Berlusconi denuncia “maquinação judiciária”, oposição grita “vergonha”
O chefe do governo italiano, Silvio Berlusconi, denunciou em comunicado, uma “maquinação judiciária”, referindo-se ao anúncio feito na véspera da abertura de uma investigação criminal que o acusa de abuso de funções e prostituição de uma menor, no escândalo que ficou conhecido como Rubygate. (...)

Berlusconi denuncia “maquinação judiciária”, oposição grita “vergonha”
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 5 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-01-16 | Jornal Público
SUMÁRIO: O chefe do governo italiano, Silvio Berlusconi, denunciou em comunicado, uma “maquinação judiciária”, referindo-se ao anúncio feito na véspera da abertura de uma investigação criminal que o acusa de abuso de funções e prostituição de uma menor, no escândalo que ficou conhecido como Rubygate.
TEXTO: Berlusconi é suspeito de ter mantido relações intimas e remuneradas com Ruby, uma jovem marroquina quando esta ainda era menor, e de ter abusado das suas funções apelando às autoridades judiciais de Milão para que ela fosse libertada, quando foi detida por roubo em Maio de 2010. O primeiro-ministro foi convocado para interrogatório entre os dias 21 e 23 de Janeiro, mas pode fazer representar-se por advogados. “Esta nova maquinação judiciária, mesmo sendo amplificada pelos media, não vai conseguir travar-nos nem distrair-nos do nosso empenhamento em mudar o país”, afirmou o dirigente de direita, que se diz regularmente vítima de uma “perseguição” dos “magistrados esquerdistas”. Il Cavaliere denunciou uma cabala “para manchar a minha reputação e o meu papel institucional com o objectivo ilusório de me eliminar da cena política”. Vários dirigentes da oposição de esquerda criticaram Berlusconi. “Um primeiro-ministro ser objecto de investigação por prostituição de uma menor é uma vergonha planetária”, denunciou o popular dirigente de esquerda, Nichi Vendola, presidente da região da Puglia (sul). O líder do Partido Democrata, principal força de esquerda, Pierluigi Bersani, também disse ter “vergonha perante o resto do mundo” e afirmou que “uma menor deve ir à escola e não a jantares com velhos ricos e não deve andar a passear-se como milhares de euros na carteira”. O caso Rubygate veio a público em Outubro, quando Karima El Mahroug, que dançava em clubes nocturnos, vendeu a sua história aos jornais. A jovem – conhecida pelo nome artístico Ruby – contou que lhe foram pagos sete mil euros depois de ter participado numa festa organizada pelo primeiro-ministro. Tanto Berlusconi como Ruby, que fez 18 anos em Novembro do ano passado, negaram qualquer relação sexual. Ela diz que foi três vezes a casa de Berlusconi apenas para jantares “absolutamente normais”. O primeiro-ministro insiste que não sabia que Ruby era menor de idade e que a foi ajudar, quando da sua detenção, por “gentileza” e porque é “um homem de coração que ajuda pessoas em apuros”.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave escola ajuda homem prostituição sexual perseguição vergonha
Papa falou de "enfraquecimento moral" e todos pensaram em Berlusconi
E ao fim de uma semana de revelações bombásticas sobre as festas do primeiro-ministro italiano que acabam em orgias com prostituição, o Papa fez alertou para um “enfraquecimento dos princípios éticos e das atitudes morais”. Todos os italianos encararam o discurso como uma referência a Silvio Berlusconi. (...)

Papa falou de "enfraquecimento moral" e todos pensaram em Berlusconi
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 5 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-01-22 | Jornal Público
SUMÁRIO: E ao fim de uma semana de revelações bombásticas sobre as festas do primeiro-ministro italiano que acabam em orgias com prostituição, o Papa fez alertou para um “enfraquecimento dos princípios éticos e das atitudes morais”. Todos os italianos encararam o discurso como uma referência a Silvio Berlusconi.
