Rei Ghob: Jovem diz que foi vítima de maus-tratos e abusos sexuais pelo arguido
Geraldo Rodrigues, que foi arrolado como testemunha já durante o julgamento de Rei Ghob, o homem acusado de quatro homicídios, disse nesta segunda no Tribunal de Torres Vedras que foi vítima de maus-tratos e de abusos sexuais pelo arguido. (...)

Rei Ghob: Jovem diz que foi vítima de maus-tratos e abusos sexuais pelo arguido
MINORIA(S): Homossexuais Pontuação: 6 | Sentimento 0.175
DATA: 2012-02-06 | Jornal Público
SUMÁRIO: Geraldo Rodrigues, que foi arrolado como testemunha já durante o julgamento de Rei Ghob, o homem acusado de quatro homicídios, disse nesta segunda no Tribunal de Torres Vedras que foi vítima de maus-tratos e de abusos sexuais pelo arguido.
TEXTO: “Fui abusado pelo Francisco Leitão”, disse a testemunha, acrescentando que “várias vezes” acordava na cama do arguido “sem saber como lá tinha ido parar”, equacionando a hipótese de ter bebido ou comido alguma coisa, na qual o arguido tivesse colocado alguma droga que o levaria a “sentir-se mal” e a ficar inconsciente. Quando acordava, Geraldo Rodrigues “sentia-se dorido na zona do ânus”, o que o leva a supor que tenha sido vítima de abusos sexuais. A testemunha confirmou ainda o depoimento neste julgamento de Mara Pires, testemunha chave no processo, segundo a qual Geraldo tinha também sido vítima de maus-tratos pelo arguido e que Ivo Delgado terá sido morto pelo arguido, uma vez que também sofria as mesmas represálias. Geraldo Rodrigues relatou que, numa altura em que estava sozinho com o arguido dentro do carro, “ele o levou para um pinhal e foi amarrado a uma árvore”, permanecendo lá quase doze horas. Num outro dia apareceu “despido amarrado à cama”. Numa outra ocasião, disse que estava no castelo com Francisco Leitão e “João da rulote”, já ouvido como testemunha de defesa, tendo também sido constituído arguido, com Francisco Leitão, numa outra investigação da PJ: “O João prendeu-me as mãos e o Francisco meteu-me um rato na boca. Depois o João bateu-me com um ferro no joelho e ambos deram-me pontapés e murros”, descreveu. Face às agressões de que era vítima e às ameaças de morte por parte de ‘rei Ghob’, Geraldo disse que optou por fugir da região, deixando de frequentar a casa do arguido e se de relacionar com ele e com outras pessoas que conheceu no castelo. “Ele dizia que, se contasse alguma coisa, dava cabo de mim”, afirmou, acrescentando que numa das vezes em que tinha sido vítima de maus-tratos chegou a mentir à polícia: “em vez de acusar o Francisco Leitão e o “João da rulote”, acusei uma pessoa amiga”. De manhã, uma outra testemunha, Dália Barata, amiga do arguido, disse, de forma pouco convincente para o tribunal de júri, que o arguido lhe confessou ter matado os três jovens, numa das vezes em que o foi visitar à prisão. ‘Rei Ghob’, que está a ser julgado por um tribunal de júri, é acusado de quatro crimes de homicídio e outros quatro de ocultação de cadáver, relativos às mortes de um idoso sem-abrigo, conhecido por ‘Pisa Lagartos’ (1995), de Tânia Ramos (5 de Junho de 2008), de Ivo Delgado (26 de Junho de 2008) e de Joana Correia (3 de Março de 2010). O arguido, tido como homossexual, terá agido sobretudo por motivos passionais, no sentido de afastar as vítimas de rapazes com quem tencionava ter uma relação amorosa, ou com o intuito de calar as vítimas sobre indícios criminais que o poderiam comprometer. O julgamento recomeça à tarde com alegações finais.
REFERÊNCIAS:
Presidente das Maldivas demite-se após motim da polícia
O chefe de Estado das Maldivas apresentou a sua demissão, horas após um grupo de polícias amotinados ter tomado o controlo do edifício da televisão estatal do país, mergulhado numa espiral de tensão política há quase um mês. (...)

Presidente das Maldivas demite-se após motim da polícia
MINORIA(S): Homossexuais Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2012-02-07 | Jornal Público
SUMÁRIO: O chefe de Estado das Maldivas apresentou a sua demissão, horas após um grupo de polícias amotinados ter tomado o controlo do edifício da televisão estatal do país, mergulhado numa espiral de tensão política há quase um mês.
