Morreu a ex-editora que disse que as más raparigas vão para todo o lado
Quando, nos anos 1960, escreveu o livro Sexo e a rapariga solteira, Helen Gurley Brown chocou a América com a ideia de que as mulheres deviam ser felizes no sexo antes do casamento – ou mesmo sem ele. Como editora da Cosmopolitan, continuou a passar a mensagem. Helen, cujo lema era “as boas raparigas vão para o céu, as más vão para todo o lado”, morreu nesta segunda-feira aos 90 anos. Não é difícil de ver para onde foi. (...)

Morreu a ex-editora que disse que as más raparigas vão para todo o lado
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 12 | Sentimento -0.34
DATA: 2012-08-14 | Jornal Público
SUMÁRIO: Quando, nos anos 1960, escreveu o livro Sexo e a rapariga solteira, Helen Gurley Brown chocou a América com a ideia de que as mulheres deviam ser felizes no sexo antes do casamento – ou mesmo sem ele. Como editora da Cosmopolitan, continuou a passar a mensagem. Helen, cujo lema era “as boas raparigas vão para o céu, as más vão para todo o lado”, morreu nesta segunda-feira aos 90 anos. Não é difícil de ver para onde foi.
TEXTO: Tem no currículo o mérito de ter sido a primeira a levar para as páginas das revistas femininas as discussões sobre sexo, no seu "reinado" na Cosmopolitan, de 1965 a 1997. Defendia, sem pudor, que o prazer no sexo não era exclusivo para os homens e lutou pela liberdade sexual feminina. Desenhou, nas páginas da revista, o ícone da mulher moderna. E pelo caminho ainda salvou a revista da falência. Numa entrevista à Vanity Fair, em 2007, admitiu que esse foi mesmo o seu maior feito. “Os seus conselhos directos e honestos sobre relações, carreira profissional e beleza revolucionaram a indústria das revistas”, resume Frank Bennack, actual chefe executivo da Hearst, empresa proprietária da Cosmopolitan, num comunicado em que anuncia a morte de Helen, num hospital em Nova Iorque, sem avançar as causas. Franck Bennack descreve Helen como uma "lenda" e uma "verdadeira pioneira", que deixou a sua marca na cultura popular e na sociedade, nomeadamente com o best seller "Sexo e a Rapariga Solteira". Nas mãos de Helen Gurley Brown, a revista antecipou-se à famosa série “O sexo e a cidade” em três décadas. Após a notícia da sua morte, a autora desta série de televisão, Candace Bushnell escreveu na sua conta do Twitter: “É mesmo o fim de uma era”. De estatura baixa, ar frágil e cabelo sempre pintado - além dos fatos Chanel, esta era mesmo a sua maior extravagância -, gostava de usar grandes jóias, meias de rede e vestidos curtos. Comia salada com as mãos porque achava que era sexy. Helen tinha em Cleópatra o seu maior ídolo, via nela uma boa chefe e uma boa amante: a sua poção mágica para a felicidade.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave morte homens cultura mulher sexo sexual feminina rapariga
Há 5000 empregos à espera de mulheres sauditas numa cidade só para elas
Podem não ser autorizadas a votar ou a conduzir, mas em breve as mulheres da Arábia Saudita vão ter uma cidade só para elas onde poderão trabalhar longe dos homens, contam os jornais El País e Guardian. Com aproximadamente 5000 empregos nos sectores têxtil, farmacêutico e agro-alimentar, o objectivo é aumentar a independência financeira delas, mantendo, porém, a segregação de géneros imposta pela monarquia ultraconservadora do Golfo. A cidade deverá abrir no próximo ano. (...)

Há 5000 empregos à espera de mulheres sauditas numa cidade só para elas
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 12 | Sentimento 0.0
DATA: 2012-08-14 | Jornal Público
SUMÁRIO: Podem não ser autorizadas a votar ou a conduzir, mas em breve as mulheres da Arábia Saudita vão ter uma cidade só para elas onde poderão trabalhar longe dos homens, contam os jornais El País e Guardian. Com aproximadamente 5000 empregos nos sectores têxtil, farmacêutico e agro-alimentar, o objectivo é aumentar a independência financeira delas, mantendo, porém, a segregação de géneros imposta pela monarquia ultraconservadora do Golfo. A cidade deverá abrir no próximo ano.
