Marie-Pierre Duhamel e o crítico Ariel Schweitzer navegou habilmente por entre uma competição de muito bom nível. Matar a un Hombre, a história de um pai de família que o bullying de um vizinho leva ao limite, conjuga de modo brilhante formalismo e tensão emocional; o filme de Sérgio Tréfaut, igualmente vencedor do prémio TAP para melhor documentário português, é um belíssimo retrato do Alentejo onde o cante é o ponto de partida para revelar a essência da região. Na categoria de curtas-metragens, o júri composto pela programadora Alexandra Gramatke, pela realizadora Marie Losier e pelo músico Samuel Úria atribuiu o Grande Prémio a Mille Soleils, um documentário ensaístico onde a actriz e realizadora franco-senegalesa Mati Diop homenageia o tio, Djibril Diop Mambéty. Na mesma veia encontra-se a melhor curta nacional, As Figuras Gravadas na Faca com a Seiva das Bananeiras, onde Joana Pimenta explora o passado da sua família através de postais ilustrados do período colonial. Rita Macedo venceu o Prémio Novo Talento pela curta Implausible Things, e Adriano Mendes o Prémio Novíssimos, atribuído ao melhor filme de escola a concurso, pela longa-metragem O Primeiro Verão (igualmente galardoado com o Prémio TAP para melhor filme português). O prémio de distribuição, escolhido por um júri separado de críticos online, foi entregue ao filme negro adolescente Les Apaches, do francês Thierry de Peretti. O vencedor do Prémio do Público foi Bambi, documentário do francês Sébastien Lifshitz sobre um transexual. O documentário do canadiano Jean-François Caissy sobre o papel social da escola, La Marche à suivre, recebeu o prémio Pulsar do Mundo; os novos episódios da série televisiva de Werner Herzog sobre condenados à morte, Death Row II, levaram o prémio Amnistia Internacional; e O Novo Testamento de Jesus Cristo segundo João, de Joaquim Pinto e Nuno Leonel, venceu o prémio Árvore da Vida, atribuído a filmes que defendam valores humanos e espirituais. Como é habitual, o Indie repete no domingo os vencedores. Na Culturgest, passam Alentejo, Alentejo (18h) e Matar a un Hombre (21h30), ambos no Grande Auditório; o Pequeno Auditório mostrará as curtas premiadas às 19h e 21h45. Finalmente, o São Jorge exibe Bambi (15h30), Death Row II (18h) e Les Apaches (21h45). Palmarés do IndieLisboaLongas-metragensGrande Prémio Cidade de Lisboa: Matar a un Hombre, de Alejandro Fernández AlmendrasMelhor Longa Portuguesa: Alentejo, Alentejo, de Sérgio TréfautPrémio de Distribuição: Les Apaches, de Thierry de PerettiPrémio do Público: Bambi, de Sébastien LifshitzPrémio Pulsar do Mundo: La Marche à suivre, de Jean-François CaissyPrémio Amnistia Internacional: Death Row II, de Werner HerzogPrémio Novíssimos: O Primeiro Verão, de Adriano Mendes Curtas-metragensGrande Prémio: Mille Soleils, de Mati DiopMelhor Curta Portuguesa: As Figuras Gravadas na Faca com a Seiva das Bananeiras, de Joana PimentaPrémio Novo Talento: Rita Macedo, por Implausible ThingsPrémio do Público: Our Curse, de Tomasz SliwinskiPrémio do Público IndieJunior: Sissy, de Siri Rutlin Harildstad
REFERÊNCIAS:
Étnia Apaches
Em apenas nove minutos o Crystal Palace arrasou o sonho do Liverpool
Reds estiveram a golear mas permitiram o empate (3-3) e jogadores terminaram em lágrimas. Sonho do título ficou mais complicado (...)

Em apenas nove minutos o Crystal Palace arrasou o sonho do Liverpool
MINORIA(S): Homossexuais Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2014-05-06 | Jornal Público
SUMÁRIO: Reds estiveram a golear mas permitiram o empate (3-3) e jogadores terminaram em lágrimas. Sonho do título ficou mais complicado
TEXTO: A tarefa do Manchester City na Premier League ficou consideravelmente facilitada graças ao Crystal Palace. Os londrinos arrasaram as aspirações que o Liverpool ainda tivesse a chegar ao título, recuperando de uma desvantagem de 0-3 para chegarem ao 3-3. O Liverpool é líder, com mais um ponto do que o City, mas a equipa de Manuel Pellegrini tem um jogo a menos e é dona do próprio destino. Se vencerem o Aston Villa na quarta-feira (19h45, BenficaTV2) os citizens isolam-se na liderança, com mais dois pontos do que os reds. Antes do jogo as forças do Liverpool concentravam-se em anular a vantagem do City na diferença de golos (+59 para os citizens, +50 para os reds). Pediam-se golos, muitos golos. Porém, o Crystal Palace – que fez uma miraculosa recuperação na tabela desde que Tony Pulis chegou ao clube (eram últimos, com quatro pontos em 11 jogos, e agora estão num tranquilo 11. º lugar) – não facilitou a tarefa. Os eagles até ameaçaram num par de ocasiões, mas Mignolet respondeu à altura. Primeiro o guarda-redes belga do Liverpool travou o remate de Puncheon (33’), e depois opôs-se com uma grande defesa ao disparo de Jedinak (35’). O Liverpool inaugurou o marcador numa desatenção defensiva do Crystal Palace: Joe Allen, um dos jogadores mais baixos em campo (tem 1, 68m) fez o 0-1 após pontapé de canto, praticamente sem saltar. Speroni teve de mostrar serviço poucos minutos antes do intervalo, indo junto ao poste direito defender um remate traiçoeiro de Luis Suárez. Brendan Rodgers terá reforçado