TEXTO: Num discurso, que foi transmitido pela televisão, Mohamed Nasheed comunicou a sua demissão avançando que entregava o poder nas mãos do vice-presidente, Mohamed Waheed Hassan Manik, e explicando ter decidido que para permanecer na chefia de Estado teria que vir a "usar a força contra o povo". Antes do anúncio oficial de Nasheed, os polícias amotinados começaram a transmitir mensagens de apoio ao anterior Presidente, Maumoon Abdul Gaymoon. Há relatos de que vários jornalistas foram então detidos dentro do edifício da televisão. O gabinete presidencial emitira nessa altura um comunicado garantindo que tinham sido tomadas “todas as medidas necessárias para estabilizar a situação” na capital, Malé, onde na véspera houve uma manifestação de apoiantes a Gaymoon – e a qual, segundo testemunhas ouvidas pela BBC, foi dispersada por militares com recurso a gás lacrimogéneo. Fontes próximas do Presidente precisaram que aquele protesto ocorreu numa zona de alta segurança perto do quartel-general do Exército em Malé. E negaram que as tropas tivessem usado balas de borracha para dispersar a manifestação, à qual vários testemunhos indicam que se juntaram dezenas de polícias recusando obedecer às ordens para ir contra os manifestantes. O clima de tensão nas Maldivas tem vindo a agravar-se desde que no mês passado o exército deteve um juiz, acusado de tomar decisões “politicamente motivadas”, incluindo a de libertar um activista da oposição que fora preso sem mandado. Nahseed justificou a decisão de deter o juiz com o argumento de que este era controlado por Gaymoon. Ao longo das últimas três semanas repetem-se protestos, cada vez mais intensos, espelhando a luta pelo poder entre Gaymoon – o qual exerceu um regime autocrático durante 30 anos – e o seu sucessor, que assumiu a presidência com as eleições de 2008 e a quem são creditados esforços de reformas no país, incluindo a do primeiro Governo democraticamente eleito. Desde a ascensão ao poder de Nasheed, um antigo activista dos direitos humanos, as Maldivas têm estado num impasse constitucional, sobretudo porque os partidos que se opõem ao Presidente dominam agora o Parlamento. Notícia actualizada às 9h05
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave direitos humanos
Bloco quer adopção, apadrinhamento civil e procriação medicamente assistida para casais do mesmo sexo
Iniciativas serão debatidas e votadas na sexta-feira. O Bloco de Esquerda (BE) diz que deputados que votarem contra estes projectos recolherão a “responsabilidade política” de “preservar este factor de atraso”. (...)

Bloco quer adopção, apadrinhamento civil e procriação medicamente assistida para casais do mesmo sexo
MINORIA(S): Homossexuais Pontuação: 6 | Sentimento 0.1
DATA: 2012-02-22 | Jornal Público
SUMÁRIO: Iniciativas serão debatidas e votadas na sexta-feira. O Bloco de Esquerda (BE) diz que deputados que votarem contra estes projectos recolherão a “responsabilidade política” de “preservar este factor de atraso”.
TEXTO: Em conferência de imprensa realizada no Parlamento, a deputada bloquista Cecília Honório apresentou dois projectos de lei: o primeiro propõe a adopção por casais do mesmo sexo; e o segundo altera o Código do Registo Civil, permitindo também o apadrinhamento civil e a procriação medicamente assistida a cidadãos que estejam casados ou unidos de facto com pessoas do mesmo sexo. “Queremos resolver uma situação inadmissível. Portugal é o único país do mundo que legalizou o casamento entre pessoas do mesmo sexo, impossibilitando, no entanto, a adopção”, referiu Cecília Honório. Os dois projectos de lei, que serão debatidos e votados no plenário de sexta-feira, pretendem “resolver uma contradição inadmissível, pôr fim a uma discriminação inaceitável e ainda resolver um factor de atraso na nossa democracia”. A deputada bloquista lembrou que “há inúmeras crianças que vivem com casais do mesmo sexo, mas têm direitos limitados porque a lei não permite a adopção plena”. Cecília Honório garantiu que o BE apresentará esta iniciativa “tantas vezes quanto as que forem necessárias”, não querendo, porém, antecipar o sentido de voto das bancadas parlamentares. Questionada sobre a possibilidade de os projectos virem a ser chumbados, a parlamentar disse esperar que o Parlamento “dê sinais claros que quer resolver um problema de atraso na democracia”. Caso contrário, “a responsabilidade política de preservar este factor de atraso ficará por conta dos deputados que votarem contra”, concluiu. No plenário de sexta-feira será também debatido mais um projecto de lei sobre a adopção por casais do mesmo sexo, apresentado pelo Partido Ecologista “Os Verdes”.
