A partir de quarta-feira o estado da nação do cinema independente americano mostra-se em Sundance
É o grande rendez-vous anual do cinema que se faz nos EUA fora dos circuitos mainstream dos estúdios. Até dia 27. (...)

A partir de quarta-feira o estado da nação do cinema independente americano mostra-se em Sundance
MINORIA(S): Homossexuais Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2013-01-17 | Jornal Público
SUMÁRIO: É o grande rendez-vous anual do cinema que se faz nos EUA fora dos circuitos mainstream dos estúdios. Até dia 27.
TEXTO: Reza a história (pelo menos aquela contada pelo jornalista Peter Biskind no seu livro Down and Dirty Pictures e da qual poucos discordariam) que, pelo final dos anos 1980, o U. S. Film Festival era uma espécie de “beijo da morte” do cinema independente americano. Hoje que se chama Sundance, o festival que decorre anualmente na sonolenta estância de esqui de Park City, no estado do Utah, é o oposto disso. É o grande rendez-vous anual do cinema que se faz nos EUA fora dos circuitos mainstream dos estúdios, que revelou Steven Soderbergh, Quentin Tarantino, Todd Haynes, Kevin Smith e tantos outros. Ao ponto de se ter tornado numa espécie de “antecâmara” do sucesso: para não irmos mais longe, o vencedor de 2012, As Bestas do Sul Selvagem, de Benh Zeitlin, está nomeado para quatro Óscares entre os quais melhor filme. Tal como, em anos anteriores, Despojos de Inverno, de Debra Granik, ou Precious de Lee Daniels, igualmente revelados no certame. Este ano, todos os observadores já lançaram as suas listas dos “filmes a ver” nos dez dias do festival – e a riqueza do programa mede-se pelo facto de quase todas as antecipações escolherem apostas diferentes. Tanto se aposta em Stoker, a estreia americana do coreano Park Chan-Wook (Old Boy – Velho Amigo), com Nicole Kidman e Mia Wasikowska, como no documentário Narcocultura, sobre o narcocorrido, o estilo musical mexicano que glorifica os traficantes de droga. Ora se aguarda uma biografia de Steve Jobs, com a “carinha laroca” Ashton Kutcher no papel do visionário presidente da Apple, ora o novo documentário do especialista em fazer perguntas difíceis Alex Gibney, We Steal Secrets, sobre Julian Assange e o affaire Wikileaks. Uns salivam por The East, história de espionagem existencial protagonizada pela actriz e argumentista americana Brit Marling, nova musa do certame, outros por Interior. Leather Bar, onde Travis Matthews e James Franco reencenam as cenas passadas num bar gay hardcore que William Friedkin rodou para A Caça, com Al Pacino. Há, literalmente, de tudo para todos, como na farmácia. Sundance tornou-se na “montra” do “estado da nação”, sobretudo depois de, em 1989, Sexo, Mentiras e Vídeo, de Steven Soderbergh, ter dado o “tiro de partida” para a revolução do “indie americano” que atingiu o seu pico nos anos 1990 com a ascensão da distribuidora Miramax dos irmãos Weinstein e a entrada no negócio dos grandes estúdios. Nada mau para um festival praticamente inexistente no panorama americano desde a sua fundação em finais dos anos 1970 como U. S. Film Festival. Robert Redford, paradigma da Hollywood liberal, apadrinhá-lo-ia com relutância, no âmbito da aposta no desenvolvimento de uma nova geração de cineastas através do instituto de apoio ao cinema que fundou, com medo que o festival se tornasse numa mera ocasião mediática que desviasse a atenção do essencial. Se os seus medos se tornaram realidade durante a década de 1990, com Sundance a tornar-se num “ponto de encontro” de distribuidores à solta com livros de cheques dispostos a pagar fortunas, os directores de programação, Geoffrey Gilmore primeiro e John Cooper actualmente, têm trabalhado no sentido de manter Sundance no centro da discussão criativa, abrindo novas secções e insistindo em mostrar objectos que não seriam evidentes face à reputação do certame. Um bom exemplo disso poderia ser As Bestas do Sul Selvagem, um primeiro filme rodado com actores não profissionais e um orçamento minúsculo; o tipo de filme em que um estúdio nunca apostaria, mas que acabaria por vencer o prémio de melhor primeiro filme em Cannes e ser adquirido para distribuição americana pela Fox. Outro pode ser visto na programação deste ano: Upstream Color, o segundo filme de um cineasta que já ninguém acreditava que pudesse voltar a filmar, Shane Carruth. Primer, a sua estreia, que o auto-didacta Carruth filmou praticamente sozinho com uma mão-cheia de amigos e seis mil euros, venceu o festival em 2004; objecto confidencial nos limites da ficção científica, Primer tornou-se num culto que o silêncio de Carruth na quase-década que se seguiu apenas amplificou. Upstream Color, o novo filme, foi igualmente feito sozinho por Carruth, com apenas dois actores e outra vez um orçamento minúsculo, e o realizador já avisou que vai distribuir ele próprio o filme, um do-it-yourself que seria quase impensável aceitar a concurso num outro festival que não Sundance. Na programação deste ano consta também um dos filmes mais aguardados: Before Midnight, de Richard Linklater, que encerra a trilogia iniciada com Antes do Amanhecer e prosseguida com Antes do Anoitecer. O terceiro episódio do affair entre Julie Delpy e Ethan Hawke, de novo quase inteiramente improvisado e rodado na Grécia, é o exemplo perfeito do filme de autor de pequeno orçamento que se tornou na imagem pública do festival, mas também da abertura de Sundance a projectos no meio-termo entre Hollywood e a independência. Ninguém duvida da credibilidade indie de Linklater, que consegue navegar sem problemas entre projectos de estúdio e filmes mais pequenos. É isso que se espera, por exemplo, do novo filme de David Gordon Green, que de inícios ruralistas com George Washington passou a autor de comédias populares e regressa agora às raízes com Prince Avalanche. O festival não deixa por isso de receber objectos mais mainstream ou na fronteira da independência – Lovelace, a biografia de Linda Lovelace pela dupla Rob Epstein & Jeffrey Friedman, com Amanda Seyfried (de Os Miseráveis e Mamma Mia!) no papel da estrela porno. Ou Don Jon’s Addiction, primeira realização do actor Joseph Gordon-Levitt, habitué do festival erguido a it boy de Hollywood por Christopher Nolan, revisitação mdoerna do mito de Don Juan onde contracena com Scarlett Johansson. Ou Ain’t Them Bodies Saints, com Casey Affleck e Rooney Mara (a Lisbeth Salander de David Fincher), a estreia de David Lowery em tom de Os Noivos Sangrentos de Terrence Malick. Mas é isso que é estimulante em Sundance: o cinema americano cabe, genuinamente, todo lá dentro.
