Cândida Almeida confirma que acusação no caso de Rui Pedro não resultou de novas provas
A directora do Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP) elogiou hoje todo o trabalho que levou recentemente a uma acusação no caso do desaparecimento de Rui Pedro, 13 anos depois do início das investigações. Cândida Almeida, que lamenta a demora em avanços no processo, confirmou, no entanto, que a acusação não foi feita com base em novas provas. (...)

Cândida Almeida confirma que acusação no caso de Rui Pedro não resultou de novas provas
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.136
DATA: 2011-02-28 | Jornal Público
SUMÁRIO: A directora do Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP) elogiou hoje todo o trabalho que levou recentemente a uma acusação no caso do desaparecimento de Rui Pedro, 13 anos depois do início das investigações. Cândida Almeida, que lamenta a demora em avanços no processo, confirmou, no entanto, que a acusação não foi feita com base em novas provas.
TEXTO: Cândida Almeida, que falava em declarações à TSF, elogiou a equipa que actualmente analisou todo o processo, numa “investigação profunda”, como sublinhou, que levou à acusação por rapto qualificado de Afonso D, o presumível responsável pelo desaparecimento de Rui Pedro em 4 de Março de 1998, em Lousada. A procuradora-geral adjunta explicou que a equipa fez a reconstituição do que se passou o que permitiu “ir ao fundo da questão”, apesar de não terem sido recolhidas novas provas mas antes exploradas as já existentes. “As pistas estavam abertas mas nenhuma explorada até ser encerrada”, sublinhou, depois de voltar a elogiar a “excepcional qualidade técnica e humana do magistrado” que nos últimos anos dirigiu a acusação. Soube-se ontem que o suspeito pelo desaparecimento de Rui Pedro foi acusado de rapto qualificado. Para incriminar o arguido, o procurador do DCIAP baseou-se nos depoimentos de amigos e colegas de Rui Pedro, à data com 11 anos de idade, nas declarações de familiares da vítima e de uma prostituta ao encontro de quem o arguido levou o menor para ter relações sexuais no dia em que desapareceu. Este encontro decorreu numa zona de prostituição em Lustosa, concelho de Lousada, e terá sido o último contacto conhecido que a vítima teve, apurou a Polícia Judiciária. Nos últimos 13 anos, os investigadores desenvolveram inúmeras diligências a nível nacional e internacional para determinar o paradeiro de Rui Pedro. Grande parte delas basearam-se num elevado número de informações e denúncias que colocavam o menor ora em Portugal ora em vários outros países, subjugado por pessoas ou organizações criminosas relacionadas com o tráfico de pessoas ou com situações de exploração sexual. Os investigadores tentaram, em vão, esclarecer se Rui Pedro terá sido raptado por redes de pedofilia e tráfico de pessoas para exploração sexual e também não encontraram qualquer vestígio que apontasse para que o menor pudesse ter sido vítima de homicídio. Pistas sobre pedofilia foram fechadasCândida Almeida falou depois à Lusa sobre as pistas de pedofilia internacional que podiam explicar o desaparecimento de Rui Pedro. “Agora chegou-se a indícios que o Ministério Público considera suficientes, fechadas as outras pistas de pedofilia internacional, encerradas as pistas que foi preciso explorar até à exaustão. Foi agora porque já tínhamos indícios suficientes para uma acusação”, acrescentou a directora do DCIAP. Quanto à demora em obter resultados neste processo, a procuradora sublinhou que “teve de reiniciar-se toda uma investigação, como se o processo fosse novo”. “Este tipo de processo é muito complicado. Teve vários circunstancialismos que atrasaram, que impediram um juízo de suspeita mais rápido, como seria desejável. Houve cartas rogatórias para o estrangeiro, várias pistas que foram seguidas e que tiveram de fechar-se”, contou. De acordo com a magistrada do MP, o processo teria prescrito em 2008, “se não tivesse sido interrogado ninguém”. “Mas o arguido já tinha sido interrogado, portanto suspendeu-se o prazo”. Cândida Almeida explicou que “durante 30 dias, quer o assistente (família do Rui Pedro), quer o arguido poderão pedir a instrução do processo”. Só na fase de instrução “serão estabelecidas eventuais medidas de coação a Afonso D. ”. Notícia actualizada às 18h23
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave homicídio prostituição sexual desaparecimento rapto prostituta
Nelly Furtado vai doar um milhão de dólares que recebeu de Khadafi
“Em 2007 recebi um milhão de dólares do clã Khadafi por uma actuação de 45 minutos. Um espectáculo para convidados num hotel em Itália. Vou doar o dinheiro”. A revelação é de Nelly Furtado e foi feita, nesta segunda-feira, através da sua conta oficial no site de microblogging Twitter. (...)