REFERÊNCIAS:
Partidos BE
Barros Basto, o herói judeu, pode ser reintegrado no Exército
Deputados de todos os partidos convergiram nesta quarta-feira na reintegração no Exército do capitão de Infantaria Barros Basto, afastado por motivos “político-religiosos” em 1937, comprometendo-se em, último caso, a legislarem como o Parlamento fez no caso Aristides de Sousa Mendes. (...)

Barros Basto, o herói judeu, pode ser reintegrado no Exército
MINORIA(S): Homossexuais Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2012-02-29 | Jornal Público
SUMÁRIO: Deputados de todos os partidos convergiram nesta quarta-feira na reintegração no Exército do capitão de Infantaria Barros Basto, afastado por motivos “político-religiosos” em 1937, comprometendo-se em, último caso, a legislarem como o Parlamento fez no caso Aristides de Sousa Mendes.
TEXTO: Arthur Carlos Barros Basto foi um herói da I Guerra Mundial e o militar que hasteou a bandeira da República no Porto, mas a sua conversão ao judaísmo e liderança de uma campanha nacional e internacional pela busca e conversão dos descendentes dos judeus portugueses marranos ditou o seu afastamento do Exército em 1937. Em causa está agora uma petição para a sua reintegração no Exército, uma forma de o reabilitar historicamente, já que o requerimento interposto pela sua viúva a seguir ao 25 de Abril foi recusado. O militar foi afastado em 1937, num processo com origem em cartas anónimas que o acusavam de homossexualidade, que deu por provado que ele tinha “comportamentos carinhosos” com os seus alunos e praticava a circuncisão. Apesar de no dia a seguir ao 25 de Abril ter sido determinada a reintegração dos servidores do Estado, militares ou civis, que tivessem sido afastados por motivos políticos, a resposta ao requerimento interposto pela viúva de Barros Basto baseou-se nas acusações de homossexualidade, que, na altura, eram ainda motivo para banir um militar das Forças Armadas. Em 1975, a recusa em integrar o antigo militar no Exército foi ainda mais longe que o processo de 1937, dando como provados factos que 38 anos não o tinham sido. A petição para a reintegração no Exército de Barros Basto destinou-se à comissão de Defesa, que pediu parecer à comissão de Assuntos Constitucionais, e informações ao ministro da Defesa, Aguiar Branco, que ainda não deram entrada na Assembleia, mas PS e PSD manifestaram disponibilidade para legislarem sobre a matéria. O deputado comunista António Filipe considerou “prematuro” partir do pressuposto que as Forças Armadas não decidirão no sentido de reintegrarem Barros Bastos, no que foi apoiado pelo democrata-cristão Telmo Correia. Contudo, do PS e do PSD ficou a disponibilidade para, em último caso, o Parlamento recorrer a uma iniciativa legislativa semelhante à usada para o caso de Aristides de Sousa Mendes, que enquanto cônsul de Portugal em Bordéus salvou milhares de judeus do extermínio nazi durante a II Guerra Mundial, no que resultou o seu afastamento da carreira diplomática. Depois de se converter à religião dos seus antepassados, Barros Basto deu início a uma revitalização da comunidade israelita, criando as sinagogas do Porto e de Braga e um instituto teológico e, partindo daí, para o estabelecimento de novas comunidades por todo o Norte de Portugal. Empenhou-se em “resgatar os critptojudeus, bem como aqueles que se consideravam descendentes dos antigos judeus portugueses há vários séculos forçados à conversão”, lê-se no parecer de Carlos Abreu Amorim. Natural de Amarante, Barros Bastos foi condecorado por bravura pela sua participação na I Guerra Mundial, em que comandou um batalhão do Corpo Expedicionário Português, e foi o militar que hasteou a bandeira da República no Porto. O caso tem sido acompanhado na imprensa norte-americana e israelita, onde tem sido descrito como “caso Dreyfuss português”, mencionou o deputado Carlos Abreu Amorim que referiu também aos jornalistas o empenhamento no caso da atriz Daniela Ruah, sobrinha bisneta de Barros Basto.