REFERÊNCIAS:
Entidades EUA
Bispo das Forças Armadas sabia das acusações contra D. Carlos Azevedo desde 2007
D. Januário Torgal Ferreira diz não ter elementos que contradigam as acusações de assédio sexual que recaem sobre D. Carlos Azevedo. (...)

Bispo das Forças Armadas sabia das acusações contra D. Carlos Azevedo desde 2007
MINORIA(S): Homossexuais Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2013-02-21 | Jornal Público
URL: https://arquivo.pt/wayback/20130221160223/http://www.publico.pt/1585254
SUMÁRIO: D. Januário Torgal Ferreira diz não ter elementos que contradigam as acusações de assédio sexual que recaem sobre D. Carlos Azevedo.
TEXTO: As acusações contra D. Carlos Azevedo por assédio sexual a membros da Igreja, reveladas numa reportagem publicada pela revista Visão nesta quinta-feira, não surpreendem o bispo das Forças Armadas, D. Januário Torgal Ferreira, que tem conhecimento do caso desde 2007. “É indiscutível que em determinadas zonas da nossa sociedade havia comentários dessa ordem”, disse D. Januário Torgal Ferreira à TSF, nesta quarta-feira. O bispo revela que a notícia de que o ex-bispo auxiliar de Lisboa tinha tido “um comportamento homossexual” lhe chegou em 2007. “Ouvi que ele tinha tido um comportamento dessa ordem”, afirma o bispo das Forças Armadas. “Chegamos agora a uma altura em que, em hasta pública, é feita uma acusação desse tom”, continua, acrescentando que não tem “poder para diluir a liberdade de expressão” e também não possui “quaisquer elementos que provem que isso não é verdade”. D. Carlos Azevedo, actual membro do Conselho Pontifício da Cultura do Vaticano, em declarações ao PÚBLICO, negou “totalmente as acusações de assédio sexual” que sobre ele recaem. O bispo admite que tem “um jeito de ser caloroso, afectivo”, mas garante que “nunca houve qualquer relação que justificasse a ideia [de que houve] qualquer atitude imoral”. À Lusa, o presidente da Comissão Instaladora da Rede de Cuidadores, Álvaro de Carvalho, confirmou nesta quarta-feira a existência de relatos de assédio sexual que envolvem o ex-bispo auxiliar de Lisboa. No entanto, sublinhou que “não confunde homossexualidade com abusos”. Após a “saída repentina” de Carlos Azevedo para Roma, quando foi nomeado delegado do Conselho Pontifício da Cultura, “começaram a pingar notícias de assédios entre adultos”, revelou Álvaro de Carvalho. Segundo a revista Visão, os alegados casos de assédio a membros da Igreja remontam aos anos 1980 e terão sido conhecidos após uma denúncia feita em 2010 ao núncio apostólico em Portugal. Por “aparentemente não existir conduta perigosa”, o caso não foi denunciado ao Ministério Público, disse o responsável da Rede de Cuidadores, uma organização não governamental.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave cultura sexual homossexual assédio
Manifestação de sábado também será feita de protestos sectoriais
O glossário das manifestações ganhou um novo termo: "marés". Para sábado há várias agendadas. (...)

Manifestação de sábado também será feita de protestos sectoriais
MINORIA(S): Homossexuais Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2013-03-01 | Jornal Público
SUMÁRIO: O glossário das manifestações ganhou um novo termo: "marés". Para sábado há várias agendadas.