TEXTO: Não houve nenhuma referência directa, mas o discurso de Bento XVI reforça o tom crítico do cardeal Tarcísio Bertone, que dizia na quinta-feira que “a Santa Sé segue o caso com atenção e com particular preocupação”. Berlusconi procurava desdramatizar as palavras de Bertone: “Recebi garantias do Vaticano, asseguraram-me que se tratava de um discurso em geral e que não se referia a mim”. Quem tem surgido a defender Berlusconi é o seu parceiro de Governo, Umberto Bossi, o líder do partido federalista Liga Norte. “É melhor ir descansar para qualquer lado, ficamos nós cá a pensar no que fazer”, disse. O que está a fazer a defesa legal de Berlusconi é a contestar a própria legitimidade dos juízes de Milão que o estão a investigar — o que não é uma estratégia nova. Os advogados Niccolò Ghedini e Piero Longo divulgaram ontem uma nota em que dizem que o primeiro-ministro não irá depor nas datas em que tinha sido convidado a fazê-lo pela procuradoria milanesa. Além disso, consideram que esta procuradoria não é competente para investigar o caso. Só um tribunal especial, o Tribunal de Ministros, terá essa competência. Berlusconi “continua a não ter respeito pela magistratura”, comentou o deputado Pippo Scalia, do partido do ex-aliado Gianfranco Fini. “Jamais se demitirá, porque escolheu fazer política por motivos judiciais”, disse o antigo juiz milanês Antonio Di Pietro, hoje líder do partido Itália dos Valores. O Partido Democrático, por seu lado, vai promover uma recolha de assinaturas, nos próximos dias, para pedir a demissão de Berlusconi. O objectivo é obter dez milhões de assinaturas. O combate político pode no entanto tornar-se mais complicado para o lado de Berlusconi se a condição colocada por Bossi para manter o seu apoio — avanço da reforma federalista, mediante uma nova forma de fiscalidade municipal — se afundar. O projecto, tal como está, tem a oposição cerrada da associação de municípios, e o Conselho de Ministros decidiu atrasar por uma semana a apreciação sobre o decreto em preparação, que estava marcada para 28 de Janeiro. “Se não passar o federalismo, vamos a eleições [antecipadas]”, garantiu Umberto Bossi. “Avanti la prossima”Mas, enquanto os políticos se confrontam, o caso continua a ser a notícia do dia. As atenções concentraram-se sobre a acompanhante de luxo Nadia Macrì, ouvida durante cinco horas pelos procuradores de Milão. Ela não é uma personagem nova — já tinha surgido há meses a dizer à procuradoria de Palermo que tinha tido relações sexuais com o primeiro-ministro duas vezes, sempre a troco de cinco mil euros. Esta semana, Macrì falou com vários jornais e televisões, contando a sua história — e dizendo que viu também a marroquina Karima el Karima El Mahroug (Ruby Rubbacuore), a receber envelopes com cinco mil euros. Só que Ruby era menor (tinha 17 anos) quando recebeu este dinheiro e participou nestas festas, onde as mulheres andavam meias nuas e, segundo o relato feito pelo jornal "Corriere della Sera", entravam à vez numa sala onde estava Berlusconi. “Avanti la prossima”, dizia, no relato de Macrì. “A cada cinco minutos abríamos a porta e consumávamos o acto sexual” — com o primeiro-ministro de 74 anos. Um dos locais onde Macrì contou a sua história foi o programa de televisão Annozero, que obteve uma média de 6, 5 milhões de telespectadores e um "share" de 24, 63 por cento.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave tribunal sexual mulheres
Magistrados vão pedir que Berlusconi seja julgado por fazer sexo com uma menor
Os procuradores de Milão vão pedir formalmente que o primeiro-ministro italiano Sílvio Berlusconi seja julgado rapidamente por suspeita de prática de sexo com uma prostituta menor e abuso de poder. (...)

Magistrados vão pedir que Berlusconi seja julgado por fazer sexo com uma menor
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 5 | Sentimento -0.05
DATA: 2011-02-08 | Jornal Público
SUMÁRIO: Os procuradores de Milão vão pedir formalmente que o primeiro-ministro italiano Sílvio Berlusconi seja julgado rapidamente por suspeita de prática de sexo com uma prostituta menor e abuso de poder.
TEXTO: O pedido de julgamento rápido do caso “Ruby” vai ser apresentado quarta-feira ao juízo de instrução preliminar, anunciou o procurador Edmondo Bruti Liberati. Berlusconi alegadamente pagou para fazer sexo com uma rapariga de origem marroquina de 17 anos, Karima El Mahroug, de nome artístico Ruby Rubbacuore, nas suas festas na "villa" de Arcore, nos arredores de Milão, onde os magistrados descobriram indícios de uma rede de prostituição. A certa altura, Ruby foi detida por roubo e o primeiro-ministro telefonou para a polícia, pedindo a sua libertação, dizendo que ela era sobrinha do Presidente egípcio, Hosni Mubarak. Ser cliente de prostitutas não é crime em Itália, mas já o é se elas forem menores. É um crime que incorre numa pena de prisão. O primeiro-ministro italiano considera que a investigação dos magistrados de Milão tem motivações políticas, e que eles não são competentes para o julgar. Admitiu ter telefonado à polícia para pedir a libertação de Ruby, mas diz tê-lo feito por pena.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave crime prisão prostituição sexo rapariga
Berlusconi começa a ser julgado a 6 de Abril por abuso de poder e sexo com menor
Serão as mulheres a obrigar o primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi a responder pelos seus actos em tribunal, num processo que o poderá forçar a deixar o poder? Hoje foi também uma mulher, a juíza Cristina di Censo, que decidiu: o processo contra Berlusconi pelos crimes de abuso de poder e prática de sexo com uma prostituta menor vai-se iniciar a 6 de Abril, tal como foi pedido pelos procuradores de Milão. (...)

Berlusconi começa a ser julgado a 6 de Abril por abuso de poder e sexo com menor
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 5 | Sentimento -0.05
DATA: 2011-02-15 | Jornal Público
SUMÁRIO: Serão as mulheres a obrigar o primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi a responder pelos seus actos em tribunal, num processo que o poderá forçar a deixar o poder? Hoje foi também uma mulher, a juíza Cristina di Censo, que decidiu: o processo contra Berlusconi pelos crimes de abuso de poder e prática de sexo com uma prostituta menor vai-se iniciar a 6 de Abril, tal como foi pedido pelos procuradores de Milão.
TEXTO: A Itália, entretanto, já não é a mesma, antes e depois de ter rebentado o escândalo da "Ruby Roubacorações" - a bailarina de nigthclub, ou prostituta menor, convidada das festas desbragadas de Berlusconi na sua villa de Arcore, nos arredores de Milão, e com a qual o primeiro-ministro de 74 anos é acusado de ter tido relações sexuais. E de ter abusado do seu poder para forçar a polícia a libertar esta jovem de origem marroquina, cujo verdadeiro nome é Karima El Mahroug, quando ela foi detida sob acusação de furto, dizendo que era sobrinha do então Presidente egípcio, Hosni Mubarak. No domingo, as mulheres italianas saíram à rua em mais de 200 cidades - há quem diga que foram 280 - para dizer que estão fartas de viver num país que parece um bordel. Armadas com um slogan que é o título de um livro do escritor Primo Levi que remete para os tempos da Resistência face à barbárie - naquela altura, do Holocausto ("Senão Agora, Quando?") - protestaram contra Berlusconi e contra o machismo que distorce a sociedade italiana. "As mulheres em Itália são vistas apenas como objectos de desejo. Queremos um país com mais dignidade", disse Patrizia Rossi, uma professora reformada, uma das dezenas de milhares que participaram na manifestação de Milão, citada pela Reuters. Itália, diz o jornal "The Guardian", citando números do Fórum Económico Mundial, tem um enorme fosso entre os géneros: fica em 74. º lugar, entre uma lista de 134 países - 33 posições abaixo do Cazaquistão, nota o jornal britânico. Menos de metade das mulheres têm um emprego e a ideia de que não devem trabalhar fora de casa depois de terem filhos é comum. As mulheres pediram a demissão de Berlusconi, levaram cartazes em que se via a cara do primeiro-ministro atrás das grades. E Berlusconi reagiu mal ao protesto feminino: "É uma manifestação facciosa, uma vergonha!" Tentou ainda a via da lisonja: "As