Xeque saudita defende que conduzir danifica os ovários das mulheres
A Arábia Saudita é o único país do mundo que proíbe as mulheres de conduzir (...)

Xeque saudita defende que conduzir danifica os ovários das mulheres
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 12 | Sentimento 0.0
DATA: 2013-09-29 | Jornal Público
SUMÁRIO: A Arábia Saudita é o único país do mundo que proíbe as mulheres de conduzir
TEXTO: Saleh bin Saad al-Lohaidan, um dos religiosos conservadores mais importantes da Arábia Saudita, defendeu que a condução de automóveis pode danificar os ovários das mulheres. "Se uma mulher conduz um carro sem que seja absolutamente necessário pode sofrer consequências psicológicas negativas, já que existem estudos médicos fisiológicos que demonstram que a condução afecta automaticamente os ovários e pressiona a pélvis para cima", afirmou o xeque saudita. "Por isso achamos que aquelas que conduzem habitualmente têm crianças com problemas clínicos de diferentes níveis", assegurou numa entrevista dada à publicação digital Sabq. org. Saleh bin Saad al-Lohaidan defendeu ainda que as mulheres que desafiam a proibição de conduzir deviam privilegiar "a razão em vez do coração, emoções e paixões". A Arábia Saudita é o único país do mundo que proíbe as mulheres de conduzir. Apesar de não exisitir uma lei específica, apenas os homens têm direito a obter carta de condução. A proibição baseia-se em fatwas (éditos) emitidos por líderes religiosos wahhabitas, corrente rigidamente puritana muito influente junto da monarquia saudita. As mulheres que forem identificadas a conduzir podem ser multadas e detidas. Na Arábia Saudita, as mulheres precisam de uma autorização por escrito do marido, pai, irmão ou mesmo do filho para sair do país, trabalhar ou até submeter-se a operações cirúrgicas. Saleh al Luhaidan é conselheiro jurídico numa associação de psicólogos. Pode aconselhar o Governo e influenciar as políticias conservadoras do regime. Um grupo de activistas lançou recentemente uma campanha para contestar a proibição de conduzir, pedindo às mulheres sauditas para saírem à rua com os seus próprios carros no próximo dia 26 de Outubro. O site que promove a acção está bloqueado no país desde hoje. A contestação contra a proibição é crescente e muitas mulheres partilham nas redes sociais e no YouTube imagens de si mesmas a conduzir. Manal al-Sharif, 32 anos, consultora de tecnologias de informação, divulgou em 2011 um vídeo em que conduzia e incentivava outras mulheres a aderir ao movimento Women2Drive. Acabou presa. Foi obrigada a pôr por escrito que não voltaria a conduzir e foi libertada dez dias depois de ter sito detida. Em Junho deste ano, Manal al-Sharif foi uma das convidadas das conferências TED. "Houve uma campanha de difamação organizada contra mim. Foi uma punição por me ter atrevido a desafiar as regras da sociedade", contou. "Tornei-me numa vilã no meu país e uma heroína no estrangeiro". Manal al-Sharif, que entretanto se tornou uma activista por esta causa, diz que lhe perguntam muitas vezes quando é que ela acha que as mulheres vão poder conduzir na Arábia Saudita. "Só se as mulheres pararem de perguntar 'quando'?"Notícia corrigida às 17h41 de 29 de Setembro: O xeque citado é Sheikh Saleh bin Saad al-Lohaidan e não Saleh binMohammed al-Lohaidan, como inicialmente havia sido avançado pela agência Reuters.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave homens lei filho mulher mulheres
Mulheres ajudavam a fazer explodir caixas multibanco
Judiciária desmantelou rede violenta que incluía as duas primeiras mulheres a ser detidas por este crime no país. (...)

Mulheres ajudavam a fazer explodir caixas multibanco
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 12 | Sentimento 0.0
DATA: 2013-10-10 | Jornal Público
SUMÁRIO: Judiciária desmantelou rede violenta que incluía as duas primeiras mulheres a ser detidas por este crime no país.