Nelly Furtado vai doar um milhão de dólares que recebeu de Khadafi
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DATA: 2011-03-01 | Jornal Público
SUMÁRIO: “Em 2007 recebi um milhão de dólares do clã Khadafi por uma actuação de 45 minutos. Um espectáculo para convidados num hotel em Itália. Vou doar o dinheiro”. A revelação é de Nelly Furtado e foi feita, nesta segunda-feira, através da sua conta oficial no site de microblogging Twitter.
TEXTO: A estrela luso-canadiana não especificou quem seria o beneficiário da doação, mas, até agora, foi a única celebridade a pronunciar-se sobre o cachet que recebera em troca de actuações para o ditador líbio. Uma semana depois de o "New York Times" ter noticiado que a cantora Mariah Carey recebera um milhão de dólares (cerca de 720 mil euros) da família Khadafi por uma actuação na passagem de ano de 2009 para 2010, Nelly Furtado decidiu antecipar-se a um eventual escândalo e anunciou que iria doar a soma, também de um milhão de dólares, que lhe fora paga pelo líder líbio. De acordo com o "New York Times", com a revista "Rolling Stone" e ainda com a WikiLeaks, no rol de artistas que actuaram, em privado, para o regime autoritário líbio, estão ainda Beyoncé, Usher, 50 cent e Lionel Richie. A maior parte dos concertos, segundo a WikiLeaks, tiveram lugar na ilha francesa de São Bartolomeu, nas Antilhas, pela altura da passagem de ano. A indústria da música tem apontado o dedo aos vários artistas que participaram nas festas do regime ditatorial da Líbia em troca de grossos envelopes de dinheiro e a maior parte dos agentes de música sugerem a devolução dos cachets. “Se fosse comigo, iria para a caridade”, diz Buck Williams, agente das bandas R. E. M e Widespread Panic. Doar o dinheiro a uma obra de caridade que, de alguma maneira, apoie “aqueles que sofreram nas mãos do regime”, seria o ideal, de acordo com David T. Viecelly, agente dos Arcade Fire. Mas, apesar das críticas, os artistas cujas vozes encheram as festas da família Khadafi, preferem agora manter-se calados: todos os managers dos cantores se recusaram a fazer comentários. A polémica em torno de artistas que aceitam actuar perante regime ditatoriais não é nova e já nos anos 70 e 80, cantores como Rod Stewart e os Queen foram condenados pela imprensa e pela indústria musical por terem tocado num resort na África do Sul, apesar do regime de apartheid no país. “Os artistas não fazem ideia de para quem vão tocar” ou “os artistas não vão actuar em festas como essas com esse género de preocupações de saber como o país é governado ou o que se passa dentro do país. ”, foram algumas das explicações dadas à "Rolling Stone" por envolvidos na indústria da música, sobre o facto de tantas superestrelas estarem dispostas a actuar para regimes opressivos. “Nem todo o artista é um humanitário”, conclui Dennis Arfa, agente dos Metallica, de Billy Joel e de Rod Stewart.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave género cantora
Khadafi diz que "milhares vão morrer" se a NATO entrar na Líbia
O contestado líder líbio Muammar Khadafi desafiou “quem quiser” a provar que é ele “quem exerce o poder na Líbia”, e jurou que "milhares de pessoas vão morrer" se forças norte-americanas ou da NATO entrarem no país, que, diz, está a ser "vítima" de uma conspiração instigada pela Al-Qaeda. (...)

Khadafi diz que "milhares vão morrer" se a NATO entrar na Líbia
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-03-02 | Jornal Público
SUMÁRIO: O contestado líder líbio Muammar Khadafi desafiou “quem quiser” a provar que é ele “quem exerce o poder na Líbia”, e jurou que "milhares de pessoas vão morrer" se forças norte-americanas ou da NATO entrarem no país, que, diz, está a ser "vítima" de uma conspiração instigada pela Al-Qaeda.