TEXTO: É uma das “marés” prometidas para a manifestação de sábado promovida pela plataforma Que se Lixe a Troika! e pretende juntar professores, auxiliares educativos, estudantes e pais “em defesa da escola pública e da qualidade do ensino”, explicou nesta quarta-feira Belandina Vaz, professora contratada e primeira signatária do manifesto “Maré da Educação”. Em conferência de imprensa realizada frente às instalações do Ministério da Educação e Ciência (MEC), em Lisboa, Belandina Vaz, que conseguiu ficar colocada, alertou que “as escolas estão a entrar em ruptura” e que os professores se encontram “sem tempo para apoiar os alunos”. “A escola pública está a degradar-se cada vez mais o que dificulta a nossa aprendizagem e o trabalho dos professores”, corroborou Mariana Gomes, aluna da Escola Superior de Teatro e Cinema. “Disseram que a intervenção externa era para nos salvar…mas não há salvação possível quando se atacam os serviços públicos, quando se faz disparar o desemprego, quando se empobrece a escola pública”, constatam no manifesto de apoio ao protesto, subscrito por 36 professores e estudantes, entre os quais figuram os autores de dois dos blogues de professores mais lidos, Paulo Guinote e Arlindo Ferreira. O manifesto é também subscrito por dirigentes dos sindicatos de professores da Grande Lisboa e do Norte. Mariana Gomes, de 20 anos, disse esperar que os estudantes tenham uma presença expressiva na manifestação promovida pela plataforma Que se Lixe a Troika!, embora admita que “gostaria de ver muitos mais mobilizados”. Várias associações de estudantes já aderiram ao protesto. Para sábado, a “Maré da Educação” apelou a concentrações junto às instalações do MEC na Avenida 5 de Outubro, em Lisboa, e frente ao edifício da ex-Direcção Regional de Educação do Norte, no Porto, de onde partirão, respectivamente, para o Marquês de Pombal e Praça da Batalha, que são os locais de partida da manifestação de dia 2. De caminho para o Marquês de Pombal, a “Maré da Educação” encontrar-se-á com a “Maré Branca pela Saúde” cuja concentração está prevista junto à Maternidade Alfredo da Costa (MAC). Vão estar na manifestação não só enquanto profissionais de saúde, mas também como cidadãos preocupados e utentes do Serviço Nacional de Saúde. Este protesto conta com o apoio de António Arnaut, considerado o “pai” do SNS. Por motivos de saúde, Arnaut não poderá estar presente no protesto de sábado, mas subscreveu o manifesto divulgado pela “Maré Branca pela Saúde”. “É absolutamente necessária uma manifestação de indignação e esperança”, disse ao PÚBLICO. Entre os actuais 42 assinantes do manifesto encontram-se ainda nomes como o de José Carlos Martins, Presidente do Sindicato dos Enfermeiros, e Ana Campos, directora de serviço da MAC. Numa manifestação de “marés”, juntam-se à Saúde e à Educação, a “Maré da Cultura” no Porto; a “Maré dos Reformados”, coordenada pela APRe! Aposentados, Pensionistas e Reformados, que se manifesta simultaneamente em Lisboa, Coimbra e Porto; e a “Maré Arco-Íris” que se juntou nesta semana ao protesto, por iniciativa de organizações da Associação do Clube de Safo, anexando grupos como os Pantera Rosa e a Opus Gay. Com esta adesão pretendem contrariar o sentimento de que não existem alternativas às políticas de austeridade, uma convicção que, afirmam, vem a alastrar às liberdades e direitos dos cidadãos e é já responsável por novos debates acerca do casamento homossexual ou a interrupção voluntária de gravidez, entre outros temas. “Queremos tentar criar obstáculos a este pensamento único que começa também a levantar barreiras a nível moral e sexual. Não faz qualquer sentido trazer de volta estes assuntos à discussão, a reboque desta mentalidade”, declara uma activista do Clube Safo, que pediu para não ser identificada. A “Maré Arco-Íris” tem concentração marcada para as 14h no Hotel Tiara Park Atlantic, frente ao Parque Eduardo VII.
REFERÊNCIAS:
Pet Shop Boys. Eufóricos
Quase trinta anos depois de West end girls, Chris Lowe diz que os Pet Shop Boys nunca se divertiram tanto. (...)

Pet Shop Boys. Eufóricos
MINORIA(S): Homossexuais Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2013-07-31 | Jornal Público
SUMÁRIO: Quase trinta anos depois de West end girls, Chris Lowe diz que os Pet Shop Boys nunca se divertiram tanto.
TEXTO: Electric, o novo dos Pet Shop Boys, chega às lojas a 15 de Julho mas já pode ser ouvido aqui. O primeiro single, o icónico West end girls, foi lançado em 1984, mas só cinco anos depois os Pet Shop Boys se aventurariam numa digressão na companhia do já falecido realizador Derek Jarman. Era o tempo em que se imaginava a electrónica apenas confinada aos estúdios. Vinte e três anos depois, com versões de temas dos U2 e de Bruce Springsteen pelo caminho, passam mais tempo na estrada do que muitas das lendas do rock. "É verdade", ri-se Chris Lowe. "E depois dessa digressão acabámos por estar mais oito anos sem realizar nenhuma o que é inacreditável. "Quando falámos com Lowe, em vésperas do lançamento de novo álbum (Electric, 15 de Julho), os Pet Shop Boys encontravam-se em Estocolmo. "Era para termos actuado em Istambul no fim-de-semana, mas devido aos acontecimentos políticos o concerto foi cancelado, e agora estamos uns dias a relaxar. Durante anos não arriscávamos digressões porque financeiramente não pareciam fiáveis e porque criativamente os concertos nos pareciam repetitivos. " O que mudou? "O mundo mudou, o mercado da música globalizou-se e as fronteiras abriram-se. Por outro lado hoje temos uma base de fãs alargada e também percebemos que podemos apresentar um espectáculo diferente da lógica convencional dos concertos rock e divertirmo-nos. Têm sido agradáveis as reacções às nossas performances. " Em 2010 quando falámos com o cantor Neil Tennant este queixava-se dos preconceitos de que ainda eram alvo pelo tipo de espectáculo que aposta