TEXTO: O Governo afirmou que era necessário criar mais empregos para que as mulheres fossem mais activas no desenvolvimento do pais e, segundo o jornal económico local Al Eqtisadiah, citado pelo britânico Guardian, um grupo de empresárias respondeu com este projecto. O príncipe Mansour bin Miteb bin Abdulaziz, ministro dos assuntos municipais e rurais, aprovou-a e a cidade deverá ser construída em Hofuf, na província oriental do país. Segundo a Autoridade de Propriedade Industrial Saudita (Modon), a abertura está marcada para o próximo ano e será apenas a primeira de várias planeadas pela Arábia Saudita. A construção, na capital, Riade, de outros quatro complexos industriais para empresárias, empregadas e empregadoras foi igualmente proposta. “Tenho a certeza que as mulheres vão poder demonstrar a sua eficiência em vários aspectos e escolher as indústrias que melhor sirvam os seus interesses e aptidões”, disse, em comunicado, o director geral do Modon, Saleh al-Rasheed. Na Arábia Saudita, as mulheres representam cerca de 15% da força laboral, com a maioria a trabalhar em empregos exclusivamente femininos, pois o número de empregos mistos é ainda muito reduzido. Um estudo realizado em Julho de 2012 indica que 65% das mulheres sauditas quer obter maior independência financeira através das suas carreiras. Para as que têm menos de 25 anos, também é importante fazerem uso das suas qualificações académicas. Nesta cidade industrial, as mulheres deverão poder assumir a gerência de empresas e de linhas de produção nos sectores têxtil, farmacêutico e agro-alimentar. A localização do complexo industrial, em Hofuf, próximo de áreas residenciais, pretende “facilitar o movimento das mulheres de e para o local de trabalho”, afirmou o Modon, em comunicado. O projecto foi pensado para “mulheres trabalhadoras em ambientes e condições de trabalho coincidentes com as regras islâmicas sobre a privacidade feminina”. Vítimas de uma das sociedades mais coercivas do mundo, as mulheres sauditas enfrentam muitas dificuldades no acesso ao emprego, diz o Guardian. Podem trabalhar nas caixas dos supermercados ou nos balcões dos bancos (não mistos) e, desde Janeiro, em lojas de lingerie e de cosméticos. O objectivo é que no final do ano, as mulheres substituam os homens nas lojas em que se vendem abayas, os tradicionais mantos pretos árabes. Porém, as entidades religiosas são um entrave a qualquer mudança, lembrando-lhes que não é permitido trabalhar próximo de homens e de que devem procurar empregos onde não se sintam atraídas por eles, nem os atraiam. O país é constantemente criticado pela discriminação entre géneros, mas em Setembro do ano passado, o rei Abdullah, anunciou que as mulheres deveriam poder votar nas eleições locais de 2015.
REFERÊNCIAS:
Étnia Árabes
UE quer quota mínima de 40% de mulheres nas administrações de grandes empresas
As empresas cotadas europeias vão ser obrigadas a reservar para as mulheres pelo menos 40% dos seus lugares de administradores não executivos, segundo uma proposta que está a ser elaborada pela Comissão Europeia e que foi noticiada nesta terça-feira pelo diário britânico Financial Times. (...)

UE quer quota mínima de 40% de mulheres nas administrações de grandes empresas
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 12 | Sentimento 0.207
DATA: 2012-09-04 | Jornal Público
SUMÁRIO: As empresas cotadas europeias vão ser obrigadas a reservar para as mulheres pelo menos 40% dos seus lugares de administradores não executivos, segundo uma proposta que está a ser elaborada pela Comissão Europeia e que foi noticiada nesta terça-feira pelo diário britânico Financial Times.
TEXTO: A legislação que está a ser preparada, da qual aquele jornal obteve uma cópia, tenta combater o que é visto pelos funcionários europeus como um grave desequilíbrio de género, no conjunto dos 27 Estados-membros da UE, onde dados de Janeiro indicam que as mulheres representavam apenas 13, 7% das posições de administração em empresas cotadas. Apesar de vários países europeus – incluindo a França, a Itália, Espanha e os Países Baixos – terem adoptado os seus próprios sistemas de quotas, limites desse tipo tiveram resistência no Reino Unido e na Suécia, que actualmente não têm quaisquer imposições nesse sentido. Segundo o documento preliminar visto pelo FT, as empresas com mais de 250 funcionários e receitas superiores a 50 milhões de euros anuais terão de informar anualmente acerca da composição de género das suas administrações. Se não cumprirem as quotas obrigatórias, ficam sujeitas a multas administrativas ou serão banidas dos contratos com o Estado. A comissária europeia da Justiça, Viviane Reding, que deverá apresentar esta proposta em Outubro, decidiu avançar com ela após um esquema de incentivos voluntários não ter conseguido melhorar o equilíbrio de género entre os gestores de topo. Um funcionário governamental britânico disse ao FT que o Governo ainda teria de analisar a proposta da Comissão, mas adiantou que o país mantém a oposição ao sistema de quotas. No entanto, esta legislação não está condicionada a sistema de veto, pelo que os britânicos e os suecos não poderão impedir sozinhos a sua adopção.
REFERÊNCIAS:
Entidades UE
“Rainha da cocaína” assassinada em Medellín
Griselda Blanco, conhecida como “Rainha da cocaína”, foi assassinada nesta segunda-feira, em Medellín, na Colômbia. (...)

“Rainha da cocaína” assassinada em Medellín
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 12 | Sentimento 0.0
DATA: 2012-09-04 | Jornal Público
SUMÁRIO: Griselda Blanco, conhecida como “Rainha da cocaína”, foi assassinada nesta segunda-feira, em Medellín, na Colômbia.
TEXTO: A mulher, de 69 anos, cuja alcunha surgiu na década de 1970, foi atingida na cabeça por disparos efectuados por um homem, que fugiu numa moto, quando se encontrava à porta de um estabelecimento comercial naquela cidade colombiana, acompanhada de uma das suas filhas, que está grávida e saiu ilesa do ataque. As autoridades colombianas, citadas pela imprensa internacional, destacam o envolvimento de Blanco no tráfico de estupefacientes, comparando-a aos grandes chefes dos cartéis de droga de Medellín e de Cali, como Pablo Escobar, Carlos Ledher ou os irmãos Miguel e Gilberto Rodríguez. Griselda Blanco, também chamada “Madrinha”, ficou conhecida por ser pioneira no tráfico de cocaína da Colômbia para os Estados Unidos e por ser implacável com os rivais: matou ou mandou matar alguns. Um dos seus maridos teve a mesma sorte, segundo relatos sobre a sua vida. Em 1985, a colombiana foi detida e depois condenada nos Estados Unidos a 20 anos de prisão, por “conspiração para introduzir cocaína” em território norte-americano, através do estado da Florida. Em 2004, foi deportada para a Colômbia, onde permaneceu escondida, até esta segunda-feira. Blanco chegou a ser considerada uma das mulheres mais ricas do mundo.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave ataque mulher prisão homem mulheres
Menina paquistanesa acusada de blasfémia vai ser libertada
A menina paquistanesa acusada de blasfémia vai ser libertada sob o pagamento de uma fiança de cerca de um milhão de rupias (cerca de 8300 euros), que deverá ser paga por uma aliança de minorias religiosas do Paquistão. (...)

Menina paquistanesa acusada de blasfémia vai ser libertada
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 12 | Sentimento 0.0
DATA: 2012-09-07 | Jornal Público
SUMÁRIO: A menina paquistanesa acusada de blasfémia vai ser libertada sob o pagamento de uma fiança de cerca de um milhão de rupias (cerca de 8300 euros), que deverá ser paga por uma aliança de minorias religiosas do Paquistão.
TEXTO: Ainda não foram avançados mais detalhes sobre a decisão do juiz de libertar Rimsha Masih, que terá 14 anos, mas este sábado deverão ser publicados mais dados sobre o caso. Não ficou, no entanto, claro quando Rimsha será libertada. Para já, não há qualquer confirmação de que a fiança já tenha sido paga. Segundo advogado da menor, Tahir Naveed Chaudhry, esta é a primeira vez que uma pessoa acusada de blasfémia beneficia de uma decisão como a libertação sob fiança. Após o pagamento da fiança, Rimsha deverá ser levada para uma casa vigiada pelas autoridades. "A próxima audiência em tribunal é esperada dentro de três ou quatro meses", acrescentou Chaudhry. O caso de Rimsha deu uma volta inesperada nos últimos dias, com a detenção de um imã acusado de colocar páginas queimadas do Corão entre os pertences da menina, o que levou a que a menor fosse acusada de blasfémia e depois detida. O incidente levou à saída de muitas famílias cristãs de Mehrabad, um bairro cristão da cidade de Islmabad. E terá sido esse mesmo o efeito pretendido pelo imã Khalid Chisti ao tentar incriminar Rimsha, que segundo o seu advogado terá síndrome de Down. Era a única maneira de fazer sair os cristãos do bairro, tinha dito a testemunhas que vieram, entretanto, falar contra ele. O caso provocou a condenação internacional, ao ser noticiado que uma multidão em fúria tinha pedido para que Rimsha fosse castigada por ter alegadamente queimado o Corão, um crime de blasfémia que pode levar a uma condenação à morte. Agora é o imã que enfrenta essa acusação. Mas apesar deste novo dado, a acusação no caso de Rimsha mantém que a menina é culpada de blasfémia.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave crime morte tribunal
Cinco mulheres mais importantes do que se pensava na vida de Jesus
Foi uma mulher a primeira a receber o anúncio da ressurreição de Jesus, que os cristãos hoje assinalam. Mas há outras mulheres importantes na vida de Cristo, mais decisivas do que tradicionalmente se acreditava. (...)

Cinco mulheres mais importantes do que se pensava na vida de Jesus
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 12 | Sentimento 0.45
DATA: 2012-09-19 | Jornal Público
SUMÁRIO: Foi uma mulher a primeira a receber o anúncio da ressurreição de Jesus, que os cristãos hoje assinalam. Mas há outras mulheres importantes na vida de Cristo, mais decisivas do que tradicionalmente se acreditava.
TEXTO: Maria de Nazaré, Maria Madalena, a samaritana ou a cananeia. Elas estavam lá desde o início. Apesar de desprezadas pela história, várias mulheres tiveram um papel fundamental na vida de Jesus. Muito mais decisivo do que se pensava tradicionalmente. A investigação bíblica recente começa a desvendar factos que contradizem a ideia feita. E a vincar que as mulheres fazem parte do grupo de discípulos de Jesus de forma igual à dos homens. Assim é: elas estavam lá desde o início e foram apóstolas, discípulas, evangelizadoras, financiadoras, interpeladoras de Jesus. “Jesus aceitou-as e não as discriminou pelo facto de serem mulheres”, diz à 2 Maria Julieta Dias, religiosa do Sagrado Coração de Maria e coautora de A Verdadeira História de Maria Madalena (ed. Casa das Letras). “Jesus não foi misógino, foi sempre ao encontro das mulheres”, acrescenta Cunha de Oliveira, que acaba de publicar Jesus de Nazaré e as Mulheres (ed. Instituto Açoriano de Cultura). Os evangelhos citam várias vezes as mulheres que seguiam Jesus “desde a Galileia”, onde ele começara o seu ministério de pregador itinerante. No momento da crucifixão, são elas que estão junto a Ele. Lê-se no evangelho de S. Mateus: “Estavam ali, a observar de longe, muitas mulheres que tinham seguido Jesus desde a Galileia e o serviram. Entre elas, estavam Maria de Magdala, Maria, mãe de Tiago e de José, e a mãe dos filhos de Zebedeu. ” E é a uma mulher que primeiro é anunciada a ressurreição de Jesus, que os cristãos assinalam hoje, Domingo de Páscoa. Maria Julieta Dias recorda que, em outra passagem do evangelho de Lucas, já se diz que acompanhavam Jesus “os Doze e algumas mulheres, que tinham sido curadas de espíritos malignos e de enfermidades: Maria, chamada Madalena, da qual tinham saído sete demónios; Joana, mulher de Cuza, administrador de Herodes; Susana e muitas outras, que os serviam com os seus bens”. As mulheres estavam lá, como discípulas. Em Um Judeu Marginal (ed. Imago/Dinalivro), John P. Meier, um dos mais conceituados exegetas bíblicos contemporâneos, não tem dúvidas: “O Jesus histórico de facto teve discípulas? Por esse nome, não; na realidade (. . . ), sim. Por certo, a realidade, mais do que o rótulo, teria sido o que chamou a atenção das pessoas. (. . . ) Quaisquer que sejam os problemas de vocabulário, a conclusão mais provável é que ele