ao intervalo a necessidade de golos. E logo aos 51’ Speroni brilhou com uma defesa fantástica a desviar o remate de Sturridge para o poste. Na recarga, Suárez atirou para fora. Mas, dois minutos depois, Sturridge (que esteve em dúvida até à hora do jogo mas acabou por ser titular) não perdoou. E aos 55’ Suárez também não: 0-3. O que veio a seguir é que não estava no guião do Liverpool. Em vez de continuarem a construir uma goleada, os reds permitiram ao Crystal Palace recuperar no marcador. Delaney rematou de fora da área, com a bola a desviar em Glen Johnson e a só parar no fundo da baliza (79’). Dwight Gayle, após passe de Bolasie, fez o 2-3 (81’). E o mesmo jogador “bisou” aos 88’, perante a passividade da equipa do Liverpool. O sonho dos reds terminou em pesadelo. Vários jogadores do Liverpool saíram de campo em lágrimas, a esconder a cara. Parece que a espera por um título (o último data de 1989-90) vai continuar. Traição em TurimDepois de ter sido campeã no sofá (a Roma foi derrotada em Catânia), a Juventus fez a festa com os seus adeptos. Na recepção à Atalanta, Antonio Conte deixou de fora algumas das principais figuras (Buffon, Pirlo ou Tévez, por exemplo). O clube fez mostrar uma faixa em honra às vítimas do desastre de Superga, no qual morreu a equipa do Torino, rival da Juventus, há 65 anos. Mas os adeptos ultras contestaram-na: “A morte, como o respeito, são iguais para todos. A honra é só para os mortos bianconeri”, podia ler-se numa faixa das claques. Foi a primeira traição da noite. A outra chegou aos72’, por Simone Padoin. O médio – que passou pelos escalões de formação da Atalanta e representou o clube de Bergamo entre 2007 e 2012, ano em que se mudou para a Juventus – rematou à entrada da área para o golo da vitória dos bianconeri.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave morte campo
Conchita Wurst, “a senhora de barba”, venceu o festival da Eurovisão
Áustria à frente da Holanda e da Suécia. (...)

Conchita Wurst, “a senhora de barba”, venceu o festival da Eurovisão
MINORIA(S): Homossexuais Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2014-05-11 | Jornal Público
SUMÁRIO: Áustria à frente da Holanda e da Suécia.
TEXTO: Conchita Wurst, da Áustria, venceu a 59. ª edição do Festival Eurovisão, recolhendo 290 pontos, à frente dos candidatos da Holanda (238 pontos) e da Suécia (218). Tom Neuwirth, agora Conchita Wurst, apresentou-se em palco com cabelo comprido, vestido e barba, convencendo o júri com a interpretação da canção Rise Like a Phoenix. “Esta noite é dedicada a todos os que acreditem num futuro de paz e liberdade. Somos unidade e somos imparáveis”, disse Conchita Wurst, ao receber o troféu. A figura deste travesti de 25 anos tinha causado polémica e críticas, especialmente no Leste da Europa. Esta é apenas a segunda vez que a Áustria vence o festival da Eurovisão - a primeira aconteceu em 1966. Conchita Wurst foi seguida na classificação pelo duo holandês Common Linnets, que levou ao concurso "Calm After The Storm", e pela Suécia, representada Sanna Nielsen e o tema "Undo", que ficou em terceiro lugar. Após a vitória, Wurst disse em conferência de imprensa que o” seu sonho se tornou realidade” e que a sua participação na Eurovisão lhe mostrou que “há pessoas por aí que querem o caminho do futuro e continuar, não a andar para trás ou a pensar no passado”. O austríaco recebeu muitos aplausos durante o concurso mas também muitas críticas, tendo mesmo sido lançadas petições online na Bielorrússia, Arménia e Rússia para que os excertos da sua participação fossem retirados ou editados quando exibidos nas televisões nacionais. A organização da edição deste ano do festival, assegurada pela Dinamarca, declarou a tolerância como o tema principal do evento. Nas ruas de Copenhaga foram colocadas várias bandeiras arco-íris, símbolo do orgulho gay, durante a última semana. Além da controvérsia criada em torno de Conchita Wurst, a Eurovisão ficou ainda marcada por uma questão política, com a Rússia de um lado e a Ucrânia do outro. Não terão havido quaisquer atritos entre as gémeas russas Tolmachevy e a ucraniana Mariya Yaremchuk, mas a sua participação ficou marcada pela actual crise na região. Durante as suas actuações, as irmãs Tolmachevy receberam em alguns momentos apupos de membros do público, o que levantou dúvidas sobre se a classificação russa seria afectada pela anexação da Crimeia por Moscovo e pela posição anti-gay que recentes decisões governamentais têm assumido a partir do Kremlin. Na atribuição de pontos pela Ucrânia, as gémeas ficaram em terceiro lugar, atrás da Polónia (primeiro lugar) e da Arménia (segundo). Já a Rússia, colocou a Ucrânia na terceira posição e a Bielorrússia e Azerbaijão nos primeiros lugares, países habitualmente aliados da Rússia na Eurovisão e no campo político. Na classificação geral, a Ucrânia ficou em sexto e a Rússia em sétimo. A controvérsia subiu de tom depois da organização do festival ter decidido que os votos da Crimeia seriam contados como votos da Ucrânia, por causa nos códigos telefónicos nacionais.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave campo gay