na teatralidade, num design cuidado e em soluções coreográficas. O homem da música, Chris Lowe, não sente da mesma forma. "Isso aconteceu numa fase, no início da década passada, com o regresso do rock, mas hoje não vislumbro isso. Pelo contrário, existe uma receptividade grande para novas experiências. "Enquanto outros projectos da mesma geração encetam regressos nostálgicos, os Pet Shop Boys mantiveram uma carreira com naturais altos e baixos mas digna e profícua. Em Setembro lançaram Elysium. Menos de um ano depois regressam com um novo longa-duração, o 12º do seu percurso, e com um novo espectáculo. Não se pode dizer que estejam encostados ao sucesso. "Sim, têm sido tempos produtivos", reconhece Lowe. "Quando compusemos Elysium também críamos alguns temas numa linha mais dançável de que gostámos muito, mas como queríamos que o álbum tivesse uma unidade que não contemplava esse tipo de temas, acabaram excluídos. " Era um disco mais orquestral e com ritmos mais lentos. "Depois, ao trabalhar com Stuart [Price] na concepção do espectáculo ao vivo tivemos essa ideia de combinar temas novos mais tranquilos e outros mais eufóricos e menos preocupados com estruturas de canção, e acabámos por compor mais alguns temas nessa linha. De repente, ficámos com um álbum em mãos. "Peça para vozTal como o anterior, também o novo foi concebido em parte em Berlim onde o duo tem agora um estúdio, escolha para se alhearem das distracções de Londres mas também porque a cidade lhes faz lembrar a Nova Iorque dos anos 1980. "Tem uma magnífica cena musical, excelentes clubes e uma vida cosmopolita como só julgávamos possível em Londres. " Apesar da vivência intensa da cidade, o que os marcou foi o ambiente geral, não necessariamente aspectos musicais. "O ambiente é fantástico e o tecno minimal também, mas nunca desejámos fazer um disco de tecno minimal", lança, divertido. Para além do novo álbum, no horizonte está uma peça sobre Alan Turing, o matemático e cientista britânico que "desempenhou um papel determinante na criação do computador. " Durante a II Guerra trabalhou para os serviços ingleses na detecção de códigos secretos, desempenhando um importante papel na vitória dos Aliados. "Era assumidamente homossexual e como alternativa à prisão deram-lhe hormonas femininas, tendo-se suicidado em 1954. Será uma peça para voz, instrumentos electrónicos e orquestra. É um tributo a alguém a quem o governo inglês nunca chegou a pedir desculpas e do ponto de vista criativo será diferente do que já fizemos. " Será um espectáculo para o qual contarão com muitos colaboradores. Stuart Price, mentor de projectos como Les Rhythmes Digitales ou Zoot Woman e colaborador de Madonna, tem estado ao lado deles. "Ele já tinha colaborado connosco na direcção musical do último espectáculo e voltar a estar com ele foi natural", diz. Nos últimos trinta anos a tecnologia ao serviço da música mudou. Poder-se-ia pensar que Tennant e Lowe transformaram também a sua aproximação à música devido a esse facto. Mas não: "Em essência, continuamos a operar da mesma forma, nós dois, num pequeno estúdio, com teclados. " A tecnologia mudou, os computadores permitem um acesso mais facilitado aos sons, "mas essa facilidade também nivelou mais os sons, o que pode ser contraproducente", afirma. Nas entrevistas de promoção ao seu novo álbum os franceses Daft Punk defendiam precisamente uma aproximação mais convencional à música, recorrendo a músicos de sessão, a partir dessa ideia de que a democratização da tecnologia teria contribuído para um nivelamento sónico. Uma postura que Lowe não partilha. "O que eles fizeram acaba por ser uma reacção compreensível, regressando aos anos 1970, mas o que era interessante neles era essa capacidade de estarem à frente do seu tempo em termos de trabalho de estúdio e isso acaba por diluir-se neste novo álbum. "Os Pet Shop Boys continuam a ser ávidos consumidores de música. Por vezes sentem estranheza quando ouvem projectos que se foram inspirar neles. Por outro lado ainda reagem como adolescentes sempre que ouvem algo que consideram excitante, único. "Perguntamo-nos: mas como é que eles fizeram isto? Pode ser até qualquer coisa de tradicional vindo do Brasil, como qualquer coisa obscura e futurista vinda de um produtor londrino. E ficamos furiosos por não termos sido nós a fazê-lo" ri-se. Diz a lenda que a dupla, na alvorada dos anos 1980, terá ficado enfurecida depois de ouvir Blue Monday dos New Order, porque o grupo de Manchester encetava aí uma mudança de sonoridade, próxima daquela que o duo também perseguia. Lowe não confirma nem desmente, ri-se apenas: "Creio que esse tema foi um choque para muita gente, mas para quem estava atento ao que se passava em Nova Iorque nessa época não creio que tenha sido. "Marcante foi também West end girls. É raro um projecto definir de forma tão precisa ao que vem, numa mistura de derivação electrónica dançante, ambiente melancólico e voz elegante, capaz de deixar um rasto de leveza, apesar da atmosfera intensa. "Sim, essa mistura de reflexão e hedonismo é o que nos caracteriza. Talvez por isso tenhamos feito o ano passado um disco mais ponderado e agora optámos por qualquer coisa mais eufórica. Sentimo-nos confortáveis com as duas dimensões. O outro disco complexificava essa ideia da passagem do tempo, enquanto este representa a redescoberta de aspectos da juventude que ficam. "
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave guerra prisão homem homossexual
Caiu a Burqa a Lady Gaga
A pouco mais de uma semana da edição do primeiro single de ArtPop, a demo de uma das novas canções caiu na internet. (...)

Caiu a Burqa a Lady Gaga
MINORIA(S): Homossexuais Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2013-08-07 | Jornal Público
SUMÁRIO: A pouco mais de uma semana da edição do primeiro single de ArtPop, a demo de uma das novas canções caiu na internet.