REFERÊNCIAS:
Religiões Judaísmo
Morreu o papa copta no Egipto Shenuda III
O papa copta Shenuda III, que liderou a Igreja copta cristã durante quatro décadas no Egipto, morreu neste sábado aos 88 anos, anunciou a televisão estatal egípcia. (...)

Morreu o papa copta no Egipto Shenuda III
MINORIA(S): Homossexuais Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2012-03-18 | Jornal Público
SUMÁRIO: O papa copta Shenuda III, que liderou a Igreja copta cristã durante quatro décadas no Egipto, morreu neste sábado aos 88 anos, anunciou a televisão estatal egípcia.
TEXTO: As causas da morte não são conhecidas. Shenuda III tinha problemas de saúde há vários anos – a agência estatal MENA refere que sofria de insuficiência hepática e de um tumor nos pulmões – e na semana passada já fora obrigado a anular a sua celebração semanal. A morte do carismático líder da Igreja copta, cargo que ocupava desde 1971, como 117. º sucessor do evangelista S. Marcos, acontece numa altura em que o frágil processo democrático no Egipto continua ameaçado depois de um ano de sucessivos ataques violentos contra os coptas e de confrontos confessionais, após a queda do antigo Presidente Hosni Mubarak. Líder carismático, mas também polémico, Shenuda III conduziu com mão-de-ferro a comunidade copta no país, que hoje representa 10% da população, e foi uma voz a favor da unidade entre as igrejas e os fiéis. Nazeer Gayed nasceu a 3 de Agosto de 1923. Licenciou-se em História na Universidade do Cairo em 1947, foi professor de Ciências Sociais e Inglês, e falava com fluência árabe, copta e francês. Apelidado o “papa de Alexandria e patriarca da Sé de S. Marcos”, viria a ser o primeiro papa copta a visitar os Estados Unidos e, no interior do Egipto, passaria do confronto à conciliação com o poder, num país maioritariamente islâmico. Nos últimos anos teve de enfrentar uma escalada de violência contra os seus fiéis. A sua morte acontece num momento de particular tensão sobre a transição política. Em Outubro, a poucas semanas do início das eleições, uma manifestação pacífica de coptas, que protestavam contra o incêndio de uma igreja no Sul do país, foi reprimida a tiro pela polícia militar. Morreram 24 pessoas. Activistas coptas e muçulmanos acusaram o Exército de ter disparado a matar contra manifestantes pacíficos para criar divisões entre os egípcios. A queda de Hosni Mubarak, em Fevereiro de 2011, veio agravar o sentimento de marginalização da comunidade copta e, com isso, aumentar a insegurança no país. Antes, em Janeiro do ano passado, um atentado matou 23 pessoas e deixou feridas 79, a maioria das quais cristãs que saíam de um igreja copta em Alexandria, depois da missa de Ano Novo. Já depois de a revolução popular fazer cair Mubarak, 13 pessoas foram mortas, a 8 de Março do ano passado, em confrontos entre muçulmanos e coptas no Cairo, onde cerca de mil cristãos protestavam contra um incêndio no Sul da capital. Em Maio, confrontos entre muçulmanos e coptas resultaram em 12 mortos e mais de 200 feridos na capital, depois de um ataque a uma igreja e o novo incêndio. Shenuda III incentivou a comunidade copta a votar em massa nas primeiras eleições legislativas pós-Mubarak. Os resultados preocuparam alguns coptas, com o partido da Irmandade Muçulmana a sair vencedor - seguidos dos islamistas radicais salafistas. Em terceiro lugar ficou o Bloco Egípcio, que reúne vários liberais e conta com muito apoio entre os cristãos coptas.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave morte violência ataque comunidade
Louçã deixa liderança do BE e propõe João Semedo e Catarina Martins
“É tempo de passar a outra vida.” A afirmação é de Francisco Louçã, em Maio, na reunião da Mesa Nacional do Bloco de Esquerda. Mas a decisão está agora tomada em absoluto. Os dez mil militantes do partido ficaram esta noite a saber, na página do Facebook de Louçã, que em Novembro já não estará na coordenação do partido. (...)

Louçã deixa liderança do BE e propõe João Semedo e Catarina Martins
MINORIA(S): Homossexuais Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2012-08-18 | Jornal Público
SUMÁRIO: “É tempo de passar a outra vida.” A afirmação é de Francisco Louçã, em Maio, na reunião da Mesa Nacional do Bloco de Esquerda. Mas a decisão está agora tomada em absoluto. Os dez mil militantes do partido ficaram esta noite a saber, na página do Facebook de Louçã, que em Novembro já não estará na coordenação do partido.