TEXTO: Há duas mulheres no gangue mais recentemente detido por fazer explodir caixas multibanco. É uma característica inédita num crime habitualmente praticado por homens, diz o director da Unidade Nacional Contra Terrorismo da Judiciária, Luís Neves. A Polícia Judiciária (PJ) anunciou nesta quinta-feira, em conferência de imprensa, o desmantelamento desta associação criminosa de 13 pessoas, que, além de se dedicarem às máquinas multibanco, que conseguiam fazer explodir com gás, se dedicavam “à prática de furtos sobre viaturas, residências e estabelecimentos comerciais”, bem como ao branqueamento de capitais. “Era constituída por indivíduos extremamente perigosos, com vastos antecedentes criminais”, refere a PJ em comunicado. As mulheres “são relativamente jovens e ocupavam uma posição de relevo” no gangue, explicou Luís Neves, acrescentando que o grupo actuava entre a península de Setúbal e o interior alentejano. O grupo é suspeito de uma dezena de ataques a máquinas ATM, como sucedeu em Coruche e Santiago do Cacém. Conseguiram escapar várias vezes à GNR, contra a qual chegaram a disparar embora sem causar feridos, por conhecerem bem os caminhos de terra batida da região que usavam para escapar quando eram perseguidos pelas autoridades. Do arsenal que lhes foi apreendido destacam-se não só caçadeiras como mocas, matracas e marretas, que os investigadores crêem terem servido para agredir as suas vítimas. A PJ recusa-se a divulgar os montantes obtidos pelo grupo através das explosões. “Eram relativamente reduzidos quando comparados com os estragos que os crimes originaram”, limitou-se a dizer o mesmo responsável, garantindo que a Judiciária está “na recta final” de desmantelamento de todas as redes criminosas que têm atacado as caixas multibanco, fazendo-as explodir.
REFERÊNCIAS:
Entidades GNR PJ
A maior dificuldade das mulheres empreendedoras é acreditarem nelas próprias
David Clutterbuck, especialista mundial em mentoring e coaching, programas que ajudam homens e mulheres a progredirem na carreira, diz que o investimento em mulheres empreendedoras tem, em média, mais retorno do que em homens. (...)

A maior dificuldade das mulheres empreendedoras é acreditarem nelas próprias
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 12 | Sentimento 1.0
DATA: 2014-06-03 | Jornal Público
SUMÁRIO: David Clutterbuck, especialista mundial em mentoring e coaching, programas que ajudam homens e mulheres a progredirem na carreira, diz que o investimento em mulheres empreendedoras tem, em média, mais retorno do que em homens.
TEXTO: Falta auto-confiança às mulheres empreendedoras, diz David Clutterbuck, que está hoje em Lisboa para lançar o Programa de Mentoring da , Associação para o Desenvolvimento do Talento Humano e da Iniciativa Empresarial Feminina. O especialista em mentoring, consultor e autor de 50 livros sobre o tema, acredita que ter um mentor, alguém experiente, que faça as perguntas difíceis, pode ajudar a aumentar o número de mulheres empresárias. Qual é a diferença entre ter um mentor e um colega de trabalho que nos ajuda?Um mentor é alguém que pode ser um amigo, um exemplo a seguir, com muita experiencia em carreira ou numa determinada área de trabalho e a quem podemos recorrer. É mais honesto do que um amigo?Sem dúvida. Diz coisas que um amigo poderia ter receio em dizer porque o seu papel é precisamente dar feedback. E o que é preciso para ser um bom mentor?Um bom mentor é alguém com muita experiência e que nos ajuda a pensar no que queremos fazer. Alguém experiente a fazer as perguntas certas, que nos ajuda a sermos honestos connosco próprios. O mentoring usa-se através de um programa estruturado?Sim, há programas específicos para mulheres empreendedoras, por exemplo, e nestes casos a qualidade da relação com o mentor é muito melhor. Há pouco perguntava o que faz de alguém um bom mentor e eu acrescento que é alguém com experiência e humildade. Porque não pode impor uma ideia ou forma de estar?Sim, não pode dizer o que fazer. Ajuda alguém com a qualidade do seu pensamento. Ajuda outro a pensar em si, na sua carreira. As mulheres precisam mais de programas de mentoring do que os homens?As mulheres tendem a aceitar melhor que precisam de um mentor, são melhores ouvintes do que os homens. E essa qualidade, muito melhor desenvolvida, é crítica. Os homens são melhores a colocar questões críticas. Têm, além disso, uma paixão por aprender, o que torna estes programas mais eficazes. Mas precisam mais de ajuda por terem, porventura, mais falta de confiança nas suas capacidades?Sim, porque a maior dificuldade é acreditarem nelas. Num estudo que fizemos com 100 mulheres de sucesso que participaram em programas de mentoring, 50% decidiram criar o seu próprio negócio, e as restantes decidiram ficar na empresa. Em todas elas, a decisão de ficarem ou saírem foi tomada depois de terem sido acompanhadas por um mentor. Colocou-lhes questões que as obrigaram a tomar uma decisão. Que resultados se esperam depois de um programa destes? Conseguir tomar decisões difíceis?Tendo em conta que ajuda as pessoas a pensarem nelas próprias, passam a compreender-se melhor e a perceber melhor o ambiente que as rodeia. Descobrimos que estes programas produzem quatro tipos de resultados. Pode haver uma mudança na carreira e, entre as mulheres empreendedoras, isso significa arrancar com o seu negócio e fazê-lo funcionar. Sabemos que, em média, o investimento em mulheres empreendedoras tem mais retorno do que em homens empreendedores, sobretudo em pequenos negócios. O segundo resultado é que, com base na experiência do mentor, conseguem antecipar o que esperar da sua decisão. Depois, têm um plano de desenvolvimento pessoal e um modelo de negócio desenhado. E também há resultados do ponto de vista emocional. Saber quem somos, para onde vamos e porquê é algo de muito poderoso. Em Portugal, a Agência para a Competitividade e Inovação (Iapmei) está a ponderar criar a figura de um mentor para acompanhar a recuperação de empresas. É uma boa ideia?Isso não é mentoring. Um mentor é alguém que trabalha com um indivíduo e que o ajuda a passar por transições significativas. Não é um serviço para a recuperar empresas. É conhecido como o mestre das questões difíceis. Qual é a pergunta mais difícil que se pode colocar a alguém?Depende das circunstâncias, mas será sempre aquela que leva alguém a pensar de forma mais profunda. Por exemplo, uma mulher com quem trabalhei tinha muita dificuldade em equilibrar a vida pessoal com profissional. E eu perguntei-lhe: “Como é que se recompensa?”. Ela pensou na pergunta durante dias. Foi uma questão importante para ela. E que reacção é que as pessoas têm quando lhes coloca essas questões?Um dia recebi um e-mail de uma pessoa de quem eu tinha sido mentor. Dizia-me: “Provavelmente já não se lembra de mim, mas colocou-me várias questões. Há dois anos, finalmente, consegui responder a uma delas e mudei toda a minha carreira”. Enviou-me o mail a agradecer. Os seus objectivos são introduzir mudança?Sim. Veja-se o caso da presença das mulheres em cargos de decisão. A falta de mulheres no topo empobrece as organizações. E muito do mentoring que fazemos com mulheres é ao nível da reputação. As mulheres são boas a gerir a rede de contactos, mas não tanto a sua reputação (os homens são melhores nisso). Os mentores ajudam-nas a gerir a reputação. Não precisamos de mulheres que ajam como homens, mas mulheres que mudem as organizações de uma forma feminina. As empresas podem beneficiar com essas diferenças. E o mentoring talvez seja a ferramenta mais poderosa para fazer aumentar o número de mulheres em cargos de responsabilidade.
REFERÊNCIAS:
Entidades IAPMEI
Quatro mulheres astronautas juntam-se pela primeira vez no espaço
O vaivém Discovery parte segunda-feira em direcção à Estação Espacial Internacional, onde estarão juntas quatro mulheres astronautas, o que acontece pela primeira vez na história aeroespacial. (...)

Quatro mulheres astronautas juntam-se pela primeira vez no espaço
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 12 | Sentimento 0.125
DATA: 2010-04-05 | Jornal Público
SUMÁRIO: O vaivém Discovery parte segunda-feira em direcção à Estação Espacial Internacional, onde estarão juntas quatro mulheres astronautas, o que acontece pela primeira vez na história aeroespacial.
TEXTO: A equipa do Discovery será composta por sete astronautas, incluindo três mulheres. Na Estação Espacial Internacional (ISS na sigla original) já se encontra uma astronauta, o que fará com que, pela primeira vez, se juntem quatro mulheres no espaço. Segundo a NASA, das quatro astronautas, uma é japonesa e as restantes norte-americanas. A tripulação vai passar 13 dias a bordo da ISS, com a missão de substituir um reservatório exterior da estação, que se encontra cheio. A responsável pela meteorologia da NASA, Kathy Winters, indicou que as previsões do estado do tempo para segunda-feira são “muito favoráveis”, apontando uma percentagem de apenas 20 por cento de probabilidade de que a meteorologia dificulte ou impeça o lançamento. Trata-se da 33. ª missão de um vaivém dedicado à construção da ISS, quase concluída. Este é ainda o último lançamento previsto do Discovery antes da retirada dos três vaivéns norte-americanos, que deverá ocorrer até ao fim do ano.
REFERÊNCIAS:
Entidades NASA
Procriação assistida quadruplica nas mulheres com mais de 40 anos
O número de mulheres acima dos 40 anos que recorrem a técnicas de procriação medicamente assistida quadruplicou em Portugal nos últimos anos, mas o país continua muito aquém da média europeia nestes tratamentos, revela estudo. (...)

Procriação assistida quadruplica nas mulheres com mais de 40 anos
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 12 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-05-14 | Jornal Público
SUMÁRIO: O número de mulheres acima dos 40 anos que recorrem a técnicas de procriação medicamente assistida quadruplicou em Portugal nos últimos anos, mas o país continua muito aquém da média europeia nestes tratamentos, revela estudo.
TEXTO: Num trabalho que será apresentado nas XXVII Jornadas de Estudos da Reprodução, a decorrer hoje e amanhã em Coimbra, Vladimiro Monteiro revela que, de acordo com os últimos dados disponíveis, de 2007, em Portugal realizaram-se 450 ciclos de tratamento de infertilidade por um milhão de habitantes, o que representa apenas um terço da média europeia. Comparando esses dados com o último relatório europeu sobre o tema, referente a 2005, Portugal “está apenas acima de três países, que são a Macedónia, a Albânia e Montenegro”. Compilando a informação referente a 11 anos, desde 1997 até 2007, para o Registo Nacional de Dados de Técnicas de Procriação Medicamente Assistida, o estudo conclui que Portugal atinge taxas de sucesso médias de 30 por cento, ao nível de outros países europeus. Nas mulheres mais novas, com menos de 30 anos, as que mais utilizam estes tratamentos, as taxas de sucesso podem chegar aos 35 por cento, mas naquelas que já ultrapassaram os 40 anos ficam-se pelos 12 por cento. Vladimiro Silva, que com este estudo prepara a sua tese de doutoramento, refere que entre os anos 2000 e 2007, aumentaram 4, 3 vezes as mulheres com mais de 40 anos que recorreram ao tratamento de fecundação in vitro, uma das técnicas de procriação medicamente assistida. Adiar a maternidade“Mostra que cada vez mais as pessoas estão a adiar a maternidade. Naturalmente que existirão razões sociais e económicas para esta decisão, e quando tentam engravidar frequentemente encontram problemas de infertilidade, e depois acabam por ter de recorrer ao tratamento”, afirmou. O investigador salienta que actualmente em Portugal um por cento (cerca de um milhar) do total dos nascimentos resultarão de fecundação in vitro. E acrescenta que na Dinamarca, por exemplo, os nascimentos por técnicas de procriação medicamente assistida correspondem a sete por cento do total de partos, sendo metade por fecundação in vitro. “Em Portugal estes tratamentos não contribuem como deviam para o problema da baixa de natalidade. É uma questão de acesso ao tratamento. Tem a ver com opções políticas e de incentivos à maternidade, e com a rede de prestação de cuidados”, observou. Os tratamentos são bastante caros e em Portugal “apontam-se dois anos ou dois anos e meio de listas de espera, o que nesses países não acontece”, referiu, realçando que nos últimos anos houve um aumento das comparticipações dos medicamentos, o que ajudou muitos casais. “Estas listas de espera tão grandes são para muitos casais a diferença entre conseguirem ou não ter um filho. Sabemos que a infertilidade aumenta com a idade, e as taxas de sucesso serão maiores quando os tratamentos são feitos em idades mais jovens”, salientou. Na sua opinião, esta situação é como “uma bola de neve”. “Um problema de natalidade, por um lado, e por outro centenas de milhar de casais que desesperam para conseguir ter um filho e não conseguem, nem o país consegue ajudá-los a concretizar esse sonho”, referiu.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave filho estudo mulheres
Cancro do pulmão aumenta mais entre as mulheres
Doença afecta mais os homens que as mulheres, mas a diferença no número de casos está a diminuir. (...)

Cancro do pulmão aumenta mais entre as mulheres
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 12 | Sentimento 0.5
DATA: 2010-05-31 | Jornal Público
SUMÁRIO: Doença afecta mais os homens que as mulheres, mas a diferença no número de casos está a diminuir.
TEXTO: Mudam-se os hábitos, mudam os indicadores de saúde. O maior consumo de tabaco por parte das mulheres e o facto de terem começado a fumar mais tarde está a provocar um crescimento mais acentuado do cancro do pulmão na população feminina e a tendência deve reforçar-se nos próximos anos. A situação não é exclusiva de Portugal e, por isso, o Dia Mundial sem Tabaco é hoje dedicado às estratégias de mar-keting que a indústria tabaqueira tem direccionado para as mulheres. Em Portugal, de acordo com a Direcção-Geral de Saúde, o consumo de tabaco tem registado um ligeiro decréscimo nos adolescentes do sexo masculino, mas, em contrapartida, tem aumentado nas adolescentes e mulheres jovens. De uma forma geral, as mulheres portuguesas estão a fumar mais e isso, conclui o oncologista do IPO e membro do Grupo de Estudo do Cancro do Pulmão, António Araújo, "vai repercutir-se na incidência do cancro do pulmão". "O cancro do pulmão tem vindo a aumentar mais nas mulheres do que nos homens e não há dúvida de que nos próximos anos esta tendência vai acentuar-se", defende o oncologista. A explicação pode não estar apenas nos padrões de consumo: "Há evidências cada vez maiores de que o organismo da mulher metaboliza com mais dificuldade os produtos carcinogénicos do tabaco e, por isso, as mulheres são mais susceptíveis e correm mais risco de desenvolver cancro do pulmão". As alterações nos hábitos de consumo do tabaco, defende a docente de Medicina Preventiva e Epidemiologia da Universidade da Beira Interior, Sofia Ravara, começaram a registar-se em Portugal na década de 70 e acompanharam "o processo de emancipação da mulher". Hoje, "fumar está a tor- nar-se num comportamento cada vez mais feminino", sustenta. A tendência não é exclusiva de Portugal. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), dos mil milhões de fumadores que há no mundo apenas 20 por cento são do sexo feminino. No entanto, a "epidemia do tabaco está a crescer muito mais" junto das mulheres do que nos homens. Parte do problema, defende a OMS, reside nas estratégias de marketing da indústria tabaqueira, que definiu as mulheres, em particular as mais jovens, como o mercado onde podem conquistar novos consumidores. "As mulheres representam uma enorme oportunidade para a indústria tabaqueira que precisa de conquistar novos consumidores para substituir quase metade dos fumadores actuais que deverão morrer prematuramente, por causa de doenças relacionados com o consumo de tabaco", sustenta a OMS na página dedicada ao Dia Mundial sem Tabaco. Para Sofia Ravara, as campanhas publicitárias dirigidas às mulheres procuram, sobretudo, associar o tabaco a imagens de "glamour, sofisticação e elegância, alimentando mitos como o de que o tabaco faz emagrecer ou ajuda a aliviar o stress". "É urgente desenvolver políticas de saúde e medidas de sensibilização dirigidas às mulheres, em particular às mais jovens, que é a faixa etária onde se tem registado uma maior crescimento no número de fumadores", defende.
REFERÊNCIAS:
Entidades OMS
Papa faz primeiro pedido de perdão explícito às vítimas de abuso sexual
O Papa pediu hoje perdão às vítimas de abuso sexual infantil cometido por padres, naquele que é o primeiro pedido de indulgência explícito de Bento XVI depois de ter sido recentemente tornados públicos casos de abusos de menores por elementos da Igreja Católica. (...)

Papa faz primeiro pedido de perdão explícito às vítimas de abuso sexual
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 12 | Sentimento 0.375
DATA: 2010-06-11 | Jornal Público
SUMÁRIO: O Papa pediu hoje perdão às vítimas de abuso sexual infantil cometido por padres, naquele que é o primeiro pedido de indulgência explícito de Bento XVI depois de ter sido recentemente tornados públicos casos de abusos de menores por elementos da Igreja Católica.
TEXTO: O Papa, que falava durante a missa que celebrou esta manhã na Praça de São Pedro, no Vaticano, perante perto de 15 mil fiéis, lamentou que a Igreja tenha ficado manchada pelos “pecados de padres tornados públicos, particularmente os de abusos de crianças”. “Pedimos insistentemente perdão a Deus e às pessoas envolvidas, enquanto prometemos fazer tudo o possível para assegurar que tais abusos não voltem a acontecer”, continuou Bento XVI. Em nome da Igreja Católica, o Papa garantiu que serão reforçados os critérios para a escolha dos homens que querem entrar para o sacerdócio. “Na admissão de homens para o sacerdócio e na sua formação faremos tudo para assegurar a autenticidade da sua vocação e todos os esforços para acompanhar os padres durante a sua jornada, para que Deus os proteja e os guie em situações complicadas e perante os perigos da vida”, prosseguiu o Santo Padre. A Igreja Católica tem sido alvo de críticas depois de recentes denúncias de vários casos de abuso sexual infantil cometido por padres, nomeadamente nos Estados Unidos e na Europa.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave homens sexual abuso infantil
Pintora Paula Rêgo homenageada pela Rainha Isabel II
A pintora portuguesa Paula Rêgo foi uma entre as dezenas de pessoas hoje homenageadas pela Rainha Isabel II a propósito das comemorações do seu aniversário. (...)

Pintora Paula Rêgo homenageada pela Rainha Isabel II
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 12 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-06-13 | Jornal Público
SUMÁRIO: A pintora portuguesa Paula Rêgo foi uma entre as dezenas de pessoas hoje homenageadas pela Rainha Isabel II a propósito das comemorações do seu aniversário.
TEXTO: Paula Rêgo recebeu a Ordem do Império Britânico com o grau Dama Oficial pela sua contribuição para as artes. “Fiquei completamente surpreendida”, disse a pintora portuguesa, citada pelo jornal The Guardian. “Mas porquê? Tudo o que eu faço é pintar quadros”, refere o jornal britânico. Embora a data do aniversário da Rainha de Inglaterra seja a 21 de Abril, as comemorações oficiais são feitas mais tarde. Paula Rêgo nasceu em 1935, em Lisboa. Partiu em 1954 para frequentar a Slade School of Art em Londres. Casada com um inglês, Paula Rêgo permaneceu em Inglaterra, onde fixou residência, desde 1976. As suas raízes trazem-na regularmente a Portugal onde exibe as suas obras com frequência e onde tem um Museu com o seu nome, em Cascais, desde o ano passado. Com um nome reconhecido em todo o mundo, é colocada entre os quatro melhores pintores vivos em Inglaterra.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave rainha
Ana Vidigal: "Fui educada para ser uma menina limpinha"
Menina Limpa, Menina Suja é o nome da sua exposição antológica no Centro de Arte Moderna da Gulbenkian. A mostra conta a história de uma menina bem comportada que aprendeu com Mae West que, quando era boa, era boa, quando era má, era muito melhor. A inauguração é a 22 de Julho. (...)

Ana Vidigal: "Fui educada para ser uma menina limpinha"
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 12 | Sentimento 0.058
DATA: 2010-07-10 | Jornal Público
SUMÁRIO: Menina Limpa, Menina Suja é o nome da sua exposição antológica no Centro de Arte Moderna da Gulbenkian. A mostra conta a história de uma menina bem comportada que aprendeu com Mae West que, quando era boa, era boa, quando era má, era muito melhor. A inauguração é a 22 de Julho.
TEXTO: Ana Vidigal vai fazer 50 anos. Pinta há 30. As suas peças têm títulos como Secura de Boca Depois de Arfar, Sempre Gostei de Uma Flechada de Cupido, For All the Girls I Loved Before. Os assuntos do coração podem ser, são quase sempre, os seus assuntos. Interessam-lhe os “estragos emocionais” quando fala de um acontecimento que é eminentemente político — por exemplo, a guerra colonial. Faz parte do blogue Jugular. É feminista. “Posta” coisas que quer dizer, mais do que tudo, em imagens. Mas a política e a arte são campos que não gosta de misturar. Gosta de artistas como Louise Bourgeois ou Sophie Calle. Gosta de poesia. Trabalha sobre sedimentos, despojos, memórias, cartas, fotografias, a vida. Pinta quem é como outros escrevem quem são. Pinta sobre os vestígios de uma vida obsessivamente guardada, reconfigurada. O seu trabalho artístico, de certa forma, é um abrir de caixas, caixas, caixas. Faz um “trabalho paralelo” mais experimental que durante muito tempo não expôs na sua galeria de sempre, a 111. Muito disso , está na exposição da Gulbenkian, a inaugurar-se a 22 de Julho. A entrevista aconteceu em casa. Tudo acontece em casa. Um mundo, uma infância, uma memória palpável confluem num único espaço. A casa tem vista para o rio, o bairro faz parte da geografia da família há mais de 20 anos. O atelier e a casa estão construídos em círculo; mais do que comunicantes, parecem umbilicais. Como na obra de Ana Vidigal, aliás. Um alimenta-se do outro. Existe por causa do outro. Um é sintoma do outro. É filha de uma família conservadora, de homens e mulheres licenciados há pelos menos duas gerações. Há na casa vestígios desse conforto e “finesse”. Nas louças antigas, numa cómoda de extremo bom gosto. O pai é arquitecto, a mãe é mãe. Ana é pintora e nunca lhe passou pela cabeça ser mãe. Isso seria outra vida, outra pessoa. Excerto da entrevista a Ana VidigalFoi educada para ser uma menina limpa que podia sujar-se de vez em quando?Hum. Fui educada para ser uma menina limpinha. Tudo se transforma em 1974. A minha mãe, que foi educada para casar e ter filhos, pensou que o quadro anterior ao 25 de Abril se poderia manter; eu percebi rapidamente que a revolução me iria permitir, um dia que fosse autónoma, fazer aquilo que muito bem entendesse. O que é ser limpinha? A menina limpa corresponde ao modelo de uma família conservadora. Uma família de mulheres que estudaram, mas não trabalharam. Todas as minhas amigas de infância e adolescência casaram e tiveram filhos. Sou a única que exerço uma profissão que não me dá disponibilidade para mais nada. Sou uma menina de colégio de freiras. Andei até aos 15 anos, até 1976, nas Doroteias. O 25 de Abril afectou a vida da família? Houve uma mudança radical, no sentido de a família achar que algumas das suas prerrogativas deixavam de existir? Não. O meu pai não tinha qualquer actividade política, nem à esquerda nem à direita. Tinha sido chamado para fazer a tropa pela segunda vez. Isso foi a primeira desestabilização na família. Ele tinha 30 e poucos anos quando teve de ir para a Guiné e nós ficámos cá sozinhos com a nossa mãe. Quando foi o 25 de Abril, a mãe respirou de alívio: os meus irmãos já não seriam mobilizados. Era um sentimento muito presente nas famílias portuguesas: ou as famílias se desfaziam porque os homens fugiam para não ir à tropa; ou se desfaziam porque iam para a guerra e morriam. Há uma peça que evoca esse período. É uma cama feita com as cartas que os seus pais trocaram. Chama-se Penélope. Fiz essa peça para a exposição Um Oceano Inteiro para Nadar. Eu queria pegar no assunto da guerra colonial. Sempre me fez impressão que não trabalhássemos isso (nomeadamente nas artes plásticas). Os americanos trataram a guerra do Vietname ainda ela estava a decorrer. Duvido de que haja alguém da minha geração que não tenha tido um pai, um tio, um irmão em contacto com a guerra colonial. Há uma peça que sempre me impressionou muito e que foi exposta em 1973 na Sociedade Nacional de Belas- Artes (nem sei como é que aquilo passou na censura); uma peça da Clara Menéres, Jaz Morto e Arrefece (que é um verso do poema do Pessoa O Menino de Sua Mãe). É um soldado morto, hiper-realista, uma crítica fortíssima à guerra colonial. Mas não me interessou tomar posições políticas. Eu tinha seis anos, sabia lá se era contra ou a favor! Posso ter a minha posição agora. O que eu queria da peça é que ela me relacionasse com essa altura. E se pensa nessa altura, pensa em quê? A força da guerra tem a seguinte expressão: a ausência do meu pai, a presença constante em cartas. Não falei com os meus pais sobre isto, nem vou falar; não sei se combinaram quantas vezes se escreveriam, mas sei do nervoso da minha mãe quando estava para chegar o aerograma (mais frequente do que as cartas). Temeu por ele? Mesmo miúda, percebi que podia não voltar. Tivesse a noção de que se morria na guerra. Ninguém me escondeu isso. Os nossos desenhos estavam cheios de bandeiras portuguesas, carros de combate. Os meus irmãos e eu sempre desenhámos muito, sempre tivemos acesso a lápis, papel. Fazíamos desenhos para mandar para o nosso pai. É curioso que desenhassem bandeiras e não a casa, a família. Não lhe devolviam nos desenhos o que era o vosso quotidiano. Desenhávamos coisas directamente relacionadas com a guerra. Mas não sei se a guerra era para nós um fantasma. Se calhar gostávamos imenso que o nosso pai participasse naquela ideia heróica que tínhamos da guerra. Os pais iam para a guerra defender a pPátria — era isso que nos era incutido. O que abordei, quando falei nas minhas peças da guerra colonial, foram os estragos emocionais. Voltando à peça: leu as cartas? Por que é que decidiu tratar esse tema a partir daquelas cartas? Nunca li as cartas. Gosto muito desse tipo de materiais. As cartas fascinam-me. Porque têm uma parte exterior e uma parte interior. Nesse sentido, são caixas. Elemento nuclear do seu trabalho. Sim, as cartas são caixas. Nunca li aquelas cartas por uma questão de respeito e pudor. A minha mãe deu-me as cartas, mas sabia que nunca iria usá-las de modo a expor a intimidade dela com o meu pai. Já exponho, de certa maneira, quando mostro que aquele casal manteve aquela correspondência tão assídua. Interessa-me saber que dentro daqueles envelopes está uma vida. Mas é uma coisa que não se pode violar. 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REFERÊNCIAS:
Palavras-chave homens guerra filha educação mulheres extinção morto feminista
Craigslist criticado por facilitar a prostituição de menores e o tráfico humano
O popular site de classificados norte-americano Craigslist enfrenta acusações de promoção da prostituição e de encontros sexuais com menores. Um anúncio pago no “The Washington Post” revelou ao país o relato de duas jovens que dizem ter sido exploradas por intermédio do site. (...)

Craigslist criticado por facilitar a prostituição de menores e o tráfico humano
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 12 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-08-09 | Jornal Público
SUMÁRIO: O popular site de classificados norte-americano Craigslist enfrenta acusações de promoção da prostituição e de encontros sexuais com menores. Um anúncio pago no “The Washington Post” revelou ao país o relato de duas jovens que dizem ter sido exploradas por intermédio do site.
TEXTO: Numa carta aberta ao fundador do site, Craig Newmark, duas jovens - identificadas como MC e AK - apelaram ao fim da secção de anúncios para adultos, revela o “The Guardian”. Uma das mulheres, MC, indicou ter sido forçada a prostituir-se com 11 anos por um homem que, segundo ela, traficava outras raparigas da sua idade. “Durante todo o dia, eu e outras raparigas sentávamo-nos com os nossos portáteis, colocando fotografias e respondendo a anúncios no Craigslist. Ele (o proxeneta) fazia 1500 dólares por noite a vender o meu corpo, levando-me para Los Angeles, Houston, Little Rock - e uma vez para Las Vegas - na mala do carro”, pode ler-se no anúncio publicado no “The Washington Post”. “Craig, escrevemos-te esta carta para que saibas, pelas nossas experiências, a forma como a Craigslist faz com que actos tão horrendos como este sejam tão fáceis de levar a cabo. . . e os homens que os proporcionam tão ricos”. Uma segunda mulher - AK - relata a forma como, no ano passado, conheceu um homem com o dobro da sua idade que queria ser seu namorado e que acabou por se transformar no seu proxeneta, contra a sua vontade. “Ele pôs a minha fotografia na Craigslist e eu fui vendida à hora, para sexo, em paragens de camionistas e motéis baratos, 10 horas por dia, com 10 homens diferentes a cada jornada. Esta transformou-se na minha vida”, relata a mulher no anúncio. “Os homens respondiam aos anúncios da Craigslist e pagavam para me violarem”, conclui. O anúncio no “The Washington Post” foi parcialmente pago pelo Fair Fund, um grupo que trabalha com jovens mulheres que foram vendidas em troca de sexo, indica ainda o “The Guardian”. O Fair Fund descreve o site Craigslist como “o Wal-Mart do tráfico de sexo online”. A mesma organização indicou que esteve a verificar as contas das mulheres online e pode provar a veracidade das actividades de que elas dizem ter sido vítimas. Respondendo a estas críticas, o director-executivo da Craigslist, Jim Buckmaster, disse que a empresa tem trabalhado incansavelmente com agências especializadas na tentativa de expurgar do site todos os anúncios que implicam a exploração de menores, revendo manualmente todos os anúncios para adultos Há dois anos - sob a ameaça de ser processado pelas autoridades de cerca de 40 estados norte-americanos - o site Craigslist começou a cobrar 10 dólares por cada anúncio para adultos, ao passo que a maioria dos restantes anúncios podem ser colocados online gratuitamente. Parte do lucro desses anúncios reverte para instituições de caridade. Estas mudanças não convenceram completamente os grupos que trabalham com crianças em risco. Milhares de anúncios continuam a ser colocados online diariamente e muitos deles incluem os termos “frescas” e “inexperientes”, como sinónimos para descrever a prostituição de menores, acusa o Fair Fund. Ainda no mês passado, dezenas de grupos anti-prostituição protestaram à porta do quartel-general da Craigslist, em São Francisco, pedindo o fim dos anúncios sexuais. Craig Newmark tem-se recusado a comentar esta polémica. O site está a ser alvo de uma investigação criminal no estado da Carolina do Sul, tendo o procurador-geral, Henry McMaster, descrito as alegações de promoção de prostituição como um assunto “muito sério”. Na passada sexta-feira, um juiz federal recusou uma tentativa do Craigslist de bloquear as investigações. No mesmo dia, o procurador-geral do Connecticut, Richard Blumenthal, pediu oficialmente ao site para se livrar dos anúncios sexuais.
REFERÊNCIAS:
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