mulheres sabem bem a consideração que tenho por elas. Sempre me comportei com grande consideração e respeito nos meus confrontos com elas, nos meus negócios e no Governo. Tento sempre encontrar uma maneira de as mulheres se sentirem especiais", disse o primeiro-ministro. Popularidade em quedaEste caso, no entanto, é algo mais do que guerra dos sexos. A vida política italiana ficou paralisada pelo escândalo sexual que deixou os italianos presos aos ecrãs - das televisões e dos computadores - e às páginas dos jornais e revistas, para conhecer os pormenores sórdidos das festas do primeiro-ministro. O resultado, dizia ontem o jornal "Corriere della Sera", é que a actividade parlamentar está reduzida ao mínimo: desde o início do ano, só foi produzida uma única lei pelas duas câmaras. E os conselhos de ministros estão a ser cada vez mais breves: o último durou cinco minutos. É neste cenário que, na sexta-feira, no encontro semanal do primeiro-ministro com o Presidente da República, Giorgio Napolitano acenou com a possibilidade da dissolução do Parlamento e convocação de eleições antecipadas - se Berlusconi não travar o choque institucional com os juízes. Gianfranco Fini, ex-aliado transformado em inimigo político, presidente da Câmara Baixa do Parlamento, incentivou-a demitir-se dizendo que se que demitiria também. Esse era o tema político do dia ontem na imprensa italiana, embora Berlusconi garanta que Napolitano não dará tal passo - e que, mesmo que o fizesse, teria de consultá-lo, como primeiro-ministro. "Para mandar-me para casa, tenho de estar de acordo. "Mas o escândalo tem feito mossas. Uma sondagem publicada ontem pelo jornal "La Repubblica" dava conta de que apenas 30 por cento dos eleitores apoia Berlusconi - o mínimo, desde Setembro de 2005. A sua popularidade caiu cinco pontos nos últimos dois meses, e 12 em relação a Junho. Hoje, o primeiro-ministro é apenas o décimo líder político italiano mais popular. Notícia corrigida às 12h25
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave guerra lei sexual mulheres vergonha prostituta
Aretha Franklin pronta para voltar aos palcos
A cantora Aretha Franklin anunciou que vai voltar aos palcos em Maio, depois de ter passado os últimos meses internada a recuperar de um problema de saúde. (...)

Aretha Franklin pronta para voltar aos palcos
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 5 | Sentimento 0.2
DATA: 2011-02-18 | Jornal Público
SUMÁRIO: A cantora Aretha Franklin anunciou que vai voltar aos palcos em Maio, depois de ter passado os últimos meses internada a recuperar de um problema de saúde.
TEXTO: Depois de em Novembro do ano passado a diva ter cancelado todos os seus concertos por razões de saúde, Aretha Franklin anuncia agora o regresso. A “rainha do soul”, que foi operada em Dezembro, anunciou em Janeiro que já estava recuperada, apesar de o medico ter aconselhado uma paragem de, pelo menos, seis meses. Os rumores de que Aretha Franklin teria um cancro no pâncreas nunca foram confirmados. Neste tempo de recuperação, a cantora foi obrigada a controlar a alimentação e por isso perdeu muito do seu peso. “Agora não quero apenas manter o peso que tenho agora, mas melhor seria ainda reduzir um tamanho”, disse a cantora à AP, não falando porém da sua doença e dos pormenores de recuperação. Franklin, de 68 anos, planeia lançar um novo álbum e o seu primeiro concerto está marcado para o dia 28 de Maio, no Seneca Niagara Casino, em Nova Iorque. Yolanda Adams, Martina McBride, Christina Aguilera e Jennifer Hudson prestaram uma homenagem a Aretha Franklin na edição dos Grammys deste ano, cantando um medley com temas da cantora, que já ganhou 18 Grammys.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave rainha doença cantora
Tunisinos contra embaixador francês reclamam país laico
Tunes foi ontem cenário de duas manifestações: centenas de pessoas reuniram-se junto à embaixada de França, reclamando a partida do novo representante de Paris; e noutra concentração, populares pediram uma "Tunísia laica", na sequência da morte de um padre polaco e da tentativa de islamistas de incendiarem uma rua de prostituição. (...)

