Duques de Cambridge escolhem amigos para padrinhos do filho, George
Cerimónia é a 23 de Outubro e não será no Palácio de Buckingham. (...)

Duques de Cambridge escolhem amigos para padrinhos do filho, George
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2013-10-15 | Jornal Público
SUMÁRIO: Cerimónia é a 23 de Outubro e não será no Palácio de Buckingham.
TEXTO: William e Catherine, os duques de Cambridge, romperam a tradição e convidaram amigos para padrinhos do filho, o príncipe George. A cerimónia realiza-se no dia 23 de Outubro. Os herdeiros do trono britânico têm, por norma, vários padrinhos e madrinhas. Costumam ser escolhidos de entre uma pequena elite e, geralmente, o grupo integra parentes próximos – tias e tios da criança, algum primo e um eventual amigo. Neste caso, o grupo é totalmente composto por amigos de William e Kate. De acordo com os jornais britânicos, os padrinhos de George são Fergus Boyd (que William conheceu na faculdade), Emilia d’Erlanger, que a duquesa conheceu no Marlborough College, e Hugh van Cutsem, um dos maiores amigos do duque. Fergus é sócio da firma Smith & Williamson (gestão de fundos); Emilia é co-fundadora de uma empresa de design de interiores de Londres, a D’Erlanger & Sloan, e está casada com David Jardine-Paterson, que é amigo de William (conheceram-se em Eaton); Hugh é um amigo da família alargada (da família real, entenda-se) e uma das suas filhas foi dama de honor no casamento de “Will” e “Kate”. William, que foi baptizado em 1982, teve com padrinhos Constantino (pretendente ao trono da Grécia), Lord Ramsey (neto de Lord Mountbatten), Laurens van der Post (um famoso explorador de África), a princesa Alexandra (prima da rainha), a duquesa de Westminster e Susan Hussey (primeira dama de companhia da rainha). A sala de música do Palácio de Buckingham é onde costumam decorrer os baptizados reais. George não receberá ali as águas baptismais, mas numa capela privada do Palácio de St. James – o lugar onde esteve o corpo da princesa Diana (mãe de William) antes do seu funeral na Abadia de Westminster. Haverá apenas 60 convidados e algumas figuras estarão ausentes, como a princesa Ana (tia de William) e a condessa de Wessex (casada com outro tio de William, Eduardo). O bebé nasceu no dia 22 de Julho e logo nesse dia ficou claro que os duques iriam fugir o mais que pudessem do pesado protocolo da corte britânica. Catherine saiu no dia seguinte do hospital e instalou-se durante algumas semanas na casa dos pais. E foi o pai da duquesa quem tirou as primeiras fotografias oficiais do casal com o recém-nascido.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave filho rainha criança corpo princesa casamento
Devem os Nirvana entrar para o Rock and Roll Hall of Fame? Pode votar
Estão abertas as votações para os novos nomes a integrar o Rock and Roll Hall of Fame. (...)

Devem os Nirvana entrar para o Rock and Roll Hall of Fame? Pode votar
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2013-10-16 | Jornal Público
SUMÁRIO: Estão abertas as votações para os novos nomes a integrar o Rock and Roll Hall of Fame.
TEXTO: A banda de Kurt Cobain está nomeada pela primeira vez para entrar no famoso Rock and Roll Hall of Fame. Os Nirvana foram um dos 16 nomes escolhidos, entre os quais estão ainda Peter Gabriel, Cat Stevens, Linda Ronstadt, Kiss ou Deep Purple. Em Dezembro são anunciados quais os artistas que vão receber a estrela dourada do rock, mas até lá pode ajudar na decisão e votar. Este é o primeiro ano em que os Nirvana surgem elegíveis nesta lista, que inclui ainda Yes, LL Cool J, The Replacements, Paul Butterfield Blues Band, Chic, Hall and Oates, N. W. A. , The Meters, Link Wray e The Zombies. Os nomes que depois vão entrar para o Rock and Roll Hall of Fame serão decididos por 600 membros da fundação, sediada em Cleveland, Ohio, EUA, onde está o museu com todos os homenageados até agora. Mas na decisão passa a pesar também, desde o ano passado, a opinião do público. No site do Rock and Roll Hall of Fame os 16 nomes estão para votação pública, desde esta quarta-feira e até ao dia 10 de Dezembro. Os cinco nomes mais votados serão depois incluídos nas votações dos membros. Os “vencedores”, se assim se podem chamar, são anunciados pouco depois e as estrelas são entregues numa cerimónia. Para se ser elegível a esta distinção é preciso que a banda ou o artista tenham lançado o seu primeiro álbum há 25 anos. No caso dos Nirvana, a banda de Kurt Cobain, que morreu há quase 20 anos, o primeiro single Love Buzz foi editado em 1988. Desta lista destaca-se ainda Peter Gabriel, que entrou para o Rock and Roll Hall of Fame em 2009 como membro dos Genesis. Destaque ainda para a cantora norte-americana Linda Ronstadt, que surge nesta lista pouco depois de ter revelado que sofre de Parkinson e que por isso não pode cantar mais. “Ninguém pode cantar com Parkinson, faça os esforços que fizer", disse em Agosto a cantora, vencedora de 11 Grammys e que se tornou conhecida na década de 1970 com canções como It's so easy e That'll be the day. No ano passado entraram para o Rock and Roll Hall of Fame a rainha da disco Donna Summer, que morreu em Maio de 2012, o grupo de hip-hop Public Enemy, o cantautor Randy Newman e os norte-americanos Heart.
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Partidos BE
Inspectores visitaram metade das instalações do programa de armas químicas da Síria
Primeira fase do plano de eliminação tem de estar terminada até ao final do mês. OPAQ pede colaboração dos rebeldes para concluir tarefa (...)

Inspectores visitaram metade das instalações do programa de armas químicas da Síria
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento -0.16
DATA: 2013-10-16 | Jornal Público
SUMÁRIO: Primeira fase do plano de eliminação tem de estar terminada até ao final do mês. OPAQ pede colaboração dos rebeldes para concluir tarefa
TEXTO: Os inspectores da Organização para a Proibição das Armas Químicas (OPAQ) já verificaram 11 das 20 unidades que constam da lista entregue no mês passado pelo Governo sírio, mas a conclusão do processo nos prazos previstos depende também da colaboração dos grupos rebeldes. Segundo um comunicado divulgado nesta quarta-feira, as equipas da OPAQ “terminaram as actividades de verificação em 11 locais” e completaram a destruição de “equipamentos essenciais” à produção de armas químicas em seis das unidades visitadas. Números que confirmam o ritmo elevado a que estão a trabalhar as equipas de inspectores, no terreno desde o início do mês – na segunda-feira, o director-geral da organização, Ahmet Uzumcu, disse à BBC que tinham sido apenas visitadas apenas cinco unidades. Segundo o calendário aprovado na ONU, a verificação de todas as unidades associadas ao programa de armas químicas sírias e a destruição de equipamentos e munições essenciais à sua produção deve estar concluída até ao final deste mês. Começará então a destruição dos agentes tóxicos e das armas propriamente ditas, uma tarefa complexa e que será ainda mais perigosa por decorrer em plena guerra civil. Na entrevista à BBC, Uzumcu explicou que todas as unidades já visitadas se encontram em território controlado pelo regime de Bashar al-Assad, mas há uma instalação já abandonada situada numa zona em poder dos rebeldes (que terá ainda assim de ser inspeccionada) e outras que só são acessíveis por estradas onde há combates ou são controladas pela oposição. O responsável pediu, por isso, aos rebeldes que autorizem a entrada dos inspectores e garantam a sua segurança, mas ontem o Conselho Nacional Sírio, que agrupa muitos dos grupos da oposição, negou a existência de quaisquer armas químicas no território controlado pelos rebeldes. A eliminação do arsenal químico – condição aceite por Damasco para evitar uma ofensiva planeada pelos EUA – coincide com um novo pico de violência na Síria. Nesta quarta-feira, 21 pessoas, incluindo quatro crianças e seis mulheres, morreram quando a carrinha em que viajavam foi atingida por uma bomba junto à cidade de Nawa, na província de Deraa (Sul). Segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos, que recolhe informações de activistas no terreno, os rebeldes acusam as forças leais a Assad de terem colocado os explosivos na estrada, enquanto a agência de notícias síria noticiou que “21 terroristas morreram quando tentavam armadilhar uma viatura”. No Norte do país, 40 combatentes morreram em confrontos entre milícias curdas, os autodenominados Comités de Protecção do Povo, e militantes da Frente Al-Nusra e do Estado Islâmico do Iraque e do Levante, dois grupos com ligações à Al-Qaeda. Os combates entre diferentes facções, na maioria das vezes opondo islamistas a seculares, têm vindo a intensificar-se no Norte do país, estilhaçando ainda mais a já muito fragmentada oposição a Assad que, com o apoio de milícias xiitas, tem vindo a reconquistar áreas aos rebeldes.
REFERÊNCIAS:
Entidades ONU EUA
Duas adolescentes detidas por bullying que levou a suicídio de colega na Florida
Polícia acredita que Rebecca Sedwick, que se suicidou a 9 de Setembro, foi vítima de "assédio malicioso e repetido" durante um ano por duas colegas de escola de 12 e 14 anos. (...)

Duas adolescentes detidas por bullying que levou a suicídio de colega na Florida
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2013-10-16 | Jornal Público
SUMÁRIO: Polícia acredita que Rebecca Sedwick, que se suicidou a 9 de Setembro, foi vítima de "assédio malicioso e repetido" durante um ano por duas colegas de escola de 12 e 14 anos.
TEXTO: Duas raparigas de 12 e 14 anos foram detidas pela polícia do Estado norte-americano da Florida, por alegadamente terem insultado e ameaçado através da Internet, e durante vários meses, outra rapariga de 12 anos, Rebecca Sedwick, que acabou por se suicidar a 9 de Setembro. As duas menores – Katelyn Roman, de 12 anos, e Guadalupe Shaw, de 14 – estão acusadas de “assédio agravado” e de terem praticado cyberbullying (violência psicológica praticada por um ou mais indivíduos sobre outro, através da Internet, nomeadamente das redes sociais) sobre Rebecca Sedwick durante um ano, segundo a BBC. As autoridades dizem que Rebecca foi “aterrorizada” online por mais de 15 colegas da escola Cristal Lake, que frequentava, em Lakeland. A 9 de Setembro não aguentou mais e suicidou-se: subiu a um silo de uma fábrica abandonada e atirou-se lá de cima. Em conferência de imprensa, o xerife Grady Judd, do condado de Polk, disse que as ameaças começaram no ano passado, depois de Guadalupe Shaw ter impedido Rebecca de namorar com o seu ex-namorado. Segundo as autoridades, Guadalupe e Katelyn (que terá sido, no passado, a melhor amiga de Rebecca) enviaram à colega mensagens online e por telemóvel com várias ameaças e insultos. "Vários estudantes corroboraram as histórias de que as duas raparigas ameaçavam Sedwick em diferentes ocasiões, chamando-lhe nomes, intimidando-a, ameaçando que lhe batiam, e houve pelo menos uma agressão física", disse Graddy Judd. Num comentário deixado no seu mural do Facebook no passado sábado, Guadalupe Shaw admitiu que ameaçou a rapariga mas dizia não estar importada com a sua morte. O xerife afirmou que a rapariga de 14 anos foi detida na segunda-feira por receio de que pudesse ameaçar outras jovens. “Decidimos que não podíamos deixá-la por aí”, afirmou. “Quem mais vai ela atormentar, quem mais vai ela assediar?” As duas suspeitas foram detidas mas entregues aos pais, estando obrigadas a permanecer nas suas residências.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave morte escola violência rapariga assédio
"Sou defensor de que a vacina contra o HPV deve ser dada aos rapazes"
Harald zur Hausen Recebeu o Nobel da Medicina de 2008 pela descoberta de que o vírus do papiloma humano causa cancro do colo do útero. Este vírus também está ligado ao cancro da garganta e ao sexo oral. (...)

"Sou defensor de que a vacina contra o HPV deve ser dada aos rapazes"
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2013-10-16 | Jornal Público
SUMÁRIO: Harald zur Hausen Recebeu o Nobel da Medicina de 2008 pela descoberta de que o vírus do papiloma humano causa cancro do colo do útero. Este vírus também está ligado ao cancro da garganta e ao sexo oral.
TEXTO: O alemão Harald zur Hausen, de 77 anos, investigou o cancro do colo do útero na década de 1970, no Instituto de Virologia Clínica de Erlangen-Nuremberga, na Alemanha: descartou a hipótese de ser causado pelo herpes simplex e comprovou a ligação ao vírus do papiloma humano (HPV). Para falar da ligação entre vírus e cancros, deu há dias duas palestras em Portugal, numa conferência organizada pela Associação de Estudantes da Faculdade de Ciências Médicas de Lisboa e na Fundação Champalimaud. Provou que o HPV causa cancro do colo do útero. Já se pode dizer que as vacinas contra este vírus vão reduzir os casos?Ainda pouco podemos dizer, porque as vacinas só começaram a ser administradas em 2006, na maioria dos países. Podemos ter de esperar dez a 15 anos para começar a ver os seus efeitos. O que podemos demonstrar hoje é que as lesões precursoras do cancro do colo do útero estão a diminuir depois da vacina, e elas são componentes essenciais para o aparecimento do cancro. Para nós, é evidente que diminuirá a incidência deste cancro, que é o segundo cancro mais frequente nas mulheres, a seguir ao da mama. Que outros cancros estão já ligados a infecções?Estimamos que 21% dos cancros a nível mundial estejam relacionados com infecções. Não estamos só a falar do HPV. Temos os vírus da hepatite B e C relacionados com o cancro do fígado; o vírus do herpes humano do tipo 8 relacionado com o sarcoma de Kaposi em doentes imunodeprimidos; ou o vírus linfotrófico humano que causa leucemias. Temos ainda bactérias como a Helicobacter pylori, responsável por cerca de 65% dos cancros do estômago, ou parasitas como o Schistosoma, que provoca cancro da bexiga, um dos mais frequentes no Egipto. Actualmente, é possível prevenir alguns destes cancros pela vacinação ou tratando as infecções. Que recomendações faz em relação à vacina contra o HPV?Que seja dada numa fase precoce, porque esta vacina é, provavelmente, uma das mais seguras para crianças pequenas. Além do ardor normal após a injecção, a ocorrência de efeitos secundários é de um caso em cada cem mil injecções dadas. Qual é a idade indicada para vacinar as crianças?A vacina é administrada a raparigas entre os 9 e os 14 anos, dependendo dos hábitos sociais e sexuais da sua população. Nalguns países, pode ser necessário fazê-lo um pouco mais cedo, noutros um pouco mais tarde. No meu ponto de vista, frequentemente ignorado, é importante que a vacina seja dada também a rapazes. Porque os homens, entre os 15 e os 30 anos, têm normalmente mais parceiros sexuais do que as mulheres da mesma idade, e portanto estão a disseminar a infecção. Cerca de 50% dos cancros do pénis, a grande maioria dos cancros do ânus nos homens (têm mais casos do que as mulheres) e os cancros orofaríngeos (também mais frequentes nos homens) estão relacionados com a infecção pelo HPV. Embora não esteja absolutamente provado, é provável que a vacina também proteja contra estes cancros. Por estas razões, sou um acérrimo defensor de que a vacina contra o HPV deve ser dada também aos rapazes. E as pessoas já infectadas com o HPV devem vacinar-se?Infelizmente, [nessa situação] a vacina não tem grande efeito [porque a resposta imunitária que desencadeia já não encontra o vírus, que está escondido dentro das células]. Neste momento, não há terapias ou soluções para prevenir [após a infecção] o desenvolvimento do cancro do colo do útero, excepto a detecção precoce das lesões causadas pela infecção ou a intervenção cirúrgica. Se o diagnóstico for bem feito, pode reduzir-se o risco de cancro em 70% a 80% dos casos. Mesmo assim, cerca 20% das lesões permanecem por detectar e originam cancro. É possível provar a relação entre uma infecção e um cancro que surja 20 anos depois?Essa pergunta é pertinente, porque esse foi um dos maiores obstáculos que enfrentámos para explicar o papel das infecções nos cancros. Podemos fazê-lo de três formas. Por exemplo, no cancro do colo do útero demonstrámos que ao bloquear os genes E6 e E7, expressos [activos] em praticamente todas as células cancerosas do colo do útero, elas deixavam de ser malignas. Nestas condições, prova-se que genes são necessários para a indução do cancro. Mas para isto acontecer, é necessário haver mutações nos genes da célula hospedeira. Uma segunda forma é demonstrá-lo com estudos epidemiológicos, usando grupos específicos de doentes de risco oncológico. A terceira forma é por vacinação. O vírus da hepatite B é um bom exemplo disso, porque já há resultados comprovados em Taiwan, onde 20% da população apresenta infecções persistentes. Pode ser transmitido pelas mães aos recém-nascidos, portanto a vacinação logo após o nascimento diminui drasticamente a taxa de infecção. Ao fim de 20 anos de administração desta vacina, nota-se a diminuição da incidência do cancro do fígado nesta população. Quando estudou o HPV, usou células HeLa, de Henrietta Lacks [morreu em 1951 e as células do seu cancro do colo do útero foram cultivadas sem autorização]. O que acha do acordo recente entre os Institutos Nacionais de Saúde dos EUA e a família da Henrietta, que vai ter uma palavra a dizer no acesso aos dados genéticos das HeLa?Este acordo é justo. Nos anos 1970, não pensávamos nisso, porque as células estavam espalhadas por laboratórios de todo o mundo. Nem sequer conhecia a história da linhagem das células HeLa, apenas sabia que eram de cancro do colo do útero e o importante é que estavam contaminadas com o HPV. Isto também é verdade para outras linhagens de células cancerosas que usámos. Só recentemente surgiu um livro sobre a vida de Henrietta Lacks.
REFERÊNCIAS:
Entidades EUA
Hamlet estava lá. Agora é Macbeth que entra em Kurt Cobain
O dramaturgo holandês Gerardjan Rijnders descobriu “muito em comum” entre o casal Macbeth e a história de Kurt Cobain e Courtney Love. Mas há outro casal real em Macbain, que esta quarta-feira se estreia no Teatro Maria Matos, em Lisboa: Gonçalo Waddington e Carla Maciel. (...)

Hamlet estava lá. Agora é Macbeth que entra em Kurt Cobain
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2013-10-16 | Jornal Público
SUMÁRIO: O dramaturgo holandês Gerardjan Rijnders descobriu “muito em comum” entre o casal Macbeth e a história de Kurt Cobain e Courtney Love. Mas há outro casal real em Macbain, que esta quarta-feira se estreia no Teatro Maria Matos, em Lisboa: Gonçalo Waddington e Carla Maciel.
TEXTO: Há quatro seres contidos em duas personagens, e ao mesmo tempo dois universos fechados num só, nesta peça de Gerardjan Rijnders, nome cimeiro do teatro europeu contemporâneo, autor de várias peças e director artístico da mais importante companhia holandesa, a Toneelgrope Amsterdam. Os medos do Macbeth de Shakespeare e as obsessões de Kurt Cobain, o vocalista dos Nirvana que se suicidou em 1994, fundem-se com os fantasmas das suas mulheres, Lady Macbeth e Courtney Love, num mundo de bruxas e veias cortadas. Em Macbain, que Gerardjan Rijnders escreveu para Gonçalo Waddington e Carla Maciel, e que o casal de actores (também na vida real) cria e interpreta desde esta quarta-feira até domingo no Teatro Maria Matos, em Lisboa, o autor prolonga o tempo de vida que Rei e Rainha têm juntos, já depois de Macbeth cometer vários crimes; e aprofunda a dor de um homem e de uma mulher — um corroído pelo crime, outro pelo castigo — que se amam e ao mesmo tempo consomem pela contradição, pela insónia, pelos pesadelos e pelas drogas, sabendo (ou não) que esse é o caminho sem retorno para um abismo e para a morte. Em Shakespeare, Macbeth e Lady Macbeth não voltam a estar juntos (IV e V Actos) depois do segundo encontro com as bruxas em que ele se vê estranhamente próximo da profecia de um dia vir a ser rei da Escócia e, ao mesmo tempo, tomado pelo medo e pela crença alucinada de que, para isso, terá de matar todos no seu caminho. Gerardjan Rijnders desafia esse desfecho e imagina como seria se o Rei e a Rainha voltassem a encontrar-se. Macbain começa então onde acaba a redenção — e quando se adivinha uma espiral que transfigura as personagens. Talvez sozinhos não o fossem — mas, juntos, são monstros que entram no cérebro um do outro, e que se anulam. “Duas víboras numa gaiola”, resume Gonçalo Waddington. Duas víboras que afinal também se amam, reforça Carla Maciel: “São movidos muito pelo amor que sentem um pelo outro. ” O autor Gerardjan Rijnders quis “criar um retrato de um casamento atormentado” mas também “um retrato sobre aqueles no poder”, escreve no programa da peça. Seria crucial ter em palco um casal real para personificar esse retrato? “Não”, diz em resposta às perguntas do PÚBLICO. “Um actor deve ser capaz de representar qualquer papel. ” O dramaturgo concede porém que a condição de casal fora do palco pode ajudar a desprender dentro dele: “Quando estive em Lisboa para trabalhar na peça, constatei que o Gonçalo [Waddington] e a Carla [Maciel] quase não têm inibições e isso, sim, talvez seja por serem um casal na vida real. ”Uma descoberta própriaComo em De Olhos Bem Fechados (1999), filme em que Stanley Kubrick juntou o casal de actores Tom Cruise e Nicole Kidman, a bagagem da intimidade pode ser material útil na criação desta descida aos infernos conjugal. Até porque o que se pretende, nesta peça, não é retratar Macbeth ou Cobain, Lady Macbeth ou Courtney Love, mas a sua intimidade. “Há um entendimento que vai para além das palavras”, salienta Gonçalo Waddington. E uma dureza no texto que leva os actores a interrogarem-se sobre “o que vem antes para acontecer aquilo” e “o que está depois”. “É uma descoberta que nós próprios temos de fazer”, diz. No seu universo duro e cru muito próprio, Kurt Cobain e Courtney Love são dois seres “totalmente sozinhos e totalmente juntos contra o resto do mundo”, diz Gerardjan Rijnders na breve entrevista por e-mail. O dramaturgo encontrou “por puro acaso” a biografia do músico — Heavier than Heaven, de Charles R. Cross — onde são citadas passagens dos seus diários: medos, obsessões e referências a Shakespeare, feitas pelo próprio Cobain. Como Hamlet, Kurt Cobain tem de escolher entre a vida e a morte (pela droga). Dois meses antes de se suicidar, um médico diz-lhe que ele tinha dois caminhos possíveis: a vida (com uma necessária reabilitação) ou a droga, que o levaria a uma morte certa. “Tal como Hamlet?”, interroga-se Cobain nos diários. “O Dr. Baker diz que, tal como Hamlet, tenho de escolher entre a vida e a morte. Eu escolho a morte. ”É porém nos fantasmas de Macbeth que o dramaturgo holandês (que em 2001 encenou esse texto de Shakespeare, talvez um dos seus mais fundadores) encontra a ponte com Cobain. Estudiosos shakespeareanos interrogam-se como seria se Macbeth entrasse em Hamlet. Agora, “Macbeth entrou em Cobain”, diz a actriz Carla Maciel. Amor em todo o ladoDepois de Gerardjan Rijnders ler “sobre os seus pesadelos [de Cobain], as suas obsessões com bebés [talidomida], o seu desespero geral, o desespero dela”, espantou-o “o muito em comum” que encontrou entre os dois casais. “O amor está em todo o lado, mas muitas vezes toma a forma de ódio e loucura”, conclui. Courtney e Cobain adoravam-se como dois iguais, ambos sobreviventes de uma infância que deixou marcas de desamor e rejeição (“Apenas nós os dois/ Dois órfãos que se adoptaram/ Há muito tempo atrás”). Nesta peça, e depois dos crimes, “ele volta para o quarto e os dois ficam numa espécie de consumo”, diz Gonçalo Waddington. E ali permanecem, frios (“Ainda estou com frio/ Eu não sabia que um massacre/ Podia ser tão frio”), num espaço que não lhes pertence e que os oprime, como eram todos os quartos de hotel onde o casal Cobain-Love deixava vestígios de violência e autodestruição. “Eles próprios estão a tentar localizar-se no espaço e no tempo. Eles são quentes. Mas tudo o resto é frio”, diz Gonçalo Waddington. “Eles não estão bem a habitar aquilo. Estão a habitar-se um ao outro. ”
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Palavras-chave crime morte violência mulher rainha homem consumo medo espécie mulheres casamento
A mais jovem vencedora do prémio Man Booker ganhou com o romance mais longo de sempre
A neozelandesa Eleanor Catton, de 28 anos, convenceu o júri com as 832 páginas de The Luminaries, um romance de mistério situado na Nova Zelândia de meados do século XIX. (...)

A mais jovem vencedora do prémio Man Booker ganhou com o romance mais longo de sempre
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2013-10-17 | Jornal Público
SUMÁRIO: A neozelandesa Eleanor Catton, de 28 anos, convenceu o júri com as 832 páginas de The Luminaries, um romance de mistério situado na Nova Zelândia de meados do século XIX.
TEXTO: O prémio Man Booker foi atribuído esta terça-feira a Luminaries, de Eleanor Catton, uma neozelandesa de 28 anos que bateu alguns adversários de peso, como o britânico Jim Crace ou o irlandês Colm Tóibin, ambos frequentadores habituais das listas de finalistas do prémio. Catton não só é a mais nova vencedora de sempre, como triunfou com o romance mais longo alguma vez premiado desde a fundação do Booker, em 1969. Espécie de versão pós-moderna de uma “sensation novel” vitoriana ao estilo de Wilkie Collins, The Luminaries é um calhamaço de 832 páginas que conta uma história de crime e mistério, usando como cenário a corrida ao ouro na Nova Zelândia de meados do século XIX. Numa cerimónia transmitida em directo na televisão, durante a qual o presidente do júri, Robert Macfarlane, começou por lembrar os seis romances finalistas e fez preceder o anúncio da obra vencedora da clássica deixa usada na gala dos Óscares — “and the winner is…” —, Eleanor Catton acabou a receber o prémio das mãos de Camilla Parker Bowles, duquesa da Cornualha. Este Man Booker 2013, com uma dotação pecuniária de cerca de 60 mil euros, tem o simbolismo adicional de ser o último ao qual só puderam concorrer autores do Reino Unido, da Irlanda e de países da Commonwealth. Já a partir da próxima edição, o prémio vai abrir-se aos escritores dos Estados Unidos e a autores de quaisquer outras nacionalidades, exigindo-se apenas que as obras candidatas tenham sido originalmente publicadas em inglês. Não fora o já longínquo precedente de Keri Hulme, uma autora de ascendência inglesa e maori que ganhou o Booker em 1985 com The Bone People, e Eleanor Catton ter-se-ia ainda tornado a primeira escritora a levar o prémio para a Nova Zelândia. Apesar da sua juventude, pode dizer-se que, mesmo antes desta consagração, Catton era já uma autora conhecida. Embora só tenha um romance anterior, composto aos 23 anos como tese de mestrado num curso de escrita criativa, esse seu livro de estreia, The Rehearsal (2008), foi muito elogiado pela crítica, integrou a lista de finalistas dos prémios Orange e Dylan Thomas e foi traduzido numa dúzia de línguas. Em Portugal, O Ensaio foi publicado pela editora Gradiva. Após o sucesso de The Rehearsal, que abordava as reacções a um affaire entre um professor e uma aluna do ensino secundário, Catton começou a escrever The Luminaries aos 25 anos. Completou-o aos 27, e o prémio que agora lhe foi atribuído sugere que passou com distinção o clássico teste do segundo livro, demonstrando que The Rehearsal não passara mesmo de um ensaio. Nascida no Canadá em 1985 — o seu pai, neozelandês, estava a concluir o doutoramento em Ontário —, Eleanor regressou com a família à Nova Zelândia quando tinha seis anos e cresceu em Christchurch, no Sul do país. Vive agora em Auckland, no Norte, onde ensina escrita criativa. Ao anunciá-lo como vencedor do Man Booker 2013, Robert Macfarlane descreveu The Luminaries como um trabalho “deslumbrante, luminoso, vasto”, um livro no qual o leitor se “pode por vezes sentir perdido”, mas que é “minuciosamente estruturado”. Sublinhando o virtuosismo da autora, Macfarlane garante, todavia, que o livro não é “um extenso exercício literário”, mas um “romance com coração”. E está convencido de que a sua invulgar extensão não afastará os leitores. “O tamanho nunca é problema quando se trata de um grande romance”, disse o presidente do júri, que se mostrou impressionado com a precocidade de Catton: “A maturidade é evidente em casa frase, nos ritmos e equilíbrios, e o domínio da narrativa é espantoso. ”A acção do livro decorre em 1866, numa povoação da costa oeste de South Island, a maior (e menos populosa) das duas principais ilhas que constituem a Nova Zelândia. Numa noite tempestuosa, Walter Moody, acabado de desembarcar, aloja-se na primeira estalagem que lhe aparece e dá de caras com uma ecléctica assembleia de 12 homens. Com origens geográficas e sociais muito diversas, o grupo inclui um chulo, um político, um garimpeiro, um traficante de ópio, um leitor de sinas e um carcereiro, entre outros. Já o estranho segredo que une estes homens envolve uma prostituta que terá tentado matar-se, um bêbado que está mesmo morto, uma apreciável fortuna em ouro, um jovem desaparecido e, na melhor tradição do romance de sensação oitocentista, um antro de ópio. Robert Macfarlane sugere que Catton cruza Wilkie Collins – autor de A Pedra da Lua, obra pioneira da ficção policial, e de A Mulher de Branco, romance pioneiro no recurso a múltiplos narradores – e Herman Melville, autor de Moby Dick, um dos grandes romances fundadores da literatura americana. No jornal Telegraph, Gaby Wood, centrando-se mais na inovadora estrutura narrativa, vê em The Luminaries um encontro entre Wilkie Collins e Georges Perec, o autor experimentalista francês do grupo Oulipo.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave crime homens mulher espécie morto prostituta
Há 30 milhões de escravos no mundo
Primeiro estudo realizado à escala global revela que metade das pessoas em situação extrema de exploração vivem na Índia. Mauritânia é o país com maior fatia da população escravizada. (...)