TEXTO: Lady Gaga, mestre moderna da manipulação mediática pop, está em contagem decrescente para o lançamento do novo álbum, ArtPop. O sucessor de Born This Way só será editado dia 11 de Novembro, mas a operação já está em marcha. O primeiro single, Applause, e o vídeo respectivo, chegam a 19 de Agosto. Entretanto, Lady Gaga tem-se mostrado nos bastidores (fotos em estúdio, publicadas no Twitter, com a banda She Wants Revenge, por exemplo) e tem revelado as imagens que acompanharão o novo álbum: com cara de poucos amigos e os inseparáveis sapatos plataforma gigantes, brandindo a prótese de uma mão, ou sentada nua, com óculos de oftalmologista futurista, num sofá construído com circuitos electrónicos. Mas mesmo Lady Gaga é incapaz de controlar tudo o que a rodeia. Em Fevereiro, cancelou as datas finais da digressão de Born This Way para ser operada à anca. A semana passada soube que pode enfrentar os tribunais russos, que consideraram que tanto ela como Madonna actuaram ilegalmente no país em 2012. Os vistos concedidos a ambas, argumentam as autoridades russas, contemplavam “intercâmbio cultural” mas não “actividades comerciais” como são os concertos. O processo foi desencadeado por Vitaly Milanov, de São Petersburgo, autor das leis anti-gay aprovadas recentemente na cidade – Gaga respondeu com uma pergunta (“porque não me prenderam quanto tiveram a oportunidade?) e com um comunicado de apoio à comunidade gay russa. Entretanto, foi divulgada segunda-feira na sua conta no Soundcloud o que era anunciado como a demo [a base de trabalho de uma canção] de Burqa, a incluir no novo álbum. Retirado terça-feira da conta da cantora, já fez o seu caminho na internet e está disponível em plataformas como o Vimeo ou o YouTube. Depois de um início vagamente magrebino, em guitarra eléctrica e acústica, faz-se ouvir a batida electro pop habitual em Lady Gaga, que canta versos como “enigma popstar is fun / she wears burqa for fashion / It’s not a statement as much as just a move of passion”. Segue-se o refrão em que, no jogo corriqueiro de mistério-exposição, provoca: “Do you wanna see me naked, lover? / Do you wanna peek underneath the cover? / Do you wanna see the girl who lives behind the aura, behind the aura?”Naturalmente, Lady Gaga quer que a vejamos. Mas não queria que lhe caísse a burqa tão cedo. No seu website littlemonsters. com, exorta os fãs a eliminarem os links para a canção divulgada inadvertidamente.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave comunidade gay cantora
Obama anuncia medidas para reforçar transparência na espionagem
Na primeira conferência com direito a perguntas dos jornalistas desde Abril, o Presidente apresentou quatro “passos concretos” para “reforçar a confiança do povo americano” nos programas da NSA. (...)

Obama anuncia medidas para reforçar transparência na espionagem
MINORIA(S): Homossexuais Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2013-08-10 | Jornal Público
SUMÁRIO: Na primeira conferência com direito a perguntas dos jornalistas desde Abril, o Presidente apresentou quatro “passos concretos” para “reforçar a confiança do povo americano” nos programas da NSA.
TEXTO: O Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou nesta sexta-feira quatro “passos concretos” para tornar o programa de espionagem da Agência de Segurança Nacional (NSA) “mais transparente” e para “reforçar a confiança” do povo americano nos serviços secretos. Na primeira conferência com direito a perguntas de jornalistas desde 30 de Abril, Obama assumiu a iniciativa de falar sobre as consequências da divulgação de documentos confidenciais pelo analista informático Edward Snowden no início de Junho. Sem nunca deixar de sublinhar que não considera o jovem norte-americano um whistleblower — e, como tal, não merecedor de protecção legal —, o Presidente dos Estados Unidos acabou por reconhecer que a “reavaliação” dos programas de vigilância que anunciou foi “apressada” pelas revelações do antigo analista contratado pela Agência de Segurança Nacional. Para a Casa Branca, a fiabilidade dos programas de vigilância não levantam dúvidas, mas a “falta de confiança” do povo americano tornou necessária a aprovação de medidas que “reforcem a transparência”. “Não é suficiente que eu, como Presidente, tenha confiança nestes programas; o povo americano também precisa de se sentir confiante”, afirmou Barack Obama. Por esta razão, o Presidente dos Estados Unidos anunciou “quatro passos concretos”, após ter discutido o assunto com representantes das várias agências dos serviços de segurança, das empresas tecnológicas e de organizações de defesa das liberdades cívicas — duas dessas reuniões foram reveladas nesta sexta-feira pelo site do jornal Politico, e uma delas contou com a presença dos presidentes da Apple, Tim Cook, e da operadora AT&T, Randall Stephenson. Supervisão externaEntre as medidas anunciadas por Obama destaca-se a tónica na supervisão externa dos programas de vigilância, numa tentativa de responder às acusações de falta de transparência e abuso de poder por parte de analistas dos serviços secretos. A mais ambiciosa de todas é a constituição de um “grupo independente”, que terá como função “avaliar as capacidades de vigilância e garantir que não existem abusos”. O Presidente não fez qualquer referência — e também não foi questionado — sobre a composição deste grupo, mas anunciou que será apresentado um relatório provisório “nos próximos 60 dias” e um relatório final “até ao fim do ano”. “Podemos e devemos ser mais transparentes”, repetiu Obama, transferindo a discussão do verdadeiro alcance dos programas de vigilância para uma suposta informação pública “minada” pela divulgação “sensacionalista” de documentos confidenciais. “Dá-se a entender que fazemos o que nos apetece e isso não é verdade. A nossa lei proíbe-nos de vigiar americanos sem mandados e há regras para garantir que esse princípio básico é respeitado”, afirmou, aceitando depois uma “crítica justa”: “A minha assunção de que o controlo do Congresso seria suficiente para garantir às pessoas que estes programas funcionam bem. Mas essa assunção foi minada pela divulgação de documentos confidenciais. ”Barack Obama comprometeu-se ainda a “trabalhar com o Congresso para reformar a secção 215 do Patriot Act” — a disposição da lei aprovada na sequência do 11 de Setembro de 2001 que autoriza a recolha de dados de “bens tangíveis”, e que tem sido sujeita a várias interpretações ao longo dos anos. Em preparação está também uma mudança importante no funcionamento do tribunal que avalia os pedidos de espionagem feitos pelas agências do governo norte-americano, o Foreign Intelligence Surveillance Court (FISC). No futuro, anunciou Obama, os juízes deste tribunal serão obrigados a ouvir também “vozes independentes em casos específicos”, e não apenas a versão dos serviços secretos, como acontece desde a sua criação, em 1978. Por último, vai ser criado um site para a divulgação de algumas decisões do FISC e para que os cidadãos possam ter acesso a “mais informação” sobre os programas de espionagem. Afastado boicote aos JogosA relação com a Rússia foi outro ponto quente da conferência de imprensa, mas Barack Obama limitou-se a repetir a posição assumida pela Casa Branca após a concessão de visto temporário a Edward Snowden. “Quando o Presidente Putin regressou à presidência, assistimos a um crescimento da retórica anti-americana, baseada em estereótipos da Guerra Fria. Tenho encorajado o Presidente Putin a olhar em frente, e isso está a ter resultados mistos”, avaliou, antes de indicar que não está a ser equacionada nenhuma outra medida de retaliação para além da recusa em reunir-se com Putin numa cimeira bilateral, em Setembro: “Com o tempo, esperamos que Putin reconheça que se os dois países trabalharem em conjunto, podemos melhorar os nosso povos”. Obama afasta também qualquer hipótese de apelar ao boicote dos Jogos Olímpicos de Inverno de Sochi, na Rússia, por causa da aprovação de uma lei antigay: “Ninguém se ofende mais do que eu com as leis antigay. Só espero que atletas gay e lésbicas tragam para casa medalhas de ouro e de prata”, afirmou.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave guerra lei tribunal gay abuso
Bolt recupera título mundial em Moscovo
Jamaicano vence o hectómetro nos Mundiais de atletismo com a sua melhor marca do ano. (...)

Bolt recupera título mundial em Moscovo
MINORIA(S): Homossexuais Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2013-08-12 | Jornal Público
SUMÁRIO: Jamaicano vence o hectómetro nos Mundiais de atletismo com a sua melhor marca do ano.
TEXTO: O jamaicano Usain Bolt recuperou neste domingo o título mundial dos 100m, ao vencer na final em Moscovo com o tempo de 9, 77s, recorde pessoal da temporada e segunda melhor marca mundial do ano. Bolt, que havia falhado o título em 2011 devido a uma falsa partida, conseguiu assim o seu segundo título mundial do hectómetro (o primeiro foi em 2009) e provou de forma inequívoca que é o melhor velocista de sempre. A concorrência a Bolt já era reduzida antes de se chegar à capital russa, com a desistência por lesão de Yohan Blake e por doping de Tyson Gay, e apenas o veterano norte-americano Justin Gatlin se aproximou do jamaicano, terminando em segundo, com 9, 85s. Numa final com quatro jamaicanos, dois norte-americanos, um francês e um britânico, foi mais um jamaicano a ficar com a medalha de bronze, Nesta Carter, com 9, 95s. Com este título, Bolt, que conquistou três títulos olímpicos em Londres 2012, já vai em seis medalhas de ouro e duas de prata em Mundiais de atletismo e promete não ficar por aqui na capital russo. Vai ter ainda pela frente os 200m e a estafeta de 4x100m.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave gay
"Pago o que for para que Woody Allen venha filmar" no Rio de Janeiro, diz autarca carioca
Romance entre a cidade e o cineasta dura há anos e quer repetir o que já fizeram Roma, Paris, Londres ou Barcelona. (...)

"Pago o que for para que Woody Allen venha filmar" no Rio de Janeiro, diz autarca carioca
MINORIA(S): Homossexuais Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2013-08-19 | Jornal Público
SUMÁRIO: Romance entre a cidade e o cineasta dura há anos e quer repetir o que já fizeram Roma, Paris, Londres ou Barcelona.
TEXTO: O presidente da câmara do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, “quer muito” que Woody Allen realize um filme na sua cidade, que em 2014 será anfitriã do Mundial de Futebol e dois anos depois será palco dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos. “Já fiz de tudo”, diz o autarca em entrevista ao diário brasileiro O Globo, acrescentando: “pago 100% da produção”. Woody Allen é agora também visto como um divulgador de cidades e o Rio está há anos a tentar convencê-lo a lá filmar. Numa entrevista publicada este domingo, Eduardo Paes é questionado sobre a possibilidade de o realizador de Annie Hall filmar no Rio. “Eu quero muito que ele venha! Já fiz de tudo. Falei com a irmã dele [Letty Aronson], mandei bilhete via [o arquitecto Santiago] Calatrava, que é vizinho dele em Nova Iorque, e pago o que for para que ele venha filmar aqui”, responde o autarca. "O Reage Artista" - um movimento formado por artistas do Rio de Janeiro para debater as políticas culturais públicas - "vai-me matar quando eu der os milhões que o Woody pedir, mas eu pago 100% da produção”. A cidade está há anos a tentar seduzir o cineasta de Brooklyn. No final de 2009, Letty Aronson e outro produtor, Stephen Tenenbaum, estiveram no Rio a estudar locais de filmagens para Allen, escreveu o Los Angeles Times; na mesma altura, a Folha de São Paulo dizia que os estúdios brasileiros Conspiração tinham oferecido 11, 2 milhões de euros a Allen para filmar na cidade da garota de Ipanema, montante ao qual se tinha juntado 1, 2 milhões da autarquia e do estado do Rio de Janeiro. Steve Solot, o presidente da Rio Film Commission, que em 2009 passou a representar os esforços da cidade e do estado do Rio de Janeiro para chamar projectos cinematográficos para a região, apresentava-se em 2009 como um corredor a competir com as suas congéneres mundo fora para ter Allen na sua cidade. “Será um postal ilustrado para a cidade e para o estado e um passo em diante para tornar o Rio um verdadeiro destino não só para filmar, mas para os turistas antes do Mundial de Futebol e dos Jogos Olímpicos. ”O Rio de Janeiro é uma das cidades mais reconhecíveis do mundo, mas não serviu de local de filmagens para muitos filmes internacionais de grande visibilidade – os agentes do sector identificam o crime e a violência na cidade como detractores. Nos últimos anos, foi pano de fundo para excertos de O Incrível Hulk (2008) ou do penúltimo capítulo da saga Crepúsculo (2011), por exemplo, e no passado destacam-se Difamação (1946), de Hitchcock, o James Bond Moonraker (1979) ou o mais recente Os Mercenários (2010). Ao oferecer pagar a Allen para filmar no Rio, Eduardo Paes reiterou assim uma vontade que cidades como Londres, Barcelona, Paris ou Roma já conseguiram cumprir – o realizador fez Vicky Cristina Barcelona (72 milhões de euros de receita de bilheteira), Para Roma com Amor (54, 7 milhões de euros de receita) e Meia-noite em Paris (113 milhões de euros de receita de bilheteira), por exemplo, em moldes semelhantes aos que o autarca carioca agora sugere. Actualmente, Allen está a filmar no sul de França um projecto ainda sem título e que conta com Emma Stone, Colin Firth e Marcia Gay Harden como protagonistas. “Os europeus começaram a financiar os meus filmes de uma forma muito, muito generosa e fizeram-no sob as minhas regras, o que significa que não interferem comigo de forma alguma, não lêem os meus guiões, não sabem o que vou fazer e só têm fé que eu vou fazer um filme que não envergonhe ninguém”, disse Allen ao diário britânicoTelegraph há um ano. “Começou em Londres em 2004 com Match Point e depois continuou”. Cada uma dessas rodagens, disse ao La Repubblica em 2011, “tem sido como fazer declarações de amor a certos lugares e projectar no ecrã os meus sentimentos pelos lugares que mais contaram na minha vida”. Nos últimos anos, Allen filmou oito projectos na Europa. O realizador diz-se inspirado pelas cidades que escolhe, mas admitiu em 2010, quando promovia Vais Conhecer o Homem dos teus Sonhos, que filmar em Nova Iorque se tornou demasiado caro. Os filmes de Allen têm tradicionalmente orçamentos baixos e são tanto mais rentáveis à partida quanto menores forem os seus custos de produção. Muitas destas cidades são dotadas de film commissions, organismos que agilizam licenciamentos e, em alguns casos, isentam as equipas do pagamento de taxas ou fazem a ligação com as autarquias que apoiam o financiamento desses projectos. Lisboa também já surgiu como candidata a candidata a ser pano de fundo de um filme do realizador que, por mais que filme na Europa, será sempre associado a Nova Iorque, e a Manhattan em particular, cidade onde vive e que filma desde os anos 1960. O realizador já foi confrontado, em Setembro de 2012, com a possibilidade de filmar na capital portuguesa no programa Cinebox, da TVI, ao qual Allen respondeu: "Teriam de me convidar e dizer que avançariam com o dinheiro”. E acrescentou que teria de encontrar “alguma ideia que seja boa para Lisboa. "O grupo no Facebook Woody Allen, queremos ver-te a filmar em Lisboa criado por Bruno Reis em 2012 continua activo, tendo mostrado este fim-de-semana as projecções no Arco da Rua Augusta. Ao Dinheiro Vivo, Reis disse ter usado um expediente similar ao do autarca do Rio de Janeiro – contactou a irmã e produtora de Allen para discutir hipóteses de financiamento. A mesma publicação noticiou em Março que o presidente da Câmara de Lisboa teria feito contactos com Woody Allen para uma rodagem em Lisboa, o que a autarquia negou na altura ao PÚBLICO. Blue Jasmine, o mais recente filme de Allen, estreia-se em Portugal a 12 de Setembro.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave crime violência homem gay
Manning quer viver como mulher e chamar-se Chelsea
Soldado que passou informação à Wikileaks quer ser sujeito a tratamento hormonal. (...)

Manning quer viver como mulher e chamar-se Chelsea
MINORIA(S): Homossexuais Pontuação: 6 | Sentimento 0.168
DATA: 2013-08-22 | Jornal Público
SUMÁRIO: Soldado que passou informação à Wikileaks quer ser sujeito a tratamento hormonal.
TEXTO: Bradley Manning, o soldado norte-americano condenado na quarta-feira a 35 anos de prisão por passar documentos secretos à Wikileaks, quer viver daqui para a frente como mulher e chamar-se Chelsea. “Sou a Chelsea Manning. Sou uma mulher”, disse o soldado de 25 anos que foi julgado pela autoria da maior fuga de informação de sempre nos EUA. Num depoimento escrito lido pelo pela anfitriã do programa Today, do canal norte-americano NBC, Manning contou que desde a infância que se sentia mulher. "Como uma transição para esta nova fase da minha vida, quero que todos conheçam o meu verdadeiro eu. Sou Chelsea Manning, sou uma mulher. "O soldado que passou 700 mil documentos da diplomacia norte-americana à Wikileaks acrescenta que pretende agora fazer tratamento hormonal e consumar a mudança de sexo. “Face ao que sinto e senti desde a infância, quero começar um tratamento hormonal logo que possível. Espero que me apoiem nesta transição. ”Um porta-voz do Exército norte-americano, citado pela Reuters, adiantou que a instituição não paga tratamentos hormonais nem cirurgias para mudança de sexo. Na Wikipedia, quem pesquisar neste momento pelo nome do soldado vai parar a uma página que tem Bradley no endereço, mas cujo título já remete para Chelsea. David Coombs, o advogado de Manning, disse no programa da NBC esperar que o Presidente Barack Obama venha a perdoar o seu cliente, condenado na quarta-feira a 35 anos de prisão pela maior fuga de informação de sempre nos Estados Unidos, passando mais de 700 mil documentos à Wikileaks. Poderá ter liberdade condicional após cumprir um terço da pena. A homossexualidade não era segredo na base militar no Iraque onde o soldado esteve colocado, entre 2009 e 2010, e onde obteve os documentos que entregou à Wikileaks. E o facto de se sentir mulher acabou por emergir durante o julgamento militar a que foi sujeito. Isto porque a defesa do soldado, que enfrentou um pedido de 60 anos de prisão por parte da acusação, quis demonstrar que Manning tinha sido basicamente abandonado pelos seus superiores, tentando com isso argumentar que só produziu a fuga de informações porque ninguém o deteve. E ao traçar o perfil psicológico de Manning, a defesa revelou um homem com problemas psicológicos e com dúvidas sobre a identidade sexual. Aliás, na Internet, Manning libertara-se desses constrangimentos sexuais através de uma identidade falsa: Breanna Manning era o seu alter-ego em redes sociais como o Twitter, por exemplo.
REFERÊNCIAS:
Entidades EUA
A conselheira do Papa que falava de mais no Twitter
Francesca Chaoqui criticava o secretário de Estado Bertone. Agora é um dos sábios de Francisco e é alvo de polémica (...)

A conselheira do Papa que falava de mais no Twitter
MINORIA(S): Homossexuais Pontuação: 6 | Sentimento 0.2
DATA: 2013-08-24 | Jornal Público
SUMÁRIO: Francesca Chaoqui criticava o secretário de Estado Bertone. Agora é um dos sábios de Francisco e é alvo de polémica
TEXTO: Na comissão de oito sábios nomeada em Julho pelo Papa Francisco para limpar a estrutura económica e administrativa do Vaticano há apenas um italiano. Na verdade, uma italiana, uma jovem leiga de 30 anos, especialista em relações públicas e ligada à Opus Dei, bonita e, surpreendentemente, com um historial de declarações bombásticas no Twitter sobre a política do Vaticano, até sobre o próprio secretário de Estado, que estão a causar escândalo na Santa Sé. Quando foi nomeada, Francesca Immacolata Chaouqui expressou a sua alegria no Twitter: “O meu coração, a minha fé, o meu empenho, o meu profissionalismo estão ao serviço da Igreja e do Santo Padre, sempre”. Esta calabresa de origem marroquina, que trabalha na Ernst & Young e está bem colocada na chamada “Roma que conta” — tem ligações ao Vedró, o think tank a que pertencem o primeiro-ministro Enrico Letta e seis outros ministros. Mas tem pelo menos um ano e meio de intervenções no Twitter sobre a política do Vaticano no mínimo polémicos e que os jornalistas italianos logo trataram de espreitar. A sua conta no Twitter foi entretanto encerrada, mas o Corriere della Sera guardou alguns comentários. A 1 de Março de 2012 não hesitava em chamar “corrupto” ao cardeal Tarcisio Bertone, o secretário de Estado do Vaticano. Aliás, Bertone é um tema recorrente. “Creio na Igreja: una, santa, católica e apostólica. Talvez alguém devesse recordá-lo a Bertone”, escreveu. Quando o Papa abdicou, a 11 de Março deste ano, comentou: “Ganhou Bertone. Estava certa de que não o faria, mas deitou a toalha ao chão. Como crente estou simplesmente decepcionada. ” Sobre Bento XVI, pouco tempo antes, dissera que tinha leucemia. A 29 de Fevereiro de 2012, Chaouqui afirmou ainda que Giullio Tremonti, ex-ministro das Finanças, era gay — algo que, segundo o Corriere della Sera, lhe pode vir a custar um processo judicial, embora ela diga que não foi a autora daquelas palavras, que outras pessoas tinham acesso à sua conta de Twitter. Outro comentário problemático face à sua actual posição é o que fez sobre Gianluigi Nuzzi, o jornalista que publicou em livro os documentos roubados a Bento XVI pelo seu mordomo Paolo Gabriele. “Ainda bem que existes. Bravo, isto é o que se chama fazer boa informação. Orgulhosa de ti”, escreveu quando ele lançou o livro Sua Santidade. Visto isto, terá sido sensato da parte do Papa Francisco nomear esta conselheira? Uma sondagem online do Corriere sobre os comentários de Francesca Chaouqui revela que 50% dos leitores se sentem “indignados” com as suas palavras. Mas na verdade o mais provável é que o Papa argentino não soubesse dos tweets desabridos desta leiga, diz Sandro Magister, analista da Santa Sé que revelou na revista L’Espresso que monsenhor Battista Ricca, escolhido por Francisco para o representar no banco do Vaticano, manteve relações homossexuais quando era núncio papal em Montevidéu. “O Papa negou saber disso. Disse que no dossier que lhe deram sobre Ricca não estavam essas informações. Mas não as desmentiu. É um exemplo de manual sobre como actuam os lobbies do Vaticano: ocultam informações para pôr em xeque os do lado oposto”, comentou Magister ao El País. Nuzzi, o jornalista que publicou os documentos desviados pelo mordomo de Bento XVI, defendeu a mesma ideia no Sunday Times: “Os próximos de Bertone estão a usar Francesca como ferramenta para defender os seus próprios interesses. A cúria está a ver que o Papa a exclui da tomada de decisões e não está a gostar. ”
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave gay