Tunisinos contra embaixador francês reclamam país laico
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 5 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-02-20 | Jornal Público
SUMÁRIO: Tunes foi ontem cenário de duas manifestações: centenas de pessoas reuniram-se junto à embaixada de França, reclamando a partida do novo representante de Paris; e noutra concentração, populares pediram uma "Tunísia laica", na sequência da morte de um padre polaco e da tentativa de islamistas de incendiarem uma rua de prostituição.
TEXTO: Junto à embaixada, centenas de tunisinos reclamaram a partida de Boris Boillon, ao qual acusaram de "falta de diplomacia e agressividade" e chamaram "pequeno Sarko". O protesto seguiu-se a um encontro do diplomata com a imprensa, quinta-feira, no qual se recusou a responder a algumas questões, considerando-as "débeis" ou "sem importância". Boillon, 41 anos, com presença no Facebook e no Twitter, até disse que a Tunísia "deu ao mundo uma lição de esperança" e manifestou o desejo de "escrever uma nova página na relação bilateral". Mas o desagrado que manifestou por algumas questões, e a recusa em responder a uma pergunta sobre o posicionamento da França na revolução, provocaram descontentamento. Pouco depois, o embaixador desculpou-se. Mas era tarde: extractos da entrevista foram transmitidos pela TV e redes sociais. Na outra manifestação, também segundo a AFP, centenas de pessoas defenderam uma "Tunísia laica", numa reacção à morte de um padre encontrado degolado na sexta-feira - acto condenado quer pelas autoridades quer por responsáveis islâmicos - e a uma tentativa de islamistas de incendiarem uma rua de prostituição em Tunes . "Parem com os vossos actos extremistas", "Laicidade = liberdade e tolerância", lia-se em tarjas. J. M. R. Frente à embaixada francesa em Tunes, centenas reclamaram a partida de Boris Boillon, que pediu desculpa
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave morte prostituição
O drama das crianças roubadas
Os relatos são tantos e tão espantosos que toda a dúvida parece legítima. E quando se trata de saber quem efectivamente somos e de onde vimos, o caso torna-se explosivo. Práticas falsamente legitimadas pela vitória dos vencedores da Guerra Civil continuaram. Sob o manto do paternalismo para com as mulheres mais débeis. E numa actividade mercantil de compra e venda de recém-nascidos. (...)

O drama das crianças roubadas
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 5 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-02-23 | Jornal Público
SUMÁRIO: Os relatos são tantos e tão espantosos que toda a dúvida parece legítima. E quando se trata de saber quem efectivamente somos e de onde vimos, o caso torna-se explosivo. Práticas falsamente legitimadas pela vitória dos vencedores da Guerra Civil continuaram. Sob o manto do paternalismo para com as mulheres mais débeis. E numa actividade mercantil de compra e venda de recém-nascidos.