Há 30 milhões de escravos no mundo
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2013-10-17 | Jornal Público
SUMÁRIO: Primeiro estudo realizado à escala global revela que metade das pessoas em situação extrema de exploração vivem na Índia. Mauritânia é o país com maior fatia da população escravizada.
TEXTO: Há 30 milhões de pessoas a viver em condições de escravatura em todo o mundo, segundo o primeiro estudo realizado à escala global sobre este flagelo. Quase metade vive na Índia, onde a pobreza e o sistema de castas atiram milhões para uma engrenagem da qual poucos conseguem sair. Os dados constam do Índice Global de Escravidão, o primeiro estudo a nível mundial sobre um fenómeno que “muitas pessoas ficam surpreendidas por ainda existir”, mas que “continua a ser um estigma em todos os continentes”, explicou à AFP Nick Grono, director-geral da Walk Free, organização criada na Austrália para denunciar a prevalência da escravatura, mais de um século depois de ter sido abolida. “As leis já existem, mas faltam os meios, os recursos e a vontade política”, diz Grono, esperando que este trabalho sirva como um alerta. O índice, admite o responsável, é o resultado de um exercício difícil, quer porque se trata de “um crime escondido” – “é quase como tentar medir a violência conjugal ou o tráfico de drogas”, diz –, quer porque a escravatura moderna é mais complexa do que o comércio de seres humanos durante o período colonial. Abrange situações “em que as pessoas estão reféns da violência, são obrigadas a aceitar um emprego, mas também outras situações em que são economicamente exploradas, em que não são pagas ou recebem o mínimo para sobreviver e não são livres de partir”. As vítimas de tráfego humano, as mulheres forçadas a casar ou as crianças exploradas em situações de guerra entram também nesta definição. É dessa soma que a Ásia surge como o continente onde há mais pessoas escravizadas – quase dois terços do total contabilizado a nível mundial. Só na Índia são perto de 14 milhões de pessoas, mas as estimativas apontam também para 2, 9 milhões de seres humanos escravizados na China e mais de dois milhões no Paquistão. Na Índia, há milhares que já nascem escravos, presos pelo sistema de castas que embora ilegal se mantém enraizado, ou forçados a trabalhar a vida inteira para pagar dívidas, muitas vezes contraídas por antepassados. No fabrico de tijolos, na construção ou nas minas a céu aberto este “vínculo para a vida” arrasta famílias inteiras e rouba milhões de crianças à escola. O flagelo estende-se também ao lar, com jovens forçadas pelos pais a casar e depois escravizadas pelos maridos e as suas famílias, ou de crianças obrigadas desde muito pequenas a mendigar ou a prostituir-se. Mais de dois terços das pessoas exploradas em todo o mundo vivem em dez países (22 dos 29, 3 milhões), mas o índice é liderado por um pequeno país, que não constam sequer desta lista: na Mauritânia quatro por cento da população vive escravizada, incluindo milhares de crianças que nasceram a ser vistos como propriedade de alguém. O segundo lugar é ocupado pelo Haiti, onde centenas de milhares de crianças de aldeias pobres são enviadas para trabalhar em casas na cidade, ficando muitas vezes sujeitas a todo o tipo de abusos. Portugal surge neste índice a par da Espanha, no 147º lugar entre 162 países, calculando-se que haja entre 1300 a 1400 pessoas forçadas a trabalhar em situações de exploração. A Islândia surge como o mais bem cotado de todos os países da lista, com menos de cem pessoas em situação de escravatura, seguida da Irlanda e Reino Unido.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave crime guerra escola humanos violência estudo mulheres pobreza escravatura ilegal
Ex-alunos protestam contra "a morte" do Colégio Militar
O ministro da Defesa diz que esta é uma decisão “inquestionável”. (...)

Ex-alunos protestam contra "a morte" do Colégio Militar
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento -0.05
DATA: 2013-10-19 | Jornal Público
SUMÁRIO: O ministro da Defesa diz que esta é uma decisão “inquestionável”.
TEXTO: Os antigos alunos do Colégio Militar manifestaram-se, esta sexta-feira, durante a cerimónia de abertura solene do ano lectivo da instituição, contra aquilo a que chamam “a morte do Colégio Militar”. Em causa estão as alterações do modelo de admissão de alunos que, a partir deste ano, passou a aceitar a inscrição de raparigas. Às 14h, cerca de 500 pessoas juntaram-se na sede da Associação de Antigos Alunos do Colégio Militar (AAACM), em Lisboa, para rumarem depois ao Colégio Militar onde entraram através de um portão lateral pouco antes das 15h. O objectivo foi fazer um protesto silencioso, interrompendo a cerimónia da abertura solene do ano lectivo e saindo cerca de 20 minutos depois, novamente em silêncio. Já não é a primeira vez que a AAACM demonstra o seu descontentamento em relação às alterações no Colégio Militar. A razão prende-se com as mudanças efectuadas através de um despacho do ministro da Defesa publicado em Abril deste ano, que prevê a extinção do Instituto de Odivelas (colégio feminino onde originalmente estudavam as filhas dos militares) até ao final de 2015 e introduz a possibilidade do Colégio Militar (instituição masculina) poder receber, já a partir deste ano, inscrições femininas. O Colégio Militar é uma instituição de ensino com 210 anos que, até agora, só admitia a inscrição de rapazes em regime interno ou externo. A partir deste ano lectivo, passa a incluir a inscrição de raparigas em regime externo. Mas está prevista a construção de um edifício dentro do campus até ao final do ano lectivo de 2014/2015 que permita que estas beneficiem também de um regime interno. “Seria de bom senso, antes de se fazer um investimento destes aqui, perguntar aos pais das meninas se as põem cá”, desafia António Ruffoios, presidente da AAACM, que defende que a permanência de rapazes e raparigas em regime interno no mesmo campus é um “disparate” e que o facto de as Forças Armadas funcionarem com regimes mistos não é argumento, já que, no caso do Colégio Militar, “é de adolescentes que estamos a falar”. O ministro da Defesa, José Pedro Aguiar-Branco disse, entretanto, à agência Lusa que esta era uma “matéria inquestionável” e que existe um “conflito insanável” com a Associação de Antigos alunos do Colégio Militar. O ministro acredita que a presença de alunas no colégio contribui para uma “maior atractividade” e o “reforço da qualidade” da instituição, invertendo a tendência dos últimos anos, “que era ter cada vez menos alunos”. Aguiar-Branco garantiu ainda à Lusa que a recepção das 50 alunas que entraram já neste ano lectivo tem sido “fácil, simples e positiva”, num clima “absolutamente sereno”. Margarida Pereia Muller, presidente da Associação de Antigas Alunas do Instituto de Odivelas, insiste também na ideia de que se está a falar de “crianças adolescentes e não de adultos que, por sua escolha, estão onde quer que estejam”. Para a representante, um ensino misto poder criar muitas “distracções” e ser prejudicial para as meninas que “segundo estudos, desenvolvem-se muito mais rápido que os rapazes”. Um ex-aluno do Colégio Militar, de 24 anos, ouvido pelo PÚBLICO, afirma que está de acordo com o protesto. “A minha infância nunca foi afectada por só conviver com rapazes dentro do período escolar”, refere, acrescentando que há certas coisas que não poderia fazer caso o ensino fosse misto na altura dele, como “jogar futebol sem camisola”, “fazer certas brincadeiras com os colegas” ou “utilizar palavreado”. Para António Ruffoios, presidente da AAACM, existem soluções que poderiam ter sido equacionadas para resolver os condicionamentos económicos que levaram às alterações do colégio, como “diminuir o número de professores”, a “concentração dos serviços administrativos dos colégios” e a “vinda de mais alunos com o ensino primário” (esta última é a única medida já efectuada com a qual concorda). Questionado sobre o facto de poder aceitar um regime apenas externo de raparigas e não interno, o presidente referiu que não é “contra a que se estude a sua viabilidade”. Por agora, a associação pretende continuar a acompanhar estas alterações com atenção.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave morte concentração extinção
Novo Museu dos Coches deverá abrir em 2015
Secretaria de Estado da Cultura confirmou ao PÚBLICO que aponta para 2015 a abertura do museu, não especificando uma data. (...)

Novo Museu dos Coches deverá abrir em 2015
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.068
DATA: 2013-10-19 | Jornal Público
SUMÁRIO: Secretaria de Estado da Cultura confirmou ao PÚBLICO que aponta para 2015 a abertura do museu, não especificando uma data.
TEXTO: O secretário de Estado da Cultura, Jorge Barreto Xavier, espera que o novo Museu dos Coches, projectado pelo arquitecto brasileiro Paulo Mendes da Rocha e há quase um ano com as obras concluídas, abra portas em 2015. O Expresso avança este sábado que “só em Maio de 2015 as carruagens irão para o equipamento, já pronto”. No entanto, fonte da secretaria de Estado da Cultura (SEC) disse ao PÚBLICO que esta data não se confirma. Ou seja, Barreto Xavier aponta para 2015 a abertura do museu mas não tem ainda uma data específica prevista. No início de Outubro, o secretário de Estado da Cultura garantiu na Comissão de Educação, Ciência e Cultura, no Parlamento, que o Governo não vai “deixar cair uma situação entretanto assumida”, afirmando então, sem precisar uma data, que o museu seria para abrir. Isto mesmo considerando que o Museu dos Coches “foi um erro”, tendo em conta os custos para o Estado. Barreto Xavier explicou que o novo museu já custou este ano 189 mil euros, estimando que até ao final de 2013 o edifício – fechado - custe ao erário público entre 200 e 300 mil euros. Valores que contrastam com os custos anuais de abrir o museu: três milhões de euros. O edifício em Belém, cuja construção foi orçada em 35 milhões de euros e está sob a tutela da Direcção-Geral do Património Cultural (DGPC), encontra-se terminado desde o final de 2012 e parte das suas reservas já estão na nova estrutura, onde também já estão depositados os materiais do centro de documentação e biblioteca do actual museu. Há ainda trabalhos de operacionalização do edificado, como a electricidade ou telecomunicações, que foram recentemente terminados. Maio de 2015 surge como referência no Expresso, a propósito dos 110 anos do museu, inaugurado a 23 de Maio de 1905 pela rainha D. Amélia, mulher de D. Carlos I, rei de Portugal.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave cultura educação mulher rainha