TEXTO: Insistindo que não é mais do que “uma referência, um símbolo, um guia”, num novo discurso que está a fazer em Trípoli na celebração do 34º aniversário da república líbia – a Jamahiriya, Estado do povo –, Khadafi afirma que "a autoridade e o poder estão nas mãos do povo". "O nosso regime não é presidencial nem parlamentar, nem uma monarquia. Desafio quem quer que seja que diga que sou eu quem exerce o poder. O nosso sistema é baseado na autoridade do povo e eu não exerço qualquer cargo político”, afirmou, neste discurso que está a ser transmitido pela televisão estatal líbia. E prossegue: "Ouvi notícias nos media a mencionarem o meu nome, e ri-me. O que é que isto tem a ver comigo? Eu levei a cabo a revolução [o golpe militar de 1969, que depôs o rei Idris] e depois afastei-me. Agora, todo o poder e autoridade está nas mãos do povo e eu sou um mero conselheiro”. O coronel, que governa autoritariamente a Líbia há 42 anos, defende ainda que a rebelião em curso no país "não vem de dentro”. “Tudo isto está a ser provocado de fora”. A cada intervenção, Khadafi é aplaudido pela multidão reunida dentro do salão da enorme tenda montada na capital para a celebração, que o aclama e jura defender “o herói do povo livre”. Uma mulher, junto ao palco, grita a um microfone: “És uma espada que não verga. Não partas, tu não partirás”. “Se forem a qualquer parte da Líbia, verão que está tudo a ser filmado, gravado. Há manifestações maciças de apoio ao líder, em desafio ao mundo inteiro”, reitera Khadafi, mantendo a teoria que a rebelião que varre o país – e que já conquistou extensas partes do território – não é mais do que feita por “uns poucos”. Mas, continuando, admite porém que a revolta está a espalhar-se, fazendo referência aos combates que ocorrem em várias cidades, aos “ataques” que os revoltosos fizeram sobre vários batalhões militares e quartéis, e à conquista de localidades pelas forças da oposição, nomeadamente a cidade de Bengasi, no Leste da Líbia. “E agora, as pessoas que querem manifestar-se a meu favor são impedidas de o fazer, os terroristas impuseram cerco às pessoas pela força das armas”. De novo, vira acusações à Al-Qaeda: "A célula adormecida em Al-Baida [onde começaram os primeiros protestos, a par de Bengasi] lançou um ataque contra o quartel da cidade e as esquadras da polícia", sustenta, sublinhando que terroristas estavam também em Zauia, Bengasi e Misurata que – reconhece oficialmente – "saíram do controlo da Líbia". "Eles disseram não ter nacionalidade. Eles acreditam que o mundo islâmico é a casa de todos eles. Eles atacaram polícias, dispararam contra soldados e polícias líbios. Como é possível que aqueles que dão segurança aos cidadãos possam ter sido assim atacados por gente estrangeira?""E nada mais do que isto está a acontecer. Porém, jornalistas estrangeiros contam coisas que não aconteceram, que não estão a acontecer, e eles nem sequer cá estão, porque a Líbia não gosta de correspondentes [dos media] estrangeiros. Desconfiamos sempre deles, porque são ambíguos, falsos. E as mentiras são amplificadas. Não houve nenhumas manifestações [anti-regime] pacíficas na Líbia. Alguma vez viram terroristas a manifestar-se pacificamente em algum lugar do mundo? O que houve foram ataques de gente que desatou a disparar contra as forças de segurança. E os terroristas agora andam por aí a tomar tudo de assalto, a violar mulheres, a fazer quartéis dentro de mesquitas, a assaltar prisões e a libertar criminosos a quem estão a dar armas", afirma Khadafi, mantendo um discurso de perfeito alheamento à situação real no terreno.
REFERÊNCIAS:
Partidos LIVRE
"Vivemos na Síria um reino de silêncio"
Uma vigília solidária com o Egipto levou à detenção de uma das mais importantes dissidentes em Damasco. Na esquadra, Suhair Atassi foi agredida e ameaçada de morte. O regime "não suportou a luz das velas de uma concentração pacífica", diz ela ao P2, muito menos irá tolerar uma manifestação, no dia 15, para derrubar o Presidente Bashar al-Assad. (...)

"Vivemos na Síria um reino de silêncio"
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.136
DATA: 2011-03-02 | Jornal Público
SUMÁRIO: Uma vigília solidária com o Egipto levou à detenção de uma das mais importantes dissidentes em Damasco. Na esquadra, Suhair Atassi foi agredida e ameaçada de morte. O regime "não suportou a luz das velas de uma concentração pacífica", diz ela ao P2, muito menos irá tolerar uma manifestação, no dia 15, para derrubar o Presidente Bashar al-Assad.
TEXTO: Sou presidente do Fórum Jamal Atassi, grupo que existe apenas no Facebook, depois de nos ter sido negada existência real e legal. O fórum reclama reformas políticas na Síria e o fim das leis de emergência que suspendem os nossos direitos constitucionais desde 1963. Não é fácil ser uma activista na Síria. Neste reino de silêncio, as autoridades não suportaram sequer a luz das velas de uma concentração solidária e simbólica, como a que um grupo de homens e mulheres tentou organizar, a partir 29 de Janeiro, em apoio dos egípcios livres. E que dizer dos "dias de ira"? Na Síria existe uma dupla aterradora: por um lado, a fúria contida, que advém da deterioração das condições de vida, da corrupção, do monopólio, para não falar da repressão das liberdades, das bocas amordaçadas, dos despedimentos laborais, da proibição de viajar para o estrangeiro, apenas por divergência de opinião quanto ao regime; por outro, o medo das medidas de punição dos que se atrevem a contestar, medidas que variam entre perseguições e convocações aos serviços de segurança, interrogatórios, pressões exercidas sobre familiares, detenção durante anos e anos, com acusações forjadas à luz de um Estado de emergência que desgastou o país e de um sistema judicial nada independente, que se submete aos órgãos de segurança. Há uma fúria oculta que ferve no peito. Um gemido abafado. Um pavor cujas paredes alguns tentam quebrar. Foi o que aconteceu e o que acontece todos os dias. O que se passou a 4 e 5 de Fevereiro deste ano com apelos feitos através do Facebook para concentrações pacíficas? Fomos chamados para "um dia de fúria" por pessoas que, na sua maioria, vivem fora da Síria. Mas suportarão os que estão dentro do país que seja quebrada de uma só vez as barreiras de silêncio e de medo que se acumularam ao longo de anos, de décadas? As ruas fervilharam naqueles dois dias - mas fervilharam com elementos das forças de segurança, de todos os ramos. Elementos que, com uma violência brutal, lidaram com uma concentração de velas em solidariedade com egípcios livres. Circula agora uma nova petição no Facebook para uma "revolução síria" contra o regime e um novo "dia de fúria", mas não passa, mais uma vez, de um convite virtual sem raízes sólidas na realidade do dia-a-dia sírio. Estes apelos virtuais não vão conseguir acender a chama da mudança que irá inspirar os sírios na busca de uma mudança genuína. A verdadeira chama estará, provavelmente, noutro lugar. Por exemplo, numa manifestação espontânea, como a de 17 de Fevereiro, depois de a polícia ter espancado um empresário local. Nessa manifestação, as pessoas gritavam: "O povo sírio não será humilhado", "Vergonha, vergonha" e "Porquê, porquê?". O ministro do Interior interveio rapidamente, para controlar a situação e impedir uma escalada maior. Esta chama também pode surgir do efeito cumulativo da solidariedade expressa ao povo líbio, a 22 e 23 de Fevereiro. Nessa altura, activistas foram atacados, verbal e fisicamente. As pessoas gritavam insultos: "É traidor o que reprime o seu povo. " Alguns activistas foram detidos e admoestados para não se envolverem em futuras manifestações. Posteriormente foram libertados. Intifada da cidadaniaCreio, sinceramente, que estamos a testemunhar os primeiros passos para quebrar a barreira do medo que se apoderou de todos os aspectos da nossa vida. A Intifada do Egipto e, antes dela, a da Tunísia, trouxe esperança a todos os que sofrem sob o jugo de regimes autoritários, despóticos e corruptos, que monopolizam a política e as riquezas do país. A Intifada no Egipto e na Tunísia revelou que a aspiração à liberdade necessita de uma acção positiva em vez da passividade do espectador que cede diante de políticas repressivas por temer o desconhecido - que, contudo, jamais será pior do que a presente situação.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave direitos homens violência concentração medo mulheres vergonha
Porto Santo: vereação e administradores de empresa arguidos no caso da queda da palmeira
O Ministério Público está a constituir os cinco membros da vereação da câmara do Porto Santo, incluindo o respectivo presidente, e os três administradores da empresa municipal Porto Santo Verde arguidos no caso da queda da palmeira, ocorrida a 22 de Agosto de 2010, durante um comício do PSD. (...)

Porto Santo: vereação e administradores de empresa arguidos no caso da queda da palmeira
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-03-03 | Jornal Público
SUMÁRIO: O Ministério Público está a constituir os cinco membros da vereação da câmara do Porto Santo, incluindo o respectivo presidente, e os três administradores da empresa municipal Porto Santo Verde arguidos no caso da queda da palmeira, ocorrida a 22 de Agosto de 2010, durante um comício do PSD.
TEXTO: Os autarcas e os gestores têm estado hoje, um a um, a ser notificados da decisão pelo coordenador do Ministério Público na Madeira, Gonçalves Pereira, em diligências que está a efectuar no Tribunal do Porto Santo desde o início da manhã. Das investigações realizadas no decurso do inquérito aberto em Setembro resultaram suspeitas fundadas da prática de crime de homicídio por negligência, pelo qual poderá vir a ser deduzida acusação. Denunciados pelos familiares das duas vítimas mortais, aqueles autarcas e gestores municipais tinham, na perspectiva do Ministério Público, a obrigação de, perante a acentuada inclinação da palmeira, agir desencadeando medidas de prevenção. Apesar dos alertas para a sua queda eminente, não foram efectivamente tomadas quaisquer medidas que garantissem a segurança dos cidadãos no mais movimentado largo do centro do Porto Santo, onde estava a palmeira, mesmo em frente do edifício da câmara e daquela empresa. Da queda da phoenix canariensis, de grande porte, resultou a morte de Maria Judite Pascoal Nóbrega, 61 anos, residente no Funchal, e de David Alves Baptista, 25 anos, com morada em Almada. Provocou ainda ferimentos graves na mãe deste jovem e em mais duas mulheres madeirenses que estiveram hospitalizadas, além de causar pânico entre centenas de pessoas que aguardavam a intervenção de Alberto João Jardim no comício, cancelado depois do acidente.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave crime morte homicídio tribunal mulheres pânico
Leibovitz reinventa o fantástico mundo da Disney
As personagens dos clássicos da Disney como “A Bela e o Monstro”, “Branca de Neve e os Sete Anões” e “A Pequena Sereia” ganharam vida no corpo de várias celebridades, fotografadas pela conceituada fotógrafa Annie Leibovitz. (...)

Leibovitz reinventa o fantástico mundo da Disney
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.4
DATA: 2011-03-04 | Jornal Público
SUMÁRIO: As personagens dos clássicos da Disney como “A Bela e o Monstro”, “Branca de Neve e os Sete Anões” e “A Pequena Sereia” ganharam vida no corpo de várias celebridades, fotografadas pela conceituada fotógrafa Annie Leibovitz.
TEXTO: As fotografias fazem parte da série Disney Dream Portrait, um projecto da Disney iniciado em 2007, onde vários famosos entram nas fantasias dos filmes, encarnando as várias personagens. Esta é a nova série apresentada, subordinada ao tema “Let the Memories Begin” e pela primeira vez os conhecidos vilões também têm lugar de destaque. Nas fotografias apresentadas na quinta-feira, pode-se ver Penélope Cruz como Bela e Jeff Bridges como o Príncipe de “A Bela e o Monstro”, Queen Latifah como a malvada Úrsula de “A Pequena Sereia” e Olivia Wilde como a Rainha malvada juntamente com Alec Baldwin como o espírito do espelho mágico da “Branca de Neve e os Sete Anões”. “Depois da incrível resposta dos fãs Disney ao fantástico trabalho da Annie, nós não podíamos estar mais contentes de partilhar estas novas imagens”, disse Tom Staggs, Presidente dos Walt Disney Parks and Resorts, num comunicado emitido pela empresa. “A Annie capturou experiências Disney que evocam nostalgia e que transportam quem as vê para locais mágicos, o que gerou grande entusiasmo”. Para a actriz Olivia Wilde, trabalhar com Leibovitz sempre foi um desejo. “Fiquei estupefacta quando soube que teria esta oportunidade. Esta é uma óptima ideia. Juntar estas personagens icónicas da nossa infância com a fotógrafa que é tão boa a retratar ícones e, é por isso, que penso que a colaboração Disney-Leibovitz funciona tão bem”, disse a actriz, citada no comunicado da Disney. Jennifer Lopez e Marc Anthony, David Beckham e Roger Federer, Scarlett Johansson e Beyonce são algumas das personalidades que já participaram nesta iniciativa. Príncipes, princesas, rainhas e vilões, o fantástico mundo da Disney através do olhar de Leibovitz, que transformou as fotografias em verdadeiros contos de fadas.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave rainha
Proposta do BE contra precariedade laboral chumbada na AR
O PCP e o BE voltaram hoje a trazer ao Parlamento propostas de lei com vista ao combate da precariedade laboral onde a “geração parva” voltou a ser evocada. Se por um lado a proposta do BE foi chumbada, a proposta do PCP ainda será sujeita a um mês de discussão pública. (...)

Proposta do BE contra precariedade laboral chumbada na AR
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento -0.5
DATA: 2011-03-04 | Jornal Público
SUMÁRIO: O PCP e o BE voltaram hoje a trazer ao Parlamento propostas de lei com vista ao combate da precariedade laboral onde a “geração parva” voltou a ser evocada. Se por um lado a proposta do BE foi chumbada, a proposta do PCP ainda será sujeita a um mês de discussão pública.