TEXTO: Tudo começou nos anos imediatos à vitória de Franco na Guerra Civil, quando às presas republicanas eram retirados os seus recém-nascidos. Ultrapassada a fase mais dura da repressão franquista, a partir dos anos 60 do século passado, esta prática continuou com mulheres em situação mais débil ou mães solteiras. Com a instauração da democracia prosseguiram as adopções ilegais. Iniciativas recentes para favorecer o reencontro entre pais e filhos provocam comoção. Avivam o passado. Despertam suspeitas adormecidas. Suscitam revolta. Geram ansiedades. O drama das crianças roubadas agita a Espanha. "Quando tinha 18 anos, a minha mãe disse-me que tinha uma coisa muito importante para me dizer", recorda ao P2 Inês Madrigal, ferroviária de 41 anos. "Foi então que me disse que era adoptada e eu perguntei-lhe como foi", prossegue. O processo de adopção foi irregular. A própria mãe de Inês o reconhece. Queria um filho e recebeu a recém-nascida Inês das mãos do director da Clínica San Román, de Madrid, como "um presente". Uma bebé fruto de uma aventura extraconjugal de uma mulher casada, segundo a versão do médico: "Nasci, supostamente, em 4 de Junho de 1979. " Franco morrera há mais de quatro anos, a Espanha era governada por Adolfo Suaréz e os espanhóis já tinham referendado a Constituição democrática. "Descobri que o padre jesuíta que me baptizou e me casou, um homem preparado, catedrático de Ciências Exactas, tinha sido o mediador", relata Inês Madrigal. "Fui falar com ele pouco antes de morrer, ao retiro de Múrcia onde residia, disse-me que não sabia nada, mas deu-me o telefone de Eduardo Vela, o director da clínica", recorda. A investigação de Inês ficou, propositadamente, em aberto: "Durante uns anos, por respeito aos meus pais, com os quais tenho uma relação maravilhosa, não fiz mais nada. " Um dia, de visita a Madrid, passou pela clínica. Já não era uma maternidade, mas um hospital geriátrico: "Disseram-me que o médico tinha falecido. " E assim terminaram as suas indagações. Contudo, Eduardo Vela está vivo e mantém um consultório em Madrid. Em declarações ao diário El Mundo de 18 de Julho de 2010, o médico defendeu-se das acusações: "Estou de consciência tranquila. O que eu dizia às mães é que continuassem com a sua gravidez, que podiam dar os filhos para adopção, salvá-los, que as ajudaria, mas nunca por dinheiro. " Ao jornalista, Vela assegura estar "em paz" com o seu "Deus", e é peremptório: "Não sei, como alguns dizem, se havia comércio com as crianças. "Para Inês Madrigal, com a maioridade terminou uma juventude de dúvidas e perguntas. "Tinha sete ou oito anos, então vivíamos em Zafra, na Estremadura, e o filho de um colega do meu pai chamava-me sempre "adoptada"", recorda, referindo-se ao primeiro sobressalto sobre a sua identidade. Mais tarde, procurou o reconhecimento da sua fisionomia na família: "Sempre perguntei com quem me parecia, via as fotos dos familiares e nunca encontrava uma parecença, nada. "Aos 18 anos, acabaram as suspeitas. Apesar de outros relatos se referirem a um negócio, a venda de recém-nascidos, Inês relativiza: "Não quero pensar que o sacerdote jesuíta conhecia a história da venda de crianças", afirma. "Não tenho nenhum rancor", garante. Mesmo "a quem me deixou", à sua mãe desconhecida: "Não posso admitir, para defesa da minha saúde mental, que fui roubada. " Vive sem mágoa. Mas com um desejo: "Agora que sei que o meu caso não foi isolado, farei o possível para encontrar os meus pais biológicos. ""Não sei quem sou"
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave guerra filho mulher homem mulheres
UMAR quer “trazer assédio sexual para a agenda política" e realizar estudo
A UMAR – União de Mulheres Alternativa e Resposta promove a partir de sábado uma digressão pelo país, que tem como objectivos “trazer o assédio sexual para a agenda política” e perceber “qual o índice de vitimização” em Portugal. (...)

UMAR quer “trazer assédio sexual para a agenda política" e realizar estudo
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 5 | Sentimento 0.233
DATA: 2011-02-25 | Jornal Público
SUMÁRIO: A UMAR – União de Mulheres Alternativa e Resposta promove a partir de sábado uma digressão pelo país, que tem como objectivos “trazer o assédio sexual para a agenda política” e perceber “qual o índice de vitimização” em Portugal.
TEXTO: A presidente da Umar, Maria José Magalhães, afirmou que este périplo pelo país, que arranca no sábado em Faro e termina em Junho em Braga, visa sensibilizar a população para o assédio sexual, tanto no trabalho como no espaço público. “Queremos pôr as pessoas a discutir o tema, queremos tomar conhecimento do que as pessoas sabem sobre o assunto”, disse, adiantando que a Umar vai promover um estudo junto da população para apurar, através de inquérito, qual o conhecimento dos portugueses sobre o assédio sexual. “Queremos, no mínimo, ter 2000 respostas para que este estudo possa ter validade científica”, precisou. Através de um questionário, feito porta a porta e disponível online, a Umar quer descobrir o que sabem os portugueses sobre assédio sexual: “o que sabem sobre o assunto, que legislação conhecem, se já foram vítimas e se conhecem quem já tenha sido vítima”. Para Maria José, as mulheres portuguesas “não têm consciência do que é o assédio sexual”, sendo que neste tema “há um elemento que vive muito da cultura e Portugal é muito sexista”. Segundo referiu, muitas vezes nem os próprios homens se apercebem de que estão a assediar. E exemplificou: “Ao assobiar a uma mulher, [o homem] está a mostrar a sua masculinidade e a própria mulher não deixa de achar que é interessante por ser lembrada de que é atraente”. A presidente da Umar entende que “é preciso mudar as expectativas das mulheres sobre si próprias”, lembrando que a sociedade portuguesa “diz que as mulheres têm determinados comportamentos e espaços que lhes são adequados”. Quando há um desvio, acrescentou, no entender de quem importuna, “a mulher estava a pedi-las”. Um piropo, um flirt e um apalpão, mas também uma perseguição, um ataque ou até uma violação, são exemplos de assédio apontados pela responsável. Em Faro, a Umar promove no sábado um workshop no Pátio das Letras que visa dar a conhecer formas de reagir e combater o assédio sexual. Haverá também uma performance nos jardins públicos e uma acção de rua, denominada “Claiming The Night”, que pretende mostrar que “as ruas da noite têm de ser seguras para as mulheres”. No domingo de manhã está prevista uma visita ao mercado municipal, onde serão distribuídos folhetos informativos e será promovido o inquérito nacional. Em 19 de Março a Umar estará com estas iniciativas em Setúbal.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave homens cultura ataque mulher homem violação estudo sexual mulheres perseguição assédio
Lady Gaga divulga hoje em exclusivo na net o videoclip de “Born This Way”
A popular cantora norte-americana Stefani Joanne Angelina Germanotta, mais conhecida por Lady Gaga, lança hoje no seu site oficial o videoclip do seu single de avanço do álbum homónimo “Born This Way”, que será lançado em Maio. (...)

Lady Gaga divulga hoje em exclusivo na net o videoclip de “Born This Way”
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 5 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-02-28 | Jornal Público
SUMÁRIO: A popular cantora norte-americana Stefani Joanne Angelina Germanotta, mais conhecida por Lady Gaga, lança hoje no seu site oficial o videoclip do seu single de avanço do álbum homónimo “Born This Way”, que será lançado em Maio.
TEXTO: O single foi apresentado ao vivo pela primeira vez durante uma actuação na 53. ª edição dos Grammy, no passado dia 13 de Fevereiro. A canção é já número um em 14 países. “Vocês conseguiram, monstros [nome que Lady Gaga dá aos seus fãs]”, escreveu a cantora no seu Twitter. “Obrigada por acreditarem. Vídeo segunda-feira dia 28 às 11 da manhã, Costa Leste”. Para os fãs portugueses, isto significa às 16h00 de hoje. Sabe-se que, para além do videoclip comercial do tema, Lady Gaga apresentará igualmente um segundo videoclip da mesma música, em versão acústica, que estará disponível no iTunes e cujas receitas reverterão a favor de grupos de apoio contra o bullying. O segundo álbum de estúdio de Gaga, “Born This Way”, será lançado no dia 23 de Maio deste ano. O anúncio foi feito pela própria durante o discurso de aceitação do prémio de Vídeo do Ano, nos MTV Video Music Awards.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave cantora
A violação usada como “arma de guerra” no Congo
Milhares de mulheres e de crianças já foram violadas na República Democrática do Congo por militares e rebeldes. Os capacetes azuis não têm conseguido impedir as violações. Mas, pela primeira vez, um grupo de homens foi condenado pela prática destes crimes. (...)

A violação usada como “arma de guerra” no Congo
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 5 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-03-08 | Jornal Público
SUMÁRIO: Milhares de mulheres e de crianças já foram violadas na República Democrática do Congo por militares e rebeldes. Os capacetes azuis não têm conseguido impedir as violações. Mas, pela primeira vez, um grupo de homens foi condenado pela prática destes crimes.
TEXTO: Pela violação de cerca de 60 mulheres em Sud-Kivu, na República Democrática do Congo, nove militares foram condenados, no início deste ano, a penas entre dez a 20 anos de prisão efectiva. Esses militares foram considerados culpados da prática da violência sexual como “arma de guerra”. Apesar ser a primeira condenação por este tipo de crimes, o problema das violações cometidas por militares no Congo, não é de agora. E recentemente estendeu-se às zonas fronteiriças com Angola, vitimando mulheres angolanas, como confirmou no mês passado, em entrevista à “Voz da América”, a responsável das Nações Unidas para a prevenção da violência sexual em conflitos armados, Margot Wallström. Só em Janeiro registaram-se mais de 182 violações em aldeias de ambos os lados da fronteira entre Angola e o Congo, segundo esta responsável. Uma missão das Nações Unidas registou a ocorrência de 1375 violações numa única aldeia, apenas num período de oito meses, por grupos de homens fardados. As vítimas são mulheres e raparigas expulsas de Angola para o Congo. Esta questão que já foi abordada por Margot Wallström junto do presidente congolês Joseph Kabila será também debatida com as autoridades angolanas durante a deslocação desta responsável a Angola marcada para este mês. Em Setembro do ano passado, o Conselho de Segurança da ONU já condenara a violação de mais de 500 mulheres por rebeldes hutus das Forças Democráticas de Libertação do Ruanda (FDLR) e das milícias congolesas Mai-Mai em mais de uma dezena de aldeias da província de Kivu Norte. Entre as vítimas desta situação denunciada por organizações humanitárias, também se encontram crianças. O falhanço da ONU A primeira vaga de violações de 242 mulheres e crianças, algumas com apenas sete anos, ocorreu entre o final de Julho e os primeiros dias de Agosto. Seguiram-se outros 260 casos de violência sexual contra os habitantes de províncias do Kivu Norte e Sul. Algumas mulheres foram violadas alternadamente por cinco ou seis homens, segundo relatou a representante da ONU para a prevenção da violência sexual em conflitos armados, Margot Wallström. A 30 de Julho do ano passado, os rebeldes entraram em Luvungi, uma aldeia de 2160 habitantes do Kivu Norte, a cerca de 30 quilómetros de um campo das Nações Unidas. Os homens da aldeia fugiram ou foram presos, contou aos repórteres da AFP uma mulher que foi violada por quatro homens. E então grupos de dois a sete rebeldes forçaram a entrada nas casas de adobe e maltrataram e violaram as mulheres. Uma delas, de 30 anos, mãe de cinco filhos que foi violentada por dois homens, contou que só escaparam as mulheres que não se encontravam na aldeia naquele momento. A incapacidade de os capacetes azuis conterem a onda de violações verificadas no Congo foi admitida pelo subsecretário-geral das Nações Unidas responsável pelas operações de manutenção de paz, Atul Khare, perante o Conselho de Segurança. “As nossas acções foram insuficientes, o que levou a brutalidades inaceitáveis”, disse, apelando a que os líderes da FDLR fossem punidos, no caso das violações se poderem provar. A Amnistia Internacional apelou também às Nações Unidas e ao Governo do Congo para garantir apoio médico e psicológico urgente às vítimas de violência sexual, bem como às testemunhas. O problema das violações das mulheres no Congo arrasta-se há vários anos. Um relato de 1994 refere a história de uma mulher, Angelique, cujo marido foi degolado pelos rebeldes que entraram na sua aldeia. Amarraram-na entre duas árvores com os braços e as pernas afastadas. Sete homens violaram-na até desmaiar. A seguir enfiaram galhos na sua vagina.
REFERÊNCIAS:
Entidades ONU MAI