Manuel Linda é o novo bispo das Forças Armadas
Actual bispo auxiliar de Braga escolhido pelo Papa Francisco para substituir no cargo Januário Torgal Ferreira, que resignou por ter atingido o limite de idade. (...)

Manuel Linda é o novo bispo das Forças Armadas
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.136
DATA: 2013-10-10 | Jornal Público
SUMÁRIO: Actual bispo auxiliar de Braga escolhido pelo Papa Francisco para substituir no cargo Januário Torgal Ferreira, que resignou por ter atingido o limite de idade.
TEXTO: Manuel Linda é o novo bispo das Forças Armadas e de Segurança, substituindo no cargo Januário Torgal Ferreira, informou nesta quinta-feira a Arquidiocese de Braga. Natural de Resende e com 57 anos, Manuel Linda era bispo auxiliar de Braga desde 2009. “Foram poucos os anos que passou entre nós. A Igreja chamou-o para outro serviço. Continuaremos a caminhada naquele espírito de fé que norteia os nossos passos. É Deus quem conduz os destinos da Igreja”, refere o arcebispo de Braga, numa nota publicada no site da Arquidiocese. Em declarações à agência Lusa, Manuel Linda garantiu que não vai “abençoar armas”, que não será um “líder sindical” e que pugnará por “incutir” valores humanos através da “motivação da harmonia” e estímulo à “boa camaradagem”. O até agora bispo auxiliar de Braga foi o escolhido pelo Papa Francisco, a quem agradece a “prova de confiança” para substituir Januário Torgal Ferreira, que pediu a resignação por ter atingido o limite dos 75 anos de idade. “Um homem da Igreja só pode encarar as forças de segurança como forças de paz. Não vou abençoar armas nem guerras”, prometeu ainda Manuel Linda, que reconheceu a necessidade de algum tipo de intervenções militar. “Infelizmente, o mundo não atingiu ainda um estado civilizacional que dispense forças não de guerra, mas de paz”, lamentou. O novo bispo das Forças Armadas e de Segurança afirmou que pugnará pela “proximidade” na relação com os homens e mulheres que liderará espiritualmente, mas que não terá uma voz política. “Nunca serei um líder sindical. Não será esse o meu papel nem será isso que estas forças precisam de ter e esperam de um bispo”, assegurou. Segundo Manuel Linda, a sua acção será no sentido de “incutir relações de boa camaradagem, valores humanos”. Licenciado em Teologia no Porto (Universidade Católica) e em Teologia Moral na Academia Alfonsiana de Roma, Manuel Linda é ainda doutorado pela Universidade Comillas, de Madrid. No início do seu ministério presbiteral, Manuel Linda teve contacto com a vida militar ao exercer o cargo de capelão militar em Vila Real. “Eram outros tempos, outras necessidades. As circunstâncias também nos fazem quem somos e vou ter que conhecer as Forças deste tempo, monitorizar os homens e as mulheres que as formam”, disse.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave homens guerra humanos homem mulheres
PJ desmantelou dezena e meia de grupos de assalto a multibancos em dois anos
No total, foram detidas cerca de cem pessoas alegadamente envolvidas neste tipo de crime. (...)

PJ desmantelou dezena e meia de grupos de assalto a multibancos em dois anos
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento -0.08
DATA: 2013-10-10 | Jornal Público
SUMÁRIO: No total, foram detidas cerca de cem pessoas alegadamente envolvidas neste tipo de crime.
TEXTO: A Polícia Judiciária desmantelou, nos últimos dois anos, uma “dezena e meia de grupos” responsáveis por assaltos a caixas multibanco, o que levou à detenção de perto de cem pessoas, disse nesta quinta-feira, em Lisboa, um director desta força. Luís Neves, responsável pela Unidade Nacional de Combate ao Terrorismo da Polícia Judiciária (PJ), falava à imprensa um dia depois da detenção de 13 pessoas, entre as quais duas mulheres, por uma “dezena de assaltos, alguns na forma tentada”, realizados no último ano e meio, na área definida entre a península de Setúbal, Litoral Alentejano e Alentejo. Com idades compreendidas entre os “20 e poucos anos e os 50”, sem profissão conhecida, os 13 elementos do grupo, alguns com ligações familiares, utilizavam estradas e caminhos de terra batida que ligam a península de Setúbal ao Litoral Alentejano e Alentejo, para iludir ou escapar às autoridades policiais, acrescentou o director. Coruche, Biscainho e Santiago do Cacém foram, segundo Luís Neves, alguns dos locais onde este grupo efectuou assaltos sem que tivessem causado vítimas, apesar de terem provocado “grande destruição” nos locais que assaltavam ou tentavam assaltar. No total, o grupo esteve envolvido em cerca de uma dezena de assaltos, e a maioria dos elementos tinha antecedentes criminais, acrescentou o responsável pela Unidade Nacional de Combate ao Terrorismo (UNCT). O grupo utilizava jipes que furtava para realizar os assaltos e, quando estes eram consumados, incendiava as viaturas, disse Luís Neves, acrescentando haver registo de, pelo menos, quatro jipes incendiados. Os elementos do grupo residiam perto uns dos outros, em áreas rurais, de campos agrícolas e florestas, e conheciam perfeitamente esses locais, o que dificultou o trabalho de investigação, acrescentou. Na quarta-feira, foram ouvidos pelas autoridades judiciárias os três indivíduos detidos na posse de armas em situação ilegal, enquanto os dez que, segundo a PJ, integravam a associação criminosa vão ser ouvidos nesta quinta-feira. Luís Neves disse ainda que este tipo de assalto está a diminuir, devido ao combate encetado pela PJ nestes últimos dois anos. Espingardas caçadeiras – uma das quais de canos serrados e de pressão de ar, encontrando-se nestas uma modificada para munição de calibre superior e com silenciador –, uma pistola, um revólver, nove cartuchos zagalote, 27 balas de calibre de G3 e seis balas para armas de 9 mm contam-se entre o armamento apreendido. Telemóveis, matracas e mocas artesanais, pés-de-cabra, alicates de corte, baterias e cabos de ligação eléctrica, com os quais o grupo fazia explodir as caixas multibanco, integram também o material apreendido pela PJ.
REFERÊNCIAS:
Rebeldes sírios mataram 190 civis em aldeias alauitas em Agosto, diz HRW
Human Rights Watch denuncia "crimes contra a humanidade" por grupos rebeldes ligados à Al-Qaeda. “Nalguns casos, os combatentes executaram ou abateram famílias inteiras”, lê-se no relatório. (...)

Rebeldes sírios mataram 190 civis em aldeias alauitas em Agosto, diz HRW
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento -0.2
DATA: 2013-10-11 | Jornal Público
SUMÁRIO: Human Rights Watch denuncia "crimes contra a humanidade" por grupos rebeldes ligados à Al-Qaeda. “Nalguns casos, os combatentes executaram ou abateram famílias inteiras”, lê-se no relatório.
TEXTO: Pelo menos 190 civis foram mortos, entre os quais 67 foram executados e 200 feitos reféns, em aldeias alauitas na Síria por grupos jihadistas e rebeldes no princípio de Agosto, revela a Human Rights Watch num relatório publicado esta sexta-feira. No documento de 105 páginas, esta organização não governamental (ONG) diz que levou a cabo a investigação no terreno e que entrevistou 35 pessoas, entre as quais sobreviventes desse ataque dos rebeldes no dia 4 de Agosto em dez aldeias alauitas na província de Latakia, bastião do Presidente Bashar al-Assad. Nesse dia, pelo menos 190 civis foram mortos. Entre eles estavam 57 mulheres e 18 crianças, de acordo com a ONG que compilou uma lista dos nomes dessas vítimas. Entre as vítimas, pelo menos 67 foram executadas quando tentavam fugir ou estavam desarmadas, acrescenta o relatório da HRW. A organização reuniu elementos que mostram que eram civis não combatentes, que nada tinham feito que pudesse representar uma ameaça para os atacantes. Ainda segundo o relatório, a operação envolveu pelo menos 20 grupos que tomaram estas dez aldeias, reconquistadas duas semanas depois, a 18 de Agosto, pelas tropas do regime, . Ainda de acordo a HRW, os cinco principais “organizadores” e “executores” do ataque de 4 de Agosto eram grupos jihadistas como o Estado Islâmico no Iraque e do Levante (EIIL) e a Frente al-Nusra (ambos ligados à Al-Qaeda), a brigada Al-Mouhajirine, mas também grupos rebeldes islâmicos como o Ahrar al-Sham ou o Souqour al-Izz. O EIIL e a brigada Al-Mouhajirine continuam a manter 200 civis reféns, entre os quais mulheres e crianças. “Estes combatentes lançaram o ataque a 4 de Outubro, o primeiro dos três dias do Id a-Fitr, festa que assinala o fim do Ramadão. Passaram as posições dos militares de guarda à zona e entraram em mais de dez aldeias alauitas”, descreve a HRW, que refere, entre outras, as aldeias de Barouda, Nbeité, Bluta e Abu Makké. Os alauitas – um ramo do xiismo – representam uma minoria na Síria, à qual pertence ao clã Assad. A maioria da população síria, bem como os rebeldes que tentam derrubar o regime, são sunitas. Testemunhos de sobreviventesOs aldeões entrevistados contaram à HRW como tentaram fugir enquanto os combatentes “abriam fogo de forma indiscriminada e, nalguns casos, disparavam deliberadamente contra os residentes”. “Nalguns casos, os combatentes executaram ou abateram famílias inteiras”, lê-se no relatório. “Estes abusos (…) configuram uma operação planeada contra a população civil nestas aldeias alauitas”, considerou Joe Stork, director interino da HRW para o Médio Oriente, denunciando neste caso “crimes contra a humanidade”. Desde a militarização da revolta na Síria, no início pacífica antes de violentamente reprimida pelo regime, várias ONG e agências da ONU denunciaram, em diversas ocasiões, crimes de guerra e crimes contra a humanidade cometidos pelas forças governamentais, fazendo referência a crimes semelhantes cometidos pela oposição armada, mas a uma muito menor escala.
REFERÊNCIAS:
Entidades ONU
Viúvas, pensionistas, sobreviventes. "Também me vão cortar a mim?"
As pensões de sobrevivência foram notícia. E instalou-se o "pânico". Há quem chore. E quem mostre a bata que usa para ganhar uns euros a lavar escadas porque a reforma não chega. (...)

Viúvas, pensionistas, sobreviventes. "Também me vão cortar a mim?"
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2013-10-12 | Jornal Público
SUMÁRIO: As pensões de sobrevivência foram notícia. E instalou-se o "pânico". Há quem chore. E quem mostre a bata que usa para ganhar uns euros a lavar escadas porque a reforma não chega.
TEXTO: Elisa Chaves, 91 anos, nunca fez descontos para a Segurança Social. Foi costureira, mas depois de se casar o marido achou que ela devia ficar em casa a tratar dele, do pai dele, da mãe dele, "que era entrevada", e depois dos filhos. E assim foi, vida fora. Quando ficou viúva, passou a ter como único rendimento uma pensão de sobrevivência: pouco mais de 600 euros. Há uns anos foi operada à coluna - "puseram-me uns parafusos e umas placas". E hoje passa meses sem sair de casa. As dores vão-se tornando mais incapacitantes com a idade, resistem aos analgésicos vários que toma todos os dias. Não consegue descer os três andares de escadas do prédio onde vive, perto da zona nobre do Chiado, em Lisboa. E mesmo que conseguisse, não teria força para caminhar na calçada do bairro histórico. É na sua casa que nos recebe. No rosto tem uns óculos colados com cola. Não tem dinheiro para comprar uns novos. Os ossos estalam de cada vez que se levanta da cadeira, mas Elisa sorri. Sorri quando diz que tem sorte em ter os filhos, que a vão ajudando e pagam a uma empregada que "faz umas horas" e lhe mantém a casa limpa. A renda da casa duplicou este ano, com a nova lei das rendas. Pagava 60 euros, passou para 120. Mas este ano trouxe mais novidades: pela primeira vez chegou-lhe uma conta das finanças para pagar IRS - "mais de 200 euros", relativos a 2012. Quando lhe disseram, achou que havia engano - "Pois se eu não tenho nada, só tenho os meus filhos. " Paga a renda, a luz, a água, o telefone, o gás. Nunca beneficiou de tarifas sociais. Paga os remédios. E os alimentos. E sobra nada. Apesar de fechada em casa, está muito atenta: tem a janela, onde passa tempo entretida com o frenesim de carros para cima e para baixo; vê os noticiários; lê livros; confirma cada conta de supermercado que os filhos lhe trazem - apesar de ver cada vez pior. Tem de ser operada às cataratas um destes dias. Ainda não arranjou coragem para ir ao hospital falar disso. Médico de família não tem. "Sou muito poupada. Mas parem de tirar mais aos pobres. Tenham vergonha!" Anda inquieta, por estes dias. No domingo ouviu dizer que por causa da austeridade, vêem aí cortes também nas pensões de sobrevivência - as pensões de viuvez como lhe chamam muitas viúvas. "Metam-se com os grandes" A semana também foi agitada no Cantinho do Idoso, na Pontinha - um centro de dia sem fins lucrativos. Não se fala de outra coisa. Na quinta de manhã correu que havia uma jornalista que queria falar com viúvas. E as viúvas começaram a chegar com as malinhas pelo braço e um olhar interrogativo. "Mas acha que também me vão cortar a mim?"Algumas desmancharam-se a chorar a meio da conversa. E houve quem abrisse a malinha às escondidas e mostrasse a bata que dali a pouco ia vestir, para "ganhar uns euros a lavar umas escadas" e assim completar uma pensão que não chega. "Mas isso não se pode dizer. "Hortênsia Brito é a mais nova das que aceita falar: 69 anos. Reformou-se cedo, "por causa de uma embolia". Teve direito a "200 e tal euros por mês" de pensão. Depois enviuvou e passou a receber mais 330 da do marido. Hoje, o seu rendimento é de 609 euros por mês. Paga 160 de renda de casa, mais outro tanto de prestação de uma carrinha - aos 39 anos, o filho ficou desempregado e ela tem de ajudá-lo. Quase salta da cadeira quando começa a falar de eventuais cortes na pensão de sobrevivência. "Por que não se metem com os grandes?"As pensões de sobrevivência são uma prestação em dinheiro paga aos familiares (viúvo, viúva, filhos ou, em alguns casos, pais) após a morte dos subscritores da Caixa Geral de Aposentações ou do regime geral da Segurança Social. Correspondem, em geral, a 60% da pensão que o trabalhador receberia se estivesse vivo e reformado. Esta semana foi notícia que o Governo pretende cortar nestas pensões - pelo menos em algumas - e poupar 100 milhões de euros. "Se o limite para a redução se situar, como alguma comunicação social afirma, nos 628 euros, estamos a falar de pessoas para quem menos 100 ou 200 euros é muito significativo", alertou a CGTP, em comunicado. "Até me sobe a tensão" O ministro da Segurança Social disse que haverá um patamar mínimo de rendimentos que ficará salvaguardado. E que só serão afectadas pessoas que acumulem pensões. Passos Coelho disse que nada estava fechado. Rosário Gama, da Associação de Aposentados, Pensionistas e Reformados, lamenta a situação: "As pessoas estão em pânico. Já não sei o que lhes dizer. "Alice Lourenço, 85 anos, puxa uma cadeira e senta-se perto de Hortênsia. Com uma sacola aninhada na saia azul explica que não precisa de muito para viver - entre a sua reforma e a de sobrevivência recebe perto de 450 euros. Come sopa, carne e peixe uma vez por outra, compra a fruta mais barata, "a mais pequena", e está feito, diz. Um corte na pensão é que não aguentaria. Cerca de 100 euros por mês vão directos para medicamentos. Explica: o marido morreu há 15 anos, e depois perdeu o filho, de 36, e um neto. . . "Deixei de comer, fiquei com uma depressão. A depressão é uma coisa que não passa. Hoje tomei cinco comprimidos. Deixei de ter cabeça para muitas coisas. Dantes olhava para as pessoas aqui no centro de dia a jogar às cartas e dizia: "Estas pessoas aqui a jogar às cartas o tempo todo não dão rendimento à nação. " Agora sou eu que jogo às cartas. "Se tivesse uma reforma um pouco maior, o que fazia? A resposta mais ouvida pelo PÚBLICO por estes dias entre as idosas foi: "Comia melhor". Por exemplo, Judite Rodrigues, 81 anos, gostava de poder comprar mais iogurtes. Gosta muito "daqueles que vêm em garrafinhas", diz, no apartamento onde vive, num bairro social da freguesia do Beato, em Lisboa. Move-se com um andarilho, mas move-se pouco - porque tem pouca força nos braços para o agarrar. Tem tão pouca força que não consegue pegar numa cafeteira com água e aquecer um chá. Recebe 430 euros entre a pensão de sobrevivência e a sua reforma. E a ajuda da organização Médicos do Mundo que, todos os dias, gratuitamente, lhe garante que alguém lhe toca à porta para a ajudar na higiene pessoal. A mesma organização fornece alguns dos muitos medicamentos que todos os meses tem de aviar. Sentada na mesa da cozinha, onde há dezenas de caixas de medicamentos, a viúva conta que já lhe tem passado pela cabeça tomá-los a todos de uma vez. "Mas depois, em vez de morrer, ainda fico pior do que o que estou. . . " Sorri. Encolhe os ombros. Desdramatiza. No minuto seguinte já está a falar das flores de plástico que tem espalhadas pela casa. Deixou de poder ter das verdadeiras porque não tem força para o regador. E os cortes nas pensões? Diz que só de imaginar lhe sobe a tensão. Cerca de 82% dos quase 715 mil pensionistas-sobreviventes são do sexo feminino o que, em boa parte, se explica com o facto de, em média, os homens morrerem mais cedo do que as mulheres. Todas as viúvas e viúvos têm direito. E, em 2012, o valor médio da pensão era 216 euros. Mas as mudanças em estudo poderão passar pelo fim do automatismo da atribuição, em função da situação económica dos beneficiários. Respeito pelos mortos "Quando alguém morre o povo diz: "Que descanse em paz"", lembra Teresa Portugal, de 74 anos: "Eu não sou crente, mas quando digo que o Governo querer cortar pensões de sobrevivência é profundamente perturbador é a isto que me refiro: os mortos também têm direitos. Houve alguém que trabalhou e descontou e teve a expectativa de que os seus beneficiariam [se morresse]. Pôr isso em causa é como esventrar um cemitério. "Teresa Portugal vive em Coimbra. Foi professora, vereadora da câmara, deputada. Viajou. Quando se reformou, a pensão dela mais a de sobrevivência do marido, que morreu há 19 anos, permitiam-lhe manter o nível a que estava habituada. E quando "há uns dois anos" os cortes nas pensões se começaram a fazer sentir, fez ajustamentos - comprar menos livros, menos discos, ir menos ao cinema, nem pensar em viagens. À medida que as taxas e sobretaxas se agravaram, pensou em cortar também nas horas da empregada doméstica. Neste Inverno, teve uma crise que a deixou perto de nove meses "quase incapaz" na casa onde vive sozinha. E percebeu que tinha de manter a empregada. "É evidente que sei que há quem esteja muito pior do que eu", diz a professora que entre as duas reformas recebe cerca de 2300 euros. "Mas tinha a expectativa de viver o final da minha vida de uma forma tranquila. Tenho direito a um pouco do nível de vida que tinha. Ainda não estamos em guerra. . . ou estamos. Uma guerra psicológica. "Diz que o que este Governo faz "é uma subversão do acto de governar" - "lança a angústia generalizada. "Avós ajudam netos Regresso à Pontinha. Albertina Pires, a voluntária que está à frente do Cantinho do Idoso, tem 71 anos. Ex-funcionária pública (37 anos de carreira), recebe à volta de 900 euros, a que se somam mais 270 de pensão de sobrevivência do marido que era torneiro mecânico. Garante que não lhe sobra dinheiro. A pensão de sobrevivência tem tido um destino certo nos últimos anos: pagar a licenciatura do filho de 45, que quis voltar a estudar, enquanto trabalha; agora está a servir para lhe pagar o mestrado. Albertina ainda paga a natação e a música ao neto de 12 anos, ajuda com os livros escolares e suporta uma parte das despesas do supermercado - nem o filho, nem a nora ganham bem. "Os senhores governantes não vêem isto: muitos avós se sacrificam para ajudar os filhos e os netos. "Alice Silva, de 66 anos, ex-empregada doméstica, uma das últimas utentes do Cantinho a chegar à conversa com o PÚBLICO, está demasiado frágil para resistir sem chorar. Gerir a recente passagem à reforma, a viuvez, o agravamento do seu estado de saúde deixou-a frágil. A sua história?Viveu 15 anos com um homem, mas ele não queria casar-se. Até que ele adoeceu e quatro meses antes de morrer casaram-se por fim. Quando ele partiu, Alice foi reclamar a pensão de viuvez. Disseram-lhe que não tinha passado tempo suficiente desde o casamento para receber. Ficou com os 400 e poucos euros de pensão e de Complemento Solidário, mas aconselharam-na a ir para tribunal. Foi e ganhou. Mas a conquistada pensão de sobrevivência ainda não veio. "Acha que devo ir lá para os fazer lembrarem-se de mim?"
REFERÊNCIAS:
David Byrne também critica serviços de streaming
Serviços como o Spotify voltam a ser postos em causa devido ao seu modelo de negócio. (...)

David Byrne também critica serviços de streaming
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2013-10-12 | Jornal Público
SUMÁRIO: Serviços como o Spotify voltam a ser postos em causa devido ao seu modelo de negócio.
TEXTO: Se existe alguém que nos últimos anos tem reflectido sobre as transformações da indústria da música é David Byrne – basta ler o seu livro How Music Works (2012). Talvez por isso sempre que se debruça sobre o assunto, seja ouvido com atenção. Sexta-feira num texto publicado no The Guardian, argumenta que serviços como o Spotify podem servir as grandes editoras, os consumidores e os artistas já instituídos. Mas o problema são os emergentes. E não está só nesta análise. Depois de Thom Yorke (Radiohead), dos americanos Black Keys ou da cantora Aimee Mann, há cada vez mais músicos a criticar os serviços de streaming, com o argumento de que criam imobilidade na cena musical em vez de contribuírem para a sua verdadeira dinamização. Serviços como o Spotify, na visão de Byrne, não são modelos de futuro, acabando por contribuir para manter o estado de coisas, servindo apenas as editoras com grandes catálogos e os artistas já com uma carreira de sucesso. “No futuro se os artistas dependerem exclusivamente das receitas geradas por esses serviços ficarão sem trabalho rapidamente", escreve. É verdade que alguns músicos têm outras fontes de rendimento – como os concertos – e outros estão num patamar em que podem tocar para um número razoável de pessoas porque alguma editora acreditou neles no passado, argumenta o ex-Talking Heads, mas o caso dos emergentes é diferente. Muitos desses artistas não chegaram ainda ao ponto em que podem sobreviver dos concertos e dos licenciamentos, sendo por isso muito duvidoso, segundo Byrne, que possam vir a viver apenas do modelo de negócio implementado pelos serviços de streaming de música. Um argumento semelhante ao de Thom Yorke, que contestava o modelo de negócio praticado pelo Spotify – na generalidade, os serviços de streaming oferecem aos artistas menos de 0, 5 cêntimos por audição, o que significa que os novos raramente conseguem auferir receitas significativas, necessitando de ser ouvidos milhares de vezes para alcançarem proveitos. Existem artistas que olham para serviços como o Spotify como uma forma acessível de disseminar e dar a conhecer a sua música. Mas até neste ponto Byrne tem dúvidas, argumentando que existem outras formas de ouvir a música antes de decidirmos comprá-la, seja nos sítios da Internet dos artistas, no Bandcamp ou até na Amazon. Mas, diz ele, o meio mais adequado para descobrir novos artistas é o boca-a-boca – “é quando alguém nos fala de determinado artista ou lemos sobre ele que temos vontade de o descobrir" e não quando navegamos num serviço de streaming.
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Palavras-chave cantora
Polícia britânica tem nova versão sobre desaparecimento de Maddie McCann
Programa da BBC vai fazer reconstituição do caso. Serão revelados retratos-robô de vários suspeitos. (...)

Polícia britânica tem nova versão sobre desaparecimento de Maddie McCann
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.068
DATA: 2013-10-13 | Jornal Público
SUMÁRIO: Programa da BBC vai fazer reconstituição do caso. Serão revelados retratos-robô de vários suspeitos.
TEXTO: A polícia britânica concluiu que o desaparecimento de Madeleine McCann, em Maio de 2007, na Praia da Luz (Algarve), não ocorreu exactamente como se pensava. Há “mudanças significativas” sobre o que aconteceu na noite em que a menina que tinha então três anos desapareceu. “O nosso trabalho mudou significativamente a sequência e a versão dos acontecimentos que foram tornados públicos até ao momento”, disse o inspector Andy Redwood, da Scotland Yard, citado pela BBC e pelo Guardian. O inspector britânico falou na véspera da emissão do programa da BBC Crimewatch, que na segunda-feira à noite fará uma reconstituição do desaparecimento da menina britânica. As autoridades portuguesas arquivaram o caso em 2008, mas a Scotland Yard iniciou uma revisão da investigação em 2011. A polícia portuguesa tem colaborado na procura de novas pistas e, segundo o Guardian, seis investigadores de Faro têm feito interrogatórios pedidos pela polícia britânica. A emissão do programa Crimewatch servirá para a polícia fazer um apelo à identificação de vários homens, que foram vistos perto da Praia da Luz, antes ou durante o dia 3 de Maio de 2007, em que Maddie desapareceu. A polícia britânica não revelou quais são as novas pistas, mas o inspector Andy Redwood adiantou que está a concentrar-se no que terá acontecido entre as 20h30 e as 22h daquela noite. “Sabemos que 20h30 foi a hora a que os McCann desceram para jantar no restaurante de tapas e sabemos que foi às 22h que a senhora McCann deu pela falta de Maddie”, explicou Andy Redwood. A reconstituição terá uma duração de 25 minutos e será transmitida às 21h de segunda-feira. A polícia espera que a transmissão desta reconstituição e os retratos-robô permitam o aparecimento de novas informações e criou um “gabinete de crise” em Hendon, no noroeste de Londres. O apelo será depois alargado à Alemanha e à Holanda. A Scotland Yard interrogou 442 pessoas desde que iniciou a revisão da investigação e identificou 41 (15 das quais cidadãos britânicos) que são consideradas “de interesse”. Segundo o Guardian, a polícia está igualmente a investigar dados de telemóveis de centenas de pessoas entre turistas, locais e funcionários do resort. Assim como está a identificar e a investigar vários predadores sexuais.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave homens desaparecimento
O milagre de Mísia é um disco novo que não é de fado mas do coração
Delikatessen - Café Concerto é o novo álbum de Mísia. Chegou às lojas na semana passada com a ajuda de fãs e de alguns músicos, como Iggy Pop ou The Legendary Tiger Man, que deram vozes a alguns temas. (...)

O milagre de Mísia é um disco novo que não é de fado mas do coração
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.136
DATA: 2013-10-14 | Jornal Público
SUMÁRIO: Delikatessen - Café Concerto é o novo álbum de Mísia. Chegou às lojas na semana passada com a ajuda de fãs e de alguns músicos, como Iggy Pop ou The Legendary Tiger Man, que deram vozes a alguns temas.
TEXTO: É no fado que Mísia se distingue mas quem a conhece sabe que não é mulher de uma só área. “Tenho dificuldade em ser una, sou várias”, diz-nos a cantora, que apresentou há dias o seu mais recente trabalho, Delikatessen - Café Concerto. Um álbum onde Mísia partilha a sua música com nomes conhecidos como Iggy Pop, The Legendary Tiger Man, Melech Mechaya ou Dead Combo. Fados, esses, apenas dois entram no disco. Delikatessen - Café Concerto é por isso um trabalho especial. Não só por estas colaborações, como também pela forma como foi feito. Mísia queria trabalhar num novo disco mas deparou-se com as dificuldades que uma crise económica impõe. Sozinha não conseguiria, pelo menos tão cedo, lançar um novo disco e por isso pediu ajuda na sua página do Facebook. A resposta foi surpreendente e o resultado está à vista. O disco chegou às lojas há uma semana. “Vivemos numa grande crise e pensei que se isto continua assim um dia o frigorífico vai estar vazio”, diz a cantora, explicando a ideia original do disco, que define como uma “refeição caótica”, onde podemos saborear algumas das músicas de que mais gosta. “Pensei em comer as minhas canções, ou seja, em fazer um menu das minhas canções que é um bocado como eu como. Eu como de uma maneira impulsiva, posso começar por uma coisa doce e depois comer a sopa”, continua Mísia, que na terça-feira à noite no Restaurante Buenos Aires cantou algumas destas músicas. O que aconteceu, conta Mísia, foi que deu para adopção 13 músicas. “Parece estranho mas limitei-te a perguntar no Facebook quem é que queria adoptar estas canções que iam entrar no disco”, explica. O que Mísia pedia na verdade era que cada pessoa ajudasse na produção de cada canção. “E de repente não faltaram pessoas. É nos momentos de crise que também sobressai o melhor de nós, é por isso que para mim este é um disco com muito coração. ”Também os músicos com quem colaborou participaram “generosamente”. “É um milagre”, diz. E talvez por isso Mísia se tenha entregado em Delikatessen - Café Concerto a uma experiência sónica. “Quem ouvir este disco vai perceber que ele é o meu universo. Tenho dificuldade em ser una, sou muitas. Não é preciso escolher entre uma coisa e outra. Prefiro antes uma coisa e mais outra e mais outra. ”Daí a diversidade do o álbum, que inclui apenas um inédito – Rasto do infinito, um poema de Tiago Torres da Silva. “Este menu são canções que normalmente não canto”, conta, destacando então os nomes com quem gravou o disco. Com os Melech Mechaya, Mísia já tinha colaborado no passado no disco da banda e por isso “este foi o caminho natural”. O mesmo aconteceu com a brasileira Adriana Calcanhoto. Dos Dead Combo diz-se uma “fã total e incondicional”, o Paulo Furtado, ou The Legendary Tiger Man, foi dos primeiros em quem pensou chamar para o disco. E depois há ainda o mexicano Ramón Vargas e o dinossauro americano Iggy Pop, com quem Mísia gravou Chanson D'Hélène, música original do filme de 1970 Les choses de la vie, cantada por Romy Schneider e Michel Piccoli. “Não somos amigos, temos o mesmo agente. Eu propus esta música, que para mim é muito interessante, e ele aceitou”, explica a cantora, para quem o resultado final do disco é muito cinematográfico e kitsch. “Há músicas aqui que descobri por acaso”, conta, exemplificando com Estación de Rossio. “Ia na rua do alecrim e passei numa loja de antiguidades onde vi uma caixa que dizia telegramas. Fui ver o que havia e encontrei alguns telegramas de artistas espanhóis que vinham cá nos anos 50”, recorda Mísia. “Fui ao Google ver algumas daquelas referências e descobri uma cantora que se chama Juanita Ruenca que tinha gravado uma canção muito bonita, a Estación do Rossio [música que pode ser ouvida neste álbum]. ”Depois desta apresentação, quase em ambiente familiar, Mísia parte para Espanha. Vai apresentar Delikatessen - Café Concerto no dia 18 no El Molino, em Barcelona, um lugar que bem conhece. “Foi onde a minha avó, a minha mãe e eu trabalhámos e por isso, como este trabalho é especial, apeteceu-me voltar às raízes”, explica. Para Portugal ainda não há datas mas está a ser preparada uma digressão que deverá acontecer “no final do ano ou no início do próximo”.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave mulher ajuda cantora
Primeiro "bebé-prisão" de Gaza deve nascer em Janeiro
Hassan foi gerado com esperma levado à socapa da prisão, garantem a mãe e o centro de fertilização palestiniano. Na Cisjordânia há outros casos. Israelitas duvidam. (...)

Primeiro "bebé-prisão" de Gaza deve nascer em Janeiro
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.25
DATA: 2013-10-14 | Jornal Público
SUMÁRIO: Hassan foi gerado com esperma levado à socapa da prisão, garantem a mãe e o centro de fertilização palestiniano. Na Cisjordânia há outros casos. Israelitas duvidam.
TEXTO: Hana al-Za’anin e o marido, Tamer, não se vêem, não estão sós, nem têm contacto físico há quase sete anos. Mas o jovem casal palestiniano está radiante, à espera do primeiro filho, em Janeiro, conta o diário britânico The Guardian. Hassan vai ser o primeiro “bebé-prisão” nascido em Gaza - será um rapaz e já tem nome escolhido. Mas não é caso único nos territórios palestinianos. Vai juntar-se a pelo menos três outras crianças nascidas na Cisjordânia, em resultado do contrabando de esperma, fomentado pelo interesse de mulheres que querem ter filhos de maridos presos – actualmente serão dezenas nessa situação, segundo o jornal. O caso, agora retomado pelo diário britânico, foi noticiado em Maio – quando a gravidez foi confirmada – pelo site Al-monitor, especializado em assuntos do Médio Oriente. A gestação de Hassan não é um milagre dos tempos modernos, resulta da combinação da ciência com velhos estratagemas. Foi concebido com o apoio de uma equipa médica depois de o esperma de Tamer ter sido levado do interior de uma prisão israelita e ter fecundado um ovo recolhido em Hana numa clínica, em Gaza. O embrião foi depois transplantado para o útero da mulher, explicaram os envolvidos. Abdul-Karim al-Hindawi, médico que estudou na Rússia, que faz parte da equipa que presta ajuda sobre fertilização in vitro a preços reduzidos ou gratuitamente, contou como decorreu o processo de gravidez de Hana al-Za’anin, 26 anos. “Ela é como qualquer outra mulher que quer engravidar. A única dificuldade foi conseguir o esperma. Demorou cerca de seis horas até chegar a nós, e é invulgar o esperma estar fora do corpo durante tanto tempo”, afirmou, numa clínica privada da Cidade de Gaza. “Demos alguns conselhos à família sobre o modo de o acondicionar. A melhor forma é embrulhá-lo em plástico ou num pequeno frasco e transportá-lo entre os seios, onde está quente e escuro. Depois congelamo-lo assim que chega”, disse. A jovem e os sogros foram contidos na revelação de pormenores sobre o modo como o esperma do marido saiu da cadeia. O jornal adianta que podem ter tido ajuda de outra família para essa fase do processo. Para Israel não há provasA futura mãe decidiu pedir ajuda ao centro de fertilização Basma depois de ter ouvido falar no caso de um "bebé-prisão" nascido na Cisjordânia. Hana, que não vê o marido desde que ele foi condenado a 12 anos de prisão por pertencer à Jihad Islâmica, pouco mais de três meses depois de terem casado, em Julho de 2006, falou com ele sobre o assunto, por telefone. “Ficou surpreendido por ter falado nisso. Também tinha ouvido falar no assunto e quis perguntar-me o que achava, mas pensou que as pessoas podiam estranhar eu estar grávida com o meu marido na prisão. Quando lhe perguntei, concordou imediatamente”, disse. Em Nablus, na Cisjordânia, o especialista em fertilização Salem Abu Khaizaran garante que já ajudou mulheres de prisioneiros a engravidarem. Três bebés, todos rapazes, nasceram, segundo o Guardian, no centro médico Razan. Em Maio, o Al-Monitor anunciava que os casos de gravidez com êxito recorrendo a este procedimento eram, na Cisjordânia, cinco. Comentando os casos da Cisjordânia e o de Gaza, uma porta-voz dos serviços prisionais israelitas disse que não há prova de o esperma ter sido levado para o exterior de prisões. “Duvidamos que isso possa ter acontecido devido à segurança e às regras para visitantes de prisioneiros palestinianos. Duvidamos que alguém possa engravidar dessa maneira. ”Dados da Addameer, uma organização palestiniana defensora dos direitos dos prisioneiros, indicam que no mês passado estavam presos 5007 palestinianos em cadeias israelitas. Entre eles 12 mulheres e 180 menores. Na prisão, juntamente com o marido, Hana tem dois irmãos. Um terceiro foi morto em 2004. Já depois de estar grávida Hana al-Za’anin foi autorizada a visitar o marido, Tamer, 28 anos. Recusou, com medo que o raio X e outros aparelhos de controlo dos visitantes afectassem o feto. Espera agora poder levar Hassan a conhecer o pai.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave direitos filho mulher prisão ajuda medo mulheres corpo morto
Resposta "sem precedentes" e possíveis pistas depois do BBC Crimewatch sobre Madeleine McCann
O programa foi para o ar na segunda-feira à noite. Mais de mil de pessoas deram informações. Algumas identificaram o homem que aparece como principal suspeito nos retratos-robô. (...)

Resposta "sem precedentes" e possíveis pistas depois do BBC Crimewatch sobre Madeleine McCann
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.3
DATA: 2013-10-15 | Jornal Público
SUMÁRIO: O programa foi para o ar na segunda-feira à noite. Mais de mil de pessoas deram informações. Algumas identificaram o homem que aparece como principal suspeito nos retratos-robô.
TEXTO: A polícia recebeu mais de mil contactos com novas pistas e informações relacionadas com a noite do rapto de Madeleine McCain na Praia da Luz, no Algarve, em Maio de 2007, depois do programa Crimewatch da BBC, com uma reconstituição dessa noite, ter ido para o ar nesta segunda-feira. Entre elas, pelo menos duas pessoas, em contactos distintos, identificaram com o mesmo nome os dois retratos-robô de um só suspeito que a polícia divulgou. “Foi uma resposta sem precedentes” que agrada especialmente aos responsáveis do programa e à polícia, disse o director do Crimewatch da BBC, citado em vários jornais. Joe Mather referia-se à constatação de que os retratos-robô foram identificados por duas pessoas, segundo o Daily Telegraph ou o site de notícias International Business Times, ou por “várias”, de acordo com o Guardian. A Scotland Yard, entretanto, confirmou que já "recebeu 730 chamadas e 212 emails" com informações, depois da emissão do programa da BBC. Muitos dos que contactaram o programa disseram à polícia que se encontravam na Praia da Luz, na noite do desaparecimento da menina então com três anos. Em comunicado, a polícia britânica anunciou também que oferece uma recompensa de 20 mil libras (23. 500 euros) a quem der informações "que levam à identificação, detenção e acusação" da(s) pessoa(s) responsáveis pelo rapto de Madeleine McCann. O inspector-chefe Andy Redwood, responsável pela equipa de 37 pessoas da Polícia Metropolitana de Londres que está a investigar o desaparecimento de Madeleine McCann, disse, no mesmo no mesmo programa, que acredita que a menina foi alvo de “um rapto planeado”. E excluiu a hipótese de um homem visto por uma amiga do casal McCann, Jane Tanner, às 21h15 de 3 de Maio de 2007 com uma criança ao colo ser o autor do rapto. O inspector-chefe acredita que as autoridades britânicas identificaram o indivíduo em causa e que se trata de um turista que tinha ido buscar a filha à creche do Ocean Club, a estância turística onde os McCann estavam alojados. Redwood concentra as atenções num outro homem, que perto das 22h foi visto por duas testemunhas com uma criança loira ao colo, a descer uma rua perto do aldeamento, em direcção à praia. É esse o visado nos dois retratos-robô divulgados, duas imagens com algumas diferenças justificadas pelo facto de terem sido feitas com base no relato de testemunhas distintas. Contactada pelo PÚBLICO, fonte oficial da Polícia Judiciária (PJ) informou que não vai comentar estes novos desenvolvimentos no caso. Uma equipa de seis inspectores da delegação da PJ de Faro está há mais de um mês a realizar as diligências solicitadas pelas autoridades britânicas no caso Maddie. Mas o pedido de colaboração ainda não está totalmente cumprido e, por isso, os elementos recolhidos pela polícia portuguesa ainda não foram remetidos para o Reino Unido. Uma outra equipa de inspectores da Directoria do Norte da PJ, no Porto, continua a fazer a reanálise das provas obtidas no âmbito deste inquérito. Até este momento não foram descobertos novos factos com relevo para reabrir o processo, arquivado em Julho de 2008.
REFERÊNCIAS:
Entidades PJ
Polícia britânica acredita que rapto de Maddie foi planeado
Autoridades britânicas concentram atenções num outro homem visto com uma criança loira ao colo. Foram divulgados dois retratos-robô do mesmo suspeito. (...)

Polícia britânica acredita que rapto de Maddie foi planeado
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2013-10-15 | Jornal Público
SUMÁRIO: Autoridades britânicas concentram atenções num outro homem visto com uma criança loira ao colo. Foram divulgados dois retratos-robô do mesmo suspeito.
TEXTO: O inspector-chefe Andy Redwood, responsável pela equipa de 37 pessoas da Polícia Metropolitana de Londres que está a investigar o desaparecimento de Madeleine McCann, há mais de seis anos, na Praia da Luz, no Algarve, acredita que a menina, então com três anos, foi alvo de “um rapto planeado”. Foi isso que disse nesta segunda-feira à noite no programa da BBC Crimewatch, argumentando que para isso apontam vários elementos, que não especificou. O investigador descartou que um homem visto por uma amiga do casal McCann, Jane Tanner, às 21h15 de 3 de Maio de 2007 com uma criança ao colo tenha sido o autor do rapto. O inspector-chefe acredita que as autoridades britânicas identificaram o indivíduo em causa e que se trata de um turista que tinha ido buscar a filha à creche do Ocean Club, a estância turística onde os McCann estavam alojados. Redwood concentra as atenções num outro homem, que perto das 22h foi visto por duas testemunhas com uma criança loira ao colo, a descer uma rua perto do aldeamento, em direcção à praia. É esse o visado nos dois retratos-robô divulgados pela polícia britânica, duas imagens com algumas diferenças justificadas pelo facto de terem sido feitas com base no relato de testemunhas distintas. A Scotland Yard considera prioritário identificar este homem, que falará alemão. O indivíduo é descrito como sendo de raça branca, com cerca de 30 anos, cabelo castanho curto, estatura média e sem barba “Estamos a pedir ajuda ao público. Embora este homem possa ser ou não uma peça-chave para desbloquear esta investigação, encontrá-lo e falar com ele é de importância vital para nós. Temos testemunhas que o colocam na área próxima da estância, perto da hora do desaparecimento de Madeleine”, afirmara antes Andy Redwood num comunicado. No programa foram exibidos retratos-robô de outros homens que terão sido avistados junto da estância turística no dia do desaparecimento ou dias antes e que a polícia também considera importante identificar. Alguns terão participado em peditórios porta a porta no dia do desaparecimento de Maddie. Redwood realçou ainda que nos meses anteriores ao desaparecimento de Maddie se registou um aumento de roubos naquela zona da Praia da Luz, tendo os assaltantes entrado em várias habitações através da janela. Recorde-se que os pais da menina inglesa encontraram a janela aberta e a persiana levantada quando deram pela falta da filha, que dormia num quarto com os dois irmãos mais novos, enquanto os pais jantavam com amigos no restaurante da estância. “A Madeleine pode ter sido um entrave a um desses roubos”, afirmou o inspector-chefe, admitindo uma versão contrária à de um rapto planeado. Contactada pelo PÚBLICO, fonte oficial da Polícia Judiciária (PJ) informou que não vai comentar estes novos desenvolvimentos no caso. Uma equipa de seis inspectores da delegação da PJ de Faro está há mais de um mês a realizar as diligências solicitadas pelas autoridades britânicas no caso Maddie. Mas o pedido de colaboração ainda não está totalmente cumprido e, por isso, os elementos recolhidos pela polícia portuguesa ainda não foram remetidos para o Reino Unido. Uma outra equipa de inspectores da Directoria do Norte da PJ, no Porto, continua a fazer a reanálise das provas obtidas no âmbito deste inquérito. Até este momento, não foram descobertos novos factos com relevo para reabrir o processo, arquivado em Julho de 2008.
REFERÊNCIAS:
Entidades PJ