Perseguição perto da Casa Branca termina em morte
Condutora tentou passar barreira de segurança na Casa Branca e acabou morta junto ao Capitólio. (...)

Perseguição perto da Casa Branca termina em morte
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.05
DATA: 2013-10-04 | Jornal Público
SUMÁRIO: Condutora tentou passar barreira de segurança na Casa Branca e acabou morta junto ao Capitólio.
TEXTO: Uma mulher ao volante de um carro preto, e com uma criança a bordo, tentou nesta quinta-feira ultrapassar uma barricada da Casa Branca, em Washington, e a perseguição que se seguiu, com disparo de tiros da polícia tentando pará-la, acabou por resultar na sua morte, confirmou a polícia. Na sequência da agitação, o Capitólio, edifício onde funciona o Congresso dos EUA, foi encerrado e colocado em estado de alerta: durante cerca de meia hora, funcionários, membros do Congresso e senadores receberam instruções para se trancarem nos gabinetes. O chefe da polícia do Capitólio, Kim Dine, sublinhou que se trata de um "incidente isolado" e que "não há qualquer indicação que esteja relacionado com terrorismo". A polícia confirmou ainda que a mulher estava desarmada e que todos os tiros foram disparados pelos agentes. "Ela estava a usar o carro como arma", disse uma fonte citada sob anonimato pela estação de televisão NBC. Um polícia ficou ferido quando, durante a perseguição, o seu carro embateu em algo. Havia uma criança no veículo da suspeita morta. Foram divulgadas imagens de uma pequena menina, a chorar, enquanto era levada por agentes de segurança. Capitólio em alertaO senador democrata Gerry Connolly tinha contado ao site Politico que ouviu o que lhe pareceu “fogo-de-artifício”. Imediatamente, os polícias disseram a quem estava na varanda para entrar no edifício. Segundo o senador, terão sido “cinco ou seis” disparos. Connolly disse depois ao Post que tinha informação de que tinha sido detido um suspeito. Ecrãs no edifício exibiram alertas para um tiroteio e aconselharam as pessoas a manterem-se no local em que estivessem. “Há informação de tiros no Capitólio. Pede-se a todos os ocupantes que se mantenham onde estão”, dizia a polícia do Capitólio num e-mail a todos os funcionários do local. “Fechem, tranquem, e fiquem longe de portas e janelas”, dizia ainda a mensagem. “Se não está no seu gabinete, refugie-se no escritório mais próximo. ""‘Se está num gabinete, mantenha-se no local’ — é a frase que ouvimos uma e outra vez no sistema de emergência”, dizia o congressista Trey Radel no Twitter. O incidente ocorreu quando o Executivo está no terceiro dia de paragem e em plena crise pela não aprovação do orçamento. Ao retomar a sessão, a Câmara dos Representantes aplaudiu de pé a polícia. No Twitter, muitos lembravam que os agentes desta força não estão a ser pagos por causa da paragem.
REFERÊNCIAS:
Entidades EUA
Comissão do Senado aprova expulsão de Silvio Berlusconi
Assim que perder a imunidade parlamentar, terá de cumprir a pena a que foi condenado por fuga ao fisco. (...)

Comissão do Senado aprova expulsão de Silvio Berlusconi
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2013-10-04 | Jornal Público
SUMÁRIO: Assim que perder a imunidade parlamentar, terá de cumprir a pena a que foi condenado por fuga ao fisco.
TEXTO: Uma comissão do Senado italiano aprovou esta sexta-feira a expulsão de SIlvio Berlusconi do Parlamento. A decisão final é agora do plenário, que votará nos próximos dias e pode precipitar o fim da carreira política do antigo primeiro-ministro. A confirmar-se a expulsão – sendo Berlusconi senador, a câmara alta do Parlamento teve que autorizar a votação sobre a expulsão –, o antigo primeiro-ministro perderá a imunidade parlamentar e terá que começar a cumprir o ano de prisão a que foi condenado por fraude fiscal – devido à sua idade, 77 anos, terá que optar por prisão domiciliária ou serviço comunitário. Berlusconi disse, na quinta-feira, durante uma reunião com membros do partido de que ainda é líder, o Povo da Liberdade (centro-direita), que não estaria esta sexta-feira no Senado porque ali seria tomada uma decisão "injusta". "Enviámos um memorando [ao Parlamento] em que explicamos que não podemos considerar os juízes [que o condenaram] imparciais porque expressaram publicamente opiniões e porque temos um recurso pendente no Tribunal Europeu", disse aos colegas de partido. Em Maio, o Supremo Tribunal confirmou a decisão da primeira instância e do tribunal de apelação – quatro anos de prisão (três deles amnistiados) por crimes cometidos na sua empresa de comunicação social Mediaset, mais cinco anos de interdição de exercer cargos públicos. Berlusconi espera ainda a decisão da apelação, a quem pediu a revogação da sentença da interdição. A Lei Severino, que entrou em vigor no ano passado, determina que pessoas condenadas a penas de prisão não possam exercer cargos públicos. Berlusconi argumenta que a legislação não se aplica a si, porque os crimes pelos quais foi condenado foram cometidos antes da aprovação da lei. "A sentença – disse Berlusconi – é um projecto muito bem planeado para eliminar o líder do centro-direita". Berlusconi ainda se considera o líder do Povo da Liberdade e desta fatia do eleitorado italiano. A percepção política em Itália é, porém, outra. Durante quase duas décadas, Berlusconi conseguiu manter a sua personagem de empresário (acusado de inúmeros crimes e com vários julgamentos no currículo) à margem da sua personagem política (também ela polémica e com julgamentos, por exemplo o do caso Ruby, em que foi acusado de corrupção de menores e incitamento à prostituição de menores). Essa separação acabou-se e as agulhas do eleitorado (e da liderança) de centro-direita apontam para outra direcção. Apontam agora para Angelino Alfano, que emergiu como candidato à liderança do centro-direita, depois de ter desafiado Berlusconi, ao manter o seu apoio ao Governo de coligação de Enrico Letta – que uma ala do PdL queria derrubar, devido à anunciada expulsão do Senado do seu líder. Berlusconi foi obrigado a recuar e a votar a favor de Letta na moção de confiança ao Governo que este apresentou no Parlamento na quarta-feira. Mas a figura de Berlusconi corporiza já demasiados danos e o seu tempo pode ter chegado ao fim.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave lei tribunal prisão social prostituição
Quando a corte de Felipe IV era a casa de Velázquez
O Museu do Prado inaugura no dia 7 mais uma exposição dedicada ao maior pintor espanhol do Século de Ouro. São 29 pinturas do mestre de Sevilha e dos seus seguidores. Porta aberta para corte de Felipe IV e para o fim de uma dinastia (...)

Quando a corte de Felipe IV era a casa de Velázquez
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2013-10-04 | Jornal Público
SUMÁRIO: O Museu do Prado inaugura no dia 7 mais uma exposição dedicada ao maior pintor espanhol do Século de Ouro. São 29 pinturas do mestre de Sevilha e dos seus seguidores. Porta aberta para corte de Felipe IV e para o fim de uma dinastia
TEXTO: Com câmaras de televisão por toda a parte é fácil tropeçar em tripés e cabos ou ficar encadeado como uma das luzes que incide sobre um entrevistado. Javier Portús, o comissário, é o mais requisitado. Os jornalistas espanhóis e estrangeiros vão chegando à galeria do primeiro andar para uma visita rápida antes da conferência de imprensa de Velázquez y la familia de Felipe IV (1650-1680), a exposição que o Museu do Prado, em Madrid, inaugura com todo o aparato no dia 7, com a presença da rainha Sofia, nada mais natural quando se trata de voltar os holofotes para a obra daquele que foi um dos mais importantes pintores de corte da Europa do século XVII. Com esta exposição, Diego Velázquez (1599-1660) volta a estar em foco na sua própria casa, já que pertence às colecções públicas espanholas, em particular à que está depositada na pinacoteca madrilena, uma das mais importantes do mundo, a maior fatia da produção do pintor. Ao todo, Velázquez y la familia de Felipe IV reúne 29 obras do artista sevilhano, do seu atelier e de dois dos seus seguidores, divididas por cinco pequenos núcleos temáticos - 15 são do mestre que trocou Sevilha, a cidade onde nasceu, por Madrid, para em 1623 se tornar pintor da corte. Velázquez e Felipe IV viriam a conviver durante 40 anos, mas da relação entre os dois pouco se sabe, garantia Portús esta manhã aos jornalistas, dizendo apenas que o rei achava que o artista tinha um feitio difícil e que o enganara mil vezes. “O que sabemos é que, se pudesse ter escolhido, provavelmente não voltaria de Itália em 1651 e que, se tivesse morrido na travessia, não teria sido um pintor tão importante para a História da Arte”, diz o comissário, explicando que a exposição que está prestes a ser inaugurada se centra na última década da sua carreira, “uma década que não é de continuidade, mas de evolução”, em que Velázquez cria obras-primas sucessivas. Vindo de Roma e da corte papal de Inocêncio X, cujo retrato se encontra à entrada da galeria, provavelmente numa segunda versão que o próprio artista terá trazido na bagagem, “Velázquez transforma-se num retratista de mulheres e crianças, o que introduz variações importantes na sua composição, na atenção ao detalhe, na gama cromática que usa, mais alargada e serena”, assegura Portús. “São deste período as obras mais sensuais de toda a sua carreira. ”Uma sensualidade que transparece dos retratos que faz, sobretudo, de Maria Teresa da Áustria, a única filha que sobreviveu do primeiro casamento de Felipe IV, que tem lugar de destaque no núcleo que a relaciona com a rainha Mariana da Áustria, segunda mulher do pai. A relação entre estes três personagens é um exemplo da complexidade familiar das cortes europeias da época, em que todos parecem ser primos e primas: Mariana, filha do imperador austríaco Fernando III, chega a Madrid em 1648 para casar com o tio, Felipe - Maria Teresa é, por isso, sua prima e futura enteada. O regresso de RomaE é porque há uma nova rainha e, em breve, espera-se, um herdeiro varão, que Felipe IV reclama a presença de Velázquez, que volta de Roma contrariado para dar início a uma série de retratos reais que tem por protagonistas mulheres e crianças, ou melhor, a princesa, a rainha e os seus infantes. O pintor chega a poucos dias do nascimento do primeiro filho do casal, lembra o comissário, que afinal foi uma menina, Margarida, a mais representada na exposição que fecha a 9 de Fevereiro (aparece 11 vezes). Ela é a infanta de cabelos loiros para quem se viram todas as atenções no célebre retrato As Meninas, a mesma que mais tarde casaria com o seu tio, Leopoldo I. Estes retratos eram muitas vezes feitos para enviar às cortes europeias em busca de alianças ou casamentos para as princesas, sempre à procura de uma situação mais vantajosa para Espanha que, recorda o comissário, até ao nascimento de Felipe Próspero, em 1657, estava à beira de uma crise dinástica (Felipe IV não tivera ainda um filho varão) e que, quatro anos antes, declarara bancarrota. É preciso não esquecer ainda que, em 1656, o ano em que Velázquez pinta As Meninas, Felipe estava em guerra com França, Espanha e Portugal. Este retrato real, um dos mais famosos e complexos da pintura europeia, é uma das peças centrais da exposição, mas para vê-la é preciso ir à sala 12, seguindo o habitual percurso da colecção permanente - tirá-lo do lugar, mesmo que por apenas quatro meses, não era uma opção. Mas na exposição há uma versão desta obra de Juan Bautista Martínez del Mazo, genro e seguidor de Velázquez. Nela se centra boa parte do debate científico que Velázquez y la familia de Felipe IV poderá gerar, já que há um ex-conservador do Prado, Matías Díaz Padron, que, depois de 20 anos de investigação, continua a defender que se trata de um estudo preparatório, já muito detalhado, saído das mãos do artista sevilhano. “Esta exposição permitirá ao público tirar as suas próprias conclusões sobre estes e outros retratos porque põe à conversa obras de Velázquez com as dos seus principais seguidores [Mazo e Juan Carreño de Miranda] e até do seu atelier”, explica o comissário, totalmente avesso à tese de Díaz Padron. É preciso um blockbusterEm época de grandes dificuldades financeiras, o Museu do Prado conta com Velázquez para estancar a queda no número de visitantes. Em Maio, a pinacoteca admitiu que previa para 2013 uma quebra drástica, na ordem dos 25%, face ao ano passado. Na mesma altura anunciou que tinha na manga uma exposição que podia minimizar os danos. E agora confia em Velázquez para atrair milhares. Não só “Velázquez é Velázquez” - a mostra que o Prado lhe dedicou em 1990 continua a ser campeã de visitantes e mudou por completo a vida do museu, disse esta sexta-feira o director, Miguel Zugaza -, como a exposição reúne um “conjunto impressionante de obras”, algumas pela primeira vez em Espanha, graças aos empréstimos de vários museus estrangeiros, com destaque para o Kunsthistorisches (A Infanta Margarida em vestido rosa, por exemplo), o museu de história de Viena, mas também para a Apsley House, em Londres (Inocêncio X), o Metropolitan, em Nova Iorque (A Infanta Maria Teresa), o Museu de Belas Artes de Boston (A Infanta Maria Teresa) e Kingston Lacy, propriedade que pertence ao National Trust britânico e guarda As Meninas de Mazo, que não se viam em Espanha há dois séculos. Zugaza, director do Prado há 11 anos, vê em Velázquez y la familia de Felipe IV o “retrato final de uma dinastia” e a oportunidade de perceber um pouco mais como funcionava a oficina do artista e como a sua obra inaugurou uma tradição na pintura de corte que depois se foi adaptando às circunstâncias sociais e políticas. “Esta é um exposição aberta ao grande público, mas também aos debate especializado. E com ela a casa de Velázquez transforma-se, por uns meses, no atelier de Velázquez”, acrescentou o director, que começou a sua intervenção por sublinhar a importância do apoio da Fundação AXA, o mais antigo mecenas do Prado, na realização de Velázquez y la familia de Felipe IV. Não é de estranhar, já que este ano, segundo o diário El País, o museu sofreu um corte de 30% na sua dotação governamental, contando cada vez mais com os privados e com a sua própria capacidade de gerar receitas. Miguel Zugaza espera grande afluência de visitantes, mas não usou a palavra blockbuster e admitiu que não conta com números semelhantes aos de 1990. Para já basta-lhe ter mais Velázquez na casa de Velázquez. E, como diz Javier Portús, dos mais sedutores que há. Velázquez y la familia de Felipe IV é inaugurada a 8 de Outubro e fica até 9 de Fevereiro de 2014. O PÚBLICO viajou a convite do Turismo de Espanha e do Museu do Prado
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave guerra filha filho mulher rainha estudo mulheres princesa casamento
Todo o universo de Joni Mitchell nas vozes de dez cantoras portuguesas
Um concerto a 14 de Novembro: Amélia Muge, Aline Frazão, Ana Bacalhau, Cati Freitas, Fábia Rebordão, Luísa Sobral, Mafalda Veiga, Manuela Azevedo, Márcia e Sara Tavares. (...)

Todo o universo de Joni Mitchell nas vozes de dez cantoras portuguesas
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2013-10-04 | Jornal Público
SUMÁRIO: Um concerto a 14 de Novembro: Amélia Muge, Aline Frazão, Ana Bacalhau, Cati Freitas, Fábia Rebordão, Luísa Sobral, Mafalda Veiga, Manuela Azevedo, Márcia e Sara Tavares.
TEXTO: São dez vozes femininas que há muito tempo nos habituámos a ouvir. Da música tradicional ao fado, passando pela pop e o jazz. Algumas andam nisto há mais tempo do que outras. Há as que lançaram álbuns este ano e as que há muito não o fazem. Mas, no meio disto tudo, há um ponto de ligação: a cantautora canadiana Joni Mitchell, que a todas influenciou. E todas são Amélia Muge, Aline Frazão, Ana Bacalhau, Cati Freitas, Fábia Rebordão, Luísa Sobral, Mafalda Veiga, Manuela Azevedo, Márcia e Sara Tavares, que se vão juntar em Novembro num concerto inédito, no âmbito do Misty Fest, de tributo a Mitchell. Esta quinta-feira, cinco delas estiveram na Ler Devagar a falar desta homenagem “a uma das artistas mais importantes da música contemporânea”. Este concerto especial — que contará com Filipe Raposo, ao piano e na direcção musical de arranjos, Carlos Bica, no contrabaixo, e Carlos Miguel, na bateria — só acontece em Novembro, no dia 14, no Centro Cultural de Belém (CCB), mas já foi esta quinta-feira apresentado. Ao final da tarde juntaram-se na livraria da Lx Factory, em Alcântara, cinco das artistas que vão dar voz a Joni Mitchell. Amélia Muge, Aline Frazão, Cati Freitas, Fábia Rebordão e Márcia falaram das expectativas deste concerto especial e não foram embora sem antes cantarem (à capela) Just Like Me, single de 1966. No dia 14, é certo que esta vai ser ouvida, mas também não serão esquecidos os grandes sucessos como Big Yellow Taxi ou Woodstock. “O resto é surpresa, não podemos estar a revelar tudo hoje. As pessoas precisam e querem ser surpreendidas”, diz ao PÚBLICO Amélia Muge, responsável pelo “grande desafio” da selecção musical para o concerto de Novembro. “Foi preciso ter em conta vários factores no momento da selecção. Sabíamos, por exemplo, que não podiam falhar os temas mais emblemáticos, e depois também precisámos de encontrar as músicas certas para estas cantoras. Cada uma tem uma tonalidade, uma forma diferente de cantar”, explica Amélia Muge, acrescentando que foi ainda tida em conta “toda a dinâmica que um concerto tem de ter”. “Um concerto tem de ter canções intimistas, momentos mais histriónicos, momentos de partilha entre nós, e tudo isso depende das músicas que escolhemos”, continua. Para esta compositora, que trabalhou a ideia com a produtora e agência de artistas Uguru, este vai ser um concerto especial. E explica: “É verdade que as pessoas já conhecem estas cantoras, mas também é verdade que nunca as ouviram cantar estes temas”. Aline Frazão, que editou este ano o álbum Movimento, não teve dúvidas quando foi convidada para este projecto, embora não conhecesse em pleno, como admite, a obra de Joni Mitchell. “Gosto muito deste desafio de cruzar várias estéticas, vários artistas, ainda mais tratando-se de cantoras que admiro bastante e de quem conheço bem o trabalho. Para mim, é uma oportunidade de partilhar o palco com algumas delas”, diz a cantora angolana, explicando que este projecto fez com que mergulhasse na obra da canadiana, actualmente com 69 anos. “Descobri uma obra incrível, completíssima, diversa, e esta descoberta acaba por ser o primeiro retorno deste convite. ”Mitchell, “referência importantíssima”Quem também não teve dúvidas sobre se deveria aceitar ou não o convite para fazer parte deste concerto foi Márcia, que ainda no final do ano passado gravou River, tema original de Joni Mitchell incluído no álbum Blue, de 1971, com uma série de vozes femininas, entre as quais estavam Luísa Sobral — de quem partiu na altura a ideia e que agora também integra este concerto —, Ana Moura e Rita Redshoes. “Tudo isto faz imenso sentido. Primeiro, pela homenagem que prestamos à Joni Mitchell, e depois pela recuperação de algumas músicas que estão esquecidas”, diz Márcia, que editou álbum novo (Casulo) este ano, explicando que a música de Mitchell “é uma referência importantíssima” no seu trabalho. Márcia destaca ainda a transversalidade de Joni Mitchell, que se comprova pela junção destas dez cantoras, todas com trabalho na música muito distinto. O próprio lado das artes visuais pelo qual a canadiana também é conhecida, uma vez que ela própria desenhava as suas próprias capas, também será evocado no concerto do CCB. Esta parte ficará a cargo do ilustrador e cartoonista António Jorge Gonçalves, que desenhará (desenho digital) ao mesmo tempo que o concerto acontece. “Os tributos são coisas que fazem falta, a memória das nossas referências nem sempre é muito clara para o público. E nós somos o que somos porque alguém nos ensinou muita coisa e a Joni Mitchell é um desses casos”, conclui Amélia Muge. Da programação da edição deste ano do Misty Fest destacam-se ainda nomes como Lloyd Cole (Cinema São Jorge, 7 de Novembro), Scott Matthew (CCB, 14 de Novembro; Casa da Música, 16 de Novembro), Ian McCulloch (Casa da Música, 14 de Novembro; CCB, 15 de Novembro) e Waldemar Bastos e Aline Frazão (CCB, 16 de Novembro). Notícia corrigida às 12h19: O álbum de Aline Frazão editado este ano chama-se Movimento
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Palavras-chave cantora
Adolescentes presos em Marrocos por publicarem beijo no Facebook
Casal de namorados foi detido por atentado ao pudor. (...)

Adolescentes presos em Marrocos por publicarem beijo no Facebook
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2013-10-05 | Jornal Público
SUMÁRIO: Casal de namorados foi detido por atentado ao pudor.
TEXTO: O seu “crime” foi terem partilhado a foto de um beijo no Facebook. Por isto, dois adolescentes estão presos desde quinta-feira em Marrocos. “Trata-se de um adolescente e a sua namorada. Foram detidos na quinta-feira por atentado ao pudor público, depois de terem partilhado uma foto a beijarem-se”, disse à AFP Chakib Al Khayari, presidente da Associação Rif de Direitos Humanos. A foto foi tirada diante da escola onde ambos estudam, em Nodar, cerca de 500 quilómetros a Nordeste da capital Rabat. Segundo Al Khayari, o rapaz e a rapariga foram levados para um centro de detenção de menores e deverão ser apresentados a um juiz na próxima sexta-feira. A reacção não se fez esperar. Não só a foto dos namorados foi multiplicada nas redes sociais, como outras, de outros casais, foram publicadas. Acções de protesto tiveram lugar ou estão planeadas. Na sexta-feira, jovens marroquinos concentraram-se diante do local onde o casal esté detido, a exigir a sua libertação. Para este domingo, está a ser convocado um “beijo gigante” diante da embaixada do Marrocos em Paris.
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Palavras-chave crime direitos escola humanos adolescente rapariga
Madonna confessa que foi violada e roubada quando chegou a Nova Iorque
Cantora norte-americana escreve sobre desafio e atrevimento ao longo da sua vida. (...)

Madonna confessa que foi violada e roubada quando chegou a Nova Iorque
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.136
DATA: 2013-10-05 | Jornal Público
SUMÁRIO: Cantora norte-americana escreve sobre desafio e atrevimento ao longo da sua vida.
TEXTO: Era uma jovem quando chegou a Nova Iorque mas já era uma rebelde, daquelas raparigas que são olhadas de lado porque se atrevem a ser diferentes. As palavras “desafio” e "atrevimento" dominam o artigo que Madonna escreveu para a edição de Novembro da revista norte-americana Harper’s Bazaar, para a qual fez uma sessão fotográfica. Mas não é só de rebeldia e de desafio que a cantora fala. Madonna confessa que foi violada e ameaçada com uma faca, quando era jovem e tinha acabado de chegar à grande cidade vinda do Michigan. “No primeiro ano [em Nova Iorque], fui ameaçada com uma arma. Fui violada no telhado de um prédio, para o qual fui arrastada com uma faca nas costas. Roubaram o meu apartamento três vezes. Não sei por quê. Não tinha nada de valor depois de, na primeira vez, terem levado o rádio”, escreve. Nunca quis ser igual aos outros adolescentes. E, aos 15 anos, “beber cerveja e fumar erva no estacionamento da escola não tinha nada a ver com a minha noção de ser rebelde. Isso era o que todos faziam”. Por isso, decidiu não fazer a depilação, não usar maquilhagem e exigir que os outros gostassem dela não pelo que usava, mas pelo que era. “Não correu bem”, confessa e acabou por não ter muitos amigos ou uma vida social muito intensa. Quando tal acontece, “permite que te foques no teu futuro”, escreve. A saída de Rochester, no Michigan para Nova Iorque foi dura e Madonna recorda que nos momentos mais difíceis se concentrava na vida da artista Frida Kahlo. Colou um poster numa das paredes da sua casa e observava aquela mulher de bigode que “não queria saber o que os outros pensavam dela”. Relação com a religiãoAvançando de década em década, a artista escreve sobre o início da sua carreira como estrela pop, aos 20 anos, a sua relação com a religião e as suas provocações ao status quo. Aos 25, “eu usava um crucifixo no pescoço e dizia, nas entrevistas, que o fazia porque eu achava que Jesus era sexy. Bom, era sexy, mas eu realmente dizia isso para provocar”. “Tinha uma relação divertida com a religião. Acredito muito nos rituais, já que eles não fazem mal a ninguém. Mas não me dou muito bem com as regras, embora não seja possível viver num mundo sem ordem”, continua. “Mas, para mim, há uma diferença entre as regras e a ordem. As regras são aquilo que as pessoas seguem sem questionar. A ordem é o que se consegue quando as palavras e as acções unem as pessoas, em vez de separá-las. Sim, eu gosto de provocar, está no meu DNA. Mas em nove a cada dez vezes eu tenho alguma razão para fazer isso”, continuou. Dez anos depois, a cantora descobre a Cabala que a ajuda a ter uma vida espiritual. “Dizem que quando o estudante está preparado, o professor aparece. O cliché aplica-se” quando Madonna decide estudar os princípios daquela corrente da religião judaica, estudando também aramaico. Anos mais tarde, decide estudar o Corão porque está a construir escolas em países islâmicos e porque se deve conhecer todas as religiões. “O meu amigo Yaman diz-me que um bom muçulmano é um bom judeu, um bom judeu é um bom cristão, e assim sucessivamente. Não posso estar mais de acordo. ”A cantora também escreve sobre seu casamento com o cineasta britânico Guy Ritchie e sua mudança para o Reino Unido, aos 45 anos, – “nada é mais belo do que o campo inglês” –, seguida do divórcio e do retorno a Nova Iorque uma década depois. Madonna fala das adopções internacionais. “Fui abençoada com quatro crianças fantásticas. Tento ensiná-las a pensar ‘fora da caixa’. A atreverem-se. A escolherem tomar decisões porque é a coisa certa para fazerem e não porque todos a fazem”, escreve.
REFERÊNCIAS:
Étnia Judeu
João, Tiago e Vera são especiais e os protagonistas de livros infantis
Alice Vieira, Luísa Beltrão e Luísa Ducla Soares escrevem sobre crianças com necessidades educativas especiais. (...)

João, Tiago e Vera são especiais e os protagonistas de livros infantis
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.357
DATA: 2013-10-06 | Jornal Público
SUMÁRIO: Alice Vieira, Luísa Beltrão e Luísa Ducla Soares escrevem sobre crianças com necessidades educativas especiais.
TEXTO: Autismo, paralisia cerebral e trissomia 21 são as doenças de João, Tiago e Vera, as personagens da colecção Meninos Especiais lançada pela associação Pais em Rede e Instituto Universitário de Ciências Psicológicas, Sociais e da Vida. Estes miúdos existem mesmo e inspiraram a escrita de Alice Vieira, Luísa Beltrão e Luísa Ducla Soares. Para acabar com “o mundo de isolamento e silêncio” das famílias com crianças portadoras de deficiência e porque a inclusão não é menos importante que a terapêutica. “Quisemos ficcionar crianças concretas, com histórias que fossem adequadas ao cenário das suas vidas”, disse ao PÚBLICO Luísa Beltrão, presidente da Pais em Rede e que assina o título Olá! Eu Sou a Vera – É Bom Ter Amigos. Objectivo: “Aproximar as crianças ditas normais destes meninos especiais, que também são pessoas, não são uma abstracção. A convivência e inclusão beneficia todos. Queremos contrariar a deficiência social, que afasta quem é diferente. ”Luísa Beltrão sabe do que fala. São dela as palavras “mundo de isolamento e silêncio”. Há 33 anos que tem uma filha com “um atraso global de desenvolvimento de 90%”, e nos primeiros tempos nem sabia a quem se dirigir. Foi em Londres que identificaram o problema da filha, também Luísa. “Um tsunami na minha vida. Ela tinha 11 meses, disseram-me que se vivêssemos em Inglaterra aprenderia a ler, a escrever e conseguiria ter uma profissão, mas em Portugal ia ser tudo muito difícil. ” E foi. Ainda assim, a menina fez progressos, para o que terá contribuído em muito a relação com os seis irmãos, “uma casa cheia”, e a determinação da mãe. Hoje, trabalha no refeitório de uma escola, “com a autonomia que lhe é possível”, conta Luísa Beltrão, que se está a organizar para que venha “a partilhar casa com mais dois ou três jovens”. Um mundo só delePara a colecção Meninos Especiais, coube a Alice Vieira a história do João, um miúdo com autismo. “Fiquei um bocado aflita”, disse a autora ao PÚBLICO. Não só pela “delicadeza do tema”, mas também porque os livros se destinam “a crianças pequeninas”, público-alvo para que se sente menos confortável a escrever. Depois de passar algum tempo com o João e a mãe, Alice Vieira percebeu que tinha ideias erradas sobre quem tem autismo. “Pensava que ficavam sossegadinhos com os seus pensamentos, mas não. Exigem uma atenção constante. O que eu fiquei a admirar aquela mãe”, exclama. O único momento em que a escritora conseguiu de alguma forma “trazer o miúdo ao nosso mundo” foi através de um pião. “Tudo o que roda fascina-o. A mãe já me tinha dito, mas eu vi”, descreve. “E o que ele gosta de poças de água? Qualquer criança gosta de ‘pôr a pata na poça’ e isso facilita a aproximação aos outros. ” Foi assim que Alice Vieira encontrou elementos para criar a história Olá! Eu Sou o João – Um Mundo Só Meu. “Eu não queria ser piegas nem seca. Queria acima de tudo ser justa”, conclui Alice. Quem também ficou aflito com o convite foi Paulo Guerreiro, que ilustrou este título. “Por ser uma situação delicada e por ser um texto da Alice Vieira, uma dupla responsabilidade”, disse ao PÚBLICO o designer gráfico, que se estreia assim na ilustração para a infância. Paulo Guerreiro esteve igualmente em contacto com o João, com a mãe dele e foi ainda conhecer a escola que o menino frequenta. “Quis ver o local onde brincam e aprendem e ao mesmo tempo perceber a dinâmica entre ele e os amigos. ”Tal como a autora, também se preocupou em ser justo e descreve assim o sentimento que norteou o seu trabalho: “Queria ser fiel às crianças e aos pais, queria fazer justiça ao tema. ” Por isso, procurou “não criar um estilo desadequado” e escolheu materiais que as crianças também utilizam, para aumentar a sua proximidade e atenção. “Usei umas canetas de cera sintética, cuja expressão fica entre os lápis de cor e os lápis de cera. Costumo usá-las com a minha filha, que tem nove anos. São seguras para as crianças e muito coloridas. Elas adoram. ”Para Paulo Guerreiro, esta participação foi “muito especial e gratificante”. De tal modo que repetiu ao PÚBLICO o que disse na sessão de lançamento do livro, em finais de Setembro. “Foi um dos três momentos mais importantes da minha vida. O primeiro foi o meu casamento; o segundo, o nascimento da minha filha; o terceiro foi este. ”Integrar, integrar, integrarOs livros custam três euros cada e podem ser encomendados através do email encomendasmeninosespeciais@gmail. com. As receitas destinam-se ao autofinanciamento da Pais em Rede, uma associação que nasceu em 2008, tem 2500 associados e 21 núcleos regionais. A associação talvez venha a transformar-se numa organização não-governamental, diz Luísa Beltrão, o que facilitaria a captação de fundos. “Não cobramos quotas aos nossos associados e é muito difícil obter financiamento do Estado para tudo o que não seja infra-estruturas, mas o nosso trabalho é sobretudo de formação, troca de conhecimentos e apoio. ” Ou seja, trabalho invisível. De momento, a Pais em Rede tem protocolos com câmaras municipais, que cedem espaços onde funcionam alguns núcleos, com a Fundação Calouste Gulbenkian, com sete universidades e com a Direcção-Geral de Saúde. “A nossa actividade concentra-se em capacitar os pais para o apoio aos filhos e na formação de professores, há já uma cadeira específica nesse sentido na Escola Superior de Enfermagem. Estamos também a fazer uma experiência com professores e pais, para criarmos um modelo de formação que envolva todos. O que queremos é chegar à melhor abordagem para integrar as famílias. A inclusão é mais importante que a terapêutica. ”Luísa Beltrão lembra que devemos “centrar-nos na pessoa e não na doença” e que “neste universo das pessoas especiais acontecem coisas maravilhosas”. Conta por isso com toda a gente para que mais aconteçam. “Precisamos de aliados. ” E de donativos. Colecção Meninos EspeciaisOlá! Eu Sou o Tiago. Um Detetive em Cadeira de Rodas. Texto de Luísa Ducla SoaresIlustrações de Ana FerreiraEdição de Pais em Rede/ISPA-IUOlá! Eu Sou o João. Um Mundo só MeuTexto de Alice VieiraIlustração de Paulo GuerreiroEdição de Pais em Rede/ISPA-IUOlá! Eu Sou a Vera. É Bom Ter Amigos. Texto de Luísa BeltrãoIlustrações de Tânia Bailão LopesEdição de Pais em Rede/ISPA-IU
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave filha escola social criança doença casamento
A sublime arte de Mário de Carvalho no Escritaria
É o escritor homenageado do festival literário Escritaria que até domingo acontece em Penafiel com conferências, teatro de rua e arte pública. (...)

A sublime arte de Mário de Carvalho no Escritaria
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2013-10-06 | Jornal Público
SUMÁRIO: É o escritor homenageado do festival literário Escritaria que até domingo acontece em Penafiel com conferências, teatro de rua e arte pública.
TEXTO: “A realidade é muito abusadora”: é a frase do escritor Mário de Carvalho que passa a fazer parte da cidade de Penafiel, onde até domingo decorre o festival literário Escritaria que homenageia o autor de Era Bom que Trocássemos Umas Ideias Sobre o Assunto (de. Caminho). Tal como acontece todos os anos desde 2008, altura em que foi lançado este festival - que já teve edições dedicadas a António Lobo Antunes, José Saramago, Urbano Tavares Rodrigues, Agustina Bessa-Luís e Mia Couto - , é escolhida uma frase do autor homenageado para ficar para sempre inscrita nas ruas de Penafiel em forma de arte pública. “A realidade é muito abusadora” está desde sexta-feira na Praça que nesta sexta edição do festival dedicado a escritores lusófonos se passa a chamar Escritaria. E a realidade é muito abusadora porquê? “Porque teima em não nos fazer as vontades. E porque foge muitas vezes às nossas expectativas e à nossa vontade de domínio sobre ela”, explicou o escritor em Penafiel onde lembrou, mais uma vez, a importância do “sentido lúdico da literatura” . E se há festival literário onde esse sentido lúdico está presente é no Escritaria de Penafiel pois toda a cidade se envolve na homenagem. Há alusões à obra de Mário de Carvalho nas montras das lojas, painéis com fotografias e excertos das suas obras espalhados pela cidade e até domingo teatro de rua, animação e conferências como aquela que acontece este sábado, às 15h30, intitulada Mário de Carvalho, vida e obra e em que vários convidados falarão sobre o escritor e os seus livros. Entre eles a tradutora francesa e especialista queirosiana Marie-Hélène Piwnik, o humorista Ricardo Araújo Pereira, o encenador Carlos Avillez, os escritores Rui Cardoso Martins, Gonçalo M. Tavares e Pedro Vieira (também humorista das Produções Fictícias), o arquitecto José Fanha e a académica Teresa Almeida. Mas o Escritaria começou na sexta-feira à noite com a apresentação do novo livro de contos de Mário de Carvalho, A Liberdade de Pátio (Porto Editora) que, como explicou na sessão de apresentação desta obra o editor Manuel Alberto Valente, foi feito para ser lançado durante o festival. Se não tivesse havido o convite para o Escritaria, talvez não houvesse o livro que reúne sete contos que na opinião da académica Paula Morão, que em Penafiel apresentou a obra, são magníficos. O progresso da mente“O Mário tem uma sabedoria que nos leva ao lermos as suas obras a termos nós também um progresso mental”, explicou Paula Morão no auditório do Museu Municipal que quase encheu. “Nós aprendemos coisas muito profundas, e se nos rimos imenso com estes textos no fundo esse riso tem uma capa de melancolia, de reflexão que fica a trabalhar na cabeça do leitor. ” Por isso, para Morão, ao lermos Mário de Carvalho acontece aquilo a que a académica chamou de “progresso da mente”. As obras deste escritor português, de 69 anos e que começou a publicar em 1981 quando lançou “Contos da Sétima Esfera”, acrescentou a professora catedrática, situam-se entre os escritores portugueses e mundiais que “praticam de forma sublime a arte da narração”, “que nos comovem”, que “têm uma sabedoria que nos ensina imensa coisa”. Por isso o associou a um outro autor, Shakespeare, cuja frase “Todo o mundo é um palco e os homens e as mulheres são apenas actores” (em “As You Like It”), poderia servir de epígrafe a toda a obra de Mário de Carvalho. A escritora Lídia Jorge, que se iniciou como romancista um ano antes de Mário de Carvalho e por isso tem sempre “um sentimento muito forte, uma espécie de fraternidade de geração” quando pensa no colega que na sua obra tem um ângulo de realismo fantástico, na linha de Calvino ou de Bolaño que nos fala da realidade contemporânea através de elementos que são irreais, do domínio do fantástico. “Ele é um escritor talentoso e inteligente”, acrescentou a autora de O Dia dos Prodígios. “Há um grotesco sublime na escrita do Mário de Carvalho que toca as pessoas”. “É o escritor [da nossa geração ] que do ponto de vista semântico maior riqueza apresenta. É o escritor que fará os jovens de 14, 15 anos irem mais vezes ao dicionário”, acrescentou a escritora que lembrou ainda que Mário de Carvalho é muitas vezes comparado a Camilo Castelo Branco não porque seja um camiliano mas por causa da estrutura, da riqueza e da precisão verbal. “Como ele mistura os tempos todos, como as personagens saem de uma espécie de cocktail de eras, como ele vai buscar a linguagem própria dos almocreves à dos espadachins, etc, mistura toda essa linguagem e faz uma espécie de festa de palavras novas, que nunca são supérfluas, para criar histórias que como disse a doutora Paula Morão são de facto magníficas”, concluiu Lídia Jorge. Ainda este sábado, às 21h30, na sessão intitulada Perspectiva cinéfila de Mário de Carvalho o escritor falará sobre o filme Gangsters Falhados (I Soliti Ignoti), de Mário Monicelli, que será exibido a seguir. E no domingo, às 15h30 será lançado António Lobo Antunes, vida e obra, a propósito do escritor convidado do Escritaria 2012 - sessão onde participará Mónica Baldaque. E ainda um DVD que documenta todas as edições do Escritaria 2008/2013. O PÚBLICO está em Penafiel a convite do Escritaria
REFERÊNCIAS:
Príncipe Harry casa em 2014
A noiva é Cressida Bonas, de 24 anos, que terá perdido o medo de pertencer à família real. (...)

Príncipe Harry casa em 2014
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2013-10-06 | Jornal Público
SUMÁRIO: A noiva é Cressida Bonas, de 24 anos, que terá perdido o medo de pertencer à família real.
TEXTO: O Sunday Telegraph diz na edição deste domingo que o príncipe Harry casa em 2014. A noiva é Cressida Bonas, de 24 anos. "Cressie vai casar com Harry", disse ao jornal um amigo do casal que pediu anonimato. A mesma fonte disse que o príncipe - o filho mais novo do herdeiro da coroa britânica, Carlos, e de Diana - "não pára de falar de casamento e de bebés" e que "ela habituou-se à ideia". Cressida Bonas e Harry conheceram-se em Maio de 2012. A rapariga é amiga de uma prima de Harry, Eugenie (filha do príncipe André), que os apresentou durante um concentro. Sabe-se que Cressida acabou recentemente a universidade e que a sua família tem uma fortuna avultada. Os amigos disseram ao Telegraph - a notícia surge também no Daily Mail - que quando Harry, de 30 anos, decidiu casar com a namorada o principal obstáculo foi derrubar o medo que ela tem da família real e do que é viver dentro dela. Os amigos dissseram que esse medo passou e que o casamento é para o ano. O príncipe esteve este fim-de-semana na Austrália, em visita oficial, e foi recebido por milhares de pessoas nas ruas. O irmão mais velho de Harry, William, segundo na ordem de sucessão, casado com Kate, duquesa de Cambridge, foi pai este ano e o filho chama-se George.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave filha filho medo casamento rapariga
Para 300 postos de trabalho, a nova loja da Primark recebeu 26 mil candidaturas
Cadeia irlandesa de vestuário abriu a maior loja da Península Ibérica em Lisboa e tem planos para continuar a expandir-se em Portugal. (...)

Para 300 postos de trabalho, a nova loja da Primark recebeu 26 mil candidaturas
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.136
DATA: 2013-10-10 | Jornal Público
SUMÁRIO: Cadeia irlandesa de vestuário abriu a maior loja da Península Ibérica em Lisboa e tem planos para continuar a expandir-se em Portugal.
TEXTO: Vestidos de preto, com camisolas a dizer I love Primark Colombo, os trabalhadores da nova loja da cadeia de vestuário irlandesa alinham-se no corredor principal. Seguram balões azuis e ouvem o discurso de Breege O’Donoghue, directora de recursos humanos do grupo e responsável pelo desenvolvimento de negócios. As portas ainda estão fechadas. Os clientes estão lá fora, à espera, numa fila compacta que se começou a formar bem antes da hora marcada para a abertura oficial da maior loja da Primark da Penísula Ibérica. Breege O’Donoghue fala português com um sotaque cerrado. Dá as boas-vindas aos trabalhadores que conseguiram um lugar entre os 300 que a cadeia recrutou. No processo de candidatura ficaram pelo caminho 25. 700 pessoas. O discurso é de motivação. Há palmas, nervoso miudinho. “Até tenho o coração a bater mais rápido”, diz uma das trabalhadoras, tocando no peito. Começa a contagem decrescente, repetida em uníssono. As portas abrem-se e os primeiros clientes entram na loja, surpreendidos e meio encavacados com a recepção. Rapidamente a “formatura” se desfaz e os quase cinco mil metros quadrados da Primark são invadidos por mulheres e carrinhos de bebés. Poliana Nascimento, 24 anos, parecia não ter mãos a medir. Escolhia camisolas de algodão a grande velocidade, atirando-as para o cesto que lhe entregaram à entrada. “Olho, pego e ponho dentro do cesto. Só no final é que vejo melhor a roupa e decido o que quero mesmo comprar”, conta. Veio de propósito para a abertura, não se incomodou com a fila, nem como aparato. “Venho pelo preço. A qualidade não é assim tão boa”, diz, acrescentando que no Brasil, de onde veio há um ano, não “há filas, nem é comum ter multidões” na abertura de uma loja nova. A loja, imaculadamente arrumada, está agora à mercê das clientes que viram e reviram camisolas a três euros. Ary veio do Montijo “de propósito” para comprar roupa para a filha. “Venho porque preciso. Ainda nem consegui ir ao outro lado ver roupa para mim e já tenho o cesto cheio”, diz. Sofia Alcobia, uma estudante de 22 anos, esteve mais de uma hora na fila à espera de entrar sem uma queixa. “Vim por curiosidade e com intenção de fazer compras”, conta. José Luis Martinez, director da Primark para a Península Ibérica, não avança dados do investimento feito com a oitava abertura em Portugal. Admite que há planos para mais lojas, nomeadamente, no Porto. “O complicado é encontrar grandes espaços e as melhores localizações”, diz. A fórmula de preços baixos e grandes volumes “funciona” em Portugal e mesmo a contracção no consumo – que levou a uma queda global nas vendas de roupa – não travou os planos de expansão da cadeia irlandesa, que pertence ao grupo Associated British Foods. “Os consumidores são muito exigentes, conhecem bem o têxtil, gostam de moda, vêm com muita frequência à loja e são clientes jovens. Tanto em 2009, quando a situação económica era diferente, como em 2013, continuam a comprar”, continua José Luís Martinez. A Primark tem 257 lojas em oito países da Europa e emprega perto de 47 mil trabalhadores.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave filha humanos consumo mulheres