considerava e tratava essas mulheres como discípulas. ” Julieta Dias explica que só se fala em discípulo, no masculino, porque, em aramaico, a palavra não existia. Discípulo era aquele ou aquela que servia o mestre. Mesmo assim, “deve ter sido tão forte o testemunho dessas mulheres que foi quase impossível ignorar o seu testemunho, 40 anos depois, quando os evangelhos foram escritos”. Em Jesus e as Mulheres dos Evangelhos (ed. Multinova), Maria Joaquina Nobre Júlio recorda que, na ressurreição, o desconhecido que se dirige às mulheres que iam perfumar o corpo de Jesus, lhes diz: “Porque buscais o vivente entre os mortos? Não está aqui; ressuscitou! Lembrai-vos de como vos falou, quando ainda estava na Galileia. ” Este facto revela que as mulheres estavam incluídas entre o auditório de Jesus, comenta. Sobre o seu ministério, “Jesus não falou afinal só aos discípulos homens”. A teóloga espanhola Isabel Gómez Acebo (que é também empresária, casada e dirigente das associações de Teólogas Espanholas e Europeia de Mulheres para a Teologia) diz à 2 que “a todos os discriminados, incluindo às mulheres, Jesus veio devolver a dignidade e a liberdade”. “As mulheres mostram uma forma nova de Jesus se aproximar”, diz Maria Vaz Pinto, freira das Religiosas Escravas do Sagrado Coração de Jesus há 26 anos e provincial (responsável) portuguesa da congregação desde Setembro de 2009. “Com elas, Jesus mostra a sua ternura e o seu humor, chama à verdade da vida e à radicalidade da entrega. ”
REFERÊNCIAS:
Étnia Judeu
Um quarto das meninas com quatro anos tem peso a mais
Já se sabia que os dados da obesidade infantil em Portugal eram altos, mas uma equipa de investigadores da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto encontrou pelo menos 17% de meninos e 26% de meninas, com quatro anos, com excesso de peso e obesidade. Estes também já tinham associados níveis de colesterol e pressão arterial mais altos. (...)

Um quarto das meninas com quatro anos tem peso a mais
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 12 | Sentimento 0.0
DATA: 2012-09-19 | Jornal Público
SUMÁRIO: Já se sabia que os dados da obesidade infantil em Portugal eram altos, mas uma equipa de investigadores da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto encontrou pelo menos 17% de meninos e 26% de meninas, com quatro anos, com excesso de peso e obesidade. Estes também já tinham associados níveis de colesterol e pressão arterial mais altos.
TEXTO: Um estudo da Childhood Obesity Surveillance Initiative, em 2008, apontava para 32, 2% de crianças portuguesas, dos seis aos oito anos, com excesso de peso, o que incluía a obesidade. O que agora este estudo revela é que o problema é detectável "muito mais cedo", nota a coordenadora executiva do projecto Geração XXI, Ana Cristina Santos. Avaliada uma amostra de cerca de 8500 crianças, nascidas entre Abril de 2005 e Agosto de 2006, no Porto, constata-se que a prevalência de excesso de peso e obesidade aos quatro anos era muito alta, mas variava caso se usasse critérios da International Obesity Task Force (IOTF) ou do norte-americano Centers for Disease Control and Prevention (CDC). Usando a metodologia do IOTF, na alçada da Associação Internacional para o Estudo da Obesidade, no Reino Unido, o cenário é, apesar de tudo, mais optimista: há 10, 8% de meninos de quatro anos com excesso de peso, a par de 17, 6% de meninas; neles a obesidade é calculada em 6%, nelas em 8, 6%. Mas, se forem utilizados os critérios do CDC, o cenário é pior: há 13, 9% de meninos com excesso de peso e 11, 9% de obesos; nas meninas, estes valores atingem os 18, 5% e 15, 6%, respectivamente. Contas feitas, mesmo no cenário mais optimista, um total de 16, 8% dos rapazes tem peso a mais - somando excesso de peso e obesidade -, algo que acontece com mais de um quarto (26, 2%) das raparigas. No retrato mais pessimista, serão 25, 8% de meninos e 34, 1% de meninas com peso a mais. A equipa de investigadores fez um outro achado: na população que já tem peso excessivo em idades tão precoces, também foi possível encontrar níveis mais altos de colesterol alto e de pressão arterial, dois factores de risco cardiovascular. "A diabetes 2 também era uma doença de velho", alerta a investigadora. Note-se que no novo Programa Nacional de Saúde Infantil e Juvenil, da Direcção-Geral da Saúde, se refere que "a hipertensão arterial na idade pediátrica é um problema que está a adquirir uma dimensão crescente devido, em grande parte, à modificação dos estilos de vida e ao aumento da prevalência da obesidade". Recomenda-se, assim, que a tensão arterial seja avaliada nas consultas de vigilância a todas as crianças a partir dos três anos de idade. Epidemia da obesidadeNa segunda fase deste projecto, que pretende seguir as crianças até à idade adulta, o objectivo é tentar relacionar as características encontradas nos mais pequenos com as das suas mães. Embora estes dados tenham começado a ser tratados, é possível concluir que "a obesidade aos quatro anos estava associada a características maternas e da gravidez, como o índice de massa corporal antes da gravidez". "Acreditamos que haja um efeito intergeracional na obesidade", diz a investigadora. Ana Cristina Santos afirma que estes dados devem reforçar os sinais de alerta em torno da chamada "epidemia da obesidade". A avaliar pelo estudo, nesta geração haverá mais adultos com peso a mais do que agora, o que a investigadora considera "preocupante", uma vez que, na população adulta portuguesa, o excesso de peso e a obesidade já estão estimados em metade da população. Ao que acresce a probabilidade de virem a ser adultos com hipertensão, colesterol e glicose elevados, todos factores de risco que aumentam a probabilidade de desenvolverem doenças cardiovasculares. Em Portugal, este tipo de problema "não estava descrito numa população tão nova, é algo que esperaríamos que acontecesse mais tarde", avalia a investigadora, sublinhando que "a prevenção tem mesmo de ser prevenção" e notando que as estratégias a desenvolver "têm de abranger as grávidas, idealmente antes da concepção". "O peso das mães antes e durante a gravidez é determinante no peso que os filhos terão aos quatro anos", conclui.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave doença estudo infantil
Mulheres com diabetes cuidam-se melhor do que os homens
Há diferenças entre os sexos na forma como se lida com a diabetes. Segundo estimativas da Federação Internacional de Diabetes (IDF em inglês), 8,7% dos homens tem diabetes, e 8,3% das mulheres sofre do mesmo. Isto num universo de 25 países estudados, 23 da OCDE e, ainda, Letónia e Malta. (...)

Mulheres com diabetes cuidam-se melhor do que os homens
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 12 | Sentimento 0.5
DATA: 2012-11-13 | Jornal Público
SUMÁRIO: Há diferenças entre os sexos na forma como se lida com a diabetes. Segundo estimativas da Federação Internacional de Diabetes (IDF em inglês), 8,7% dos homens tem diabetes, e 8,3% das mulheres sofre do mesmo. Isto num universo de 25 países estudados, 23 da OCDE e, ainda, Letónia e Malta.
TEXTO: Apesar das diferenças entre homens e mulheres com diabetes não serem significativas, o estudo revela que há uma diferença notória na maneira como cada género se cuida. A média de internamentos devido a diabetes mal controlados é, nos homens, de 188 por 100 mil, enquanto que nas mulheres é de 143 por 100 mil, segundo dados divulgados pela OCDE esta terça-feira. Isto demonstra que os homens não estão a tirar o máximo partido dos serviços primários de cuidados de saúde quando comparados com as mulheres, diz o estudo. Em Portugal, segundo dados de 2010 do Observatório Nacional da Diabetes, a prevalência da doença atingia 12, 4% da população entre os 20 e os 79 anos, ou seja, mais de 900 mil pessoas. Por cá, ambos os sexos têm alta prevalência de diabetes mas baixas taxas de internamento. A diminuição dos números de internados com diabetes em Portugal pode estar relacionada com o progresso nos cuidados de saúde. Estes dados divulgados são parte do relatório Health at a Glance: Europe 2012, que será conhecido esta sexta-feira. Esta doença que pode ser mortal, pode tornar-se um preocupação ainda maior daqui a 18 anos. As Nações Unidas (ONU) alertam para que a morte por diabetes vai aumentar 60% em 2030, causando a morte de 4, 8 milhões de pessoas por ano. A ONU apontou o envelhecimento e o estilo de vida não saudável como os principais responsáveis. A diabetes é uma das patologias não transmissíveis mais frequente, afectando 347 milhões de pessoas em todo o mundo. Segundo a OCDE, a perda de peso moderada e as mudanças de dieta podem retardar e evitar o aparecimento da doença, e a melhor gestão da glicose no sangue pode reduzir futuras complicações. No entanto, muitos doentes nos países analisados não recebem tratamento até terem complicações mais sérias. Os dados da Organização Mundial da Saúde mostram que 80% das pessoas com diabetes vivem nos países desenvolvidos, onde é possível diagnosticar a tempo a doença. “A diabetes afecta os recursos dos sistemas nacionais de saúde e ameaça reverter os avanços conquistados com muito esforço nos países menos desenvolvidos”, afirmou o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, num comunicado que assinala o Dia Mundial da Diabetes, que se celebra na quarta-feira. Há um ano, a assembleia geral da ONU reconheceu a diabetes como um desafio global, fixando o objectivo de reduzir em 25% a mortalidade prematura causada por estas doenças até 2025.
REFERÊNCIAS:
Entidades ONU OCDE
Peixe-zebra, VIH e bactéria que dá energia valem prémios a três mulheres
Investigadoras ganharam as Medalhas de Honra L’Oréal Portugal para as Mulheres na Ciência. Os 20 mil euros do prémio vão para trabalhos que podem ter influência na medicina e nas energias renováveis. (...)

Peixe-zebra, VIH e bactéria que dá energia valem prémios a três mulheres
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 12 | Sentimento 0.3
DATA: 2013-01-17 | Jornal Público
SUMÁRIO: Investigadoras ganharam as Medalhas de Honra L’Oréal Portugal para as Mulheres na Ciência. Os 20 mil euros do prémio vão para trabalhos que podem ter influência na medicina e nas energias renováveis.
TEXTO: Há uma diferença na capacidade regenerativa entre os peixes-zebras, estudados por muitos cientistas, e mamíferos como nós. Se ocorrer uma lesão na coluna, os peixes-zebra ficam aleijados e não conseguem logo nadar, mas passado um mês regeneram-se e voltam a movimentar-se. Um acidente parecido numa pessoa resulta numa paralisia definitiva. Ana Ribeiro está a estudar as características desta regeneração nos peixes, o que pode dar pistas para tratamentos futuros no homem. Por este projecto, a investigadora de 32 anos recebe nesta quarta-feira uma das três Medalhas de Honra L’Oréal Portugal para as Mulheres na Ciência, entregues às 17h30 no Pavilhão do Conhecimento, em Lisboa. Ao seu lado estará Ana Abecasis, que vai avaliar as mutações do vírus da sida que resistem aos fármacos. Esta cientista de 33 anos quer definir terapias mais apropriadas consoante os vírus em cada pessoa. Leonor Morgado, a terceira vencedora da nona edição do prémio, tem estudado proteínas importantes de uma bactéria que dá electricidade e agora vai tentar alterar a sua maquinaria celular para melhorar o rendimento. Cada investigadora receberá 20 mil euros. O prémio é uma parceria entre a L’Oréal Portugal, a Comissão Nacional da UNESCO e a Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT) e pretende incentivar jovens investigadoras a realizarem projectos na área da saúde e do ambiente. O júri, presidido por Alexandre Quintanilha, escolheu entre 70 candidaturas. Ana Ribeiro está interessada na forma como funcionam as células estaminais adultas, capazes de se diferenciarem noutras. Em laboratório, aquelas células dos mamíferos conseguem dar origem a várias células do tecido nervoso, como neurónios, astrócitos e oligodendrócitos. Mas quando há uma lesão na espinal medula origina uma paralisia, as células estaminais adultas dos mamíferos só se diferenciam em astrócitos. “Já as do peixe-zebra conseguem gerar todas as outras. A nossa ideia é caracterizar o processo que acontece na medula do peixe”, explica Ana Ribeiro, do Instituto de Medicina Molecular, em Lisboa. Para isso, vai criar peixes transgénicos, onde se pode detectar a diferenciação das células estaminais adultas nos vários tipos de células nervosas. Assim, poderá compreender os mecanismos ocorridos no peixe, mas não nos mamíferos. “O prémio reconhece o potencial do projecto e ajuda à sua manutenção. ” Já para Leonor Morgado, da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, a medalha representa “o reconhecimento do trabalho” que tem feito. No doutoramento, já tinha estudado proteínas da respiração celular da Geobacter sulfurreducens, uma bactéria que vive em sedimentos onde não há oxigénio. Nesse processo, esta bactéria lança para o exterior electrões, que podem ligar-se a materiais perigosos — e assim ajudar a removê-los do ambiente — ou podem ser usados para gerar corrente eléctrica. “No laboratório, [esta bactéria] consegue pôr calculadoras a funcionar”, conta Leonor Morgado. A ideia do projecto é alterar o funcionamento das proteínas envolvidas na respiração celular para optimizar a corrente eléctrica. “Submeti este projecto à FCT e não foi aprovado. Se não fosse o prémio, não poderia avançar com ele. ” Também Ana Abecasis, do Instituto de Higiene e Medicina Tropical, em Lisboa, se candidatou sem sucesso a fundos da FCT para estudar as mutações do vírus da sida. “O prémio dá uma enorme ajuda. Estou muito contente. ” Agora vai poder comprar servidores para gerir muitos dados e que permitam identificar mutações importantes. O VIH tem um material genético que tolera muitas mutações, que permitem ao vírus resistir aos fármacos antirretrovirais. Mas quando o vírus é transmitido a um novo hospedeiro que não está em tratamento, uma parte das mutações reverte e não se mantém nos hospedeiros. Mas outra parte fixa-se. Um estudo de 2007 em Portugal concluiu que 8% dos novos infectados têm estirpes resistentes aos antirretrovirais. Ana Abecasis analisará as mutações do VIH em pessoas infectadas para identificar as que se mantiveram. Os resultados possibilitarão escolher os melhores fármacos para evitar essas resistências.
REFERÊNCIAS:
Dois militares americanos condenados pela violação de rapariga no Japão
Em Outubro, os dois militares violaram e roubaram a rapariga. Confessaram o crime e foram condenados a nove e dez anos de prisão. (...)

Dois militares americanos condenados pela violação de rapariga no Japão
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 12 | Sentimento -0.05
DATA: 2013-03-01 | Jornal Público
SUMÁRIO: Em Outubro, os dois militares violaram e roubaram a rapariga. Confessaram o crime e foram condenados a nove e dez anos de prisão.
TEXTO: Dois militares norte-americanos foram condenados esta sexta-feira a nove e dez anos de prisão pela violação de uma japonesa, em Outubro de 2012, em Okinawa, sul do Japão, onde os Estados Unidos têm uma base militar. O crime provocou a indignação no país com quem Washington tem relações de cooperação e amizade. Christopher Browning, 24 anos, e Skyler Dozierwalker, 23, eram acusados de assaltar e violar uma jovem num parque de estacionamento, crimes que os dois acabaram por confessar. Browning foi sentenciado a dez anos de prisão e Dozierwalker a nove. O caso indignou os habitantes de Okinawa, mas não só: o Governo japonês fez saber através do ministro da Defesa que o país sentiu "uma forte raiva e indignação". Em Outubro, pouco depois do crime, o secretário de estado adjunto norte-americano, Kurt Campbell, que se encontrava em visita a Tóquio, fez um pedido de desculpas público aos habitantes de Okinawa. Este não foi o primeiro caso de violação atribuído a militares norte-americanos. Em 2008, um marine violou uma rapariga de 14 anos, também em Okinawa. Tal como no caso mais recente, houve um pedido de desculpas por parte dos Estados Unidos. Condoleezza Rice, na altura secretária de Estado, afirmou lamentar “profundamente” o sucedido. São frequentes as queixas da população local contra militares ali colocados, como barulho ou desordem. Estas queixas e a violação de uma menor tiveram consequências, com as perto de 50 mil pessoas que fazem parte do pessoal militar norte-americano em Okinawa a ficarem sujeitas ao recolher obrigatório e a restrições ao consumo de bebidas alcoólicas, lembra a BBC. Os casos relacionados com militares são resolvidos em tribunais internos militares, mas a justiça japonesa pode pedir que sejam julgados em tribunais civis quando os crimes cometidos ocorram fora do perímetro da base ou envolvam a violação ou morte de uma pessoa. A acusação no caso que ocorreu há quatro meses exigia uma condenação mínima de 12 anos de prisão para os dois homens, sublinhando que depois de violarem a jovem roubaram-na. O juiz responsável pelo processo, Hideyuki Suzuki, justificou a setença decidida com a característica dos crimes cometidos, que considerou “desprezível e violento”. Apesar dos dois militares terem confessado, a defesa argumentou que o pedido de condenação feito pela acusação era excessivo. Christopher Browning e Skyler Dozierwalker vão cumprir a pena numa prisão japonesa.
REFERÊNCIAS:
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