TEXTO: O projecto de lei apresentado pelo Bloco de Esquerda, com vista à proibição do “recurso à contratação de trabalho temporário ou estágios não remunerados e à prestação de serviços para desempenhar funções subordinadas e permanentes na Administração Pública” foi chumbada, com os votos a favor do BE, PCP e PEV e a oposição do CDS-PP, PS e PSD. Não houve abstenções. A bancada do PS enfatizou o facto dos projectos agora propostos já estarem presentes na lei. “A lei chega e sobra”, afirmou o deputado Jorge Strecht, deixando ainda uma crítica à oposição. “Estão a fazer aqui o número de que estão a combater [a precariedade] mais que os outros”. Segundo o PCP, o Estado gasta indevidamente 157 mil euros com trabalhos temporários na Administração Pública, uma situação que não está prevista neste sector. O PCP quer, assim, combater os “falsos recibos verdes” tendo apresentado hoje dois projectos de lei para convertê-los em contratos efectivos. “Uma fatia significativa destes falsos recibos verdes tem um supervisor, tem um horário de trabalho definido, tem uma remuneração fixa, mas não tem um contracto com direitos”, disse a deputada comunista, Rita Ramos. “O que se trata é de colocar verdade nos falsos recibos verdes”, reforçou, por sua vez, o deputado do Partido Ecologista Os Verdes José Luís Ferreira, que diz que o recurso “aos recibos verdes tem acentuado a precariedade” em Portugal. O PCP propõe, assim, que “por iniciativa do trabalhador ou das suas organizações representativas, sempre que detectada uma situação ilegal de recurso a recibos verdes, seja imediatamente convertido em contrato efectivo, cabendo à entidade patronal, e não ao trabalhador como agora acontece, provar a legalidade do recuso aos recibos verdes”, disse Rita Ramos. O deputado do BE Artur Bruno acrescentou, por seu lado, que “o Estado é um dos maiores empregadores do país de falsos recibos verdes” e é precisamente ao Estado e ao Governo “que se deve atribuir o não cumprimento da lei”. Quer o PCP quer o BE concordaram que a Autoridade para as Condições do Trabalho deve fiscalizar mais estas situações de precariedade laboral, que afectam sobretudo as mulheres e os jovens. Manifestação será uma lição da "geração parva" O deputado do BE José Soeiro foi feroz nas suas críticas à precariedade laboral, afirmando que “são uma forma de coerção”, uma “fraude”, um “crime” e que deve ser o Estado a combatê-lo. A manifestação da “geração à rasca”, marcada para 12 de Março e popularizada na rede social Facebook , tem preocupado os governantes, segundo o deputado, que alerta que “têm razão para estar preocupados porque nada voltará a ser como antes”. “Esta geração vai dar uma lição de mobilização, de solidariedade” afirmou. “Com os comentadores a escrever tantas baboseiras [fez alusão, entre outros, a Isabel Stilwell com o seu artigo: “A parva da geração parva”] ainda há quem ache que os parvos somos nós”.
REFERÊNCIAS:
Partidos PS PSD PCP BE PEV
Moda portuguesa em Paris: o que é português é bom
Fátima Lopes, Luís Buchinho e Felipe Oliveira Baptista mostraram nos últimos dias as suas colecções para o próximo Outono/Inverno ?na Semana de Prêt-à-Porter, de Paris, com o apoio da Portugal Fashion. (...)

Moda portuguesa em Paris: o que é português é bom
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.7
DATA: 2011-03-04 | Jornal Público
SUMÁRIO: Fátima Lopes, Luís Buchinho e Felipe Oliveira Baptista mostraram nos últimos dias as suas colecções para o próximo Outono/Inverno ?na Semana de Prêt-à-Porter, de Paris, com o apoio da Portugal Fashion.
TEXTO: Numa sala quase vazia, com um passo apressado, Felipe Oliveira Baptista acompanha o percurso de uma manequim ao longo do espaço, no Palais de Tokyo, o local onde foi apresentada a sua colecção para o próximo Outono/Inverno 2011/12 integrada na Semana do Prêt-à-Porter, em Paris, e com o apoio do Portugal Fashion. O criador português está a mostrar qual o ritmo que quer imprimir ao desfile que começará dali a uma hora. Ela, muito alta e magra, parece uma garça em cima de uns saltos gigantescos. É seguida por dezenas de raparigas, todas com a mesma feminilidade. Estão vestidas com as roupas que usam no dia-a-dia. Pouco depois, perante uma plateia cheia - composta por jornalistas, compradores e criadores de moda e onde se ouvem falar todas as línguas -, as raparigas transformar-se-ão, envergando as peças do criador português, belíssimas, com pormenores divinos e confeccionadas sem falha. São os últimos momentos antes de tudo começar e, tal como acontece nestes eventos, de tudo acabar rapidamente. Durante os nove dias que dura a semana do Prêt-à-Porter, todos correm de um desfile para outro, às vezes de um sítio da cidade para o oposto. Em Paris, jornalistas e convidados assistem a 105 desfiles, onde se destacam as apresentações das colecções de Jean Paul Gaultier, Yves Saint Laurent, Stella McCartney, Hermès, Chanel, Louis Vuitton, entre outros. O criador português tem consciência disso. "São seis meses de trabalho para serem mostrados em sete minutos. Tem que se ter atenção ao mínimo detalhe, são imagens que depois vão dar a volta ao mundo, é importante que o look esteja perfeito", explicou. Desta vez tudo correu bem, pareceu-lhe só que uma das golas estava a ser usada ao contrário por uma manequim. Iguanas em bordadosOs seguidores de Felipe Oliveira Baptista no Facebook puderam ir vendo, nos últimos sete dias, as 64 imagens que ele colou na parede do seu atelier durante a concepção desta colecção para o próximo Outono/Inverno. O storyboard, de onde saem as cores e as ideia dos temas da colecção, era composto esta estação por: fotos de anfíbios (da autoria do fotógrafo Paul Starosta); imagens retiradas do livro Vanishing Africa, de Mirella Ricciardi; retratos feitos por Richard Avedon; revistas de moda antigas, fotografias tiradas na rua e ainda por cenas do filme A Estrada, de John Hillcoat. Na colecção The Coming of the Iguanas, uma brincadeira com a ideia da vingança da natureza sobre o mundo mecânico, essa inspiração concretizou-se nos tons de verde e de castanho, as peles dos anfíbios tropicais inspiraram todos os bordados que foram aplicados quase como jóias, mas que são parte integrante da roupa. Os folhos vieram-lhe da ideia de camuflagem e da selva, mas foram feitos em seda. Os casacos que apresentou eram magníficos, em lã ton sur ton, mas com bolsos de pele e golas de vison. Os vestidos de seda ou de mousseline eram conjugados com camisolas de lã grossa ou mohair. Uma mistura subtil de materiais e de estilos foi o que se viu ontem na colecção para o próximo Inverno da linha em nome próprio deste rapaz de 35 anos, radicado em França, e que é o primeiro designer, nascido em Portugal, a estar na direcção criativa de uma casa com sede na capital mundial da moda: a Lacoste, para onde entrou em Setembro, quando sucedeu a Christophe Lemaire. Anteontem, no primeiro dia da Semana do Prêt-à-Porter, Fátima Lopes inaugurou oficialmente o calendário deste evento, tal como aconteceu em 2007.
REFERÊNCIAS:
A jovem que quis enfrentar os cartéis mexicanos pede asilo aos EUA
Marisol Valles García, uma estudante de criminologia de 20 anos, surpreendeu o México com a sua coragem ao aceitar chefiar a polícia num município junto a Ciudad Juárez. Agora não está a aguentar as ameaças, e pediu asilo aos Estados Unidos. (...)

A jovem que quis enfrentar os cartéis mexicanos pede asilo aos EUA
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.05
DATA: 2011-03-05 | Jornal Público
SUMÁRIO: Marisol Valles García, uma estudante de criminologia de 20 anos, surpreendeu o México com a sua coragem ao aceitar chefiar a polícia num município junto a Ciudad Juárez. Agora não está a aguentar as ameaças, e pediu asilo aos Estados Unidos.
TEXTO: É a mais jovem chefe da polícia no México, e num local onde foi difícil encontrar quem estivesse disposto a desempenhar o cargo. Trabalhava em Práxedis Guerrero, um município junto a Ciudad Juárez, a cidade mais violenta do mundo sem contar com os sítios em guerra. Os funcionários municipais tinham dito que ela pedira uma licença para cuidar do seu filho de um ano, mas segundo familiares e o procurador do estado de Chihuahua, já foi feito o pedido de asilo as EUA, adiantou o El País. Marisol García não terá conseguido aguentar as ameaças dos cartéis da droga, que naquela região se confrontam pelo controlo do tráfico para os EUA, numa guerra que já causou mais de 30 mil mortes no México desde 2006. Por outro lado, os exemplos que a rodeavam também não eram encorajadores. Das duas outras mulheres que chefiaram uma esquadra da polícia na região, Érika Gândara foi sequestrada em Dezembro e nunca mais apareceu e Hermila Garcia foi assassinada por um grupo de homens armados dez dias depois de ter assumido o cargo de directora de Segurança Pública do município de Meoqui, tinha 38 anos. À frente de uma equipa de 19 agentes num pequeno município de 3400 habitantes, a mais jovem chefe da polícia mexicana tinha assumido o cargo em Outubro, e desde então sofrido várias ameaças. Tinha prometido “trocar o medo pela segurança”, mas ainda recentemente viu ser assassinado o comissário da polícia do município vizinho e o seu filho. A violência no Norte do México foi esta semana debatida num encontro entre o Presidente norte-americano Barack Obama e o homólogo mexicano Felipe Calderón. O México tem apelado à ajuda dos EUA para ajudar a conter a violência na fronteira e controlar o tráfico de armas.
REFERÊNCIAS:
Entidades EUA
Os mais novos do mais velho partido português
O que leva hoje os jovens a escolher o PCP? O PÚBLICO foi conhecer a camada mais nova do partido e as razões para se tornarem militantes. (...)

Os mais novos do mais velho partido português
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-03-06 | Jornal Público
SUMÁRIO: O que leva hoje os jovens a escolher o PCP? O PÚBLICO foi conhecer a camada mais nova do partido e as razões para se tornarem militantes.
TEXTO: São dez jovens que escolheram filiar-se no PCP ou na Juventude Comunista Portuguesa (JCP) há menos de 12 anos. O Bloco de Esquerda já existia, apresentava-se como um partido diferente e captava algum eleitorado jovem que se identificava com as causas defendidas. Mas essa nunca foi uma hipótese para estes jovens, que garantem que o PCP é o único que está certo para eles. É uma questão de ideologia, que descobriram na escola, mas já lhes corria no sangue. "O PCP é provavelmente o partido que tem mais jovens no Parlamento e com uma direcção política mais jovem", comenta Daniel Vieira, que aos 23 anos foi eleito presidente da Junta de Freguesia de São Pedro da Cova, em Gondomar. Sente a responsabilidade de ser o mais novo presidente de uma junta de freguesia, mas encara o cargo como uma "tarefa do partido, num colectivo de homens e mulheres que a leva para a frente". Rita Rato é um exemplo da juventude no Parlamento a que Daniel Vieira se refere. A deputada entrou na JCP, quando ingressou no curso de Ciência Política e se viu "confrontada com as dificuldades todas do ensino superior". Já nutria simpatias pelo partido, essencialmente pelo papel que este sempre desempenhou no Alentejo, a sua região de origem, mas foi nos corredores universitários que tomou contacto com os futuros camaradas. Um documento pelos direitos dos estudantes distribuído pela juventude comunista à entrada da Universidade Nova convenceu-a a inscrever-se. Acção nas escolasÉ na escola que grande parte dos jovens comunistas decide juntar-se ao partido, muitos ainda ao nível do ensino secundário, quando tomam "contacto com a realidade". Referem problemas como o valor das propinas no ensino superior ou a falta de material escolar, a educação sexual e os exames nacionais e identificam-se com as propostas da JCP, organização que sentem que pode ajudá-los. "A nível da faculdade, se existe, por exemplo, um problema concreto sobre a falta de sala de aulas, a JCP intervém. Algumas juventudes partidárias também se preocupam com isso e dizem estar do nosso lado. Mas a JCP tenta fazer alguma coisa", exemplifica Ana Rita Governo, uma jovem de Torres Vedras, que considera a JCP "a juventude partidária mais consequente", um dos motivos que a levou a aderir. A JCP realizou acções junto de todas as escolas dos jovens com quem o PÚBLICO falou e foi mesmo a juventude partidária mais visível, ou até a única. Não foram decisivas, dizem, apenas facilitaram o contacto, porque a identificação com o partido já existia. Uma questão hereditária"É uma coisa que circula na família, que temos cá por casa", diz, por seu turno, Tiago Martins. Foi "recrutado" na escola por dois colegas, depois de ter posto, por iniciativa própria, "muita gente na rua" numa manifestação de estudantes do ensino secundário. "Acredito que já estavam de olho em mim. Acho que viram que tinha os ideais, mas pensaram que podia ser apenas passageiro e deram-me uma chance de mostrar que não era", conta Tiago. Uma situação que o deixou "orgulhoso", confessa. Destes dez jovens, oito têm familiares militantes ou com ideais de esquerda. Ressalvam que não foram obrigados. "É uma decisão muito pessoal, sem influência dos pais. Até nisso somos bastante democráticos", diz Ricardo Brites, militante do PCP há dez anos - na época nem deu pela existência do BE. "Isto não é como ser de um clube de futebol, porque os pais são, porque ganha sempre ou porque é o clube que tem mais gente. É uma questão de ideologia", reforça. Com os pais participaram em eventos do partido, como a Festa do Avante!, desde muito novos e admitem que "o meio tem sempre alguma influência". Outros nem são opção
REFERÊNCIAS: