Os analistas da NSA que espiaram as namoradas
Ao contrário do que garantiu Obama, houve civis espiados, à margem dos programas de vigilância electrónica. (...)

Os analistas da NSA que espiaram as namoradas
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2013-09-28 | Jornal Público
SUMÁRIO: Ao contrário do que garantiu Obama, houve civis espiados, à margem dos programas de vigilância electrónica.
TEXTO: Pelo menos 12 analistas da Agência de Segurança Nacional (NSA) norte-americana violaram intencionalmente as regras dos programas de vigilância nos últimos dez anos, na maioria dos casos para obterem informações sobre namoradas e outras pessoas com quem tinham algum tipo de relacionamento amoroso. É um comportamento suficentemente relevante para ter direito a uma designação especial no interior da agência: LOVEINT. A violação das normas de conduta da NSA para obter este tipo de dados já tinha sido revelada em Agosto por responsáveis dos serviços secretos – que falaram sob a condição de anonimato –, mas o inspector-geral da agência, George Ellard, divulgou agora pormenores sobre 12 casos, em resposta a um pedido de esclarecimento feito pelo senador Charles Grassley, do Partido Republicano. Quase todos os casos envolvem escutas telefónicas ou recolha de metainformação (informação sobre a duração de uma chamada, por exemplo) sobre telefonemas e emails de cidadãos estrangeiros fora do território dos EUA, mas um deles indica que uma cidadã norte-americana viu seis contas de endereço electrónico espiadas pelo seu ex-namorado, um analista em serviço nos EUA – no dia 17 de Junho, em entrevista ao jornalista norte-americano Charlie Rose, o Presidente dos EUA, Barack Obama, foi taxativo: “O que eu posso afirmar inequivocamente é que se você for um cidadão norte-americano, a NSA não pode ouvir os seus telefonemas, a NSA não pode espiar os seus emails. E não o fez. ”Como se pode ler na carta divulgada na quinta-feira pelo senador Charles Grassley, a inspecção-geral da NSA teve conhecimento, em 2005, de que um analista militar a operar em território continental dos EUA pediu informações à base de dados sobre “seis endereços de email pertencentes a uma antiga namorada, uma cidadã norte-americana”. O analista em causa violou o sistema logo no seu primeiro dia de trabalho. Quando o acesso não autorizado foi detectado, disse aos seus superiores que estava a testar o sistema, que não obteve qualquer resposta aos pedidos feitos à base de dados e que não leu emails de nenhum cidadão norte-americano. Neste caso, o analista foi punido com uma despromoção, limitação de acesso durante 45 dias, mais 45 dias de trabalho extraordinário e redução do salário para metade durante dois meses. Mas, na maioria dos casos, os analistas apanhados a infringir intencionalmente as regras de segurança da NSA não chegaram a ser punidos pelo Departamento de Justiça - sete deles reformaram-se ou apresentaram a demissão antes de terem recebido qualquer punição disciplinar. A lista de violações intencionais dos programas de vigilância inclui também o caso de uma analista civil colocada fora do território dos EUA. “Em 2004, após o seu regresso de um local estrangeiro, a pessoa em causa revelou à NSA que, em 2004, pesquisou informações sobre um número de telefone que descobriu no telemóvel do marido porque suspeitava que ele lhe tinha sido infiel”, lê-se na carta do inspector-geral da NSA. Outro analista colocado fora do território dos EUA pesquisou informações sobre nove números de telefone de mulheres estrangeiras “sem qualquer interesse para os serviços secretos”, entre 1998 e 2003, e “escutou conversas telefónicas gravadas”. Na resposta à carta enviada pelo inspector-geral da NSA, o senador Charles Grassley agradece “a transparência” que o responsável “proporcionou ao povo americano”. “Não devemos tolerar um único caso de uso indevido deste programa”, afirmou o senador republicano.
REFERÊNCIAS:
Entidades EUA
Prémio Stirling: um castelo do século XII é o melhor edifício de 2012
Prémio da Royal Institute of British Architects distingue recuperação de um castelo numa casa de férias britânica (...)

Prémio Stirling: um castelo do século XII é o melhor edifício de 2012
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 1.0
DATA: 2013-09-28 | Jornal Público
SUMÁRIO: Prémio da Royal Institute of British Architects distingue recuperação de um castelo numa casa de férias britânica
TEXTO: O restauro do Castelo de Astley, um trabalho do atelier Witherford Watson Mann Architects sobre uma mansão fortificada do século XII em Warwickshire destruída por um incêndio em 1978, recebeu quinta-feira o prémio Stirling do Royal Institute of British Architects (RIBA). É a primeira vez que um projecto de recuperação de uma estrutura com cerca de 800 anos vence o mais importante prémio de arquitectura britânico. O castelo é agora uma casa de férias de luxo e a sua transformação, que custou 2, 9 milhões de euros, venceu porque é “um “trabalho de amor” e “um exemplo excepcional de como a arquitectura contemporânea pode reanimar um monumento antigo”, disse o presidente da RIBA, Stephen Hodder. Astley serviu de casa a três rainhas de Inglaterra (a mulher, a filha e a neta de Eduardo IV), bem como ao escritor George Eliot, e foi também um hotel e um bar – a sua animação terá estado na origem do incêndio que o deixou em ruínas durante décadas. Mas aquele que é agora considerado o melhor edifício de um arquitecto britânico em 2012 tem uma nova vida, como luxuoso alojamento turístico onde oito pessoas podem passar uma semana por cerca de 2900 euros. O Stirling foi então entregue pela primeira vez a um projecto de recuperação, tendo sido dominado por grandes nomes como David Chipperfield ou Herzog & de Meuron nos seus 18 anos de existência. A excepção foi, noutros contornos, o Magna Science Adventure Centre de Rotherham, premiado com o Stirling em 2001 pela adequação de uma nova estrutura ao local – uma antiga fundição construída já sobre um forte românico. O Castelo de Astley competia com projectos de categorias que já venceram o Stirling, como um projecto de habitação acessível em Harlow ou a nova faculdade de Medicina da Universidade de Limerick. Mas o favorito era mesmo uma capela em Cuddesdon projectada por Niall McLaughlin, batida por Astley não só na decisão final do júri do Sterling mas também nas sondagens feitas aos leitores de meios de comunicação como o Guardian ou a BBC – todos elegeram o castelo cujo projecto o crítico de arquitectura do Financial Times, Edwin Heathcote, descreveu como “poético”. A Witherford Watson Mann Architects venceu o prémio pela primeira vez e esta foi também a sua estreia na short list do galardão. Joseph Rykwert, historiador e crítico de arquitectura que este ano recebeu a Medalha de Ouro da RIBA, considera no Guardian que “não existe no país uma recuperação de um monumento antigo comparável” à levada a cabo pelos Witherford Watson Mann Architects, e existirão “muito poucas noutros locais”. A história deste restauro começa com a Landmark Trust, uma organização de beneficência que resgata edifícios históricos com interesse patrimonial através de projectos de recuperação que permite depois disponibilizá-los como alojamentos de férias. Foi ela que entregou o projecto ao atelier que viria a desenhar um espaço cheio de detalhes que permite aos hóspedes “experienciar a vida num castelo com quase mil anos com dispositivos inequivocamente do século XXI”, como escreve a RIBA no anúncio do vencedor do Stirling 2013. 2013 RIBA Stirling Prize Shortlist: Astley Castle from RIBA on Vimeo. No fundo, o projecto trabalha a ideia de ruína, cosendo a estrutura existente, fosso incluído, e as novas paredes de tijolo e madeira, organizando as vistas interiores e exteriores e mantendo em harmonia as origens saxónicas do edifício, como descreve o Guardian. O atelier Witherford Watson Mann acrescentou à ruína “uma arquitectura contemporânea que é rica, visualmente bela e táctil”, acrescenta o júri do prémio. “A decisão de pôr os quartos e casas de banho no piso térreo e os espaços comuns em cima torna a experiência da casa muito especial e talvez os espaços mais impressionantes sejam as ruínas exteriores” para as quais têm vista, dos estilos Tudor (que coincide e até ultrapassa o período Tudor da história inglesa) e jacobino (associado ao reinado de James I), justifica ainda a RIBA no seu site. O Stirling Prize, atribuído desde 1996 pela RIBA e com valor pecuniário de 23. 800 euros, visa premiar o maior contributo para a disciplina por parte de um profissional britânico e que seja membro da associação – o projecto pode ser localizado em qualquer parte da União Europeia. O Stirling consta já do currículo de vários ateliers de renome e distinguiu obras que já são emblemáticas: desde o edifício da Foster and Partners na City londrina, o 30 St Mary Axe (2004) - conhecido informalmente como o “gherkin" (pequeno pepino, em português) - ao MAXXI de Zaha Hadid (2010) em Roma, passando pelo Terminal 4 do Aeroporto de Barajas, em Madrid (Richard Rogers Partnership, 2006).
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Palavras-chave filha mulher
Autárquicas: Seguro considera prioritário que os portugueses vão votar
Líder do PS entende que deputados devem refectir sobre alteração à lei eleitoral proposta por Cavaco Silva. (...)

Autárquicas: Seguro considera prioritário que os portugueses vão votar
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2013-09-29 | Jornal Público
SUMÁRIO: Líder do PS entende que deputados devem refectir sobre alteração à lei eleitoral proposta por Cavaco Silva.
TEXTO: O secretário-geral do PS, António José Seguro, considera que o parlamento deve reflectir sobre a alteração da lei eleitoral, mas considerou prioritário apelar à participação dos portugueses nas eleições autárquicas. “O parlamento deve fazer uma reflexão sobre essas e outras matérias, mas, neste momento, a prioridade é pedir aos portugueses que venham votar nestas eleições [autárquicas] e que venham dar sentido àquilo que é a sua opinião”, disse António José Seguro aos jornalistas que o questionaram sobre as propostas de Cavaco Silva, que defendeu a alteração da lei eleitoral. À saída da Escola Secundária Rafael Bordalo Pinheiro, nas Caldas da Rainha, onde votou às 12h15 deste domingo, Seguro lembrou que o “voto é a escolha que dá consequência à opinião que os portugueses têm” e apelou à votação para que este seja um dia em que “a democracia tem muito a ganhar”. O líder do PS seguiu depois para um almoço com família e amigos, após o que seguirá para Lisboa para acompanhar os resultados eleitorais na sede do partido, no Largo do Rato.
REFERÊNCIAS:
Minoria curda e lenço islâmico na reforma política de Erdogan
O primeiro-ministro anuncia uma série de medidas "democratizantes" e contra a discriminação de minorias ou credos. (...)

Minoria curda e lenço islâmico na reforma política de Erdogan
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2013-09-30 | Jornal Público
SUMÁRIO: O primeiro-ministro anuncia uma série de medidas "democratizantes" e contra a discriminação de minorias ou credos.
TEXTO: O primeiro-ministro turco, Recep Erdogan, anunciou esta segunda-feira um "pacote democratizante" que visa sobretudo a minoria curda e as mulheres. Pela primeira vez, a língua curda poderá ser ensinada nas escolas, mas fica de fora o ensino público e a medida aplica-se apenas às escolas privadas. O conjunto de medidas – ou reformas, como lhe chamou o primeiro-ministro – centra-se na minoria curda e nas mulheres. Quanto a estas, autoriza as funcionárias públicas a usarem o véu islâmico no local de trabalho, o que já foi considerado uma cedência à ala mais conservadora (Erdogan manteve quatro excepções: as juízas, as advogadas de tribunal, as polícias e as militares). Este é o ponto que poderá criar problemas ao primeiro-ministro, que há quatro meses enfrentou os maiores protestos desde que está na chefia do governo (há dez anos), com os manifestantes a acusá-lo de autoritarismo, de estar a islamizar a sociedade turca e de discriminar as minorias. O uso do véu nos serviços públicos é um tema fracturante entre os grupos religiosos e a ala mais liberal e secular da sociedade e da política turcas. O fim da interdição do uso do véu em lugares públicos é uma velha ambição do Partido da Justiça e do Desenvolvimento de Erdogan, que é primeiro-ministro de um país muçulmano mas laico. As mulheres de Erdogan e do Presidente, Abdullah Gul, cobrem a cabeça em público. "Este é um momento histórico", disse Erdogan, explicando aos turcos que as medidas não são o produto de "negociações" com as partes interessadas nas decisões, mas sim "uma resposta às exigências da população". Várias minorias são abrangidas pelo pacote, mas a curda é a mais mencionada. Erdogan disse que vai ser alterado o sistema de percentagens que tem impedido os partidos mais pequenos (os curdos entre eles) de terem representação parlamentar — disse que os actuais 10% de votos podem baixar para 5% ou que a percentagem mínima pode ser simplesmente abolida. A lei das percentagens impediu o maior partido curdo, o Paz e Democracia, de eleger deputados, ainda que alguns representantes tenham conseguido chegar ao Parlamento como independentes. As localidades curdas que, na década de 1960, foram obrigadas a mudar de nome, poderão ter os nomes de origem. Vinte por cento da população turca é curda. Durante três décadas, o Estado esteve em guerra com o Partido dos Trabalhadores do Curdistão, uma organização armada que luta pelos direitos desta minoria — 40 mil pessoas morreram no conflito. Já este ano o PKK declarou uma trégua e começaram negociações de paz, mas os guerrilheiros curdos suspenderam a sua retirada de alguns territórios por considerarem que o governo não estava a cumprir a sua parte nos acordos. Erdogan quis responder com este pacote, mas uma das principais reivindicações não foi satisfeita: o ensino do curdo nas escolas públicas das localidades onde os curdos são maiorirtários. Há outras medidas no "pacote democratizante": o juramento nacionalista obrigatório nas escolas públicas desaparece; será criada uma comissão anti-discriminação e serão concedidos direitos a outras minorias como os cristãos, estando em estudo um plano para a devolução de terras tomadas pelo Estado aos cristãos sírios do mosteiro Mor Gabriel. Os comentadores curdos, citados pela BBC e pela Al-Jazira, disseram que se esperavam medidas idênticas em relação aos ortodoxos gregos e à minoria muçulmana alevi. E o líder do partido curdo Paz e Democracia, Gultan Kisanak, disse que são "insuficientes". "Estas não foram as primeiras reformas nem serão as últimas", disse o primeiro-ministro.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave direitos guerra lei tribunal estudo minoria mulheres discriminação
Site do PÚBLICO eleito o mais bem desenhado da Península Ibérica
Jornal conseguiu ainda uma medalha de ouro, duas de prata e duas de bronze nos prémios anuais da Society for News Design. (...)

Site do PÚBLICO eleito o mais bem desenhado da Península Ibérica
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.5
DATA: 2013-10-01 | Jornal Público
SUMÁRIO: Jornal conseguiu ainda uma medalha de ouro, duas de prata e duas de bronze nos prémios anuais da Society for News Design.
TEXTO: O site do PÚBLICO foi considerado a publicação online mais bem desenhada na edição deste ano do congresso ÑH, organizado pela Society for News Design, que anualmente distingue as publicações e trabalhos jornalísticos com melhor desenho. O PÚBLICO, que apresentou em Novembro uma edição online renovada, foi também distinguido com uma medalha de prata na categoria de redesenho de publicações online. O ouro não foi atribuído. O jornal obteve ainda uma medalha de ouro na categoria Inovação pelo trabalho “Floresta em Perigo”, que inclui artigos de reportagem, infografias e vídeos sobre a prevenção e o combate a incêndios em Portugal. A última parte do trabalho é publicada nesta terça-feira. Ganhou também uma medalha de prata na categoria Infografia e Uso de Multimédia, pelo trabalho “Sem boa azeitona não há bom azeite”, uma animação online que ilustra o processo de produção do azeite. E recebeu ainda duas medalhas de bronze: uma por uma infografia que mostra a distribuição e evolução ao longo dos anos das praias com bandeira azul; e outra pelo desenho da página da reportagem “Filhos do Vento”, um trabalho sobre os filhos que os militares portugueses que combateram na guerra colonial tiveram com mulheres guineenses. Já o jornal i recebeu o prémio de jornal mais bem desenhado na categoria de Jornais Diários com mais de 50 mil exemplares, na qual o PÚBLICO foi finalista. Na categoria de menos de 15 mil exemplares, ganhou o Jornal de Leiria. O vencedor na categoria entre 15 mil e 50 mil exemplares foi o espanhol Diario de Pontevedra. A edição espanhola da revista Esquire ficou com o primeiro lugar na categoria de Revistas. O i ganhou ainda a distinção para Melhor Capa do Ano, pela primeira página da edição de 5 de Dezembro de 2012, em que a manchete “Mercados apoiavam se Portugal tivesse as mesmas condições da Grécia” era ilustrada com a imagem do ex-presidente do Eurogrupo, Jean-Claude Juncker, e do ex-ministro Vítor Gaspar a abraçarem-se. Foram apresentados a concurso 1986 trabalhos nas categorias de meios impressos e 177 nas categorias de meios digitais, um valor que o comunicado da organização nota ser inferior ao do ano passado. O júri atribuiu 169 medalhas. O designer gráfico Tiago Santos, do Expresso, foi o único profissional português a fazer parte do júri.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave guerra mulheres
Papa considera Igreja Católica muito "vaticanocêntrica"
Crítica a um governo da Igreja centrado no Vaticano, cujos interesses “são ainda em grande medida temporais”, numa entrevista publicada no dia em que começa a discutir reformas com um grupo de cardeais. (...)

Papa considera Igreja Católica muito "vaticanocêntrica"
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2013-10-01 | Jornal Público
URL: https://arquivo.pt/wayback/20131001160317/http://www.publico.pt/mundo/noticia/papa-1607671
SUMÁRIO: Crítica a um governo da Igreja centrado no Vaticano, cujos interesses “são ainda em grande medida temporais”, numa entrevista publicada no dia em que começa a discutir reformas com um grupo de cardeais.
TEXTO: “Os chefes da Igreja foram com frequência narcisistas, amantes da bajulação e influenciados negativamente pelos seus cortesãos. A corte é a lepra do papado”, disse o Papa Francisco, numa entrevista ao diário italiano La Repubblica, em que considera a Igreja Católica muito “vaticanocêntrica” . As declarações foram publicadas nesta terça-feira, dia em que começa um conselho de cardeais que pode decidir reformas na Igreja. A Cúria – governo da Igreja – não é uma corte, mas encontram-se lá “cortesãos”, afirma o Papa. Francisco adianta que fará o que estiver ao seu alcance para mudar a mentalidade “vaticanocêntrica”. A Cúria centra-se muito nos interesses do Vaticano que “são ainda em grande medida interesses temporais”. A entrevista é feita pelo fundador do La Repubblica, Eugenio Scalfari, e segue-se a uma troca de correspondência, depois de o jornalista ter manifestando ao Papa as razões do seu ateísmo. Francisco revela que, por momentos, ponderou não aceitar a eleição para liderar a Igreja, quando foi escolhido, em Março. Falando sobre a sua fé, o Papa afirma: “Não existe um Deus católico…Acredito em Jesus Cristo, a sua encarnação. Jesus é o meu mestre e o meu pastor, mas Deus, o pai …é a luz e o criador. "O Papa Bergoglio distingue também clericalismo de cristianismo. “Não tem nada a ver com cristianismo”, sublinha. “Acontece-me também a mim: se encontro um clerical torno-me anticlerical. ”Francisco manifesta o entendimento de que a Igreja deve relançar-se a partir do Concílio Vaticano II e abrir-se à cultura moderna, participando nos grandes debates da actualidade. Os “males mais graves que afligem o mundo” são, afirma, “o desemprego dos jovens e a solidão em que são deixadas as pessoas idosas”. O “liberalismo selvagem” tem como resultado “tornar os fortes mais fortes, os fracos mais fracos e os excluídos mais excluídos”, diz também. Francisco começa nesta terça-feira uma reunião com oito cardeais de todo o mundo – Itália, Chile, Índia, Alemanha, República Democrática do Congo, EUA, Austrália e Honduras – a quem pediu que o ajudassem a reformar a administração do Vaticano. “É o princípio de uma Igreja com uma organização não apenas vertical mas também horizontal”, disse. O reforço do papel das mulheres na Igreja, a situação dos católicos divorciados e os abusos sexuais são outros assuntos que poderão ser abordados nas discussões que se devem prolongar por três dias. A intenção de criar o conselho de cardeais foi anunciada por Francisco um mês depois da sua eleição.
REFERÊNCIAS:
Religiões Cristianismo Ateísmo
Exercício físico pode contribuir tanto como medicamentos para evitar ataques cardíacos
Estudo publicado no British Medical Journal defende que combinação de desporto com fármacos é a melhor forma de evitar a morte ou o agravamento da doença em pessoas com problemas cardiovasculares. (...)

Exercício físico pode contribuir tanto como medicamentos para evitar ataques cardíacos
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.1
DATA: 2013-10-02 | Jornal Público
SUMÁRIO: Estudo publicado no British Medical Journal defende que combinação de desporto com fármacos é a melhor forma de evitar a morte ou o agravamento da doença em pessoas com problemas cardiovasculares.
TEXTO: O exercício pode ser tão importante como a medicação nas pessoas com doenças cardíacas, rivalizando mesmo com os fármacos na hora de evitar a morte, indica um estudo. O trabalho, citado pela BBC, que acaba de ser publicado no British Medical Journal, analisou 305 ensaios clínicos que envolveram 340 mil doentes para perceber o impacto tanto do exercício como dos medicamentos a prevenirem a morte em doentes cardíacos. As conclusões dos investigadores apontam para que, em muitos casos, além da medicação os especialistas devam recomendar exercício físico aos doentes – sendo esta a melhor forma combinada de prevenir ataques cardíacos. Ainda segundo os cientistas da London School of Economics, Harvard Medical School e Stanford University School of Medicine, a maioria dos doentes acaba por estar medicado mas por ter uma vida sedentária. E adiantam que, por exemplo, no Reino Unido apenas um terço das pessoas fazem as recomendadas duas horas e meia de exercício moderado ou moderado a intenso por semana. Pelo contrário, o consumo de medicamentos não pára de crescer. O estudo assegura que estes dados vão no sentido contrário do que mostram os ensaios clínicos, onde os doentes que conjugavam medicação com exercício físico tiveram uma menor mortalidade. Ainda assim, foram encontradas duas excepções: os chamados medicamentos diuréticos pareceram ser mais eficazes a evitar a mortalidade em doentes com falência cardíaca, enquanto o exercício mostrou ser melhor na esperança de vida nos casos de acidente vascular cerebral. Em reacção ao estudo, a British Heart Foundation alertou que é muito importante que todos os doentes continuem a tomar os seus medicamentos e que a prática de exercício físico deve ser sempre vista caso a caso com o médico. Além disso, defendeu que faltam dados a longo prazo sobre os efeitos do exercício, diz a BBC. Pouca reabilitação cardíacaEm 2009 também foi divulgado em Portugal um estudo que concluía que no país a reabilitação cardíaca ainda é subutilizada, apesar de o exercício físico reduzir o risco de morte por insuficiência cardíaca. O trabalho do Grupo de Estudos de Fisiopatologia de Esforço e Reabilitação Cardíaca da Sociedade Portuguesa de Cardiologia dizia que ainda poucos centros prestam este serviço e que entre 1998 e 2007 foram apenas 5588 os doentes que fizeram um programa de reabilitação no país. Também em 2009, um estudo mais geral sobre a importância e a prática de exercício concluiu que as crianças e os adolescentes portugueses têm uma actividade física muito inferior ao recomendado para esta faixa etária, enquanto a maioria dos adultos são suficientemente activos. A questão é que para os mais novos a fasquia é colocada mais alta. Estas foram as duas principais, e mais surpreendentes, conclusões de um estudo inédito em Portugal, baseado na análise física (e não em questionários) e realizado por cinco universidades para o Observatório Nacional de Actividade Física e Desporto. As crianças e jovens devem acumular diariamente 60 minutos de actividade física moderada (como andar rapidamente), 20 a 30 dos quais em actividade vigorosa (como correr). Ora, em média, os jovens rapazes entre os dez e os 17 anos cumprem apenas 50 minutos e as raparigas ficam pouco acima dos 30 minutos, o que significa que 70% dos rapazes e 90% das raparigas não são suficientemente activos. As mais de 3200 crianças e adolescentes monitorizadas mostram ainda que na adolescência diminuem a sua actividade física. A outra conclusão é a de que a maioria dos adultos cumpre os índices recomendados na sua faixa etária: 30 minutos de actividade moderada diária (ou 20 a 25 minutos de actividade vigorosa, três dias por semana). Os idosos, por sua vez, estão abaixo dos 50% no cumprimento das metas recomendadas (idênticas às dos adultos). Nos homens, 45% são suficientemente activos, enquanto as mulheres se ficam pelos 28%. Na mesma altura foi divulgado um estudo da HF-ACTION (que analisou os efeitos do exercício físico na morbilidade e mortalidade em pacientes com insuficiência cardíaca), que dizia que bastaria pedalar cerca de meia hora numa bicicleta estacionária ou caminhar numa passadeira, na maioria dos dias da semana, para reduzir o risco de hospitalização ou morte por insuficiência cardíaca. O trabalho divulgado em 2009 contou com 2331 doentes, com uma média de idade de 59 anos, de 82 localidades dos Estados Unidos, França e Canadá, que foram seguidos durante dois anos em meio. De acordo com os investigadores, os participantes que estavam no grupo do exercício físico reduziram em 15% o risco de morte e hospitalização por complicações da insuficiência cardíaca. Um milhão de euros por dia em Portugal com medicamentos cardiovascularesQuanto a prescrições, em Portugal, o grupo dos medicamentos cardiovasculares é o que também apresenta um maior nível de consumo, representando cerca de 30% dos encargos totais do Serviço Nacional de Saúde (SNS) com medicamentos em meio ambulatório. Um estudo da Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed) que analisou o consumo destes fármacos entre 2000 e 2011 concluiu que houve um aumento significativo da sua utilização, o que reflecte a elevada prevalência das doenças cardiovasculares em Portugal, custando cerca de um milhão de euros por dia ao SNS. O mesmo estudo registou, ainda, um padrão diferente de utilização de medicamentos, com os portugueses a consumirem medicamentos com substâncias mais caras do que por exemplo os suecos ou os ingleses.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave morte homens consumo estudo mulheres
A saga continua: Harrison Ford está ou não no novo Guerra das Estrelas?
O actor deu uma entrevista à rádio francesa Europe 1 em que lembra nunca ter confirmado que está disponível para filmar o sétimo episódio da saga espacial (...)

A saga continua: Harrison Ford está ou não no novo Guerra das Estrelas?
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.136
DATA: 2013-10-02 | Jornal Público
SUMÁRIO: O actor deu uma entrevista à rádio francesa Europe 1 em que lembra nunca ter confirmado que está disponível para filmar o sétimo episódio da saga espacial
TEXTO: E as especulações continuam. Afinal, o novo filme da saga Guerra das Estrelas vai ou não contar com a participação de Harrison Ford? O próprio actor não tem dado muitas pistas e tem conseguido confundir os fãs. Há algum tempo disse estar expectante para começar a filmar o sétimo filme da saga espacial. Já esta segunda-feira disse à rádio francesa Europe 1 que não o vai fazer. Contudo, as respostas de Harrison Ford ao jornalista francês Nicolas Aliagas, ditas entre sorrisos misteriosos, deixam no ar o suspense. Parecem até propositadas, pensadas para confundir com ironia os fãs da saga, cujo novo filme, que chegará às salas em 2015, está já em fase de pré-produção. Desde que os três novos filmes foram anunciados – 2017 e 2019 são as datas de estreia dos próximos dois – que os rumores se têm multiplicado, principalmente no que diz respeito ao elenco. Mas como o realizador J. J. Abrams quer manter tudo em segredo, não se sabe ao certo que actores dos filmes iniciais estão no projecto e quem não está. Ao que tudo indica, e pela vontade demonstrada pelos actores em algumas entrevistas, do trio original de Guerra das Estrelas já todos se mostraram disponíveis para fazer parte do filme. Em questão estão, além de Harrison Ford, Mark Hamill (Luke Skywalker) e Carrie Fisher (Princesa Leia). “Eu só assinei para um único filme. Posteriormente, propuseram-me fazer mais três mas eu recusei a oferta”, disse o actor de 71 anos à rádio francesa, explicando que sempre foi pensando num filme de cada vez. “Julguei as suas qualidades próprias e analisei o que é que cada um me poderia trazer”, continuou, acrescentando que foi assim que acabou por entrar nos três filmes (os Episódios IV, V e VI) que primeiro recusou. “Por agora, não anunciámos que oficialmente que vou entrar num quarto. Nunca disse que o faria”, concluiu. Depois desta entrevista, o jornal francês Le Figaro tentou falar com o actor que disse “não se sentir à vontade” para falar sobre o assunto “neste momento”. Quando questionado porquê, Harrison Ford apenas respondeu: “Porque não. Simplesmente porque não”. “Já reparou que ultimamente os políticos não param de dar este tipo de respostas?", explicou. "Decidi fazer o mesmo, é tão conveniente”, disse o actor ao Le Figaro, continuando a deixar assim a dúvida no ar. A saga Guerra das Estrelas estreou em 1977, com um jovem Harrison Ford no papel de Han Solo, e adquiriu estatuto de culto, reforçado pelos dois episódios seguintes: O Império Contra-Ataca (1980) e O Regresso de Jedi (1983). No final da década de 1990, Lucas decidiu alargar a série a mais três episódios que, apesar de terem dividido a crítica, foram grandes sucessos comerciais: A Ameaça Fantasma (1999), O Ataque dos Clones (2002) e A Vingança dos Sith (2005).
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave guerra ataque princesa
Activistas do Greenpeace acusados de pirataria na Rússia
Pelo menos cinco militantes que protestavam contra exploração de petróleo no Árctico podem ser presos por 15 anos. (...)

Activistas do Greenpeace acusados de pirataria na Rússia
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2013-10-02 | Jornal Público
SUMÁRIO: Pelo menos cinco militantes que protestavam contra exploração de petróleo no Árctico podem ser presos por 15 anos.
TEXTO: Pelo menos cinco militantes da organização ambientalista internacional Greenpeace foram acusados de pirataria pelas autoridades russas e podem ser condenados a uma pena máxima de 15 anos de prisão. No princípio da manhã (hora de Lisboa) desta quarta-feira, a Greenpeace anunciou, num comunicado, que dois activistas tinham sido formalmente acusados pelo Ministério Público – a brasileira Ana Paula Alminhana e o fotógrafo britânico Kieron Bryan. A agência russa de notícias Interfax dá notícia, no entanto, de cinco acusados do mesmo crime. Trinta activistas da organização foram detidos há duas semanas, durante um protesto contra a exploração de petróleo no Árctico. Os militantes tentaram escalar uma plataforma da empresa petrolífera Gazprom, num protesto semelhante a muitos outros levados a cabo pela organização ao longo da sua história. O seu navio Arctic Sunrise acabou por ser tomado por agentes especiais russos, a partir de um helicóptero. O Presidente russo Vladmir Puttin já se pronunciara sobre o caso, dizendo que os militantes não eram piratas, mas tinham violado as leis internacionais. O Ministério Público, porém, acabou por prosseguir com a acusação de pirataria. “Uma acusação de pirataria está a ser aplicada a homens e mulheres cujo único crime é ter consciência”, disse o director-executivo da organização, Kumi Naidoo, no comunicado. “Esta é a ameaça mais séria ao activismo ambiental pacífico da Greenpeace desde que agentes do serviço secreto francês fizeram explodir uma bomba no Rainbow Warrior e mataram o nosso colega Fernando Pereira, porque protestávamos contra os testes nucleares franceses no Pacífico”, acrescentou, referindo-se a um episódio ocorrido em 1985 com outro navio da Greenpeace. Fernando Pereira era português, naturalizado holandês. Fotos divulgadas pela Greenpeace mostram o momento em que o Arctic Sunrise é tomado por agentes de segurança russos e, posteriormente, os detidos presentes a um tribunal em Murmansk, em jaulas. O tribunal tinha já decretado a prisão preventiva dos activistas por dois meses.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave crime homens tribunal prisão mulheres
Mulher que tentou forçar entrada da Casa Branca sofria de depressão
Miriam Carey sofria de depressão, diz a mãe. Não estava armada, acrescentam as autoridades que cedo descartaram a pista de um possível plano terrorista. (...)

Mulher que tentou forçar entrada da Casa Branca sofria de depressão
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2013-10-04 | Jornal Público
SUMÁRIO: Miriam Carey sofria de depressão, diz a mãe. Não estava armada, acrescentam as autoridades que cedo descartaram a pista de um possível plano terrorista.
TEXTO: A condutora que irrompeu junto ao Capitólio e tentou, com o carro, forçar as barreiras de segurança da Casa Branca em Washington era Miriam Carey e tinha 34 anos. Trabalhava como higienista oral num consultório dentista no Connecticut e, segundo contou a mãe numa entrevista à ABC News na noite da morte da filha, sofria de depressão pós-parto desde que deu à luz uma menina em Agosto. “Ela estava deprimida. Estava doente e chegou a receber tratamento no hospital”, disse Idella Carey, sublinhando que a filha não tinha "história de violência". Na quinta-feira, entrou na zona do Capitólio, onde funciona o Congresso em Washington, ao volante de um carro desportivo a alta velocidade desafiando as ordens da polícia. Levava no carro um bebé que se pensa ser a sua filha. A criança está bem. Os agentes de segurança tentaram travá-la, apontando uma arma. E apesar de ser perseguida por carros e agentes da polícia, não desistiu e continuou a circular em alta velocidade até que chocou contra uma barreira de segurança, descreve a imprensa norte-americana. Terá então saído do carro e sido morta por vários agentes, descreve o New York Times. A chefe da polícia disse que a condutora tinha tentado quebrar as barreiras e que o incidente não era um acidente, refere o Washington Post. A pista terrorista foi excluída. Poucas semanas depois do ataque nas instalações da Marinha em Washington que vitimou 13 pessoas, incluindo o atacante Aaron Alexis, “os nervos estão em franja” em Washington e nos Estados Unidos, segundo a imprensa, também devido ao shutdown, com o encerramento, por tempo indeterminado, de várias agências do Governo federal, por falta de verbas de um Orçamento não aprovado no Congresso. Os congressistas prosseguiam, aliás, as negociações quando o Capitólio teve de ser brevemente encerrado. A polícia autorizou alguns congressistas a sair por um túnel subterrâneo. O incidente começou por ser descrito como um tiroteio, mas apenas os agentes dispararam, continua a imprensa. “Ela estava a usar o carro como arma", disse uma fonte citada sob anonimato pela estação de televisão NBC. Um polícia ficou ferido durante a perseguição que acabou por vitimar a condutora. . Miriam Carey morreu já no hospital, onde deu entrada com ferimentos graves que dificultaram a sua identificação, notam os jornais. É a segunda mais nova de cinco irmãs de uma família praticante que vivia num apartamento em Brooklyn, no leste de Nova Iorque, conta o New York Times. Uma das irmãs, Franchette, esteve com ela esta semana e disse ao New York Times que ela parecia bem. Na terça-feira à noite foi um amigo de longa data, Michael Brown, que a viu, acrescenta o mesmo jornal, ainda com o uniforme do trabalho quando ia buscar a filha a casa da mãe. Um médico que a empregou no passado lembra-se de Miriam Carey como pessoa temperamental que foi despedida depois de vários problemas com colegas. Barry J. Weiss acrescentou ao New York Times: “Quando a confrontávamos com situações no consultório, ela reagia tempestuosamente. ”
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave morte filha violência ataque criança perseguição morta