TEXTO: A três meses da convenção e 13 anos depois da sua fundação, o BE prepara-se para renovar o núcleo dirigente e trazer para a primeira linha os dois deputados eleitos pelo Porto: João Semedo e Catarina Martins. Em declarações ao PÚBLICO, Louçã assumiu esta hipótese, classificando-a como “de grande consenso”, que une “a capacidade de diálogo” do médico Semedo e “a renovação geracional” da actriz Catarina Martins. Explicou que uma liderança bicéfala é mais indicativa do trabalho colectivo e, ao contemplar um homem e uma mulher, representa “a sociedade tal como ela é no século XXI”. “O argumento de que esta hipótese é de meios líderes é uma tentativa fracassada de os vulnerabilizar. Esta solução ganhou consenso e ganha força. Tenho muita confiança nesta solução. A decisão não compete ao núcleo de direcção, podem surgir outras opções”, argumenta o líder. Luís Fazenda, outro dos fundadores e actual líder parlamentar, deixará livre a direcção da bancada bloquista. O lugar poderá ser ocupado, segundo vários dirigentes ouvidos pelo PÚBLICO, por Pedro Filipe Soares. Conforme o PÚBLICO noticiou a semana passada, o BE faz contas de paridade. A sugestão de coordenação bicéfala de um homem e uma mulher, já defendida por Miguel Portas, partiu do próprio Francisco Louçã. Na carta divulgada online, o bloquista escreve: “Para pensar esse novo modelo de direcção fiz uma única sugestão: que a nova representação do Bloco seja assegurada por um homem e uma mulher. ” O BE tem agendada uma reunião da Mesa Nacional para 22 de Setembro, mas a comissão política analisará as propostas à liderança no início do mês. Para já, vários dirigentes concordam que a sugestão de Louçã é a mais consensual. Mas lembram que continua a levantar reservas sobretudo junto das correntes internas da UDP, afecta a Fazenda, e Política XXI, cujo principal rosto era o de Portas. Se a UDP continua a preferir uma solução de vários porta-vozes e um reforço do papel de líder parlamentar, já a Política XXI gostaria mais de João Semedo a solo. Louçã estará assim, na opinião de alguns, a aproveitar a saída para “jogar o seu peso político, convencer indecisos e os que ainda não analisaram a questão”. Mas não só. Apostar numa solução inovadora de liderança, à semelhança do partido de esquerda alemão Die Link, é visto como um sinal de modernidade que entusiasma vários sectores. Mas que também levanta dúvidas, segundo outro dirigente: “É uma preocupação saber como é que se consegue que esta inovação não perturbe a percepção da identidade do Bloco. O desafio é potenciar o que tem de bom e inibir o que tem de mau. ”“Decisão digna”Na carta aos militantes, Louçã justifica a decisão de não se recandidatar: “Na vida política é preciso saber que o exercício de uma responsabilidade mais intensa tem sempre um tempo e que, numa luta colectiva, dar lugar aos outros é das decisões mais dignas a que somos chamados. ” E enumera alguns dos contributos do Bloco na última década — abertura do sigilo bancário, despenalização do aborto, casamento gay, procriação medicamente assistida —, prometendo o seu empenho no futuro do partido. O líder entusiasma as hostes com as sondagens e diz que, “em duas delas”, o BE ultrapassa o CDS, o que prova que “o povo vai reconhecendo” que é preciso rejeitar “a devastação da troika”.
REFERÊNCIAS:
Partidos LIVRE BE UDP
Morreu Carlo Maria Martini, o papabile que queria uma Igreja mais aberta
O cardeal Carlo Maria Martini, ex-arcebispo de Milão, eminente intelectual e especialista da Bíblia, que durante anos foi apontado como papabile, um dos nomes fortes para ser eleito Papa e suceder a João Paulo II, morreu sexta-feira em Milão. A notícia, conta a AFP, foi dada pelo actual arcebispo de Milão, cardeal Angelo Scola. (...)

Morreu Carlo Maria Martini, o papabile que queria uma Igreja mais aberta
MINORIA(S): Homossexuais Pontuação: 6 | Sentimento 0
DATA: 2012-09-01 | Jornal Público
SUMÁRIO: O cardeal Carlo Maria Martini, ex-arcebispo de Milão, eminente intelectual e especialista da Bíblia, que durante anos foi apontado como papabile, um dos nomes fortes para ser eleito Papa e suceder a João Paulo II, morreu sexta-feira em Milão. A notícia, conta a AFP, foi dada pelo actual arcebispo de Milão, cardeal Angelo Scola.
TEXTO: Martini, que defendia uma Igreja mais aberta e compreensiva com o mundo contemporâneo, é autor de dezenas de livros e textos, traduzidos em muitas línguas (vários em português). Um deles, Em Que Crê Quem Não Crê (ed. Gráfica de Coimbra), é um diálogo com o filósofo Umberto Eco. Apesar de criticar várias posições da Igreja, Martini era muito respeitado na instituição católica. A sua inteligência e a subtileza com que manifestava as suas posições não seriam estranhas a esse facto. Quer João Paulo II, que o nomeou para Milão em 1980, quer o actual Papa, com quem se encontrou em Junho, sempre confessaram a sua admiração pelo cardeal. O cardeal criticara, por exemplo, aspectos do texto da encíclica Humanae Vitae, sobre a regulação dos nascimentos, na qual se fixa a ideia de que a Igreja não admite o preservativo. Esse documento, de Julho de 1968, levara ao "afastamento de muitas pessoas", dizia Martini. No seu último livro, sobre a figura do bispo, o cardeal diz que aquele deve ser antes de mais "íntegro, honesto, leal, capaz de não mentir nunca, paciente, misericordioso, pronto a oferecer esperança a quem sofre, mas, acima de tudo, um homem verdadeiro, capaz de ouvir a todos, mesmo não crentes, separados, divorciados e homossexuais". Nascido em Turim, em 1927, Carlo Martini era jesuíta. Biblista de formação, foi designado arcebispo de Milão, a maior diocese da Europa, onde esteve de 1980 a 2002 e onde incentivou o diálogo com não-crentes e de acolhimento de homossexuais.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave homem
Um homem de muitos nomes e longo cadastro e uma rede de cristãos radicais na origem do filme
Quem é o realizador do filme The Innocence of Muslims, que faz pouco de Maomé e humilha os muçulmanos? A resposta está ainda embrulhada em mistério, mas parece certo que não é um judeu chamado Sam Bacile, como inicialmente foi anunciado. No topo da lista de suspeitos estão alguns cristãos coptas egípcios radicais que vivem nos Estados Unidos, e em particular Nakoula Basseley Nakoula, condenado por burla à Segurança Social e usurpação de identidade. (...)

Um homem de muitos nomes e longo cadastro e uma rede de cristãos radicais na origem do filme
MINORIA(S): Homossexuais Pontuação: 6 | Sentimento 0.225
DATA: 2012-09-15 | Jornal Público
SUMÁRIO: Quem é o realizador do filme The Innocence of Muslims, que faz pouco de Maomé e humilha os muçulmanos? A resposta está ainda embrulhada em mistério, mas parece certo que não é um judeu chamado Sam Bacile, como inicialmente foi anunciado. No topo da lista de suspeitos estão alguns cristãos coptas egípcios radicais que vivem nos Estados Unidos, e em particular Nakoula Basseley Nakoula, condenado por burla à Segurança Social e usurpação de identidade.
TEXTO: Nakoula já usou muitos nomes, como Matthew Nekola; Kritbag Difrat; Robert Bacily; Nicola Bacily; Erwin Salameh; Mark Basseley Youssef; Yousseff M. Basseley; P. J. Tobacco. Juntou-os a números verdadeiros de segurança social para descontar cheques — foi preso, pagou uma multa de 794. 700 dólares e proibido de usar a Internet quando saiu da prisão, em liberdade condicional, em Julho de 2011. Mas foi logo um mês depois, relata o blogue Danger Room da revista Wired, que começou a contratar actores para o projecto que desencadeou a actual crise diplomática americana no Médio Oriente. Os actores foram contratados para fazer um filme que na altura se chamaria Desert Warriors ou Desert Storm, diz o blogue da Wired, citando o que o actor de filmes pornográficos gay Tim Dax, que aparece em algumas sequências (como um guerreiro tatuado no peito e na cara), disse por e-mail ao site Joe. my. god. blogspot. com. “O meu personagem chamava-se Sansão e todos os dias tinha algumas linhas de texto. Nunca vimos um guião completo, só algumas páginas. Fizemos muitas perguntas sobre o absurdo de algumas passagens e situações ao Sam Bacile, que achava que era o produtor”. Os actores que participaram no filme queixam-se de terem sido ludibriados. A personagem de Maomé nem sequer existia — no pedido de actores para o filme, a personagem principal chamava-se “George”. Os actores pensaram ter participado num filme sobre guerreiros no Médio Oriente há muito tempo, e não num grosseiro instrumento de propaganda anti-islão, que apresenta Maomé como um mulherengo e um bandido, líder de um bando armado que semeava o terror quando pretensamente espalhava uma nova religião. O motivo para essa falta de reconhecimento é sugerido por Tim Dax: “É questionável que seja a minha voz no excerto que vi hoje pela primeira vez. A dobragem é de qualidade duvidosa”, afirma o actor. Rastilho de pólvoraMas o FBI identificou Nakoula Basseley Nakoula, de 55 anos, como alguém que teve um papel importante na realização do filme — embora sem confirmar que este homem era a “figura fundamental” por trás de The Innocence of Muslims, como avançou a Associated Press (AP). Aliás, o filme pode reduzir-se ao trailer de 14 minutos que já há meses andava pelo YouTube, mas só agora deu nas vistas. Foi posto na segunda-feira no site de um activista cristão copta da Virgínia do Norte chamado Morris Sadek, que também o enviou para vários destinatários no Egipto, diz o Washington Post — esse foi o acender do rastilho de pólvora. Os cristãos coptas egípcios nos EUA não se revêem no filme ou nas acções de Sadek, um conhecido radical desta minoria. Esta igreja “rejeita firmemente que a comunidade seja arrastada” para a controvérsia por causa de “um filme inflamatório”, diz uma declaração citada pelo Washington Post. Nakoula, que explora uma bomba de gasolina, disse à AP que apenas geriu a logística de uma empresa que produziu o filme e que não é Sam Bacile. Mas Steve Klein, um activista anti-islão e anti-aborto que foi abordado por Bacile como consultor para o filme, disse à AP que “Bacile” era um pseudónimo, e que o realizador era um cristão. Isto na quarta-feira; no dia anterior tinha dito que Bacile era um judeu israelita. De qualquer forma, um telemóvel em nome Bacile tem associado o endereço de Nakoula em Cerritos, Califórnia. Outro cristão copta radicado nos EUA surge associado ao filme, revela o Los Angeles Times: Joseph Nassralla Abdelmasih, da organização não governamental Media for Christ. “Fazer brilhar a luz de Jesus” para o mundo é a missão desta organização, em cujo nome foi emitida a autorização para fazer o filme em Agosto de 2011. Nakoula deu a sua casa como cenário e pagou aos actores, diz o jornal — mas o Departamento de Estado pediu ao condado de Los Angeles para não divulgar as autorizações enquanto o caso está a ser investigado.
REFERÊNCIAS:
Entidades EUA
O fato novo do cantor Justin Timberlake
Quinta-feira anunciou que estava de regresso. Hoje chegou o novo single, Suit & Tie. Seis anos depois, Justin Timberlake está "pronto" para voltar à música. (...)

O fato novo do cantor Justin Timberlake
MINORIA(S): Homossexuais Pontuação: 6 | Sentimento 0.136
DATA: 2013-01-15 | Jornal Público
SUMÁRIO: Quinta-feira anunciou que estava de regresso. Hoje chegou o novo single, Suit & Tie. Seis anos depois, Justin Timberlake está "pronto" para voltar à música.
TEXTO: Cita um verso de Sexual Healing, de Marvin Gaye, aquele “I’m hot like an oven” que só Gaye poderia ter cantado sem cair no ridículo, tem Jay-Z como convidado, metais a alimentar os versos e o balanço da velha soul dançando ao encontro da tecnologia R&B do século XXI. Suit & Tie é o novo single de Justin Timberlake. A canção foi apresentada esta segunda-feira, quatro dias depois de o actor e cantor ter anunciado num vídeo publicado no Twitter o seu regresso à música, seis anos depois de FutureSex/LoveShow. Depois desse álbum, do qual foi retirada, por exemplo, a celebrada Sexyback e em que Timberlake surgia com a ambição de Michael Jackson, a carga sensual (e o falsete) de Prince e a modernidade da produção de Timbaland, não mais lhe ouvimos música em nome próprio – mas ouvimo-lo, entre outras parcerias, colaborando com Madonna em Hard Candy. Nos últimos anos Timberlake dedicou-se à carreira cinematográfica, participando em filmes como A Rede Social ou Amigos Coloridos. Na passada quinta-feira, porém, soubemos que estava de regresso à música. Um dia antes, tweetara uma data e uma hora. “10 de Janeiro, 9:01 AM”. No dia indicado, um anúncio: “Para os possíveis interessados. . . Penso que estou preparado!” Seguindo o link anexado, víamos Timberlake em estúdio de auscultadores nos ouvidos. “Estou preparado”, repetia, depois de justificar brevemente os anos de ausência musical: “Não quero lançar nada que não sinta ser algo que adore. Não se tem isso todos os dias. Tem que se saber esperar”. E a espera acabou hoje. Suit & Tie é o single, já disponível para venda no iTunes e para audição no novo MySpace. O álbum intitula-se The 20/20 Experience e será editado nos próximos meses. A revista Billboard revela que começou a ser gravado em Junho e cita um comunicado de Timberlake publicado no seu site: “A inspiração apareceu do nada e, para dizer a verdade, não esperava que daí resultasse nada. Fui para o estúdio e comecei a brincar com alguns sons e canções. Foram provavelmente os melhores momentos que já tive na minha carreira. . . Criar simplesmente, sem regras e sem um objecto definido em mente, apreciando verdadeiramente o processo”. Resta saber se Timberlake se refere à carreira enquanto músico ou à sua carreira no geral, que inclui também o cinema. Porque está de volta à música a solo e, aparentemente, bastante entusiasmado, mas não pôs o cinema em pausa. Para 2013 está prevista a estreia de três filmes com o seu nome em cartaz. A comédia The Last Drop, ainda em pré-produção, o thriller Runner, Runner, com Ben Affleck e Gemma Arterton, e o mais esperado de todos, Inside Llewyn Davis, realizado pelos irmãos Coen, nos cinemas americanos dia 8 de Fevereiro. Notícia corrigida às 14h59: na citação de Marvin Gaye, de "I'm hot like an hoven" para "I'm hot like an oven".
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave social sexual
Presidente francês pondera reduzir número de deputados
Fonte próxima de François Hollande revela que o governante está a estudar a possibilidade. (...)

Presidente francês pondera reduzir número de deputados
MINORIA(S): Homossexuais Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2013-01-17 | Jornal Público
SUMÁRIO: Fonte próxima de François Hollande revela que o governante está a estudar a possibilidade.
TEXTO: François Hollande, está a estudar a redução do número de deputados, noticiou o Le Monde esta quinta-feira depois de ter confirmado a informação junto de várias fontes próximas do Presidente francês. “Ele está de volta dessa ideia”, disse ao diário francês uma fonte próxima do Presidente, que recebe o primeiro-ministro português, Pedro Passos Coelho, em Paris, esta quinta-feira. Mas para já tem outras prioridades, como a intervenção no Mali ou o casamento entre pessoas do mesmo sexo. “Isso está no horizonte, mas não é uma das prioridades”, disse ao mesmo jornal uma fonte do Governo. De acordo com o Le Monde, foi por estar a estudar essa possibilidade que quarta-feira Hollande se limitou a anunciar um projecto de lei para a não acumulação de mandatos, deixando para depois as reformas eleitorais. Há vários anos que os socialistas defendiam a apresentação de um projecto de lei para a não acumulação de mandatos. O objectivo é impedir que os parlamentares – sejam deputados ou senadores – continuem a acumular mandatos nacionais com locais. “Uma evolução há muito esperada”, sublinhou Hollande, que acredita essa reforma virá “favorecer a renovação” e “provavelmente rejuvenescer e feminizar” a classe política. Depois de consultar todos os partidos, a comissão de renovação e de deontologia da vida pública, presidida pelo antigo primeiro-ministro socialista Lionel Jospin, concluiu que 476 dos 577 deputados e 267 dos 348 senadores acumulam mandatos locais com os nacionais. A medida, que é parte do conjunto de reformas eleitorais que o Presidente francês quer levar a cabo, deverá entrar em vigor durante o actual mandato do Presidente, que termina em 2017 – mas o mais provável é que fique para depois das eleições municipais previstas do próximo ano. Para já, o princípio começará a ser respeitado pelos deputados e senadores do Partido Socialista (em 2009, 71% dos militantes já tinham votado favoravelmente a não acumulação de mandatos nacionais com locais).
REFERÊNCIAS: